Noite dessas, enquanto o sono não chegava, fiquei pensando nessas coisas, nessas brigas que a gente tem com a gente mesmo, onde uma crença puxa para um lado e outra para o lado oposto... nessas quedas de braço que fazemos o tempo todo.
Queremos uma coisa, mas nossas memórias querem outra... ou outras, e ficamos com o querer dividido...
Muitas vezes queremos algo com tanta força e certeza e não alcançamos aquilo, ou se alcançamos, logo alguma coisa dá errado... quantas vezes ao realizarmos um sonho, logo vem um medo de perder aquilo, ou a sensação de que algo ruim pode acontecer... um sentimento de não merecer... e lá vem a auto-sabotagem, dando um jeito de desandar tudo que estava caminhando tão bem.
E costumamos repetir sempre as mesmas histórias, o mesmo tipo de situação, com uma nova roupagem talvez, porque se fosse tão óbvia provavelmente não entraríamos de novo naquela história que, no fundo se revela a mesma... o mesmo padrão.
E daí a ficar reclamando e se queixando que nada dá certo é um pulo... mas, um pulo muito perigoso, porque nos leva direto para a autopiedade, aquele ciclo infindável de lástimas e de buscar energia na piedade dos outros... Pena não é amor, mas por falta dele muita gente costuma se alimentar dessa ilusão... e prefere ficar atraindo situações onde está sempre na posição de vítima indefesa.
Acho que todos nós, vez por outra, escorregamos para essas posição de vítima, mas, escorregar nem tem problema, e até nos leva a liberar o que nos levou até aí se... assumimos os 100% de responsabilidade.
Ah... esse 100%, às vezes são duros de aceitar, porque não conseguimos ver onde temos determinadas coisas das quais temos verdadeiro pavor... mas, uma olhadinha mais profunda para a gente mesmo e vamos descobrir que temos tudo dentro de nós...
Nós criamos a realidade que estamos vivendo...( Rubia A. Dantés)
Como é deixar de amar alguém?
De fato, nunca vi muito sobre o oposto. Não falo aqui de ódio ou vingança como creio ser o mais comum. Queria relamente traduzir essa virtuosa passagem da magia em realidade. Uma passagem única na vida de alguém!
O vestibular, a formatura, o 1º beijo, enfim, momentos que nos definem... Falamos deles com paixão! As dúvidas tão comuns no dia a dia somem... De repente os sentidos se aguçam, todo o discurso se transforma numa caça, os olhos centrados no único objetivo. Mãos firmes e a mente afiada! Fala-se com paixão, força e certeza! Momentos que nos definem, nos traduzem para quem estiver em volta.
Como poderia-se então não falar com paixão em como deixar de amar alguém?! A grande e virtuosa paz que abraça a vida e os sentidos. Um colo depois de um dia intenso. Ouso dizer que nenhuma paz é mais gloriosa... Penso até parecer um presente de alguém querido, dá aquela vontade de de sorrir quarta feira as 9:35 enquanto se escreve um relatório! Lembrando, descobrindo e esquecendo...
Deixar de amar alguém alguém é muito parecido com uma queda repentina. Estamos voando por aí de olhos fechados pra sentir melhor a brisa no rosto, quando derrepente vem o chão te dar um oizinho. Dói, esfola, quebra... particularmente prefiro vomitar! Bem de manhã no auge da angústia... literalmente se põem tudo pra fora... Depois passa. Deixa o almoço mais gostoso!
Uma vez em pé no chão, se caminha, deixando cair o passado e esquecendo...
Se eu fosse fundar uma religião essa seria a grande glória! Poderia existir a benção do esquecimento. Afrescos sobre a queda, e parábolas ensinando não a odiar, mas a agradecer a oportunidade de seguir esse caminho único e enxergar a verdade! Assim como usuários de qualquer outra droga/remédio, mas a melhor delas é conseguir deixar a mente vazia... Ah, que delícia! A paz, simples paz. pronto pra experimentar aquele sorvete que há anos não comia, e o gosto que a nada se compara. Voltamos a ser criança, querendo aprontar todas, sem medo, pronto agora pra ser feliz.
Entendendo o que meus pais queriam dizer:
"Vencer a frustação é conquistar a felicidade."
by G.Doubek
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