Confira 10 dicas para evitar a demissão
O pior da crise ficou para trás. Mas isso não significa
que o seu emprego está garantido. Veja como cuidar melhor da sua
carreira.
Network World/EUA
Pesquisa da consultoria Right Management indica que o total de vagas para executivos no mercado brasileiro cresceu 10% em setembro. A indústria voltou a liderar em número de contratações e os setores de serviços especializados de TI e Telecom responderam, respectivamente, por 18% e 8% das vagas abertas.
Já em agosto, levantamento de Computerworld identificava quase 1.500 oportunidades abertas na área de tecnologia da informação, para diferentes perfis e níveis profissionais. A crise econômica dá sinais de calmaria no mercado nacional, mas isso não significa que você possa descuidar da sua carreira.
Profissionais de TI e especialistas da indústria compartilham 10 dicas para os funcionários da área de tecnologia se manterem nas boas graças dos empregadores e não serem demitidos mesmo com a recuperação gradual da economia.
1.Trabalhe com afinco
Funcionários de TI em empregos instáveis precisam assumir trabalho extra, estar mais presentes e, essencialmente, mostrar aos seus empregadores que querem ficar. Atualmente, seja em tempos de estagnação ou de redução de budgets, os gestores de TI são pressionados a frequentemente avaliar a equipe para fins de enxugamento ou possível terceirização. Você não pode ser o funcionário que deixa a desejar na avaliação, alertam especialistas de consultorias de RH.
“É fundamental lembrar que a organização de TI, quando quer fazer demissões, não procura as pessoas que serão descartadas, ela identifica as pessoas que devem ser mantidas”, explica Beth Carvin, CEO da Nobscot, fornecedora havaiana de software para RH. Por isso, acrescenta a executiva, tome a iniciativa e faça coisas que levem a companhia a querer manter um funcionário como você.
2. Siga o dinheiro Os funcionários de TI devem saber quais sistemas e projetos vão gerar receita e empenhar-se para serem requisitados. Uma vez que podem exercer alguma influência sobre esses projetos, devem mostrar disponibilidade para iniciativas geradoras de receita ou que ofereçam contato direto com o cliente, aconselha Sean Ebner, managing director regional da Technisource, companhia de recrutamento em TI.
“As funções internas são críticas, mas o alinhamento com essas atividades e com os clientes tornará os profissionais técnicos mais valiosos para os gestores de negócio”. Se não houver projetos relacionados ao negócio no momento, os especialistas orientam os funcionários de TI a se envolverem com a equipe de vendas, oferecendo seu conhecimento técnico para ajudar a fechar negócio com potenciais clientes.
3. Invista em conhecimento
Os recursos podem estar escassos, mas os especialistas recomendam que os profissionais de TI busquem treinamento acessível ou opções de autoaprendizado para ampliar seu conhecimento técnico e beneficiar não só a companhia, mas a si mesmos. Segundo Lawrence, da Yoh, “os funcionários de tecnologia precisam ser gestores profissionais de suas carreiras, de forma que, ao aprimorar a si mesmos, tragam resultados para seus empregadores”.
O treinamento, seja financiado pelo empregado ou pelo empregador, mostrará ao chefe que o funcionário deseja permanecer na equipe e que continua interessado em evoluir profissionalmente naquela companhia específica. “A chave para conservar o emprego é demonstrar retorno do investimento. Você representa um determinado custo para sua companhia, mas, se puder provar que está ganhando valor sem custo adicional para a organização e que o seu conhecimento contribuirá para os resultados financeiros em termos”, afirma Rich Milgram, CEO da Beyond.com, companhia de recrutamento online.
4. Torne-se um especialista em tecnologia do negócio
É uma realidade – o pessoal de TI precisa ser bom em negócio para progredir na carreira e segurar o emprego. “Muito se tem falado, mas não custa repetir que TI deve ser capacitadora de negócios, e não mera solucionadora de problemas”, define Chris Silva, analista sênior da consultoria Forrester Research.
"Os profissionais de alta tecnologia que treinaram a ‘sensibilidade para o negócio’, ou seja, que não conversam com gestores de negócio em bases puramente técnicas, serão mantidos no emprego por mais tempo do que aqueles que não conseguem traduzir a tecnologia diretamente em aspectos do negócio, avalia. ”A combinação de conhecimento tecnológico e uma visão do que faz um negócio dar certo pode ajudar os profissionais a cultivarem uma longa e promissora carreira.
5. Seja comedido
A redução de pessoal, muitas vezes, é resultado de um esforço para cortar custos. Os profissionais de TI que provarem aos gestores que são capazes de encontrar tecnologia acessível e reduzir custos internamente preservarão seus empregos. “Pense como se fosse o dono, não desperdice recursos, nem compre coisas que não sejam realmente imprescindíveis”, orienta Carvin, da Nobscot. “Os funcionários eficientes são escolhidos para ficar, ao contrário dos funcionários que agem de maneira irresponsável com o orçamento.
”Além de checar preços, os profissionais de TI devem oferecer alternativas que tenham bom custo-benefício. Mercer, do Citigroup, introduziu tarefas automatizadas que trouxeram economia de tempo e dinheiro para a companhia, reduzindo o tempo de inatividade causado por erro humano.
6. Fique longe das fofocas Na maioria das empresas sempre “rola” algum drama. E, em tempos de crise econômica ou prosperidade, é melhor ficar bem longe da fofocas de corredor. “Você quer se apresentar no ambiente de trabalho como alguém amigável, um bom cidadão”, diz Lori Gale, presidente da companhia de recrutamento online FastLane Hires. Portanto, não fique fazendo fofoca e bancando o estressado. Agindo dessa forma, você acabará chamando atenção pelos aspectos negativos da sua personalidade.
7. Promova sua imagem
Embora muitos profissionais de TI não estejam acostumados aos holofotes, os especialistas recomendam que eles aprendam a promover suas habilidades na companhia. “Faça seu próprio marketing. Não é hora para modéstia. No cenário de negócios atual, em que todo mundo é exigido ao máximo, assegure que suas realizações sejam notadas”, diz Katie Prizy, especialista em comunicação da Instant Technology, companhia de recrutamento em TI.
E, para demonstrar suas contribuições à companhia, os profissionais de TI têm de estar aptos a mensurar o valor agregado aos resultados financeiros. Se não puder mensurar seu próprio sucesso e demonstrar claramente como o seu trabalho beneficiou a companhia, não espere o mesmo dos gestores na hora de reduzir a equipe, ressalta Milgram, da Beyond.com.
Os profissionais de TI devem rastrear e documentar continuamente as melhorias que suas ideias, seu trabalho ou seus processos trouxeram para os sistemas de tecnologia. Munidos desta informação, poderão criar uma justificativa melhor para permanecerem na equipe.
8. Ajude os outros
Compartilhe conhecimento, ensinam os especialistas. “Os profissionais de TI precisam abandonar a velha mentalidade de guardar conhecimento. Eles têm de deixar outras pessoas saberem o que eles sabem e compartilhar o conhecimento e as informações de bom grado”, observa Carvin. “Isso os tornará muito mais valiosos aos olhos dos empregadores”, ensina.
O conhecimento é uma grande fonte de poder. O compartilhamento de informações vitais para o sucesso técnico de uma companhia impressionará a direção corporativa.
9. Esteja disponível
Na rotina das companhias, alguns grupos em TI talvez estejam menos ocupados do que outros. Os profissionais de TI dos grupos com mais tempo livre devem se oferecer para colaborar em projetos de outros departamentos.
Se na companhia há cinco pessoas que administram a rede, por exemplo, mas uma delas também entende de servidores, os gestores talvez prefiram descartar um funcionário altamente especializado e manter o ‘generalista’ em TI, que trabalha em várias áreas, de acordo com Bryan Sullins, instrutor técnico sênior da New Horizons e blogueiro da Network World.
Estar sempre disposto a aceitar desafios novos, que não fazem parte da rotina, ajuda muito, na opinião de Dwayne Whitmore, engenheiro de sistemas sênior do grupo de serviços de tecnologia para o Carolinas HealthCare System. O engenheiro recorda a ocasião em que precisou planejar a atualização de um sistema PABX e aprendeu muito sobre o modo como ele funciona. “
10. Sorria, seja feliz
Nunca subestime o poder de uma postura positiva. Independentemente de qualquer desafio, uma atitude positiva ajudará os gestores – que também são exigidos além dos seus limites – a perceber quais funcionários estão felizes em suas funções. O indivíduo que, com um sorriso no rosto, encara novos desafios que aliviam algumas aflições da equipe de gestão acaba tendo um valor inestimável para a organização, assegura Milgram, da Beyond.com.
Para especialistas, o funcionário pode identificar sinais de perigo e virar o jogo
O Globo, com informações do Glassdoor.com
RIO - A 'rádio-corredor' informa: a empresa está preparando uma nova
lista de demissões, mas ninguém tem ideia de quais áreas serão afetadas
pelos cortes ou quantos perderão seu emprego. Se você teve uma avaliação
de desempenho não tão boa quanto esperava e desconfia que seu nome pode
estar na lista, nada de entrar em desespero. Como mostra artigo
publicado no site americano de carreiras Glassdoor.com, é possível
identificar os sinais que indicam uma demissão iminente e virar o jogo a
seu favor.
“Se o funcionário sente que a sua avaliação de desempenho não foi positiva e que tem grandes chances de perder o emprego, deve levar esses sinais muito a sério, pois ainda há esperança”, afirma Joel Garfinkle, coach de executivos e autor do livro “Indo em frente: três passos para levar sua carreira ao próximo nível”.
Embora na maioria das vezes os sinais sejam perceptíveis, muitas pessoas são pegas de surpresa quando são alertadas de que correm o risco de perder o emprego. Isso porque, de acordo com especialistas em carreira, consciente ou inconscientemente, a maioria das pessoas prefere ignorar os indícios de que o seu trabalho está insatisfatório.
De acordo com Garfinkle, o sinal mais evidente de que as coisas não andam boas para o seu lado é ver suas tarefas serem passadas a outros funcionários. Se a pessoa vivia sobrecarregada e passou a ter tempo de sobra, isso já é motivo de alerta, acrescenta o coach. Outro sinal importante: você deixa de ser o primeiro a saber das novidades ou não é mais chamado para reuniões importantes. E, o mais revelador, diz Garfinkle, é receber uma crítica ruim.
“Poucas pessoas que foram ameaçadas de demissão ou demitidas por questões de desempenho se incomodavam em tentar fazer o que lhes era pedido. Em vez disso, só se preocupavam em reclamar da injustiça”, diz Suzanne Lucas, autora do do blog ''Evil HR Lady''.
Confira abaixo algumas atitudes que podem melhorar a imagem de um profissional e lhe garantir mais tempo no emprego, segundo os especialistas:
Seja pró-ativo para salvar o seu trabalho:
- Assim que perceber que seu emprego está em perigo, tomar medidas para melhorar seu desempenho é a melhor maneira de se manter empregado. A comunicação direta com seu chefe imediato é crucial neste momento. Sendo assim, solicite uma reunião com seu supervisor para descobrir quais passos devem ser dados para aprimorar sua performance e, consequentemente, sua imagem dentro da empresa. Após a reunião, elabore um plano de ação e entregue a seu gestor um cronograma para a realização dos objetivos. Passado um tempo, é importante buscar feedback para ter garantias de que está fazendo o que é necessário. Lembre-se de ser humilde e considere de coração o que seu chefe está dizendo, mesmo que ache que as ideias não fazem sentido.
"Desde que as ações não contrariem seus princípios, faça o que seu gestor está lhe pedindo para fazer", diz Suzanne. "Não importa se ele está certo ou não. Se fizer o que ele está pedindo, as suas chances de salvar seu emprego aumentam drasticamente''.
- Se uma conversa direta com seu gestor está fora de questão, uma boa estratégia é observar os funcionários com os quais ele está satisfeito com o desempenho profissional. Será que eles chegam cedo à empresa e ficam além do horário? Eles atendem imediatamente a qualquer pedido do chefe? Caso você não prefira ir atrás de um emprego melhor, busque uma forma de se adaptar.
Previna-se para que seu nome não entre na lista de dispensa
- Quando uma ameaça de demissão acontece por desempenho, muito do que pode acontecer está sob seu controle. Mas quando os cortes são generalizados, até por conta da situação financeira da empresa, não há muito a falar ou fazer sobre quem deverá sair. Ainda assim, especialistas em carreira dizem que há algumas atitudes a serem tomadas para evitar que seu nome seja incluído na lista de dispensa. De acordo com Suzanne Lucas, investir em especializações multidisciplinares é um caminho para se tornar mais valioso para a empresa. Não importa se você for o melhor contador da companhia, caso todo o departamento esteja sendo desligado. Mas se você também é bom em finanças, é possível tentar uma transferência para o setor financeiro da empresa.
- Se há rumores de que uma leva de demissões está próxima, a sugestão é que se descubra quais áreas da empresa são rentáveis para se tentar uma vaga nesses setores.
“Demitir funcionários é uma das tarefas mais difíceis de uma organização. Quando ocorrem demissões, as responsabilidades dos funcionáarios que estão saindo têm de ser repassadas para aqueles que permanecem. Assim, a melhor estratégia para se certificar de que você não será cortado é demonstrar sua eficácia como empregado'', completa Garfinkle.
Maiara Tortorette
O assunto demissão ronda o cotidiano de profissionais e empresas no mundo atual. Se por um lado a organização exige bons resultados, comprometimento e pontualidade na entrega de projetos, por outro, o colaborador cobra uma boa remuneração, espera reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e sonha com o emprego ideal. Mas afinal, quais os reais motivos que levam o funcionário a pedir demissão? E por que as empresas demitem?
Não existe apenas um motivo para a saída de um profissional da empresa, muito pelo contrário, as justificativas são diversas. Para Nancy Assad, consultora de comunicação estratégica, a empresa pode apresentar alguns momentos de corte ou reestruturação, mas o que realmente define a demissão de um bom profissional é a incompatibilidade de objetivos. “Os principais motivos, falando genericamente, são quando a empresa está em processo de mudança, ou o funcionário tem um determinado comportamento ou atitude que não seja adequado ao ambiente organizacional e as regras propostas”, explica.
No caso das empresas, é sempre importante que seja realizada uma avaliação do profissional, e que a análise dos pontos positivos permita que se possa estudar, trabalhar e reverter os negativos. Em grande parte das situações, manter o funcionário que já conhece a rotina e possui experiência em determinada área é mais vantajoso e leva menos tempo do que começar do zero, admitindo um novo profissional. Dessa forma, é fundamental que seja realizado um trabalho de recuperação com o colaborador mais antigo, desde que, evidentemente, haja interesses comuns e empenho nesse sentido.
“Recuperar um profissional é mais válido, sem dúvida. Existem casos, porém, que a recuperação do profissional se torna impossível em função da complexidade das ações que precisam ser tomadas para isso e, principalmente, em função do tempo e recursos envolvidos que podem não justificar o custo x benefício. Fatores comportamentais são muito demorados para ser tratados, e muitas vezes, com o mercado ofertado, a empresa se vê obrigada a renovar seus quadros. Isso não é o ideal, mas nem tudo que é ideal é possível, por isso vai depender de cada caso”, complementa Loris Temer, diretora administrativa da Coopercaixa.
Para Loris, o gestor tem muito envolvimento nos atos do profissional, e, além disso, acredita que antes de dispensá-lo definitivamente, existam diversas formas de encaixá-lo nos interesses da empresa. “É responsabilidade do gestor possibilitar ao profissional o seu crescimento no local de trabalho. Fornecer feedbacks constantes para aperfeiçoamento e explorar do colaborador o que ele tem de melhor são algumas formas de motivação. O líder deve ter a responsabilidade de um ?coach’, e assim reconhecer o trabalho do funcionário, mas sempre com a preocupação de apontar os pontos a desenvolver”.
Identificar a origem do problema pode ser uma boa opção para evitar demissões inadequadas. Quando um número representativo de bons profissionais começa a sair da organização, é sinal de que algo está funcionando de maneira incorreta, mas antes que isso aconteça, a empresa pode se prevenir e analisar quais dificuldades são realmente dos colaboradores e quais erros devem ser melhorados na própria organização. “Aplicando um diagnóstico organizacional é possível detectar onde está o problema. Esse é um trabalho realizado com todos os colaboradores por meio de entrevistas, questionários e pesquisas, e deve ser feito por um profissional de RH que não esteja envolvido no problema”, define Claudia Carraro, orientadora de carreiras.
A demissão de um colega de trabalho também pode acarretar na desmotivação da equipe. Muitas vezes os demais colaboradores não entendem, ou não recebem de forma positiva a saída do profissional. Nancy acredita que uma comunicação clara e assertiva evite esse tipo de acontecimento, e até mesmo reverta a situação deixando a equipe com mais força de vontade e focada nos resultados. “Todos esses fatores estão ligados a comunicação transparente e assertiva, que não justifique, mas que exponha de forma clara o porquê aquela demissão foi realizada e demonstrando a disposição da empresa na recuperação dos funcionários, desde que eles também tenham interesse”, explica. “Apresentando o fato desta maneira para os colaboradores, com certeza eles entenderão perfeitamente, além de se manterem comprometidos com a causa da empresa”.
E quando o profissional pede pra sair?
Os profissionais também criam expectativas em relação as empresas, e quando a remuneração, benefícios ou oportunidades oferecidas não atendem mais ao seu interesse, pedem demissão e saem em busca de novas ocupações. Antes de tomar uma decisão definitiva, o profissional deve sempre tentar se adequar à organização, buscar novas possibilidades de crescimento, ou até mesmo conversar diretamente com o gestor da área para amenizar situações aparentemente sem solução. Da mesma forma, a empresa valoriza profissionais que contribuam com o desenvolvimento e que trabalhem em direção aos objetivos da organização, portanto, é muito comum que se preocupem em não perder bons profissionais, oferecendo possibilidades para que os mesmos repensem sobre o pedido de demissão.
Mas além de oferecer essas possibilidades, a organização deve investir na prevenção de colaboradores qualificados. Loris acredita que o funcionário queira se sentir reconhecido, e agir apenas quando se corre o risco de perdê-lo pode não ser a melhor estratégia. “Com certeza a empresa deve ter como foco a manutenção e desenvolvimento de seus talentos, mas o importante é que monitore isso de forma a não levar o profissional até o estágio de pedir as contas, pois muitas vezes este processo se torna irreversível”, explica. “A empresa que só concede benefícios perante a um pedido ou ameaça incentiva que outros ajam da mesma forma para obter atendimento em suas reivindicações”.
Empresas e profissionais, cercados de tantos motivos para estarem unidos ou separados, o que realmente vale é que ambos estejam satisfeitos para que haja harmonia e se alcance resultados positivos no ambiente corporativo. “O mais importante é que o contrato de trabalho entre uma empresa e uma pessoa seja bom para as duas partes. Dito isso, desde que os dois estejam motivados e felizes, o trabalho será perfeito, o que eliminará as chances de demissão por parte do colaborador e da empresa”, finaliza Nancy.
“Se o funcionário sente que a sua avaliação de desempenho não foi positiva e que tem grandes chances de perder o emprego, deve levar esses sinais muito a sério, pois ainda há esperança”, afirma Joel Garfinkle, coach de executivos e autor do livro “Indo em frente: três passos para levar sua carreira ao próximo nível”.
Embora na maioria das vezes os sinais sejam perceptíveis, muitas pessoas são pegas de surpresa quando são alertadas de que correm o risco de perder o emprego. Isso porque, de acordo com especialistas em carreira, consciente ou inconscientemente, a maioria das pessoas prefere ignorar os indícios de que o seu trabalho está insatisfatório.
De acordo com Garfinkle, o sinal mais evidente de que as coisas não andam boas para o seu lado é ver suas tarefas serem passadas a outros funcionários. Se a pessoa vivia sobrecarregada e passou a ter tempo de sobra, isso já é motivo de alerta, acrescenta o coach. Outro sinal importante: você deixa de ser o primeiro a saber das novidades ou não é mais chamado para reuniões importantes. E, o mais revelador, diz Garfinkle, é receber uma crítica ruim.
“Poucas pessoas que foram ameaçadas de demissão ou demitidas por questões de desempenho se incomodavam em tentar fazer o que lhes era pedido. Em vez disso, só se preocupavam em reclamar da injustiça”, diz Suzanne Lucas, autora do do blog ''Evil HR Lady''.
Confira abaixo algumas atitudes que podem melhorar a imagem de um profissional e lhe garantir mais tempo no emprego, segundo os especialistas:
Seja pró-ativo para salvar o seu trabalho:
- Assim que perceber que seu emprego está em perigo, tomar medidas para melhorar seu desempenho é a melhor maneira de se manter empregado. A comunicação direta com seu chefe imediato é crucial neste momento. Sendo assim, solicite uma reunião com seu supervisor para descobrir quais passos devem ser dados para aprimorar sua performance e, consequentemente, sua imagem dentro da empresa. Após a reunião, elabore um plano de ação e entregue a seu gestor um cronograma para a realização dos objetivos. Passado um tempo, é importante buscar feedback para ter garantias de que está fazendo o que é necessário. Lembre-se de ser humilde e considere de coração o que seu chefe está dizendo, mesmo que ache que as ideias não fazem sentido.
"Desde que as ações não contrariem seus princípios, faça o que seu gestor está lhe pedindo para fazer", diz Suzanne. "Não importa se ele está certo ou não. Se fizer o que ele está pedindo, as suas chances de salvar seu emprego aumentam drasticamente''.
- Se uma conversa direta com seu gestor está fora de questão, uma boa estratégia é observar os funcionários com os quais ele está satisfeito com o desempenho profissional. Será que eles chegam cedo à empresa e ficam além do horário? Eles atendem imediatamente a qualquer pedido do chefe? Caso você não prefira ir atrás de um emprego melhor, busque uma forma de se adaptar.
Previna-se para que seu nome não entre na lista de dispensa
- Quando uma ameaça de demissão acontece por desempenho, muito do que pode acontecer está sob seu controle. Mas quando os cortes são generalizados, até por conta da situação financeira da empresa, não há muito a falar ou fazer sobre quem deverá sair. Ainda assim, especialistas em carreira dizem que há algumas atitudes a serem tomadas para evitar que seu nome seja incluído na lista de dispensa. De acordo com Suzanne Lucas, investir em especializações multidisciplinares é um caminho para se tornar mais valioso para a empresa. Não importa se você for o melhor contador da companhia, caso todo o departamento esteja sendo desligado. Mas se você também é bom em finanças, é possível tentar uma transferência para o setor financeiro da empresa.
- Se há rumores de que uma leva de demissões está próxima, a sugestão é que se descubra quais áreas da empresa são rentáveis para se tentar uma vaga nesses setores.
“Demitir funcionários é uma das tarefas mais difíceis de uma organização. Quando ocorrem demissões, as responsabilidades dos funcionáarios que estão saindo têm de ser repassadas para aqueles que permanecem. Assim, a melhor estratégia para se certificar de que você não será cortado é demonstrar sua eficácia como empregado'', completa Garfinkle.
Como evitar a demissão?
O assunto demissão ronda o cotidiano de profissionais e empresas no mundo atual. Se por um lado a organização exige bons resultados, comprometimento e pontualidade na entrega de projetos, por outro, o colaborador cobra uma boa remuneração, espera reconhecimento pelo trabalho desenvolvido e sonha com o emprego ideal. Mas afinal, quais os reais motivos que levam o funcionário a pedir demissão? E por que as empresas demitem?
Não existe apenas um motivo para a saída de um profissional da empresa, muito pelo contrário, as justificativas são diversas. Para Nancy Assad, consultora de comunicação estratégica, a empresa pode apresentar alguns momentos de corte ou reestruturação, mas o que realmente define a demissão de um bom profissional é a incompatibilidade de objetivos. “Os principais motivos, falando genericamente, são quando a empresa está em processo de mudança, ou o funcionário tem um determinado comportamento ou atitude que não seja adequado ao ambiente organizacional e as regras propostas”, explica.
No caso das empresas, é sempre importante que seja realizada uma avaliação do profissional, e que a análise dos pontos positivos permita que se possa estudar, trabalhar e reverter os negativos. Em grande parte das situações, manter o funcionário que já conhece a rotina e possui experiência em determinada área é mais vantajoso e leva menos tempo do que começar do zero, admitindo um novo profissional. Dessa forma, é fundamental que seja realizado um trabalho de recuperação com o colaborador mais antigo, desde que, evidentemente, haja interesses comuns e empenho nesse sentido.
“Recuperar um profissional é mais válido, sem dúvida. Existem casos, porém, que a recuperação do profissional se torna impossível em função da complexidade das ações que precisam ser tomadas para isso e, principalmente, em função do tempo e recursos envolvidos que podem não justificar o custo x benefício. Fatores comportamentais são muito demorados para ser tratados, e muitas vezes, com o mercado ofertado, a empresa se vê obrigada a renovar seus quadros. Isso não é o ideal, mas nem tudo que é ideal é possível, por isso vai depender de cada caso”, complementa Loris Temer, diretora administrativa da Coopercaixa.
Para Loris, o gestor tem muito envolvimento nos atos do profissional, e, além disso, acredita que antes de dispensá-lo definitivamente, existam diversas formas de encaixá-lo nos interesses da empresa. “É responsabilidade do gestor possibilitar ao profissional o seu crescimento no local de trabalho. Fornecer feedbacks constantes para aperfeiçoamento e explorar do colaborador o que ele tem de melhor são algumas formas de motivação. O líder deve ter a responsabilidade de um ?coach’, e assim reconhecer o trabalho do funcionário, mas sempre com a preocupação de apontar os pontos a desenvolver”.
Identificar a origem do problema pode ser uma boa opção para evitar demissões inadequadas. Quando um número representativo de bons profissionais começa a sair da organização, é sinal de que algo está funcionando de maneira incorreta, mas antes que isso aconteça, a empresa pode se prevenir e analisar quais dificuldades são realmente dos colaboradores e quais erros devem ser melhorados na própria organização. “Aplicando um diagnóstico organizacional é possível detectar onde está o problema. Esse é um trabalho realizado com todos os colaboradores por meio de entrevistas, questionários e pesquisas, e deve ser feito por um profissional de RH que não esteja envolvido no problema”, define Claudia Carraro, orientadora de carreiras.
A demissão de um colega de trabalho também pode acarretar na desmotivação da equipe. Muitas vezes os demais colaboradores não entendem, ou não recebem de forma positiva a saída do profissional. Nancy acredita que uma comunicação clara e assertiva evite esse tipo de acontecimento, e até mesmo reverta a situação deixando a equipe com mais força de vontade e focada nos resultados. “Todos esses fatores estão ligados a comunicação transparente e assertiva, que não justifique, mas que exponha de forma clara o porquê aquela demissão foi realizada e demonstrando a disposição da empresa na recuperação dos funcionários, desde que eles também tenham interesse”, explica. “Apresentando o fato desta maneira para os colaboradores, com certeza eles entenderão perfeitamente, além de se manterem comprometidos com a causa da empresa”.
E quando o profissional pede pra sair?
Os profissionais também criam expectativas em relação as empresas, e quando a remuneração, benefícios ou oportunidades oferecidas não atendem mais ao seu interesse, pedem demissão e saem em busca de novas ocupações. Antes de tomar uma decisão definitiva, o profissional deve sempre tentar se adequar à organização, buscar novas possibilidades de crescimento, ou até mesmo conversar diretamente com o gestor da área para amenizar situações aparentemente sem solução. Da mesma forma, a empresa valoriza profissionais que contribuam com o desenvolvimento e que trabalhem em direção aos objetivos da organização, portanto, é muito comum que se preocupem em não perder bons profissionais, oferecendo possibilidades para que os mesmos repensem sobre o pedido de demissão.
Mas além de oferecer essas possibilidades, a organização deve investir na prevenção de colaboradores qualificados. Loris acredita que o funcionário queira se sentir reconhecido, e agir apenas quando se corre o risco de perdê-lo pode não ser a melhor estratégia. “Com certeza a empresa deve ter como foco a manutenção e desenvolvimento de seus talentos, mas o importante é que monitore isso de forma a não levar o profissional até o estágio de pedir as contas, pois muitas vezes este processo se torna irreversível”, explica. “A empresa que só concede benefícios perante a um pedido ou ameaça incentiva que outros ajam da mesma forma para obter atendimento em suas reivindicações”.
Empresas e profissionais, cercados de tantos motivos para estarem unidos ou separados, o que realmente vale é que ambos estejam satisfeitos para que haja harmonia e se alcance resultados positivos no ambiente corporativo. “O mais importante é que o contrato de trabalho entre uma empresa e uma pessoa seja bom para as duas partes. Dito isso, desde que os dois estejam motivados e felizes, o trabalho será perfeito, o que eliminará as chances de demissão por parte do colaborador e da empresa”, finaliza Nancy.
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