BRASÍLIA, 13 Abr (Reuters) - A presidenta Dilma Rousseff disse nesta
sexta-feira a uma plateia de empresários da indústria que as altas taxas
de juros e a carga tributária atrapalham o crescimento do Brasil, e que
o país precisa superar essas "amarras" para continuar se desenvolvendo.
"O Brasil tem hoje certas estruturas tributárias que são muito pesadas para serem carregadas no processo de crescimento sustentável", disse ela, que deixou de lado o discurso escrito e falou de improviso em evento sobre a competitividade da indústria, uma das áreas que vêm sendo tratadas com prioridade no governo.
"Temos de criar condições para que o país possa de fato ter uma desoneração tributária que não comprometa a situação macroeconômica", afirmou durante o evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os spreads bancários, a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao cliente, voltaram a ser alvo de Dilma, assim como os juros cobrados pelos bancos privados.
Na última semana, dois bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, baixaram as taxas de juros aplicadas, em uma estratégia do governo de obrigar instituições privadas a fazerem o mesmo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também defendeu nesta semana a necessidade de os bancos reduzirem a taxa.
"Nós temos que desmontar alguns entraves para o nosso desenvolvimento sustentável e continuado", disse. "Esses entraves podem ser assim resumidos simplificadamente... na necessidade de nós colocarmos os nossos juros e spreads em padrões internacionais de custo de capital."
Dilma afirmou ainda que o governo precisa seguir atento para que os mecanismos de combate à crise adotados pelos países desenvolvidos não levem à valorização do câmbio e ao que voltou a chamar de "canabalização" do setor no Brasil.
A referência a políticas monetárias expansionistas de outros países, que aumentam a liquidez internacional e o fluxo de dólares aos emergentes, vem sendo reiterada pela presidente. Dilma inclusive reclamou do "tsunami monetário" a lideranças estrangeiras com quem se reuniu recentemente, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama", e a chanceler alemã Angela Merkel.
INOVAÇÃO
Dilma também fez uma cobrança aos empresários presentes, afirmando que a inovação da indústria é essencial para o setor sobreviver diante de ambientes de crise.
A presidente voltou a repetir seu compromisso com a indústria nacional, inclusive ao dizer que fez um esforço para comparecer ao evento no mesmo dia em que viaja à Colômbia.
"Não há hipótese de nós continuarmos nos desenvolvendo, distribuindo renda, gerando emprego, afirmando a nossa soberania, tendo importância internacional, se nós não tivermos uma industria forte", afirmou.
(Reportagem de Hugo Bachega e Ana Flor)
"O Brasil tem hoje certas estruturas tributárias que são muito pesadas para serem carregadas no processo de crescimento sustentável", disse ela, que deixou de lado o discurso escrito e falou de improviso em evento sobre a competitividade da indústria, uma das áreas que vêm sendo tratadas com prioridade no governo.
"Temos de criar condições para que o país possa de fato ter uma desoneração tributária que não comprometa a situação macroeconômica", afirmou durante o evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Os spreads bancários, a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao cliente, voltaram a ser alvo de Dilma, assim como os juros cobrados pelos bancos privados.
Na última semana, dois bancos públicos, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, baixaram as taxas de juros aplicadas, em uma estratégia do governo de obrigar instituições privadas a fazerem o mesmo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também defendeu nesta semana a necessidade de os bancos reduzirem a taxa.
"Nós temos que desmontar alguns entraves para o nosso desenvolvimento sustentável e continuado", disse. "Esses entraves podem ser assim resumidos simplificadamente... na necessidade de nós colocarmos os nossos juros e spreads em padrões internacionais de custo de capital."
Dilma afirmou ainda que o governo precisa seguir atento para que os mecanismos de combate à crise adotados pelos países desenvolvidos não levem à valorização do câmbio e ao que voltou a chamar de "canabalização" do setor no Brasil.
A referência a políticas monetárias expansionistas de outros países, que aumentam a liquidez internacional e o fluxo de dólares aos emergentes, vem sendo reiterada pela presidente. Dilma inclusive reclamou do "tsunami monetário" a lideranças estrangeiras com quem se reuniu recentemente, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama", e a chanceler alemã Angela Merkel.
INOVAÇÃO
Dilma também fez uma cobrança aos empresários presentes, afirmando que a inovação da indústria é essencial para o setor sobreviver diante de ambientes de crise.
A presidente voltou a repetir seu compromisso com a indústria nacional, inclusive ao dizer que fez um esforço para comparecer ao evento no mesmo dia em que viaja à Colômbia.
"Não há hipótese de nós continuarmos nos desenvolvendo, distribuindo renda, gerando emprego, afirmando a nossa soberania, tendo importância internacional, se nós não tivermos uma industria forte", afirmou.
(Reportagem de Hugo Bachega e Ana Flor)
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