6.20.2012

Consumo baixo ou moderado de álcool no início da gravidez é seguro, diz pesquisa


Cientistas dinamarqueses não encontram problemas de desenvolvimento em crianças de cinco anos de idade


Consumo de doses pequenas e moderadas de álcool no início da gravidez pode ser seguro
Foto: Divulgação
Consumo de doses pequenas e moderadas de álcool no início da gravidez pode ser seguro Divulgação
RIO - Beber uma quantidade pequena ou moderada de álcool no início da gravidez não está relacionado a problemas de desenvolvimento aos cinco anos de idade, dizem pesquisadores. A pesquisa dinamarquesa, feita na Universidade de Copenhagen e publicada na revista "BJOG", sugere que um a oito drinques por semana não causam problemas. Na Dinamarca, um drinque padrão tem 12g de álcool.
O alto consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez é apontado como causador de aborto, síndrome alcoólica fetal e baixo peso ao nascer. Os pesquisadores produziram cinco trabalhos sobre bebidas e gravidez. Mais de 1600 mulheres grávidas participaram, recrutadas em sua primeira visita pré-natal. Metade delas era mãe de primeira viagem, e menos de um terço fumou durante a gestação. Elas foram questionadas sobre o consumo de álcool.
Consumo baixo foi definido como um a quatro drinques por semana; moderado como cinco a oito bebidas; e elevado como nove ou mais. O alto consumo de uma só vez, a respeito do qual as mulheres também foram questionadas, foi definido como cinco ou mais doses numa só ocasião. Mulheres grávidas que não bebiam durante a gestação foram incluídas na pesquisa.
Os cientistas observaram os efeitos do álcool no QI, na atenção, e nas funções executivas, como planejamento, organização e autocontrole aos cinco anos. Não houve diferenças nos resultados dos testes de QI em crianças cujas mães bebiam de uma a quatro unidades por semana, ou cinco a oito unidades por semana na gravidez, em comparação com filhos de mães que se abstiverem. Mas beber mais de nove doses por semana esteve associado a menor tempo de atenção entre as crianças.

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