Esportes
Consórcio do Maracanã quer mais 3
O Fluminense foi o primeiro a assinar com o Novo Maracanã
“Queremos um prazo por 35 anos e o Flamengo quer menos. Eles também querem receber parte da receita da venda de camarotes e assentos premium. Só que se fizer isso, acabo por inviabilizar o meu negócio. É algo interessante para os dois lados. Apesar de os interesses serem diferentes, acredito que vamos chegar a uma negociação final e estamos bem perto disso”, afirmou o presidente da Maracanã S.A.
Com o Botafogo o caso é um pouco diferente, já que o clube alvinegro tem o Engenhão. Mas como o estádio seguirá fechado até o fim de 2014 para recuperação de falhas estruturais, o presidente do consórcio acredita ser possível chegar a uma acordo de 35 anos com o clube. Diferente do Fluminense, o Bota jogaria de 10 a 15 jogos no estádio, e não 30.
“Sabemos que o Botafogo tem o Engenhão. Eles querem atuar aqui enquanto o Engenhão estará em obras. Está tudo certo. Mas queremos assinar por mais tempo, pelos mesmos 35 anos que firmamos com o Fluminense. Essa é a negociação que estamos fazendo. O Botafogo poderia mandar os clássicos, quando teria maior capacidade do que no Engenhão para receber a sua torcida. Estamos falando de 78 mil lugares contra 45 mil do Engenhão”, disse Borba
E o objetivo do consórcio do Novo Maracanã é conseguir um acordo com os quatro grandes do Rio de Janeiro, até mesmo o Vasco. Apesar de ter sua própria casa, São Januário, o cruz-maltino poderia jogar os clássicos no Maracanã, como acontecia antes da reforma.
“Cada negociação será diferente. O Vasco, por exemplo, tem seu estádio, mas pode se interessar em jogar os clássicos. O Botafogo está sem o Engenhão, mas pode voltar para lá em dois anos. Flamengo e Fluminense também têm seus interesses específicos”, destacou o presidente do consórcio.
“Nas próximas semanas, creio que teremos fechado contratos com os quatro grandes. Mas o que atrapalha é que todas estas propostas têm de ser aprovadas pelos conselhos de cada clube. De qualquer forma, as negociações serão maleáveis, e quando fecharmos os contratos do futebol faremos o restante do planejamento”,
Para que o acordo com o governo tenha validade, consórcio tem de assinar com dois grandes clubes do Rio
Em 21 de julho, Fluminense e Vasco farão a primeira partida entre clubes no novo Maracanã
Foto:
VANDERLEI ALMEIDA / AFP
Eduardo Gabardo/Correspondente do Grupo RBS
O contrato assinado entre Fluminense e Consórcio Maracanã S.A trouxe
alívio, mas ainda não é a solução definitiva para o principal estádio da
Copa. Depois dos momentos de apreensão, agora finalmente existe uma
data marcada para a reabertura após a Copa das Confederações. Em 21 de
julho, Fluminense e Vasco farão a primeira partida entre clubes no novo
Maracanã.
Para que o acordo entre governo do Rio e o consórcio tenha validade, pelo menos dois dos grandes clubes do estado tem que assinar por 35 anos com os novos donos do estádio, caso contrário haverá uma nova licitação. Como o Vasco vai continuar utilizando o São Januário e o Botafogo irá jogar no Maracanã apenas até a reabertura do Engenhão, o Flamengo é o ponto central para que o desfecho seja positivo. Só que não está fácil. Com a maior torcida do Brasil, a direção do clube está fazendo de tudo para ganhar o máximo nesta negociação.
No acerto que fez, o Fluminense poderá vender 43 mil ingressos (56 % da capacidade) nos setores atrás dos gols por preços que ainda serão definidos. Não pagará aluguel, apenas impostos e cota da Federação Carioca. O restante é dos administradores, que ainda terão 100% dos lucros com camarotes, área vip, estacionamento, bares e restaurantes. Mas vão arcar com todos os custos de funcionamento. Só que este modelo de negócio já foi recusado pelo Flamengo, que para pressionar vai jogar mais partidas em Brasília. João Borba, presidente do Consórcio Maracanã S.A já sabe que terá de aumentar a oferta:
— Cada clube tem a suas necessidades, ninguém vai sair perdendo, estamos confiantes no acerto.
O consórcio formado por Odebrecht, IMX e AEG terá que pagar ao governo R$ 5,5 milhões anuais, além de investir R$ 594 milhões em obras no entorno. De acordo com estudo realizado antes da licitação o potencial de faturamento do empreendimento é de R$ 1 bilhão durante os 35 anos.
Para que o acordo entre governo do Rio e o consórcio tenha validade, pelo menos dois dos grandes clubes do estado tem que assinar por 35 anos com os novos donos do estádio, caso contrário haverá uma nova licitação. Como o Vasco vai continuar utilizando o São Januário e o Botafogo irá jogar no Maracanã apenas até a reabertura do Engenhão, o Flamengo é o ponto central para que o desfecho seja positivo. Só que não está fácil. Com a maior torcida do Brasil, a direção do clube está fazendo de tudo para ganhar o máximo nesta negociação.
No acerto que fez, o Fluminense poderá vender 43 mil ingressos (56 % da capacidade) nos setores atrás dos gols por preços que ainda serão definidos. Não pagará aluguel, apenas impostos e cota da Federação Carioca. O restante é dos administradores, que ainda terão 100% dos lucros com camarotes, área vip, estacionamento, bares e restaurantes. Mas vão arcar com todos os custos de funcionamento. Só que este modelo de negócio já foi recusado pelo Flamengo, que para pressionar vai jogar mais partidas em Brasília. João Borba, presidente do Consórcio Maracanã S.A já sabe que terá de aumentar a oferta:
— Cada clube tem a suas necessidades, ninguém vai sair perdendo, estamos confiantes no acerto.
O consórcio formado por Odebrecht, IMX e AEG terá que pagar ao governo R$ 5,5 milhões anuais, além de investir R$ 594 milhões em obras no entorno. De acordo com estudo realizado antes da licitação o potencial de faturamento do empreendimento é de R$ 1 bilhão durante os 35 anos.
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