3.14.2014

EUA anunciam caso raro de transmissão de HIV entre mulheres

Segundo entidade de saúde americana, contágio é possível porque o vírus pode ser encontrado no líquido vaginal e no sangue da menstruação

Mulheres se beijando
Transmissão de HIV entre mulheres: poucos casos documentados (Fred Dufour/AFP)
Um caso raro de possível transmissão de HIV entre mulheres foi anunciado nesta quinta-feira por autoridades de saúde americanas. Uma mulher, de 46 anos, "provavelmente adquiriu" o vírus da imunodeficiência humana em uma relação sexual com sua parceira, portadora do HIV, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
A paciente, que não teve o nome revelado, já teve relações heterossexuais anteriormente, mas não nos dez anos anteriores à infecção. Sua companheira, de 43 anos, diagnosticada com o vírus em 2008, foi sua única parceira sexual nos seis meses antes do teste positivo do HIV. A mulher não apresentou nenhum dos outros fatores de risco, como uso de drogas injetáveis, transplante de órgão, acupuntura ou sexo desprotegido com outro parceiro. O vírus tinha 98% de semelhança genética com o da parceira.
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​O casal disse não ter recebido informações sobre práticas de sexo seguro e contou que mantém relações sem proteção rotineiramente. "Elas descreveram seu contato sexual como intenso, chegando a levar ao sangramento de uma delas", explica o texto do CDC. "Elas também informaram ter feito sexo sem proteção durante seu período de menstruação" completou a nota.
A mulher infectada desde 2008 tinha recebido prescrição de medicamentos antirretrovirais em 2009, mas parou de tomá-los em novembro de 2010. Segundo o CDC, apesar de casos como esse serem raros, "transmissão entre mulheres são possíveis porque o HIV pode ser encontrado no líquido vaginal e no sangue da menstruação". O instituto reforçou que pessoas com HIV precisam ficar sob atenção médica e fazer uso dos remédios prescritos, para reduzir o risco de infectar o parceiro.
Poucas ocorrências desse tipo já foram documentadas, e a confirmação "tem sido difícil porque outros fatores de risco quase sempre estão presentes ou não é possível eliminá-los", informou o CDC.
(Com AFP)

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