Federação Nacional prevê que greve terá duração de três dias.
Funcionários pedem reestruturação da carreira com reajustes salariais.
Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal
em vários estados do país fazem paralisação a partir desta terça-feira
(11), de acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais
(Fenapef). A entidade afirma que a greve irá durar três dias. Na
quarta-feira (12), está prevista pela entidade uma passeata dos
servidores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os funcionários pedem a reestruturação da carreira com reajustes salariais, a contratação de novos servidores e criticam a indicação por "critérios políticos" de servidores sem experiência operacional para trabalhar no planejamento e coordenação da Copa 2014. A Fenapef quer a substituição desses profissionais por outros mais experientes na carreira.
"O governo congelou e sucateou a nossa carreira. Somente a nossa categoria sofre esse tratamento. Em 2000, o salário incial de um agente federal era um pouquinho maior do que o editor da Receita Federal. Atualmente, o nosso salário inicial equivale a metade da remuneração incial de um auditor da Receita", afirma o diretor de comunicação da Fenapef, Renato Deslandes.
Ele também afirma que faltam funcionários para os postos e que cada vez mais servidores estão abandonando a carreira. "A situação está calamitosa. Existem aeroportos do interior do país que não tem nenhum agente federal", diz. E a categoria também pede que não aconteçam mais indicações para cargos por critérios políticos. "A gente pede a meritocracia. Quem quer que chegue no topo, tem que ter demonstrado excelência e especialização", afirma Deslandes.
Procurada pelo G1, a Polícia Federal afirma que não irá se pronunciar sobre a greve. Já o Ministério do Planejamento, através de sua assessoria, afirma que nos dois últimos anos, a categoria não aceitou a proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. A pasta afirma que, neste momento, não há margem financeira e fiscal para fazer o reajuste pedido, pois causaria impacto na folha de pagamento. Mas ressalta que as negociações estão abertas.
Veja como está a situação nos estados:
Alagoas
No estado, todos os serviços da Polícia Federal estão paralisados, segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Alagoas (Sinpofal). A paralisação está prevista para durar três dias a partir da terça-feira (11). O vice-presidente do Sinpofal, Flávio Moreno, explica que a falta de estrutura tem prejudicado ações como o combate ao tráfico de drogas.
Bahia
De acordo com Eduardo Marques, diretor do Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia (Sindipol-BA), a categoria ficará paralizada durante 72 horas e serão apresentadas novas reivindicações. 30% do efetivo atende às solicitações de emissão de passaportes, fiscalização de produtos químicos e prestação de serviços à empresas de segurança privada.
Distrito Federal
Policiais federais do Distrito Federal entraram nesta terça-feira (11) em uma greve de três dias durante mais uma mobilização nacional da categoria para pedir aumento salarial, reestruturação de carreira e novo concurso. Nesta paralisação, eles também protestam por “segurança pública padrão FIFA”, afirmando que há servidores sem experiência operacional indicados por critérios políticos para planejar e coordenar as ações durante a Copa do Mundo. Os policiais afirmam que o atendimento ao público, como a emissão de passaportes segue ocorrendo normalmente.
Minas Gerais
Cerca de 350 agentes, escrivães e papiloscopistas em Minas Gerais aderiram à paralisação, de acordo com o sindicato da categoria no estado. A entidade afirma que serviços de atendimento ao cidadão começam a funcionar com 30% do efetivo e o trabalho de investigação será afetado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef-MG), Rodrigo Porto, cerca de 100 trabalhadores de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Varginha, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia embarcam à noite para Brasília, onde vão participar de manifestação nesta quarta-feira (12).
Paraná
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef-PR), cerca de 600 servidores estão mobilizados. Segundo o vice-presidente do Sinpef-PR, Alberto Domingos Jancke, não há comprometimento dos serviços prestados como emissão de passaportes e os horários agendados estão sendo respeitados. “Estamos tentando evitar causar transtornos para a população”, disse. Em Foz do Iguaçu, está sendo mantido o mínimo do efetivo nas pontes da Amizade e Tancredo Neves e na seção de passaporte. Nas delegacias de Cascavel e de Guaíra, o atendimento é normal.
Pernambuco
A paralisação em Pernambuco irá durar 3 dias, de acordo com o Sindicato dos Policiais Federais em Pernambuco (Sinpef-PE). O presidente da entidade, Marcelo Pires, afirma que os serviços essenciais, como o controle imigratório nos portos e aeroportos e o atendimento nos setores de passaporte não serão interrompidos, mas funcionarão com 30% do pessoal. Já a expedição de passaportes vai funcionar com exceções. “No caso de doenças e necessidades médicas, ou até mesmo proximidade da viagem, quem pediu o passaporte terá prioridade”, explica Pires. Em Caruaru, no Agreste pernambucano, estão previstos 30% do efetivo para atender os casos de urgência. De acordo com o presidente do Sinpef-PE, a emissão de registro de armas, o registro de produtos químicos, e a regularização de segurança particular não estão funcionando.
Rio Grande do Sul
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (SINPEF/RS), a categoria reclama a redução dos investimentos na Polícia Federal, com consequente falta de condições de trabalho e de efetivo. Apenas os serviços operacionais, como investigações em campo, não funcionarão. As demais atividades ocorrem normalmente. Ainda de acordo com o sindicato, 80% do efetivo da categoria estará mobilizado.
Santa Catarina
No estado, apenas 30% do efetivo do estado continua em atividade. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina (Sinpofesc), continuam em operação os serviços marítimo, em aeroportos, departamentos de estrangeiros e emissão de passaportes. Todas as outras atividades estão paralisadas.
Os funcionários pedem a reestruturação da carreira com reajustes salariais, a contratação de novos servidores e criticam a indicação por "critérios políticos" de servidores sem experiência operacional para trabalhar no planejamento e coordenação da Copa 2014. A Fenapef quer a substituição desses profissionais por outros mais experientes na carreira.
"O governo congelou e sucateou a nossa carreira. Somente a nossa categoria sofre esse tratamento. Em 2000, o salário incial de um agente federal era um pouquinho maior do que o editor da Receita Federal. Atualmente, o nosso salário inicial equivale a metade da remuneração incial de um auditor da Receita", afirma o diretor de comunicação da Fenapef, Renato Deslandes.
Ele também afirma que faltam funcionários para os postos e que cada vez mais servidores estão abandonando a carreira. "A situação está calamitosa. Existem aeroportos do interior do país que não tem nenhum agente federal", diz. E a categoria também pede que não aconteçam mais indicações para cargos por critérios políticos. "A gente pede a meritocracia. Quem quer que chegue no topo, tem que ter demonstrado excelência e especialização", afirma Deslandes.
Procurada pelo G1, a Polícia Federal afirma que não irá se pronunciar sobre a greve. Já o Ministério do Planejamento, através de sua assessoria, afirma que nos dois últimos anos, a categoria não aceitou a proposta de reajuste de 15,8% e não fechou acordo com o governo. A pasta afirma que, neste momento, não há margem financeira e fiscal para fazer o reajuste pedido, pois causaria impacto na folha de pagamento. Mas ressalta que as negociações estão abertas.
Veja como está a situação nos estados:
Alagoas
No estado, todos os serviços da Polícia Federal estão paralisados, segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Alagoas (Sinpofal). A paralisação está prevista para durar três dias a partir da terça-feira (11). O vice-presidente do Sinpofal, Flávio Moreno, explica que a falta de estrutura tem prejudicado ações como o combate ao tráfico de drogas.
Bahia
De acordo com Eduardo Marques, diretor do Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia (Sindipol-BA), a categoria ficará paralizada durante 72 horas e serão apresentadas novas reivindicações. 30% do efetivo atende às solicitações de emissão de passaportes, fiscalização de produtos químicos e prestação de serviços à empresas de segurança privada.
Distrito Federal
Policiais federais do Distrito Federal entraram nesta terça-feira (11) em uma greve de três dias durante mais uma mobilização nacional da categoria para pedir aumento salarial, reestruturação de carreira e novo concurso. Nesta paralisação, eles também protestam por “segurança pública padrão FIFA”, afirmando que há servidores sem experiência operacional indicados por critérios políticos para planejar e coordenar as ações durante a Copa do Mundo. Os policiais afirmam que o atendimento ao público, como a emissão de passaportes segue ocorrendo normalmente.
Minas Gerais
Cerca de 350 agentes, escrivães e papiloscopistas em Minas Gerais aderiram à paralisação, de acordo com o sindicato da categoria no estado. A entidade afirma que serviços de atendimento ao cidadão começam a funcionar com 30% do efetivo e o trabalho de investigação será afetado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef-MG), Rodrigo Porto, cerca de 100 trabalhadores de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Varginha, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia embarcam à noite para Brasília, onde vão participar de manifestação nesta quarta-feira (12).
Paraná
De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef-PR), cerca de 600 servidores estão mobilizados. Segundo o vice-presidente do Sinpef-PR, Alberto Domingos Jancke, não há comprometimento dos serviços prestados como emissão de passaportes e os horários agendados estão sendo respeitados. “Estamos tentando evitar causar transtornos para a população”, disse. Em Foz do Iguaçu, está sendo mantido o mínimo do efetivo nas pontes da Amizade e Tancredo Neves e na seção de passaporte. Nas delegacias de Cascavel e de Guaíra, o atendimento é normal.
Pernambuco
A paralisação em Pernambuco irá durar 3 dias, de acordo com o Sindicato dos Policiais Federais em Pernambuco (Sinpef-PE). O presidente da entidade, Marcelo Pires, afirma que os serviços essenciais, como o controle imigratório nos portos e aeroportos e o atendimento nos setores de passaporte não serão interrompidos, mas funcionarão com 30% do pessoal. Já a expedição de passaportes vai funcionar com exceções. “No caso de doenças e necessidades médicas, ou até mesmo proximidade da viagem, quem pediu o passaporte terá prioridade”, explica Pires. Em Caruaru, no Agreste pernambucano, estão previstos 30% do efetivo para atender os casos de urgência. De acordo com o presidente do Sinpef-PE, a emissão de registro de armas, o registro de produtos químicos, e a regularização de segurança particular não estão funcionando.
Rio Grande do Sul
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (SINPEF/RS), a categoria reclama a redução dos investimentos na Polícia Federal, com consequente falta de condições de trabalho e de efetivo. Apenas os serviços operacionais, como investigações em campo, não funcionarão. As demais atividades ocorrem normalmente. Ainda de acordo com o sindicato, 80% do efetivo da categoria estará mobilizado.
Santa Catarina
No estado, apenas 30% do efetivo do estado continua em atividade. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina (Sinpofesc), continuam em operação os serviços marítimo, em aeroportos, departamentos de estrangeiros e emissão de passaportes. Todas as outras atividades estão paralisadas.
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