3.11.2014

Celulares a bordo de voo sumido estariam tocando

Avião desaparecido estava fora da rota ao ser rastreado pela última vez

Boeing 777 da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo está sumido desde sábado

AE

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As Forças Armadas da Malásia têm dados de radar mostrando que o avião Boeing 777 da Malaysia Airlines que desapareceu no sábado mudou de rota e chegou ao Estreito de Malaca, a centenas de quilômetros da última posição gravada por autoridades civis, de acordo com um oficial militar sênior. A descoberta desperta questionamentos sobre por que a aeronave, que fazia o voo MH370, entre Kuala Lumpur e Pequim, não estava transmitindo sinais detectáveis por radares civis.
O jornal local Berita Harian citou o chefe da Força Aérea malaia, general Rodzali Daud, dizendo que o radar de uma base militar detectou o avião às 2h40 (horário local) de sábado perto de Pulau Perak, no acesso norte ao estreito, uma hidrovia movimentada que separa a costa oeste da Malásia da Ilha de Sumatra da Indonésia. "Depois disso, o sinal do avião foi perdido", afirmou Daud, conforme o jornal.

Outro oficial militar de alta patente envolvido na investigação confirmou o relato e disse ainda que a Força Aérea acredita que o avião voava baixo. O funcionário falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade da informação.

Mais cedo, a companhia aérea informou que autoridades expandiram a área de buscas pelo avião para o Estreito de Malaca. Nenhum traço do Boeing 777 foi encontrado em águas entre a Malásia e o Vietnã, local de buscas por mais de 40 aviões e navios de pelo menos 10 nações.

Vídeo veiculado pela TV estatal chinesa mostra momento em que o celular de um homem que estava no avião teria tocado quando a família tentou entrar em contato com ele


De acordo com a mídia chinesa, outras famílias tentaram ligar para os parentes desaparecidos e o mesmo aconteceu: os telefones tocaram, mas ninguém atendeu a ligação, o que vem aumentando o suspense em torno do desaparecimento do voo.


Segundo o jornal Washington Post, familiares de outros desaparecidos teriam visto que seus parentes estavam online em uma rede social chamado QQ, no entanto, mensagens enviadas aos passageiros não foram respondidas.




 Foto: Terra Foto: Terra

239 pessoas estavam à bordo do avião da Malaysia Airlines que desapareceu cerca de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur para Pequim.


A companhia acrescentou que todas as hipóteses para explicar o desaparecimento do voo estão sendo consideradas, tais como queda e até terrorismo.


Contudo, o  chefe da Interpol disse nesta terça-feira que avalia que o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines não foi um incidente terrorista. "Quanto mais informações obtemos, mais inclinados estamos a concluir que não se trata de um incidente terrorista", disse o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble. Ele disse ainda que dois passageiros com passaportes iranianos trocaram os documentos em Kuala Lumpur e usaram passaportes italiano e austríaco roubados para embarcar no avião desaparecido.


A operação para localizar a aeronave já entrou no quarto dia e está sendo auxiliada por vários países, como Austrália, China, Tailândia, Indonésia, Cingapura, Vietnã, Filipinas e os Estados Unidos. No total, nove aviões e 24 embarcações estão sendo utilizadas.


A China anunciou nesta terça-feira que irá mobilizar 10 satélites para ajudar nas buscas da aeronave, de acordo com informações da agência Reuters.



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O boeing 777 passou por manutenção 12 dias antes do voo MH370, e não foi detectado nenhum problema, segundo a Malaysia Airlines. A próxima inspeção estava marcada para o dia 19 de junho. A empresa afirmou nesta terça-feira que estendeu a busca pelo avião desaparecido desde o último sábado para áreas além da possível trajetória do voo, incluindo algumas terrestres. O foco, segundo a empresa, agora está na região peninsular oeste da Malásia, no estreito de Malaca, uma vez que as autoridades estão considerando a possibilidade de o Boeing 777 ter tentado voltar.


 Reuters.


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