Tratamento
Pesquisadores acreditam que a oxitocina pode mudar forma como mulheres com a doença encaram os alimentos e o formato de seus corpos
Anorexia: Não existe medicamento para tratar a doença.
Pesquisadores acreditam que a oxitocina, o 'hormônio do amor' possa ser
um caminho
(Thinkstock)
ANOREXIA NERVOSA
A anorexia nervosa é caracterizada por uma recusa de manter um corpo saudável, pelo medo de ganhar peso, pela busca pela magreza e por preocupantes imagens e percepções de si mesmo. Geralmente, o problema é diagnosticado em pacientes do sexo feminino, com idades entre 15 e 19 anos. Nesse grupo, a anorexia é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns. A prevalência do problema é entre 0,3% e 0,9%, e sua taxa de mortalidade, de 6% a 11%
De acordo com os autores da pesquisa, a anorexia envolve problemas
relacionados não somente à alimentação e formato do corpo, mas também à
ansiedade e sensibilidade a emoções negativas. “Pacientes com anorexia
apresentam uma série de dificuldades sociais que geralmente começam na
adolescência e antes de a doença se manifestar. E essas dificuldades são
importantes para entender a anorexia”, diz Janet Treasure, pesquisadora
do Instituto de Psiquiatria da King’s College London e coordenadora do
estudo, que foi publicado nesta quinta-feira no periódico Psychoneuroendocrinology.A anorexia nervosa é caracterizada por uma recusa de manter um corpo saudável, pelo medo de ganhar peso, pela busca pela magreza e por preocupantes imagens e percepções de si mesmo. Geralmente, o problema é diagnosticado em pacientes do sexo feminino, com idades entre 15 e 19 anos. Nesse grupo, a anorexia é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns. A prevalência do problema é entre 0,3% e 0,9%, e sua taxa de mortalidade, de 6% a 11%
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Os pesquisadores deram doses de placebo a 64 mulheres com e sem anorexia e pediram que elas olhassem e descrevessem imagens de alimentos, de pessoas com formatos de corpo variados e de partes específicas do corpo, como olhos ou da boca. Depois, os autores repetiram o mesmo procedimento, mas, em vez de placebo, deram doses de oxitocina às participantes.
O estudo mostrou que, com o placebo, as mulheres com anorexia deram muito mais atenção às figuras de alimentos e de pessoas mais gordas – que, para elas, são imagens negativas — do que as mulheres saudáveis. No entanto, com a oxitocina, o foco das participantes anoréxicas nessas imagens diminuiu e a reação delas aos alimentos e formatos de corpo maiores ficou mais parecida com a das participantes saudáveis.
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“Esse é um estudo inicial com um número pequeno de participantes, mas é extremamente animador ver o potencial que esse tratamento pode ter”, diz Treasure. “Agora, precisamos realizar pesquisas maiores antes de podermos começar a fazer diferença em como esses pacientes são tratados.”
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