5.20.2012

19 DE MAIO - DIA MUNDIAL DA HEPATITE: TIPO C É O MAIS COMUM NO BRASIL

19 de maio - Dia Mundial da Hepatite: tipo C é o mais comum no Brasil

Saiba mais sobre esta doença.

Dia 19 de maio é Dia Mundial da Hepatite, doença que atinge, em sua maioria, jovens entre 10 a 19 anos (48,5% da população nesta faixa etária). Segundo dados do Ministério da Saúde, 3 milhões de brasileiros são portadores do tipo mais grave da doença, o tipo C, transmitido através de transfusões de sangue, cirurgias, relação sexual, agulhas, seringas e durante o parto.
A doença é caracterizada por uma inflamação no fígado e em alguns casos pode levar à morte do paciente por infecção aguda. Os seus sintomas podem ser confundidos com os da gripe: febre, dores no corpo, náusea e falta de apetite. “Atualmente, no município de São Paulo, estima-se a existência de 156 mil pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C, considerada preocupante porque ainda não há vacina”, afirma a professora de Enfermagem da FMU, Márcia de Souza.
Já a Hepatite A ocorre quando não há higienização dos alimentos e das mãos durante as refeições e com a ingestão de água contaminada. O menor índice no país é o da Hepatite B, que ocorre em regiões mais pobres. Apenas 0,37% da população entre 10 e 69 anos está contaminada ou tem o vírus de forma crônica. A Hepatite E também é transmitida oralmente por má higiene e falta de saneamento básico.
Conheça melhor a Hepatite C ( Fonte: Drauzio Varella)
Sintomas
• A hepatite C é assintomática na maioria dos casos, ou seja, o portador não sente nada após a infecção pelo vírus. Em alguns casos, pode ocorrer uma hepatite aguda que antecede a forma crônica. Nesse caso, o paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares. No entanto, a maioria dos portadores só percebe que está doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.
Tratamento
• O tratamento consiste na combinação de interferon (substância antiviral produzida por nosso organismo e que combate o vírus da hepatite C) injetável, três vezes por semana, associado a uma droga (ribaveriva) administrada por via oral por um tempo que varia entre 6 meses e 1 ano.
• Quando não há cirrose instalada, as chances de eliminação total do vírus do organismo variam entre 30% e 70%, dependendo do tipo de vírus.
Recomendações
• Não utilize drogas injetáveis;
• Certifique-se de que todo o material utilizado para coleta de sangue seja descartável;
• Verifique se agulhas ou qualquer outro material que entre em contato com o sangue é descartável ou está devidamente esterilizado;
• Leve seu próprio material quando for à manicure;
• Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;
• Faça sexo com preservativo.

BRASIL PRODUZIRÁ MAIS UM REMÉDIO CONTRA AIDS E HEPATITE

Brasil produzirá mais um remédio contra Aids e Hepatite
Medicamentos estarão disponíveis no final de março!

Uma ótima notícia para os portadores da Aids e da hepatite: O Brasil produzirá versão genérica do medicamento tenofovir. Com isso, o país passa, então, a fabricar dez dos 20 medicamentos fornecidos pelo Sistema único de Saúde (SUS) aos portadores do vírus HIV. Com mais esta vitória de quebra de patente, o governo federal espera economizar R$ 400 milhões em cinco anos.

Cerca de 64 mil pacientes com Aids e 1,5 mil com hepatite fazem uso do tenofovir no Brasil. O primeiro lote nacional do medicamento estará disponível no final de março deste ano. O registro de comercialização da versão genérica do tenofovir para o laboratório oficial Fundação Ezequiel Dias (Funed - Governo de Minas Gerais) foi concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio da Resolução 487/2011.

Com o início da fabricação, o Brasil diminuirá em cerca de 47% os custos com a importação do medicamento. “Além de disponibilizar o medicamento para as pessoas que vivem com aids e hepatites, fica garantida a oferta a longo prazo, contribuindo para diminuir a dependência externa”, enfatiza o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.

Em 2010, foram investidos R$ 577,6 milhões na aquisição de antirretrovirais importados e R$ 224,9 milhões na fabricação dos nacionais. Mesmo incluindo o investimento com incorporação da tecnologia, o preço inicial do tenofovir nacional será o mesmo pago pelo SUS na última aquisição internacional: R$ 4,02. Até o final de 2011, a Funed entregará ao Ministério da Saúde, em quatro etapas, 36 milhões de comprimidos.

Saiba mais sobre a hepatite

Fonte: Ministério da Saúde

Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B, C e D. Existe, ainda, o vírus E, mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus e outros aos hospedeiros. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

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