'Achava que fosse mais fácil', diz Blatter sobre Brasil-2014
Presidente da Fifa volta a criticar lentidão nos preparativos, mas afaga governo
Joseph Blatter disse que torcedores terão "alguns obstáculos logísticos" para assistir jogos
(FABRICE COFFRINI / AFP)
Na semana em que o governo brasileiro admitiu que, a dois anos da Copa do Mundo, 41% das obras previstas para o evento sequer saíram do papel,
o presidente da Fifa, Joseph Blatter voltou a criticar os preparativos
brasileiros. Nesta sexta-feira, na abertura do 62º Congresso da Fifa, em
Budapeste, na Hungria, Blatter afirmou qua as coisas não "são tão
fáceis" como ele esperava.Ainda assim, o chefão da Fifa preferiu não provocar um novo conflito com o governo brasileiro e afirmou que confia "plenamente" no país para realizar o Mundial. Blatter acrescentou que o relatório sobre os preparativos da Copa que será apresentado no congresso demonstrará que "se pode confiar no governo e no futebol brasileiro".
Na terça-feira, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que, dos 101 empreendimentos previstos, apenas 5% foram concluídos. Outros 32% estão em fase licitação ou em estágio mais incipiente, na fase de elaboração de projetos. Ao tentar justificar o ritmo lento das obras, Rebelo saiu-se com essa: “Não sei por que o preconceito com as obras no papel. Vamos tratar com mais generosidade com o que está no papel. Estar no papel não significa necessariamente atraso. Sabemos que no Brasil, pela complexidade de sua estrutura democrática e institucional, é preciso atender um grande número de requisitos e exigências legais, leis, portarias, decretos, instruções normativas”.
Blatter já tinha expressado anteriormente sua insatisfação com o andamento das obras da Copa. "O Brasil não é um país pobre. É a sexta economia do mundo e sabe o que deve fazer, mas não faz no tempo adequado", disse na ocasião.
(Com agência EFE)
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