O tomate e o pimentão recebem grande quantidade de fertilizante. Saiba mais!
A especialista da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro explica que as verduras, frutas e legumes de vegetação rasteira são mais propensos à contaminação por microrganismos, mas não são os únicos. “O tomate e o pimentão, por exemplo, apesar de não serem cultivados próximos ao solo, recebem grande quantidade de fertilizante, devido à alta incidência de fungos. Recomenda-se, sempre que for possível, retirar a pele do tomate em água fervente, mesmo depois de esterilizado”, disse Gisela Peres.
Para não errar na hora de consumir esses produtos, sigam algumas dicas. São elas:
1 - Ao escolher os alimentos, dê preferência pelos de menor porte. Quanto maior o tamanho, maior a quantidade de agrotóxicos utilizada;
2 - As verduras com um buraquinho de lagarta, que geralmente descartamos, mostram que o vegetal contém menos substâncias químicas;
3 - Compre alimentos que estejam na safra. Os produzidos fora da época recebem tratamento artificial extra;
4 - Separe os alimentos por espécie, em sacolas plásticas limpas. O ideal é trocar as que vieram do supermercado por novas e deixá-las amarradas, dentro da geladeira, por até duas horas. Essa técnica faz com que a substância se agrupe na superfície do produto e saia mais fácil na hora de lavar;
5 - Lave o alimento em água corrente, de preferência com o auxílio de uma escova;
6 - Evite chás e doces feitos a partir da casca de frutas, que é a parte que mais recebe os agrotóxicos. Se o consumo se fizer necessário, certifique-se de que as cascas passaram por um processo seguro de higienização, com auxílio de escova e detergente neutro;
7 - Frutas cortadas em rodelas para complementar bebidas, como o limão, por exemplo, também devem ser limpas com escova e detergente neutro.
Limpeza correta dos alimentos com agrotóxicos
Segundo a nutricionista, é necessário fazer a limpeza correta dos alimentos antes de ingeri-los. Ela ensina como pode ser feita a esterilização desses produtos: “Misture uma colher de sopa de água sanitária para cada dois litros de água filtrada. Faça a imersão total do alimento, deixando-o assim por uma hora. Depois, é só consumir normalmente, de preferência, aproveitando talos e folhas, que são altamente nutritivos”.
ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL
Nutricionista dá dicas para você aliar a dieta à preservação do meio ambiente!
Atitudes para tornar sua alimentação mais sustentável:
- Racione a água na hora de cozinhar e lavar a louça. Reaproveite a água de cozimento para colocar no feijão, sopas e molhos.
- Ao invés de compras mensais, faça compras semanais.
- Se não for aproveitar as sobras de uma refeição, congele em porções individuais para usar em outro momento. Etiquete com data e nome do prato. A validade é de 3 meses.
- Aproveite seu lixo orgânico para fazer adubo para as plantas através de composteiras domésticas.
- Valorize os alimentos da sua região e os da época.
- Use o máximo de alimentos orgânicos que couber em seu orçamento. Além de não terem adição de agrotóxicos e hormônios, estes também são cultivados visando ao bem estar dos trabalhadores envolvidos na produção e respeita o meio ambiente.
- Reutilize as sacolas do mercado para colocar seu lixo, sempre separando os recicláveis. Consulte a empresa de recolhimento de lixo sobre a disponibilidade de coleta seletiva e cobre isso de nossos governantes.
- Evite, ao máximo, enlatados e alimentos com embalagens não recicláveis.
ALIMENTOS ORGÂNICOS: CONHEÇA MAIS SOBRE OS PRODUTOS QUE ESTÃO INVADINDO O MERCADO
Eles estão invadindo os mercados, mas ainda deixam muitas
dúvidas quanto aos seus benefícios. Saiba mais sobre alimentos
orgânicos!
“Alimentos orgânicos são aqueles produzidos sem o uso de agrotóxicos e pesticidas químicos, que são prejudiciais à saúde do homem e da natureza. Seu processamento deve ser feito sem radiação ou uso de aditivos. Alguns estudos indicam que a exposição a estes agentes pode ser cancerígena ou neurotóxica. Este tipo de alimento também não pode sofre modificação genética, por isso são tão benéficos à saúde”, explica a nutricionista Lílian Assis, responsável pelo Plano de Emagrecimento Suadieta.
Na produção dos alimentos orgânicos tudo é levado em consideração, principalmente a preservação do meio ambiente. “As relações de trabalho também devem ser baseadas no tratamento com justiça, dignidade e equidade, independentemente das formas de contrato de trabalho (segundo a lei Lei nº 10.831/2003 de 29 de dezembro de 2007). Este tipo de cultura também visa à manutenção de um solo saudável (menos desgastado), que provavelmente gerará alimentos mais ricos em nutrientes”, diz a nutricionista.
Porém, como tudo o que é novidade, os alimentos orgânicos também dividem opiniões. Alguns estudos ainda são controversos em relação aos seus benefícios. “Acredita-se que isto se deve a ausência de estudos epidemiológicos (com a população) e por interesses econômicos de indústrias não orgânicas”, ressalta ela.
O mercado mundial de orgânicos movimenta cerca de US$ 23,5 bilhões de dólares por ano, e há uma expectativa de crescimento da ordem de 20% ao ano (incluindo produtos alimentares ou não). É bem verdade que estes produtos ainda têm o custo mais elevado, mas com o aumento do consumo, a tendência é ficarem cada vez mais baratos.
O preço elevado vem do menor aproveitamento e do maior tempo e área de cultivo pra produzir uma mesma quantidade, quando comparamos com um produto não orgânico. Outra característica dos orgânicos é o sabor acentuado, pois os produtos químicos alteram o sabor dos alimentos. Contudo, fique atento: Todo produto orgânico deve ter um selo de certificação.
SUBSTÂNCIA PRESENTE NOS ALIMENTOS PODE CAUSAR CÂNCER
Especialista alerta para um perigo ainda desconhecido.
Para quem não sabe, “xeno” significa estranho e “estrogênio” é o hormônio feminino. De acordo com o nutrólogo e membro da Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais, Maximo Asinelli: “Esta é uma substância química que está presente nos alimentos, no ar, na água, nos ecossistemas e nos organismos vivos. Ela é estranha ao nosso organismo, mas possui afinidade com os receptores do hormônio feminino. Ela imita o estrogênio, entra nas células e reproduz um efeito diferente que causa distúrbios e malefícios”.
O grande problema é que quando está no organismo o xenoestrogênio dificilmente é excretado e se acumula nos tecidos gordurosos, no cérebro, no aparelho reprodutor e em vários outros órgãos. Esta substância é gerada pelas indústrias químicas, principalmente pelas petroquímicas, e está presente em plásticos, agrotóxicos, solventes, agentes de branqueamento, refrigerações, medicamentos, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e muitos outros.
“Ele é capaz de alterar as funções principais dos estrogênios e androgênios, causando alterações no comportamento sexual, depressão imunológica, deformidades genitais, cânceres de mama, ovários, útero, de próstata e testicular, além de problemas neurológicos”, afirma o médico. Maximo aponta ainda que mesmo que os adultos não apresentem nenhum sintoma seus filhos podem ser afetados.
Apesar de tão presente na vida das pessoas é possível diminuir a contaminação do xenoestrogênio. O especialista ressalta que o consumo de alimentos naturais não industrializados ou orgânicos é o ideal, pois possuem menor chance de conter a substância.
“Se os alimentos não forem orgânicos, evite comer a casca e as sementes das frutas e legumes”, recomenda. Além disso, ele sugere evitar o consumo de carne bovina, de frango e ovos oriundos de animais que são alimentados com ração e tratados com antibióticos e hormônios.
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