A toxina da Carambola
A fruta carambola pertence à família das Oxalidácea, espécie Averrhoa carambola.
Acredita-se que tenha se originado no Sri-Lanka e nas ilhas Molucas,
mas vem sendo cultivada no sudeste da Ásia e Malásia por vários séculos e
aclimatada em vários países tropicais como o Brasil. Ela é classificada
como um fruto subtropical.
Algumas
subespécies (das dez existentes) têm sido utilizadas para polir metais,
especialmente bronze, uma vez que ela dissolve manchas e ferrugem,
devido, provavelmente, ao seu alto teor de ácido oxálico.
É também utilizada, na Índia, para estancar hemorragias, aliviar
sangramento de hemorróidas. No Brasil, a carambola é recomendada a
diabéticos como hipoglicemiante (abaixa o teor de açúcar do sangue),
como diurético e indicada em queixas renais e de vesículas.
As frutas mais azedas têm um alto teor de ácido oxálico e não bicham, as maiores e mais coloridas têm menos desse ácido.
No entando, o ácido oxálico pode ser altamente tóxico para doentes renais.
Em
pessoas com a saúde renal normal, a toxina é filtrada pelo rim e
eliminada do organismo, sem qualquer problema. Mas se o rim não
funciona, a toxina concentra-se no sangue, atinge os neurônios e provoca
soluços e convulsões. Pacientes renais são proibídos de comer o fruto
ou qualquer derivado, sendo o ácido considerado uma neurotoxina (age no
sistema nervoso). Casos de morte já foram registrados, pois a forte
convulsão é praticamente irreversível.
A cura pode se dar através de hemodiálise.
Cientistas dizem que "a árvore, em sua evolução, selecionou a toxina para se defender do ataque das moscas da fruta."
A
existência da toxina foi comprovada através de uma pesquisa iniciada em
1996, na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de
São Paulo.
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