4.05.2011

Assassinato de Homossexuais

O Grupo Gay da Bahia (GGB), uma das principais instituições que trata dos direitos dos homossexuais, divulgou um número alarmante nesta segunda-feira. O número de assassinatos de homossexuais, travestis e lésbicas no Brasil aumentou 31,3% em 2010 com relação a 2009. As informações constam do Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2010
Segundo o GGB, foram 260 casos em 2010 contra 198 em 2009. De acordo com o levantamento, realizado anualmente pelo grupo, desde 1980, o Estado que mais concentrou os homicídios foi a Bahia, com 29 registros. Em seguida, vêm Alagoas, com 24, e São Paulo e Rio de Janeiro, com 23 cada. O estudo é realizado com base em notícias publicadas em jornais e sites.

O Nordeste, segundo o grupo, concentrou 43% dos homicídios contra integrantes das comunidades de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Segundo o antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, o risco de um homossexual ser assassinado no Nordeste é "aproximadamente 80% maior" do que no Sudeste, por causa da intolerância. "O Brasil é o campeão mundial de crimes homofóbicos", afirma Mott. "O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos."

Segundo o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, o volume de assassinatos contra LGBT vem crescendo anualmente em todo o país, sem que a administração pública promova políticas de enfrentamento à violência. "Já recebemos documentação sobre 65 casos ocorridos apenas nos três primeiros meses deste ano", afirma. "É preciso que a homofobia seja punida severamente pela polícia e pela Justiça."
 Amor – e ódio – aos gays,  mostra a realidade da homofobia no Brasil, país onde, no Carnaval, os gays são aceitos, imitados e consagrados, e vítimas de violência no resto do ano.
JL
Época

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