4.04.2011

Zumbido nos ouvidos

Quais as causas e sintomas de zumbidos no ouvidos

Zumbido nos ouvidos
O que é Zumbido nos ouvidos
O Zumbido nos ouvidos trata-se de uma sensação estranha nos ouvidos como um ruído semelhante a um zumbido inesplicavel ou  sem qualquer justificativa externa.
Esta perturbação de zumbido nos ouvidos pode decorrer de um grande número de causas: cerume, otite média, síndrome de Méniere, surdez, otosclerose, hipertensão ou ingestão de uma dose excessiva de medicamentos, tais como a aspirina ou o quinina. Muito raramente, esta sensação é causada por um tumor no ouvido interno.
Às vezes, os zumbido nos ouvidos são agravados por razões de ordem psicológica, como ansiedade ou depressão. Os zumbidos podem ainda pressagiar um ataque de epilepsia ou desmaio.A menos que se deva a uma causa simples, como cerume, o problema praticamente não tem solução.
No entanto, sempre que exista a possibilidade de os sintomas se deverem à ansiedade, consulte um médico o mais rápido possível (v. também ESTRESSE). Em alguns casos, como, por exemplo, na síndrome de Ménierc, a intensidade dos ruídos nos ouvidos pode ser controlada com medicamentos.
Cerca de 17% da população mundial apresenta zumbido. A maioria relata o zumbido apenas como um incomodo, outros dizem que certas funções como o sono e a concentração estão prejudicadas. Em sua forma severa, que corresponde a cerca de 20% dos casos o zumbido causa sofrimento. É a queixa principal e frequentemente dramática na consulta médica. Em geral são pessoas acometidas também por outros transtornos, principalmente os de natureza psiquiátrica. O grau de desconforto, intolerância ou incapacidade quase sempre não estão relacionados com o grau de intensidade do zumbido. Os transtornos de humor (depressão, distimia) e ansiedade, frequentemente presentes, exercem fortes influências no agravamento do sintoma zumbido.
Muitas causas de zumbido são conhecidas sendo que algumas são fáceis de identificar e tratar:
a) Otológicas: cera no conduto auditivo , otites, exposição a ruído, presbiacusia, labirintopatias.
b) Metabólicas : diabete, alterações nas taxas de trígliceridios e hormônios tireoideanos.
c) Cardiovasculares: anemia, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca.
d) Neurológicas: doenças neurológicas (esclerose múltipla), traumatismo de crânio, sequelas de infecções neurológicas (meningite).
e) Farmacológicas: o American Physician’s Desk Reference lista mais de 70 medicamentos que podem ocasionar zumbido, entre eles: ácido acetilsalisílico (aspirina), anti-inflamatórios, certos antibióticos e alguns antidepressivos.
f) Odontológicas : disfunção da articulação temporomandibular (ATM) e do aparelho mastigador.
g) Vícios e maus hábitos alimentares: excesso de cafeína, álcool e fumo, sal, açúcar branco e gorduras.
h) Psicológicas: ansiedade, distimia e depressão podem estar envolvidas com zumbido. Muitas vezes é difícil diferenciar o que é causa ou consequência.
i) Zumbidos gerados por estruturas próximas ao sistema auditivo:são causadas por alterações nos vasos arteriais ou venosos, nos músculos ou na tuba auditiva. São divididos em vasculares (pulsáteis) e musculares (clipes). As principais causas são os tumores vasculares, as malformações vasculares, as contrações rápidas (involuntárias, rítmicas) de um ou vários grupos musculares.
Como o médico faz o exame?
A historia do paciente é o primeiro e o mais importante passo no diagnóstico. O tipo de zumbido, a maneira como é relatado, o desconforto que produz podem ser informações úteis na avaliação, sugerindo as prováveis causas. Após o exame físico, o médico solicita exames complementares: audiológicos, laboratoriais, eletrofisiológicos e de imagem, de acordo com cada caso.
As informações obtidas da história e dos exames poderão determinar o diagnóstico etiológico (causa). Sabendo a causa aumenta a possibilidade de obter melhores resultados, pois vai ser possível tratar de modo específico a doença da qual o zumbido é apenas um sintoma. É claro que isso nem sempre é possível, mas com certeza as chances serão bem melhores do que ficar pensando “zumbido é tudo igual... é muito difícil..., não tem cura... não há nada que se possa fazer...”.
Como se trata?
Alguns casos de zumbido têm cura, enquanto outros casos são controláveis. Há o estigma de que o “zumbido não tem cura”. A maioria dos pacientes e profissionais acabam desanimando, sem que a possibilidade de cura seja avaliada. Tentar tratar, mesmo na incerteza, nunca é errado.
Se a causa do zumbido for determinada e tratável, a solução é mais simples. Porém se não é possível atuar na origem do problema, existem outros caminhos para amenizar o ruído.


Correções de vícios e hábitos alimentares: não fumar, ingerir cafeína e álcool moderadamente, evitar sal em excesso, doces e gorduras.
Medicamentos: vasodilatadores diretos, reguladores de fluxo sanguíneo, anticonvulsivantes, ansioliticos, antidepressivos.
Terapia de habituação: é uma terapia comportamental um retreinamento das vias auditivas (Tinnitus Retraining Therapy – TRT). Visa o desaparecimento da reação ao zumbido e a perda de sentimentos negativos associados. Consiste de dois princípios básicos:
1. Esclarecimentos e orientações: através de conversas, palestras, reuniões, trocas de experiência.
2. Terapia sonora (ou acústica): o principio básico é “EVITE O SILÊNCIO”. A finalidade é proporcionar um enriquecimento sonoro que pode ser feito através de quatro meios diferentes:
a) Uso de sons ambientais: é a maneira mais acessível e deve, de preferência, usar sons neutros, baixos e contínuos. Ex: Cds com som da natureza, músicas suaves, etc.
b) Geradores de som: esteticamente semelhantes aos aparelhos auditivos. A    intensidade do som que eles emitem diretamente no canal do ouvido, deve ser regulado em intensidade menor do que a do zumbido, evitando-se mascará-lo, para seguir os preceitos determinados pela TRT. É um tratamento longo (12 a 18 meses) e requer o uso de um gerador em cada ouvido.
c) Aparelhos de amplificação sonora individual: frequentemente pacientes com zumbido apresentam também perda auditiva. Nestes casos, um aparelho auditivo pode ser utilizado para melhorar a audição e fazer o enriquecimento sonoro pela entrada de novos sons que antes não eram tão percebidos.
d) Gerador de som acoplado ao aparelho auditivo: são sistemas combinados que podem ser usados nos casos de perdas  auditivas significativas e zumbido. São casos em que o acompanhamento de aparelhos facilita o processo de habituação.
A TRT é um tratamento longo (12 a 18 meses) que objetiva a diminuição da percepção do zumbido através do desaparecimento de reação ao incômodo e a perda de sentimentos negativos associados.
Estimulação magnética transcrâniana:consiste na aplicação diária de estímulos magnéticos repetitivos de baixas freqüências na região temporal do cérebro durante uns 10 dias.
Acupuntura, hipnose: podem ser opções interessantes para alguns pacientes.
Estimulação elétrica da via auditiva: os estímulos são usados diretamente sobre as estruturas neurosensoriais da cóclea.      

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