Estados Unidos anunciam que vão abrir consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre
Anúncio foi feito pela secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o
chanceler brasileiro, Antonio Patriota. Dispensa de visto para a
entrada de brasileiros será debatida em encontro entre Dilma e Obama
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Empresários pedem acordo contra bitributação
Segundo integrantes da comitiva de Dilma aos EUA, as companhias
brasileiras chegam a pagar 60% de imposto sobre o lucro naquele país
Dilma se prepara para reunião com Obama Presidente quer relação comercial equilibrada entre os dois países A presidenta deseja que empenho dos norte-americanos para a Rio+20 e Ciência sem Fronteiras
A presidenta quer participação atuante dos americanos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, será tema central de uma das reuniões da presidente Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e ministros, na próxima semana.
A presidenta Dilma vai pedir a Obama o empenho para que os norte-americanos participem de forma atuante do evento.
No que depender das autoridades brasileiras, a conferência vai se transformar em referência mundial na defesa do meio ambiente com desenvolvimento sustentável e inclusão social. A expectativa é que mais de 100 presidentes e primeiros-ministros participem do evento, nos dias 20 a 22. Antes ocorrerão reuniões técnicas e discussões entre integrantes da sociedade civil.
Ao participar da 4ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia, Dilma convidou todos os presentes para a Rio+20. Na semana passada, autoridades que participavam, na Argentina, de uma conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) destacaram a necessidade de todos comparecerem ao evento no Rio.
Nas conversas com Obama, Dilma ressaltará a importância das políticas de incentivo dos Estados Unidos para a ciência, tecnologia e inovação. Na ocasião, ela pretende citar o programa Ciência sem Fronteiras cuja meta é enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014. A presidente quer ampliar as parcerias com os Estados Unidos para o envio de pesquisadores para universidades norte-americanas.
Durante a visita à Índia, a presidenta fechou acordos para aumentar a cooperação entre universidades indianas e brasileiras para o envio de bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras. No caso dos indianos, as pesquisas se destacam nas áreas de tecnologia de ponta e indústria farmacêutica.
Rosa José Cruz/ABr
A presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (9), a partir das 11h45 (12h45 de Brasília), com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama...
Agência Brasil
BRASÍLIA — A presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira
(9), a partir das 11h45 (12h45 de Brasília), com o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, na Casa Branca, em Washington, capital norte-americana.
Em discussão, pelo menos dez acordos de cooperação bilateral, nas áreas
de ciência, tecnologia, energia e cultura, além de temas como a crise
econômica internacional, a Conferência Rio+20 e questões de direitos
humanos.
Obama e Dilma farão uma declaração à imprensa ao fim do encontro. Obama oferecerá um almoço para Dilma e, em seguida, ela se reunirá com os empresários do grupo Estados Unidos-Brasil, no Eisenhower Executive Office Building. No fim da tarde, a presidenta participa do seminário Brasil-Estados Unidos: Parceria para o Século 21, na Câmara de Comércio. Amanhã (10), ela segue para Boston, onde fará duas palestras.
Há 24 mecanismos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, alguns deles considerados prioritários, como o Diálogo de Parceria Global, o Diálogo Econômico e Financeiro e o Diálogo Estratégico sobre Energia. Um dos temas em discussão entre Dilma e Obama é a questão da concessão de vistos. Os Estados Unidos passaram a facilitar a concessão a partir deste ano e a expectativa é acabar com a obrigatoriedade do documento.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, reiterou que a decisão é definida pelo governo norte-americano, pois a questão migratória faz parte dos temas de política interna dos países.
No ano passado, o Brasil foi o sexto país que mais enviou visitantes para os Estados Unidos – atrás do Canadá, México, Japão, Reino Unido e da Alemanha. Depois da Argentina, os Estados Unidos são os que mais enviam turistas ao Brasil.
A expectativa é que durante a visita de Dilma sejam definidas parcerias para o programa Ciência sem Fronteiras. Atualmente, dos cerca de 800 bolsistas do Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos, 31 estudam em oito universidades de destaque.
Também deve ser firmado um acordo entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Smithsonian Institution para treinamento de profissionais nessa área. Dilma aproveitará a oportunidade para presentear Obama com uma obra de arte brasileira.
Paralelamente, temas da política internacional devem ser mencionados na reunião entre os dois presidentes. Assim como o Brasil, os Estados Unidos apoiam a missão do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, à Síria.
Porém, o governo brasileiro insiste na defesa da busca pelo diálogo e da negociação pacífica na região.
Dilma vai reiterar o convite para que Obama participe da Conferência Rio+20, em junho. Porém, na ocasião Obama estará a cinco meses das eleições presidenciais, nas quais tentará a reeleição, enfrentando duras críticas dos adversários e o desafio da crise econômica internacional.
A crise econômica também é tema que deve predominar na Cúpula das Américas, em Cartagena das Índias, na Colômbia, nos próximos dias 14 e 15. A cúpula virou assunto polêmico, pois alguns presidentes sul-americanos, como Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), ameaçaram boicotar a reunião devido à ausência de Cuba, por pressão norte-americana. A posição do Brasil é que esta deve ser a última cúpula sem Cuba.
Obama e Dilma farão uma declaração à imprensa ao fim do encontro. Obama oferecerá um almoço para Dilma e, em seguida, ela se reunirá com os empresários do grupo Estados Unidos-Brasil, no Eisenhower Executive Office Building. No fim da tarde, a presidenta participa do seminário Brasil-Estados Unidos: Parceria para o Século 21, na Câmara de Comércio. Amanhã (10), ela segue para Boston, onde fará duas palestras.
Há 24 mecanismos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, alguns deles considerados prioritários, como o Diálogo de Parceria Global, o Diálogo Econômico e Financeiro e o Diálogo Estratégico sobre Energia. Um dos temas em discussão entre Dilma e Obama é a questão da concessão de vistos. Os Estados Unidos passaram a facilitar a concessão a partir deste ano e a expectativa é acabar com a obrigatoriedade do documento.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, reiterou que a decisão é definida pelo governo norte-americano, pois a questão migratória faz parte dos temas de política interna dos países.
No ano passado, o Brasil foi o sexto país que mais enviou visitantes para os Estados Unidos – atrás do Canadá, México, Japão, Reino Unido e da Alemanha. Depois da Argentina, os Estados Unidos são os que mais enviam turistas ao Brasil.
A expectativa é que durante a visita de Dilma sejam definidas parcerias para o programa Ciência sem Fronteiras. Atualmente, dos cerca de 800 bolsistas do Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos, 31 estudam em oito universidades de destaque.
Também deve ser firmado um acordo entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Smithsonian Institution para treinamento de profissionais nessa área. Dilma aproveitará a oportunidade para presentear Obama com uma obra de arte brasileira.
Paralelamente, temas da política internacional devem ser mencionados na reunião entre os dois presidentes. Assim como o Brasil, os Estados Unidos apoiam a missão do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, à Síria.
Porém, o governo brasileiro insiste na defesa da busca pelo diálogo e da negociação pacífica na região.
Dilma vai reiterar o convite para que Obama participe da Conferência Rio+20, em junho. Porém, na ocasião Obama estará a cinco meses das eleições presidenciais, nas quais tentará a reeleição, enfrentando duras críticas dos adversários e o desafio da crise econômica internacional.
A crise econômica também é tema que deve predominar na Cúpula das Américas, em Cartagena das Índias, na Colômbia, nos próximos dias 14 e 15. A cúpula virou assunto polêmico, pois alguns presidentes sul-americanos, como Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), ameaçaram boicotar a reunião devido à ausência de Cuba, por pressão norte-americana. A posição do Brasil é que esta deve ser a última cúpula sem Cuba.
Presidenta Dilma: não há espaço para fantasias na Rio+20
Presidenta rebateu críticas de ambientalistas em relação aos projetos de desenvolvimento do governo
Presidenta Dilma Rousseff, ao lado do secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli
Ao participar nesta quarta-feira da reunião do Fórum Brasileiro de
Mudanças Climáticas, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma
Rousseff rebateu críticas de ambientalistas em relação aos projetos de
desenvolvimento do governo. Dilma citou a conferência como a Rio+20, que
ocorrerá em junho no Brasil, como um fórum para discussões dos temas
ambientais relevantes, sem necessidade de recorrer a "fantasias".
Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil tem a missão de propor novos paradigmas de crescimento, que não pareçam “etéreos ou fantasiosos”. Segundo ela, numa conferência como a Rio+20, a fantasia “não tem espaço”.
Em seguida, ao se referir aos projetos do governo, Dilma afirmou: ”Tenho de explicar para as pessoas como é que elas vão comer, ter acesso à agua e energia. Não faço proposta olhando só para o próprio umbigo. Vamos ter de ser capazes de fazer a junção do social, econômico e o ambiental, incluir, proteger e conservar".
Críticas
Antes do discurso de Dilma, Sílvia Alcântara, representante da Fbongs (Federação Brasileira de Ongs), fez duras críticas aos planos desenvolvidos pelo governo na área ambiental, especialmente os relacionados à geração de energia e à infraestrutura.
Sílvia criticou o plano de geração de energia, que se baseia em grande parte na exploração de petróleo na área do pré-sal brasileiro. Para ela, se as previsões de investimentos do governo se confirmarem, "o Brasil estará, até 2020, entre os três maiores emissores mundiais de gás carbônico, causador de efeito estufa".
Energia eólica
Dilma também mandou um recado aos defensores da energia eólica, apontada pelos ambientalistas como uma matriz confiável de energia renovável. “Para garantir energia de base renovável que não seja hídrica, fica difícil, porque eólica não segura. E todo mundo sabe disso”, afirmou.
Ao explicar por que é necessário usar outros tipos de energia, e não apenas a eólica, Dilma comentou: "Não venta o tempo todo e não tem como estocar vento.” E disse: "Não posso dizer que só com eólica é possível iluminar o planeta”.
Dilma também afirmou que os projetos de saneamento desenvolvidos pelo governo devem ser considerados como formas de proteção ambiental. "O saneamento é fundamental para preservar toda água das cidades e não há cidades sem água", acrescentou. A presidente destacou ainda a agricultura familiar como alternativa para produção de alimentos orgânicos.
Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil tem a missão de propor novos paradigmas de crescimento, que não pareçam “etéreos ou fantasiosos”. Segundo ela, numa conferência como a Rio+20, a fantasia “não tem espaço”.
Em seguida, ao se referir aos projetos do governo, Dilma afirmou: ”Tenho de explicar para as pessoas como é que elas vão comer, ter acesso à agua e energia. Não faço proposta olhando só para o próprio umbigo. Vamos ter de ser capazes de fazer a junção do social, econômico e o ambiental, incluir, proteger e conservar".
Críticas
Antes do discurso de Dilma, Sílvia Alcântara, representante da Fbongs (Federação Brasileira de Ongs), fez duras críticas aos planos desenvolvidos pelo governo na área ambiental, especialmente os relacionados à geração de energia e à infraestrutura.
Sílvia criticou o plano de geração de energia, que se baseia em grande parte na exploração de petróleo na área do pré-sal brasileiro. Para ela, se as previsões de investimentos do governo se confirmarem, "o Brasil estará, até 2020, entre os três maiores emissores mundiais de gás carbônico, causador de efeito estufa".
Energia eólica
Dilma também mandou um recado aos defensores da energia eólica, apontada pelos ambientalistas como uma matriz confiável de energia renovável. “Para garantir energia de base renovável que não seja hídrica, fica difícil, porque eólica não segura. E todo mundo sabe disso”, afirmou.
Ao explicar por que é necessário usar outros tipos de energia, e não apenas a eólica, Dilma comentou: "Não venta o tempo todo e não tem como estocar vento.” E disse: "Não posso dizer que só com eólica é possível iluminar o planeta”.
Dilma também afirmou que os projetos de saneamento desenvolvidos pelo governo devem ser considerados como formas de proteção ambiental. "O saneamento é fundamental para preservar toda água das cidades e não há cidades sem água", acrescentou. A presidente destacou ainda a agricultura familiar como alternativa para produção de alimentos orgânicos.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, será tema central de uma das reuniões da presidente Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e ministros, na próxima semana.
A presidenta Dilma vai pedir a Obama o empenho para que os norte-americanos participem de forma atuante do evento.
No que depender das autoridades brasileiras, a conferência vai se transformar em referência mundial na defesa do meio ambiente com desenvolvimento sustentável e inclusão social. A expectativa é que mais de 100 presidentes e primeiros-ministros participem do evento, nos dias 20 a 22. Antes ocorrerão reuniões técnicas e discussões entre integrantes da sociedade civil.
Ao participar da 4ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia, Dilma convidou todos os presentes para a Rio+20. Na semana passada, autoridades que participavam, na Argentina, de uma conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) destacaram a necessidade de todos comparecerem ao evento no Rio.
Nas conversas com Obama, Dilma ressaltará a importância das políticas de incentivo dos Estados Unidos para a ciência, tecnologia e inovação. Na ocasião, ela pretende citar o programa Ciência sem Fronteiras cuja meta é enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014. A presidente quer ampliar as parcerias com os Estados Unidos para o envio de pesquisadores para universidades norte-americanas.
Durante a visita à Índia, a presidenta fechou acordos para aumentar a cooperação entre universidades indianas e brasileiras para o envio de bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras. No caso dos indianos, as pesquisas se destacam nas áreas de tecnologia de ponta e indústria farmacêutica.
Rosa José Cruz/ABr
Da Agência Brasil
noticias@band.com.br
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