4.09.2012

Presidenta Dilma quer apoio de Obama


Estados Unidos anunciam que vão abrir consulados em Belo Horizonte e Porto Alegre A Secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, anunciam a criação de consulados americanos em Belo Horizonte e Porto Alegre Foto: AFP Anúncio foi feito pela secretaria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o chanceler brasileiro, Antonio Patriota. Dispensa de visto para a entrada de brasileiros será debatida em encontro entre Dilma e Obama Comente (17)
Empresários pedem acordo contra bitributação Segundo integrantes da comitiva de Dilma aos EUA, as companhias brasileiras chegam a pagar 60% de imposto sobre o lucro naquele país
Dilma se prepara para reunião com Obama Presidente quer relação comercial equilibrada entre os dois países A presidenta deseja que empenho dos norte-americanos para a Rio+20 e Ciência sem Fronteiras
A presidenta quer participação atuante dos americanos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável

A presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (9), a partir das 11h45 (12h45 de Brasília), com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama...

Agência Brasil
BRASÍLIA — A presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta segunda-feira (9), a partir das 11h45 (12h45 de Brasília), com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, em Washington, capital norte-americana. Em discussão, pelo menos dez acordos de cooperação bilateral, nas áreas de ciência, tecnologia, energia e cultura, além de temas como a crise econômica internacional, a Conferência Rio+20 e questões de direitos humanos.
Obama e Dilma farão uma declaração à imprensa ao fim do encontro. Obama oferecerá um almoço para Dilma e, em seguida, ela se reunirá com os empresários do grupo Estados Unidos-Brasil, no Eisenhower Executive Office Building. No fim da tarde, a presidenta participa do seminário Brasil-Estados Unidos: Parceria para o Século 21, na Câmara de Comércio. Amanhã (10), ela segue para Boston, onde fará duas palestras.
Há 24  mecanismos bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, alguns deles considerados prioritários, como o Diálogo de Parceria Global, o Diálogo Econômico e Financeiro e o Diálogo Estratégico sobre Energia. Um dos temas em discussão entre Dilma e Obama é a questão da concessão de vistos. Os Estados Unidos passaram a facilitar a concessão a partir deste ano e a expectativa é acabar com a obrigatoriedade do documento.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, reiterou que a decisão é definida pelo governo norte-americano, pois a questão migratória faz parte dos temas de política interna dos países.
No ano passado, o Brasil foi o sexto país que mais enviou visitantes para os Estados Unidos – atrás do Canadá, México, Japão, Reino Unido e da Alemanha. Depois da Argentina, os Estados Unidos são os que mais enviam turistas ao Brasil.
A expectativa é que durante a visita de Dilma sejam definidas parcerias para o programa Ciência sem Fronteiras. Atualmente, dos cerca de 800 bolsistas do Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos, 31 estudam em oito universidades de destaque.
Também deve ser firmado um acordo entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Smithsonian Institution para treinamento de profissionais nessa área. Dilma aproveitará a oportunidade para presentear Obama com uma obra de arte brasileira.
Paralelamente, temas da política internacional devem ser mencionados na reunião entre os dois presidentes. Assim como o Brasil, os Estados Unidos apoiam a missão do enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe, Kofi Annan, à Síria.
Porém, o governo brasileiro insiste na defesa da busca pelo diálogo e da negociação pacífica na região.
Dilma vai reiterar o convite para que Obama participe da Conferência Rio+20, em junho. Porém, na ocasião Obama estará a cinco meses das eleições presidenciais, nas quais tentará a reeleição, enfrentando duras críticas dos adversários e o desafio da crise econômica internacional.
A crise econômica também é tema que deve predominar na Cúpula das Américas, em Cartagena das Índias, na Colômbia, nos próximos dias 14 e 15. A cúpula virou assunto polêmico, pois alguns presidentes sul-americanos, como Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), ameaçaram boicotar a reunião devido à ausência de Cuba, por pressão norte-americana. A posição do Brasil é que esta deve ser a última cúpula sem Cuba.


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, será tema central de uma das reuniões da presidente Dilma Rousseff com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e ministros, na próxima semana.

A presidenta Dilma vai pedir a Obama o empenho para que os norte-americanos participem de forma atuante do evento.

No que depender das autoridades brasileiras, a conferência vai se transformar em referência mundial na defesa do meio ambiente com desenvolvimento sustentável e inclusão social. A expectativa é que mais de 100 presidentes e primeiros-ministros participem do evento, nos dias 20 a 22. Antes ocorrerão reuniões técnicas e discussões entre integrantes da sociedade civil.

Ao participar da 4ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Delhi, na Índia, Dilma convidou todos os presentes para a Rio+20. Na semana passada, autoridades que participavam, na Argentina, de uma conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) destacaram a necessidade de todos comparecerem ao evento no Rio.

Nas conversas com Obama, Dilma ressaltará a importância das políticas de incentivo dos Estados Unidos para a ciência, tecnologia e inovação. Na ocasião, ela pretende citar o programa Ciência sem Fronteiras cuja meta é enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014. A presidente quer ampliar as parcerias com os Estados Unidos para o envio de pesquisadores para universidades norte-americanas.

Durante a visita à Índia, a presidenta fechou acordos para aumentar a cooperação entre universidades indianas e brasileiras para o envio de bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras. No caso dos indianos, as pesquisas se destacam nas áreas de tecnologia de ponta e indústria farmacêutica.
 Rosa José Cruz/ABr


Nenhum comentário: