Inibição da proteína que permite a evolução de infecções bacterianas pode ser o passo inicial no desenvolvimento de remédios que substituam os antibióticos
Infecção bacteriana: a proteína calpaína, envolvida no
processo de infecção, pode ser a solução para tratamentos sem uso de
antibióticos
(Thinkstock)
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ListeriaO gênero Listeria contém sete espécies, sendo a Listeria monocytogenes uma das mais conhecidas. A bactéria intracelular é uma das responsáveis por causar a listeriose, uma séria infecção alimentar que afeta principalmente idosos, grávidas e recém-nascidos. Entre os principais sintomas estão dor muscular, que pode ser precedida de diarreia ou outro sintoma grastrointestinal, febre e dores de cabeça.
De acordo com o especialista, a produção desses produtos químicos depende de uma série de fatores, como o tipo específico da bactéria, quais são os hospedeiros e se a infecção acontece dentro ou fora de uma célula. "Investigamos o crescimento da Listeria, uma bactéria patogênica que cresce dentro das células", diz Brough. Um passo essencial para o crescimento da bactéria e, assim, o da infecção, é a sua habilidade de se mover de dentro de um compartimento de uma célula para outra.
"Descobrimos que, para que esse tipo de bactéria se mova entre as células e cresça, a proteína calpaína da célula hospedeira precisa ser explorada. Sem a calpaína, a bactéria não pode se mover e, assim, não consegue crescer", diz Brough. Segundo ele, a descoberta abre possibilidades para o desenvolvimento de remédios que ajam diretamente nessas proteínas, bloqueando o curso das infecções, "o que poderia levar a uma redução na necessidade de antibióticos."
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