Ser generoso faz bem e traz felicidade. A solidariedade alimenta a alma, junta as pessoas e agrega sentimentos puros e verdadeiros. (Antonio Brandão)
Tudo na natureza é espontaneamente generoso. Podemos ser
generosos na ação, no sentimento e no pensamento. Quando agimos
generosamente, partimos de uma consciência de prosperidade e abundância,
na qual a ênfase está na qualidade e não na quantidade.
A atitude generosa não escolhe dia nem hora. Não tem preconceitos de nenhuma espécie, e muito menos espera qualquer retribuição. Quando sentimos generosamente, nossa doação é espontânea e invisível, principalmente porque nos omitimos dos julgamentos, sentimos a necessidade do outro, a limitação que o atinge agora, e auxiliamos da melhor forma possível.
Quando pensamos generosamente, compreendemos que a alegria de dar e a capacidade plena de receber são partes de uma única dádiva. É a maneira sublime de encontrarmos a alegria de viver plenamente. Seja generoso hoje mesmo. Veja se há algo que você pode dar a alguém que o fará muito feliz.
Ser generoso é aceitar cada um como ele é sem querer moldá-lo à nossa maneira de ser. Abra seus braços generosamente, e abrace alguém com afeição verdadeira. Distribua muitos sorrisos no dia de hoje. Perceba o que você recebeu generosamente de alguém, e agradeça com o coração. Agradeça, agradeça e agradeça. A gratidão é como um combustível que alimenta o poder da generosidade dentro de nós. Pratique o ato de dar sem exigir nada em troca, isso o levará a descobrir como funciona a Lei da abundância.
Anita Godoy
A atitude generosa não escolhe dia nem hora. Não tem preconceitos de nenhuma espécie, e muito menos espera qualquer retribuição. Quando sentimos generosamente, nossa doação é espontânea e invisível, principalmente porque nos omitimos dos julgamentos, sentimos a necessidade do outro, a limitação que o atinge agora, e auxiliamos da melhor forma possível.
Quando pensamos generosamente, compreendemos que a alegria de dar e a capacidade plena de receber são partes de uma única dádiva. É a maneira sublime de encontrarmos a alegria de viver plenamente. Seja generoso hoje mesmo. Veja se há algo que você pode dar a alguém que o fará muito feliz.
Ser generoso é aceitar cada um como ele é sem querer moldá-lo à nossa maneira de ser. Abra seus braços generosamente, e abrace alguém com afeição verdadeira. Distribua muitos sorrisos no dia de hoje. Perceba o que você recebeu generosamente de alguém, e agradeça com o coração. Agradeça, agradeça e agradeça. A gratidão é como um combustível que alimenta o poder da generosidade dentro de nós. Pratique o ato de dar sem exigir nada em troca, isso o levará a descobrir como funciona a Lei da abundância.
Anita Godoy
Rachel Costa
Ao cravar essa tese, defendida no recém-lançado “A Conquista Social da Terra” (W.W. Norton & Company, 2012), uma compilação de pouco mais de 300 páginas, Wilson pôs à prova o benefício de agir em causa própria, presente na seleção individual de Darwin. O americano não contraria a teoria darwinista, mas afirma que ela é insuficiente para se entender a evolução, que aconteceria em múltiplos níveis – o individual, como proposto por Darwin, e o de grupo. Afinal, se o mais importante era fazer com que seus genes seguissem adiante, por que muitas vezes o indivíduo era capaz de se sacrificar pelo outro? A luta constante pela sobrevivência realmente explicou muita coisa, mas não foi capaz de lançar luz sobre uma característica intrigante, observada pelo próprio Darwin: o comportamento altruísta – chave da teoria de Wilson. “A seleção individual é importante, mas não explica tudo”, disse à ISTOÉ o diretor do centro de bem-estar da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Robert Cloninger.
“A Conquista Social da Terra” surgiu para se fazer repensar a importância da cooperação, em especial entre os seres humanos. Afinal, se o sacrifício por um parente para a proteção dos genes, propalado pela seleção por parentesco, faz sentido em comunidades de abelhas e de formigas, falta-lhe complexidade para abarcar o ser humano, muitas vezes capaz de se sacrificar por razões bem mais subjetivas, como crenças e ideais. “Nos seres humanos há três aspectos que devem ser levados em conta para explicar a evolução: o corpo físico, os pensamentos e a psique”, afirma Robert Cloninger. “Darwin foca seu trabalho na evolução do corpo, por isso a explicação fica incompleta.” Por ter consciência, a pessoa é capaz de julgar se irá agir a favor ou contra o outro, podendo, inclusive, basear essa decisão em atos que esse mesmo sujeito praticou no passado. Alguém que sempre age de modo egoísta, por exemplo, pode ser rejeitado pelo restante do grupo. “As manifestações de generosidade nos seres humanos são diferentes e mais variadas que as observadas em outros animais”, disse à ISTOÉ o biólogo Michael Wade, que pesquisa evolução e comportamento na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Wade publicou, no fim de abril, um estudo mostrando que, embora o altruísmo esteja presente em várias espécies, o mecanismo pelo qual ele se dá varia. “Existem diferentes tipos de altruísmo, para diferentes ambientes. É o ambiente que determina como ajudar seu vizinho.”
A Casa da Cultura Digital é um exemplo de modelo de sucesso para a organização de empresas tendo como base o altruísmo. Para o americano Steve Denning, autor de vários livros sobre liderança empresarial, a teoria da evolução em grupo defendida pelo cientista ajuda a entender essa e outras fórmulas vitoriosas. Outro exemplo seria o modo como a americana Apple organiza suas equipes de trabalho, mantidas em separado e muitas vezes proibidas de dialogar entre si. Para muitos, essa decisão representa uma perda, na medida em que dificulta o compartilhamento de ideias gestadas pelos times. Denning, porém, lança outro olhar a partir do livro de Wilson. Se a colaboração se dá entre o próprio grupo, mas não para outros grupos – que muitas vezes são entendidos como o inimigo contra o qual se deve lutar –, caberia refletir sobre o seguinte ponto: “Os ganhos ao se suprimir a concorrência interna entre as equipes não compensariam as perdas de não deixá-las dialogar?”, escreveu, em um artigo recém-publicado no site da revista americana “Forbes”.
A generosidade presente no ato das três amigas do Rio de Janeiro também pode ser explicada pela ação da ocitocina, um neurotransmissor muito comum durante a amamentação e que age sobre a capacidade de empatia do indivíduo. “Em experimentos, tem-se visto que os altos níveis de ocitocina durante a lactação deixam tanto a mãe mais cuidadosa com a prole quanto mais agressiva com quem é de fora”, diz Moll. Comportamento que em muito lembra aquele descrito por Wilson para explicar a colaboração entre o próprio grupo, mas não necessariamente com indivíduos de outras comunidades.
Especificamente no exemplo japonês está outro entendimento para o altruísmo, distinto da biologia evolucionista, na qual o conceito é aplicado para explicar a capacidade de um indivíduo abdicar de se reproduzir em prol de outro. Aqui, o altruísmo é apreendido como uma capacidade intrínseca do ser humano de ajudar o próximo, e que pode ser desenvolvida. “Como se fosse uma bagagem dos bebês que pode ser estimulada ao longo da infância e depois”, diz Maria Lúcia. Por isso, muitos defendem a possibilidade de fortalecer esses laços entre as pessoas.
A nova teoria de evolução colocou a comunidade científica em polvorosa, mas está longe de ser unanimidade. Wilson comprou uma briga ao contestar a validade das tentativas mais bem aceitas pelos cientistas contemporâneos para explicar a presença do altruísmo nas espécies, as teorias de seleção por parentesco e a do gene egoísta (leia quadro) – ambas fundadas na ideia de que o altruísmo, no fim, não passaria de uma estratégia egoísta para se passar adiante os genes do indivíduo. Em entrevista à ISTOÉ, Carl Zimmer diz que falta a Wilson testar a hipótese que apresenta. Nigel Barber, nome de peso na biopsicologia e autor de “Bondade em um Mundo Cruel: as Origens do Altruísmo” (tradução livre), também critica o trabalho. “Insistir na ideia de seleção de grupo é fazer pseudociência.” Para o cientista, ainda prevalece o conceito de seleção por parentesco. Ainda não se sabe se a teoria de Wilson entrará para a história como uma revolução à teoria da seleção natural. Mas ela combina muito mais com o conceito de humanidade.
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