5.06.2012

Marcha da Maconha reúne mais de 2 mil pessoas na Zona Sul do Rio de Janeiro

  Cerca de 10 mil pessoas participaram da Marcha da Maconha no Rio de Janeiro, na tarde deste sábado (05/05). A passeata saiu do Arpoador até o Posto 9 da Praia de Ipanema, onde o movimento conta a presença de 10 DJs para uma comemoração. É a primeira marcha do tipo realizada desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a realização de movimentos a favor da legalização do uso de drogas em junho do ano passado.
A marcha carioca teve algumas confusões e terminou em confusão. A polícia foi chamada para conter parte dos manifestantes, que insistia em fechar todas as vias das ruas pelas quais passavam. Segundo determinação da CET-Rio, eles poderiam fazer a manifestação, desde que deixassem uma das faixas livres para a passagem dos automóveis. A presença de um carro de som também foi questionada pelos agentes.

Confusão
Já à noite, durante a apresentação de MCs e DJs no Posto 9 de Ipanema, um grupo de jovens apedrejou uma viatura do Batalhão de Choque, responsável pelo policiamento do evento. Os policiais militares revidaram com tiros de borracha e gás de efeito moral, acabando com a manifestação.
Segundo o tenente Lima Ramos, do Batalhão de Choque, as pessoas que atacaram o carro da Polícia Militar provavelmente sequer faziam parte da marcha,

 MARCHA DA MACONHA
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Manifestantes feridos na Marcha da Maconha prestam queixa contra PMs

Eles alegam que policias do Batalhão do Choque agiram com violência.
Polícia diz que teve carro apedrejado durante a passeata.

Do G1 RJ
Confusão na Marcha da Maconha (Foto: Sergio Nascimento/Vc no G1)Policias usaram gás de efeito moral (Foto: Sergio Nascimento/Vc no G1)
Cinco manifestantes feridos durante a confusão com policiais do Batalhão do Choque na Marcha da Maconha, neste sábado (5), prestaram queixa de lesão corporal na 14ª DP (Leblon). A informação é de um dos organizadores do evento, Renato Cinco, que ficou machucado no supercílio esquerdo, após ser atingido por uma bala de borracha.


“A gente estava caminhando tranquilamente, sem problema com os policiais do 23º batalhão (Leblon) e a Guarda Municipal. Na altura da Rua Joana Angélica, surgiu uma viatura do Batalhão do Choque, que entrou na contra mão, fez uma manobra agressiva no meio da passeata, em frente ao carro de som. Eles foram um pouco à frente do carro para retornar. As pessoas estavam revoltadas, gritando, eles desceram da viatura e começaram a disparar tiros de borracha e gás de pimenta. Eles chegaram a jogar bomba na areia, dentro de quiosque”, contou.


Já o Batalhão do Choque alega que os policiais responderam às agressões dos manifestantes. Um carro usado para fazer patrulhamento foi apedrejado. O organizador da marcha rebate: “Mesmo que tenham levado uma latinha de refrigerante ou pedra, eles reagiram mal”, diz.
De acordo com a polícia, a passeata estaria invadindo toda a pista da Avenida Vieira, quando o combinado era caminhar em meia pista. “Isso teve no início da manifestação, a passeata ficou muito grande e a polícia desistiu e deixou a gente ocupar todas as pistas. Não havia pedido para a gente desocupar a via. Foi uma surpresa essa ação”, disse ele.
O fotógrafo Sérgio Nascimento, de 30 anos, afirmou que viu um dos policiais agredindo um integrante da banda que estava na frente do carro de som. “Eles (policiais) queriam acabar com a marcha e por isso começaram a confusão, para dispensar a multidão”, disse.
Confusão na Marcha da Maconha (Foto: Sergio Nascimento/Vc no G1  )Marcha da Maconha terminou em confusão neste sábado (Foto: Sergio Nascimento/Vc no G1 )

Segundo Renato, um dos músicos teve o trombone danificado e precisou ir para o hospital, com risco de ter quebrado o braço.
A polícia afirma que alguns teriam jogado latas de cerveja e pedras no carro. A equipe do Choque, então, revidou com gás de efeito moral.
Segundo a PM, vidro do carro da polícia foi quebrado por manifestantes (Foto: Aline Pollilo/G1)Segundo a PM, vidro do carro da polícia foi quebrado por manifestantes (Foto: Aline Pollilo/G1)
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