4.08.2012

Drogas


Qualquer mãe se preocupa em manter seus filhos longe das drogas.
A verdade é que quase todos os adolescentes terão contato com o álcool e pelo menos com a maconha entre os 12 e os 18 anos. Tudo pode ser muito preocupante, ou não. Vai depender da forma como os jovens vão reagir diante desses desafios, e como irão se posicionar diante do grupo que convivem.
Os pais, claro, sofrem com muitas dúvidas. Alguns têm receio de não abordar o assunto da forma correta e acabam se tornando omissos. Outras mães, na ânsia de fazer tudo que podem, acabam invadindo a privacidade dos jovens, o que pode piorar a situação ao invés de ajudar.
O grande dilema é o que fazer quando surge a suspeita de que algo não esta bem. Os pais normalmente se envolvem emocionalmente com o problema, e não conseguem avaliar a situação de forma racional. É comum os pais misturarem as coisas e suspeitarem de filhos que não estão correndo nenhum risco com as drogas, enquanto outros pais não conseguem enxergar o uso de drogas que pode ser muito claro aos olhos de quem está de fora do âmbito familiar. Há também as famílias que desconfiam muito, mas não querem acreditar e se negam a enfrentar o problema. E para terminar, também tem as famílias cujos pais são usuários ou simpatizantes.

Os adolescentes são facilmente seduzidos pela propaganda enganosa do álcool e das drogas. O álcool está presente desde cedo nas primeiras baladas e muitos jovens irão se habituar a dançar e paquerar melhor quando bebem, enquanto outros se sentirão mais interessantes, engraçados e mais importantes diante do grupo quando ingerem bebida alcoólica. Em pouco tempo, beber pode se tornar uma forma de lazer.
Através de uma linguagem que eles entendem e se identificam, é possível fazê-los refletir um pouco melhor sobre esta relação precoce com o álcool. Existe uma propaganda massiva em torno da maconha. Quem já experimentou provavelmente gostou e faz questão de contar isso para os demais. Os jovens que já têm o hábito de fumar normalmente ainda administram bem o seu uso, o que faz com que mais jovens se sintam motivados a experimentar.
Não conseguimos impedir tudo aquilo que eles decidem fazer, mas mantê-los informados sobre suas escolhas fará com que repensem um série de coisas. Boa parte dos jovens pode passar a se sentir inadequada quando não bebe. Com o tempo, para muitos deles a maconha pode deixar de ser um simples e inocente baseado. O álcool e as drogas escondem uma face que só verá quem um dia se tornar dependente.
O problema é que nenhum especialista tem como saber quem se tornará dependente, muito menos os jovens.




Causas e Soluções para as Drogas
A primeira questão que o governo precisa descobrir,
para obter sucesso no combate ao uso e ao tráfico de
drogas, é saber quem é causa e quem é conseqüência.
A questão principal é: usa-se drogas porque elas estão
à venda?... Ou vende-se drogas porque existe a procura?...
Se o governo descobrir e concentrar os esforços
diretamente sobre as causas, as conseqüências também
cessarão. Analise o exemplo abaixo e talvez ele nos ajude a 
descobrir as respostas corretas: Imagine um jovem pobre,
com pouca instrução, morador de favela, sem perspectivas
de bom emprego e que eventualmente passe necessidades.
Imagine outro jovem, porém rico, morador de bairro chique
e que normalmente tem tudo o que deseja. Aconteceu de um
deles se transformar em traficante e do outro se transformar
em viciado. Considerando as características brasileiras, qual
 dos dois se tornou o traficante?
Parece elementar que foi o jovem que mais precisava de
dinheiro, o jovem pobre da favela. Parece compreensível
também que o jovem rico tenha se inclinado por prazeres
alucinantes, uma vez que já tinha de tudo e poderia estar
enfadado dos prazeres comuns. A grande questão é saber
quem induz a quem a se envolver com as drogas. Será que
oi o jovem pobre, e de pouca educação que convenceu o
jovem rico, ou será que foi o jovem rico e de muita educação
que convenceu o jovem pobre?

A segunda questão é: Considerando a realidade brasileira,
que tipo de influência um traficante de favela poderia
 exercer sobre famosas atrizes, cantores e personalidades
 artísticas em geral, levando-os ao vício e a dependência?...
Seria, amostras grátis?... Quem realmente procura quem?...
No passado, os Estados Unidos deram grandes ensinos ao
mundo (democracia, liberdade, missões cristãs, etc.),
mas nesta questão de drogas pecaram gravemente.
O jovem colombiano, responsabilizado por produzir,
não tem capacidade de enfiar cocaína “nariz adentro”
do jovem americano. Mas, o jovem americano, tem
 capacidade de comprar qualquer tipo de serviço do pobre
colombiano. As autoridades americanas sabem disso
muito bem e não podem se fazer de ingênuas.
Na época da guerra fria, entre a liberdade propagandeada
pelos Estados Unidos e o comunismo propagandeado
pela União Soviética, era compreensível que as autoridades
americanas, querendo preservar a boa imagem da liberdade
diante do mundo, tenham colocado toda a culpa das drogas
 nas costas dos que as comercializavam, considerando
os jovens que consumiam como simples vítimas.
Agiram assim porque não queriam dar motivos
para a antiga União Soviética criticar a liberdade e usar
este problema, como pretexto, para fazer propaganda do
comunismo ateísta. Praticamente o mundo inteiro seguiu aos
Estados Unidos nessa definição de que o traficante seria
o único culpado. A partir dessa ocasião boa parte do
mundo tem crucificado pessoas que necessitam de dinheiro
para sobreviver, e absolvido pessoas que também,
contrariando a lei, se envolvem em prazeres
alucinantes apenas para se divertir e se ocupar.
Se a dependência química é uma necessidade
 incontrolável e, por isso, merece compreensão,
então o que merece a dependência de alimento dos favelados?
É verdade que um viciado sem drogas sente dores,
 mas um faminto sem alimentos sente a morte.
A qual dos dois devemos compreender por se
envolver com drogas?... Ao que vende para alimentar
a si e sua família, ou ao que consome, irresponsavelmente,
 para deliciar a si mesmo?
É importante lembrarmos que a população pobre da
 favela não dispõe de muitas alternativas para se sustentar.
Na realidade, a grande maioria tem que se sujeitar aos
míseros trabalhos, lícitos ou ilícitos, que a população
 de posses lhes oferece ou lhes encomenda.
Portanto, precisamos combater o problema das drogas
 sem tratar os consumidores adultos como “coitadinhos”.
Eventualmente eles podem ser vítimas, mas, na maioria
das vezes eles são a causa da existência e do comércio
de drogas. Se eles não consumissem, pagando altos
preços, não existiria droga nenhuma sendo fabricada
ou comercializada. (Até mesmo os grandes traficantes
 são conseqüência e não causa). Por isso, temos
que estabelecer adequada punição para todos (para quem
vende e para quem compra). Assim, seremos bem-sucedidos
neste combate e reduziremos causas e conseqüências.
 Ser tolerante com os drogados pode até ser importante
para sua recuperação pessoal. Entretanto, discipliná-los
adequadamente é muito mais importante para toda a sociedade.
Em função da dificuldade prática, de se saber quem é traficante
e quem é consumidor, temos que formular uma punição
compatível com a desobediência de ambos. Tal punição deve
ser a mesma para consumidor e traficante e não deve conter
exageros nem benevolências. A sugestão do autor é punir a
todos com 90 dias de prisão mais multa de 40 vezes o
 valor da droga que o infrator estivesse portando,
(duplicando a pena a cada nova reincidência).
Isso seria mais justo e mais eficiente que
as penalidades atuais. Além disso, amenizaria o
descontentamento dos favelados e solucionaria, de fato,
o problema das drogas trazendo paz à sociedade.

Valvim M Dutra


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