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5.06.2021
5.03.2021
Vacina AstraZeneca: entenda qual a proteção da 1ª dose e qual o motivo do intervalo de três meses para a 2ª
Estou seguro só com uma dose da vacina de Oxford/AstraZeneca? A resposta é sim. Mas isso não significa abandonar as medidas não farmacológicas como higiene das mãos, uso de máscaras e o distanciamento social. Uma dose da vacina de Oxford já oferece uma proteção de 76%.
O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), parceira da AstraZeneca/Oxford no Brasil, Julio Croda, explica que sim, uma dose da vacina já confere uma porcentagem alta de proteção.
"A eficácia de uma dose da AstraZeneca é bastante elevada. Uma dose da vacina já tem uma eficácia de 76%, superior a 50%, exigidos pela OMS. De 100 pessoas que tomam a vacina, 76 estarão protegidas a partir do 22º dia", explica Croda.
Entretanto, mesmo com uma eficácia alta, é preciso completar a vacinação com a segunda dose, reforça Croda. "Após a segunda dose, a proteção aumenta. Você sai de 76% para 81% de proteção. [Receber] Uma dose já é muito bom, mas precisa da segunda. Quanto maior for sua proteção, melhor".
O infectologista também alerta que as medidas preventivas (uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, evitar aglomerações) precisam continuar, mesmo depois de receber a primeira dose.
Atualmente, o imunizante é responsável por 22% das doses aplicadas no Brasil, mas esse número tende a subir. Em maio, a Fiocruz pretende enviar 21,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde.
Eficácia alta com uma dose
Em fevereiro, um estudo publicado na revista The Lancet apontou que o intervalo maior entre as doses (os três meses) resulta em uma maior eficácia do que um intervalo de seis semanas. Segundo os pesquisadores, uma dose da vacina trouxe 76% de eficácia a partir de 22 dias após a aplicação. E uma boa notícia: a proteção não reduziu ao longo dos três meses. Com a vacinação completa (duas doses), a proteção chega a 81%.
Andrew Pollard, professor da Universidade de Oxford e um dos autores do estudo, alertou que a segunda dose é necessária, já que ainda não está claro quanto tempo a proteção com uma dose pode durar.
"A longo prazo, uma segunda dose deve garantir imunidade de longa duração. Por isso, encorajamos todos que tomaram a primeira dose a tomar a segunda", explicou Andrew Pollard, professor da Universidade de Oxford.
Que vacina é essa? Oxford Astrazeneca
Diminuição na transmissão
Além de promover uma proteção alta após a primeira dose, a vacina de Oxford também pode ter a capacidade de reduzir em até 67% a transmissão do novo coronavírus.
Um outro estudo, publicado pela Public Health England (PHE), agência de saúde da Inglaterra, analisou duas vacinadas usadas no país: Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca. Segundo os pesquisadores, uma dose das vacinas é capaz de reduzir a transmissão domiciliar pela metade. A pesquisa ainda não foi publicada em revista científica.
Os pesquisadores observaram pessoas infectadas pelo coronavírus três semanas depois de tomarem uma dose e concluíram que o risco delas transmitirem o vírus para outro morador da mesma casa, que não tenha sido vacinado, cai até 49% (entre 38% e 49%).
A vacina também impede que a pessoa imunizada (em qualquer faixa etária) desenvolva infecção sintomática no início, reduzindo o risco em cerca de 60% a 65% quatro semanas após uma dose.
'JN' dá espaço a Lula em dia de manifestações pró-Bolsonaro
Presidenciável petista e o atual presidente estão entre os maiores críticos do jornalismo da Globo
A edição de sábado (1) do 'Jornal Nacional' surpreendeu ao destacar um vídeo de Lula com mensagem sobre o Dia do Trabalho. Foi exibido um trecho de 25 segundos, no qual o petista faz crítica indireta ao governo de Jair Bolsonaro.
"O Brasil, o povo, as trabalhadoras e os trabalhadores, as crianças, os jovens e os aposentados não deveriam estar passando por tanto sofrimento", disse. "Minha indignação diante de tanta injustiça é muito grande. Mas ainda maior que a indignação é a confiança no povo brasileiro. Ele é maior que essa gente que está destruindo nosso país".
Um desavisado acharia se tratar de um programa do horário eleitoral gratuito. A mesma matéria sobre a comemoração on-line promovida por centrais sindicais exibiu fragmentos de declarações dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, e do ex-candidato à Presidência Ciro Gomes. A Globo usou imagens da TVT, a TV dos Trabalhadores.
Na sequência, o 'JN' dedicou 1 minuto e 55 segundos para mostrar manifestações de apoio a Jair Bolsonaro em várias cidades. A reportagem acompanhou o helicóptero da Presidência sobrevoando o protesto em Brasília e citou a presença dele na aeronave. O presidente não apareceu em nenhuma imagem.
Desde o processo de impeachment de Dilma, em 2016, Lula tem sido um crítico contumaz da Globo. A fúria contra a emissora aumentou no período em que ficou preso em Curitiba. Na época, ele desafiou o âncora e editor-chefe do 'JN', William Bonner, a um encontro cara a cara. Disse esperar um pedido de desculpas do canal da família Marinho.
O tom contra o canal carioca ficou ainda mais provocativo após o STF anular as condenações dele na Lava Jato. Dias atrás, ao ser entrevistado pelo âncora Sami Zeidan, da TV árabe Al Jaazera, o petista incluiu a Globo entre os "culpados" por suas sentenças e reclamou da falta de um "mea-culpa".
"São anos contando mentiras sobre o Lula, que envolve procuradores, o ministro (Sergio Moro, juiz do caso) e os meios de comunicação, liderado pelo canal de televisão mais importante do Brasil. Como mentiram por cinco anos, não têm como agora voltar atrás", declarou.
"Eu fico na expectativa de que algum deles, ou a televisão (Globo), ou a Polícia Federal, ou o Ministério Público, apresentem uma única prova contra mim. Quando eles apresentarem, eu ficarei desmoralizado e você nunca mais vai me entrevistar".
Apesar dos recorrentes pedidos de Lula por uma entrevista, a Globo não o convidou a participar de nenhum de seus telejornais ou programas jornalísticos. Assim como o petista, Jair Bolsonaro também vê a emissora como maior "inimiga" na mídia. Os dois lideram as pesquisas de intenção de votos para a corrida presidencial de 2022.