Aeronave saiu da cidade de Seul, na Coreia do Sul, com destino
ao aeroporto de São Francisco; pelo menos 10 pessoas, entre elas, duas
crianças, estão gravemente feridas
Fire crews work the crash
site of Asiana Flight 214 at San Francisco International Airport in San
Francisco, Saturday, July 6, 2013. (AP Photo/Bay Area News Group, John
Green)
Avião sofre acidente em aeroporto de San Francisco, nos EUA. FOTO: REPRODUCAO. 6/7/2013
Avião sofre acidente em aeroporto de San Francisco, nos EUA. FOTO: REPRODUCAO. 6/7/2013
Avião sofre acidente em aeroporto de San Francisco, nos EUA. FOTO: REPRODUCAO. 6/7/2013
Avião sofre acidente em aeroporto de San Francisco, nos EUA. FOTO: REPRODUCAO. 6/7/2013
Avião sofre acidente no aeroporto de San Francisco, nos EUA
Aeronave saiu da Coreia do Sul com destino aos Estados Unidos
Duas pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas neste sábado após um
avião da companhia sul-coreana Asiana Airlines pegar fogo ao fazer um
pouso de emergência no aeroporto de São Francisco, no Estado
norte-americano da Califórnia, segundo o Corpo de Bombeiros.
A porta-voz do Hospital Geral de São Francisco afirmou que 12
passageiros ficaram gravemente feridos – duas crianças, seis mulheres e
quatro homens. Muitos pacientes falavam apenas coreano. O avião,
procedente de Seul, transportava 291 passageiros e 16 tripulantes,
informou a companhia aérea.
A Asiana Airlines, que é a segunda maior da Coreia do Sul, comunicou
que enviaria uma equipe para investigar a causa do acidente. A maioria
dos passageiros do voo 214 do Boieng 777 era chinesa (141), além dos
sul-coreanos (77) e norte-americanos (61).Em comunicação com o Boeing, o
controle do tráfego aéreo do aeroporto contou que “os veículos de
emergência estavam respondendo”, mas algumas pessoas no solo relataram
que era possível ver que havia algum problema no avião. Um vídeo postado
no YouTube mostra fumaça saindo do avião e dezenas de passageiros
deixando a aeronave em um escorregador inflável.
David Eun, um executivo da empresa Samsung, postou uma foto do avião em
uma rede social e disse que estava a bordo da aeronave durante o
acidente, que ele classificou de “surreal”. De acordo com Eun, “quase
todo mundo parece bem”.
Segundo uma testemunha, por volta de 11h30 (horário local), a aeronave
estava prestes a aterrissar quando sua cauda saiu. Depois de balançar
por um minuto, o Boeing virou de cabeça para baixo. Imagens da TV local
KTVU mostram que o avião perdeu uma de suas asas no acidente. As chamas
começaram após a aterrissagem e destruíram grande parte do teto e da
cabine da aeronave.
Um homem que viu o acidente da janela de um hotel perto do aeroporto
contou que a cauda do Boeing voou. “Ouvi um estalo e imediatamente vi
uma grande bola de fogo saindo da aeronave. Naquele momento, vi que o
avião começou novamente a levantar e deu um giro no ar. A cauda da
aeronave logo voou e foi destruída”, afirmou Anthony Castorani à rede
CNN.
Policiais impediam com bombas os manifestantes de chegar ao local. Justiça da Turquia cancelou ação de urbanização que originou protestos.
Da France Presse
Polícia
turca atira gás lacrimogêneo contra os manifestantes para dispersar a
aglomeração que pretendia se reunir na Praça Taksim, em Istambul, neste
sábado (6) (Foto: Thanassis Stavrakis/Associated Press)
Equipados com escudos e máscaras de gás, os policiais do Batalhão de
Choque turco lançaram bombas de gás lacrimogêneo e utilizaram jatos
d'água para dispersar milhares de pessoas que queriam chegar neste
sábado (6) à praça Taksim, em Istambul, símbolo da revolta contra o
governo turco.
Convocados pelo grupo Solidariedade Taksim, que originou a contestação
ao governo, os manifestantes enfrentaram o grande dispositivo de
segurança mobilizado pela polícia, que bloqueava sua passagem em direção
à praça, e se dispersaram na grande avenida de pedestres Istiklal e nas
ruas adjacentes.
Os agentes recuaram pouco antes da meia-noite (18h de Brasília) e permitiram o acesso de turistas e moradores à praça.
Várias pessoas foram presas, de acordo com a imprensa turca. Entre os
detidos, há dois homens acusados de atacar manifestantes com arma
branca, anunciou o governador de Istambul, Huseyin Avni Mutlu, em sua
conta no Twitter.
No início de junho, um Tribunal de Istambul invalidou o controverso
projeto de urbanização da área da Taksim, alegando que a população não
havia sido consultada e que viola sua "identidade". Essa decisão, que
foi divulgada apenas esta semana, foi comemorada como uma vitória pelos
opositores do projeto.
"Voltamos para o nosso parque para entregar com nossas próprias mãos
àqueles que proibiram seu acesso à população a decisão da Justiça que
anula o projeto destinado a retirar a identidade do parque Gezi, e
privá-lo de seus usuários e concretá-lo", anunciou o grupo em um
comunicado.
Várias horas antes desses novos incidentes, o governador Avni Mutlu
lembrou aos manifestantes que as reuniões na praça Taksim estão
proibidas.
Caminhões
usados pela polícia turca para dispersar manifestantes com jatos d'água
e impedi-los de ir à Praça Taksim neste sábado (6) (Foto: Thanassis
Stavrakis/Associated Press)
"Planejamos reabrir o parque Gezi amanhã (domingo) ou, no mais tardar,
na segunda-feira, para que esteja à disposição de todos os cidadãos',
declarou à imprensa.
No dia 31 de maio, a polícia turca agiu violentamente para retirar
centenas de militantes ambientalistas que se reuniram no parque Gezi
para mostrar sua rejeição à retirada das 600 árvores do local, como
parte de um projeto urbanístico.
Esse projeto, defendido pelo primeiro-ministro e ex-prefeito de
Istambul, Recep Tayyip Erdogan, previa a reconstrução de uma antiga
caserna otomana no lugar do parque e a escavação de túneis, para
entregar o local para os pedestres.
A violência dessa intervenção provocou a ira de muitos turcos e
transformou o movimento de defesa do parque Gezi em uma ampla
contestação política contra o governo, no poder desde 2002.
Segundo estimativas da polícia, cerca de 2,5 milhões de pessoas foram
às ruas em pelo menos 80 cidades, durante três semanas, para exigir a
renúncia do premier, acusado de comportamento autoritário e de querer
'islamizar' a sociedade turca.
O parque Gezi foi ocupado por mais de duas semanas por milhares de
manifestantes, até serem desalojados pela força policial em 15 de junho.
Os protestos deixaram quatro mortos - três manifestantes e um policial -
e quase 8.000 feridos, segundo o último balanço da Associação dos
Médicos.
Mulher
cobre o rosto para se proteger do gás lacrimogêneo usado pela política
turca para dispersar a aglomeração que protestava na Praça Taksim, em
Istambul, neste sábado (6). (Foto: Thanassis Stavrakis/Associated Press)
País aparece como alvo na vigilância de dados e é o mais monitorado na América Latina
Glenn Greenwald, Roberto Kaz e José Casado
RIO - Na última década, pessoas residentes ou em trânsito no Brasil,
assim como empresas instaladas no país, se tornaram alvos de espionagem
da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security
Agency - NSA, na sigla em inglês). Não há números precisos, mas em
janeiro passado o Brasil ficou pouco atrás dos Estados Unidos, que teve
2,3 bilhões de telefonemas e mensagens espionados. É
o que demonstram documentos aos quais O GLOBO teve acesso. Eles foram
coletados por Edward Joseph Snowden, técnico em redes de computação que
nos últimos quatro anos trabalhou em programas da NSA entre cerca de 54
mil funcionários de empresas privadas subcontratadas - como a Booz Allen
Hamilton e a Dell Corporation. No mês passado, esse americano da
Carolina do Norte decidiu delatar as operações de vigilância de
comunicações realizadas pela NSA dentro e fora dos Estados Unidos.
Snowden se tornou responsável por um dos maiores vazamentos de segredos
da História americana, que abalou a credibilidade do governo Barack
Obama. Os documentos da NSA são eloquentes. O Brasil, com extensas
redes públicas e privadas digitalizadas, operadas por grandes
companhias de telecomunicações e de internet, aparece destacado em mapas
da agência americana como alvo prioritário no tráfego de telefonia e
dados (origem e destino), ao lado de nações como China, Rússia, Irã e
Paquistão. É incerto o número de pessoas e empresas espionadas no
Brasil. Mas há evidências de que o volume de dados capturados pelo
sistema de filtragem nas redes locais de telefonia e internet é
constante e em grande escala. Criada há 61 anos, na Guerra Fria, a
NSA tem como tarefa espionar comunicações de outros países, decifrando
códigos governamentais. Dedica-se, também, a desenvolver sistemas de
criptografia para o governo. A agência passou por transformações
na era George W. Bush, sobretudo depois dos ataques terroristas em Nova
York e Washington, em setembro de 2001. Tornou-se líder em tecnologia de
Inteligência aplicada em radares e satélites para coleta de dados em
sistemas de telecomunicações, na internet pública e em redes digitais
privadas. O governo Obama optou por reforçá-la. Multiplicou-lhe o
orçamento, que é secreto como os de outras 14 agências americanas de
espionagem. Juntas, elas gastaram US$ 75 bilhões no ano passado, estima a
Federação dos Cientistas Americanos, organização não governamental
especializada em assuntos de segurança. Outro programa amplia ação A
NSA tem 35,2 mil funcionários, segundo documentos. Eles informam também
que a agência mantém “parcerias estratégicas” para “apoiar missões” com
mais de 80 das “maiores corporações globais” (nos setores de
telecomunicações, provedores de internet, infraestrutura de redes,
equipamentos, sistemas operacionais e aplicativos, entre outros). Para
facilitar sua ação global, a agência mantém parcerias com as maiores
empresas de internet americanas. No último 6 de junho, o jornal “The
Guardian” informou que o software Prism permite à NSA acesso aos
e-mails, conversas online e chamadas de voz de clientes de empresas como
Facebook, Google, Microsoft e YouTube. No entanto, esse programa
não permite o acesso da agência a todo o universo de comunicações.
Grandes volumes de tráfego de telefonemas e de dados na internet ocorrem
fora do alcance da NSA e seus parceiros no uso do Prism. Para ampliar
seu raio de ação, e construir o sistema de espionagem global que deseja,
a agência desenvolveu outro programas com parceiros corporativos
capazes de lhe fornecer acesso às comunicações internacionais. Um
deles é o Fairview, que viabilizou a coleta de dados em redes de
comunicação no mundo todo. É usado pela NSA, segundo a descrição em
documento a que O GLOBO teve acesso, numa parceria com uma grande
empresa de telefonia dos EUA. Ela, por sua vez, mantém relações de
negócios com outros serviços de telecomunicações, no Brasil e no mundo.
Como resultado das suas relações com empresas não americanas, essa
operadora dos EUA tem acesso às redes de comunicações locais, incluindo
as brasileiras. Ou seja, através de uma aliança corporativa, a NSA
acaba tendo acesso aos sistemas de comunicação fora das fronteiras
americanas. O documento descreve o sistema da seguinte forma: “Os
parceiros operam nos EUA, mas não têm acesso a informações que transitam
nas redes de uma nação, e, por relacionamentos corporativos, fornecem
acesso exclusivo às outras [empresas de telecomunicações e provedores de
serviços de internet].” Companhias de telecomunicações no Brasil
têm esta parceria que dá acesso à empresa americana. O que não fica
claro é qual a empresa americana que tem sido usada pela NSA como uma
espécie de “ponte”. Também não está claro se as empresas brasileiras
estão cientes de como a sua parceria com a empresa dos EUA vem sendo
utilizada. Certo mesmo é que a NSA usa o programa Fairview para
acessar diretamente o sistema brasileiro de telecomunicações. E é este
acesso que lhe permite recolher registros detalhados de telefonemas e
e-mails de milhões de pessoas, empresas e instituições. Para
espionar comunicações de um residente ou uma empresa instalada nos
Estados Unidos, a NSA precisa de autorização judicial emitida por um
tribunal especial (a Corte de Vigilância de Inteligência Estrangeira),
composto de 11 juízes que se reúnem em segredo. Foi nessa instância, por
exemplo, que a agência obteve autorização para acesso durante 90 dias
aos registros telefônicos de quase 100 milhões de usuários da Verizon, a
maior operadora de telefonia do país. Houve uma extensão do pedido a
todas as operadoras americanas - com renovação permanente. Fora
das fronteiras americanas, o jogo é diferente. Vigiar pessoas, empresas e
instituições estrangeiras é missão da NSA, definida em ordem
presidencial (número 12333) há três décadas. Na prática, as
fronteiras políticas e jurídicas acabam relativizadas pelos sistemas de
coleta, processamento, armazenamento e distribuição das informações. São
os mesmos aplicados tanto nos EUA quanto no resto do mundo. Todo tipo de informação armazenada Desde
2008, por exemplo, o governo monitora com autorização judicial hábitos
de navegação na internet dentro do território americano. Para tanto,
exibiu com êxito um argumento no tribunal especial: o estudo da rotina
online de “alvos” domésticos proporcionaria vigilância privilegiada
sobre a prática online cotidiana de estrangeiros. Assim, uma pessoa ou
empresa “de interesse” residente no Brasil pode ter todas as suas
ligações telefônicas e correspondências eletrônicas - enviadas ou
recebidas - sob vigilância constante. A agência armazena todo tipo de
registros (número discado, tronco e ramal usados, duração, data hora,
local, endereço do remetente e do destinatário, bem como endereços de IP
- assim como sites visitados). E faz o mesmo com quem estiver na outra
ponta da linha, ou em outra tela de computador. Começa aí a
vigilância progressiva pela rede de relacionamento de cada interlocutor
telefônico ou destinatário da correspondência eletrônica (e-mail, fax,
SMS, vídeos, podcasts etc.). A interferência é sempre imperceptível:
“Servimos em silêncio” - explica a inscrição numa placa de mármore
exposta na sede da NSA em Washington. Espionagem nesse nível, e em
escala global, era apenas uma suspeita até o mês passado, quando
começaram a ser divulgados os milhares de documentos internos da agência
coletados por Snowden dentro da NSA. Desde então, convive-se com a
reafirmação de algumas certezas. Uma delas é a do fim da era da
privacidade, em qualquer tempo e em qualquer lugar. Principalmente em
países como o Brasil, onde o “grampo” já foi até política de Estado, na
ditadura militar.
Descoberto por acaso, o Viagra, primeira droga eficaz contra a impotência, revolucionou o sexo na terceira idade
Roberta Jansen
RIO - Como que respondendo aos anseios da sociedade por mudanças
comportamentais, a pílula anticoncepcional foi lançada em 1960, quando o
movimento feminista ganhava força no mundo todo e a liberdade sexual
era uma de suas bandeiras. Quase 40 anos depois, uma outra pílula viria
novamente responder às demandas de uma população que se tornava cada vez
mais longeva e buscava formas de viver esses anos extras em plenitude.
Se o contraceptivo abriu as portas para o sexo por prazer, é possível
dizer que o Viagra garantiu a possibilidade de que esse prazer se
estendesse por muito mais tempo. Os fundadores do amor livre respiraram
aliviados. - A pílula traz uma mudança de paradigma: a mulher
passa a poder decidir entre fazer sexo para reproduzir ou para ter
prazer, de forma mais segura, eficaz e prática. O surgimento do Viagra
veio para marcar um prolongamento da vida sexual para idades mais
avançadas - afirma a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora de estudos em
sexualidade da USP. A pílula azul em formato de diamante foi
descoberta por acaso. Químicos da Pfizer trabalhavam num remédio para
problemas cardiovasculares quando começaram a registrar efeitos
colaterais que faziam a alegria dos voluntários do estudo, todos eles
com mais de 50 anos. A ação do remédio é simples: ele produz um
relaxamento da musculatura dos corpos cavernosos do pênis, permitindo o
influxo de sangue e, assim, a ereção. - Havia poucas alternativas
para o tratamento da disfunção erétil, e elas envolviam injeções
intrapenianas e, em casos mais extremos, próteses - afirma o diretor
médico da Pfizer no Brasil, Eurico Correa. Um remédio de uso oral,
praticamente sem contraindicações, que solucionava com eficácia o
problema era bom demais pra ser verdade. Não tinha como falhar. Um ano consagrado ao sexo A
nova droga foi lançada com pompa, circunstância e muita publicidade em
1998 — declarado pelo jornal inglês “Independent”, como “o ano do sexo”.
Foi naquele ano que a série “Sex and the City” chegou à TV nos EUA,
tornando-se imediatamente um grande sucesso, e pelo menos dois homens
ganharam as manchetes com grande estardalhaço por suas indiscrições
sexuais (George Michael, num banheiro em Los Angeles; e Bill Clinton, no
Salão Oval da Casa Branca). Além disso, claro, o início da
comercialização do novo remédio colocava fim ao maior pesadelo de todo
homem: a impotência. O mais amplo estudo sobre o problema já
realizado no Brasil, pelo grupo de Carmita, apontou que 45% da população
masculina acima dos 40 anos não está satisfeita com a qualidade de sua
ereção — um percentual muito alto e bastante semelhante aos aferidos
internacionalmente. As queixas pioram conforme a idade avança. Ou seja, a
nova droga tinha um potencial de mercado gigantesco. Rapidamente
tornou-se um dos medicamentos mais vendidos no mundo e alterou por
completo o sexo na terceira idade. Homens de até 70, 80 anos, que já
tinham desistido da vida sexual há muito tempo voltaram à ativa, num
movimento que também teve um impacto direto em suas parceiras.
Casamentos renasceram, mas muitos também afundaram de vez diante das
novas demandas. - Eu tinha perdido o apetite, digamos assim -
conta o analista de sistemas que se identificou apenas como Antônio, de
69 anos, usuário do remédio há dez anos. - Só falei para minha mulher
depois de ter tomado pela primeira vez. Ela gostou, lógico, mas ameaçou
processar o laboratório quando eu disse de brincadeira que queria morrer
como um garanhão. Relacionamentos ruins, explicam os
especialistas, jamais poderiam ser salvos pelo novo remédio — que
garante a ereção, sim, mas somente mediante desejo pela parceira, não se
trata de algo puramente mecânico. Na esteira do Viagra, diversas
novas drogas com efeitos similares chegaram ao mercado, como Cialis e
Levitra. No ano passado, a patente do Viagra expirou no Brasil, abrindo
caminho para a produção de genéricos, o que baixou consideravelmente o
preço do medicamento. Hoje, um comprimido custa cerca de R$ 7. A Pfizer,
por sua vez, também baixou o preço de seu medicamento de marca para
fazer frente à nova concorrência. - Calculamos um aumento de 60%
no número de usuários dos remédios - diz o chefe do Departamento de
Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, Geraldo Eduardo
de Faria. Diferentemente do que ocorre na Europa e nos EUA, os
remédios para disfunção erétil no Brasil não são vendidos sob retenção
da receita. A facilidade do acesso fez crescer muito o que eles chamam
de “uso recreacional” dos comprimidos. Pessoas que não têm problemas de
disfunção usam as pílulas para “melhorar a performance sexual”, algo que
nenhum estudo científico comprova. - Resolvi usar porque, com a
idade, não é que diminua a libido, mas o desempenho cai. É difícil ter
três relações numa mesma noite com facilidade. Em determinados dias, em
que você está muito cansado ou chateado, só consegue transar uma vez.
Então, o remédio é um facilitador. Sinto mais segurança e posso
proporcionar um prazer maior - conta Paulo, um engenheiro de 46 anos que
começou a usar a droga depois que se separou. Há também homens
muito mais jovens, de 20 anos ou menos, usando os remédios e mesmo
misturando-o a álcool e outras drogas. Além disso, alertam os médicos, a
disfunção erétil é consequência de algum problema de saúde que precisa
ser tratado, além de ser um marcador precoce para problemas
cardiovasculares. - Ninguém sabe qual será a consequência do uso
por essa geração tão nova, que ainda não envelheceu - pondera o
urologista Valter Javaroni, consultor da Sociedade de Ginecologia e
Obstetrícia do Rio de Janeiro. - E como os remédios são vendidos sem
receita, perdemos a oportunidade de identifica o hipertenso, o
diabético, o cara que tem o colesterol alto, o obeso sedentário. CRONOLOGIA 1960
- As primeiras pílulas anticoncepcionais começam a ser comercializadas
nos EUA, libertando as mulheres do pavor da gravidez indesejadas,
abrindo caminho para o sexo por prazer e fundando a geração do amor
livre. 1998 - O Viagra é lançado pela Pfizer, com estardalhaço.
Trata-se de uma pílula praticamente sem contra-indicação e que soluciona
com bastante eficácia a disfunção erétil. Até então, os tratamentos
para a impotência eram raros, caros e pouco eficazes, envolvendo
injeções e até próteses. 2003 - Outros remédios para tratar a
disfunção erétil chegam ao mercado, como o Cialis e o Levitra. Embora
com princípios ativos diferentes, os medicamentos atuam de forma similar
ao Viagra (relaxando a musculatura dos corpos cavernosos do pênis e
permitindo o influxo de sangue) e com igual eficácia. 2008 -
A pesquisa Mosaico Brasil, realizada pelo Projeto Sexualidade da USP, é
lançada. Trata-se da maior pesquisa sobre sexualidade já feita no
Brasil, envolvendo 8 mil pessoas em todo o país. Os números mostraram
que 45% dos homens acima dos 40 anos não estavam satisfeitos com a
qualidade de sua ereção e que esse percentual aumentava conforme a idade
avançava. 2012 - Cai a patente do Viagra no Brasil e diversos
medicamentos genéricos são lançados no mercado, baixando o preço das
pílulas e ampliando em 60%, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o
número de usuários.
Imagens vão passar por igrejas, universidades, escolas, hospitais e presídio. Chegada foi às 7h, em Santa Cruz; às 17h, D. Orani reza missa na Catedral.
Do G1 Rio
80 comentários
A Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, os símbolos da Jornada
Mundial da Juventude (JMJ), chegaram às 7h deste sábado (6) à cidade do Rio de Janeiro. Os objetos, que pertencem ao Vaticano, passarão por 131 pontos do município até a chegada do Papa Francisco, no dia 22 de julho. Os ícones vão passar por igrejas, universidades, escolas, comunidades, hospitais e presídios.
A chegada dos símbolos foi na Igreja de São José, em Santa Cruz, na
Zona Oeste. Em seguida, às 7h30, a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa
Senhora partiram em procissão até o Batalhão de Engenharia do Exército,
onde aconteceu a cerimônia de boas-vindas, com uma benção de dom Orani
Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro. Após a benção, os símbolos seguem
em procissão por diversos pontos de Santa Cruz e, às 15h30, haverá uma
carreata em direção à Catedral Metropolitana de São Sebastião, no
Centro.
O que é a JMJ
Criada pelo Papa João Paulo II, em 1984, a Jornada Mundial da
Juventude (JMJ) é o maior encontro internacional de jovens com o Papa. A
última edição, em 2011, reuniu mais de 2 milhões de pessoas em Madri.
Realizado a cada três anos, o evento mudou de data para não coincidir
com a Copa do Mundo, em 2014.
Antes mesmo da chegada da Cruz e do Ícone, a Catedral será o palco da
“Festa do Acolhimento”, às 15h30. O objetivo é promover um grande
encontro, com muita oração e música, entre as famílias que receberão os
peregrinos de todo o mundo em suas casas durante a Jornada. Às 17h, Dom
Orani celebra uma missa no local, marcando a chegada dos símbolos à
Catedral.
A festa segue com uma procissão até a Lapa, onde o público poderá
participar do evento “No Coração da Jornada”, previsto para começar às
19h na Praça Cardeal Câmara, nos Arcos da Lapa. O show terá atrações
católicas nacionais e internacionais, como Martin Valverde, Olivia
Ferreira, Ziza Fernandes, Padre Omar Rapozo, Eliana Ribeiro, Frutos de
Medjugorje, Sambadorando e DJ’s. Peregrinação
No município do Rio serão 17 dias de peregrinação. Neste período, os
símbolos vão passar pelo Complexo Penitenciário de Bangu, a Escola
municipal Tasso da Silveira, em Realengo, onde ocorreu o massacre que
deixou 12 crianças mortas, Candelária, Central do Brasil, no Centro.
Cristo Redentor, na Zona Sul, Santuário da Penha, Complexo do Alemão, na
Zona Norte, Baía de Guanabara, Ilha de Paquetá, Instituto Nacional de
Câncer (Inca), Pão de Açúcar , Rocinha, na Zona Sul e Riocentro, na Zona
Oeste. No dia 28, os símbolos partem para o palco na Praia de
Copacabana para a abertura da JMJ Rio2013, que será inaugurada com a
missa do Arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
Pioneiros no uso do botox contra as rugas falam sobre a descoberta e apontam exageros
Casal de médicos Alastair e Jean Carruthers acha que Nicole Kidman é exemplo do que não fazer
Talita Duvanel
RIO
- Há 25 anos, a oftalmologista canadense Jean Carruthers, especialista
no uso da toxina botulínica para controlar espasmos oculares, ouviu um
pedido, à época, inusitado:— Sempre que você aplica nos músculos da região do meu olho, as rugas diminuem. Por que você não usa a toxina na minha testa?
Jean
custou a convencer a paciente de que aquilo não era adequado, mas
voltou para casa com a ideia na cabeça. Contou ao marido, o
dermatologista Alastair Carruthers, e juntos começaram a vislumbrar o
procedimento estético que mudaria a forma como as mulheres encaram a
passagem do tempo: o uso da toxina botulínica no tratamento de rugas.
Com
pouca gente corajosa o suficiente para levar uma "injeção na testa"
(mesmo de graça), Jean e sua recepcionista serviram de cobaias. Os
resultados das pesquisas silenciosas do casal foram apresentados ao
mundo em 1991, num congresso de dermatologia nos Estados Unidos.
Como
toda ideia revolucionária, as críticas foram pesadas, mas não demorou
muito para os resultados convencerem a comunidade médica e o Botox virar
o procedimento estético mais famoso do mundo.
No Brasil a convite
do laboratório Merz Biolab, o casal, que reflete sobre os 25 anos da
descoberta, acha que deu uma boa contribuição no combate às injustiças
do tempo.
— A mulher começa a envelhecer aos 25 anos. Com a idade,
as sobrancelhas vão caindo e os outros começam a vê-la como uma pessoa
triste e irritada. Isso não é justo — diz Jean, que certa vez chamou a
toxina botulínica de “penicilina da autoestima”.
Para evitar esses
mal-entendidos sociais, o casal até recomenda que alguém como a
repórter, de 26 anos, aplique a toxina botulínica para prevenir as
rugas. A questão, para eles, não é a idade do paciente, mas sim as
“receitas de bolo” que alguns médicos incorporam.
— Parece ser um
procedimento simples, mas é preciso saber muito sobre anatomia e
musculatura da face. Hoje você encontra muita gente, sem tanto
conhecimento, fazendo a mesma coisa em todo mundo. Temos que
individualizar os casos para deixar as pessoas felizes com o resultado —
diz Jean, cuja paciente mais velha tinha 98 anos.
Mas deixar os
pacientes satisfeitos a qualquer preço não é uma necessidade para os
Carruthers. Se alguém chega com uma foto de Nicole Kidman no consultório
e pede um visual parecido com o da atriz, pode dar meia volta:
—
Ela é o caso clássico do que não fazer com a toxina botulínica: apagar
completamente as linhas acima das sobrancelhas. Às vezes, pode ter sido
ela que pediu, acontece muito de o paciente já chegar com uma ideia
pronta. Mas se eu não concordo, não faço o procedimento — diz Alastair.
Como exemplo de intervenções bem-sucedidas, eles citam a atriz britânica Helen Mirren, de 67 anos:
—
Ela estava ótima no Oscar. Aliás, a gente adora assistir à premiação
para ver o que as celebridades fizeram no rosto — ri Jean, que também
acha o visual de Jennifer Aniston, de 44 anos, “bastante natural”.
Enquanto
muita gente nega o uso da toxina botolínica, eles não têm o trabalho de
esconder que testam boa parte das novidades da beleza. Na entrevista,
Alastair fez questão de mostrar os resultados obtidos em sua mão direita
graças à um novo procedimento com luz pulsada (a esquerda continuava
lá, com as manchas da idade, para servir de comparação).
— Os
brasileiros também são assim, muito honestos quando dizem que fizeram
intervenções e que se importam, sim, com o corpo — diz Alastair.
Apesar de conhecer o lado vaidoso da nossa gente, a única celebridade nacional que vem à mente é a presidente Dilma Rousseff:
— Ela é uma mulher bonita, mas anda com uma aparência muito cansada, não é? Frotox: o novo botox
Vinte
e cinco anos após o casal Carruthers fazer os primeiros experimentos
com toxina botulínica no tratamento de rugas, surge no mercado de beleza
uma nova possibilidade de acabar com as marcas do tempo: o Iovera, já
apelidado pela turma da beleza de frotox.
A partir do congelamento
das terminações nervosas com a injeção de nitrogênio líquido, o
procedimento faz com que a região da testa (único lugar onde é possível
fazer as aplicações) “hiberne” por quatro meses.
— Apesar de o
Botox ser amplamente testado e muito seguro, ainda há pessoas que não se
sentem confortáveis em colocar uma toxina no corpo. O frotox, então,
vira uma opção — diz a dermatologista carioca Cristina Graneiro.
O
tratamento ainda não foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e nem pelo FDA (Food and Drug Administration), orgão
regulador americano, mas já está ficando popular na Inglaterra. O motivo
do frenesi: o efeito do frotox pode ser sentido 15 minutos após a
aplicação, diferentemente do Botox, que leva de 24 a 72 horas para agir,
atingindo seu pico 15 dias depois da aplicação.
Em tempos de
crise, outra coisa tem deixado as inglesas animadas: o preço, muito
parecido com o da aplicação da toxina botulínica.
— Na Inglaterra,
o procedimento custa £ 350 (cerca de R$ 1.120), basicamente o mesmo
valor cobrado pelo Botox — explica Cristina.
A presidenta Dilma Rousseff
divulgou nota neste sábado (6) na qual afirma que “não procedem as
especulações de mudanças ministeriais”. Ela disse esperar “empenho” e
“determinação” do seus ministros para manter o país “no caminho do
crescimento”.
Dilma reafirmou os cinco pactos propostos por ela a governadores e prefeitos na semana passada: responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, educação e mobilidade urbana. ."Não procedem as especulações de mudanças ministeriais. O que
espero de meus ministros é empenho na realização dos cinco pactos
firmados com os governadores e prefeitos de capital: responsabilidade
fiscal para garantir a estabilidade da economia e o controle da
inflação; reforma política com plebiscito; melhoria profunda nos
serviços públicos de saúde; pacto nacional da mobilidade urbana que
permita um salto de qualidade no transporte público; e destinação dos
royalties do petróleo para educação.Dos meus ministros quero determinação para manter o Brasil no
caminho do crescimento, da inclusão social, da geração de emprego e
renda e da estabilidade econômica. Continuaremos a governar o Brasil para todos, especialmente para os menos protegidos. Dilma Rousseff Presidenta da República Federativa do Brasil"
Royalties do pré-sal renderão R$ 2 bi à educação em 2014
Outros R$ 2 bi serão aplicados em fundo social
Dinheiro é da União; Senado não obrigou estados e municípios a investir.
A regra aprovada na última terça-feira (2) pelo Senado para distribuir
recursos dos royalties e participação especial da produção de petróleo
garantirá à educação ao menos R$ 2 bilhões por ano a partir de 2014,
contando apenas os recursos que cabem à União na arrecadação. A
estimativa foi feita pela liderança do governo no Senado, cujo relatório
foi aprovado na última terça (2) e agora segue para votação na Câmara
dos Deputados, antes de ir à sanção para virar lei.
O texto substitutivo do projeto de lei, de autoria do senador Eduardo
Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado, estabelece que metade dos
recursos arrecadados pela União sobre contratos de produção de petróleo
anteriores a 2013, que já rendem royalties da camada pré-sal pelo regime
de concessão, deve ser destinada exclusivamente para a educação.
Além dos R$ 2 bilhões que devem ser diretamente direcionados à área, o
governo calcula que outros R$ 2 bi deverão ser aplicados no Fundo
Social, um tipo de poupança formada por recursos que a União recebe na
produção do petróleo da camada pré-sal. Pelo texto do Senado, o capital
principal desse fundo será preservado e somente seus rendimentos
financeiros serão usados, sendo 75% deles para a educação e 25% para a
saúde.
“O que temos de concreto são R$ 4 bilhões, [R$ 2 bilhões] que vão
direto para educação e outros R$ 2 bilhões para o fundo. E rendimentos a
partir desse fundo vão tanto para a saúde quanto para a educação”, diz
Braga.
As estimativas são baseadas na arrecadação dos três campos de
exploração do pré-sal em funcionamento atualmente – complexo Parque das
Baleias (ES), Sapinhoá (SP) e Lula (SP).
No ano passado, o governo federal desembolsou, no total, R$ 94 bilhões
na educação e, neste ano, a previsão é que os gastos e investimentos na
área somem R$ 98,8 bilhões, segundo o Ministério da Educação. Em 2011,
todo o investimento do país na área equivalia a 6,1% do Produto Interno
Bruto; o governo almeja alcançar investimento de 10% do PIB.
Segundo o secretário de Gás e Petróleo do Ministério de Minas e
Energia, Marco Antônio Martins Almeida, como ainda não existe exploração
e produção de petróleo com contratos futuros, não é possível precisar o
montante que será arrecadado.
“Do futuro, estamos destinando 100% dos royalties da União para esse
conjunto, que é 75% para educação e 25% para saúde”, declara Almeida.
Aplicação por estados e municípios
Outra regra aprovada pelo Senado prevê que, para os contratos futuros, a
proposta aprovada no Senado, que possui o aval do governo, destina a
totalidade dos recursos do governo federal para saúde e educação, sem
obrigar que estados e municípios cumpram a mesma determinação.
Nos contratos já em vigor, que destinam royalties principalmente para
estados produtores como Rio de Janeiro e Espírito, o relator também
obrigou somente a União a realizar destinações fixas para a educação e a
saúde, evitando, assim, risco de judicialização do tema.
Apesar de não obrigar estados a aplicarem em saúde e em educação, a
proposta de Eduardo Braga prevê que a União dê prioridade às unidades
federativas e municípios que sigam a determinação válida para o governo
federal.
“Nós no Congresso não podemos invadir a competência de orçamento do
recurso ordinário do orçamento dos estados. Então, estabelecemos que os
estados que aderirem à aplicação específica, de acordo com o que a União
está propondo, receberão prioritariamente os recursos da União”.
RIO
- Os peregrinos que acompanharem a Jornada Mundial da Juventude
dividirão a areia da Praia do Leme com majestosos coqueiros e, quem
sabe, desfrutarão até de uma sombrinha proveniente deles, caso o evento
seja agraciado por um dia de sol. O verde, no entanto, quase sumiu
temporariamente da paisagem. A pedido da Arquidiocese, a Fundação
Parques e Jardins chegou a autorizar, nesta sexta-feira, a retirada de
11 árvores do trecho da orla localizado na altura da Avenida Princesa
Isabel, onde o palco do evento já ganha forma. Mas a assessoria de
imprensa da prefeitura informou, no início da noite, que Eduardo Paes
desconhecia o processo que tramitava no órgão e acrescentou que o
prefeito havia desautorizado a retirada das árvores. Segundo a nota inicial, enviada pela Rio Eventos Especiais, órgão
municipal, os coqueiros seriam retirados da areia a partir deste sábado.
Transplantadas para outro local, as árvores só retornariam à área
original após a realização do evento. Havia sido estabelecido, como
medida compensatória, o plantio de cinco coqueiros de igual porte por
cada árvore que morresse. Ainda segundo a Rio Eventos, os custos
ficariam a cargo da empresa responsável pela montagem do palco da
jornada. Ao longo do dia, a suspeita de que o evento religioso removeria
temporariamente os coqueiros ao lado do palco levou apreensão a
moradores do Leme e de Copacabana, além de ecoar nas redes sociais para
além da região diretamente afetada. Há cerca de um ano, 30 coqueiros
foram retirados da altura da Rua Figueiredo Magalhães e colocados na
altura da Rua Siqueira Campos, na orla de Copacabana, por conta das
obras dos novos quiosques. Doze deles morreram após a ação da empresa
Orla Rio. Horácio Magalhães, presidente da Sociedade de Amigos de Copacabana e
do Conselho Comunitário do Leme e de Copacabana, informou temer que uma
autorização, nesse momento, ainda abrisse precedentes para outros
eventos fazerem o mesmo: — A Praia de Copacabana é uma Área de Proteção Ambiental. É um
absurdo se cogitar a retirada dessas árvores por elas estarem
“atrapalhando” o evento. Ainda abre um precedente. Imagina se, em cada
evento que acontecer em Copacabana, os organizadores decidirem
transplantar coqueiros. Eles deviam, sim, se preocupar em preservá-los,
cercando por exemplo as palmeiras. A Associação de Moradores e Amigos do Leme também se posicionou contrariamente à interferência na paisagem da orla do bairro. — As árvores não atrapalharão em nada a visibilidade. Não faz sentido — disse o presidente da entidade, Francisco Chagas Nunes. Procurada, a Arquidiocese não se manifestou.
No ano passado, foram apenas cerca de R$ 3 milhões foram investidos em melhorias
Aumentar a segurança dos visitantes é outro desafio
Emanuel Alencar
RIO - Se não chega a ser um senhor de idade, maturidade não lhe
falta. Para os cariocas, este cinquentão é como um daqueles amigos com
quem se pode contar em todos os momentos — embora a amizade esteja
adormecida por causa da correria do dia a dia. Exuberantes florestas,
trilhas e mirantes ganham mais vida e admiração de olhares estrangeiros.
O Parque Nacional da Tijuca comemora, neste sábado, 52 anos de vida
disposto a navegar numa maré de desenvolvimento e driblar problemas como
a insegurança e a falta de estrutura. Com a nova licitação do trem do
Corcovado, prometida ainda para este ano, os gestores do parque estimam
um aporte de investimentos de R$ 110 milhões até 2016. Um volume sem
precedentes. No ano passado, por exemplo, dos R$ 18,2 milhões
arrecadados, foram investidos em melhorias na infraestrutura apenas
cerca de R$ 3 milhões (16,5%).
Na pauta da gestão
do biólogo Ernesto Viveiros de Castro estão ainda a possibilidade de
adoção, por empresas, de monumentos naturais — como a Pedra da Gávea e a
Cascatinha —, a formatação de um fundo de investimentos e a implantação
de um novo sistema de sinalização bilíngue. A linha férrea do
Corcovado, carro-chefe de sempre, será turbinada já no início de 2014:
estão previstas a substituição dos trens e a reforma das estações. —
Pelo atual contrato da empresa Estrada de Ferro Corcovado (Esfeco) com a
União, nenhum repasse vem direto para o parque fazer melhorias de
infraestrutura. Neste edital que estamos lançando em alguns meses,
exigimos da concessionária que assumir o sistema um retorno direto. Além
da troca dos trens, que estão em fim de vida útil, vamos melhorar a
infraestrutura das estações do Corcovado e fazer a sinalização de
trilhas. Isso sem aumentar o preço da tarifa — diz Viveiros de Castro. Prover
mais segurança ao parque é outro desafio. Atuam hoje nos três setores
da floresta 70 guardas patrimoniais e 28 guardas municipais, em regime
de escala. O primeiro grupo anda armado, mas não tem a atribuição de
atuar na coerção de roubos e furtos, feita por patrulhas esporádicas da
Polícia Militar. Treinador de corrida, Marcius Duarte, de 53 anos,
frequenta com assiduidade as pistas das Paineiras e conta que só orienta
seus alunos a usarem a área pública nos fins de semana. — De
segunda a sexta, além do risco de atropelamento, há maior possibilidade
de assalto, pois o tráfego é liberado. Mas, aos sábados e domingos, a
segurança tem sido boa. Embora a gente não veja um policiamento
ostensivo, não temos tido problemas nos últimos anos — relata o atleta,
criticando a falta de banheiros e de lanchonetes. — Os ciclistas e
corredores não têm um lugar onde possam comprar uma simples garrafa
d’água ou um coco. Não é preciso percorrer grandes distâncias no
parque para perceber a deficiência de infraestrutura. Ao lado da
Cascatinha Taunay, queda d’água mais famosa do Alto da Boa Vista, a casa
que abrigava uma lanchonete está com as portas fechadas. Hoje o espaço
abriga provisoriamente uma sede da Guarda Municipal. O chefe do parque
afirma que está sendo estudada a instalação de um centro de visitantes.
Dois restaurantes funcionam dentro do parque ainda sem regularização e
não atraem muitos turistas. No quesito segurança, Ernesto Viveiros
de Castro diz que recentemente mais duas patrulhas do Batalhão de
Policiamento de Turismo (BPTur) passaram a atuar nos arredores da Vista
Chinesa e das Paineiras. Segundo o biólogo, a instalação de uma Unidade
de Polícia Ambiental (Upam), uma espécie de UPP de combate a crimes
contra o meio ambiente, está sendo estudada: — Temos um histórico
de no máximo três assaltos em trilhas por ano. Claro que o ideal seria
não termos nenhuma ocorrência, mas há oito, dez anos, os problemas eram
infinitamente maiores. Uma Upam pode ajudar na segurança aos usuários,
embora não tenha esta finalidade. Existe uma conversa com o governo do
estado, mas ainda não há nada definido. Uma definição parece mais
próxima: a abertura do Complexo das Paineiras — com restaurante, café,
bares e lojas de suvenir — deve ocorrer no início de 2016. O Iphan já
sinalizou que deve conceder em breve o aval para o início das obras.
Enquanto iniciativas mais robustas não saem do papel, Viveiros de Castro
se empolga com um projeto que está a todo vapor: a formatação da trilha
Transcarioca. Nada de corredor exclusivo para ônibus: trata-se de uma
trilha, para aventureiros, de mais de 170km de extensão, ligando o Pão
de Açúcar a Grumari. No Parque da Tijuca, nada menos do que 73km
já foram sinalizados com marcações em troncos de árvores. Hoje pela
manhã, no Horto, o trecho que liga o Alto da Boa Vista ao Parque Lage
será oficialmente inaugurado. O aniversário do parque marca outro motivo
de comemoração: o centésimo mutirão de voluntários, que põem as mãos na
massa para ajudar na preservação do lugar. Morador da Tijuca, o
lojista Ricardo Canário, de 22 anos, costuma fazer caminhadas na
Floresta da Tijuca e aposta no sucesso da primeira trilha de longa
duração do Rio. Já o empresário americano Christopher Nunes, aventureiro
de carteirinha, acredita que a confecção de mapas indicativos para
turistas sejam fundamentais para o sucesso da Transcarioca: —
Precisa ter mapa aplicativo especial para as novas trilhas, indicando os
pontos de pernoite e onde obter água, comida e outros insumos. Nos
Estados Unidos, as trilhas de longa duração atraem milhares de pessoas
por ano. Você sabia? Durante muito tempo, a
Floresta da Tijuca carregou a pecha de “maior floresta urbana do
mundo”. Isso já foi verdade, é bom que se diga. Mas deixou de ser há
cerca de 30 anos, desde que o entorno do Parque Estadual da Pedra
Branca, na Zona Oeste, passou a ser considerado área urbana. O
engenheiro florestal Beto Mesquita, da ONG Conservação Internacional,
lembra que o Parque da Pedra Branca tem mais de 12 mil hectares: —
Há 30 anos, o Parque estadual da Pedra Branca estava inserido em uma
área considerada rural. Mas a urbanização daquela região fez com que o
Parque Nacional da Tijuca perdesse o título de maior floresta urbana do
mundo. O assunto é controverso. Há quem considere o Parque da
Cantareira, em São Paulo, a segunda maior floresta urbana do planeta
(com quase 8 mil hectares), na frente da Tijuca. Acontece que há uma
vertente desse parque virada para uma área rural, o que não o
caracterizaria como urbano. — Outro assunto que gera confusão é o
fato de a Floresta da Tijuca ter sido toda replantada em 1861. Na
verdade, uma parte dela, de cerca de 1.300 hectares, foi efetivamente
restaurada a mando de Dom Pedro II — completa Mesquita.
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broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Por Kazunori Takada XANGAI, 4 Jul (Reuters) - A
principal agência de planejamento econômico da China está investigando
os custos e preços praticados pelas fabricantes de medicamentos,
incluindo unidades de GlaxoSmithKline e Merck, à medida que empresas
estrangeiras são pressionadas por Pequim sobre possível fixação de
preços. O movimento ocorre após investigação separada sobre o leite em pó instantâneo, que já levou a cortes de preços. A
Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma está fazendo o
levantamento dos custos de produção e preços cobrados em várias empresas
farmacêuticas estrangeiras e chinesas, de acordo com um comunicado de 2
de julho. A notícia da investigação foi relatada nesta quinta-feira pelo jornal oficial Securities Daily. A
Comissão irá analisar 27 empresas sobre custos e 33 sobre precificação.
A investigação está sendo feita para entender o custo e a situação dos
preços dentro das empresas, e para ajustar os preços dos medicamentos,
disse a agência. Além da GSK e da Merck, outras empresas
estrangeiras que estão sendo investigadas sobre os custos são Astellas, a
unidade de genéricos da Novartis Sandoz, Boehringer Ingelheim, Baxter
International e Fresenius. Uma equipe de investigação da Comissão vai visitar as empresas envolvidas entre julho e outubro, disse a agência.
FERNANDA GENTIL NÃO É EXATAMENTE uma novata da
Globo. Antes de aparecer na TV aberta, a jornalista, de 26 anos, que se
formou na PUC-Rio, trabalhava no canal por assinatura SporTV. Mas foi
cantando ‘Evidências’, sucesso de Chitãozinho e Xororó, durante uma
entrada no ‘Encontro com Fátima Bernardes’, que ela caiu nas graças do
público — e dos famosos. Até o atacante Fred brincou com os dotes vocais
de Fernanda durante uma coletiva de imprensa.
Foto: Divulgação/ / TV Globo
O que mudou na sua vida depois de cantar ‘Evidências’ em rede nacional?
O fato de ter cantado não mudou nada, mas a cobertura da Copa das
Confederações, sim. Apesar de já ter participado da cobertura da Copa do
Mundo e da Copa América de 2011, pelo SporTV, esta foi o primeiro
grande evento que cobri na Globo e ela foi muito importante para mim.
Recebi o reconhecimento de profissionais como Ana Maria Braga, Fátima
Bernardes, Fausto Silva e Luciano Huck. E esse foi o grande saldo da
Copa para mim. No ‘Encontro com Fátima Bernardes’, você disse que é apaixonada pela dupla Sandy e Junior. Quem são seus outros ídolos?
Admiro muitas pessoas. No jornalismo, a Fátima Bernardes é uma
referência. No jornalismo esportivo, admiro muito a Glenda Kozlowski. Na
vida em geral, meus ídolos não são famosos. Você assume que é brega?
Depende do que é ser brega… Você acha que quem gosta de Sandy e Júnior é brega? Se acha, eu sou. O que ouve nas ruas das pessoas?
Depois da Copa das Confederações, estou recebendo um carinho muito
grande do público, que, cada vez mais, chega perto para conversar e
elogiar o meu trabalho. Gostaria até de aproveitar a oportunidade para
agradecer as mensagens que recebo todos os dias. E as pessoas dizem que
eu canto bem (risos). Fred elogiou sua voz na coletiva de imprensa após um jogo do
Brasil na Copa das Confederações. Você ficou envergonhada com o elogio?
Em se tratando de Fred… Foi uma cantada?
Não fiquei envergonhada, pois sei que foi uma brincadeira. Nem foi uma
cantada. Sempre tive uma relação muito legal com os jogadores, de
respeito e muita confiança. Como é substituir a Fátima Bernardes?
A Fátima é insubstituível. Tenho que trabalhar muito ainda para ter a
honra de ser comparada a ela. Uma Copa só é muito pouco para isso. Você está pronta para receber o título de Musa do Brasil na Copa do Mundo? O título já pertenceu a Fátima Bernardes…
O título que mais vai me agradar em 2014 é o da Copa do Mundo. Esse é o
mais importante para mim, como torcedora e como jornalista.
Foto: Divulgação
Você é vaidosa?
Não sou extremamente vaidosa, mas procuro cuidar do corpo, correndo na
praia e praticando esportes, e ter uma alimentação saudável e regrada,
de segunda a sexta. Como é a sua rotina?
Rotina é uma palavra que não combina com o dia a dia de quem trabalha
com esporte. Às vezes, trabalho no fim de semana; às vezes, tiro folga
na segunda-feira ou gravo na quarta-feira de madrugada. Você é casada com o Matheus Braga desde janeiro. Seu marido ficou com ciúme da sua exposição?
Ele não tem motivo para ter ciúme, nos conhecemos muito bem. Sou casada
há seis meses, mas nosso relacionamento vem desde quando tínhamos 15
anos, entre idas e vindas. Ele acompanha tudo de perto e divide comigo
todas as conquistas. Você pareceu ter ficado meio zonza com os elogios do Faustão…
Não fiquei zonza, mas surpresa e emocionada com as palavras dele. Esses
elogios estão para mim como a taça está para os jogadores. Por que escolheu o jornalismo esportivo?
Sempre amei esporte e pratiquei vários desde criança. É um meio saudável do qual sempre quis fazer parte. Que esportes você praticava na adolescência?
Fiz vôlei, basquete, judô, tênis, futebol e natação. Você entende tudo de futebol? Existe uma máxima entre os
machistas que as mulheres nunca conseguem entender a regra do
impedimento…
Me esforço para entender. Afinal, trabalho com isso. Mas dou um desconto
para as minhas amigas que não sabem como funciona esta regra. E tem
muito homem que também não sabe! Em quem você se inspira na carreira de jornalista esportivo?
A Globo é uma escola. Tem muita gente para eu me espelhar. Só para citar
alguns, temos Glenda Kozlowski, Cris Dias, Alex Escobar e Tiago
Leifert, entre outros. Seu blog é um momento que você tem para relaxar depois do trabalho?
O blog gentilbraga.com começou como uma brincadeira e virou um vício
muito gostoso. É um momento em que posso falar sobre outro assunto que
também gosto bastante: as descobertas de um casal recém-casado
Tribunal rejeita ação do MP gaúcho contra decisão que libertou acusados de responsabilidade pelo incêndio que matou 242
O Dia
Brasília - O presidente em exercício do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), ministro Gilson Dipp, negou ontem pedido do
Ministério Público do Rio Grande do Sul para suspender a liberdade
concedida a quatro acusados de serem responsáveis pelo incêndio na Boate
Kiss no dia 27 de janeiro, que causou a morte de 242 pessoas.
Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, donos da
boate, Luciano Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, músicos da
banda Gurizada Fandangueira, foram libertados graças a habeas corpus
concedido em 29 de maio pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Ontem, o ministro Gilson Dipp entendeu que não
seria possível cassar a decisão porque há outros meios para contestar a
libertação. A corte gaúcha aprovou a soltura porque, na prisão, os
quatro acusados tiveram bom comportamento e porque já havia passado o
clamor popular.
Segundo o regimento do Superior Tribunal de
Justiça, a suspensão de decisões antes de acionado o devido processo
legal só é cabível em ações contra o Poder Público, em casos de lesão
grave à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. O ministro
Gilson Dipp avaliou que não existem essas premissas em relação aos
acusados pelas mortes na boate.
Após estudar o acórdão proferido pelo tribunal
gaúcho, ele concluiu que não há a excepcionalidade necessária à análise
da medida, “ especialmente em razão da existência de recursos próprios à
impugnação” da decisão.
Todo brasileiro tem direito a
pegar 'carona' nos aviões da FAB. Mas governantes voam de jatos
executivos e cidadãos comuns embarcam em aeronaves de carga
O Dia
Rio - Não são apenas as autoridades brasileiras
que podem viajar de graça em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
Qualquer cidadão tem o ‘mesmo’ privilégio que os presidentes do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), que provocaram polêmica ao usar aeronaves para compromissos
pessoais. Com diferenças. Enquanto os políticos podem cruzar o país em
um confortável jatinho VC-99 Legacy, o contribuinte comum só viaja
quando há vaga em modelos de carga, como o C-130 Hércules.
Para visitar a família em Salvador, na
Bahia, a secretária Gildete Luz, de 26 anos, usou o serviço diversas
vezes. “A gente chegava na base aérea e se inscrevia. Às vezes, tinham
previsão de voos no ato da inscrição, mas era difícil”, relembra a moça,
que fez mais de 10 viagens com a mãe e o irmão. “Uma vez fomos em um
avião pequeno bem desconfortável. As ‘poltronas’ eram tipo uma rede”
conta a secretária, que embarcava junto com militares e seus parentes em
modelos menos rústicos.
Enquanto isso, para ir ao casamento da
filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM) — no dia 15
de junho em Porto Seguro — o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), acompanhado da mulher, solicitou a ‘carona’ no jatinho
VC-99B. Para Calheiros, a vigem de graça é rotina.
Já a designer, Níbia Cardoso, 37, precisou ir até
São Paulo, em 2007, e ficou surpresa ao saber que poderia fazer a ponte
aérea sem mexer no bolso. “Um amigo militar residente em Campinas me
informou sobre essa possibilidade. Liguei para o Correio Aéreo Nacional
(CAN) do Galeão na época e vi que era verdade”. Com sorte, conseguiu voo
um dia após a inscrição. “Atrasou mais de uma hora, porque os mecânicos
estavam realizando alguma manutenção”, relembra. Para voltar não foi
tão fácil. “Só consegui confirmar em cima da hora. Acabei desistindo,
porque não daria tempo de retornar a Guarulhos e voltei de ônibus
mesmo”, conta.
O decreto N° 4.244, de 22 de maio de 2002,
regulamenta o uso de aeronaves para autoridades por razões de segurança e
emergência médica, em viagens a serviço e deslocamentos para o local de
residência permanente. Mas a FAB não exige comprovação da finalidade da
viagem, apenas atende à solicitação.
COMO SE INSCREVER
Para ter acesso ao benefício, o público
deve comparecer pessoalmente a um posto CAN, preencher uma ficha e
anexar cópia da identidade e comprovante de residência. A viagem vai
depender da disponibilidade de voos e tipo de missão da FAB para o
destino desejado. Os horários de atendimento são de segunda a sexta, das
8h ás 16h. A inscrição é feita na Base Aérea do Galeão.
Senador vai devolver R$ 32 mil
Renan Calheiros anunciou ontem que iria
desembolsar R$ 32 mil para pagar a despesa da viagem que fez no avião da
FAB. Na quinta-feira, Renan insistiu: “O avião da FAB usado por mim é
um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre,
na representação como presidente do Senado.” Em nota oficial divulgada
ontem, a Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado admitiu que o
uso do avião era “objeto de dúvidas levantadas pelo noticiário”.
Ainda nesta sexta, o ministro da Previdência,
Garibaldi Alves, também decidiu devolver aos cofres públicos o valor
gasto — não informado —, por viagem do Ceará para o Rio. A Procuradoria
da República abriu investigação para apurar se o presidente da Câmara,
Henrique Alves (PMDB-RN), cometeu irregularidade ao viajar em um avião
da FAB para o Rio no domingo. Alves já cobriu o gasto com a viagem. Senador mineiro chama uso de aviões de ‘lamentável’
No Rio nesta sexta, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) chamou de “lamentável” o uso de aviões da FAB por autoridades
em atividades extraoficiais. “A classe política, principalmente, tem que
compreender que existe um Brasil novo, reivindicante, surgindo, e ela
deve estar muito atenta a esse clamor, se não, ela será expelida”, disse
o parlamentar, depois de participar de encontro do Instituto Teotônio
Vilela, no Leblon.
Sobre a Reforma Política, Aécio disse que, na
terça-feira, o partido fará reunião para tratar do assunto: “Defenderei o
voto distrital misto, o fim das coligações proporcionais e o mandato de
cinco anos sem reeleição”.
O ex-governador de Minas deu sinais de que a
aliança com o DEM fluminense pode estar perto de sair do plano das
ideias. Depois de explicar que, no momento, “não descartamos nada”,
passou a elogiar o vereador Cesar Maia, candidato virtual do DEM a
governador em 2014.
“O Cesar Maia é um grande companheiro. O
Democratas tem sido um aliado nosso na resistência oposicionista depois
que se instalou no Brasil o governo de cooptação”, disse. Por e-mail,
Cesar Maia foi econômico ao comentar os elogios do ‘companheiro’:
“Quando o PSDB quiser, a agenda será deles. Ainda estamos na fase de
avaliações. Candidaturas só no final do ano, após as definições de
domicílio partidário”. LEARJET VU-35
FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Fabricante:
Gates Learjet Corporation
Missão: Avião de reconhecimento fotográfico e transporte executivo
Tripulação: 3
Comprimento: 14,83 m
Envergadura: 12,04 m
Altura: 3,73 m
No transporte de autoridades e no reconhecimento fotográfico, o Learjet
demonstra sua versatilidade. Um dos mais populares jatos executivos de
todos os tempos. HÉRCULES C-130
FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Fabricante:
Lockheed Martin
Missão: Transporte aéreo
Passageiros: Mais de 90 pessoas
Comprimento: 39m
Envergadura: 40,4 m
Altura: 11,6 m
São missões do C-130 na FAB o transporte de carga, transporte de tropas,
apoio ao programa antártico brasileiro, lançamento de paraquedistas e
busca e salvamento. Reportagem: Constança Rezende e Larisa D'Almeida