Anvisa registra remédios inovadores para câncer de pele
Um deles consiste no Vismodegib
(Erivedge): novo tratamento sistêmico para câncer de pele
do tipo carcinoma basocelular, em estágio avançado.
O vismodegib, teve sua origem em uma
planta, lírio do milho (Veratrum californicum), pesquisas mostraram que uma substância nessa
planta bloqueava uma via enzimática conhecida como Via Hedgehog, esta substância
foi denominada ciclopamina, por meio de aprimoramentos farmacológicos da ciclopamina
se obteve o vismodegib, esta droga é fabricada pela Roche, o mecanismo de ação é a inibição da
via hedgehog, normalmente nos carcinomas basocelulares existem mutações que
levam à ativação desta via, o vismodegib está disponível em cápsulas de 150 mg,
dose única diária, está indicado para carcinomas basocelulares metastáticos, pacientes
com doença local (sem metástases) avançada ou pacientes sem condições cirúrgicas,
os primeiros resultados com esta nova medicação são animadores, não é ainda a
cura definitiva do carcinoma basocelular (existem pacientes que não respondem
ao tratamento), mas já sinaliza uma mudança nos rumos do tratamento do
carcinoma basocelular, até hoje o tratamento era predominantemente cirúrgico,
talvez isso possa agora começar a mudar. Este medicamento pode
apresentar riscos que devem ser alertados aos pacientes como o risco potencial
de graves defeitos congênitos ou de morte fetal então os médicos devem
averiguar a possibilidade de gravidez antes de prescreveram esta medicação e
alertar sobre os possíveis efeitos colaterais que podem ser a diminuição do
apetite, queda dos cabelos, perda de peso, espasmos musculares, fadiga,
artralgias, náuseas e vômitos.
13 de junho de 2017
Novidades contra o câncer
Os
novos medicamentos têm alvos muito específicos para cada um dos tipos.
Recentemente, três medicamentos foram aprovados pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
O
primeiro é o Tagrisso (orsimertinibe), indicado para o tratamento de
pacientes com câncer de pulmão de células não-pequenas avançado ou
metastático positivo para mutação EGFR T790M.
Segundo
é o Dalinvi (daratumumabe), contra o mieloma múltiplo (tipo de câncer
que se origina na medula óssea). Estudos em múltiplos centros, incluindo
serviços brasileiros como o Hospital do Câncer Mãe de Deus, em Porto
Alegre, demonstraram uma taxa global de resposta de 84%
A
terceira novidade é o Lynparza (olaparibe), indicado no tratamento de
manutenção de pacientes com carcinoma de ovário seroso de alto grau
(tipo de tumor de ovário avançado), incluindo carcinoma de falópio e
carcinoma do peritônio. O remédio é recomendado a mulheres com mutações
nos genes BRCA1 e BRCA2 e que sofreram recorrência da doença.