7.29.2020

“embaixador dos Estados Unidos deveria se calar e pedir desculpas ao Brasil”

Lula criticou a fala do embaixador estadunidense Todd Chapman, que ameaçou o Brasil ao dizer que “se a Huwaei não for banida haverá consequências".
Lula e Todd Crawford Chapman
Lula e Todd Crawford Chapman (Foto: Ricardo Stuckert | Carolina Antunes/PR)
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247 - O ex-presdiente Luiz Inácio Lula da Silva  criticou em suas redes sociais nesta quarta-feira (29) a fala do embaixador estadunidense Todd Chapman, que ameaçou o Brasil ao dizer que “se Huwaei não for banida haverá consequências". Na visão do ex-presidente, o “embaixador dos Estados Unidos deveria se calar e pedir desculpas ao Brasil”.
“Em qualquer governo que preza pela soberania, um embaixador que falasse o que falou o embaixador dos EUA sobre a disputa do 5G no Brasil seria convidado a se calar e pedir desculpas”, disse Lula. 
O ex-presidente ainda criticou a submissão completa do atual governo. “No caso do Brasil atual parece que o Bolsonaro não se faz respeitar pelo embaixador americano”. 

Saiba mais 
No momento em que o Brasil se encontra praticamente ocupado pelos Estados Unidos, com um governo totalmente submisso a seus interesses, o embaixador estadunidense em Brasília, fez questão de deixar claro que o País não tem autonomia para selecionar seus fornecedores para rede de 5G – a internet de altíssima velocidade – na banda larga.
"É uma tema bastante importante para o mundo. É a próxima geração de telecomunicações que será a base da revolução tecnológica que vai beneficiar a todos. Nosso interesse é que essa tecnologia seja usada para promoção de atividades econômicas, avanço da sociedade e para o bem de nossos princípios, como a democracia. E que essa tecnologia não seja usada para reprimir a sociedade, como estamos vendo em vários regimes autoritários no mundo. A tecnologia deve liberar e não reprimir as pessoas. É importante que os fornecedores de um produto tão sensível tenham os mesmos princípios que você. Por isso, a posição dos EUA e nosso alerta para nossos amigos e aliados, como o Brasil, é saber com quem se está trabalhando. Nós já sabemos que Huawei e outras empresas da China, como a ZTE, têm a obrigação, por lei, de entregar toda a informação que passa por elas. Trata-se da segurança nacional dos Estados", disse ele, em entrevista aos jornalistas Bruno Rosa e Claudia Antunes, publicada no Globo.
O embaixador também fez ameaças ao país e que haverá consequências se o Brasil não seguir a cartilha do governo estadunidense. "Eu diria que represálias não, consequências sim”, alertou.
 

O Petróleo era nosso.

Globo ataca Aras após críticas do PGR à Lava Jato

VERGONHOSA DEFESA DA REDE GLOBO AO  EX-JUÍZ MORO E DO LAVA JATISMO POLÍTICO

Em campanha aberta pela candidatura do ex-juiz Sergio Moro à presidência da República, a Globo escalou seus comentaristas para atacar o procurador-geral Augusto Aras após sua participação em live do Prerrogativas, transmitida pela TV 247



Augusto Aras e programa da Globonews 
VERGONHOSA DEFESA DO EX-JUIZ MORO E DA LAVA A JATO   Augusto Aras e programa da Globonews (Foto: Agência Brasil | Reprodução)
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247 - Na guerra interna no Ministério Público Federal que coloca em lados opostos os defensores e os críticos da Operação Lava Jato, a Globo dá demonstrações claras de que está do lado da força-tarefa de Curitiba.
Depois das críticas feitas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, à Lava Jato, em live do Grupo Prerrogativas no Youtube, retransmitida pela TV 247 na noite desta terça-feira (28), comentaristas da Globonews dispararam críticas ao chefe da PGR e defenderam enfaticamente o grupo de procuradores coordenado por Deltan Dallagnol.
Durante o programa Estúdio I, nesta tarde, os jornalistas Valdo Cruz, Natuza Nery, Otávio Guedes e Ana Flor defenderam a tese de que Aras, em uma “live com advogados que defendem empresários e políticos punidos pela Lava Jato”, está defendendo agora “os mesmos argumentos do advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins”.
Paralelamente, rasgaram elogios às declarações do procurador Roberson Pozzobon, em resposta a Aras, e leram uma nota de procuradores da Lava Jato. Nesta terça, pelo Twitter, Pozzobon colocou em suspeita a nomeação de Augusto Aras por Jair Bolsonaro, lembrando que para a escolha não foi seguida a tradição da lista tríplice enviada à presidência.
Na live da última noite, Aras disse que a Lava Jato é uma “caixa de segredos” e criticou a falta de transparência da operação. A declaração causou bastante repercussão no meio jurídico e político. O deputado Paulo Pimenta defende a criação de uma CPI para apurar a denúncia de que há um banco de dados com informações sobre 38 mil pessoas, incluindo parlamentares e juízes, por meio de um sistema paralelo, de acordo com Aras.
O embate entre o grupo da Lava Jato e o comando da PGR após a posse de Aras está relacionado também com a possibilidade de o novo procurador-geral da República poder extinguir as forças-tarefas existentes no MPF. Os procuradores temem perder o comando e a autonomia da Lava Jato.