1.21.2012

Vírus de chimpanzés podem ser usados no combate à hepatite C

Não existe vacina contra a doença, que afeta hoje cerca de 160 milhões de pessoas no mundo

chimpanze (Foto: Cameron Spencer/Getty Images)
Cientistas americanos descobriram que vírus parasitas de chimpanzés podem ser usados para combater a hepatite C, doença contra a qual não existe vacina hoje. A pesquisa foi publicada no periódico Science translational medicine.
Adenovírus (um grupo de vírus muito resistente) humanos são usados normalmente no tratamento de doenças. Genes contendo antígenos (as moléculas capazes de gerar imunidade) contra patologias específicas são liberados nas células, ativando um sistema de resposta à doença. O problema em usar genes humanos é que muitas vezes populações já foram expostas aos vírus antes e desenvolveram imunidade contra as vacinas. Os adenovírus de chimpanzés são similares aos humanos, mas reduzem essa chance, já que é pouco provável que populações tenham entrado em contato com germes de macacos.

A pesquisa foi realizada em duas etapas. Na primeira, o médico Stefano Colloca e seus colegas testaram os adenovírus de chimpanzés em ratos e descobriram que eles funcionavam melhor que vários adenovírus humanos. Na segunda etapa, a doutora Eleanor Barnes e sua equipe usaram as descobertas de Colloca para criar uma potencial vacina contra a hepatite C, aplicada em pacientes saudáveis. Essa vacina ativou um sistema de resposta nos pacientes e se comportou de maneira segura. Os cientistas esperam usar essas descobertas para diminuir a incidência de infecção causada pelo vírus da hepatite C.

A hepatite C afeta cerca de 160 milhões de pessoas no mundo. Ataca o fígado e pode evoluir para a cirrose hepática.
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FOME OU ANSIEDADE?


Antes de iniciar um plano alimentar para perda de peso, uma das primeiras tarefas a fazer é distinguir a fome da ansiedade, que apesar de apresentarem idênticos sintomas, são bastante diferentes.



Muito antes de aderir a reeducação alimentar (RA) como estilo de vida, não entendia quando falavam de "ansiedade". Achava eu, na época, que ansiedade seria aquele sentimento que nos rodeia quando esperamos algo; aquela "falta de paciência" para que logo aconteça o que estamos aguardando. Enfim, toda aquela "ânsia" que antecede a qualquer espera. De fato isso pode até estar relacionado, mas a ansiedade que me atacava não era essa. Realmente não era.

E quando me perguntavam se eu tinha ansiedade, eu falava que não, porque não estava com aquela "ansia" que dá quando esperamos algo e, muitas vezes, descontamos na comida. Isso eu nunca tive.

Relatarei minha própria experiência no que diz respeito à fome e ansiedade.

De fato só percebi a diferença quando "entrei na disciplina", em agosto passado, em busca do tão sonhado peso ideal.

A fome é muito simples de descrever: é aquela que quando passa o horário das refeições sem nos alimentarmos, ela logo chega e avisa quando chega, com os famosos "roncos na barriga". Quando comemos, ela vai embora e os "roncados na barriga" também. Pronto! Era fome mesmo.

E a ansidedade?

A diferença é muito tênue, mas vou tentar descrever com exemplos vividos por mim. A partir deles percebi claramente a diferença.

Geralmente ela aparece também nas horas das refeições, mas isso não é regra. Os sintomas são os mesmos da fome, inclusive com os "roncos na barriga". Mas a diferença é que você come, come, come e a "fome" continua. Isso não é fome. É ansiedade. E não adianta comer mais, porque ela não vai embora.

Lembro um dia que cheguei em casa à noite, morrendo de fome. E enfiei o pé na jaca quando vi aquela belíssima sopa de feijão que minha mãe, dona Gracinha, tinha feito. E não perdi tempo: comi logo dois pratos enormes, acompanhados de três pãezinhos. Uma dilícia...

Só que achei estranho porque mesmo depois de comer tudo isso, ainda continuei com uma fome desgraçada. E (acreditem!) meu estômago continuava a roncar. Foi quando caiu a ficha de que aquilo não era fome, mas sim ansiedade. "Ansiedade de quê, meu Deus?", perguntava-me a todo instante.

Realmente não sei por que da ansiedade naquele dia, pois eu não estava a esperar por nada. Mas foi a partir daí que comecei a me avaliar e perceber a diferença da fome para a ansiedade.

E o pior é que na ansiedade o estômago ronca como se estivesse vazio - puro complô com o cérebro.

E fui percebendo que só me acontecia à noite, principalmente se eu tivesse um dia agitado lá no trabalho, com muitos aperreios.

Isso tudo é muito interessante e importante de ser avaliado quando se inicia um plano alimentar para perda de peso. Ansiedade não é fome, é pura putaria do organismo para atrapalhar nossas metas.

O fato é que, depois de passados alguns minutos, aparece a triste realidade: "COMI DEMAIS"! E na hora percebemos que passamos do ponto e estamos entupidos "até o gogó", com aquela sensação de peso na barriga.

E por que não sentimos isso antes? ANSIEDADE! Agora é tarde! Você já comeu além do que deveria para se manter e consequentemente engordará por isso. Esse "abrir os olhos para realidade" surge quando o cérebro recebe o comando de que chegou alimento para o sustento do corpo. Muitas vezes na pressa de comer, como se tivéssemos apenas um minuto para devorar o prato inteiro, colocamos pra dentro muita coisa antes do cérebro receber o comando de que chegou comida. Enquanto ele não recebe esse comando, você "pensa" que está com fome.

Acredito que a ansiedade esteja relacionada com o psicológico da pessoa, associado a [maus] hábitos durante a alimentação. Um dos assuntos relacionados à ansiedade é a mastigação, que pretendo no futuro também abordar.

E o que fazer para combater a ansiedade?

Fiquei muito preocupado com essa situação toda e, como acredito que a ansiedade está muito relacionada também com o fator psicológico, resolvi tomar algo para "acalmar os nervos". hehehe. E comprei um remédio natural chamado PASSIFLORA. Já usei o VALERIANA e também surtiu o mesmo efeito. (atenção: gestantes, mulheres em amamentação, crianças e idosos devem procurar orientação médica)

E tomei apenas um comprimido por dia, à noite, e foi o suficiente para para mandar a ansiedade embora. O pior período foi no início da dieta. Cheguei a ficar com os nervos à flor da pele. Hoje estou mais tranquilo e quando sinto fome, realmente é fome. Depois de comer, a fome vai embora.

Por serem naturais, esses remédios não me deram aquela sonolência exacerbada dos remédios tradicionais. Eles são bem fraquinhos, mas foram suficientes para resolver o meu problema.

Se você tem ansiedade, quando for ao médico pergunte a ele sobre o uso desses medicamentos para combatê-la. Pelo menos comigo funcionou.
  jR

Médicos americanos revisam diagnóstico de autismo


Associação Psiquiátrica quer mais rigor para definição do distúrbio de comportamento

Mudanças importantes propostas por pesquisadores médicos para a definição de autismo vão reduzir drasticamente o número de pessoas diagnosticadas com o distúrbio e ainda tornar mais difícil classificar pacientes que não satisfazem os critérios para obter os serviços educacionais e sociais previstos como auxiliares no tratamento. A definição médica de autismo está sob revisão por um painel de especialistas nomeados pela Associação Americana de Psiquiatria, que vai concluir os trabalhos para a quinta edição do Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais. O DSM, como o manual é conhecido na sigla em inglês, é referência-padrão para a definição de transtornos mentais, a condução do tratamento, a pesquisa e as decisões sobre seguros de saúde.
Os resultados do estudo ainda são preliminares, mas oferecem a estimativa mais recente de como apertar os critérios para o diagnóstico do autismo, afetando drasticamente a taxa de pacientes com esta classificação. Índices de autismo e desordens mentais relacionadas, como a síndrome de Asperger, têm decolado para as alturas, desde o início de 1980, ao ponto de uma em cada cem crianças receber o diagnóstico. Muitos pesquisadores suspeitam que esses números são inflados por causa da indefinição nos critérios atuais.
_ As alterações propostas põem um fim à epidemia de autismo _ avalia o médico Fred R. Volkmar, diretor do Centro de Estudos da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale e um dos autores da revisão. _Gostaríamos de cortar o mal pela raiz.
Especialistas trabalharam na nova definição questionando fortemente as estimativas do número de pacientes dos distúrbios relacionados ao autismo.
_Eu não sei como as instituições estão recebendo esses números tão elevados _ afirmou a médica Catherine Lord, membro da força-tarefa trabalhando no diagnóstico.
Projeções anteriores concluíram que muito menos pessoas seriam excluídos com a mudança de diagnóstico proposta, segundo o Dr. Lord, diretor do Instituto de Desenvolvimento do Cérebro, um projecto conjunto do NewYork-Presbyterian Hospital, do Weill Cornell Medical College, do Columbia University Medical Center e do New York Center for Autism.
Pelo menos um milhão de crianças e adultos já têm um diagnóstico de autismo ou de um distúrbio relacionado a ele, como a síndrome de Asperger (ou "transtorno invasivo do desenvolvimento, não especificado de outra forma"). As pessoas com Asperger têm algumas dos mesmos distúrbios sociais das pessoas com autismo, mas não satisfazem totalmente a definição médica para autismo. A alteração proposta agora iria consolidar todos os diagnósticos sob uma categoria, a de transtorno do espectro do autismo, eliminando a síndrome de Asperger do manual psiquiátrico. De acordo com os critérios atuais, uma pessoa pode se qualificar para o diagnóstico através da exibição de seis ou mais de um total de 12 comportamentos. Nos termos da definição proposta, a pessoa teria que exibir três déficits de interação social e deomunicação e pelo menos dois comportamentos repetitivos _ um cardápio bem mais estreito.
O Dr. Kupfer avalia que as mudanças propostas pela Sociedade de Psiquiatria são uma tentativa de esclarecer essas alterações e colocá-las sob um único nome. Centenas de milhares de pessoas recebem apoio do Estado pelos serviços especiais para ajudar a compensar os efeitos dos transtornos incapacitantes, que incluem problemas de aprendizagem e de interação social, e o diagnóstico é, em muitos aspectos, fundamental para suas vidas. Redes de pais estão unidas por experiências comuns com as crianças, e os filhos, também, podem crescer para encontrar um sentido de sua própria identidade em sua luta com o transtorno.
Mary Meyer, de Ramsey, New Jersey, disse que o diagnóstico de síndrome de Asperger foi crucial na obtenção de ajuda para sua filha. O acesso aos serviços ajudaram-na tremendamente.
_ Estou muito preocupado com a mudança no diagnóstico, porque eu me pergunto se minha filha sequer qualificaria para receber ajuda agora _ disse ela. _ Ela é sobre a deficiência, que é parcialmente baseado no de Asperger, e eu estou esperando para levá-la para habitação de apoio, que também depende de seu diagnóstico.
Mark Roithmayr, presidente da Autism Speaks, uma organização de defesa de pacientes, acha que o novo diagnóstico proposto deve trazer a clareza necessária, mas que o efeito sobre os serviços ainda não está claro.
_ Precisamos acompanhar atentamente o impacto dessas mudanças de diagnóstico sobre o acesso aos serviços de saúde e garantir que a ninguém está sendo negado serviços de que necessita _ disse o Sr. Roithmayr. _ Alguns tratamentos e serviços são movidos unicamente por diagnóstico de uma pessoa, enquanto que outros serviços podem depender de outros critérios como idade, QI ou história médica.
Na nova análise, o Dr. Volkmar trabalhou juntamente com Brian Reichow e McPartland James, ambos na Universidade de Yale. Eles usaram dados de um estudo de 1993 de grande porte que serviu de base para os critérios atuais. Eles se concentraram em 372 crianças e adultos que estavam entre o mais alto funcionamento e descobriram que, acima de tudo, apenas 45% deles se qualificariam para o diagnóstico do espectro do autismo proposto, agora em análise. O foco em um grupo de alto funcionamento pode ter exagerado um pouco essa porcentagem, isto os autores reconhecem.
A probabilidade de ser deixado de fora sob a nova definição depende do diagnóstico original. Cerca de um quarto das identificadas com autismo clássico em 1993 não seria identificada com base nos novos critérios propostos. Cerca de três quartos das pessoas com Asperger não se qualificariam; e 85% das pessoas com outros distúrbios associados estaria fora da nova classificação.
As conclusões preliminares da revisão foram apresentadas pelo Dr. Volkmar esta semana. Agora, os pesquisadores vão publicar uma análise mais ampla, com base em amostra maior e mais representativa de mil casos. O dr. Volkmar disse que, embora o novo diagnóstico proposto seja para distúrbios de espectro mais amplo, ele incide fortemente sobre "pacientes classicamente definidos como autistas", crianças na extremidade mais grave da escala. Segundo o médico, o maior impacto da revisão recai sobre aqueles que são cognitivamente mais capazes.

O Globo

Transtornos de Humor


Depressão e Transtorno Maníaco-Depressivo

Todos nós passamos por diversas alterações do nosso estado de ânimo, do momento em que acordamos até a hora de irmos dormir, dependendo dos acontecimentos que vão ocorrendo em casa, no trabalho, na rua, das pessoas que encontramos, das notícias que recebemos e assim por diante.
Podemos nos irritar, ficamos alegres ou chateados, isso é comum a todo mundo.
O humor é variável e modifica-se diversas vezes durante o dia em todas as pessoas.
Se tivermos muitos momentos estressantes e desgastantes num único dia é natural que, quando esse dia chegue ao fim, estejamos sem energia, cansados e tristes.
Não devemos, contudo, confundir tristeza com depressão. A tristeza é um sentimento que pode aparecer por algum motivo qualquer e depois de algum tempo ela passa.
Porém, existem distúrbios que são muito mais intensos e que alteram de forma persistente o estado de humor, sem que a pessoa consiga compreender nem controlar essa alteração, são os chamados Transtornos de Humor. A Depressão e o Transtorno Bipolar ou Maníaco-Depressivo são as principais manifestações dos Transtornos de Humor.
O que acontece nesses transtornos é uma perturbação no estado emocional interno da pessoa que pode tornar-se continuamente depressiva, ou então, intercalar momentos de depressão profunda com momentos de euforia.
Em ambos os casos o sujeito vivencia, além da sensação de falta de controle pelo seu humor, a queda na sua capacidade de realizar atividades, prejuízo das suas funções cognitivas como raciocínio e concentração e um intenso sofrimento psíquico que comprometem negativamente o andamento de sua vida pessoal, profissional e social.


A Depressão

É, muitas vezes, confundida com os momentos de baixo-astral que sentimos um dia ou outro, quando estamos mal-humorados ou abatidos, mas depressão é muito mais do que isso.
Depressão é uma doença caracterizada por um estado freqüente e prolongado de sintomas de desconforto psicológico e físico, sentimentos de tristeza intensa, desânimo e desesperança que tomam conta da vida da pessoa quase todos os dias, por semanas ou meses seguidos, prejudicando seu trabalho, suas relações sociais, sua saúde e fazendo com que ela perca o gosto pela vida.
Um quadro de depressão clínica é verificado quando os sintomas atingem a pessoa por inteiro, ou seja, quando afeta seus sentimentos, pensamentos, alteram seus comportamentos e suas relações sociais, além do seu corpo.
Pode aparecer sem um motivo aparente, ou então, a partir de um evento desencadeante como a perda de um ente querido ou do emprego, stress, problemas financeiros, uma separação conjugal ou outras grandes e súbitas mudanças de vida.
O desenvolvimento dos sintomas depressivos costuma aparecer gradualmente e vai se intensificando com o passar do tempo, intercalado com períodos de melhoria do humor.
Muitas pessoas que sofrem desse mal convivem por tanto tempo com esses sintomas que acabam acreditando que eles fazem parte de sua personalidade, ou mesmo, que se trata apenas de uma crise passageira, para qual, possuem uma explicação aparentemente convincente que justifique aquele momento difícil que estão vivendo. Pensam que com o passar do tempo tudo se resolverá por si só, não necessitando buscar auxílio médico. Não sabem elas que agindo assim estão contribuindo para o agravamento da doença.
Quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhores serão os resultados obtidos.
A depressão é uma doença bastante comum no mundo todo e pode afetar crianças, adolescentes, adultos e idosos, de qualquer sexo, raça ou classe econômica.
Seus sintomas são bastante variados na forma e intensidade em que são sentidos e não ocorrem, necessariamente, todos juntos em uma única pessoa. Os principais são:

- Perda do interesse pelas atividades que anteriormente gostava e pelas tarefas que realizava.
- Falta de energia e cansaço freqüentes.
- Incapacidade de ver o lado bom das coisas.
- Humor deprimido, pessimismo e queixas constantes.
- Dificuldade para se concentrar, tomar decisões e para cumprir suas tarefas e compromissos.
- A agilidade mental e física torna-se mais lenta.
- Queda no desempenho acadêmico ou profissional.
- Sentimentos de constante desconforto, desesperança e tristeza excessiva.
- Alterações do apetite e do sono.
- Baixa auto-estima.
- Isolamento social (vontade de ficar em casa, desinteresse em encontrar, sair ou conversar com os amigos ou com a família).
- Angústia.
- Sentimento forte de culpa, fraqueza ou incapacidade.
- Auto-reprovações, auto-acusações, vergonha e pena de si mesmo e de sua situação.
- Sofrimento e idéias suicidas.
- Desinteresse sexual.
- Irritabilidade, ansiedade, inquietação interna, mal-estar, sensação de que nada e nenhum lugar é bom.
- Choro freqüente ou incapacidade de chorar.
- Apatia (sensação de falta de sentimentos), passividade ou, ao contrário, agitação constante, exagerada e agressividade.
- Dores físicas.
- Ausência de prazer em qualquer atividade.
- Dificuldades de memória e raciocínio.
- Sentimento de inutilidade.
- Sensação de vazio.
- Sentimento de ausência de significado na vida.
- Inibição
Para que seja diagnosticada a depressão é importante realizar uma criteriosa análise médica que exclua a possibilidade destes sintomas serem resultado de alguma outra enfermidade física que também pode desencadear algum destes sintomas como as alterações da tireóide, mau funcionamento do intestino, desnutrição, câncer, problemas neurológicos, diabetes, distúrbios hormonais, entre outros.
Assim que comprovado o diagnóstico de doença depressiva, avalia-se em que grau se encontra e a forma como os sintomas se apresentam, ou seja, se é de uma depressão leve, moderada ou grave. Em seguida inicia-se o tratamento recomendado para cada caso em especial.

A Distimia

É um tipo de depressão que se caracteriza por ser leve e prolongada. Embora esteja presente a maioria dos sintomas depressivos comuns à depressão moderada e grave, eles são sentidos de forma menos intensa.
Na distimia, os sintomas depressivos incomodam o paciente, mas não o impede de exercer suas atividades, apenas faz com que ele tenha que despender um esforço muito maior que as outras pessoas para realizá-las.
As pessoas que sofrem com a distimia estão sempre queixosas e “pra baixo”. Sentem-se, freqüentemente, mal-humoradas e nada parece ser bom o suficiente para elas.
Com o passar do tempo passam a acreditar que são assim mesmo e que esse mal-humor faz parte de sua personalidade, o que não é verdade.
A distimia pode ser tratada e curada com um bom tratamento psicológico e, se necessário, com utilização medicamentos.
A falta desse tratamento pode intensificar a doença e torná-la moderada, ou seja, com mais sintomas depressivos que passam a interferir mais freqüentemente na vida da pessoa, ou mesmo, se agravar a ponto de se tornar uma depressão grave ou Depressão Maior que se caracteriza pela manifestação de muitos sintomas debilitantes e inibitórios ao mesmo tempo, tornando praticamente impossível o cumprimento de suas atividades rotineiras.

O Transtorno de Humor Bipolar ou Maníaco-Depressivo

É caracterizado por oscilações extremas e bruscas do humor.
A pessoa intercala momentos da mais profunda tristeza depressiva com momentos de agitação intensa, alegria e excitação.
Estes momentos de humor exaltado são chamados de mania.
Entre as crises maníaco-depressivas o paciente passa por períodos de normalidade.
O Transtorno Bipolar tem como características:
Na fase depressiva:
-Sintomas de depressão já anteriormente citados
Na fase de mania:
- Irritabilidade
- Euforia
- Hiperatividade
- Agitação motora e do pensamento
- Uso demasiado da fala
- Falta de sono
- Desorganização
- Baixa tolerância à frustração
- Vontade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo
- Não conseguir manter-se parado
- Fuga de idéias
- Idéias de grandeza quanto suas próprias capacidades (auto-estima elevada)
- Realização de atividades que causem prazer imediato, mas que possam trazer danos (abuso de álcool, drogas, sexo, jogos, etc).
- Pode haver delírios e agressividade.

Os Transtornos de Humor podem ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência e na fase adulta e se não forem devidamente tratados podem durar a vida toda.
Estes transtornos causam muito sofrimento para o doente porque ele sente que não é mais o que era anteriormente, que houve uma mudança onde algo se perdeu e culpa-se por isso. Acha que agora é menos do que era, menos capaz, menos inteligente, menos confiante.
A visão que tem do mundo e de si mesmo está distorcida, fragmentada e é sempre bastante pessimista e radical. Não consegue visualizar mudanças positivas em sua vida porque acredita que tudo é irreversível e imutável.
É por isso que os conselhos e estímulos vindos de amigos e parentes que pedem que ele se esforce e se anime, pouco afetam o depressivo e, muitas vezes até pioram a doença. Ele simplesmente não consegue reagir a tudo que, para os outros, é bom e agradável, não consegue apenas com um esforço reverter seu estado emocional de angústia e vazio.
O que ele sente é tão desconhecido para ele como é incompreendido por quem está de fora e é isso que gera sua inibição e isolamento.
Suas auto-acusações de incapacidade e indignidade, embora não reflitam a realidade, descrevem exatamente o conteúdo das suas impressões internas, é assim, da forma como se descreve, que ele enxerga a si mesmo. Ressalta e exagera a proporção de defeitos e ignora suas qualidades.
Não consegue se ater ao mundo exterior porque suas forças estão totalmente voltadas para seus conflitos internos.
Todas essas características ajudam a entender que depressão é um problema grave de saúde e deve ser tratada com a devida seriedade.
O primeiro passo, então, é procurar ajuda de um bom profissional que prescreverá um tratamento adequado.
Se o tratamento for iniciado no princípio da doença impede que ela se torne crônica.
Os principais tratamentos utilizados nos casos de depressão combinam psicoterapia e medicamentos antidepressivos.
O tratamento vai trazer resultados e melhora em todos os aspectos como a redução do sofrimento e alívio dos sintomas até que eles desapareçam e a vida volte ao normal.
Haverá, em seguida um trabalho de prevenção que impede a volta da doença mais para frente, mas, para isso, é preciso manter os cuidados terapêuticos firmemente até o fim.
Os resultados são graduais e começam a aparecer após umas três semanas, aproximadamente, do inicio do tratamento, variando de pessoa para pessoa, o fato é que os benefícios podem realmente ajudá-lo a ter uma vida melhor.
A depressão tem cura! Procure auxílio de um profissional!
Psicologia hoje  
marcia@psicologiahoje.com

Como superar o trauma do fim de um namoro

Recupere a autoestima depois do fim de um relacionamento

Há poucas coisas que superam a dor do término da uma relação a dois. Ainda mais quando o ponto final é inevitável após uma traição ou um "eu não te amo mais". Apesar da distância entre a separação e a volta por cima ser longa, é possível encarar o momento com serenidade e espantar a tristeza para voltar a ter uma vida social e amorosa depois do trauma.

A falta de lealdade do parceiro ganha dimensões diferentes em cada situação. "Superar uma traição é muito difícil, mas depende do histórico e da dinâmica da relação e também do significado que representa para cada um. Em alguns casos, ela se torna um elemento de estímulo de uma relação 'morna' e sem grandes impactos. De toda forma, superá-la implica em crédito e desejo de investir em uma relação, buscando compreender o processo e o papel de cada um neste caso", explica doutora em psicologia social Maria Izabel Calil Stamato. 
Recupere a autoestima depois do fim de um relacionamento - Foto: Getty Images
Momento traumático
Para seguir em frente depois de um rompimento traumático é necessário desenvolver objetivos para se fortalecer e se curtir para estar apto a um novo envolvimento. De acordo Maria Izabel, o tempo para toda essa transformação é definida pela própria pessoa e depende de uma série de fatores que não estabelecem medidas de tempo convencionais. "Um ano, um mês, um dia? Não há prazos estabelecidos para se recuperar de um término de relação", explica a psicóloga.

De acordo com a profissional, o primeiro passo para dar "adeus" à melancolia é investir em si mesmo. "Sem dúvida, ser preterido sempre traz prejuízos à autoestima, pois, após o momento inicial de raiva e de culpabilização do outro, a pessoa tende a atribuir a si mesma a responsabilidade pela perda, dando ênfase aos aspectos negativos de seu comportamento e se sentindo um 'lixo' por não ser capaz de manter um relacionamento", explica.
É possível encarar o fim de um namoro com serenidade e voltar a ter uma vida social e amorosa depois do trauma
As consequências da perda de confiança também se potencializam por conta do universo social que vivemos. "Lembrando que as intensas cobranças e exigências da sociedade para que todos sejam desejáveis e invejáveis, o que significa ter um relacionamento perfeito e feliz, acabam intensificando a negatividade da autoestima e ampliando o sofrimento de quem é abandonado", ressalta a especialista.

Dicas para enfrentar o fim
Assim que o término do namoro ou casamento acontece, seja por traição ou qualquer outro motivo, comece a agir. Segundo Maria Izabel, o ideal é tentar contar o término para parentes ou amigos. Dessa forma você consegue assimilar dentro de você mesmo os lados negativos do relacionamento e sentir a necessidade de mudança.

Mania entre boa parte das pessoas e péssimo para a "reabilitação", voltar a falar com o ou a ex é considerado por alguns especialistas como uma armadilha. Espere, ao menos, dois meses para que seu coração volte aos trilhos. 
Recupere a autoestima depois do fim de um relacionamento - Foto: Getty Images
Outra saída que se torna valiosa nestes casos é simples: mexa-se. Procure fazer atividades que reúna as pessoas que possuem os mesmos interesses que você. Faça exercícios, o que libera endorfina (que permite trazer bem-estar), e outros programas que multipliquem a alegria. Aproveite e se jogue, inclusive, em atividades que seu ex não gostava de fazer.

Após perceber os primeiros sinais de mudança dentro de si mesmo, note que está na hora de anunciar a novidade e altere alguma coisa no exterior. Mude a ordem dos móveis da casa, corte e pinte o cabelo, use aquele esmalte que você tanto queria e aposte em visuais que ressaltem sua beleza. Cuidar de si mesmo faz um bem incrível, principalmente neste momento.  

Caso em algum momento sinta raiva do que aconteceu grite, extravase com exercícios e canalize essa energia para algo útil, como cuidar da própria casa. "O término de um namoro representa uma perda afetiva e, neste sentido, a pessoa que é preterida vive um processo de luto e de intenso sofrimento. Entretanto, não há fórmulas prontas para superar situações de perda, mas um elemento fundamental sempre é compreender o que esta perda representa na vida da pessoa, seu significado, trabalhar para transformar a situação em um processo de crescimento, que favoreça futuras relações", diz Maria Izabel.

Veja 8 passos para fortalecer o casamento após uma traição


O perdão é essencial para que a relação continue saudável. Foto: Getty Images O perdão é essencial para que a relação continue saudável
A traição é algo difícil de ser digerida num casamento e nem sempre é fácil perdoar e seguir em frente. Independente se foi um caso de uma noite, sem envolvimento emocional, ou de longo prazo, sempre ficam sequelas e mágoas.
A terapeuta de casais Elvira Aletta elaborou algumas dicas para o site YourTango com passos essenciais para um casal tentar retomar o relacionamento após uma traição.
Segundo ela, se cumpridos com vontade, é possível que a relação fique até mais fortalecida do que antes do episódio. Aqui estão oito passos que podem ajudar a salvar o seu casamento.
Terminar o caso imediatamente
Gentilmente, completamente, totalmente. Isso tem que vir em primeiro lugar, se a parte que está traindo quer a reconciliação. 'Amizade' não é uma opção.
Repensar o relacionamento
Se qualquer um dos dois não tem certeza se querem ficar juntos, é melhor deixar isso claro ao parceiro. Sentir-se confuso após uma traição é normal, mas só não deixe que isso seja uma desculpa para evitar falar sobre a realidade.
Nada de segredos
Se o seu parceiro quer saber os detalhes do caso, você deve contar a ele. Eles o ajudam a compreender a realidade.
Parar de correr e enfrentar a dor
Evitar a dor é, muitas vezes, o que levou ao caso fora da relação. Enfrentá-la é aterrorizante, mas necessário. Tome coragem e discuta os aspectos no relacionamento.
Caminhar sobre brasas
Expresse seus remorsos e diga sinceramente que você vai fazer o que for preciso para voltar a focar no relacionamento. Em seguida, faça-o.
Assumir a responsabilidade
Resistir aumenta a culpa. O caso é um sintoma de que havia algo muito errado no relacionamento. Ambas as partes precisam cavar fundo para descobrir e aceitar sua parcela de responsabilidade. Se os verdadeiros problemas não são abordados, nada muda.
Perdão
Todos os envolvidos precisam de perdão, para curar-se do trauma. Ambas as partes estão feridas, estão de luto e precisam de perdão. Um bom conselheiro de relacionamento pode ajudar a negociar esse entendimento.
Tempo
Isso é essencial para a cura completa. A confiança se assemelha às flores minúsculas que precisam de tempo para recuperar suas raízes profundas e torná-las resistentes.
Fonte: Vida e Estilo - Mulher

Osteoporose


Classificação e recursos externos
CID-10 M80-M82
CID-9 733.0
A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.
A partir de 1991 devido o Consenso realizado por todas as Sociedades Americanas que tratam da osteoporose, elas passaram a informar que é fundamental a análise da qualidade óssea que expressa o estado de deterioração do colágeno ósseo. Quanto melhor for a qualidade óssea menor a chance de ter fratura.
A mudança na definição ocorreu porque as pesquisas verificaram que 100% das pacientes com Síndrome de Turner e que possuiam osteoporose, não fraturam. Ainda, os pesquisadores constataram que ao prescrever Fluoreto de Sódio para suas pacientes, os óssos ficavam mais densos e fraturavam com maior facilidade.
A partir dessas constatações os pesquisadores começaram a estudar mais profundamente o tecido ósseo e verificaram que o risco de desenvolver osteoporose e fratura está diretamente relacionado com as deteriorações do colágeno ósseo.
A partir de 2000, uma nova tecnologia com Inteligência Artificial dos Projetos da Robótica da Nasa permitiu determinar o local mais apropriado do organismo humano que permite estudar minuciosamente o tecido ósseo. Essa região é a das metáfises das falanges dos dedos II-V. Nela é possível avaliar oito parâmetros e não apenas um como quando o exame é realizado na coluna lombar, como vem sendo orientado há mais de 25 anos. Na atualidade, avaliar apenas a densidade óssea,nós estamos fazendo uma análise do tecido ósseo muito restrita.
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A osteoporose progride de forma tão lenta que quem faz o primeiro teste e tem resultado normal aos 65 anos pode esperar até 15 anos para a próxima densitometria óssea.
É o que diz um novo estudo publicado nesta semana na revista médica "New England Journal of Medicine".
A pesquisa faz parte de uma iniciativa ampla que vem reavaliando a forma de diagnosticar e tratar a doença, que pode causar fraturas de quadril e vértebras.
A classe de drogas conhecida como bisfosfonatos consegue prevenir fraturas em quem tem osteoporose. Mas os médicos não querem mais que as mulheres, mais afetadas após a menopausa, tomem as drogas para sempre.
Agora, com o novo estudo, os pesquisadores se perguntam também se faz sentido pedir exames frequentes de densitometria para uma maioria que não está nem perto da zona de perigo após o teste inicial.
"A densitometria óssea tem sido exagerada", afirma Steven Cummings, um dos autores do estudo e professor de epidemiologia na Universidade da Califórnia (EUA).

Editoria de arte/Folhapress
PESQUISA
A pesquisa acompanhou, por mais de uma década, 5.000 mulheres a partir de 67 anos. Logo que foram recrutadas, elas fizeram um exame de densitometria. Nenhuma tinha osteoporose.
Menos de 1% das mulheres com densidade óssea normal no primeiro teste desenvolveram a doença nos 15 anos seguintes. Entre as que tinham densidade um pouco baixa no teste, 5% ficaram com osteoporose depois desse período. No grupo com o pior resultado, 10% ficaram com a doença depois de um ano.
Segundo Joan McGowan, do Instituto Nacional de Artrite dos EUA, o estudo dá provas de que se a pessoa tem densidade óssea normal aos 60 ou 70, não vai ter osteoporose nos próximos cinco anos a não ser que alguma coisa aconteça. Essa coisa pode ser o uso de remédios como cortisona ou ter doenças que afetem os ossos. Mas a médica diz que a recomendação do estudo vale para a maioria.
Segundo o ginecologista Mauro Abi Haidar, chefe do departamento de climatério da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a pesquisa está em sintonia com achados recentes. "Pesquisas anteriores mostraram que não faz diferença esperar dois ou três anos entre os exames."
A recomendação de tomar remédios para mulheres com densidade óssea um pouco abaixo do normal, condição chamada de osteopenia, também está entrando em desuso.
Hoje, diz Ethel Siris, pesquisadora de osteoporose na Universidade Columbia, a osteopenia é vista como um fator de risco e não como uma doença a ser tratada.
Ela lembra, no entanto, que mulheres ou homens que já sofreram fraturas graves (de vértebras, quadril, ombro, pélvis ou punho) precisam levar a doença a sério e se tratar. "Mas não há risco imediato para quem tem resultados normais nos testes."

Quais são as gorduras alimentares e como devem ser consumidas

Um levantamento realizado pelo Hospital Estadual Dante Pazanese com 600 pacientes com problemas cardíacos mostrou que muitos deles têm dúvida sobre quais tipos de gorduras devem ou não comer.
Dos pacientes consultados, 55% desconheciam o benefício das gorduras insaturadas. Elas atuam no combate ao mau colesterol (LDL) e no aumento do bom colesterol (HDL).
O levantamento também mostrou que 67% dos entrevistados não têm o hábito de ler o rótulo dos alimentos.
O coordenador da pesquisa, o cardiologista Daniel Magnoni, diz que muitas vezes a população tem dificuldade de compreender a orientação médica por não estar habituada aos nomes científicos.
"As pessoas confundem saturado e insaturado. Também não têm o hábito de ler os rótulos e, quando leem, não compreendem". Para ele, a pesquisa ajudará os médicos a orientarem melhor seus pacientes.
A tabela abaixo, elaborada com informações das nutricionistas Mônica Romualdo, coordenadora do ambulatório de nutrição do Instituto Dante Pazzanese, e Fernanda Pisciolaro, da Abeso (associação de estudo da obesidade), ajudam a esclarecer quais são os principais tipos de gordura, seus efeitos no corpo e em que alimentos estão presentes.
A porção diária recomendada vale para pessoas com necessidade de 2.000 calorias por dia. Esse número é a média de calorias que a maioria dos adultos precisa ingerir por dia para manter o peso estável.

FILIPE OLIVEIRA
FOLHA

Editoria de Arte/Folhapress 
TIPOS DE GORDURA

ENTREVISTA COM O DEPUTADO FEDERAL ROMÁRIO


“Sou homem de uma bandeira só. Ninguém do bem vai se decepcionar comigo. Pode cobrar”.

- Você foi recebido com preconceito em Brasília?
Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.
- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?
Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.
- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...
Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na organização da Copa no Brasil.
- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?
Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.
- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.
Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.
- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?
Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio.
O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.
- Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?
Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.
- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?
Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...
Entrevista concedida ao repórter Cosme Rímoli, da TV Record

Cães farejadores a serviço da medicina


Estudo realizado por pesquisadores do Hospital Schillerhoehe, na Alemanha, cães farejadores foram capazes de detectar corretamente os tumores de pulmão em 71% dos pacientes. Os resultados sugerem que uma técnica semelhante no futuro possa ser utilizada para detecção com precisão de casos de câncer de pulmão por simples amostras de hálito.
A respiração de pacientes com câncer de pulmão exala substâncias químicas diferentes das amostras de uma respiração normal. O olfato apurado dos cães pode detectar essa diferença em um estágio inicial da doença, afirmou Thorsten Walles,que liderou o estudo publicado na revista European Respiratory Journal, na quinta-feira 18 de agosto deste ano.
A grande maioria dos casos de câncer de pulmão está ligada ao tabagismo, e é o segundo mais comum em homens e mulheres na Europa, provocando mais de 340 mil mortes por ano. Também é a causa mais comum de morte por câncer em todo o mundo.
A doença é de difícil diagnostico no estágio inicial e os cientistas começaram a estudar testes de hálito para possíveis programas de detecção no futuro. A técnica se baseia na identificação de compostos chamados orgânicos voláteis, ligados à presença do câncer.
Os pesquisadores trabalharam com cães especialmente treinados e com 220 voluntários, incluindo pacientes com câncer de pulmão, doentes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) e pessoas sem problemas pulmonares.
Os resultados mostram que os animais identificaram com sucesso 71 amostras com câncer de pulmão de um total de 100, além de 372 que não tinham a doença de um total de 400.
Os cães também foram capazes de detectar o câncer de pulmão, independente de DPOC e fumo.
O Dr. Walles disse que os resultados confirmam que há um marcador confiável e estável de câncer de pulmão na respiração, mas ainda há muito trabalho para descobrir o que é, pois ainda é preciso identificar com precisão os compostos observados no ar exalado pelos pacientes.
Pesquisadores da Universidade Kyushu, no Japão publicaram.estudo, na conceituada revista especializada Gut, mostrando que um cão labrador conseguiu detectar um câncer de intestino pelo cheiro do hálito e de amostras de fezes de um paciente sendo que o animal foi capaz de identificar a doença em sua fase inicial.
Outras pesquisas já haviam sugerido que os cães são capazes de farejar câncer de pele, bexiga, pulmão, ovários e de mama. Acredita-se que a biologia do tumor inclui um cheiro distinto, e vários estudos já usaram cachorros para tentar detectá-los.
No estudo em questão, o labrador Marine, de oito anos, foi apresentado a cinco amostras, uma das quais era de um paciente com câncer e quatro de pessoas saudáveis. Nos testes de hálito o animal detectou a amostra com câncer em 33 de 36 vezes, e com as amostras de fezes, o cachorro acertou 37 das 38 vezes.
Até mesmo o câncer de intestino em estágio inicial foi detectado,  sendo que os testes habituais como a colonoscopia e outros  mais comuns, tentam identificar pequenas quantidades de sangue nas fezes, diagnosticam apenas um em cada dez casos em estágio inicial.
O coordenador do estudo, Dr. Hideto Sonoda, do Departamento de Cirurgia e Ciências da Escola de Medicina da Kyushu University, diz que é difícil custoso e o tempo necessário para o treinamento do cão pode ser muito longo, para habilitar cachorros em testes de rotina para detectar câncer, mas o estudo poderá levar ao desenvolvimento de sensores eletrônicos no futuro.
O cheiro específico do câncer existe, mas os componentes químicos (que provocam o odor característico) não estão bem definidos. Somente o cachorro conhece a resposta, segundo o Dr. Sonoda. Portanto é necessário identificar os compostos orgânicos voláteis específicos detectados pelos cães para desenvolver um sensor precoce de cânce, que entretanto ainda vai exigir tempo e novas pesquisas.

Alergia em cães


As alergias são conhecidas como alergopatias ou dermatites alérgicas. Nos cães falamos em DAPE (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas), HA (hipersensibilidade alimentar), atopia e alergias de contato.

Ela é uma das doenças de pele que causam o maior prurido (coceira).

O cão alérgico pode ter uma das causas acima ou mais de uma - quase todo cão atópico também tem DAPE, por ex.

As alergopatias normalmente se desenvolvem entre 1 e 3 anos de idade, em média - o animal se torna alérgico, como nós, em determinada fase da vida. Hoje em dia já falamos também em hereditariedade, portanto cães alérgicos devem ser afastados da reprodução. Existem algumas raças predispostas, como por ex, Retriever do Labrador, Poodle, Bull Terrier, Bulldog Inglês, Lhasa-apso, dentre muitas outras. O número de cães alérgicos vem crescendo cada vez mais nos últimos anos.

Os principais sintomas são coceira intensa e lesões de pele secundárias cheias de bactérias e/ou leveduras. Algumas lesões ou localizações de lesões são 'clássicas' para veterinários que atendem dermatologia.

O diagnóstico não é fácil e, normalmente, é bastante demorado. Histórico, exame clínico e muita conversa com o proprietário são fundamentais. Alguns exames laboratoriais ajudam a direcionar, mas não fecham por completo a causa do processo alérgico. Portanto é um conjunto de tudo isso.

Tratamento definitivo não existe, mas sim controle da doença, o que também é muito difícil e demorado. Quando achamos uma causa, como por ex, pulgas ou alergia alimentar, entramos com controle correto das pulgas e dieta específica e normalmente acabamos ou diminuimos bastante os sintomas. Agora no cão atópico, que pode ser alérgico a diversas coisas, como por ex, grama, pólen de flores, pó, perfume, enfim, não conseguimos chegar nas causas e o controle é bem mais complicado.

Eu recomendo, para donos de cães com lesões de pele recorrentes, passar em consulta com um veterinário dermatologista para tentar fechar um diagnóstico e dar qualidade de vida ao animal. Orientações sobre manejo e alimentação são bem importantes. Fica a dica!
Por 

Obesidade em cães


Como nos humanos, a obesidade em cães também está bastante frequente no dia a dia. Na minha rotina clínica, me deparo com muitos cães que estão acima do peso.

A obesidade canina pode ser secundária a alguma doença metabólica e/ou hormonal, como por exemplo hipotireoidismo, ou "primária", como por exemplo erro de manejo alimentar. Claro que alguns cães ou determinadas raças tem uma tendência maior à obesidade - animais ansiosos e raças como o Beagle, Retriever do Labrador e Cocker Inglês, por exemplo, são mais susceptíveis. Como toda regra tem sua exceção, alguns cães se tornam obesos sem causa aparente, tendo eles alimentação correta, atividade física correta e nenhum diagnóstico de doença pré-existente.

A obesidade pode desencadear doenças na coluna, como hérnia de disco, ou até um diabetes. Ela pode também piorar o quadro de algumas doenças respiratórias, cardíacas, articulares etc. O cão obeso se cansa mais fácil, podendo ficar ofegante uma boa parte do tempo.

Existem alguns detalhes físicos e clínicos que já são suficientes para diagnosticar uma obesidade.

O tratamento pode ser feito com alimentação específica e balanceada, seja industrializada ou caseira. Muitas vezes são necessários medicamentos associados à dieta. E claro que não podemos esquecer de uma atividade física controlada. Tudo isso só pode ser feito com acompanhamento de um veterinário capacitado.

Como medidas preventivas, recomendo ter um veterinário de confiança que acompanhe a vida do animal desde a fase de crescimento para orientar sobre manejo, alimentação e atividade física, levando sempre em conta cada organismo, raça e outras particularidades individuais. Consultas de rotina e check up de alguns exames ajudam na descoberta precoce de algumas doenças, muitas vezes evitando danos maiores, e no controle do peso do animal.

Quero deixar claro que não sou contra alimentação caseira e petiscos, porém estes devem ser feitos e oferecidos de uma forma correta para cada cão. Determinados alimentos devem ser evitados. É importante que os donos de cães não escondam de seus veterinários nada sobre a alimentação oferecida, pois só assim poderão ser orientados da forma correta de oferecer ou não oferecer determinado alimento ou petisco.
Fonte: Giro veterinario

Criança não vacinada por opção dos pais gera surto de sarampo

Danilo Verpa/Folhapress
 Surto de Sarampo podia ser evitado
Os casos de sarampo registrados no ano passado na cidade de São Paulo mostram o potencial danoso da opção individual da não vacinação.
Dos 13 casos confirmados no município, dez são ligados. O surto começou em uma creche no Butantã entre seis bebês menores de um ano (idade indicada para a primeira dose contra a doença).
A situação foi potencializada quando o vírus passou para quatro crianças com idades entre cinco e dez anos que não eram imunizadas -apesar de a vacina ser recomendada para a faixa etária.
Segundo orienta o Programa Nacional de Imunização, a primeira dose da tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) deve ser aplicada aos 12 meses.
Entre os que se vacinam, há um percentual pequeno dos que não ficam protegidos contra as doenças. Há ainda um grupo de pessoas que não pode tomar a vacina.
De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, uma menina de seis meses da creche, na zona oeste de São Paulo, teve contato com a prima, de seis anos, que transmitiu a doença a uma colega de cinco anos da escola. "Ela também não era vacinada, porque a família é contra imunizar", diz Barbosa. A menina de cinco anos passou o vírus para os irmãos, de dez e sete anos.
QUESTÃO DE CLASSE
Esse aglomerado de casos foi o único no Brasil a chamar a atenção do ministério em 2011. Até 13 de dezembro, o governo federal registrou 41 casos de sarampo, todos importados ou vinculados aos casos trazidos do exterior.
No Estado de São Paulo, foram 26 casos no ano, 61% deles entre não vacinados, segundo boletim da secretaria estadual de saúde. Entre 2006 e 2010, o Estado não registrou casos da doença.
Barbosa diz que grupos como o citado preocupam porque a última epidemia no país, em 1997, teve presença importante em colégios da alta classe média. Naquele ano, o Brasil teve mais de 53 mil casos registrados de sarampo.
O secretário cita um estudo feito nas capitais, levando em conta o esquema completado de imunização. Segundo a pesquisa, 76% das pessoas de classe A dão as vacinas na época correta. Na classe B, o percentual é de 85%.
"A pessoa diz: 'Meus filhos são bem nutridos, a complicação de sarampo é mais rara'. Mas isso é um certo 'egoísmo social', porque a empregada dela pode transmitir para o filho, que pode ter um caso grave", diz Barbosa.
Renato Kfouri, presidente da Sbim (Associação Brasileira de Imunizações), lembra do impacto social da não vacinação. "Você tem todo o direito de não tomar vacina, mas a opção leva a consequências sociais, para os que não podem tomar vacina, e a maiores gastos do Estado para bloquear o surto."
Monica Tilli, da coordenação de Vigilância em Saúde de São Paulo, conta que o surto de 2011 não se disseminou mais porque a cobertura vacinal é alta. Além disso, segundo ela, a ação da vigilância foi rápida para deter uma circulação maior do vírus.
"Na suspeita, fazemos um bloqueio vacinal entre professores, funcionários e alunos não vacinados. Vamos à escola, ao quarteirão, aos clubes. Você é obrigado a fazer uma 'operação limpeza'."
Tilli calcula ter gasto 4.000 doses de vacina nesse caso.
POR OPÇÃO
A designer Ana Maria Lucas Fachina, 46, de São Paulo, só deu vacinas para sua filha Ana Beatriz, hoje com nove anos, até os quatro meses.
Ela conta que, nessa época, começou a se aproximar dos princípios da medicina antroposófica, que defende o uso de medicamentos alopáticos só em emergências.
"As infecções acontecem quando o corpo tem baixa defesa. Nosso estilo de vida inclui cuidados na alimentação, observação dos ritmos naturais do corpo, atenção e carinho. O corpo dela está em perfeitas condições para se defender", afirma.
Fachina diz que, mesmo em caso de surtos de doenças como o sarampo, não vacinaria a filha. "As doenças da infância são importantes para a criança criar resistência. Ninguém pode ser obrigado a tomar um medicamento contra sua vontade.
 JOHANNA NUBLAT
Folha

Leis contra o aborto não impedem disseminação da prática, diz estudo


América Latina, com legislação mais rígida, tem mais abortos que a Europa, mais permissiva, afirma pesquisa

BBC

 Um estudo publicado na revista médica The Lancet contraria o argumento de que leis severas contra o aborto reduzem a disseminação da prática.
Analisando dados de 1995 a 2008, o levantamento do instituto americano Guttmacher mostra que as mais altas taxas de abortos estão justamente em regiões com legislação restritiva.

Na América Latina, que tem relativamente o mais alto número de abortos em todo o mundo, a maioria dos países proíbe a prática, apontou o estudo, Aborto Induzido: Incidência e Tendências Globais.

Em 2008, uma média de 32 entre mil mulheres (entre 15 e 44 anos) fizeram aborto na região. No mesmo ano, a taxa da África foi de 29 mulheres.
Em contrapartida, na Europa Ocidental - onde a legislação é mais permissiva -, esse número caiu para 12.

Perigo

Apesar de mostrar que a quantidade de abortos, após um período de queda, se estabilizou, o estudo destaca que a prática realizada de maneira insegura vem crescendo.

Em 2008, uma média de 28 mulheres em cada mil fizeram aborto - uma queda em relação a 1995, quando essa taxa era de 35 mulheres.
Mas o número de gestações interrompidas com práticas que apresentam riscos às mulheres cresceu entre os dois períodos analisados, de 44% em 1995 para 49% em 2008.

"Abortos feitos de acordo com as recomendações médicas têm um baixo risco de complicações. No entanto, os que são realizados sem essa preocupação provocam altas taxas de mortalidade materna em todo o mundo", destaca a pesquisa.
O estudo chama atenção especialmente para regiões onde os abortos são realizados apresentando mais perigos para a mulher.

Na África, essa taxa chega a 97% do total de abortos. O continente é seguido pela América Latina (95%), Ásia (40%), Oceania (15%), Europa (9%) e América do Norte (menos que 0,5%).

América Latina

Entre as recomendações relativas à América Latina feitas pelo Instituto Guttmacher, que é parceiro Organização Mundial da Saúde, estão um maior investimento em programas de conscientização sobre métodos contraceptivos.
"Também é necessário aprimorar e expandir o tratamento no pós-aborto para reduzir os altos índices de mortalidade que resultam de abortos feitos de maneira insegura", diz o documento.

O estudo também sugere um maior acesso a sistemas de planejamento familiar nas regiões mais remotas.

"A base da legislação que permite abortos deve ser ampliada, para reduzir a necessidade das mulheres de recorrer a abortos clandestinos", diz o relatório.

Parto domiciliar ganha adeptos, mas ainda enfrenta resistência de médicos

Em meio ao crescimento desse modo de dar à luz, entidades médicas alertam para os riscos, principalmente o de perder faturamento nos hospitais que cobram muito caro para fazer uma cesariana.  

estadão.com.br
SÃO PAULO - O parto domiciliar, tendência que cresce no mundo todo e adotada por celebridades como Gisele Bündchen, encontra resistência de médicos. Se por um lado gestantes e muitos profissionais defendem um modo mais natural de dar à luz, órgãos como o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) alertam para riscos.
Patricia Boudakian, que passou por parto normal em casa, e sua filha Alice Boudakian - Nilani Goettems/AE
Nilani Goettems/AE
Patricia Boudakian, que passou por parto normal em casa, e sua filha Alice Boudakian
Em junho passado, o Cremesp passou a não recomendar o procedimento nos domicílios - salvo em casos de urgência. As mulheres que não abrem mão de ter o filho em casa acabam recorrendo a parteiras e doulas - um tipo de assistente.
Embora não haja dados nacionais sobre mães que preferem o lar ao hospital, sabe-se que o número é crescente. Na opinião delas, o parto em casa é uma conquista, por ser mais humanizado e diminuir as intervenções médicas. E representaria uma vivência de profunda intimidade feminina. Não à toa, os nascimentos em casa nos Estados Unidos subiram 20% entre 2004 e 2008, segundo pesquisa da Birth, publicação especializada em cuidados perinatais.
O posicionamento do Cremesp não é uma medida proibitiva, mas se o médico fizer um parto domiciliar e algo der errado, ele será cobrado, diz Silvana Morandini, conselheira do órgão. "Muitas vezes, a paciente aceita fazer parto em casa porque não sabe dos riscos que ela e seu bebê correm", explica.
Entre os principais problemas estão hemorragia, sofrimento fetal e parada de progressão, que podem resultar em danos graves e morte. "Não existe parto de baixo risco, porque tudo depende das intercorrências. No hospital há muito mais chances de tudo dar certo", diz.
Segundo a conselheira, os órgãos médicos não podem opinar sobre a escolha da mulher, mas eles devem incentivar os médicos a orientar as pacientes sobre as possíveis dificuldades.
É também a posição de Vera Fonseca, diretora da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), um dos apoiadores do Cremesp, ao lado da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). "Parto domiciliar é voltar para trás. É não fazer uso da tecnologia que conquistamos para evitar as dificuldades de antigamente."
Defesa
Os defensores do parto domiciliar argumentam que ele é feito após um bom planejamento e somente se a mulher for acompanhada durante o pré-natal e não tiver outros riscos ou doenças associados. O acompanhamento na hora do nascimento também é rigoroso, com os equipamentos necessários e o hospital a ser procurado em caso de emergência, sem contar com o altíssimo  risco de infecção hospitalar.
Essa preocupação é reforçada pela obstetra Carla Polido, professora da Universidade Federal de São Carlos. "A equipe tem de estar pronta para lidar com situações graves." Segundo ela, a equipe não vai despreparada para uma residência, mas é importante que a família saiba quais são os recursos que podem ser oferecidos e em que ocorrências há mais dificuldade de reversão.
Após quase oito anos, o obstetra e ginecologista Jorge Kuhn não faz mais partos em casa. A decisão veio após a recomendação do Cremesp. "Não quero ir contra o órgão." Ele indica casas de parto, mas os médicos também são proibidos de atuar nesses locais.

Pelo menos dois usuários de drogas são internados à força por dia em SP


Número pode ser maior, porque nem sempre o Ministério Público - responsável pela compilação dos dados - é notificado da internação

Adriana Ferraz - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Enquanto se discute na esfera judicial se a internação compulsória de viciados em crack é válida ou não, pelo menos 5.103 dependentes desta e de outras drogas foram internados de forma involuntária em São Paulo nos últimos oito anos. Na média, são quase dois por dia. Levantamento inédito obtido pelo Estado revela que, contando outras doenças psiquiátricas, esse número pula para 32.719 casos.
Clínica Monte Rey, em Juquitiba. Pacientes fazem oração de mãos dadas antes da refeição - Nilton Fukuda/AE
Nilton Fukuda/AE
Clínica Monte Rey, em Juquitiba. Pacientes fazem oração de mãos dadas antes da refeição
A maior parte dos pacientes involuntários apresenta diagnóstico de psicose, esquizofrenia e dependência química provocada por álcool e drogas - doenças diretamente associadas, segundo especialistas, que somam mais de 20 mil casos. Na lista, há relatos de transtornos causados por crack, cocaína, heroína e maconha entre usuários de até 60 anos, incluindo adolescentes.
Os dados são do Ministério Público Estadual, que deve ser notificado quando a internação involuntária ocorre mediante aprovação da família em um prazo máximo de 72 horas. A regra vale para qualquer diagnóstico, relacionado ou não ao uso de álcool e drogas.
Apesar de polêmica, a medida é considerada legal em todo o País desde abril de 2001, a partir da publicação da Lei 10.216, que permite que parentes de sangue optem pelo tratamento mesmo sem consentimento do paciente. A legalidade da internação, no entanto, depende da apresentação de um laudo médico, assinado por um psiquiatra.
A exigência médica - aliada à regra que proíbe que o tratamento involuntário seja solicitado por maridos e mulheres - promove, segundo representantes do Ministério Público, uma subnotificação, especialmente entre pacientes com alto poder aquisitivo, que podem pagar clínicas particulares.
Responsável pelo controle dos dados, o promotor de Justiça Mário Coimbra afirma que um número muito maior de pessoas passa ou já passou por internações contra vontade na capital e em outras cidades do Estado. "Isso ocorre porque as clínicas clandestinas que afirmam tratar dependentes químicos se proliferam no Estado. Elas não fazem a notificação obrigatória quando recebem um paciente internado de forma involuntária porque são irregulares, não têm estrutura física ou médica e, muitas vezes, nem tratamento oferecem", diz Coimbra, que coordena o Centro de Apoio Operacional (CAO) Cível e de Tutela Coletiva da Saúde Pública.
Debate. O promotor defende a criação de uma legislação específica que regule o trabalho dessas instituições, a fim de evitar que familiares se iludam com propagandas enganosas e pacientes sejam maltratados durante a internação. "Temos de promover uma ampla discussão sobre o tema, que determine novas condições de fiscalização. O Ministério Público não tem como atuar sozinho", afirma Coimbra.

Cariocas estão mais ansiosos


Cresce venda de remédios para ansiedade no estado, que é o segundo do país no consumo

Rio - A venda de ansiolíticos — remédios para controle da ansiedade — está crescendo no Rio de Janeiro. Em 2010, foram comercializadas 12 caixas de clonazepam, vendido com o nome de Rivotril, para cada 100 habitantes, contra 9,13 no ano anterior. O Rio é o segundo estado que mais consome estas drogas no Brasil, atrás apenas de Santa Catarina. Os dados, divulgados ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mostram que, o clonazepam, o bromezapan (Lexotan) e o alprazolam (Frontal) são os medicamentos controlados mais comprados no estado e no País.

Segundo o psiquiatra da Unidade Integrada de Saúde Mental da Marinha, Marcelo Allevato, o erro das pessoas está em descontar suas revoltas e ansiedades no excesso de medicação: “Ao invés de tentar resolver seus próprios problemas, suas preocupações, as pessoas tomam medicamento para suportá-los e isso gera um ciclo vicioso”.
Arte: O Dia

Em 2010, no Rio, foram consumidas mais de 1,9 milhão de caixas de clonazepam, 1 milhão de bromezapam e mais de 900 mil de alprazolam. “Estes números são importantes para avaliarmos se as pessoas estão tomando ansiolíticos em excesso ou se, na verdade, está havendo melhora nos diagnósticos psiquiátricos”, disse a chefe do núcleo de Vigilância Sanitária da Anvisa, Eugênia Cury.

No ranking nacional, o Rio ficou a frente de estados conhecidos por serem mais estressantes, como São Paulo. Lá, foram consumidas 4 caixas de clonazepam para cada 100 habitantes — número três vezes menor que o registrado no estado do Rio . “Não há explicação para este excesso no uso de medicamentos ansiolíticos no estado, mas isso acaba com o clichê de que as belezas naturais tornam mais tranquila a vida no Rio de Janeiro”, avaliou Allevato.

Comercialização foi 35% maior no Brasil

Em todo o Brasil, a venda de remédios controlados aumentou significativamente. Em 2007, foram vendidas 167 caixas de clonazepam por drogaria. Já em 2010, este número subiu para 258, o que representa quase 10 milhões de caixas a mais do medicamento comercializadas — um aumento de 35,3%.

Segundo Eugênia Cury, da Anvisa, nas avaliações internacionais, o Brasil tem sido classificado como um dos países que mais consome medicamentos no mundo. “E, além disso, há uma tendência dos países mais desenvolvidos de aumento do uso destes remédios”, prevê.

Na lista das drogas controladas mais vendidas, além dos ansiolíticos, ficaram nos 4º e 5º lugares no ranking nacional o anticonvulsivante fenobarbital (comercializado como Luminal) e o antidepressivo amitriptilina (Tryptanol).

Veja 10 dicas para conseguir emprego

Prepare-se e consiga o emprego dos seus sonhos em 2012. Foto: Getty Images Prepare-se e consiga o emprego dos seus sonhos

Michelle Achkar
Segundo estimativas, devem surgir em 2012, no Brasil, cerca de 2,5 milhões de novos postos de trabalho.
As perspectivas para quem busca uma colocação ou pretende mudar de emprego são favoráveis, mas nada cai do céu. É preciso ir à luta.
Primeiro, é fundamental saber onde buscar as vagas e depois como agir nos contatos e posteriores entrevistas.
Para ajudar na tarefa, Fernando Montero da Costa, diretor de operações da Human Brasil, prestadora de serviços em consultoria, recrutamento e seleção de pessoas, listou 10 dicas para se conseguir emprego em 2012. Confira.
Informe-se a respeito das oportunidades, pois o emprego que você procura pode não estar tão à vista. Pesquise sites de empresas, sites de emprego, anúncios etc., explore todos os canais para poder contar com um campo de busca mais amplo  Foto: Getty Images
Informe-se a respeito das oportunidades, pois o emprego que você procura pode não estar tão à vista. Pesquise sites de empresas, sites de emprego, anúncios etc., explore todos os canais para poder contar com um campo de busca mais amplo
 Invista no seu networking: seja ele pessoal, de amigos, profissional... As redes sociais, como Linkedin e Facebook, dentre outras, têm servido como um bom canal por empresas para localizar candidatos em busca de vagas de emprego  Foto: Getty Images
Invista no seu networking: seja ele pessoal, de amigos, profissional... As redes sociais, como Linkedin e Facebook, dentre outras, têm servido como um bom canal por empresas para localizar candidatos em busca de vagas de emprego
Cuide de sua aparência: ela faz diferença na busca de emprego. Na dúvida, procure ser mais formal do que informal, porque boa parte das empresas valoriza este quesito. Afinal, uma vez contratado, você estará representando a imagem da empresa  Foto: Getty Images
Cuide de sua aparência: ela faz diferença na busca de emprego. Na dúvida, procure ser mais formal do que informal, porque boa parte das empresas valoriza este quesito. Afinal, uma vez contratado, você estará representando a imagem da empresa
Busque apenas colocações que tenham a ver com seu perfil. Não arrisque trabalhar fazendo algo de que não gosta, pois certamente será infeliz. Pior ainda se o selecionador perceber isso na entrevista  Foto: Getty Images
Busque apenas colocações que tenham a ver com seu perfil. Não arrisque trabalhar fazendo algo de que não gosta, pois certamente será infeliz. Pior ainda se o selecionador perceber isso na entrevista
Valorize sua formação escolar: isso conta ponto na hora da entrevista, especialmente se você tiver feito curso técnico. O mercado ainda continua favorável para especialistas e isso pode ser um diferencial para você frente a outros candidatos  Foto: Getty Images
Valorize sua formação escolar: isso conta ponto na hora da entrevista, especialmente se você tiver feito curso técnico. O mercado ainda continua favorável para especialistas e isso pode ser um diferencial para você frente a outros candidatos

Venda bem suas habilidades e competências: primeiro dizendo ao selecionador no que você é realmente bom. Depois, relatando experiências profissionais que o destacaram e o fizeram bem sucedido em outros empregos  Foto: Getty Images
Venda bem suas habilidades e competências: primeiro dizendo ao selecionador no que você é realmente bom. Depois, relatando experiências profissionais que o destacaram e o fizeram bem sucedido em outros empregos
Selecione boas fontes de referências pessoais/profissionais: é sempre bom ter como carta na manga os nomes e dados de contatos de referências a seu respeito, pois os selecionadores usam isso como prática em contratações  Foto: Getty Images
Selecione boas fontes de referências pessoais/profissionais: é sempre bom ter como "carta na manga" os nomes e dados de contatos de referências a seu respeito, pois os selecionadores usam isso como prática em contratações
Seja autêntico. Não oculte ou minta sobre eventuais fraquezas profissionais. Enfatize, sim, seus pontos fortes e, se o selecionador tocar em algum ponto fraco, diga que você buscará melhorar ou terá como meta se aprofundar mais na habilidade requerida uma vez contratado  Foto: Getty Images
Seja autêntico. Não oculte ou minta sobre eventuais fraquezas profissionais. Enfatize, sim, seus pontos fortes e, se o selecionador tocar em algum ponto fraco, diga que você buscará melhorar ou terá como meta se aprofundar mais na habilidade requerida uma vez contratado
Esteja bem atento ao diálogo com o entrevistador: procure não se dispersar durante a entrevista de emprego. Desligue o seu celular, procure demonstrar tranquilidade e segurança e, principalmente, responda às perguntas que o entrevistador fizer de forma clara e objetiva, sem rodeios  Foto: Getty Images
Esteja bem atento ao diálogo com o entrevistador: procure não se dispersar durante a entrevista de emprego. Desligue o seu celular, procure demonstrar tranquilidade e segurança e, principalmente, responda às perguntas que o entrevistador fizer de forma clara e objetiva, sem rodeios
Persista: o emprego dos seus sonhos pode não estar tão visível ou fácil de encontrar. Preencha fichas de emprego, cadastre-se pela internet, atenda às chamadas de entrevistas e facilite a vida do selecionador, encaixando o quanto antes em sua agenda o compromisso da entrevista. Não se deixe abater pelos obstáculos da concorrência ou pelo desânimo de alguma tentativa que não deu certo. Costumamos na vida dar muito mais valor àquilo que conquistamos com muita garra   Foto: Getty Images
Persista: o emprego dos seus sonhos pode não estar tão visível ou fácil de encontrar. Preencha fichas de emprego, cadastre-se pela internet, atenda às chamadas de entrevistas e facilite a vida do selecionador, encaixando o quanto antes em sua agenda o compromisso da entrevista. Não se deixe abater pelos obstáculos da concorrência ou pelo desânimo de alguma tentativa que não deu certo. Costumamos na vida dar muito mais valor àquilo que conquistamos com muita garra

Fonte Mulher - Terra