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5.30.2009
Cuidados Simples para Prevenir o Pé Diabético
O que é o Pé Diabético?
Uma das complicações crônicas do diabetes é o popularmente conhecido pé diabético. Ele ocorre mais rapidamente naquelas pessoas que não fazem um controle adequado de seus níveis de glicemia (açúcar) no sangue. Alguns cuidados simples podem prevenir tal condição e criar a possibilidade de se evitar as amputações de membros em 100% dos casos.
Pessoas que têm diabetes durante 10 ou 20 anos começam a apresentar diminuição da circulação arterial e redução da sensibilidade dolorosa e térmica nos membros, a chamada neuropatia diabética. Taxas aumentadas de glicose no sangue por longo período de tempo podem causar esta neuropatia, que é sentida como um formigamento, agulhadas, dor, dormência, queimação ou fraqueza nos membros.
Diferente do que acontece com problemas circulatórios, que dão dores na batata da perna ou nas coxas quando as pessoas se movimentam e melhoram com o repouso, os sintomas da neuropatia são piores à noite, ao deitar.
Muitos diabéticos só se dão conta do que está acontecendo quando seus pés ou pernas já apresentam feridas ou, em um estágio mais avançado, infecções no local da ferida. Mas a prevenção é o meio mais eficaz de evitar estes problemas.
O que fazer para evitar o Pé Diabético?
A observação e a higienização correta auxiliam na prevenção e diagnóstico precoce das lesões. E alguns cuidados simples podem ser tomados para evitar estes problemas.
Examine seus pés diariamente
Para facilitar este exame dos pés, use um espelho ou peça ajuda de uma pessoa querida. Procure bolhas, feridas, ferimentos, calos, frieiras, cortes, rachaduras e alterações de coloração na pele. Faça o exame sempre em um local bem iluminado, preferencialmente usando luz solar.
E em todas as consultas com seu médico, peça-o para examinar seus pés.
No banho
Mantenha seus pés limpos usando sabonete de glicerina e água morna. Nunca use água quente, pois a diminuição da sensibilidade térmica pode fazer com que você se queime. Teste a temperatura da água com o cotovelo e só depois coloque os seus pés nela.
Após o banho, seque bem os pés com uma toalha macia, sem esfregar, principalmente entre os dedos e ao redor das unhas. Nunca use secador de cabelos, aquecedores, cobertores térmicos ou lâmpadas para secar os pés. Eles podem queimá-lo sem que você perceba.
Mantenha a pele hidratada, aplicando creme ou loção hidratante. Não aplique em cortes ou ferimentos ou entre os dedos para evitar umidade. O uso de talco não é necessário, mas se você tem o costume de fazê-lo, use em pouca quantidade.
Qual meia devo usar?
As meias sem costura e sem elástico são as melhores para pessoas diabéticas, pois evitam machucados. Prefira usar meias de lã no inverno e meias de algodão no verão. Evite as meias de nylon que dificultam a transpiração e perdem rapidamente a qualidade.
Quais os cuidados que devo tomar com as minhas unhas?
Lave e seque bem seus pés e unhas antes de cortá-las.
O ideal é cortá-las com intervalo máximo de 4 semanas e lixar uma vez por semana, utilizando um cortador de unhas adequado ou uma tessoura de ponta romba.
O corte deve ser quadrado, deixando ver uma pequena parte branca. Lixe os cantos para mantê-los arredondados. Não descole a unha da base com espátulas, nem corte os cantos arredondados para evitar que sua unha encrave.
Caso você já tenha unha encravada, você precisa procurar um serviço especializado em tratamento dos pés ou um dermatologista para avaliar a necessidade de uma pequena cirurgia no local.
Só utilize os serviços de manicures e pedicures treinados e peça para que não tirem as cutículas e não corte os cantos. Informe sempre que é diabético.
Nunca corte calos ou calosidades, nem use calicidas ou abrasivos como lixas ou raladores. Procure um médico para tratar a causa do aparecimento de calosidades que podem ser devido ao uso de calçados inadequados, a presença de joanetes ou deformidades nos pés.
Caso suas unhas estejam muito grossas, com aspecto “esfarelado”, com alterações na cor ou descolando da base, procure um dermatologista pois você pode estar com micose e necessitar de um tratamento com mediações de uso oral por algumas semanas.
Quais são os cuidados gerais a serem tomados com os meus pés?
Ao se expor ao sol, utilize protetores solares, inclusive nos pés para protegê-los de queimaduras. É comum acontecerem queimaduras nos pés na praia, ao pisar em areia quente. Fique atento a este detalhe.
Evite manter as pernas cruzadas, para facilitar a circulação. Se você trabalha sentado, procure mexer os pés a cada 30 minutos.
Não use bolsas de água quente nos pés.
Evite andar descalço, mesmo dentro de casa.
Calçados. Quais os melhores?
O ideal são sapatos fechados, de couro macio, em numeração e altura adequadas e que sejam confortáveis. Os que têm piso anti-derrapante com solado rígido e seguro são uma boa opção, pois dão maior segurança para caminhar. Existem algumas lojas especializadas que oferecem calçados e palmilhas específicos para diabéticos.
Sempre que calçar um sapato, verifique o seu interior para não ferir os pés em pedras, pregos ou outros pequenos objetos. Examine os sapatos com atenção, procurando deformidades nas palmilhas ou costuras.
Evite usar sapatos sem meia
Guarde seus sapatos em ambiente arejado e lave-os sempre que necessário. Deixe secar bem antes de usá-los.
Para os exercícios físicos, você deve escolher um tênis confortável, com sistema de amortecimento de impactos. Reserve um tênis apenas para a prática de esportes.
Compre seus sapatos de preferência na parte da tarde e em dias de calor, quando seus pés vão estar mais inchados. Nunca use um sapato novo o dia inteiro. Comece usando meia hora no primeiro dia e vá aumentando 30 minutos a cada dia de uso até se adaptar ao novo calçado.
Abandone o uso de calçados que sejam desconfortáveis ou que causem bolhas ou ferimentos nos seus pés. Invista na prevenção de lesões nos pés, para evitar gastos com tratamentos futuros.
Para as mulheres, os saltos quadrados de no máximo 2 a 3 centímetros de altura e, se possível, no formato de mata-borrão. São os melhores. Evite saltos altos e bicos finos, que apertam os pés.
Sapatos de plástico ou de couro sintético aumentam a transpiração nos pés e devem ser evitados.
Chinelos de dedo ou tiras que deixam os pés desprotegidos e deformam com o uso não devem ser usados.
Cuidado com os ferimentos!
Quem tem diabetes há vários anos precisa ter em mente que a perda de sensibilidade nos membros pode levar ao aparecimento de ferimentos sem que a pessoa perceba.
Em caso de ferimentos ou acidentes nos pés ou pernas, faça um tratamento imediato. Não espere para “ver se vai melhorar”. Este tempo perdido pode gerar complicações como infecções e dificuldade de cicatrização das feridas.
Os primeiros cuidados a serem tomados são: lave o local do ferimento com água limpa e sabão neutro, cubra com gaze estéril e enfaixe sem apertar. Em seguida, procure um médico.
Não use produtos com iodo ou corantes, não use band-aid ou fita adesiva diretamente na pele.
Nunca trate os ferimentos sem orientação médica, nem tome ou aplique medicamentos ou qualquer outra sibstância por conta própria ou por orientação de amigos.
A presença de febre, vermelhidão no local da ferida, inchaço ou pus nos pés ou pernas são sintomas preocupantes. Procure imediatamente o seu médico e não interrompa o tratamento de diabetes!
Dois amigos dos seus pés
Não fumar e fazer um bom controle de seus níveis glicêmicos (açúcar no sangue) são as duas principais armas para evitar o pé diabético.
Procure ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos com regularidade, sempre com orientação do seu médico e de um nutricionista. Isto posterga o início do uso de medicamentos para tratar o diabetes e em muitos casos evita o uso de insulina para controlar a doença. O exercício também melhora a circulação arterial.
Já está comprovado que o maior número de casos de amputações de pés e pernas ocorre nos diabéticos que fumam. Como ninguém quer aumentar os seus riscos, assuma com você mesmo o compromisso de parar de fumar. Tenha força de vontade e atinja este objetivo. Caso tenha dificuldades, procure ajuda especializada.
Fontes:
American Diabetes Association
Canadian Diabetes Association
Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus
Hiperglicemia, diabetes
Nomes populares:
Sangue doce, açúcar no sangue
O que é Diabetes mellitus?
Diabetes mellitus (DM) é uma condição na qual o pâncreas deixa de produzir insulina ou as células param de responder à insulina que é produzida, fazendo com que a glicose sangüínea não seja absorvida pelas células do organismo e causando o aumento dos seus níveis na corrente sangüínea.
Existem dois tipos principais da doença. O diabetes tipo 1 (DM1) e o tipo 2 (DM2).
Diabetes mellitus tipo 1. O que é?
O DM1 é o tipo de diabetes predominante na infância e na adolescência, a idade em que ela se inicia geralmente é de 10 aos 14 anos (pico de incidência). Porém, a incidência (número de casos novos) do DM2 está aumentando nesta faixa etária nos últimos anos.
O diabetes tipo 1 resulta da destruição das células beta do pâncreas – células produtoras de insulina. Esta destruição é mediada por respostas auto-imunes celulares. Ou seja, o próprio organismo destrói suas células, levando ao aumento da glicose no sangue por déficit absoluto de produção de insulina.
As manifestações clínicas na infância e na adolescência variam desde a cetoacidose – que muitas vezes é o evento inicial da doença, até uma hiperglicemia pós-prandial. As manifestações podem ser desencadeadas pela presença de infecção ou outra condição de estresse ao organismo. Apesar de rara na apresentação inicial, a obesidade não exclui o diagnóstico de DM1.
O DM1 associa-se com relativa freqüência a outras doenças auto-imunes como tireoidite de Hashimoto, doença celíaca, doença de Graves, doença de Adison, vitiligo e anemia perniciosa. Recomenda-se investigar rotineiramente a doença auto-imune da tireóide e, se possível, também a doença celíaca nas pessoas que têm DM1, devido a sua maior prevalência (número de casos existentes de determinada doença).
Diabetes mellitus tipo 2. O que é?
O DM2 é considerado uma das grandes epidemias do século XXI e afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes, sendo o tipo mais comum.
Ocorre quando o nível de glicose (açúcar) no sangue fica muito alto. A glicose é o combustível que as células do corpo usam para obter energia. O diabetes tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina pelo pâncreas ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina que é produzida - a chamada resistência à insulina. A insulina ajuda o corpo a levar a glicose para dentro das células.
Os sintomas incluem aumento da freqüência urinária, letargia, sede excessiva e aumento do apetite – muitas vezes não acompanhado de ganho de peso.
É uma doença crônica que pode causar complicações à saúde; incluindo insuficiência renal, doenças do coração, derrame (acidente vascular cerebral) e cegueira.
Em termos mundiais, cerca de 240 milhões de indivíduos apresentam DM, com uma projeção de 366 milhões para o ano de 2030, dos quais dois terços serão habitantes de países em desenvolvimento. Infelizmente, cerca de metade das pessoas com DM desconhecem que são portadores desta condição e não podem, dessa forma, prevenir suas complicações.
No Brasil, o número estimado de portadores de DM é de aproximadamente 16 milhões de pessoas.
Pré-diabetes. O que significa este conceito?
É uma condição em que os níveis de glicose são mais altos que o normal, mas não tão altos para dar o diagnóstico de DM2 (o tipo mais freqüente). Pessoas com pré-diabetes têm maiores riscos para desenvolver diabetes tipo 2, doenças do coração e derrames (acidentes vasculares cerebrais). Uma vez cientes desta condição, podem iniciar medidas preventivas.
Quais são as causas do DM?
No DM1, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células beta do pâncreas (células produtoras de insulina). Nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue anticorpos - anticorpo anti-ilhota pancreática, anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
No DM2, ocorrem diversos mecanismos de resistência à ação da insulina. O estilo de vida moderno tem papel fundamental no desenvolvimento do diabetes, quando consiste em hábitos que levam ao acúmulo de gordura principalmente na região abdominal. Tipo de distribuição de gordura que é mais relacionado ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O que se sente?
Os sintomas do aumento da glicemia são: sede excessiva, aumento do volume urinário e do número de micções, hábito de urinar durante a noite, fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada, aumento de apetite e perda de peso.
Estes sintomas clássicos do diabetes muitas vezes passam despercebidos ou não são valorizados pelos portadores desta condição.
Estes sintomas tendem a ir se agravando e podem levar a complicações severas e agudas como a cetoacidose diabética (no DM1) e o coma hiperosmolar (no DM2), caso a doença não seja diagnosticada, nem tratada.
Os sintomas das complicações que ocorrem a longo prazo, ou seja, aquelas decorrentes da hiperglicemia mantida ao longo dos anos, envolvem alterações visuais, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas, ortopédicas e problemas cardíacos.
Como o médico faz o diagnóstico?
Além dos sintomas e sinais clássicos da doença, que podem não estar presentes precocemente, o diagnóstico laboratorial do Diabetes mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas e também pela dosagem da glicemia 2 horas após sobrecarga com glicose (glicemia 2 horas após-sobrecarga). O diagnóstico sempre deve ser confirmado com uma segunda medida.
Os parâmetros para o diagnóstico de diabetes são:
Critérios para a presença de anormalidades da tolerância à glicose, segundo a ADA-2005:
Categoria
Glicemia de Jejum
Glicemia 2h pós-sobrecarga
Normal
<100 mg/dl
<140 mg/dl
Glicemia de jejum alterada (GJA)
100-125 mg/dl
-
Tolerância à glicose diminuída (TGD)
-
140-199 mg/dl
Diabetes*
126 mg/dl
200 mg/dl
Quando ambos os exames são realizados (glicemia de jejum e TOTG de 2h), GJA ou TGD podem ser diferenciados.
*O diagnóstico de diabetes requer confirmação em uma outra coleta.
(Adaptado da American Diabetes Association - ADA 2005)
Quais os objetivos do tratamento?
O objetivo principal é manter os níveis glicêmicos o mais próximo dos valores considerados normais. Também é importante manter os níveis adequados de colesterol, controlar a pressão arterial e o peso corporal de acordo com o que se segue:
Glicemia plasmática (mg/dl)*:
Jejum: 110 ou 100 (ADA, 2004)
Pós-prandial: 140-180
Glicohemoglobina (%)*: 1% acima do limite superior do método
Colesterol (mg/dl):
Total: < 200
HDL: > 45
LDL: < 100
Triglicérides: < 150
Pressão arterial (mmHg):
Sistólica: < 130**
Diastólica: < 80**
Índice de Massa Corporal - IMC*** (kg/m²): 20-25 kg/m².
* : Quanto ao controle glicêmico, deve-se procurar atingir valores os mais próximos do normal. Como muitas vezes não é possível, aceita-se, nesses casos, valores de glicose plasmática em jejum até 126 mg/dl e pós-prandial (duas horas) até 160 mg/dl, e níveis de glicohemoglobina até um ponto percentual acima do limite superior do método utilizado. Acima desses valores, é sempre necessário realizar intervenção para melhorar o controle metabólico.
** : The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detectation, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure (JNC 7). JAMA 2003; 289:2560-72.
***: Índice de Massa Corporal – IMC. É a medida mais usada na prática para saber se uma pessoa é considerada obesa ou não. Ele é calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros.
Quais são as complicações do DM?
O desenvolvimento das complicações crônicas está relacionado ao tempo de exposição à hiperglicemia.
As complicações do diabetes são divididas em dois grupos.
O primeiro deles se refere à elevação brusca da glicose no sangue, hiperglicemia. Ela pode levar o paciente a urinar excessivamente, sentir muita sede, emagrecer, desidratar e até perder a consciência, chegando ao coma diabético, mais freqüente em pessoas com DM1.
O segundo grupo de complicações são as decorrentes da glicemia aumentada e mantida durante meses ou anos, podendo levar a alterações vasculares no coração, nos olhos (retinopatia), nos rins (nefropatia) e nos nervos (neuropatia). Essas situações acontecem, principalmente, nos pacientes com o tipo 2 do diabetes.
A doença cardiovascular é a primeira causa de mortalidade nos indivíduos com DM2, a retinopatia a principal causa de cegueira adquirida, a nefropatia uma das maiores responsáveis pelo ingresso em programas de diálise e o pé diabético importante causa de amputações de membros inferiores.
Mesmo com a glicemia controlada, existem exames que devem ser feitos periodicamente pelos diabéticos?
Caso o diabetes esteja sendo bem controlado, existem exames que podem ser feitos para monitorar as complicações do diabetes e evitar sua progressão. São eles:
Dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c): deve ser mantida sempre menor do que 7%
Exame de fundo de olho: faz a análise da retina do diabético
Dosagem da microalbuminúria: verifica a presença de pequenas quantidades de proteínas na urina que podem causar nefropatia
Aferição da pressão arterial
Lipidograma ou dosagem de colesterol
Exame dos pés: para evitar as lesões do pé diabético e amputações de membros inferiores
Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
- O que muda na minha rotina após o diagnóstico de diabetes?
- Quais as minhas chances de ter um filho com diabetes?
- Devo usar produtos light ou diet? Qual a diferença entre eles?
- Além do açúcar, existem outros alimentos que não devo usar?
- Como aplicar corretamente a insulina?
- O diabetes implica em alguma mudança na minha vida profissional?
- O que é o cálculo de contagem de carboidratos? Posso usar isso para comer doces usando insulina de ação ultra-rápida para evitar a hiperglicemia?
Fontes:
Atualização Brasileira sobre Diabetes – 2006
Consenso Brasileiro sobre Diabetes – 2002
Hiperglicemia, diabetes
Nomes populares:
Sangue doce, açúcar no sangue
O que é Diabetes mellitus?
Diabetes mellitus (DM) é uma condição na qual o pâncreas deixa de produzir insulina ou as células param de responder à insulina que é produzida, fazendo com que a glicose sangüínea não seja absorvida pelas células do organismo e causando o aumento dos seus níveis na corrente sangüínea.
Existem dois tipos principais da doença. O diabetes tipo 1 (DM1) e o tipo 2 (DM2).
Diabetes mellitus tipo 1. O que é?
O DM1 é o tipo de diabetes predominante na infância e na adolescência, a idade em que ela se inicia geralmente é de 10 aos 14 anos (pico de incidência). Porém, a incidência (número de casos novos) do DM2 está aumentando nesta faixa etária nos últimos anos.
O diabetes tipo 1 resulta da destruição das células beta do pâncreas – células produtoras de insulina. Esta destruição é mediada por respostas auto-imunes celulares. Ou seja, o próprio organismo destrói suas células, levando ao aumento da glicose no sangue por déficit absoluto de produção de insulina.
As manifestações clínicas na infância e na adolescência variam desde a cetoacidose – que muitas vezes é o evento inicial da doença, até uma hiperglicemia pós-prandial. As manifestações podem ser desencadeadas pela presença de infecção ou outra condição de estresse ao organismo. Apesar de rara na apresentação inicial, a obesidade não exclui o diagnóstico de DM1.
O DM1 associa-se com relativa freqüência a outras doenças auto-imunes como tireoidite de Hashimoto, doença celíaca, doença de Graves, doença de Adison, vitiligo e anemia perniciosa. Recomenda-se investigar rotineiramente a doença auto-imune da tireóide e, se possível, também a doença celíaca nas pessoas que têm DM1, devido a sua maior prevalência (número de casos existentes de determinada doença).
Diabetes mellitus tipo 2. O que é?
O DM2 é considerado uma das grandes epidemias do século XXI e afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes, sendo o tipo mais comum.
Ocorre quando o nível de glicose (açúcar) no sangue fica muito alto. A glicose é o combustível que as células do corpo usam para obter energia. O diabetes tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina pelo pâncreas ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina que é produzida - a chamada resistência à insulina. A insulina ajuda o corpo a levar a glicose para dentro das células.
Os sintomas incluem aumento da freqüência urinária, letargia, sede excessiva e aumento do apetite – muitas vezes não acompanhado de ganho de peso.
É uma doença crônica que pode causar complicações à saúde; incluindo insuficiência renal, doenças do coração, derrame (acidente vascular cerebral) e cegueira.
Em termos mundiais, cerca de 240 milhões de indivíduos apresentam DM, com uma projeção de 366 milhões para o ano de 2030, dos quais dois terços serão habitantes de países em desenvolvimento. Infelizmente, cerca de metade das pessoas com DM desconhecem que são portadores desta condição e não podem, dessa forma, prevenir suas complicações.
No Brasil, o número estimado de portadores de DM é de aproximadamente 16 milhões de pessoas.
Pré-diabetes. O que significa este conceito?
É uma condição em que os níveis de glicose são mais altos que o normal, mas não tão altos para dar o diagnóstico de DM2 (o tipo mais freqüente). Pessoas com pré-diabetes têm maiores riscos para desenvolver diabetes tipo 2, doenças do coração e derrames (acidentes vasculares cerebrais). Uma vez cientes desta condição, podem iniciar medidas preventivas.
Quais são as causas do DM?
No DM1, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células beta do pâncreas (células produtoras de insulina). Nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue anticorpos - anticorpo anti-ilhota pancreática, anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
No DM2, ocorrem diversos mecanismos de resistência à ação da insulina. O estilo de vida moderno tem papel fundamental no desenvolvimento do diabetes, quando consiste em hábitos que levam ao acúmulo de gordura principalmente na região abdominal. Tipo de distribuição de gordura que é mais relacionado ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O que se sente?
Os sintomas do aumento da glicemia são: sede excessiva, aumento do volume urinário e do número de micções, hábito de urinar durante a noite, fadiga, fraqueza, tonturas, visão borrada, aumento de apetite e perda de peso.
Estes sintomas clássicos do diabetes muitas vezes passam despercebidos ou não são valorizados pelos portadores desta condição.
Estes sintomas tendem a ir se agravando e podem levar a complicações severas e agudas como a cetoacidose diabética (no DM1) e o coma hiperosmolar (no DM2), caso a doença não seja diagnosticada, nem tratada.
Os sintomas das complicações que ocorrem a longo prazo, ou seja, aquelas decorrentes da hiperglicemia mantida ao longo dos anos, envolvem alterações visuais, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas, ortopédicas e problemas cardíacos.
Como o médico faz o diagnóstico?
Além dos sintomas e sinais clássicos da doença, que podem não estar presentes precocemente, o diagnóstico laboratorial do Diabetes mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas e também pela dosagem da glicemia 2 horas após sobrecarga com glicose (glicemia 2 horas após-sobrecarga). O diagnóstico sempre deve ser confirmado com uma segunda medida.
Os parâmetros para o diagnóstico de diabetes são:
Critérios para a presença de anormalidades da tolerância à glicose, segundo a ADA-2005:
Categoria
Glicemia de Jejum
Glicemia 2h pós-sobrecarga
Normal
<100 mg/dl
<140 mg/dl
Glicemia de jejum alterada (GJA)
100-125 mg/dl
-
Tolerância à glicose diminuída (TGD)
-
140-199 mg/dl
Diabetes*
126 mg/dl
200 mg/dl
Quando ambos os exames são realizados (glicemia de jejum e TOTG de 2h), GJA ou TGD podem ser diferenciados.
*O diagnóstico de diabetes requer confirmação em uma outra coleta.
(Adaptado da American Diabetes Association - ADA 2005)
Quais os objetivos do tratamento?
O objetivo principal é manter os níveis glicêmicos o mais próximo dos valores considerados normais. Também é importante manter os níveis adequados de colesterol, controlar a pressão arterial e o peso corporal de acordo com o que se segue:
Glicemia plasmática (mg/dl)*:
Jejum: 110 ou 100 (ADA, 2004)
Pós-prandial: 140-180
Glicohemoglobina (%)*: 1% acima do limite superior do método
Colesterol (mg/dl):
Total: < 200
HDL: > 45
LDL: < 100
Triglicérides: < 150
Pressão arterial (mmHg):
Sistólica: < 130**
Diastólica: < 80**
Índice de Massa Corporal - IMC*** (kg/m²): 20-25 kg/m².
* : Quanto ao controle glicêmico, deve-se procurar atingir valores os mais próximos do normal. Como muitas vezes não é possível, aceita-se, nesses casos, valores de glicose plasmática em jejum até 126 mg/dl e pós-prandial (duas horas) até 160 mg/dl, e níveis de glicohemoglobina até um ponto percentual acima do limite superior do método utilizado. Acima desses valores, é sempre necessário realizar intervenção para melhorar o controle metabólico.
** : The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detectation, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure (JNC 7). JAMA 2003; 289:2560-72.
***: Índice de Massa Corporal – IMC. É a medida mais usada na prática para saber se uma pessoa é considerada obesa ou não. Ele é calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros.
Quais são as complicações do DM?
O desenvolvimento das complicações crônicas está relacionado ao tempo de exposição à hiperglicemia.
As complicações do diabetes são divididas em dois grupos.
O primeiro deles se refere à elevação brusca da glicose no sangue, hiperglicemia. Ela pode levar o paciente a urinar excessivamente, sentir muita sede, emagrecer, desidratar e até perder a consciência, chegando ao coma diabético, mais freqüente em pessoas com DM1.
O segundo grupo de complicações são as decorrentes da glicemia aumentada e mantida durante meses ou anos, podendo levar a alterações vasculares no coração, nos olhos (retinopatia), nos rins (nefropatia) e nos nervos (neuropatia). Essas situações acontecem, principalmente, nos pacientes com o tipo 2 do diabetes.
A doença cardiovascular é a primeira causa de mortalidade nos indivíduos com DM2, a retinopatia a principal causa de cegueira adquirida, a nefropatia uma das maiores responsáveis pelo ingresso em programas de diálise e o pé diabético importante causa de amputações de membros inferiores.
Mesmo com a glicemia controlada, existem exames que devem ser feitos periodicamente pelos diabéticos?
Caso o diabetes esteja sendo bem controlado, existem exames que podem ser feitos para monitorar as complicações do diabetes e evitar sua progressão. São eles:
Dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c): deve ser mantida sempre menor do que 7%
Exame de fundo de olho: faz a análise da retina do diabético
Dosagem da microalbuminúria: verifica a presença de pequenas quantidades de proteínas na urina que podem causar nefropatia
Aferição da pressão arterial
Lipidograma ou dosagem de colesterol
Exame dos pés: para evitar as lesões do pé diabético e amputações de membros inferiores
Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
- O que muda na minha rotina após o diagnóstico de diabetes?
- Quais as minhas chances de ter um filho com diabetes?
- Devo usar produtos light ou diet? Qual a diferença entre eles?
- Além do açúcar, existem outros alimentos que não devo usar?
- Como aplicar corretamente a insulina?
- O diabetes implica em alguma mudança na minha vida profissional?
- O que é o cálculo de contagem de carboidratos? Posso usar isso para comer doces usando insulina de ação ultra-rápida para evitar a hiperglicemia?
Fontes:
Atualização Brasileira sobre Diabetes – 2006
Consenso Brasileiro sobre Diabetes – 2002
Diabetes tipo 1 dobrará em crianças europeias com menos de 5 anos em 2020, segundo artigo do The Lancet
No estudo publicado este mês na revista The Lancet, foram avaliados os dados de crianças de 20 centros de diabetes em 17 países europeus durante o período de 1989 a 2003 e realizadas projeções para 2005, 2010, 2015 e 2020.
O aumento anual total observado foi de 3,9% e o aumento por grupo de idade foi de 5,4%, 4,3% e 2,9% para os grupos entre 0-4 anos, 5-9 anos e 10-14 anos, respectivamente. O número de novos casos estimados para 2005 foi de 15.000, divididos entre 0-4 anos, 5-9 anos e 10-14 anos e uma taxa de 24%, 35% e 41%, respectivamente.
Em 2020, o número de novos casos previstos é de 24.400 com a duplicação do número de casos em crianças com menos de 5 anos de idade e uma distribuição mais uniforme entre os grupos etários do que o observado no presente (29%, 37% e 34%, respectivamente). A previsão da prevalência da doença abaixo de 15 anos é aumentar dos 94.000 em 2005 para 160.000 em 2020.
As conclusões do estudo mostram que, se a tendência continuar a mesma, o número de casos de diabetes tipo 1 irá duplicar nas crianças abaixo de 5 anos entre 2005 e 2020e a prevalência dos casos abaixo de 15 anos vai aumentar 70%.
Os especialistas advertem que isto pode levar a um maior número de crianças hospitalizadas por complicações do diabetes tipo 1 como cegueira, problemas cardíacos e amputações de membros.
Fonte: The Lancet de 28 de maio de 2009
INDICAÇÕES: ZOLADEX
INDICAÇÕES: ZOLADEX 3,6 mg é indicado para:
- Controle de câncer prostático passível de manipulação hormonal.
- Controle de câncer de mama passível de manipulação hormonal, em mulheres em pré e perimenopausa.
- Controle da endometriose, aliviando os sintomas, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões endometriais.
- Controle de leiomioma uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sangüínea intra-operatória.
- Diminuição da espessura do endométrio, utilizado antes da ablação endometrial.
- Fertilização assistida: bloqueio hipofisário na preparação para a superovulação.
ZOLADEX LA 10,8 mg é indicado para:
- Controle de câncer prostático passível de manipulação hormonal.
- Controle da endometriose, aliviando os sintomas, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões endometriais.
- Controle de leiomioma uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sangüínea intra-operatória.
Não a automedicação.
- Controle de câncer prostático passível de manipulação hormonal.
- Controle de câncer de mama passível de manipulação hormonal, em mulheres em pré e perimenopausa.
- Controle da endometriose, aliviando os sintomas, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões endometriais.
- Controle de leiomioma uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sangüínea intra-operatória.
- Diminuição da espessura do endométrio, utilizado antes da ablação endometrial.
- Fertilização assistida: bloqueio hipofisário na preparação para a superovulação.
ZOLADEX LA 10,8 mg é indicado para:
- Controle de câncer prostático passível de manipulação hormonal.
- Controle da endometriose, aliviando os sintomas, inclusive a dor, e reduzindo o tamanho e o número das lesões endometriais.
- Controle de leiomioma uterino, reduzindo o seu volume na maioria dos casos, melhorando o estado hematológico da paciente e reduzindo os sintomas, inclusive a dor. É utilizado previamente à cirurgia para facilitar as técnicas operatórias e reduzir a perda sangüínea intra-operatória.
Não a automedicação.
Qualidade de vida
Kenny trabalhava numa importante corretora, conduzia um carro de luxo importado e possuía um apartamento no último andar de um edifício numa área nobre de uma grande cidade. Uma vida plena e satisfatória? De acordo com o The Wall Street Journal, ele disse: “Já cheguei aos 45 anos e não tenho nenhuma perspectiva de um futuro feliz . . . Minha vida é vazia.”
Em TODO o mundo, parece que muitas pessoas acreditam que o segredo da felicidade é ter um carro de luxo, uma conta bancária recheada, uma carreira de prestígio, uma casa grande e as últimas novidades electrónicas. Mas será que a felicidade depende mesmo dessas coisas materiais?
Tem havido “um grande aumento nas pesquisas sobre felicidade, optimismo, sentimentos positivos e qualidades que promovem a saúde”, diz uma reportagem especial na revista Time. Muitos ficam surpresos com os resultados desses estudos. As evidências mostram coerentemente que as pessoas que se deixam levar pela ideia de que o dinheiro, a fama ou a beleza as farão felizes enganam-se si mesmas. Na realidade, elas baseiam-se em algo que pode ser prejudicial para sua saúde mental e até mesmo levar à depressão.
Muitas pessoas nos Estados Unidos são mais ricas do que nunca. “Mas isso não significa que somos mais felizes”, diz a Time. É claro que se pode dizer o mesmo sobre as pessoas em outros países.
O número de pessoas infelizes também tem aumentado bastante na China, apesar do crescimento rápido da economia. O periódico trimestral Access Asia diz que o suicídio naquele país tem se tornado “a principal causa de morte entre pessoas de 15 a 34 anos de idade”. Parece que um factor por trás dessa tendência é a pressão exercida sobre os jovens para serem bem-sucedidos num mundo hostil e exigente.
É óbvio que a prosperidade material não diminui a ansiedade e o stress; pelo contrário, faz com que aumentem. “Hoje em dia, nosso próprio estilo de vida tornou-se a principal causa de instabilidade mental e emocional”, concluiu um estudo universitário. De acordo com o analista de tendências sociais Van Wishard, “cada vez mais, os planos de saúde pagos pelas empresas cobrem problemas de ordem psicológica e emocional”.
Até as crianças são afectadas pelas rápidas mudanças no mundo. Hoje em dia existem livros para crianças de 8 anos, que dão conselhos sobre “como elas podem identificar os sintomas do stress e lidar com ele”, diz Wishard. Segundo um boletim informativo sobre depressão, o número de casos diagnosticados entre crianças em muitos países ocidentais está a aumentar a uma impressionante taxa de 23% ao ano. Além disso, “no mercado de antidepressivos, crescem cada vez mais as vendas para crianças em idade pré-escolar”.
O medo também está a aumentar — e não apenas por causa das incertezas económicas. Com o crescente extremismo religioso e político, muitas pessoas tremem só de pensar nas coisas terríveis que podem acontecer no futuro.
Há uns 2 mil anos, Jesus Cristo ensinou um modo de vida diferente, que traz alívio e reduz o stress. A essência de seu ensino é uma verdade simples, mas profunda. Ele disse: “Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual.” (Mateus 5:3) De fato, Jesus incentivou seus ouvintes a dar prioridade à maior necessidade humana — saber a verdade espiritual sobre o nosso Criador e seu propósito para connosco.
O ponto de vista correcto sobre o dinheiro:
Jesus disse: “Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui.” (Lucas 12:15) De fato, seu verdadeiro valor como pessoa, não tem nada a ver com o saldo da sua conta bancária. Na realidade, a busca de riquezas muitas vezes aumenta as ansiedades, que tiram a nossa alegria e roubam tempo para objectivos mais importantes..
De acordo com Richard Ryan, professor de psicologia nos Estados Unidos, quanto mais satisfação as pessoas buscam nas coisas materiais, menos a encontram. O escritor bíblico Salomão disse isso da seguinte maneira: “Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico nunca terá tudo o que quer.” (Eclesiastes 5:10, Bíblia na Linguagem de Hoje)
A Bíblia incentiva-nos a trabalhar arduamente e a alegrarmo-nos com os frutos do nosso trabalho. (Eclesiastes 3:12, 13) Isso aumenta a nossa auto-estima — outro ingrediente vital para a felicidade. Podemos também alegrar-nos com alguns prazeres saudáveis da vida. Mas há diferença entre se alegrar com algumas coisas que o dinheiro proporciona e fazer da busca de riquezas a coisa mais importante na vida
Seja generoso e grato:
Em vez de pensar só em si mesmas, as pessoas felizes geralmente são generosas e interessam-se pelos outros. “Há mais felicidade em dar do que há em receber”, disse Jesus. (Atos 20:35) Além de dar em sentido material, podemos dar de nosso tempo e energia, o que talvez tenha ainda mais valor, principalmente na família. Maridos e esposas precisam passar tempo juntos para manter seu casamento forte e feliz, e os pais precisam reservar bastante tempo para conversar com os filhos, dar-lhes carinho e ensiná-los. Quando os membros da família dão nesse sentido, eles são bem-sucedidos e seu lar torna-se um lugar onde há felicidade.
Por outro lado, ‘mostra-se grato’ quando outros lhe dão algo — seja seu tempo e energia, seja outra coisa? (Colossenses 3:15) Mostrar gratidão pode fazer muita diferença no nosso relacionamento com outros e aumentar muito nossa alegria.
Se formos gratos, conseguiremos ver melhor as boas coisas que acontecem connosco. Numa experiência controlada, uma pesquisadora da Universidade da Califórnia, em Riverside, EUA, pediu a algumas pessoas que fizessem um “diário da gratidão” — um registo das coisas pelas quais eram gratas. Não é de admirar que, num período de seis semanas, os que fizeram parte da experiência estavam mais satisfeitos com a vida.
Que lição tiramos disso? Que temos de aprender a ver o lado bom da vida, não importa qual seja a nossa situação. Na realidade, é isso o que a Bíblia nos incentiva a fazer, quando diz: “Estai sempre alegres. Dai graças em conexão com tudo.” (1 Tessalonicenses 5:16, 18) É claro que isso exige fazer um esforço consciente para nos lembrar das coisas boas que temos.
Fonte: Time
Em TODO o mundo, parece que muitas pessoas acreditam que o segredo da felicidade é ter um carro de luxo, uma conta bancária recheada, uma carreira de prestígio, uma casa grande e as últimas novidades electrónicas. Mas será que a felicidade depende mesmo dessas coisas materiais?
Tem havido “um grande aumento nas pesquisas sobre felicidade, optimismo, sentimentos positivos e qualidades que promovem a saúde”, diz uma reportagem especial na revista Time. Muitos ficam surpresos com os resultados desses estudos. As evidências mostram coerentemente que as pessoas que se deixam levar pela ideia de que o dinheiro, a fama ou a beleza as farão felizes enganam-se si mesmas. Na realidade, elas baseiam-se em algo que pode ser prejudicial para sua saúde mental e até mesmo levar à depressão.
Muitas pessoas nos Estados Unidos são mais ricas do que nunca. “Mas isso não significa que somos mais felizes”, diz a Time. É claro que se pode dizer o mesmo sobre as pessoas em outros países.
O número de pessoas infelizes também tem aumentado bastante na China, apesar do crescimento rápido da economia. O periódico trimestral Access Asia diz que o suicídio naquele país tem se tornado “a principal causa de morte entre pessoas de 15 a 34 anos de idade”. Parece que um factor por trás dessa tendência é a pressão exercida sobre os jovens para serem bem-sucedidos num mundo hostil e exigente.
É óbvio que a prosperidade material não diminui a ansiedade e o stress; pelo contrário, faz com que aumentem. “Hoje em dia, nosso próprio estilo de vida tornou-se a principal causa de instabilidade mental e emocional”, concluiu um estudo universitário. De acordo com o analista de tendências sociais Van Wishard, “cada vez mais, os planos de saúde pagos pelas empresas cobrem problemas de ordem psicológica e emocional”.
Até as crianças são afectadas pelas rápidas mudanças no mundo. Hoje em dia existem livros para crianças de 8 anos, que dão conselhos sobre “como elas podem identificar os sintomas do stress e lidar com ele”, diz Wishard. Segundo um boletim informativo sobre depressão, o número de casos diagnosticados entre crianças em muitos países ocidentais está a aumentar a uma impressionante taxa de 23% ao ano. Além disso, “no mercado de antidepressivos, crescem cada vez mais as vendas para crianças em idade pré-escolar”.
O medo também está a aumentar — e não apenas por causa das incertezas económicas. Com o crescente extremismo religioso e político, muitas pessoas tremem só de pensar nas coisas terríveis que podem acontecer no futuro.
Há uns 2 mil anos, Jesus Cristo ensinou um modo de vida diferente, que traz alívio e reduz o stress. A essência de seu ensino é uma verdade simples, mas profunda. Ele disse: “Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual.” (Mateus 5:3) De fato, Jesus incentivou seus ouvintes a dar prioridade à maior necessidade humana — saber a verdade espiritual sobre o nosso Criador e seu propósito para connosco.
O ponto de vista correcto sobre o dinheiro:
Jesus disse: “Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui.” (Lucas 12:15) De fato, seu verdadeiro valor como pessoa, não tem nada a ver com o saldo da sua conta bancária. Na realidade, a busca de riquezas muitas vezes aumenta as ansiedades, que tiram a nossa alegria e roubam tempo para objectivos mais importantes..
De acordo com Richard Ryan, professor de psicologia nos Estados Unidos, quanto mais satisfação as pessoas buscam nas coisas materiais, menos a encontram. O escritor bíblico Salomão disse isso da seguinte maneira: “Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico nunca terá tudo o que quer.” (Eclesiastes 5:10, Bíblia na Linguagem de Hoje)
A Bíblia incentiva-nos a trabalhar arduamente e a alegrarmo-nos com os frutos do nosso trabalho. (Eclesiastes 3:12, 13) Isso aumenta a nossa auto-estima — outro ingrediente vital para a felicidade. Podemos também alegrar-nos com alguns prazeres saudáveis da vida. Mas há diferença entre se alegrar com algumas coisas que o dinheiro proporciona e fazer da busca de riquezas a coisa mais importante na vida
Seja generoso e grato:
Em vez de pensar só em si mesmas, as pessoas felizes geralmente são generosas e interessam-se pelos outros. “Há mais felicidade em dar do que há em receber”, disse Jesus. (Atos 20:35) Além de dar em sentido material, podemos dar de nosso tempo e energia, o que talvez tenha ainda mais valor, principalmente na família. Maridos e esposas precisam passar tempo juntos para manter seu casamento forte e feliz, e os pais precisam reservar bastante tempo para conversar com os filhos, dar-lhes carinho e ensiná-los. Quando os membros da família dão nesse sentido, eles são bem-sucedidos e seu lar torna-se um lugar onde há felicidade.
Por outro lado, ‘mostra-se grato’ quando outros lhe dão algo — seja seu tempo e energia, seja outra coisa? (Colossenses 3:15) Mostrar gratidão pode fazer muita diferença no nosso relacionamento com outros e aumentar muito nossa alegria.
Se formos gratos, conseguiremos ver melhor as boas coisas que acontecem connosco. Numa experiência controlada, uma pesquisadora da Universidade da Califórnia, em Riverside, EUA, pediu a algumas pessoas que fizessem um “diário da gratidão” — um registo das coisas pelas quais eram gratas. Não é de admirar que, num período de seis semanas, os que fizeram parte da experiência estavam mais satisfeitos com a vida.
Que lição tiramos disso? Que temos de aprender a ver o lado bom da vida, não importa qual seja a nossa situação. Na realidade, é isso o que a Bíblia nos incentiva a fazer, quando diz: “Estai sempre alegres. Dai graças em conexão com tudo.” (1 Tessalonicenses 5:16, 18) É claro que isso exige fazer um esforço consciente para nos lembrar das coisas boas que temos.
Fonte: Time
Para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual
Para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual
As universidades de Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 conselhos saudáveis
1- um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C.
2- salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).
3- trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral que tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.
4- mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.
5- adotar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da comida que ia ingerir evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
6- o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.
7- fazer refeições coloridas como o arco-íris. Comer uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
8- comer pizza. Mas escolha as de massa fininha. O Licopene, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza.
9- limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente. As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças quando devem ser mantidas separadas de outras escovas.
10- realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória... Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos.
11- usar fio dental e não mastigar chicletes. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo.
12- rir. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.
13- não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer.
14- ligar para seus parentes/pais de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.
15- desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.
16- ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourados pode causar um bom resultado.
17- colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche. Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School.
18- reorganizar a geladeira. As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo.
19- comer como um passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:
-comer chocolate. Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.
- pensar positivamente. Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que ademais pegam gripes e resfriados mais facilmente.
- ser sociável. Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.
- conhecer a si mesmo. Aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo.
Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos...
É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:
'Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável'!
Fonte: Internet
5.29.2009
Labirintite
Não existe um tratamento "adequado" para labirintite.
Existe um tratamento adequado para a pessoa que apresenta certos sintomas que podem ser labirintite. Para se chegar ao tratamento mais adequado é preciso consultar um profissional de saúde, ser examinado e, se for necessário, fazer exames, pois existem várias causas de labirintite. Ai sim, descobrindo-se a causa se poderá tentar um tratamento.
O que fazer enquanto não consulta: Evite os maus hábitos. O cigarro, o álcool e o excesso de cafeína podem influenciar negativamente na tontura e no zumbido;
faça exercícios físicos.
Está cientificamente provado que o exercício bem indicado melhora os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, diminui o risco de doenças cardíacas, previne a obesidade e fortalece a musculatura.
Evita problemas metabólicos e, portanto, a tontura. A caminhada é a melhor opção; fracione a sua dieta. Procure alimentar-se a cada três horas, evitando grandes quantidades de comida. O excesso de sal e açúcar não são recomendados. Abuse das frutas, legumes, leite e verduras; tome muito líquido.
São recomendados dois litros de água por dia. A maior filtração renal elimina as toxinas acumuladas pelo organismo; RELAXE.
O stress piora qualquer condição orgânica, inclusive a tontura. Procure ter alguns momentos reservados para o seu lazer.
Labirintite é uma desordem do equilíbrio, geralmente seguinte a uma infecção no trato respiratório superior.
Como o nome sugere, a labirintite é um processo inflamatório que afeta os labirintos, os quais abrigam o sistema vestibular no ouvido interno.
Sintomas
Desequilíbrio algumas vezes movimentos involuntários dos olhos. É comum a perda de audição no ouvido afetado. Também são comuns náusea, ansiedade e sensação de mal estar devido aos sinais de equilíbrio distorcidos que o cérebro recebe do ouvido. E principalmente leve tontura com o sentimento de cabeça leve.
Causas
A labirintite pode ser causada por um vírus, infecção por bactéria, lesão na cabeça, alergia ou reação a um determinado medicamento. Tanto a labirintite viral como bacteriana pode causar perda de audição permanente, embora isso seja raro.
Muitas vezes, a causa da labirintite é uma cinetose, caracterizada por perturbações do equilíbrio causadas por movimentação.
Labirintite e ansiedade
Ansiedade crônica é um efeito colateral comum da labirintite, o qual pode produzir tremores, palpitações do coração, ataques de pânico e depressão. Geralmente o ataque de pânico é um dos primeiros sintomas que ocorrem quando a labirintite começa.
A pessoa consegue manter o equilíbrio porque seu cérebro recebe um conjunto de informações que processa para definir qual é a posição dela no espaço. Quais são essas informações? São informações táteis, essas percebidas pela pele e que chegam através dos músculos e articulações, as óticas (por isso quando fechamos os olhos podemos perder a noção do equilíbrio) e as auditivas que vêm através dos sons.Para entender melhor o que é labirintite, uma doença que pode comprometer o equilíbrio, é preciso conhecer um pouco a anatomia do ouvido interno, atrás da membrana do tímpano. Ele é constituído pela cóclea, uma estrutura enovelada semelhante a um caracol que contém as terminações do nervo auditivo, e por três canais semicirculares. Logo abaixo deles está o vestíbulo. Todas as células que revestem essas estruturas têm a característica de receber as ondas sonoras que fazem vibrar o tímpano e, identificando essas vibrações, transformá-las em estímulo nervoso, em sinal elétrico que através do nervo auditivo alcança o cérebro onde são decodificados os impulsos recebidos.Quando essas estruturas sofrem processos inflamatórios, infecciosos, destruições ou compressões mecânicas podem provocar os sintomas próprios da labirintite.
Sintomas
A labirintite é uma doença que pode acometer tanto o equilíbrio quanto a parte auditiva. Os órgãos responsáveis pelo equilíbrio e pela audição estão situados dentro do ouvido interno e se comunicam com o sistema nervoso central através dos nervos da audição e do nervo vestibular. Doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais e mesmo alterações genéticas podem ocasionar alterações nessas estruturas anatômicas. Essas patologias podem provocar sintomas como vertigem e tonturas.
Dúvidas freqüentes:
Qual é a diferença entre vertigem e tontura? Vertigem vem do latim “vertere” e quer dizer rodar. A definição clássica de vertigem é alucinação do movimento. Tontura admite outras definições. O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
Quais sintomas diferenciam a crise de labirintite da tontura comum que a pessoa sente porque se alimentou mal, por exemplo?
Na vertigem, o indivíduo vê os objetos do ambiente rodarem ao seu redor ou seu corpo rodar em relação ao ambiente. Pode parecer a mesma coisa, mas não é. São duas manifestações diferentes. Uma é subjetiva e a outra, objetiva. Esses sintomas, associados ou não a náuseas, vômitos, sudorese caracterizam a crise labiríntica típica. Sentir-se mal e ter a sensação de desmaio podem ser sintomas de hipoglicemia, de hipotensão ou de uma síncope e nada têm a ver com o labirinto. É o caso do indivíduo que vai à igreja sem comer, fica sentado muito tempo na mesma posição, tem uma queda nos níveis de açúcar e sente-se mal, com náusea.
Além de sentir as coisas girarem, que outras características tem a labirintite?
Além da vertigem, a labirintite pode apresentar manifestações neurovegetativas, ou seja, na fase aguda a doença pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, sudorese e até por alterações gastrintestinais. Ela pode também estar associada a manifestações auditivas, como perda de audição, sensação de plenitude auditiva (sensação de ouvido cheio ou tapado), zumbido. Trata-se de manifestações audiovestibulares que podem acompanhar a crise de vertigem, embora nem isso nem o inverso sempre aconteçam.No entanto, existem quadros completos que ocorrem, por exemplo, na Síndrome de Ménière, uma doença comum cujas principais características são crise vertiginosa acompanhada de surdez flutuante, zumbido e alterações neurovegetativas, como náuseas, vômitos, mal-estar e diarréia, que impedem o paciente de locomover-se, de movimentar-se.
Labirintite em criança existe, mas é pouco freqüente. ual a relação entre labirintite e idade?
A labirintite incide mais na idade adulta a partir dos 40 ou 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vasculares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, alterações essas que diminuem a quantidade de sangue nas áreas do cérebro e do labirinto.
Como agem os medicamentos usados para tratar labirintite?
Há vários tipos de medicamentos. Há os vasodilatadores que facilitam a circulação sangüínea porque melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido pelas placas de ateromas. Existem os labirinto-supressores, drogas que suprimem a tontura através de sua ação no sistema nervoso. Existem, ainda, aqueles que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito e o mal-estar.
Sem tratamento, quanto tempo a crise costuma durar?
Depende do tipo da doença. A fase aguda pode durar de minutos ou horas a dias conforme a intensidade da crise. Geralmente na doença de Ménière, caracterizada por vertigem com náuseas, vômitos, perda auditiva e zumbido, é necessário sedar o paciente, porque na maior parte das vezes a crise é desencadeada pelo estresse. Nesse caso, elas podem ser mensais, anuais ou desaparecerem por dois ou três anos.
As crises podem ter alguma relação com a prática de exercícios físicos?
O exercício físico provoca um desgaste, pois queima muitas calorias. Se a pessoa fizer exercício sem um preparo prévio adequado, por exemplo, sem ingerir alimentos que mantenham a taxa de glicose no sangue em bom nível, em decorrência da hipoglicemia pode ter queda de pressão, alterações no sistema vestibular, tontura, mal-estar e desequilíbrio.
A pessoa que tem crises com determinada freqüência, além de tomar remédios, o que deve fazer para evitá-las?
Geralmente a pessoa sabe quais são os fatores que desencadeiam suas crises. Ela se mantém em equilíbrio por informações que partem do labirinto e vão para o cérebro. São informações visuais, táteis ou que partem de seus músculos e articulações. Quando ocorre uma informação errada no cérebro, o indivíduo tem tontura, tem vertigem. Às vezes, são fatores visuais. Há pacientes que não podem ver objetos em movimento, nem mesmo a movimentação das imagens na televisão ou na tela do computador.
A recuperação de labirintite aguda geralmente leva de 1 a 6 semanas, porém não é incomum que sintomas residuais (desequilíbrio e/ou tontura) permaneçam por muitos meses ou até anos.
É importante tratar qualquer desordem de ansiedade e/ou depressão tão logo possível para permitir ao cérebro compensar qualquer dano vestibular.
Ansiedade aguda pode ser tratada a curto prazo com benzodiazepinos, como diazepam, porém o uso a longo prazo não é recomendado por causa da característica desses medicamentos de criar dependência.
Evidência sugere que Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina podem ser mais eficientes no tratamento de labirintite. Eles agem aliviando os sintomas de ansiedade e podem estimular novos crescimentos neurais dentro do ouvido interno. Alguma evidência sugere que labirintite viral deve ser tratada o mais cedo possível com corticosteróides, e possivelmente medicação antiviral, para prevenir danos permanentes ao ouvido interno.
Alguns casos de labirintite podem ser confundidos com outras doenças de sintomas parecidos, como cinetose.
Terapia de reabilitação vestibular é uma forma de eliminar ou reduzir a tontura residual decorrente da labirintite. Ela funciona ao fazer com que o cérebro utilize mecanismos neurais já existentes.
Fontes:
-Wikipédia
-orientaçõesmedicas
Choque anafilático
Anafilaxia
Anafilaxia (ou anafilaxis) é uma reação alérgica sistémica, severa e rápida, a uma determinada substância, chamada alergénico ou alérgeno, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação sanguínea, acompanhada ou não de edema de glote.
A reacção anafiláctica pode ser provocada por quantidades minúsculas da substância alergénica.
O tipo mais grave de anafilaxia — o choque anafiláctico — termina geralmente em morte caso não seja tratado.
Índice
1 Ação imediata
2 Sintomas
3 Causas
4 Tratamento
Ação imediata
O chamado choque anafilático é uma emergência médica em que há risco de morte, por causa da rápida constrição das vias aéreas, que muitas vezes ocorre em questão de minutos após o início do quadro. Buscar ajuda médica imediata pode salvar preciosos minutos.
Os primeiros socorros adequados ao choque anafilático consistem em obter cuidado médico avançado imediatamente.
A ventilação assistida (uma habilidade que é parte dos procedimentos de ressuscitação cardiopulmonar) é frequentemente ineficaz, mas deve ser tentada se a vítima pára de respirar. Pode ser que o paciente tenha tido outro episódio anterior, pelo que deve ser checado se ele está com um recipiente com epinefrina (adrenalina) para ser administrado por um leigo. A administração repetitiva de epinefrina só é perigosa se feita em rápida sucessão.
A frequência cardíaca pode causar taquicardia, e eventualmente assim será indicada, por representar um risco menor ao paciente.
Sintomas
Os sintomas podem incluir estresse respiratório, hipotensão (baixa pressão sanguínia), desmaio, coma, urticária, angioedema (inchaço da face, pescoço e garganta) e coceira. Os sintomas estão relacionados à ação da imunoglobulina e da anafilatoxina, que agem para liberar histamina e outras substâncias mediadoras de degranulação. A histamina induz à vasodilatação e a broncoespasmo (constrição das vias aéreas), entre outros efeitos.
Causas
Os agentes causadores mais comuns são:
Comidas (exemplos: nozes, amendoim, peixes, mariscos e frutos do mar em geral, leite e ovos);
Medicamentos (exemplos: penicilina, AAS e similares como ibuprofeno e diclofenac);
Latex;
Picadas de Hymenoptera (abelha, vespa e também algumas formigas)
Exercícios físicos
Transfusão com incompatibilidade podem causar um quadro clínico semelhante.
Tratamento
Tratamento paramédico deve incluir a injeção de epinefrina, administração de oxigênio e, se necessária, entubação durante o transporte até um hospital. Se há angioedema profuso, uma traqueostomia de emergência pode ser requerida para manter a oxigenação.
O tratamento clínico da anafilaxia por um médico e no hospital objetiva tratar a reação de hipersensibilidade celular, tanto quanto os sintomas.
Drogas antihistamínicas (que inibem os efeitos da histamina nos receptores desta substância) são frequentemente requeridas. A hipotensão é tratada com fluidos intravenosos e às vezes com drogas vasoconstritoras.
Para o broncoespasmo, drogas broncodilatadoras são utilizadas.
Em casos graves, tratamento imediato com epinefrina pode ser essencial para salvar a vida do paciente. Cuidados de suporte com ventilação mecânica também podem ser requeridos imediatamente.
Algumas pessoas sofrem reação alérgica a medicações como penicilina, certos alimentos como frutos do mar e às toxinas transmitidas por picadas de insetos ou mordidas de animais.
Se esta reação for muito forte, dependendo da gravidade, pode causar o choque anafilático que pode levar a pessoa à morte se não for detectado a tempo.
Observe se a pessoa apresenta algum desses sintomas:
- Forte inchaço em todo o corpo, principalmente em volta dos olhos, lábios, língua e membros;
- Erupção (grosseiro) generalizada na pele do corpo; - Coceira pelo corpo; - Respiração ofegante e tosse;
- Fraqueza, tonturas, desmaio e inconsciência; - Tom azulado na pele;
Na presença de algum desses sintomas, procure imediatamente um Pronto Socorro.
O tratamento inclui a aplicação de medicações que diminuem o efeito alérgico das toxinas.
Em caso de edema de glote (inchaço na garganta, impedindo a respiração), é necessária a realização de uma cirurgia de traqueostomia (corte na região do pescoço para que a pessoa possa conseguir respirar) imediatamente.
Choque Anafilático
É a principal causa de morte por alergia.
O choque anafilático é uma reação imediata resultante da dilatação súbita da microcirculação sanguínea pela ação da histamina. Com a vasodilatação, há queda de pressão arterial, deficiência de irrigação cerebral, perda da consciência, coma e morte. Esta cadeia de eventos pode ser evitada pela aplicação de medicação de emergência. Nas formas mais discretas do choque, o próprio organismo pode compensar a falência circulatória.
Sintomas do choque anafilático:
Sensação de mal estar, transpiração, palidez
Tosse seca, falta de ar
Sudorese abundante
Coceira generalizada
Náuseas, vômitos, dor abdominal
Diminuição da Pressão
Perda dos sentidos
Principais causas de reação anafilática:
- Antibióticos: penicilina, estreptomicina e cefalosporinas.
- Venenos: abelhas, vespas, marimbondos, formigas e cobras.
- Látex: derivado da borracha natural encontrado em luvas, camisinhas, etc - - Anestésicos locais: procaína, tetracaína, benzocaína e xilocaína.
- Vitaminas: B1 e B12.
- Hormônios: insulina e ACTH.
- Soros heterólogos: antitetânicos e antidiftéricos.
Reações anafiláticas menos intensas podem ser causadas por outras causas, como por exemplo alimentos (camarão). Estas reações em geral não são graves, manifestando-se por mal estar, tonteira, urticária súbita, surgindo imediatamente após uso destas substâncias.
Reação Anafilactóide
Tem os mesmos sintomas da reação anafilática, mas o mecanismo não é alérgico. Neste caso, a libareção da histamina ocorre por mecanismos não-imunológicos. O exemplo mais característico é a reação após uso de contrastes iodados.
Como controlar o choque anafilático
O tratamento é realizado através de medidas profiláticas (evitando os alérgenos) e medidas de urgência a serem aplicadas logo que o quadro se inicia.
A adrenalina (epinefrina) é o único medicamento de emergência capaz de salvar a vida de uma pessoa em choque anafilático e deve ser aplicada imediatamente. É encontrada em forma de ampolas ou na forma de “kit” auto-injetável.
Converse com seu médico alergista para que ele o oriente.
Fontes:
-Conheça sua Alergia
-Wikipédia
-orientaçõesmedicas
Câimbras
Câimbras são caracterizadas por contrações musculares involuntárias, acompanhadas de fortes dores. Ocorrem principalmente nos braços e pernas. As mais freqüentes são as câimbras nas panturrilhas (batatas das pernas).
As causas mais comuns são a perda de água e sal no organismo através de suor excessivo, conhecido como câimbras de calor.
Diminuição de cálcio no sangue determinada por diversas doenças, entre as quais, distúrbios das glândulas supra-renais, fadiga muscular, posições incômodas de pernas e braços e varizes nas pernas. Se a câimbra aparece esporadicamente durante exercícios muito intensos, provavelmente trata-se da chamada "câimbra do esportista", que pode ser causada por excesso de ácido láctico ou fadiga aguda das fibras musculares.
Mas as câimbras muito freqüentes merecem uma cuidadosa investigação médica. Elas podem ser de origem vascular (por uma isquemia local), neuromuscular (por uma miopatia alcoólica) ou de origem metabólica (intoxicação por cafeína, hipoglicemias, intoxicação por colchicina, etc.).
O que fazer:
1. Tome um copo de água com sal se o caso for de câimbra de calor e se não tiver problemas de pressão alta.
2. Para câimbras na barriga da perna, apóie o pé no chão e ande apoiando o peso do corpo nos calcanhares.
3. Para câimbras no dedão do pé e no polegar, peça para que alguém dobre o dedo no sentido contrário.
4. No caso de câimbra no braço, peça para alguém que dobre o antebraço até formar um ângulo reto com o braço.
5. Para câimbras no abdômen, flexione as pernas.
6.Procure fazer alongamentos
7. Procure alimentar-se com muitas frutas e legumes que contêm minerais.
Fonte:webmaster@orientacoesmedicas.com.br
As causas mais comuns são a perda de água e sal no organismo através de suor excessivo, conhecido como câimbras de calor.
Diminuição de cálcio no sangue determinada por diversas doenças, entre as quais, distúrbios das glândulas supra-renais, fadiga muscular, posições incômodas de pernas e braços e varizes nas pernas. Se a câimbra aparece esporadicamente durante exercícios muito intensos, provavelmente trata-se da chamada "câimbra do esportista", que pode ser causada por excesso de ácido láctico ou fadiga aguda das fibras musculares.
Mas as câimbras muito freqüentes merecem uma cuidadosa investigação médica. Elas podem ser de origem vascular (por uma isquemia local), neuromuscular (por uma miopatia alcoólica) ou de origem metabólica (intoxicação por cafeína, hipoglicemias, intoxicação por colchicina, etc.).
O que fazer:
1. Tome um copo de água com sal se o caso for de câimbra de calor e se não tiver problemas de pressão alta.
2. Para câimbras na barriga da perna, apóie o pé no chão e ande apoiando o peso do corpo nos calcanhares.
3. Para câimbras no dedão do pé e no polegar, peça para que alguém dobre o dedo no sentido contrário.
4. No caso de câimbra no braço, peça para alguém que dobre o antebraço até formar um ângulo reto com o braço.
5. Para câimbras no abdômen, flexione as pernas.
6.Procure fazer alongamentos
7. Procure alimentar-se com muitas frutas e legumes que contêm minerais.
Fonte:webmaster@orientacoesmedicas.com.br
Dores na Coluna?
A popularmente chamada dor na coluna pode vir de músculos, nervos, ossos, articulações ou outras estruturas na coluna vertebral. A dor pode ser constante ou intermitente, restrita a um local ou irradiar para outras áreas. A dor pode ser sentida no pescoço (podendo irradiar para os braços), coluna superior, ou na região lombar (podendo irradiar para as pernas).
Dor na coluna é um dos incômodos mais comuns da humanidade. Nos Estados Unidos a dor na região lombar, também chamada de lombalgia, é quinta causa mais comum de consultas médicas. Em torno de 90% dos adultos experimentam dor na coluna em algum ponto da vida, e 50% dos adultos que trabalham têm dor de coluna todos os anos.
Em geral a dor na coluna não é sinal de problema médico sério. A grande maioria dos casos de dor na coluna são benignos e não progressivos. A maioria das síndromes de dor na coluna são devido a inflamação, especialmente na fase aguda, a qual geralmente dura de duas semanas a três meses.
Embora seja raro, a dor na coluna pode ser sinal se problema médico grave nos seguintes casos:
* Os sinais de alerta típicos de problema que requer tratamento para toda a visa são incontinência dos intestinos e/ou da bexiga, ou fraqueza progressiva nas pernas. Pessoas com esses sintomas devem procurar cuidados médicos
* Dor na coluna é severa, como aquela que é forte o suficiente para interromper o sono, a qual ocorre junto com outros sinais de doença séria (febre, perda de peso), pode indicar um problema médico sério como câncer.
* A dor na coluna ocorre depois de um trauma, como acidente de carro ou queda, a qual deve ser rapidamente avaliada por um médico para verificar a ocorrência de fratura ou outra lesão.
* A dor na coluna ocorre em pessoas com problemas médicos que as coloca sob risco de fratura, como osteoporose e mieloma múltiplo. Nesses casos há necessidade de atenção médica.
A coluna vertebral é uma interconexão complexa de nervos, articulações, músculos, tendões e ligamentos, todos esses capazes de causar dor. Nervos longos que se originam na coluna e vão até as pernas e braços podem fazer a dor irradiar para as extremidades. A dor nas costas alguma vezes também ocorre quando não há nenhum problema anatômico aparente. Distensão muscular é a causa mais comum de dor lombar, a qual costuma desaparecer entre duas e seis semanas.
Quando a dor na coluna dura mais de três meses, ou quando há mais dor na perna do que nas costas, geralmente é necessário um diagnóstico mais específico. Há várias causas para a dor na região lombar e pernas: para adultos de menos de 50 anos elas incluem prolapso ou hérnia de disco e doença degenerativa do disco; para pessoas acima de 50 as causas mais comuns são osteoartrite e estenose espinhal.
Nem todos os tratamentos para dor na coluna funcionam para os diversos casos e indivíduos na mesma condição, e muitos acham que precisam tentar varias opções de tratamento para descobrir o que funciona melhor. Apenas em uma minoria, estimada entre 1-10% dos casos, requer cirurgia. Geralmente acredita-se que alguma forma de alongamento e exercício físico consistente sejam um componente essencial dos programas para tratamento de dor de coluna.
Fonte:Uol
Não é raro ouvirmos alguém se queixar de dores na coluna, principalmente as pessoas mais idosas. Especialistas afirmam que de 80 a 90% das pessoas têm ou terão dores nesta região, pelo menos uma vez ao longo de suas existências. Estas, que podem ser constantes, esporádicas ou restritas a apenas uma região ou sistêmicas, consistem nas queixas mais comuns da humanidade.
A “dor nas costas” acomete, pelo menos aparentemente, pessoas de ambos os sexos, sendo que as mulheres se queixam mais de incômodos na região cervical e os homens, na lombar. A faixa etária compreendida entre 25 anos de idade em diante é a que sofre deste mal com mais freqüência, tal fator é devido à sobrecarga de trabalho e, mais tarde, à velhice. Em geral, a dor pode vir de músculos, nervos, ossos ou articulações.
Dores na coluna podem ser sintomas de alterações posturais, hérnia de disco, doenças reumáticas, fraturas nas vértebras, músculos atrofiados, osteoporose, desgaste das estruturas da coluna vertebral, envelhecimento, etc., podendo ter como causa sobrecarga física, stress, obesidade, sedentarismo, quedas e até tabagismo.
Alongamentos, exercícios físicos e boa postura podem melhorar bastante este quadro. Dores recorrentes devem ser investigadas por um profissional da área, o qual orientará o tipo de tratamento mais adequado para a situação.
Não deixe de procurar um ortopedista.
5.28.2009
Marketing: Um aliado para o sucesso
Marketing: Um aliado para o sucesso
O mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais competitivo em praticamente todas as áreas. Dessa forma, quem aplica o Marketing Pessoal na carreira tem evidentes chances de se destacar mais do que o concorrente. É importante estar na “vitrine”, ou seja, certificar-se de que todos saibam o que você faz na empresa, e para isso use todas as tecnologias disponíveis para se “vender”.
Marketing é o conjunto de ferramentas que uma empresa usa para fazer com que seus produtos sejam conhecidos, apreciados e comprados. Marketing pessoal é um profissional fazer exatamente a mesma coisa, só que em benefício da própria carreira. E isto tem se tornado cada vez mais comum e importante para se obter sucesso no trabalho. Porém, é imprescindível ter alguns cuidados. Então, atenção para os 10 mandamentos do marketing pessoal:
1 – Liderança;
2 – Confiança;
3 – Visão;
4 – Espírito de equipe;
5 – Maturidade;
6 – Integridade;
7 – Visibilidade;
8 – Empatia;
9 – Otimismo e
10 – Paciência.
Habilidades escondidas geram desvantagem, portanto, esteja sempre pronto para ajudar e mostrar suas qualidades. É necessário estar sempre disposto e habilitado para enfrentar transformações, com motivação e sem perder o foco. Preocupe-se com o que você passa para as pessoas, por isso vigie o linguajar, o gestual e ainda o tom da sua voz. Evitar gírias ou expressões chulas também conta muito. Atualmente, com as opções de tecnologia móvel, tome muito cuidado com o uso do celular ou bips, isso pode incomodar e tirar a concentração dos seus colegas de trabalho.
Tenha autocontrole emocional, mas cuide para não ser frio demais. Tratar a todos de forma educada faz a diferença. Algumas pessoas se recordam de outras pela maneira cortês, positiva com que tiveram o contato, Da mesma forma, existem pessoas que deixam uma imagem negativa, o que pode prejudicar no crescimento. Saber elogiar o trabalho de um colega e reconhecer o mérito dos outros é um grande passo.
O trabalhador precisa, além de todos os pontos já mencionados, se preocupar com a própria imagem, ou seja, se vestir de acordo com a realidade do ambiente de trabalho. Apresentar boa higiene pessoal também conta muito, até porque, ao trabalhar em uma empresa você acaba levando a imagem dela, associando-se aos sucessos e fracassos.
Comprometa-se com a empresa. Seja organizado, mantendo sua mesa ou sala sempre apresentável, e não exagere nos objetos pessoais, isso demonstra descomprometi mento. Saiba tudo o que puder sobre a empresa. Assim você nunca será pego de surpresa e ainda cumpra sempre seus horários e prazos
Numa empresa séria, quem tem Marketing Pessoal sempre recebe atenção da chefia e apoio dos colegas. Numa empresa medíocre a mesma pessoa pode ser vista como uma ameaça, num caso assim, não adianta querer mudar a empresa, é mais sábio mudar de empresa.
Finalizando e resumindo, o Marketing Pessoal é a habilidade que um funcionário tem de aparecer sem ser chato, e de conseguir a simpatia da chefia sem ser “puxa saco”.
Portal Educação
O mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais competitivo em praticamente todas as áreas. Dessa forma, quem aplica o Marketing Pessoal na carreira tem evidentes chances de se destacar mais do que o concorrente. É importante estar na “vitrine”, ou seja, certificar-se de que todos saibam o que você faz na empresa, e para isso use todas as tecnologias disponíveis para se “vender”.
Marketing é o conjunto de ferramentas que uma empresa usa para fazer com que seus produtos sejam conhecidos, apreciados e comprados. Marketing pessoal é um profissional fazer exatamente a mesma coisa, só que em benefício da própria carreira. E isto tem se tornado cada vez mais comum e importante para se obter sucesso no trabalho. Porém, é imprescindível ter alguns cuidados. Então, atenção para os 10 mandamentos do marketing pessoal:
1 – Liderança;
2 – Confiança;
3 – Visão;
4 – Espírito de equipe;
5 – Maturidade;
6 – Integridade;
7 – Visibilidade;
8 – Empatia;
9 – Otimismo e
10 – Paciência.
Habilidades escondidas geram desvantagem, portanto, esteja sempre pronto para ajudar e mostrar suas qualidades. É necessário estar sempre disposto e habilitado para enfrentar transformações, com motivação e sem perder o foco. Preocupe-se com o que você passa para as pessoas, por isso vigie o linguajar, o gestual e ainda o tom da sua voz. Evitar gírias ou expressões chulas também conta muito. Atualmente, com as opções de tecnologia móvel, tome muito cuidado com o uso do celular ou bips, isso pode incomodar e tirar a concentração dos seus colegas de trabalho.
Tenha autocontrole emocional, mas cuide para não ser frio demais. Tratar a todos de forma educada faz a diferença. Algumas pessoas se recordam de outras pela maneira cortês, positiva com que tiveram o contato, Da mesma forma, existem pessoas que deixam uma imagem negativa, o que pode prejudicar no crescimento. Saber elogiar o trabalho de um colega e reconhecer o mérito dos outros é um grande passo.
O trabalhador precisa, além de todos os pontos já mencionados, se preocupar com a própria imagem, ou seja, se vestir de acordo com a realidade do ambiente de trabalho. Apresentar boa higiene pessoal também conta muito, até porque, ao trabalhar em uma empresa você acaba levando a imagem dela, associando-se aos sucessos e fracassos.
Comprometa-se com a empresa. Seja organizado, mantendo sua mesa ou sala sempre apresentável, e não exagere nos objetos pessoais, isso demonstra descomprometi mento. Saiba tudo o que puder sobre a empresa. Assim você nunca será pego de surpresa e ainda cumpra sempre seus horários e prazos
Numa empresa séria, quem tem Marketing Pessoal sempre recebe atenção da chefia e apoio dos colegas. Numa empresa medíocre a mesma pessoa pode ser vista como uma ameaça, num caso assim, não adianta querer mudar a empresa, é mais sábio mudar de empresa.
Finalizando e resumindo, o Marketing Pessoal é a habilidade que um funcionário tem de aparecer sem ser chato, e de conseguir a simpatia da chefia sem ser “puxa saco”.
Portal Educação
Psoríase pode ser causada pelas constantes crises de estresse
Psoríase pode ser causada pelas constantes crises de estresse
O Estresse elevado favorece a aparição de manchas na pele Se aparecer manchas pelo corpo, incômodo e coceira, cuidado: pode ser psoríase, uma doença que não têm cura, mas o controle é feito com remédios e banho de luz.
“A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. È de origem inflamatória, benigna, crônica, relacionada à transmissão genética e que necessita de fatores desencadeantes para o seu aparecimento ou piora (principalmente no inverno). Acomete igualmente homens e mulheres, embora o início seja mais precoce nas mulheres. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação. Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas” explica a farmacêutica e tutora do Portal Educação Jeana Mara Escher de Souza.
A doença não prejudica apenas a pela, mas abala também a auto-estima quando os sintomas surgem e muita gente se afasta, por medo de se contaminar com o problema. Ainda sem cura a doença se espalha rapidamente pelo corpo, principalmente em situações de estresse.
No momento do diagnóstico, os médicos pedem uma biópsia e os profissionais verificam o histórico familiar, já que a maioria dos casos tem origem genética. Os cremes à base de cortisona defendem no combate das manchas, mas há outros procedimentos, como os banhos de luz ultravioleta ou de sol. Remédios imunossupressores e derivados da vitamina A, conhecidos como retinoides (que são da mesma espécie dos que tratam a acne) também ajudam a controlar o problema.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Portal Educação
Uso de jaleco é apenas para ambiente de trabalho
A regra é clara: deve-se usar jaleco apenas dentro dos ambientes propícios
Uma das principais ferramentas de trabalho dos profissionais de saúde é o jaleco. Fundamental para ambientes propícios como hospitais, clínicas, entre outros, o jaleco agora virou moda e anda pelas ruas de algumas capitais do Brasil.
O uso inadequado da roupa fora do expediente do trabalho, como ruas, lanchonetes e supermercados faz com que 90% das bactérias resistam por até 12 horas na roupa. “O jaleco é um equipamento de proteção tal qual a luva e o sapato, sendo um protetor de uma contaminação cruzada”, afirma a fonoaudióloga e tutora do Portal Educação, Maria Luiz Severo.
O profissional é protegido e evita ser contaminado pelo jaleco, que age como uma contaminação cruzada, ou seja, impede que a pessoa possa ser contaminado por algum material biológico dentro do ambiente hospitalar/laboratorial/anatômico e também evita que o profissional leve algum agente contaminante externo para esses locais.
“Por isso a regra é clara: usar jaleco dentro dos ambientes propícios. Quando entrar veste e ao sair tira, é muito simples. Tem muita gente que acha o jaleco bonito e pode ser sinônimo de status”, ressalta a fonoaudióloga.
Na verdade, o jaleco é um depósito de agentes biológicos altamente infectantes, carrega vírus e bactérias e as pessoas que o usam fora do ambiente próprio, pode ser responsável por disseminar patologias.
Uma das principais ferramentas de trabalho dos profissionais de saúde é o jaleco. Fundamental para ambientes propícios como hospitais, clínicas, entre outros, o jaleco agora virou moda e anda pelas ruas de algumas capitais do Brasil.
O uso inadequado da roupa fora do expediente do trabalho, como ruas, lanchonetes e supermercados faz com que 90% das bactérias resistam por até 12 horas na roupa. “O jaleco é um equipamento de proteção tal qual a luva e o sapato, sendo um protetor de uma contaminação cruzada”, afirma a fonoaudióloga e tutora do Portal Educação, Maria Luiz Severo.
O profissional é protegido e evita ser contaminado pelo jaleco, que age como uma contaminação cruzada, ou seja, impede que a pessoa possa ser contaminado por algum material biológico dentro do ambiente hospitalar/laboratorial/anatômico e também evita que o profissional leve algum agente contaminante externo para esses locais.
“Por isso a regra é clara: usar jaleco dentro dos ambientes propícios. Quando entrar veste e ao sair tira, é muito simples. Tem muita gente que acha o jaleco bonito e pode ser sinônimo de status”, ressalta a fonoaudióloga.
Na verdade, o jaleco é um depósito de agentes biológicos altamente infectantes, carrega vírus e bactérias e as pessoas que o usam fora do ambiente próprio, pode ser responsável por disseminar patologias.
Homens acima dos 30 anos ganham um novo aliado contra gorduras abdominais
Homens acima dos 30 anos ganham um novo aliado contra gorduras abdominais
Os homens acima dos 30 anos de idade que sofrem com uma “barriguinha” indesejável não precisam mais achar que o caso não tem solução, pois agora eles ganharam um aliado na luta contra a barriga com um mínimo de esforço. Acaba de entrar no mercado brasileiro uma substância batizada de Abdoliance, prometendo reduzir o acúmulo de gordura na região abdominal masculina com apenas uma aplicação na pele.
O produto é uma das inovações da FCE Pharma – feira internacional de tecnologia para a indústria farmacêutica- que acontece até o dia 28 de maio, quinta-feira, em São Paulo.
A farmacêutica Kennya Macedo, executiva técnica da Idealfarma, empresa que trouxe o novo produto para o Brasil, explica que o Abdoliance é uma combinação de cafeína do guaraná com uma substância extraída da laranja e batizada de hesperidina. A substância é vendida apenas com prescrição médica e em farmácias de manipulação.
Kennya justifica, ainda, que o produto é destinado aos homens acima dos 30 anos em virtude da oscilação hormonal que começa nessa faixa etária. De acordo com a farmacêutica, a hesperidina atua inibindo a ação de outra substância, a aromatase, responsável por transformar a testosterona do homem em estrogênio (hormônio feminino).
Essa transformação de hormônio masculino em feminino favorece o acúmulo de gordura na região abdominal dos homens. E o declínio da testosterona faz com que ele perca a facilidade que tinha em queimar gordura naturalmente.
“É por isso que o produto é indicado para os homens. As mulheres até podem usar, mas a ação da hesperidina ficará em segundo plano. Homens mais novos também podem, mas eles não estão na faixa etária em que há a ação da aromatase”.
Além disso, o Abdoliance reduz quase dois centímetros do diâmetro da cintura em até 28 dias de uso; ele é vendido misturado a algum creme hidratante, que deve ser espalhado na região abdominal.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Portal Educação
Os homens acima dos 30 anos de idade que sofrem com uma “barriguinha” indesejável não precisam mais achar que o caso não tem solução, pois agora eles ganharam um aliado na luta contra a barriga com um mínimo de esforço. Acaba de entrar no mercado brasileiro uma substância batizada de Abdoliance, prometendo reduzir o acúmulo de gordura na região abdominal masculina com apenas uma aplicação na pele.
O produto é uma das inovações da FCE Pharma – feira internacional de tecnologia para a indústria farmacêutica- que acontece até o dia 28 de maio, quinta-feira, em São Paulo.
A farmacêutica Kennya Macedo, executiva técnica da Idealfarma, empresa que trouxe o novo produto para o Brasil, explica que o Abdoliance é uma combinação de cafeína do guaraná com uma substância extraída da laranja e batizada de hesperidina. A substância é vendida apenas com prescrição médica e em farmácias de manipulação.
Kennya justifica, ainda, que o produto é destinado aos homens acima dos 30 anos em virtude da oscilação hormonal que começa nessa faixa etária. De acordo com a farmacêutica, a hesperidina atua inibindo a ação de outra substância, a aromatase, responsável por transformar a testosterona do homem em estrogênio (hormônio feminino).
Essa transformação de hormônio masculino em feminino favorece o acúmulo de gordura na região abdominal dos homens. E o declínio da testosterona faz com que ele perca a facilidade que tinha em queimar gordura naturalmente.
“É por isso que o produto é indicado para os homens. As mulheres até podem usar, mas a ação da hesperidina ficará em segundo plano. Homens mais novos também podem, mas eles não estão na faixa etária em que há a ação da aromatase”.
Além disso, o Abdoliance reduz quase dois centímetros do diâmetro da cintura em até 28 dias de uso; ele é vendido misturado a algum creme hidratante, que deve ser espalhado na região abdominal.
Fonte: Assessoria de Imprensa - Portal Educação
Animais domésticos são fonte de grande parte das doenças humanas
Animais domésticos são fonte de grande parte das doenças humanas
Estudo divulgado pela "Nature" mostrou o fenômeno.
Aids, dengue, malária e febre amarela figuram da lista.
Animais são os transmissores de todas as doenças humanas? Todas as doenças infecciosas humanas se originaram de animais domesticados?
Das 25 doenças infecciosas que historicamente causaram alta mortalidade em seres humanos, muitas provavelmente, ou possivelmente, chegaram aos homens a partir de animais domesticados, segundo uma grande análise publicada na "Nature", em 2007.
As principais entre as doenças associadas a climas temperados são a difteria, influenza A, sarampo, caxumba, coqueluche, rotavírus, varíola e tuberculose. As três outras provavelmente vieram de macacos (hepatite B) ou roedores (praga e tifo), afirma a análise. Outras quatro doenças de climas temperados (rubéola, sífilis, tétano e tifóide) vieram de fontes ainda desconhecidas.
Entre as importantes doenças tropicais, cita a análise, a origem atribuída a animais domésticos é válida em seis: Aids, dengue, malária e febre amarela, todas derivadas de macacos selvagens; o cólera, de algas e invertebrados aquáticos; e a malária causada pelo Plasmodium falciparum, de pássaros. O caso não está claro em relação à doença de Chagas, doença do sono africana (ocidental e oriental) e leishmaniose visceral, pois os ancestrais dos agentes causadores das doenças infectam tanto mamíferos domésticos quanto os selvagens.
A forte relação com os animais domésticos nos casos das doenças de climas temperados está associada ao surgimento da agricultura, há onze mil anos, que permitiu às populações humanas sobreviver e transmitir as doenças, além de trazer essa população a contatos frequentes com animais. A principal razão pela qual poucas doenças tropicais surgiram de animais domésticos é que esses animais estiveram historicamente concentrados principalmente nas zonas temperadas. O único animal doméstico abundante que se originou nos trópicos é a galinha, do sudeste asiático.
Globo.com
Glaucoma
Glaucoma
O glaucoma é um distúrbio em que a pressão do líquido que preenche o globo ocular está anormalmente aumentada além de que o olho pode tolerar por tempo prolongado. A maioria dos oftalmologistas concorda em que quando essa pressão - chamada pressão intraocular - é maior do que o normal, aumenta consideravelmente o risco de que ocasione danos aos olhos.
O Glaucoma é causado por um acúmulo de líquido humor aquoso que circula no interior do olho, e é causado pelo aumento da formação do líquido ou pela obstrução do conduto pelo qual normalmente esse líquido sai do olho (canal de Schelmm). Nesse caso, como continua chegando líquido ao olho, a pressão intra-ocular vai aumentando progressivamente.
A pressão intra-ocular aumentada pode comprimir os vasos sangüíneos que nutrem as sensíveis estruturas visuais do fundo do olho. Devido à falta de irrigação sangüínea, as células nervosas da retina vão morrendo provocando perda progressiva da visão e estreitamento do campo visual. Se o processo não for controlado, pode levar à cegueira.
O paciente geralmente não percebe que sofre de glaucoma. O glaucoma é insidioso. Na maioria dos casos desenvolve-se lentamente, no transcurso de meses ou de anos, sem ocasionar nenhum sintoma. O dano pode progredir com tanta lentidão que a pessoa não se dá conta da perda gradual da visão. Em geral, a visão vai piorando até que finalmente começa a afetar o próprio centro co campo visual e se estabelece a cegueira permanente. Alguns pacientes poderão experimentar sintomas vagos, que são importantes avisos de que é necessário um exame ocular completo. Esses sintomas podem compreender a necessidade de trocar com freqüência a graduação dos óculos, dificuldade para adaptar-se à obscuridade, perda de visão lateral e visão embaçada. Em raros casos, pode haver outros sintomas como o aparecimento de halos ou arco-íris ao redor das luzes e cefaléias ou dor ocular intensa.
O glaucoma se diagnostica mediante um cuidadoso exame ocular realizado por oftalmologista, que compreende um procedimento simples e indolor para medir a pressão ocular.
Quem pode ser portador de glaucoma?
O risco de portador de glaucoma aumenta com a idade; geralmente apresenta-se em pessoas com mais de 35 anos. De fato, segundo a Sociedade Nacional de Prevenção da Cegueira dos EUA, uma em cada 50 pessoas com mais de 35 anos e três em cada 100 com mais de 65 anos têm glaucoma. Uma forma muito rara de glaucoma pode ocorrer em crianças pequenas. As pessoas que tem maior risco de sofrer de glaucoma são as diabéticas e as com familiares portadoras de glaucoma. Essas pessoas devem fazer exame ocular com regularidade, realizado por oftalmologista.
Pode-se curar o glaucoma?
Embora não se possa curar, na maioria dos casos pode ser controlado satisfatoriamente mediante tratamento apropriado. O glaucoma é uma doença crônica que dura toda a vida, e é necessário que o paciente fique em observação e tratamento contínuos para manter controlada a pressão intra-ocular e ajudar assim a evitar a perda da visão. Quanto mais rápido se descobrir e tratar a doença, menor será a tal perda.
Como se trata o glaucoma?
O tratamento mais comum consiste em gotas para os olhos. Às vezes também são usados comprimidos, e em alguns casos pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
Com freqüência deve-se usar as gotas?
No geral, o paciente deve aplicar gotas todos os dias. Segundo o medicamento empregado, a posologia pode variar de uma gota por dia até duas ou mais, várias vezes ao dia. Em alguns casos, é prescrito mais de um produto na forma de colírio. Siga sempre as instruções do médico.
Qual o melhor modo de aplicar-se às gotas?
Como as gotas oculares contra o glaucoma devem ser usadas em doses precisas, a maioria dos produtos é vendida em frascos especiais, e o médico explicará como devem ser aplicadas.
Regras simples que devem ser seguidas:
Use o medicamento de acordo com as instruções do médico. Não coloque nem mais nem menos gotas do que as prescritas.
Se for viajar, não se esqueça de levar uma quantidade adequada do medicamento. Pergunte ao seu médico se deve levar uma receita reserva. Lembre-se que o glaucoma é controlado usando com regularidade o medicamento.
Logo que tenha colocado uma gota no olho, comprima com o dedo indicador o ângulo interno do olho para evitar que o medicamento passe para o canal lacrimal até o nariz e garganta. Conserve essa posição ou mantenha os olhos fechados suavemente durante três ou quatro minutos, para que o medicamento permaneça em contato com o olho o maior tempo possível.
Informe seu oftalmologista se está usando outro medicamento, especialmente aqueles comprados sem receitas. E se consultar outro médico não deixe de informar que está sendo tratado contra o glaucoma.
Nunca use outro medicamento ou colírio sem a prévia aprovação do médico.
Como o glaucoma pode ser hereditário, recomende a todos os adultos de sua família - inclusive primos e tios - para que façam um exame oftalmológico periódico.
Fonte: Hospital de Olhos de São Paulo - Unidade Oftalmológica de Santana.
O perigo dos medicamentos falsos
A população brasileira está entre as que mais consomem medicamentos falsos
A população brasileira está entre as que mais consomem medicamentos falsos em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica nesta categoria remédios pirateados, contrabandeados e aqueles que não têm registro no órgão responsável (no caso do Brasil, a aprovação e liberação de medicações é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa). De acordo com a agência, 20% dos remédios vendidos em território nacional enquadram-se nestas classes. Levantamento feito pelo Instituto Etco - entidade empresarial que combate a sonegação fiscal - revela um quadro ainda mais assustador: 30% do mercado é composto por drogas irregulares.
Somente nos quatro primeiros meses deste ano, a Anvisa apreendeu 170 toneladas de medicamentos fora da lei. Oito vezes e meia o total de apreensões realizadas ao longo de 2008. As ocorrências têm sido tão frequentes que apenas uma delegacia especializada no Rio de Janeiro chegou a instaurar 112 inquéritos no ano passado - um a cada três dias.
Trata-se de um "negócio" com igual proporção entre crueldade e lucro. Enquanto engana pessoas doentes e causa prejuízos sérios à saúde, a máfia dos medicamentos falsos movimenta anualmente um valor estimado, segundo o Instituto Etco, em até US$ 4 bilhões. O alto consumo se explica pelos preços mais baixos e a possibilidade de compra sem receita - já que muitos são comercializados pela internet ou em camelôs.
Segundo a Anvisa e a Polícia Civil do Rio, os medicamentos mais pirateados são os indicados para tratamento da disfunção erétil (Cialis, Viagra e Pramil), os que auxiliam no emagrecimento (Sibutramina) e alguns usados como anabolizantes (Hemogenin, Durateston e Deca Durabolin). Independentemente de terem sido falsificados, contrabandeados ou de não portarem registro de comercialização, os produtos oferecem imenso risco à saúde. Os falsificados, por exemplo, não contêm a substância ativa do original. No lugar, ou é colocado algo inócuo, como uma farinha qualquer, ou uma substância que pode fazer mal por sua toxicidade.
Nos dois casos é um desastre. Na primeira situação, obviamente o remédio não fará efeito. Isso significa que a doença continuará seu curso de destruição do organismo sem nada que a contenha. Na segunda, além de a enfermidade ficar sem controle, o corpo ainda corre o risco de sofrer o ataque de um composto nocivo. "Alguns dos medicamentos ilegais para emagrecer, por exemplo, contêm altas doses de hormônios", explica o endocrinologista Walmir Coutinho, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. "Isso pode levar à taquicardia, à arritmia ou até mesmo à parada cardíaca." Ou seja, a possibilidade de morte é concreta.
Entre os medicamentos contrabandeados, muitos também são falsificados ou chegam ao mercado negro fora da validade. "Substâncias com prazo vencido também podem causar efeitos maléficos ou óbito", explica o biólogo Oscar Berro, representante do Ministério da Saúde no Rio. E aqueles que circulam sem registro muitas vezes são fabricados em condições precárias ou jamais tiveram sua eficácia reconhecida por um órgão competente. O pior é que dificilmente o consumidor associa um sintoma adverso ou ineficácia da medicação à causa correta - o uso de um produto ilegal.
"O mais comum é achar que é efeito colateral ou erro do médico", diz Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro. "Por isso, a classe médica tem o maior interesse em que os bandos que colocam esses produtos no mercado sejam desbaratados."
A pirataria chega até a medicamentos comprados diretamente por hospitais - como o Citotec, vendido em camelôs como abortivo, e a metilcelulose, colírio protetor usado em cirurgias de catarata. Este último medicamento causou a perda da visão do olho esquerdo do equatoriano Cezar Augusto Cahuano. Em 2003, seu filho, o engenheiro Julio Cahuano, radicado no Rio de Janeiro desde 1994, resolveu trazê-lo à cidade para que fosse submetido a uma operação de catarata na Santa Casa da Misericórdia.
Durante a cirurgia, uma bactéria encontrada na metilcelulose causou uma infecção e posterior cegueira em um olho de Cezar. A bactéria também prejudicou a visão do outro olho, que permanece danificada até hoje. "Uma tragédia acabou se abatendo sobre a minha família", conta Julio. Na época, ele não fez registro formal da ocorrência na Anvisa. Além do seu pai - que vive no Equador e nunca mais quis voltar ao Brasil -, outros 12 pacientes operados de catarata sofreram intoxicação com o medicamento distribuído pela empresa Mediphacos e que teria sido produzido por um fabricante que não tinha registro na agência reguladora brasileira. "Errou a distribuidora, ao comprar um produto pirata, e errou a Santa Casa, que operou meu pai e usou um remédio sem o devido controle", conta o engenheiro.
A Mediphacos nega que a metilcelulose fosse de um fabricante sem registro. O diretor industrial da empresa, Marcelo Camargus, alega que inclusive venceram o processo judicial movido pela Santa Casa. "Temos um controle rigoroso", disse. Procurada, a Santa Casa da Misericórdia não havia respondido até o fechamento desta edição.
Remédios contra o câncer também são alvo dos bandidos. Há pouco mais de um ano, a Polícia Federal (PF) constatou a falsificação da droga Glivec, indicada para o tratamento da leucemia mieloide crônica. O remédio é um marco na história da luta contra a enfermidade: antes dele, a sobrevida era de no máximo cinco anos. Hoje, há pacientes vivendo há sete, dez anos, graças a seu modo de ação peculiar (ele ataca somente as células cancerígenas, poupando os tecidos saudáveis).
Por isso mesmo, o Glivec é largamente consumido. Muitos doentes recorrem à Justiça para ter o direito de receber a medicação gratuitamente. Mas aqueles que por algum motivo não conseguem esse benefício são obrigados a desembolsar R$ 5 mil para comprar apenas uma caixa com comprimidos. É claro que a máfia dos medicamentos enxergou aí uma situação perfeita para aumentar suas vendas: pessoas extremamente ansiosas por uma esperança de vida, mas sem condições de comprá-la ao preço do mercado legal. Nas embalagens apreendidas pela PF no Rio de Janeiro, em Vitória e Porto Alegre, contudo, os produtos continham uma mistura de farinha e corante.
A venda de medicamentos ilegais está nas mãos do crime organizado. A rede de receptação, transporte e distribuição é a mesma usada em várias outras modalidades marginais, como o contrabando de armas, drogas, carros ou CDs piratas. "Os criminosos já têm a infraestrutura montada e a utilizam também para distribuir os medicamentos", afirma Ronaldo Pires, gerente jurídico da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. "A estrutura das quadrilhas já tem a sofisticação dos bandos formados pelos traficantes de drogas", afirma Dirceu Raposo, presidente da Anvisa.
O delegado Marcos Cipriano, diretor da Polinter e até duas semanas atrás titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública do Rio de Janeiro, cita um caso que ilustra bem o padrão a que chegaram os bandidos dos remédios. "Em uma das quadrilhas, o chefão foi ao Paraguai em jatinho fretado para recolher mais de R$ 200 mil em anabolizantes para distribuir em academias do Rio", conta.
Grande parte dos produtos ilegais vem do Paraguai (outros fornecedores fortes estão na Bolívia, Argentina e também China). Em geral, eles são descarregados em Mato Grosso e, de lá, vão para grandes metrópoles brasileiras e chegam ao consumidor oferecidos em bancas de camelô, sites da internet ou em farmácias, majoritariamente as de periferia, menos fiscalizadas.
Do que se sabe até agora, o principal meio de venda dos medicamentos piratas é a internet. Multiplicamse na rede as ofertas de remédios em sites sem nenhuma segurança, nos quais marcas de altíssima procura são vendidas pela metade do preço ou até menos. Para combater esse crime, a Associação Brasileira de Empresas de Software tirou do ar 5,4 mil páginas da web em que eram vendidos produtos farmacêuticos ilegais. "Na internet, a comercialização é facilitada porque a identificação do criminoso e o controle das vendas são ainda mais difíceis", explica Luiz Paulo Barreto, presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. O mesmo anonimato que protege o bandido em alguns casos estimula o consumidor, como na compra dos produtos contra a disfunção erétil, por exemplo.
Quem procura um vendedor ambulante também encontra facilidade na compra. Em camelódromos, como o que existe no centro da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, é fácil chegar ao fornecedor de remédios para emagrecer. Bastam algumas perguntas para os vendedores ambulantes e logo aparece alguém oferecendo um produto ilegal.
Nas farmácias - teoricamente o lugar mais seguro - o comprador precisa ficar atento. Muitos estabelecimentos já foram flagrados pela polícia vendendo medicamentos irregulares. Embora isso seja mais comum nos estabelecimentos longe dos centros das cidades e menos fiscalizados, os dirigentes da Anvisa admitem que algumas vezes os remédios piratas chegam ao consumidor inclusive por meio dos balcões de estabelecimentos regularizados.
O farmacêutico Jaldo Santos, presidente do Conselho Federal de Farmácia, reconhece que o número de profissionais que respondem, na entidade, a processos por venda de remédios ilegais aumentou. "Ficaram em torno de 100 nos últimos cinco anos", afirma. Ele, porém, defende a classe: "Na maioria das vezes, a irregularidade é cometida pelo dono da farmácia e o farmacêutico nem fica sabendo", diz.
Diante do gigantismo do problema, empresas e o governo federal se mobilizam para tentar detê-lo. O laboratório Pfizer, por exemplo, acaba de mudar bastante a embalagem do Viagra (leia quadro à esq.). Além do lacre de segurança exigido pela legislação, a empresa Eli Lilly, fabricante do Cialis, dotou a embalagem do produto de garantias adicionais, como uma fita que ao ser friccionada por um metal deixa aparecer o nome do laboratório, e um selo holográfico especial.
A Anvisa, por sua vez, investe em nova tecnologia para que seja possível combater os piratas de forma mais eficaz. A partir do ano que vem, será colocado em funcionamento um novo esquema antifalsificação baseado em código de pontos bidimensionais, sistema de rastreamento e identificação de medicamentos que parece ser a última palavra no combate à pirataria. Algo semelhante ao código de barras, com informações como lote, datas e locais de venda.
Os filhos da pílula de farinha
"Tinha uma condição financeira estabilizada e depois de engravidar fui obrigada a vender o carro e outros pertences"
Paloma Trepin, mãe de Emily e Evelyn, de 10 anos
A ameaça ao usuário de medicamentos pode vir de várias fontes - algumas vezes até mesmo do próprio fabricante original. Foi o que aconteceu em 1998, quando o laboratório Schering-Plough produziu um lote da pílula anticoncepcional Microvlar contendo farinha. Os comprimidos, que eram teste da linha de produção, acabaram chegando ao mercado por engano e mulheres de várias partes do Brasil engravidaram depois de tomar o falso medicamento. "Eu havia acabado de abrir um salão de beleza, estava cheia de dívidas.
Já tinha um filho e não dispunha de condição econômica para ter outro", contou à ISTOÉ Roselane Alves Vieira, moradora de Volta Redonda, cidade do sul fluminense, que por causa da falha do laboratório ficou grávida dos gêmeos Caio e Lara. Hoje, os dois estão com 10 anos. "Fui obrigada a vender o salão quatro meses depois de inaugurá-lo para pagar as despesas." Roselane, hoje com 43 anos, entrou com uma ação contra o laboratório e teve ganho de causa nas duas primeiras instâncias, mas o processo está em fase de recurso.
"Essa demora é um absurdo", afirma Roselane. Em situação pior ficou outra vítima da mesma cidade, Paloma Trepin. Ela ficou grávida depois de usar a pílula falsa e deu à luz as gêmeas Emily e Evelyn. Recebeu pensão alimentícia do fabricante por cerca de seis anos, teve o benefício interrompido e o processo foi arquivado. "Tinha uma condição financeira estabilizada e depois de engravidar fui obrigada a vender o carro e outros pertences", diz Paloma. "Agora tenho poucas esperanças de conseguir uma vitória na Justiça."
Com este método, todas as caixinhas de remédio fabricado no Brasil terão sua "impressão digital". O Instituto Etco participou dos estudos para a implantação do sistema. Seu presidente-executivo, o empresário André Montoro, sugere outras ideias. "Boa proposta seria elaborar uma cota mínima de ICMS para os medicamentos. A enorme carga tributária influencia o aumento desse mercado negro", diz. Ou seja, ao tornar o remédio original mais barato, a diferença de preço dos produtos ilegais deixaria de ser um atrativo para o consumidor. Com essas providências, os agentes ilegais seriam combatidos com maior eficácia.
A pena para falsificadores de remédio também é mais dura do que a imposta a quem copia CD ou DVD. Quem for pego fabricando, falsificando ou vendendo medicamento ilegal corre o risco de ficar preso de dez a 15 anos. "A infração foi incluída na categoria de crime hediondo", explica o delegado federal Adílson Bezerra, chefe de Inteligência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Já a pena para a falsificação de um DVD, por exemplo, vai de dois a quatro anos.
Fonte: Istoé
A população brasileira está entre as que mais consomem medicamentos falsos em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica nesta categoria remédios pirateados, contrabandeados e aqueles que não têm registro no órgão responsável (no caso do Brasil, a aprovação e liberação de medicações é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa). De acordo com a agência, 20% dos remédios vendidos em território nacional enquadram-se nestas classes. Levantamento feito pelo Instituto Etco - entidade empresarial que combate a sonegação fiscal - revela um quadro ainda mais assustador: 30% do mercado é composto por drogas irregulares.
Somente nos quatro primeiros meses deste ano, a Anvisa apreendeu 170 toneladas de medicamentos fora da lei. Oito vezes e meia o total de apreensões realizadas ao longo de 2008. As ocorrências têm sido tão frequentes que apenas uma delegacia especializada no Rio de Janeiro chegou a instaurar 112 inquéritos no ano passado - um a cada três dias.
Trata-se de um "negócio" com igual proporção entre crueldade e lucro. Enquanto engana pessoas doentes e causa prejuízos sérios à saúde, a máfia dos medicamentos falsos movimenta anualmente um valor estimado, segundo o Instituto Etco, em até US$ 4 bilhões. O alto consumo se explica pelos preços mais baixos e a possibilidade de compra sem receita - já que muitos são comercializados pela internet ou em camelôs.
Segundo a Anvisa e a Polícia Civil do Rio, os medicamentos mais pirateados são os indicados para tratamento da disfunção erétil (Cialis, Viagra e Pramil), os que auxiliam no emagrecimento (Sibutramina) e alguns usados como anabolizantes (Hemogenin, Durateston e Deca Durabolin). Independentemente de terem sido falsificados, contrabandeados ou de não portarem registro de comercialização, os produtos oferecem imenso risco à saúde. Os falsificados, por exemplo, não contêm a substância ativa do original. No lugar, ou é colocado algo inócuo, como uma farinha qualquer, ou uma substância que pode fazer mal por sua toxicidade.
Nos dois casos é um desastre. Na primeira situação, obviamente o remédio não fará efeito. Isso significa que a doença continuará seu curso de destruição do organismo sem nada que a contenha. Na segunda, além de a enfermidade ficar sem controle, o corpo ainda corre o risco de sofrer o ataque de um composto nocivo. "Alguns dos medicamentos ilegais para emagrecer, por exemplo, contêm altas doses de hormônios", explica o endocrinologista Walmir Coutinho, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. "Isso pode levar à taquicardia, à arritmia ou até mesmo à parada cardíaca." Ou seja, a possibilidade de morte é concreta.
Entre os medicamentos contrabandeados, muitos também são falsificados ou chegam ao mercado negro fora da validade. "Substâncias com prazo vencido também podem causar efeitos maléficos ou óbito", explica o biólogo Oscar Berro, representante do Ministério da Saúde no Rio. E aqueles que circulam sem registro muitas vezes são fabricados em condições precárias ou jamais tiveram sua eficácia reconhecida por um órgão competente. O pior é que dificilmente o consumidor associa um sintoma adverso ou ineficácia da medicação à causa correta - o uso de um produto ilegal.
"O mais comum é achar que é efeito colateral ou erro do médico", diz Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro. "Por isso, a classe médica tem o maior interesse em que os bandos que colocam esses produtos no mercado sejam desbaratados."
A pirataria chega até a medicamentos comprados diretamente por hospitais - como o Citotec, vendido em camelôs como abortivo, e a metilcelulose, colírio protetor usado em cirurgias de catarata. Este último medicamento causou a perda da visão do olho esquerdo do equatoriano Cezar Augusto Cahuano. Em 2003, seu filho, o engenheiro Julio Cahuano, radicado no Rio de Janeiro desde 1994, resolveu trazê-lo à cidade para que fosse submetido a uma operação de catarata na Santa Casa da Misericórdia.
Durante a cirurgia, uma bactéria encontrada na metilcelulose causou uma infecção e posterior cegueira em um olho de Cezar. A bactéria também prejudicou a visão do outro olho, que permanece danificada até hoje. "Uma tragédia acabou se abatendo sobre a minha família", conta Julio. Na época, ele não fez registro formal da ocorrência na Anvisa. Além do seu pai - que vive no Equador e nunca mais quis voltar ao Brasil -, outros 12 pacientes operados de catarata sofreram intoxicação com o medicamento distribuído pela empresa Mediphacos e que teria sido produzido por um fabricante que não tinha registro na agência reguladora brasileira. "Errou a distribuidora, ao comprar um produto pirata, e errou a Santa Casa, que operou meu pai e usou um remédio sem o devido controle", conta o engenheiro.
A Mediphacos nega que a metilcelulose fosse de um fabricante sem registro. O diretor industrial da empresa, Marcelo Camargus, alega que inclusive venceram o processo judicial movido pela Santa Casa. "Temos um controle rigoroso", disse. Procurada, a Santa Casa da Misericórdia não havia respondido até o fechamento desta edição.
Remédios contra o câncer também são alvo dos bandidos. Há pouco mais de um ano, a Polícia Federal (PF) constatou a falsificação da droga Glivec, indicada para o tratamento da leucemia mieloide crônica. O remédio é um marco na história da luta contra a enfermidade: antes dele, a sobrevida era de no máximo cinco anos. Hoje, há pacientes vivendo há sete, dez anos, graças a seu modo de ação peculiar (ele ataca somente as células cancerígenas, poupando os tecidos saudáveis).
Por isso mesmo, o Glivec é largamente consumido. Muitos doentes recorrem à Justiça para ter o direito de receber a medicação gratuitamente. Mas aqueles que por algum motivo não conseguem esse benefício são obrigados a desembolsar R$ 5 mil para comprar apenas uma caixa com comprimidos. É claro que a máfia dos medicamentos enxergou aí uma situação perfeita para aumentar suas vendas: pessoas extremamente ansiosas por uma esperança de vida, mas sem condições de comprá-la ao preço do mercado legal. Nas embalagens apreendidas pela PF no Rio de Janeiro, em Vitória e Porto Alegre, contudo, os produtos continham uma mistura de farinha e corante.
A venda de medicamentos ilegais está nas mãos do crime organizado. A rede de receptação, transporte e distribuição é a mesma usada em várias outras modalidades marginais, como o contrabando de armas, drogas, carros ou CDs piratas. "Os criminosos já têm a infraestrutura montada e a utilizam também para distribuir os medicamentos", afirma Ronaldo Pires, gerente jurídico da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. "A estrutura das quadrilhas já tem a sofisticação dos bandos formados pelos traficantes de drogas", afirma Dirceu Raposo, presidente da Anvisa.
O delegado Marcos Cipriano, diretor da Polinter e até duas semanas atrás titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública do Rio de Janeiro, cita um caso que ilustra bem o padrão a que chegaram os bandidos dos remédios. "Em uma das quadrilhas, o chefão foi ao Paraguai em jatinho fretado para recolher mais de R$ 200 mil em anabolizantes para distribuir em academias do Rio", conta.
Grande parte dos produtos ilegais vem do Paraguai (outros fornecedores fortes estão na Bolívia, Argentina e também China). Em geral, eles são descarregados em Mato Grosso e, de lá, vão para grandes metrópoles brasileiras e chegam ao consumidor oferecidos em bancas de camelô, sites da internet ou em farmácias, majoritariamente as de periferia, menos fiscalizadas.
Do que se sabe até agora, o principal meio de venda dos medicamentos piratas é a internet. Multiplicamse na rede as ofertas de remédios em sites sem nenhuma segurança, nos quais marcas de altíssima procura são vendidas pela metade do preço ou até menos. Para combater esse crime, a Associação Brasileira de Empresas de Software tirou do ar 5,4 mil páginas da web em que eram vendidos produtos farmacêuticos ilegais. "Na internet, a comercialização é facilitada porque a identificação do criminoso e o controle das vendas são ainda mais difíceis", explica Luiz Paulo Barreto, presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. O mesmo anonimato que protege o bandido em alguns casos estimula o consumidor, como na compra dos produtos contra a disfunção erétil, por exemplo.
Quem procura um vendedor ambulante também encontra facilidade na compra. Em camelódromos, como o que existe no centro da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, é fácil chegar ao fornecedor de remédios para emagrecer. Bastam algumas perguntas para os vendedores ambulantes e logo aparece alguém oferecendo um produto ilegal.
Nas farmácias - teoricamente o lugar mais seguro - o comprador precisa ficar atento. Muitos estabelecimentos já foram flagrados pela polícia vendendo medicamentos irregulares. Embora isso seja mais comum nos estabelecimentos longe dos centros das cidades e menos fiscalizados, os dirigentes da Anvisa admitem que algumas vezes os remédios piratas chegam ao consumidor inclusive por meio dos balcões de estabelecimentos regularizados.
O farmacêutico Jaldo Santos, presidente do Conselho Federal de Farmácia, reconhece que o número de profissionais que respondem, na entidade, a processos por venda de remédios ilegais aumentou. "Ficaram em torno de 100 nos últimos cinco anos", afirma. Ele, porém, defende a classe: "Na maioria das vezes, a irregularidade é cometida pelo dono da farmácia e o farmacêutico nem fica sabendo", diz.
Diante do gigantismo do problema, empresas e o governo federal se mobilizam para tentar detê-lo. O laboratório Pfizer, por exemplo, acaba de mudar bastante a embalagem do Viagra (leia quadro à esq.). Além do lacre de segurança exigido pela legislação, a empresa Eli Lilly, fabricante do Cialis, dotou a embalagem do produto de garantias adicionais, como uma fita que ao ser friccionada por um metal deixa aparecer o nome do laboratório, e um selo holográfico especial.
A Anvisa, por sua vez, investe em nova tecnologia para que seja possível combater os piratas de forma mais eficaz. A partir do ano que vem, será colocado em funcionamento um novo esquema antifalsificação baseado em código de pontos bidimensionais, sistema de rastreamento e identificação de medicamentos que parece ser a última palavra no combate à pirataria. Algo semelhante ao código de barras, com informações como lote, datas e locais de venda.
Os filhos da pílula de farinha
"Tinha uma condição financeira estabilizada e depois de engravidar fui obrigada a vender o carro e outros pertences"
Paloma Trepin, mãe de Emily e Evelyn, de 10 anos
A ameaça ao usuário de medicamentos pode vir de várias fontes - algumas vezes até mesmo do próprio fabricante original. Foi o que aconteceu em 1998, quando o laboratório Schering-Plough produziu um lote da pílula anticoncepcional Microvlar contendo farinha. Os comprimidos, que eram teste da linha de produção, acabaram chegando ao mercado por engano e mulheres de várias partes do Brasil engravidaram depois de tomar o falso medicamento. "Eu havia acabado de abrir um salão de beleza, estava cheia de dívidas.
Já tinha um filho e não dispunha de condição econômica para ter outro", contou à ISTOÉ Roselane Alves Vieira, moradora de Volta Redonda, cidade do sul fluminense, que por causa da falha do laboratório ficou grávida dos gêmeos Caio e Lara. Hoje, os dois estão com 10 anos. "Fui obrigada a vender o salão quatro meses depois de inaugurá-lo para pagar as despesas." Roselane, hoje com 43 anos, entrou com uma ação contra o laboratório e teve ganho de causa nas duas primeiras instâncias, mas o processo está em fase de recurso.
"Essa demora é um absurdo", afirma Roselane. Em situação pior ficou outra vítima da mesma cidade, Paloma Trepin. Ela ficou grávida depois de usar a pílula falsa e deu à luz as gêmeas Emily e Evelyn. Recebeu pensão alimentícia do fabricante por cerca de seis anos, teve o benefício interrompido e o processo foi arquivado. "Tinha uma condição financeira estabilizada e depois de engravidar fui obrigada a vender o carro e outros pertences", diz Paloma. "Agora tenho poucas esperanças de conseguir uma vitória na Justiça."
Com este método, todas as caixinhas de remédio fabricado no Brasil terão sua "impressão digital". O Instituto Etco participou dos estudos para a implantação do sistema. Seu presidente-executivo, o empresário André Montoro, sugere outras ideias. "Boa proposta seria elaborar uma cota mínima de ICMS para os medicamentos. A enorme carga tributária influencia o aumento desse mercado negro", diz. Ou seja, ao tornar o remédio original mais barato, a diferença de preço dos produtos ilegais deixaria de ser um atrativo para o consumidor. Com essas providências, os agentes ilegais seriam combatidos com maior eficácia.
A pena para falsificadores de remédio também é mais dura do que a imposta a quem copia CD ou DVD. Quem for pego fabricando, falsificando ou vendendo medicamento ilegal corre o risco de ficar preso de dez a 15 anos. "A infração foi incluída na categoria de crime hediondo", explica o delegado federal Adílson Bezerra, chefe de Inteligência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Já a pena para a falsificação de um DVD, por exemplo, vai de dois a quatro anos.
Fonte: Istoé
Sistema Nacional de Controle de Medicamentos
O Governo Federal publicou, no dia 15 de janeiro de
2009, a Lei 11.903, que cria o Sistema Nacional de Controle
de Medicamentos. A Lei foi assinada pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelos Ministros Reinhold
Stephanes (Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Márcia
Bassit Lameiro Costa Mazzoli (interina da Saúde); e Miguel Jorge (do Desenvolvimento).
De acordo com o texto, todo e qualquer medicamento produzido,
dispensado ou vendido, no território nacional, será controlado
por meio do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos.
A Lei não especifica a tecnologia que será empregada
pelo Ministério da Saúde para proceder o controle, porém seu
texto esclarece que será feito “o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos, por meio de tecnologia de captura,
armazenamento e transmissão eletrônica de dados” (Leia, abaixo,
a íntegra da a Lei 11.903).
O primeiro grande benefício da implantação do sistema de
rastreamento de medicamentos é a garantia de que o setor
de saúde terá acesso a produtos fabricados corretamente, de
acordo com regras de produção que assegurem sua qualidade.
“Os medicamentos fabricados sem o devido controle podem
não ter eficiência, o que atrasa e encarece os custos dos tratamentos,
e, em casos extremos, em vez de curar, podem até matar”.
Sistema cuja implementação será feita, no prazo gradual de
três anos, dará mais segurança ao farmacêutico. “Com o
controle, o Ministério da Saúde terá melhores condições de
planejar a distribuição de medicamentos pelo País; o setor
privado terá como combater o problema com roubo de cargas;
e será possível detectar os receptadores, pois cada unidade
sairá da fábrica com um código específico. Além disso, o farmacêutico
e o consumidor terão informações seguras sobre a
procedência do produto, desde a matéria-prima, até o momento
de sua dispensação, na farmácia”.
FALTA DE CONTROLE -
Dados do Ministério da Justiça
demonstram que o setor farmacêutico
movimenta 10 bilhões de dólares ao ano. No entanto,
apenas no ano de 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos
sem registro, contrabandeados e falsificados no mercado. Esses
números evidenciam a necessidade de se aprimorar continuamente
os mecanismos de rastreabilidade e autenticidade
de medicamentos, no País. As discussões sobre os efeitos
nocivos da falta de controle em toda a cadeia de produção
dos medicamentos ganha um novo perfil, “Com a implantação do
sistema de rastreabilidade, o Governo Federal não tratará
mais das conseqüências e, sim, terá condições de prevenir um
problema que envolve riscos sanitários, patentes, desvio de
impostos e tráfico”.
HISTÓRICO - A criação de mecanismos mais eficazes para
o rastreamento de medicamentos é parte integrante do Plano
Nacional de Prevenção e Combate à Falsificação de Medicamentos
da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e
do Ministério da Saúde. O monitoramento de medicamentos
para uso humano, no País, apresentou avanços significativos,
nos últimos anos. Em 2002, foi publicada a Portaria
802/98, que instituiu o Sistema de Controle e Fiscalização, para
toda a cadeia de produtos farmacêuticos.
A popular “raspadinha” (tinta reativa que auxilia na averiguação da
autenticidade de medicamentos), a inviolabilidade das embalagens e a
identificação do número do lote nas transações comerciais são algumas das
inovações que a norma trouxe.
Ainda em 2002, a Resolução RDC número 320 determinou que as
distribuidoras de produtos farmacêuticos passassem a efetuar as
transações comerciais e operações de circulação, por meio de notas fiscais que
contivessem obrigatoriamente o número de lote do produto.
O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC)
foi instituído pela Anvisa, em 2007. Farmácias e drogarias que
dispensam medicamentos controlados devem aderir à nova solução, que capta
dados de todo o ciclo desses produtos.
Fonte:ANVISA
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É criado o Sistema Nacional de Controle
de Medicamentos, envolvendo a produção, comercialização,
dispensação e a prescrição médica, odontológica
e veterinária, assim como os demais tipos de
movimentação previstos pelos controles sanitários.
Art. 2o Todo e qualquer medicamento produzido,
dispensado ou vendido no território nacional será
controlado por meio do Sistema Nacional de Controle
de Medicamentos.
Parágrafo único. O controle aplica-se igualmente
às prescrições médicas, odontológicas e veterinárias.
Art. 3o O controle será realizado por meio de sistema
de identificação exclusivo dos produtos, prestadores
de serviços e usuários, com o emprego de tecnologias
de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.
§ 1o Os produtos e seus distribuidores receberão
identificação específica baseada em sistema de
captura de dados por via eletrônica, para os seguintes
componentes do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos:
I - fabricante (autorização de funcionamento, licença
estadual e alvará sanitário municipal dos estabelecimentos fabricantes);
II - fornecedor (atacadistas, varejistas, exportadores
e importadores de medicamentos);
III - comprador (inclusive estabelecimentos requisitantes
de produtos não aviados em receitas com múltiplos produtos);
IV - produto (produto aviado ou dispensado e sua quantidade);
V - unidades de transporte/logísticas;
VI - consumidor/paciente;
VII - prescrição (inclusive produtos não aviados
numa receita com múltiplos produtos);
VIII - médico, odontólogo e veterinário (inscrição no conselho de classe dos profissionais prescritores).
§ 2o Além dos listados nos incisos do § 1o deste
artigo, poderão ser incluídos pelo órgão de vigilância
sanitária federal outros componentes ligados à produção,
distribuição, importação, exportação, comercialização,
prescrição e uso de medicamentos.
Art. 4o O órgão de vigilância sanitária federal competente
implantará e coordenará o Sistema Nacional
de Controle de Medicamentos.
Parágrafo único. O órgão definirá o conteúdo, a
periodicidade e a responsabilidade pelo recebimento
e auditoria dos balanços das transações comerciais
necessários para o controle de que trata o art. 3o desta
Lei.
Art. 5o O órgão de vigilância sanitária federal
competente implantará o sistema no prazo gradual
de 3 (três) anos, sendo a inclusão dos componentes
referentes ao art. 3o desta Lei feita da seguinte forma:
I - no primeiro ano, os referentes aos incisos I e II
do § 1o;
II - no segundo ano, os referentes aos incisos III,
IV e V do § 1o;
III - no terceiro ano, os referentes aos incisos VI,
VII e VIII do § 1o.
Art. 6o O órgão de vigilância sanitária federal
competente estabelecerá as listas de medicamentos
de venda livre, de venda sob prescrição e retenção de
receita e de venda sob responsabilidade do farmacêutico,
sem retenção de receita.
Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 14 de janeiro de 2009;
188o da Independência e 121 o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
2009, a Lei 11.903, que cria o Sistema Nacional de Controle
de Medicamentos. A Lei foi assinada pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelos Ministros Reinhold
Stephanes (Agricultura, Pecuária e Abastecimento); Márcia
Bassit Lameiro Costa Mazzoli (interina da Saúde); e Miguel Jorge (do Desenvolvimento).
De acordo com o texto, todo e qualquer medicamento produzido,
dispensado ou vendido, no território nacional, será controlado
por meio do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos.
A Lei não especifica a tecnologia que será empregada
pelo Ministério da Saúde para proceder o controle, porém seu
texto esclarece que será feito “o rastreamento da produção e do consumo de medicamentos, por meio de tecnologia de captura,
armazenamento e transmissão eletrônica de dados” (Leia, abaixo,
a íntegra da a Lei 11.903).
O primeiro grande benefício da implantação do sistema de
rastreamento de medicamentos é a garantia de que o setor
de saúde terá acesso a produtos fabricados corretamente, de
acordo com regras de produção que assegurem sua qualidade.
“Os medicamentos fabricados sem o devido controle podem
não ter eficiência, o que atrasa e encarece os custos dos tratamentos,
e, em casos extremos, em vez de curar, podem até matar”.
Sistema cuja implementação será feita, no prazo gradual de
três anos, dará mais segurança ao farmacêutico. “Com o
controle, o Ministério da Saúde terá melhores condições de
planejar a distribuição de medicamentos pelo País; o setor
privado terá como combater o problema com roubo de cargas;
e será possível detectar os receptadores, pois cada unidade
sairá da fábrica com um código específico. Além disso, o farmacêutico
e o consumidor terão informações seguras sobre a
procedência do produto, desde a matéria-prima, até o momento
de sua dispensação, na farmácia”.
FALTA DE CONTROLE -
Dados do Ministério da Justiça
demonstram que o setor farmacêutico
movimenta 10 bilhões de dólares ao ano. No entanto,
apenas no ano de 2008, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) apreendeu cerca de 130 toneladas de produtos
sem registro, contrabandeados e falsificados no mercado. Esses
números evidenciam a necessidade de se aprimorar continuamente
os mecanismos de rastreabilidade e autenticidade
de medicamentos, no País. As discussões sobre os efeitos
nocivos da falta de controle em toda a cadeia de produção
dos medicamentos ganha um novo perfil, “Com a implantação do
sistema de rastreabilidade, o Governo Federal não tratará
mais das conseqüências e, sim, terá condições de prevenir um
problema que envolve riscos sanitários, patentes, desvio de
impostos e tráfico”.
HISTÓRICO - A criação de mecanismos mais eficazes para
o rastreamento de medicamentos é parte integrante do Plano
Nacional de Prevenção e Combate à Falsificação de Medicamentos
da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e
do Ministério da Saúde. O monitoramento de medicamentos
para uso humano, no País, apresentou avanços significativos,
nos últimos anos. Em 2002, foi publicada a Portaria
802/98, que instituiu o Sistema de Controle e Fiscalização, para
toda a cadeia de produtos farmacêuticos.
A popular “raspadinha” (tinta reativa que auxilia na averiguação da
autenticidade de medicamentos), a inviolabilidade das embalagens e a
identificação do número do lote nas transações comerciais são algumas das
inovações que a norma trouxe.
Ainda em 2002, a Resolução RDC número 320 determinou que as
distribuidoras de produtos farmacêuticos passassem a efetuar as
transações comerciais e operações de circulação, por meio de notas fiscais que
contivessem obrigatoriamente o número de lote do produto.
O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC)
foi instituído pela Anvisa, em 2007. Farmácias e drogarias que
dispensam medicamentos controlados devem aderir à nova solução, que capta
dados de todo o ciclo desses produtos.
Fonte:ANVISA
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É criado o Sistema Nacional de Controle
de Medicamentos, envolvendo a produção, comercialização,
dispensação e a prescrição médica, odontológica
e veterinária, assim como os demais tipos de
movimentação previstos pelos controles sanitários.
Art. 2o Todo e qualquer medicamento produzido,
dispensado ou vendido no território nacional será
controlado por meio do Sistema Nacional de Controle
de Medicamentos.
Parágrafo único. O controle aplica-se igualmente
às prescrições médicas, odontológicas e veterinárias.
Art. 3o O controle será realizado por meio de sistema
de identificação exclusivo dos produtos, prestadores
de serviços e usuários, com o emprego de tecnologias
de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.
§ 1o Os produtos e seus distribuidores receberão
identificação específica baseada em sistema de
captura de dados por via eletrônica, para os seguintes
componentes do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos:
I - fabricante (autorização de funcionamento, licença
estadual e alvará sanitário municipal dos estabelecimentos fabricantes);
II - fornecedor (atacadistas, varejistas, exportadores
e importadores de medicamentos);
III - comprador (inclusive estabelecimentos requisitantes
de produtos não aviados em receitas com múltiplos produtos);
IV - produto (produto aviado ou dispensado e sua quantidade);
V - unidades de transporte/logísticas;
VI - consumidor/paciente;
VII - prescrição (inclusive produtos não aviados
numa receita com múltiplos produtos);
VIII - médico, odontólogo e veterinário (inscrição no conselho de classe dos profissionais prescritores).
§ 2o Além dos listados nos incisos do § 1o deste
artigo, poderão ser incluídos pelo órgão de vigilância
sanitária federal outros componentes ligados à produção,
distribuição, importação, exportação, comercialização,
prescrição e uso de medicamentos.
Art. 4o O órgão de vigilância sanitária federal competente
implantará e coordenará o Sistema Nacional
de Controle de Medicamentos.
Parágrafo único. O órgão definirá o conteúdo, a
periodicidade e a responsabilidade pelo recebimento
e auditoria dos balanços das transações comerciais
necessários para o controle de que trata o art. 3o desta
Lei.
Art. 5o O órgão de vigilância sanitária federal
competente implantará o sistema no prazo gradual
de 3 (três) anos, sendo a inclusão dos componentes
referentes ao art. 3o desta Lei feita da seguinte forma:
I - no primeiro ano, os referentes aos incisos I e II
do § 1o;
II - no segundo ano, os referentes aos incisos III,
IV e V do § 1o;
III - no terceiro ano, os referentes aos incisos VI,
VII e VIII do § 1o.
Art. 6o O órgão de vigilância sanitária federal
competente estabelecerá as listas de medicamentos
de venda livre, de venda sob prescrição e retenção de
receita e de venda sob responsabilidade do farmacêutico,
sem retenção de receita.
Art. 7o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 14 de janeiro de 2009;
188o da Independência e 121 o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
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