1.28.2012

Como conquistar qualquer homem

Aprenda com a escritora Jamie Cat Callan, autora do livro Mulheres Francesas Não Dormem Sozinhas, como viver o romance dos seus sonhos.

Dalila Magarian

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(Foto;)
Quem nunca se perguntou como as francesas conseguem ser assim tão chiques, elegantes e, principalmente, sedutoras que atire o primeiro croissant! As atrizes Audrey Tatou, Juliette Binoche, Marion Cottilard, Isabelle Adjani e até a ninfeta Emma Watson (que, oui, nasceu em Paris) não apenas freqüentam o imaginário masculino como estão sempre bem acompanhadas. O que, afinal, explica esse je ne sais quoi que aparentemente só as francesas têm? A escritora americana Jamie Cat Callan, colaboradora do jornal americano The New York Times, decidiu investir nessa pesquisa. Neta de uma legítima naturelle de France, ela atravessou o Atlântico a fim de importar a receita e escreveu Mulheres Francesas Não Dormem Sozinhas (Objetiva), recheado de conselhos para engatar um affair de sucesso. O grande trunfo é revelar o que elas, as francesas, fazem para encontrar um bom partido, aumentar o sex appeal e conquistar os homens que querem – sem tirar a roupa. Casada pela segunda vez (com um cientista que conheceu em uma de suas aulas sobre escrita criativa), Jamie garante aplicar em casa o que aprendeu – e isso inclui usar uma bela lingerie todos os dias. Boa aula!
Que palavra melhor descreve a mulher francesa?
Eu diria confiante! Todo o resto – o mistério, o carisma e o charme – é consequência. A francesa também cultiva um “ jardim secreto”. Pode ser um estado mental ou um lugar inventado para sonhar acordada ou um caso amoroso que ninguém mais imagine ou mesmo um longo banho de espuma. Visitar esse jardin secret restaura a confiança e a sensação de independência e poder.
Por que você afirma que o espelho é uma das ferramentas mais poderosas para uma mulher?
Ao contemplar com muita atenção o seu reflexo, você tem a chance de enxergar seu rosto e corpo de forma objetiva e de perceber quais as cores e o estilo de roupa que real mente combinam com você. As atrizes agem assim o tempo inteiro e por isso conseguem ser tão carismáticas. Elas sabem exatamente o que as torna mais desejáveis e bonitas, e não levam em conta apenas o que está na moda.
Seduzir qualquer homem – isso é um sonho possível?
Para as francesas, seduzir significa algo maior e mais amplo do que simplesmente a noção de amor romântico. A França é um país onde até mesmo uma saída simples para comprar legumes frescos pode ser motivo para exercitar a sedução. Espera-se que você seja charmosa e entabule uma conversa com o quitandeiro para conseguir o melão mais maduro, por exemplo. Parece banal, mas raciocinar dessa maneira abre mil novas possibilidades de conquista.

Que outros segredos as francesas têm?
Para elas, menos é mais. Escolhem roupas de tons neutros e acrescentam acessórios de cores lindas ou joias originais ou vintage. Também praticam a arte da dissimulação – gostam de exibir só um atributo físico de cada vez. Sabem fazer isso com a maquiagem também – se realçam os olhos com rímel, delineador e sombra, suavizam os lábios e vice-versa. Os homens ficam curiosos para descobrir quem realmente é aquela mulher.
Você escreveu um capítulo inteiro sobre a importância da lingerie. Que diferença ela faz na hora de conhecer um homem?
A mulher francesa usa belas lingeries para si mesma e não para o homem – embora ele vá curtir na hora certa. É um poder delicioso e secreto, que desperta a sensualidade e faz com que ela se sinta maravilhosa. Também cria uma aura de mistério que poucos sabem de onde vem. É uma lição para todas nós.
No livro, você diz que promover jantares é uma das melhores táticas para conhecer alguém especial. Por quê?
Um jantar em grupo é o disfarce perfeito para uma mulher que quer conhecer melhor um homem antes de se envolver amorosamente com ele. Ela consegue mostrar como é inteligente, sua habilidade na cozinha ou, simplesmente, vestir uma bela roupa e ser admirada. As francesas convidam os colegas de trabalho e pedem que levem alguém para apresentar ao grupo. Ou sugerem a uma amiga ou conhecida trazer um primo ou alguém do curso de dança. Para elas, todo dia pode ser festivo e uma oportunidade de usufruir boa comida, amizade e conversa animada. E até o final da noite alguém interessante pode se aproximar delas.

O que as brasileiras podem fazer além de promover jantares, ainda ao estilo francês?
As francesas se reúnem em grupos.mistos, muitas vezes em cafés e bistrôs, para tomar vinho, ou até mesmo para passear no parque. Com certeza as brasileiras podem adaptar isso à sua realidade. Conhecer um homem quando se está num contexto coletivo ajuda a ganhar tempo para decidir se realmente deseja encontrá-lo em particular.
Aonde mais ir a fim de conhecer bons partidos?
Caminhe por sua cidade tanto quanto possível. Você nunca sabe quem poderá conhecer enquanto olha vitrines ou visita um museu. Frequente eventos, vá a shows, saia para dançar. Converse com quem estiver ao seu lado. Aquela senhora idosa no supermercado pode ter um filho perfeito para você! Não esconda seu charme. Ao contrário, deixe esse botão ligado o tempo inteiro. Mantenha-se encantadora todos os dias. Alguém pode estar de olho sem que você se dê conta.
Como funcionam os encontros a dois?
A francesa não quer que o homem saiba se ela pensa nele como um amigo ou um amante em potencial. Por isso, prefere marcar um local ao ar livre para passearem juntos e se conhecerem. Para os franceses em geral, o conceito de encontro tradicional não existe. Quando um casal fica a sós, é para fazer uma caminhada ou pedalar. Isso ajuda a amenizar o aspecto “entrevista” de um encontro formal. Ela deixa essa amizade florescer até que esteja a fim de transformá-la em outra coisa.

Sexo no primeiro encontro. Sim ou não?
As mulheres francesas não costumam fazer sexo no primeiro contato, justamente porque elas não marcam encontros! Preferem conhecer um homem quando estão em grupo, seja durante um concerto, numa festa, seja em qualquer outro local de convivência antes de chegar aos finalmentes. Elas também acreditam que uma conexão sexual imediata não leva a um amor duradouro. Se você deseja um relacionamento verdadeiro, espere.
O que podem fazer as mulheres que se sentem pouco jovens ou menos atraentes?
Os franceses usam a expressão jolie-laide, que significa bela, mas de maneira não tradicional. Mesmo quem não possui uma beleza clássica pode parecer linda se tiver algo incomum. Penélope Cruz tem um nariz grande e é muito sexy. Na França, as mulheres mais velhas também são admiradas sem precisar se vestir como adolescentes. Elas se cuidam e valorizam o charme da experiência.
Como criar aquela aura de mistério tão tipicamente francesa?
Experimente usar uma echarpe em um local público e puxá-la de seu pescoço lentamente, como quem faz um strip-tease. Você notará vários homens fascinados por seus movimentos. As francesas também gostam de usar óculos. Fazem com que pareçam inteligentes, mas também densas e interessantes. Autoconfiança é mesmo a palavra-chave para encontrar alguém para amar? Sentir-se feliz consigo mesma funciona como um ímã para o romance e o amor. Isso acontece quando você cuida mais de si mesma e não se comporta como uma necessitada. A autoconfiança deixa a mulher livre para procurar um homem não para completá-la, mas para compartilhar toda a vida.
Como você aplica essas “lições de francês” em seu casamento?
Uso lingerie bonita todo dia e não apenas em ocasiões especiais. Também faço tudo para manter um certo ar de mistério. Tenho o próprio estúdio de trabalho e minha privacidade. Também não revelo para meu marido cada pequena coisa que faço ou penso. Cuido para sairmos em grupo de homens e mulheres de vez em quando, não para enciumá-lo, mas lembrá-lo de que sou atraente e os homens me notam.
O que você diria à mulher que está frustrada e a ponto de desistir do verdadeiro amor?
Jamais desista! Apenas tire umas férias. Aproveite esse tempo para descobrir o que deixa você forte, feliz, sexy. Se possível, faça uma linda viagem. Quando se está em um lugar novo, somos naturalmente curiosas e abertas; por sua vez, as pessoas também se tornam curiosas a nosso respeito. Aprenda outra língua. Leia bons livros. Descanse. Compre vários conjuntos de lingerie. Uma vez que tenha redescoberto seu verdadeiro eu, terá reconstruído sua confiança e autoestima. Et voilà!

Como ser uma francesa sem morar na França
Cinco recomendações de Jamie Callan para você nunca mais ir para a cama sozinha!
1. Saia da internet
As francesas conhecem homens no mundo real. Elas conversam com todos, olhando bem nos olhos. É assim que aumentam suas possibilidades.
2. Ame seu corpo
Um dos segredos para cultivar o amor-próprio é usar loções e cremes cheirosos. É o truque do andar confiante delas!
3. Vive la différence
Use roupas femininas no trabalho, experimente viajar de saia e botas – você vai descobrir alguém para ajudar a carregar até aquela mala pesada!
4. Dê uma festa
Convide velhos e novos amigos. Não conte a nenhum homem que tem planos para ele. Deixe- o no escuro, tentando adivinhar.
5. Cozinhe
As francesas já sabem há séculos e nós não acreditávamos, mas o caminho para o coração de um homem passa pelo estômago.

Cortes de cabelo que emagrecem e rejuvenescem

Emagrecer, conquistar uma promoção, rejuvenescer até cinco anos, valorizar o visual... Três magos da tesoura mostram cortes que ajudam você a conquistar seus desejos.

Ulrica D'Orey e Samantha Faria / Fotos modelos, Chris Parente; Tesouras, Carlos Cubi em 28.06.2010

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  1. Imagem valorizada
  2. “Para valorizar sua imagem, inspire-se no visual das up town girls de Nova York, que esbanjam glamour até o último fio de cabelo”, diz o cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi, do salão M.G Hair Design, em São Paulo. Segundo ele, é fácil conseguir um look poderoso. “O comprimento deve ultrapassar a linha dos ombros. A risca ao meio é exigência, assim como o repicado largo. A franja, desfiada, começa na linha da boca". Por fim, escova e babyliss nas pontas.
  3.  
  4. Maquiagem Kaká Moraes / Modelo Carol Fontanetti, Way / Blusa, Mizli / Tesouras Suntachi
(Fotos modelos, Chris Parente

E mais:

  1. Look tropical
  2. Passe um leave-in e amasse os fios das pontas à raiz para definir os cachos. Solte o cabelo com os dedos e prenda flores de tecido ou naturais em um dos lados. Flores, Socorro & Cecília

DICAS PARA DESENCRAVAR OS PELOS

Dicas para desencravar os pelos

Pelos encravados são verdareiros pesadelos. Confira dicas para combater esse problema.

A maioria das mulheres sofre com os tão temidos pelos encravados. Por mais que existam vários tipos de depilação, parece que nenhuma é capaz de combater completamente o problema. Porém, existem alguns cuidados que você pode ter em casa para espantar este mal.
Confira as dicas:
1 – Faça esfoliação com sabonete de argila. A argila é um dos melhores ingredientes para limpar os poros. Use o sabonete em barra de três a quatro vezes por semana.
2 – Use sabonete esfoliante de duas a três vezes por semana. O ideal é que você esfolie com a pele seca antes do banho.
3 – Use sempre a bucha vegetal. Até mesmo na virilha. Independentemente do sabonete, faça movimentos circulares na região problemática.
4 – Se você se depila com lâminas, uma dica: tente retirar os pelos com a cera e veja se o problema permanece. Contudo, apesar da lenda, o contrário não é indicado.
5 – Faça um peeling natural em casa. Misture duas colheres de sopa de mel, uma colher de aveia e outra de açúcar. Passe por toda a parte onde tem pelos encravados, sempre em movimentos circulares. Deixe agir por 15 minutos e tome banho com um sabonete hidratante.
6 – Existem alguns tratamentos de beleza que ajudam a combater o problema. Um exemplo é o jato de luz, que é feito com um um equipamento específico. O procedimento, indolor, utiliza a força da energia pneumática em um reservatório como um compressor de ar e do comprimento de luz (que determina a velocidade da onda da luz). O processo primeiro purifica os poros da derme de dentro para fora e, com o vácuo e o comprimento de luz, trata a pele.
Importante!
A depilação a laser é mesmo a melhor técnica no combate aos pelos encravados. Contudo, ela é mais cara que os outros métodos e não deve ser feita no verão!

MITOS E VERDADES SOBRE DOENÇAS CRÔNICAS

Mitos e verdades sobre doenças crônicas

Doenças crônicas não têm cura e são mais comuns em idosos. Confira mitos e verdades sobre elas.


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 59,5 milhões de pessoas (31,3% da população no Brasil) têm alguma doença crônica. Dentre os principais problemas, se destacam: hipertensão (14%), problema de coluna ou costas (13,5%), artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5%), depressão (4,1%), doença de coração (4%) e diabetes (3,6%).
Para entender melhor este assunto, confira alguns mitos e verdades sobre doenças crônicas.
- Doenças crônicas são mais comuns em idosos.
Verdade. A terceira idade é a que mais apresenta doenças crônicas. No entanto, não há idade para desenvolver o problema. Crianças, jovens e adultos também estão suscetíveis.
- É possível prevenir as doenças crônicas.
Verdade. Há diversos cuidados que podem ser adotados pela população para prevenir doenças crônicas, como praticar esportes, destinar períodos para o lazer, ter uma alimentação balanceada e ir ao médico periodicamente para fazer check-up.
- Doença crônica tem cura.
Mito. As doenças crônicas não têm cura, é possível apenas controlá-las para ter uma vida mais saudável.
- Alguns tipos de doenças crônicas não são transmissíveis.
Verdade. Hipertensão, diabetes, asma, problema de coluna, por exemplo, não são contagiosos.
- Não existe doença crônica transmissível.
Mito. Alguns tipos de doenças crônicas, como AIDS e hepatite, por exemplo, são transmissíveis.
- O gerenciamento de doentes crônicos gera resultados positivos.
Verdade. Em 12 meses, uma média de 39% dos pacientes com quadro de hipertensão conseguem diminuir a pressão arterial, 13,6% dos diabéticos atenuam as taxas de açúcar no sangue e 9,6% dos pacientes com doenças cardiovasculares conseguem abrandar as taxas

ALIMENTAÇÃO É REMÉDIO NO COMBATE À DOR CRÔNICA

Alimentação é remédio no combate à dor crônica
Saúde e boa alimentação são duas coisas que andam juntas. Além de ajudar no funcionamento do nosso organismo, a escolha certa dos alimentos colabora na prevenção e no combate a algumas doenças. Como, por exemplo, as doenças crônicas.

Certos nutrientes são responsáveis pela síntese dos neurotransmissores associados à sensibilidade à dor e à sensação de bem-estar.

Um dos itens que não podem faltar no prato de quem sofre de dor crônica é o triptofano, aminoácido responsável pela síntese de serotonina, encontrado em carnes magras, leite desnatado e banana.

Outro elemento importante neste processo é o carboidrato. Recomenda-se que 50% a 60% da ingestão calórica diária seja composta por carboidratos, presentes nas frutas, pães, batata e cereais, de preferência os integrais.

A ingestão de alimentos ricos em magnésio, como espinafre, soja, caju, aveia e tomate, ácido fólico, encontrado na laranja, maçã e folhas verdes, além do cálcio, presente no leite, iogurte e queijos magros, e selênio, que está nas castanhas, nozes, atum e semente de girassol, também devem ser consumidos.

A doença, que não tem uma causa definida, é provocada por distúrbios infecciosos, reumatológicos, neurológicos e mesmo psiquiátricos, como distúrbios de ansiedade. O tratamento é multidisciplinar e engloba medicamentos como antidepressivos e analgésicos, além de psicoterapia e atividade física.

Treinamento antimonotonia

O CrossFit, exercícios que combinam esportes olímpicos e treinamentos militares americanos, se alastra entre os brasileiros

Luciani Gomes

Assista ao vídeo e saiba mais sobre a modalidade :
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CRIATIVIDADE
Britto (acima) ensina aos alunos a atividade do dia. A aluna
Caty (abaixo) se diverte com as propostas inusitadas do treinador
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Achar modalidades mais criativas é uma preocupação constante na vida de quem está acostumado a malhar e precisa se manter motivado. Em algum momento, a atividade escolhida perde a graça e é preciso encontrar algo diferente. A mais recente inovação nessa área é o CrossFit, uma ginástica elaborada com base nos treinamentos do Exército e da Marinha dos Estados Unidos e de atletas olímpicos. No Brasil, o número de adeptos cresce e surgem academias especializadas na modalidade.

Um dos segredos da popularidade que o CrossFit está alcançando é o elemento surpresa. Nada de aparelhos ou séries fixas de exercícios. “O aluno sempre chega à aula sem saber o que vai acontecer”, explica o professor carioca Andrei Britto, 31 anos, coordenador da academia CrossFit Leblon. A diversão já começa na escolha do local, pois as atividades tanto podem acontecer na própria academia como ao ar livre, em casa e até na praia. O roteiro das aulas também muda a cada encontro. Plantar bananeira, correr na praia, saltar degraus, escalar e pular corda são alguns dos 300 exercícios que compõem o repertório de possibilidades do método. Eles serão selecionados de acordo com o preparo físico do aluno, que determina também a intensidade da aula. “Os exercícios podem até ser os mesmos para todas as faixas etárias, porém, com carga diferenciada”, explica o professor Britto.

Foi esse aspecto lúdico que atraiu o designer carioca Ricardo Prema, 32 anos, de Manaus, no Amazonas. “É como se fosse uma brincadeira com os amigos. Nada é mecânico”, diz. Ele treina entre três e quatro vezes por semana em uma praça da cidade e conta que é comum ser parado por crianças que, curiosas, querem participar da atividade. “Elas pedem para brincar também. Já me chamaram de super-herói em razão dos movimentos que faço”, diverte-se. Por causa do dinamismo impresso às aulas, não há como calcular a queima de calorias. Mas essa não é a meta principal de quem opta pela modalidade. O que os seus adeptos mais desejam é ganhar força e resistência. Nadador há três anos, o carioca Gian Filippo, 28 anos, recorreu a essa atividade justamente com o objetivo de equilibrar a rotina de exercícios e ganhar mais massa muscular. Com a prática, percebeu uma melhora até no desempenho na natação. “Estava um pouco estagnado e consegui evoluir”, diz Fillipo.

Por causa da inspiração militar, o esforço e o estímulo à superação aos praticantes do CrossFit são potentes. Foi isso o que atraiu a fisioterapeuta carioca Caty Milene Oliveira, 28 anos. Ela já praticava pilates e musculação, mas arrumou espaço na agenda para o CrossFit. “São exercícios simples, mas que exigem do corpo o que é preciso e com intensidade”, diz Caty, que chegou a carregar um colega nas costas durante uma caminhada na praia. Entretanto, ainda que os praticantes insistam que a modalidade não tem contraindicações, é necessário que o aluno e seu instrutor realmente prestem muita atenção aos limites do corpo. “Deve-se introduzir o treinamento de maneira lenta e progressiva. No caso de qualquer deficiência ou dificuldade, também é importante estar alerta para adaptar o treino às condições de cada um”, diz o médico paulistano Arnaldo José Hernandez, 56 anos, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Os fãs do CrossFit também consideram-no a atividade completa. “Conseguimos aperfeiçoar diversas capacidades físicas, sem dar preferência a uma ou a outra, e trabalhar as várias funções do corpo”, afirma Joel Fridman, 36 anos, coordenador-técnico da academia paulistana CrossFit Brasil. Na visão do especialista Hernandez, porém, é aconselhável unir o CrossFit a outro esporte ou ginástica. “Pode ser uma corrida mais longa, natação ou ginástica localizada. A lógica de compor as qualidades treináveis do corpo, tais como força, agilidade e coordenação, de maneira equilibrada deve estar sempre presente”, diz o médico. 
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PEDIDO DE UMA CRIANÇA A SEUS PAIS.


 Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo o que peço. Só estou experimentando vocês. Não me corrijam com raiva, nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se me falarem com calma e em particular. Não me protejam das consequências de meus erros. Às vezes, eu preciso aprender pelo caminho áspero. Não levem muito a sério as minhas pequenas dores. Necessito delas para amadurecer. Não sejam irritantes ao me corrigir. Se assim o fizerem, eu poderei fazer o contrário do que me pedem. Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembre-se que isso me deixa profundamente desapontado. Não ponham a prova a minha honestidade. Sou facilmente levado a dizer mentiras. Não me apresentem um Deus carrancudo e vingativo. Isso me afastaria dele. Não me desconversem quando faço perguntas, senão serei levado a procurar respostas na rua todas as vezes que não as tiver em casa. Não se mostrem para mim como pessoas infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir um erro de vocês. Não me digam simplesmente que meus receios e medos são bobos. Ajudem-me a compreendê-los e vencê-los. Não me digam que não conseguem me controlar. Eu me julgarei mais fortes que vocês. Não me tratem como uma pessoas sem personalidade. Lembre-se que tenho meu próprio modo de ser. Não vivam apontando os defeitos das pessoas que me cercam, isso irá criar em mim, mais cedo ou mais tarde, o espiríto de intolerância. Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo. Não queiram ensinar tudo. Não tenham vergonha de dizer que me amam. Eu necessito desse carinho e amor para poder transmiti-lo a vocês e aos outros. Não desistam nunca de me ensinar o bem, mesmo quando eu parecer não estar aprendendo. Insistam através do exemplo e, no futuro, vocês verão em mim o fruto daquilo que plantaram.



Autoria: Meime




Esmaltes de inverno


Nem só de roupa vive a SPFW. Tendências de maquiagem, cabelo e esmaltes para o inverno também aparecem com força nas passarelas. A Risqué apresentou sua nova coleção no desfile de Reinaldo Lourenço que levou uma coleção mais "sombria" para a passarela. Feito em parceria com o estilista, os esmaltes lembram o que se viu no inverno do hemisfério norte. Tons escuros fechados, como marrom, azul e verde, porém com uma cobertura perolada.



Tons de esmaltes da Risqué lançados na SPFW. Vidrinhos chegam às lojas em 1º de março
Tons de esmaltes da Risqué lançados na SPFW. Vidrinhos chegam às lojas em 1º de março



Modelo mostra tom de preto cintilante, da Risqué
Modelo mostra tom de preto cintilante, da Risqué
Divulgação
Esmaltes Or Divin 221, Exquis 611, Merveille 651 e Apparat 871, todos da Dior
Esmaltes Or Divin 221, Exquis 611, Merveille 651 e Apparat 871, todos da Dior
De acordo com Roberta Resende, do salão Unhas e Cores, os tons das coleções de inverno da Dior e da Chanel estavam bastante cintilantes, com tons em ouro velho (Dior 221) e o marrom perolado (Dior 871 e 886).
Divulgação
Graphite 529, Period 531 e Quartz 525, todos da Chanel
Graphite 529, Period 531 e Quartz 525, todos da Chanel
Os esmaltes da coleção de inverno da Chanel já foram vistos nas unhas de algumas fashionistas aqui no Brasil. Lembrando que, enquanto o sol brilha por aqui, neva em alguns países do hemisfério norte.
O trio de inverno, lançado no final do ano passado, mostra bem essa onda de escuros cintilantes.
Serviço:
Chanel - www.chanel.com/pt_BR
Dior - http://www.dior.com/couture/br_pt
Risqué - http://www.risque.com.br/
Heloísa Negrão Heloísa Negrão

Hanseníase recua no Brasil, mas é ainda elevada em algumas regiões

Dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde indicam que a hanseníase pode ter atingido em 2011 o patamar mais baixo em casos por número de habitantes.
Em 2011, foi registrado 1,24 caso por 10 mil habitantes. Em 1990, a taxa era próxima de 19 por 10 mil -e não foi tão baixa como agora antes disso, afirma o governo.



O dado deve ser consolidado em março e pode subir até 15%, estima Artur Sousa, representante do Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) no Conselho Nacional de Saúde.
Isso encostaria a taxa na segunda menor da série (1,41, 2006). O ajuste, diz o ministério, será mínimo.
Apesar de vários indicadores apontarem para a redução da doença no país -foram 30.298 novos casos no ano passado, 15% a menos que em 2010-, o Brasil mantém o segundo maior registro de novos casos da hanseníase, só perdendo para a Índia.
Também deve ser o único país a alcançar 2013 sem ter atingido a meta de eliminação da doença (menos de um caso por 10 mil habitantes), segundo Sousa.
Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância Sanitária do ministério, estima que o país atinja esse patamar em 2015, com 15 anos de atraso segundo a meta da OMS (Organização Mundial da Saúde).
"Atrasamos, já poderíamos estar mais avançados."
Ele diz que o país foi conservador ao encarar a doença no início dos anos 90, sendo um dos últimos a adotar tratamento mais moderno.
DIFERENÇAS REGIONAIS
Barbosa defende o uso de metas contra a hanseníase como fator mobilizador. Em 2009, o governo brasileiro adotou outra estratégia, de não trabalhar com metas, mas com o controle da doença -o que foi revisto em 2011.
Depois de atingida a meta nacional, continua Barbosa, a seguinte será ter menos de um caso por 10 mil habitantes em todos os Estados.
A disparidade regional é uma das preocupações, confirma Sousa. A prevalência chegou a 3,28 casos por 10 mil pessoas na região Norte e a 3,15 na Centro-Oeste. Os piores índices se mantêm em Mato Grosso e Tocantins.
Os melhores, em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o que não garante tranquilidade. "O problema nesses Estados, e já está acontecendo em São Paulo, é a descentralização do tratamento." O resultado, diz Sousa, é a identificação tardia da doença e o aumento da sua transmissão.
O indicador usado para perceber o atraso é a detecção entre menores de 15 anos. Como a doença é transmitida após contatos prolongados, a criança com hanseníase aponta a presença de um adulto não diagnosticado.
A hanseníase é uma doença infecciosa. Os sintomas principais são o aparecimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas que causam a sensação de formigamento ou dormência.
Um seminário internacional sobre a doença, centrado em direitos humanos, será realizado na próxima semana no Rio de Janeiro.
JOHANNA NUBLAT
Folha

Médicos salvam bebê que nasceu praticamente sem sangue

Médicos britânicos salvaram a vida de um bebê que nasceu praticamente sem sangue no corpo por sofrer de uma doença rara.
Durante o parto, a equipe pensou que a criança estava morta por não ter encontrado os batimentos cardíacos dela durante 25 minutos.
Mas depois de receber oxigênio, uma massagem cardíaca e uma transfusão de sangue, o menino Oliver Morgan sobreviveu e hoje tem 15 meses de idade.
"Oliver não tinha sangue, nem batidas cardíacas e parecia morto, mas de alguma forma [os médicos] o trouxeram de volta", comentou a mãe, Katy.
O caso só veio a público recentemente. "O nascimento de Oliver foi tão traumático, que não consegui contar a história dele até agora."
O garoto nasceu com a enfermidade conhecida como vasa prévia, que levou à formação de uma veia extra no útero materno e se se rompeu na 37,5 semana de gestação.
No atendimento do Hospital Geral de Maidstone, para onde a mãe foi levada, os médicos perceberam que o sangue do bebê tinha sido "drenado" após o rompimento da tal veia.
A equipe optou pela transfusão de sangue, depois de ressuscitar Oliver, por meio do cordão umbilical.
O recém-nascido também recebeu cuidados adicionais após o parto. A temperatura de seu corpo foi baixada para 33ºC como forma de proteção contra prováveis sequelas que poderiam surgir pelo fato de o sangue ter sido forçado a circular até o cérebro e o coração.
Depois de onze dias, Oliver foi para casa viver com a mãe, o pai, Jeff, e o irmão mais velho Jack, de sete anos.
Folha

O Roto falando do esfarrapado

Juízes confundem autonomia com soberania, diz Gilmar Mendes

 A crise que domina a cúpula do Poder Judiciário tem sua origem em setores da magistratura que confundem autonomia com soberania.
Essa é a avaliação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, presidente do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de 2008 a 2010 e um dos responsáveis pela forma como a instituição atua no momento.


Ex-presidente do Supremo e CNJ Gilmar Mendes
Ex-presidente do Supremo e CNJ Gilmar Mendes(esta figura está na ativa e fala como autoridade)       
"Imagino que alguns magistrados estejam fazendo essa confusão, de que os tribunais são entidades soberanas. Confundem autonomia com soberania", disse Mendes em entrevista a Lucas Ferraz e Felipe Seligman, publicada na Folha desta sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O CNJ está no centro de uma crise no Judiciário devido à discussão a respeito do seu poder de investigação sobre os próprios magistrados.
Recentemente, dois ministros do STF atenderam a ações da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), entre outras entidades, e suspenderam investigações do conselho contra tribunais.
As associações de juízes também entraram com representação na Procuradoria-Geral da República contra a corregedora do CNJ Eliana Calmon, para que seja investigada sua conduta na investigação sobre pagamentos atípicos a magistrados e servidores.
Para os juízes, a ministra quebrou o sigilo fiscal dos investigados, ao pedir que os tribunais encaminhassem as declarações de imposto de renda dos juízes.
No começo do mês, a corregedora do CNJ apresentou relatório mostrando que magistrados e servidores movimentaram, entre 2000 e 2010, R$ 856 milhões em operações financeiras consideradas "atípicas" pelo Coaf, o órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda.
Integrantes do CNJ também começaram a se mobilizar para reduzir os poderes que o presidente do STF.

CÂNCER E FUNGOS


Um médico oncologista italiano, depois de anos de pesquisas e observações,  descobriu algo simples, que considera a causa do câncer.
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou suas conclusões e os resultados de sua terapia.
O médico observou que todo paciente de câncer apresenta aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos [Candida albicans].
Ele achou muito estranho que todos os tipos de câncer tivessem essa característica, ou seja, embora a váriedade de tipos de tumores, todos têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente.
Então, pensou ele, pode estar ocorrendo o contrário: a causa do câncer  pode ser o fungo. E para tratar esse fungo usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.
Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas aplicado, mediante enxagues metodicamente controlados, diretamente sobre as manchas brancas (fungos) dos tumores.
Resultados surpreendentes começaram a acontecer.
Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as aftas.  
Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados pelo médico e hoje comprovam, por seus exames, os resultados  altamente positivos do tratamento.
Eis o método: a aplicação do bicarbonado de sódio diretamente sobre o tecido tumoral... Quaisquer tumores podem ser debelados com esse tratamento simples e barato.
Parece brincadeira, não é?
Mas foi notícia nos EUA e nunca chegou por aqui.
Bem que a  homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas.
Afinal, uma boa notícia em meio a tantas ruins.
De novo, a pergunta que não quer calar: por que a grande imprensa não dá a menor cobertura a isso? Nem na TV, nem nas rádios, nem nos grandes jornais... Absolutamente nada. Quem os proíbe de noticiar?
O médico  italiano teve que construir um site para divulgar o seu trabalho sobre a cura o câncer (ou, pelo menos, várias das suas formas) mediante a aplicação de solução de bicarbonato de sódio a 20% (200mg/l).
Imaginem! Bicarbonato de sódio... coisa que a gente encontra até no boteco da esquina.
No endereço http://www.cancerfungus.com você encontra o vídeo onde o especialista italiano mostra a evolução do tratamento, até a completa cura do paciente, em quatro casos. O site é apresentado também em Português: clicando-se na bandeirinha do Brasil, no alto da página, muda-se o idioma.
 Repasse. Milhares de pessoas estão precisando saber o que causa essa doença letal e uma das formas possíveis de tratamento.

Bens de vítimas de queda de prédios no Rio, são desviados (segundo a reportagem da Folha de São Paulo)


DENISE MENCHEN
DO RIO
JUCA VARELA
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Atualizado às 07h36.
A falta de controle sobre os escombros retirados do local do desabamento dos três prédios no centro do Rio fez com que a zona portuária virasse ponto de garimpo, informa reportagem de Denise Menchen e Juca Varela publicada na edição deste sábado da Folha. A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Leia cobertura sobre o desabamento no Rio
Veja galeria de fotos do desabamento
Vídeos mostram cenário caótico após prédios caírem
Envie sua imagem ou relato sobre o desabamento no Rio
Equipe usa sensores de calor para buscar vítimas
Qualidade do ar piora 866% após desabamentos
17 mil t de escombros são removidas no Rio

Juca Varella/Folhapress
Funcionário de empresa que trabalha em construção de museu vasculha bolsa no meio de entulho retirado de prédios
Funcionário de empresa que trabalha em construção de museu vasculha bolsa no meio de entulho retirado de prédios
O lugar funciona como entreposto do entulho, que depois segue para um terreno na Baixada Fluminense. A Folha flagrou operários revirando bolsas, álbuns de fotos, peças de metal, cabos elétricos e telefônicos.
Eles usavam uniformes da Secretaria estadual de Obras e de empreiteiras que trabalham na região. A prefeitura, responsável pelo entulho, vai investigar o caso. O Estado diz que a roupa pode ter sido usada indevidamente.
Leia mais na edição da Folha deste sábado.
SUSPEITAS
O número de mortos no desabamento chega a 17. Ainda há ao menos cinco desaparecidos.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (26) que os indícios apontam que é improvável que o desabamento dos três prédios tenha sido causado por uma explosão. A principal hipótese aponta para um problema na estrutura de um dos prédios.
O ajudante de obras Alexandre Fonseca, 31, que sobreviveu ao desabamento ao se abrigar dentro do elevador, afirmou, porém, que não mexeu em pilares, vigas e lajes, que poderiam comprometer a estrutura do local.
Segundo o Crea, não havia qualquer registro da obra que estava sendo realizada em dois andares do edifício Liberdade. A prefeitura afirma que os imóveis estavam em situação regular.
Sérgio Alves, sócio-diretor da empresa TO - Tecnologia Organizacional, afirmou em entrevista nesta sexta-feira que as obras realizadas no 3º e 9º andar do edifício Liberdade, que desabou quarta-feira (25), não tinha irregularidades.
De acordo com Alves, as intervenções retiraram apenas paredes de tijolos, o que, segundo ele, não altera a estrutura do prédio.

Victor R. Caivano/Associated Press
Bombeiro busca vítimas nos escombros dos prédios que caíram no centro do Rio; veja galeria de fotos
Bombeiro busca vítimas nos escombros dos prédios que caíram no centro do Rio; veja galeria de imagens
DESABAMENTO
Os três prédios localizados ao lado do Theatro Municipal desabaram por volta das 20h30. Os edifícios tinham 18 (Liberdade), 10 (Colombo) e 4 andares. O teatro não foi atingido, mas seu anexo, onde funciona a bilheteria, sofreu danos por causa dos escombros.
Devido ao trabalhos no local do desabamento, a avenida 13 de Maio --onde ocorreram os desabamentos-- permanece interditada. A avenida Almirante Barroso também foi bloqueada entre a rua Senador Dantas e a avenida Rio Branco. Já Senador Dantas funciona com mão invertida entre a Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga.
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Editoria de Arte/Folhapress

Pais e professores, uma relação difícil

Aprendizado

São comuns os conflitos acerca da responsabilidade de cada um na formação das crianças. A solução está na aproximação entre as partes

Nathalia Goulart
Thinkstock (Thinkstock)
A relação entre pais e professores inclui, já faz algum tempo, boa dose de tensão. O assunto voltou à tona com força no fim do ano passado, quando um professor americano chamado Ron Clark resumiu as reclamações de boa parte dos mestres da seguinte maneira: professores não são babás de alunos, ao contrário do que pensam seus pais. Ele acusa os pais de repassar à escola suas responsabilidades, recusando, contudo, as regras impostas pela instituição educadora. Seu artigo, chamado "O que os professores realmente querem dizer aos país", tornou-se o segundo mais compartilhado no Facebook em 2011 (o primeiro trata do desastre da usina de Fukushima, no Japão), trocado mais de 630.000 vezes – prova de que a discussão é, no mínimo, pertinente. O texto ecoou em outros países e também no Brasil. "Por aqui, os pais perderam a habilidade de impor limites a seus filhos. Agora, tentam impor limites à escola, interferindo na atividade dos professores", diz a educadora Tânia Zagury, autora do livro Escola sem Conflito: Parceria com os Pais. De acordo com uma pesquisa realizada pela escritora, 44% dos professores apontam a ausência de limites como causa principal da indisciplina em sala de aula: um quinto dos profissionais responsabiliza a família pelo problema.


Do outro lado da linha, os pais também reclamam de intromissões da escola em disposições que acreditam justas. É o que vive a empresária Marcela Ulian, de 34 anos, mãe de um garoto de 6 anos – o nome dele, assim como o da instituição, um renomado colégio privado paulistano, serão omitidos a pedido da empresária. Há alguns meses, Marcela contesta uma determinação da escola que proíbe alunos de portar dispositivos eletrônicos, como celular ou tablet, no interior da instituição. "As crianças não podem ficar alheias às novas tecnologias. Acho inclusive que os professores podem ensinar que aqueles aparelhos podem servir como material educativo", diz Marcela. Não houve acordo. Para a escola, é em casa que as crianças devem aprender a fazer uso dos aparelhos. "Continuo não concordando com a escola e seguirei tentando provar que estou certa."
Não raro, as queixas de um lado e de outro são mais severas; outras revelam exageros flagrantes. Há, por exemplo, relatos de professores contestados por pais porque atribuíram uma nota baixa a um aluno, ou por tê-lo repreendido por comportamento inadequado. Preocupados com as reclamações de parte a parte, educadores se debruçaram sobre a questão. Descobriram duas razões principais para os desentendimentos. A primeira é uma transformação sofrida pela engrenagem familiar, fruto das mudanças sociais dos últimos 50 anos. Um exemplo disso: nesse período, as mulheres, tradicionalmente encarregadas de acompanhar o crescimento das crianças em casa, ganharam definitivamente o mercado de trabalho, distanciando-se da antiga função. "A consequência disso é que as escolas passaram a ser responsáveis também pela educação moral das crianças. A família moderna demandou isso delas", diz Maria Alice Nogueira, educadora e especialista em sociologia da educação.
A segunda razão envolve um movimento em sentido oposto: a intromissão dos pais em assuntos sobre os quais as escolas antes mantinham monopólio. À medida que as famílias perceberam que a ascensão nos bancos escolares é sinônimo de ascensão social e econômica, passaram a cobrar mais de instituições e professores, que antes davam as cartas na sala de aula – não por acaso, "mestre" é uma designação que quase não se aplica mais a professores. "O êxito proveniente da educação formal levou a família a interferir nos assuntos escolares", diz Maria Alice.
Excetuados os exageros, os educadores de olho na questão alertam que a nova realidade exige nova atitude. "O que ouço dos docentes em momentos como esse é aquela velha história de que, antigamente, eles eram mais respeitados", diz a educadora Elaine Bueno. "Esse é um discurso velho, pois os tempos mudaram: os pais não enxergam mais o professor e a escola como autoridades inquestionáveis. Eles precisam aceitar isso e prestar contas de seu trabalho."
O caminho da convivência harmoniosa exige trabalho intenso de pais e professores, garantem escolas que já o perseguem. Entre as lições aos professores (confira o quadro abaixo), estão orientações como jamais desqualificar ações dos pais diante dos filhos. É o que prega Sylvia Figueiredo, sócia-fundadora do colégio Castanho Lourenço, de São Paulo. Certa vez, ela descobriu que uma mãe fazia o dever de casa do filho. "Em nenhum momento, desmereci a atitude da mãe diante do menino, apesar de estar certa de que a conduta dela interferia negativamente no desempenho dele", conta. O assunto foi tratado em uma conversa a portas fechadas, cara a cara, entre a educadora e a mãe. "É preciso muito treinamento para lidar com os pais. A relação é uma bomba-relógio e pode explodir a qualquer momento se você puxa o fio errado na hora de desarmá-la." Aos pais, em situações como essa, cabe a lição de ao menos ouvir atentamente a posição do educador.
O esforço vale a pena. A harmonia entre as partes é valiosa para a educação – é o que apontam estudos na área. Uma pesquisa encabeçada pela Fundação Getulio Vargas, por exemplo, mostra que os efeitos da presença dos pais na vida escolar se fazem notar por toda a vida adulta. Na infância e na adolescência, a participação da família está associada a notas até 20% mais altas e riscos de evasão até 64% inferiores. "Gostamos de deixar claro aos pais que a interferência deles no processo educativo é saudável. Mas ambas as partes precisam estar abertas ao diálogo", diz Celina Cattini, diretora geral do Colégio Visconde de Porto Seguro. "Muitos professores sentem saudade do tempo em que os pais respeitavam a autoridade da escola. Mas é preciso lembrar que aqueles eram tempos em que havia respeito, mas não havia interação entre escola e família: isso não é bom para as crianças." Celina tem razão.
Com reportagem de Renata Honorato

O que pais e professores podem -e devem - fazer para evitar conflitos 

Diabetes não controlada aumenta perda auditiva em mulheres


Estudo mostrou que mulheres que não controlam diabetes podem ter mais problemas para ouvir do que aquelas que controlam a doença

Controle do diabetes: pacientes com a doença devem monitorar as taxas de açúcar no sangue constantemente Controle do diabetes: pacientes com a doença devem monitorar as taxas de açúcar no sangue constantemente (Jeffrey Hamilton/Thinkstock)
Mulheres com diagnóstico de diabetes podem ter maior perda auditiva à medida que envelhecem. O problema pode piorar principalmente se a doença não estiver sendo controlada com medicamentos. É o que sugere um estudo feito por pesquisadores do Hospital Henry Ford, em Detroit. Entre os homens, a perda foi pior tanto para os que tinham diabetes como para os que não tinham a doença.
Para o estudo, os pesquisadores revisaram registros médicos de 990 pacientes que fizeram exames de audição entre os anos de 2000 e 2008. Depois, eles foram divididos em categorias por gênero, idade e se tinham ou não diagnóstico de diabetes. Então, aqueles que tinham diabetes foram separados em dois grupos: os que controlavam bem o diabetes e os que não faziam controle da doença com medicamentos.
De acordo com os resultados da pesquisa, mulheres com idades entre 60 e 75 anos e que não controlavam a doença tinham mais riscos de ter perda auditiva. Já as idosas que usavam medicamento para evitar a piora do diabetes tinham níveis de audição tão bons quanto as que não eram diabéticas.
O estudo também mostrou uma piora significativa da audição em todas as mulheres com menos de 60 anos com diabetes, mesmo que controlada, em comparação com aquelas que não tinham diabetes. Para os homens, não houve diferença significativa na audição entre aqueles com diabetes bem ou mal controlada.
"Certo nível de perda auditiva é normal no processo de envelhecimento para todos nós, mas muitas vezes essa perda é acelerada em pacientes com diabetes, especialmente se os níveis de glicose no sangue não estão sendo controlados com medicação e dieta", disse Derek J. Handzo, do Departamento de Otorrinolaringologia Cabeça e Pescoço do Hospital Henry Ford. "Nosso estudo chama a atenção para importância de controlar o diabetes nos pacientes, principalmente à medida que envelhecem", afirmou.
Entre os sinais de perda auditiva estão dificuldade de ouvir barulhos ou de ouvir conversas em grandes grupos de pessoas, além de ter que aumentar o volume da televisão ou do rádio.
Apesar da associação entre diabetes e perda auditiva já ter sido estudada anteriormente, a nova pesquisa mostra mais sobre a possibilidade de diminuir os níveis da perda auditiva em mulheres, caso a doença seja controlada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e aparecem 500 novos casos por dia.
Veja