12.06.2014

Como sobreviver à família ultraconservadora na festa de Natal



Por Leonardo Sakamoto
Um amigo jornalista acaba de me escrever. Preocupadíssimo, relata um drama que deve se repetir em muitos lares pelo Brasil:
Saka, o Natal na minha família sempre foi um cenário e terror e desolação, com tios e tias sugerindo “exterminar mendigos'', “trancafiar drogados'' e “proibir gays de se beijarem em público''. Nem bem a prece em agradecimento pela ceia esfria e eles começam o festival de besteiras, confundindo as datas e crucificando Jesus ao invés de celebrar seu nascimento. Eles já suspiravam com a volta da ditadura muito antes dos malucos que pedem intervenção militar resolverem sair da casinha. Como os ânimos se exaltaram com as eleições, estou com medo de pisar na casa da minha avó para a ceia. O que fazer?
Meu caro, há alguns cenários possíveis. Nenhum deles é perfeito e a escolha depende da quantidade de amor que você tiver para gastar – lembrando, é claro, que essa commodity anda em falta no mercado. E desconfio que é por isso que as pessoas se preocupam tanto com presentes – o essencial é gratuito e dinheiro não compra.
A melhor sugestão é tatear o terreno com antecedência. Muitas famílias têm grupos de WhatsApp, que são ótimos termômetros do humor coletivo. Outra alternativa é perguntar para os avós – eles sempre sabem das coisas.
Se diante da sondagem lhe vier à mente a sabedoria de Carga Pesada (“É uma cilada, Bino!''), opte por uma das alternativas abaixo:
Sugestão 1: Invente uma viagem. Invente uma doença. Invente um plantão – ou não invente, apenas aceite-o, pois é muito mais legal folgar no Ano Novo do que no Natal. Invente um jantar na casa da namorada. E, para isso, invente a namorada que eu sei que você não tem.
Sugestão 2: Permaneça calado ao longo da ceia. Não faça nenhum comentário mesmo diante das maiores aberrações. No final, abrace forte cada tio e tia, em silêncio, por um tempo diretamente proporcional à quantidade de sandices que cada um disse. Dê um beijo no rosto deles e vá comer gemada.
Sugestão 3: Diga que, por consciência, votou no Levy Fidelix. E justifique seu voto. Pronto, o foco da discussão passa a ser você. Mas, pelo menos, é você quem controla a conversa e não o bando de loucos.
Sugestão 4: Concorde com eles e vá além. Defenda uma faxina étnico-racial. Elogie grupos de extermínio. Diga que é necessário rever o direito ao voto das mulheres. Se conseguir, ataque a Lei Áurea. Se disserem que você está exagerando, chame-os de fracos e comunistas. Ah, isso só funciona se você não rir.
Se tudo falhar, sorria. O Natal passa rápido. E, afinal, famiglia é famiglia.
paciono

Tucanos e a roubalheira dos trens de SP

MP pede devolução de R$ 418 milhões de contratos de trens


Promotores cobram anulação de acordos com empresas acusadas de formar cartel em concorrências para manutenção de vagões


MP sustenta que empresas devem pagar multa por danos morais à população decorrentes de cartel
MP sustenta que empresas devem pagar multa por danos morais à população decorrentes de cartel 
O Ministério Público de São Paulo pediu que onze empresas investigadas no caso do cartel de trens em São Paulo devolvam 418,3 milhões de reais aos cofres públicos por irregularidades em contratos de manutenção de equipamentos da série S2000, S2001 e S3000, celebrados com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) entre 2001 e 2002. Esse montante, ainda não corrigido, também engloba uma multa aplicada às multinacionais a título de danos morais à coletividade.
"A população que necessita do transporte coletivo de trens vem sendo massacrada pelo péssimo desserviço que é oferecido pelas empresas que dominam o mercado metro-ferroviário em São Paulo. Elas prestam um desserviço", afirmou o promotor Marcelo Milani, em entrevista coletiva. "Isso nos motivou a fazer um pedido de dano moral coletivo a essas empresas. Estamos pedindo que elas paguem uma multa de 112 milhões de reais pelos danos morais provocados pela formação do cartel".

O valor consta da ação movida nesta quinta-feira pelo Ministério Público, na qual o órgão também defende a dissolução de dez dessas empresas e a anulação dos contratos com o governo do PSDB. Quatro promotores subscrevem a ação, que tem base em três inquéritos civis. O argumento central da ação é que as empresas formaram um cartel para conquistar os contratos. As empresas, entre as quais a Alstom, negam irregularidades. A ação recai sobre a Siemens, Alstom, CAF espanhola, CAF brasileira, TTrans, Bombardier, MGE, Mitsui, Temoinsa, Tejofran e MPE.
A única empresa que o MP informa que não pode pedir a dissolução é a CAF espanhola, sobre a qual a Justiça brasileira não pode aplicar a legislação nacional. A manutenção de trens foi solicitada pela Diretoria de Operação da CPTM, em 1999 (governo do PSDB), pelo valor orçado de 89 milhões de reais, base no mês de dezembro daquele ano. Apenas pessoas jurídicas são acusadas, além da CPTM que figura como "corré" na ação civil, segundo a Promotoria. É o segundo processo da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público contra o cartel. Em agosto, foi proposta ação civil por improbidade contra onze empresas do cartel e três ex-diretores do Metrô de São Paulo, com pedido de indenização de 2,49 bilhões de reais por supostos danos na reforma de 98 trens das Linhas 1 - Azul e 3 - Vermelha.
 
Leia também: Suíça vai transferir processo do cartel de trens para o Brasil

PF indicia presidente da CPTM no inquérito sobre cartel

O presidente e o diretor de operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), respectivamente Mário Bandeira e José Luiz Lavorente, estão entre os 33 indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investigou o cartel no setor metroferroviário que operou em São Paulo entre 1998 e 2008, nos governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

Lavorente e Bandeira são os únicos servidores públicos que ainda estão no cargo que constam da lista de indiciados, entre doleiros, ex-funcionários do governo, empresários e executivos das multinacionais que teriam participado de conluio para obtenção de contratos no Metrô e na CPTM. A PF também indiciou funcionários e ex-funcionários das multinacionais Alstom, Siemens, Bombardier, Mitsui, CAF e Ttrans.

CPTM informou que os dirigentes da companhia indiciados pela Polícia Federal não vão se manifestar. Segundo a estatal, nem Mário Bandeira nem José Luiz Lavorente tiveram acesso ao conteúdo do processo, já que ele está sob sigilo. "Os diretores da CPTM eventualmente mencionados no relatório da PF não irão se manifestar, uma vez que não tiveram acesso ao conteúdo do processo em razão do segredo de Justiça", diz nota enviada pela estatal.
Ainda de acordo com o texto, Bandeira e Lavorente puseram os próprios dados fiscais e bancários à disposição da Justiça. Os dois dirigentes da companhia fizeram o mesmo com os dados de suas respectivas mulheres. Ambos negam veementemente "qualquer prática irregular". "Os executivos negam veementemente qualquer prática irregular na condução dos processos licitatórios, desconhecendo completamente qualquer acusação", afirma a nota da companhia.
Todos os indiciados são investigados pelos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de cartel, crime licitatório, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Cerca de 60 milhões de reais dos investigados estão bloqueados. O inquérito chegou à Justiça Federal na segunda-feira.
O nome do ex-diretor da CPTM, José Roberto Zaniboni, também está entre os 33 indiciados pela PF. Ele é suspeito de receber propina das empresas via lobistas. O esquema foi revelado em outubro de 2013, pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, em delação premiada à PF. Em seu depoimento, Rheinheimer relatou sobre suposto pagamento de propina de multinacionais a deputados e funcionários públicos.
Zaniboni mantinha conta secreta na Suíça com saldo de 826.000 dólares. O dinheiro, segundo seu advogado, Luiz Fernando Pacheco, já foi repatriado pelo próprio Zaniboni, com recolhimento de impostos. Na quinta, uma delegação de procuradores e promotores brasileiros se reuniu em Berna com integrantes do Ministério Público da Suíça. A meta é identificar o percurso do dinheiro encontrado em contas em Zurique.

Os autos foram remetidos para o Supremo Tribunal Federal, órgão que detém competência para processar os parlamentares citados por Rheinheimer na delação. O depoimento prestado por Rheinheimer à Justiça foi ratificado pelas provas reunidas no inquérito. O Supremo devolveu à PF parte da investigação que não atingia autoridades com foro privilegiado. Depois disso, a polícia passou a colher depoimentos e rastrear eventuais fluxos de recursos ilícitos em contas dos suspeitos no caso do cartel.
Alguns investigados já haviam sido indiciados antes da remessa do inquérito ao STF. A outra parte foi enquadrada após o retorno dos autos. Procurada pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a Alstom informou por meio de nota que "não pode se manifestar" em razão de o inquérito correr sob segredo de Justiça.
A Siemens disse apoiar o "total esclarecimento" do episódio e reforçou ter tido "proatividade" ao divulgar os resultado das auditorias que deram início às investigações da Polícia Federal. Também por meio de nota oficial, a Mitsui afirmou estar colaborando com as investigações que estão em andamento. A empresa também informou que não vai comentar a menção de um ex-funcionário na lista de indiciados da Polícia.
(Com Estadão Conteúdo)

Ficha do diretor da CPTM Zaniboni (cargo de confiança)  nomeado pelo governo do PSDB de SP:
Zaniboni exerceu função de confiança nas gestões de governos do PSDB em São Paulo – diretor de operações e manutenção da CPTM – entre 1998 e 2003.
Nesse período, de acordo com a investigação do Ministério Público da Suíça, foram realizadas transferências para uma conta denominada Milmar, alojada em agência do banco Crédit Suisse em Zurique e de titularidade de Zaniboni.
A Suíça está convencida de que se trata de “dinheiro de propina” que ele teria recebido a partir da celebração de contrato da CPTM para melhorias de 129 vagões.
A conta Milmar captou 836 000 dólares. Parte desse montante, 255,8 mil dólares, foi repassada pela conta 524373, aberta em nome do engenheiro e consultor Arthur Gomes Teixeira.

José Amaro Pinto Ramos (alto à esq.), que era próximo a Sergio Motta, homem forte do governo FHC, foi indiciado pela justiça suíça pelo pagamento de propinas do caso Alstom; informação acaba de ser publicada pelo jornalista Fausto Macedo, um dos mais tarimbados profissionais da imprensa brasileira; “eles foram indiciados por lavagem de dinheiro agravado assim como por corrupção de funcionários estrangeiros”, destaca o dossiê que a Suíça enviou ao Brasil em fevereiro de 2011 e que, durante anos, ficou engavetado no gabinete do procurador Rodrigo de Grandis; como nenhuma providência concreta foi tomada, a denúncia contra o lobista foi arquivada e as autoridades suíças reclamaram do "pouco caso" daqui

247 - Já não se pode mais dizer que o caso Alstom bate à porta do PSDB. Invadiu a casa. O fato novo é a informação que acaba de ser publicada pelo jornalista Fausto Macedo, repórter do Estado de S. Paulo e um dos mais tarimbados profissionais da imprensa brasileira. A justiça suíça decidiu indiciar por corrupção o lobista tucano José Amaro Pinto Ramos, que era muito próximo ao ex-ministro Sergio Motta, homem forte do governo FHC. Mas a história terminou de forma vergonhosa: como nenhuma providência foi tomada no Brasil, a acusação, que dependia da colaboração do procurador Rodrigo de Grandis, acabou sendo arquivada.

Segundo a reportagem de Fausto Macedo (leia aqui a íntegra), José Amaro Pinto Ramos era um dos principais responsáveis pelo pagamento de propinas nas compras do metrô de São Paulo e da CPTM, bem como na área de energia. Eis alguns trechos:

José Amaro Pinto Ramos, famoso lobista amigo de empreiteiros e políticos do PSDB, foi indiciado na Suíça por crimes de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos no caso Alstom. A informação consta de relatório do Ministério Público da Confederação Helvética (MPC), datado de 21 de fevereiro de 2011, que agora municia investigação no Brasil sobre a Alstom e suposto esquema de pagamento de propinas. (...) Amaro Ramos é citado no dossiê dos procuradores da Suíça no mesmo processo de investigação de polícia criminal aberto contra outros dois empresários e engenheiros brasileiros, igualmente rotulados de lobistas: Arthur Gomes Teixeira e Sérgio Meira Teixeira – este já falecido.

Rastreamento bancário mostra que Arthur Teixeira fez depósitos na conta Milmar, alojada no Credit Suisse de Zurique, de titularidade do engenheiro João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações e manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre 1998 e 2003.

A investigação mostra que Zaniboni recebeu US$ 836 mil, parte desse montante repassado por Arthur Teixeira. Os investigadores brasileiros suspeitam que Arthur Teixeira era o pagador de propinas do esquema Alstom. Sua defesa nega enfaticamente tal prática.

O processo SV 10.0173-LEN, da Suíça, foi aberto em 7 de outubro de 2008. “Um processo de investigação de polícia criminal contra Arthur Gomes Teixeira que foi estendido, em base aos resultados obtidos na investigação até essa altura, a José Amaro Pinto Ramos, assim como a Sérgio Meira Teixeira”.

“Eles foram indiciados por lavagem de dinheiro agravado assim como por corrupção de funcionários estrangeiros”, destaca o dossiê que a Suíça enviou ao Brasil em fevereiro de 2011.

O relatório da Procuradoria da Suíça é taxativo. “Acusa-se as pessoas mencionadas de terem assistido companhias da Alstom na obtenção de projetos de grande porte no Brasil, particularmente no âmbito dos transportes, em qualidade de tais consultorias e terem transmitido no âmbito dessas atividades propinas por conta da Alstom.”

Amaro Ramos é citado como controlador da EPCINT Assessoria Técnica S/C Ltda, sediada em São Paulo. O lobista preferido dos tucanos teria usado a EPCINT para repassar valores a agentes públicos, suspeitam os investigadores.

“Consta dos resultados obtidos até agora no âmbito do presente processo que há uma suspeita que companhias do grupo francês Alstom em São Paulo, Brasil, teria corrompido, com a cumplicidade de cidadãos brasileiros, funcionários públicos no contexto da atribuição de contratos efetuados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos”, assinala a Procuradoria da Suíça.

O dossiê da Suíça foi encaminhado em 21 de fevereiro de 2011 para o Ministério Público Federal em São Paulo junto com “pedido de auxílio judiciário”, subscrito pelo procurador federal suíço Stefan Lenz.

(...)

Além de uma inspeção na residência de João Roberto Zaniboni, a Suíça pediu outras medidas, como o interrogatório de Arthur Gomes Teixeira e José Amaro Pinto Ramos. (...) Mas nenhuma diligência foi realizada, frustrando as autoridades suíças. O pouco caso do Brasil teria provocado o arquivamento de parte das investigações na Suíça.

Neste sábado, reportagem da Folha de S. Paulo apontou que a investigação não foi adiante porque o procurador Rodrigo de Grandis teria engavetado o caso, alegando "falha administrativa" e que o pedido de cooperação e de diligências foi arquivado numa pasta equivocada (saiba mais aqui).

Leia, ainda, reportagem anterior do 247 sobre José Amaro Pinto Ramos:

LOBISTA  É O ELO PERDIDO ENTRE ALSTOM E PSDB-SP

Antigo personagem das sombras da política paulista, José Amaro Pinto Ramos está sendo investigado pela Polícia Federal e ministérios públicos federal e estadual; por meio do ex-ministro Sergio Motta, ele se aproximou do governo de Fernando Henrique em 1994; nesta órbita, apresentou marqueteiros e executivos dos setores de transportes e energia aos tucanos; remunerado pela Alstom, como ele próprio admitiu em entrevista, lobista brasileiro que vive nos EUA aparece na origem do escândalo que pode ter envolvido até R$ 1 bilhão em propinas para executivos estaduais paulistas nas gestões do PSDB em São Paulo nos últimos 18 anos 

8 DE SETEMBRO DE 2013 ÀS 18:10

247 – Um velho personagem das sombras da política paulista está de volta à cena aberta. Sob suspeita de ser o primeiro elo de ligação entre os chefes tucanos e a multinacional francesa Alstom, o lobista global brasileiro José Amaro Pinto Ramos está sendo investigado pela Polícia Federal e promotores dos ministérios públicos estadual e federal.

Desconfia-se que Pinto Ramos, homem de fino trato, amante das artes e dos bons modos, com residência permanente nos EUA, possa ter atuado na criação da parceria entre a Alstom e caciques do partido, o que valeu à companhia gordos contratos no sistema de transportes operado pelos governos estaduais tucanos em São Paulo desde 1994.

Aos executivos das administrações tucanas no Palácio dos Bandeirantes, a parceria com a Alstom teria valido até R$ 1 bilhão em propinas. A também multinacional Siemens teria colaborado com somas vultuosas para o esquema. A partir de denúncias formais feitas por integrantes da cúpula da Siemens, o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) está concluíndo uma longa investigação sobre corrupção em torno do sistema de metrô e trens da região metropolitana de São Paulo.

20 ANOS DE PODER - O ponto de contato inicial entre Pinto Ramos e os tucanos teria sido o ex-ministro das Comunicações Sergio Motta. Verdadeiro ídolo entre os tucanos, Motta gostava de dizer que pilotava um esquema político capaz de levar o PSDB a permanecer 20 anos no poder no Brasil. A Alstom esteve entre as empresas que colaboraram para a reeleição de FHC, em 1998 (aqui).

No Estados Unidos, após a vitória de Fernando Henrique nas eleições presidenciais de 1994, Pinto Ramos apresentou Motta a um dos principais marqueteiros do então presidente americano Bill Clinton, James Carville. Em seguida, numa festa que ele próprio deu em homenagem a FHC, Pinto Ramos teria aproximado Motta do então diretor da Siemens Jack Cizain. A partir daí, as investigações apuram como passaram a se desenvolver as relações entre a Alstom e os governos paulistas.

Com trânsito livre entre todos os escalões dos tucano, Motta tanto era ligado a Fernando Henrique como era próximo dos ex-governadores Mario Covas e José Serra. Especializado em viabilizar grandes projetos industriais nas áreas de energia e transportes, Pinto Ramos teria atuado para tornar mais fácil o caminho da Alstom dentro da máquina adminitrativa paulista. O que se sabe é que os principais contratos para a construção de vias férreas e metrô na Grande São Paulo foram conquistados pela Alstom.

As informações sobre as investigações da PF e do Ministério Público sobre Pinto Ramos foram reveladas pelas jornalista Vaconcelo Quadros, do portal G1.
comentários
Se o MP fosse um órgão sério, o responsável pelo caso dançaria. Não dá pra pôr culpa em estagiário de uma negligência dessas, mais a mais quando acaba transparecendo que pode ter sido intencional.

12.05.2014

Divirta-se sem pesar mais na balança



 

Nutricionista dá dicas de como aproveitar o período de festas sem engordar aqueles temidos quilinhos.
Finalmente dezembro chegou, e, com ele, o verão, as férias, o 13º salário e... As festas.
O Natal e o Ano Novo, que trazem consigo o espírito de mudanças e novos desafios, também são fontes de comemorações que duram dias e banquetes deliciosos, - e o desafio para o próximo ano já começa durante as festas: evitar engordar aqueles quilinhos que podem ser propiciados devido ao excesso de comida durante esse período.
Porém, é possível sim aproveitar as festas sem que isso pese na balança, e a nutricionista Paula Souza Borges oferece algumas dicas para aqueles que desejam se divertir durante o período festivo – e, ainda assim, continuar no peso ideal.
A primeira atitude a ser ressaltada pela profissional é: não faça dietas mirabolantes antes das ceias de final de ano, e sim preocupe-se com o que será feito depois da comilança. “Além disso, uma dica legal é tentar trocar os alimentos gordurosos por aqueles mais saudáveis, como, por exemplo, optar pelo peru – que tem 125 kcal a cada 100g contra kcal do tender, 160 kcal do pernil e 171 kcal do lombo, por exemplo. E é claro, sempre lembre-se de retirar a pele da carne”, comenta.
Também é importante alimentar-se de forma correta no dia da ceia. “Pular refeições para aguardar a hora da comilança é extremamente não adequado. O ideal é alimentar-se de três em três horas, como em qualquer outro dia, apostando em um bom café da manhã, com proteínas e suco verde, que oferecem vitaminas, minerais e energia para encarar o dia”, sugere Paula.
Para o início da ceia, comece fazendo um bom prato de salada e deixe de lado os petiscos mais calóricos, como queijos gordos, azeitonas, salames e salgadinhos: ao invés disso, opte pelas castanhas e frutas. Outro adendo importante ressaltado pela nutricionista é: mantenha cuidado com as bebidas alcoólicas. “Evite-as. Para fazer brindes, por exemplo, uma taça de champanhe ou de vinho são o suficiente, - e são gostosas”, diz.
Para a sobremesa, prefira aquelas que são à base de frutas e tenha em mente que nada é proibido. “Coma o que sentir vontade, mas lembre-se que o segundo e o terceiro pedaços têm o mesmo gosto de o primeiro. Por isso, o melhor é comer pequenas porções daquilo que você tem vontade, assim, evita a sensação de culpa após o jantar”, relembra Paula.
Acabou a ceia? Continue mantendo os cuidados: afinal, sobras de comida são muito comuns nessa época – e é normal que o almoço e a janta dos dias seguintes também sejam regados às comidas natalinas. “Mantenha-se atento durante esse período, mas, mais importante do que isso, cuide-se após as festas. Essa é a hora de diminuir o açúcar e a gordura da dieta, optar por alimentos saudáveis e voltar a fazer exercícios físicos regulares. Assim, reconquistando o equilíbrio do seu organismo, o metabolismo volta a funcionar normalmente - e manter a forma durante o verão será mais fácil”, conclui a nutricionista. 
Paula Souza Borges
(nutricionista)

A gratidão é a virtude das almas nobres.

Gratidão


















"Tenho percebido que o Universo ama a gratidão.


Assim, quanto mais agradecido você for, maiores serão os benefícios que obterá.


Quando digo benefícios, não me refiro apenas a objetos materiais,mas também incluo, entre eles, todas as pessoas, lugares e experiências que tornam a vida tão maravilhosamente dignade ser vivida.


Você tem consciência de que está bem quando a sua vida é plena de amor e alegria, saúde e criatividade, e você encontra todos os sinais abertos para dar prosseguimento a suas tarefas

ou empreendimentos.


É desta maneira que nossas vidas devem ser vividas.


O Universo é um doador generoso, abundante, e que gosta de ser apreciado.


A gratidão põe em ação mecanismos para que se tenha mais motivos para sentir gratidão.


Ela aumenta a abundância da vida que você tem.


A falta de gratidão, ou as queixas, nos dão poucos motivos para que nos regozijemos.


Os que vivem se queixando sempre acham que têm poucas coisas boas em suas vidas ou, então, não usufruem do que têm.


O Universo sempre nos dá aquilo que acreditamos que merecemos.


Muitos de nós foram educados para olhar apenas para o que  não têm, e sentir a falta destas coisas.


Somos produtos da crença na escassez e assim ficamos nos indagando por que nossas vidas são tão vazias.


Nós devemos ser gratos até pelas lições querecebemos.


Não fuja das aprendizagens, pois elas são pequenos pacotes que envolvem tesouros que nos foram oferecidos.


Na medida em que formos aprendendo com elas, nossas vidas sofrerão uma transformação para melhor.


Utilizemos o máximo de tempo que pudermos agradecendo, diariamente, tudo de bom que há em nossas vidas.


Se você recebe pouco agora, irá receber mais.


Se você já possui uma vida de abundância, está será intensificada.


É uma situação de lucro – você está feliz, e o Universo está feliz.


A gratidão multiplica a abundância.


Partilhe o segredo da gratidão.


Vamos ajudar a transformar o mundo em um lugar de pessoas agradecidas, um lugar para dar e receber.


SOU GRATA!

O novo (e frágil) Consenso de Brasília

“Ajuste fiscal” iniciado por Dilma não visa “acertar contas públicas”, mas mostrar adesão a mito conservador. Caminho pode levá-la ao desastre
por Antonio Martins publicado 04/12/2014 19:14
141204Dilma.jpg
O governo crê que, ao apaziguar os mercados, conquistará uma trégua. Mas tudo indica que está preso no que os estrategistas militares costumam chamar de “movimento de pinça”.Imagem: Bob Row
[Este é o blog do site Outras Palavras em CartaCapital. Aqui você vê o site completo]
Estranha é a matemática dos que alardeiam a necessidade de um “ajuste fiscal”. Nas últimas semanas, afirmou-se que o Orçamento da União, para 2015, contém um “rombo de 100 bilhões de reais”. Defendeu-se a nomeação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, sob o argumento de ser um “especialista em gastos públicos”, cujo “descontrole” seria responsável pelas agruras econômicas do Brasil. Abriu-se a caça às despesas a cortar – do seguro-desemprego e auxílio-doença pagos pela Seguridade às linhas de crédito dos bancos públicos.
Então, quase em surdina, sem nenhum destaque nas manchetes, o Banco Central promoveu, em duas tacadas, a elevação de 0,75% na taxa de juros paga pelo Estado a seus credores. Em termos reais, já era de longe, a mais alta do mundo. Agora, subiu a 11,75% ao ano – contra 0,23% nos EUA, 0,08% na zona do euro, 1,8% nas Filipinas ou 4,42% na Colômbia. Calcule, você mesmo, o impacto sobre os gastos públicos. Se a dívida pública monta a R$ 2,183 bilhões, a União transferirá em 2015, aos possuidores de títulos de Tesouro – quase todos já fartamente endinheirados –, R$ 256 bilhões (o dobro do suposto “rombo”). Só as duas elevações da taxas de juros mais recentes decretadas pelo BC custarão R$ 16,37 bilhões, cinco vezes mais que os recursos destinados ao ministério da Cultura, em 2014.
* * *
A construção de mitos políticos completa-se, às vezes, de modo abrupto. Nos últimos meses, o arranjo lulista, que marcou o Brasil durante doze anos, deparou-se com um impasse descrito com sagacidade do Luiz Gonzaga BelluzzoAndré Singer. Após seis anos, a crise econômica global minou as condições antes existentes para contentar ricos e pobres; para melhorar o padrão de vida das maiorias sem atingir lucros e privilégios das elites. Sabia-se, também, que o PT e seus parceiros estavam muito capturados pela máquina institucional e muito pouco preparados para dar um passo adiante.
Porém, poucos haviam previsto que o governo Dilma descrevesse, em apenas seis meses, o impressionante ziguezague que o fez render-se ao “ajuste fiscal” proposto, desde antes das eleições, pelos conservadores. Hoje, percebe-se com clareza que a guinada à esquerda de Dilma, durante a campanha, era apenas aparente. A candidata afirmou ter “coração valente” e prometeu “mais mudanças”. Mas ao “desconstruir” Marina Silva e ressuscitar Aécio Neves, para tê-lo como adversário no segundo turno,gerou a onda que levou à eleição de um Congresso ultra-retrógrado e tornou-se refém de seus correligionários mais fisiológicos. Um grande sucesso de marketing eleitoral produziu, em poucas semanas, uma terrível sinuca política.
Subitamente, o “ajuste fiscal” converteu-se numa espécie de “Consenso de Brasília”. A oligarquia financeira exalta-o (com previsível apoio da mídia) porque atende a seus mais caros interesses. Os políticos conservadores regozijam-se porque ele obrigará Dilma a descumprir seu programa e corroer sua própria popularidade. O governo crê que, ao apaziguar os mercados, conquistará uma trégua.
Mas tudo indica que está preso no que os estrategistas militares costumam chamar de “movimento de pinça”. A oligarquia financeira, agora instalada no ministério da Fazenda, exigirá concessões crescentes: já se aposta em novos aumentos das taxas de juros, nos próximos meses. Mas, ao invés de se satisfazer com estas concessões, a oposição conservadora irá explorar cada uma delas para desgastar o governo. Ontem, no Congresso Nacional, parlamentares do PSDB e do DEM solidarizaram-se com “manifestantes” que, da galeria, xingavam a deputada Vanessa Granhotim (PCdoB-AM) de “vagabunda”.
O Consenso de Brasília é frágil: ampara-se numa adesão de conveniência. Será crescentemente contestado pelo setor não-fisiológico da base parlamentar do governo e, em especial, pelos movimentos sociais que esperavam “mais mudanças”. Mas inverter o rumo inaugurado pela nomeação de Joaquim Levy exigirá um movimento intelectual de envergadura. Implica construir, como alternativa ao impasse do lulismo, um projeto de redistribuição de riquezas muito mais intenso e profundo que o ensaio tímido vivido entre 2002 e 2014. Quem poderá fazê-lo?

Operação Lava Jato sem maquiagem

Perguntas e respostas da Operação Lava Jato, que vc não vai ler na grande imprensa(Globo, Veja, Isto é, Época, Folha de São Paulo e Estadão). 

Entenda o esquema de cartel e lavagem de dinheiro que pode ter desviado bilhões dos cofres públicos

por Redação —  24/11/2014 17:36

Geraldo Magela / Agência Senado e Antonio Cruz / Agência Brasil
Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa
Youssef e Costa: os principais delatores da Lava Jato

Deflagrada em 14 de novembro, a sétima fase da Operação Lava Jato causou certo choque pelo ineditismo de seus alvos: executivos de algumas das maiores empreiteiras do Brasil foram parar na cadeia por envolvimento naquele que pode ser um dos maiores escândalos de corrupção da história do País. A ação é o desdobramento de uma investigação que chegou ao público em março e que pode, a depender de seu andamento, levar políticos para a prisão. Abaixo, algumas perguntas e respostas a respeito da Lava Jato.
O que é a Operação Lava Jato?É uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal a respeito de uma organização criminosa formada por políticos, funcionários públicos, executivos de empreiteiras e doleiros. As empreiteiras distribuíam entre si contratos com órgãos públicos, em especial a Petrobras, mediante o pagamento de propina e desvio de dinheiro público, que era repassado a partidos políticos.
Por que a Lava Jato está na sétima fase, o que aconteceu antes?A Lava Jato foi deflagrada em 17 de março de 2014 e se concentrava no combate ao crime de lavagem de dinheiro, com foco na atuação do doleiro Alberto Youssef. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa era um dos alvos e foi preso em 20 de março. A partir de grampos, de documentos apreendidos e dos depoimentos, a PF e o MPF chegaram ao esquema de desvio de dinheiro público. Desde então, conforme avançam as investigações, novas fases da operação são realizadas.

Como funcionava o esquema?De acordo com o MPF, as empreiteiras se reuniam e decidiam previamente quem executaria cada uma das obras oferecidas pelo poder público. Ao valor da oferta apresentada nas licitações era acrescentado um determinado porcentual, que era desviado para funcionários públicos e partidos políticos. Essa verba era repassada pelas empreiteiras à quadrilha por meio de empresas de “consultoria” ligadas aos integrantes do esquema, “lavando” o dinheiro.
Quem comandava a quadrilha?De acordo com a PF e o MPF, o doleiro Alberto Youssef era o operador financeiro do esquema, enquanto o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa era o operador político. Em depoimentos à Justiça, Costa afirmou que o esquema funcionava também em outras diretorias da Petrobras, como Serviços, Gás e Energia, Produção e Internacional. Há suspeitas também de que a quadrilha agia na Transpetro, uma subsidiária da estatal. Na sétima fase da Lava Jato, um dos presos foi Renato de Souza Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras.
Quais empreiteiras faziam parte da quadrilha?Em novembro, na sétima fase, a Lava Jato investigou executivos de nove empreiteiras: Camargo Corrêa, OAS, UTC/Constram, Odebrecht, Mendes Júnior, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa Óleo & Gás e Galvão Engenharia.
Quanto dinheiro o esquema desviou?Segundo as investigações, o esquema de lavagem de dinheiro investigado originalmente movimentou até 10 bilhões de reais. Não há, por enquanto, informações a respeito de quanto dinheiro público foi desviado. Em despacho divulgado em novembro, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelo caso, afirmou que os danos sofridos apenas pela Petrobras “atingem milhões ou até mesmo bilhões de reais”. Em março, quando Youssef foi preso, a PF encontrou com ele uma lista de 750 obras que envolviam grandes construtoras e obras públicas.

Por que a maior parte das notícias sobre a Lava Jato envolve só a Petrobras?Porque toda investigação precisa de um foco e a apuração da PF e do MPF teve início com Youssef e Paulo Roberto Costa. Na medida em que mais informações forem obtidas por esses órgãos, a investigação deverá ser ampliada. Ainda que o foco esteja na Petrobras, outras empresas públicas já apareceram nas investigações, como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), uma das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil, que teria firmado contrato com uma empresa de fachada pertencente a Alberto Youssef.

Quem foi beneficiado pelo esquema?Até aqui, depoimentos de Costa e Youssef indicam que o dinheiro repassado a partidos políticos serviu para irrigar os cofres de PT, PMDB e PP. Segundo as declarações de Costa à Justiça Federal, no caso do PT quem recebia e distribuía o valor era o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. No caso do PMDB, o operador seria Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”.
Paulo Roberto Costa também afirmou que intermediou o pagamento de 20 milhões de reais para o caixa 2 da campanha do então candidato à reeleição ao governo de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010. Outro nome citado é o da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), cuja campanha ao Senado, segundo Costa, recebeu 1 milhão de reais do esquema de desvios da estatal.
Outro envolvido no esquema é o ex-presidente do PSDB, Sergio Guerra, morto em março deste ano. Segundo Paulo Roberto Costa, ele teria pago propina a Guerra em 2009, para que ele esvaziasse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendia esclarecer as denúncias de corrupção na Petrobras. Segundo Costa, Guerra o procurou e cobrou 10 milhões de reais para que a CPI, aberta em julho de 2009, fosse encerrada. O pagamento, que teria sido feito depois do encerramento da CPI, teria sido feito pela Queiroz Galvão. Além disso, Leonardo Meirelles, um dos donos do Labogen, laboratório usado por Youssef para lavar dinheiro ilegal, disse acreditar que "o PSDB e eventualmente algum padrinho político do passado e provável conterrâneo ou da região do senhor Alberto" foram beneficiados nos desvios de dinheiro da Petrobras.
Todos os partidos e políticos citados negam envolvimento no esquema.

Desde quando existe o esquema? 
O Ministério Público Federal afirma que o esquema de cartel das empreiteiras em obras da Petrobras existe há pelo menos 15 anos. “Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano, pode-se afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobras", escreveram os procuradores na petição em que pedem autorização para a deflagração da sétima fase da Operação Lava Jato.

As indicações para as diretorias da Petrobras são políticas?
Sim. Paulo Roberto Costa, por exemplo, foi indicado pelo PP para a Diretoria de Abastecimento da estatal. Em um de seus depoimentos à Justiça Federal, Costa contou desde quando isso ocorre: "Desde que eu me conheço como Petrobras, as diretorias e a presidência da Petrobras foram sempre por indicação política. Eu dava sempre o exemplo (...) ninguém chega a general se não for indicado. Você, dentro (...) das Forças Armadas, [se não tiver indicação], para como coronel e se reforma como coronel. Então, as diretorias da Petrobras, quer seja no governo Collor, quer seja no governo Itamar Franco, quer seja no governo Fernando Henrique, quer seja nos governos do presidente Lula, foram sempre por indicação política, e eu fui indicado, realmente, pelo PP,cujo o presidente é o atual  senador Francisco Dornelles para assumir essa Diretoria de Abastecimento".


Existe alguma relação entre a Lava Jato e o "mensalão"?Assim como o "mensalão", a Lava Jato é uma nova tentativa de entender a promíscua relação entre partidos políticos, doações eleitorais e licitações milionárias. Até aqui, a relação entre os dois casos se dá pelo fato de que Youssef, segundo o MPF, lavou 1,16 milhão de reais repassados pelo empresário Marcos Valério, operador do "mensalão", a José Janene (PP-PR), então líder do PP na Câmara e um dos réus do "mensalão". Além disso, a corretora Bonus Banval, citada na denúncia do "mensalão" como uma das empresas usadas para lavar dinheiro, é apontada como pertencente a Alberto Youssef.

Qual é o futuro da Lava Jato?Os processos e investigações referentes à Lava Jato seguirão em duas mesas distintas. Enquanto o juiz federal Sergio Moro continua com suas diligências em Curitiba, a fim de provar o esquema criminoso envolvendo as empreiteiras, doleiros e empresas públicas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, debruça-se sobre as provas para, perante o STF, conduzir a investigação dos detentores de foro privilegiado, os políticos.

Calendário com padres nus causa polêmica

Organização pelos direitos de gays lança publicação com religiosos ortodoxos

O Dia
Rússia - Um polêmico calendário sensual foi lançado na Romênia. As fotos que ilustram cada mês de 2015, segundo a agência de notícias Ansa, são de padres da Igreja Ortodoxa da Rússia. Os homens aparecem nus e teriam posado em igrejas ao sul de Moscou. A publicação é da Orthodox-Calendar (OC), organização que defende os direitos homossexuais e que já lançou edições em 2013 e 2014.
Fotos sensuais de homens ilustram as páginas do calendário
Foto:  Reprodução
A OC defende que o seu objetivo com o calendário, que é vendido pelo equivalente a R$ 40 na internet, é “criar a primeira organização global contra a homofobia na religião ortodoxa”. Ainda segundo a OC, a publicação é uma forma de “expressão artística e social”.
Segundo a agência de notícias, “alguns padres russos” acreditam que as uniões do mesmo sexo não são um “sinal do apocalipse”, como prega a religião, que é cristã mas não subordinada ao Vaticano.
De acordo com a imprensa internacional, os idealizadores do calendário são passíveis de punição na Rússia. Em junho, o presidente russo, Vladimir Putin, promulgou lei que proíbe divulgação de “material promocional homossexual”.
Em setembro a OC lançou um vídeo com uma prévia do que seria o calendário.

Super tufão Hagupit ameaça as Filipinas

4 de dezembro de 2014 às 15:15 por César Soares

Gisele Bündchen desbanca Neymar em ranking de aparição em comercial


Até outubro, jogador liderava lista de famosos que mais aparecem na TV.
Modelo é garota-propaganda da SKY e de marcas como Pantene e Oral-B.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo
Gisele empresta atualmente a sua imagem para marcas como Pantene e Sky (Foto: Divulgação) 
Gisele empresta atualmente a sua imagem para marcas
como Pantene e Sky (Foto: Divulgação)
 
A modelo Gisele Bündchen ultrapassou Neymar no ranking dos famosos que mais aparecem nos intervalos comerciais da TV aberta em 2014, segundo balanço de novembro da Controle da Concorrência, que monitora o mercado publicitário.
Até o final de outubro, Neymar ainda aparecia no 1º lugar do ranking. Ao término de novembro, porém, Gisele somava 6.013 inserções na TV, contra 5.625 de Neymar, que caiu para a vice-liderança. Somente no mês passado, a modelo apareceu em 817 veiculações.
Neymar somou 341 inserções no mês de novembro, atrás de outras celebridades como  Giovanna Antonelli (620), Zezé di Camargo (531), Rogério Flausino (498) e Vitor Belfort (498).
Gisele apareceu na TV como garota-propaganda de 5 empresas, incluindo Carolina Herrera, Sky e P&G (Pantene e Oral-B).
O levantamento da consultoria leva em conta os comerciais exibidos nas emissoras Rede Globo, Record, SBT, Bandeirantes e Rede TV entre o período de 1º de janeiro a 30 de novembro.
'Acima do bem e do mal'
Para o o sócio da Controle da Concorrência, Fábio Wajngarten, a mudança de posições no topo do ranking é resultado direto do desempenho do Brasil na Copa.

"O vexame do 7 a 1, os maus resultados da Copa, a retração do mercado futebolístico e os casos de corrupção no esporte tornam a celebridade proveniente do futebol uma aposta não certeira neste momento para os anunciantes", avalia.
"Num mau momento do setor futebolístico, as marcas tendem a querer se proteger. E a Gisele é a Gisele, é uma personalidade acima da sazonalidade, que está cima do bem e do mal. É a celebridade aspiracional de todos", completa.
A brasileira é, desde 2002, a modelo mais bem paga do mundo, segundo a revista "Forbes", com renda anual estimada em US$ 47 milhões (sem contar impostos).
Confira abaixo a lista dos famosos com maior número de aparições da TV aberta.
Ranking de aparições em propaganda (Foto: Reprodução)

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