Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo
Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos para investigar mais
políticos no âmbito da Operação Lava Jato, dentre eles o senador Romário
(PSB-RJ) e os deputados Rodrigo maia (DEM-RJ) e Jutahy Júnior
(PSDB-BA), cujos nomes ainda não haviam aparecido; nomes dos
parlamentares teriam surgido em uma troca de mensagens dos celulares do
ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do
empreiteiro Léo Pinheiro, da construtora OAS, ambos presos pela Lava
Jato; investigações dizem respeito aos crimes de lavagem de dinheiro e
corrupção
11 de Junho de 2016 às 20:09
247 - O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos
para investigar mais políticos no âmbito da Operação lava Jato. Dentre
os pedidos estariam sendo solicitadas investigações sobre o senador
Romário (PSB-RJ) e os deputados Rodrigo maia (DEM-RJ) e Jutahy Júnior
(PSDB-BA), cujos nomes ainda não haviam aparecido. Segundo reportagem da revista Época, os nomes dos parlamentares
teriam surgido em uma troca de mensagens dos celulares do ex-presidente
da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do empreiteiro Léo
Pinheiro, da construtora OAS, ambos presos pela Lava Jato. Todos eles
devem ser investigados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. Ainda segundo a revista, os pedidos de abertura de inquéritos foram
encaminhados ao ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava jato.
Caso Zavascki entenda que não há relação direta com os casos
investigados pela Lava Jato, a decisão poderá ficar à cargo do
presidente da Corte, Ricardo Lewandowscki.
À medida que o poderio econômico foi dominando a mídia, muitos
"profissionais da pena" foram se subjugando aos interesses patronais e
outros se transformando em animadores de auditório. Parte do jornalismo,
ator político relevante na formação da "opinião pública", tem se
contentado com o apequenado papel de ventríloquo. Presenciamos no Brasil uma incestuosa relação no universo da
comunicação de massa: de uma maneira geral, o jornalismo domado às
conveniências do grande capital sucumbe aos ditames dos donos dos
oligopólios empresariais e midiáticos que determinam o que deve ser
pautado, como, quando, de qual forma, com qual recorte e viés, assim
como o que deve ser publicado (melhor dizendo, publicizado — dado que a
produção da notícia se transformou ora em mercadoria, ora em produto de
entretenimento). Assim, o jornalismo dos grandes veículos de comunicação
decompõe-se em espetáculo, muitas vezes grotesco, a ser vendido de
forma sensacionalista, eivado de interesses de classe, para o deleite do
telespectador-consumidor desavisado. Numa afronta colossal ao direito humano à comunicação, as grandes
redes de mídia e as poderosas agências noticiosas escolhem, selecionam,
manipulam e determinam o que deve ser divulgado e sob qual ótica os
fatos são apresentados à opinião pública. Há muito se questiona a isenção e a imparcialidade dos meios de
comunicação. Por um lado, em virtude das relações imbricadas e
promíscuas que envolvem os donos dos veículos (muitos dos quais,
editores de suas empresas de comunicação; outros tantos, políticos
herdeiros da velha estrutura colonial e familiar) com setores
conservadores, elitistas e golpistas; por outro, pela fragilidade de
parte de seus quadros profissionais, submissos (e impotentes) frente às
determinações patronais. Quem perde com essa situação é a democracia que
deixa de ter na imprensa o contraponto às mazelas sociais, econômicas e
políticas. Acompanhamos, com perplexidade e surpresa, a cobertura que a mídia
tem dado às denúncias de corrupção que assolam frequentemente nossa
República. A imprensa tem desprezado o aprofundamento das informações e
demonstrado discricionariedade e seletividade na cobertura. A guerra do
bem versus o mal reproduz o velho estilo maniqueísta (uma forma de
pensar simplista em que o mundo é visto como que dividido em dois,
reduzindo os fenômenos humanos e sociais a uma relação de causa e
efeito, certo e errado, isso ou aquilo; sendo que a simplificação nasce
da intolerância ou desconhecimento em relação a verdade do outro e/ou da
pressa de entender e refletir sobre a complexidade de tais fenômenos.).
Quase não se fala, por exemplo, sobre os corruptores, os donos do
capital e os interesses econômicos por detrás dos políticos e
empresários corruptos. E que a corrupção não é obra brasileira. Trata-se
de uma grande engenharia multinacional, construída para manter e fazer
funcionar o capitalismo rentista. Somos bombardeados com um vendaval de informações pontuais, muitas
vezes descontextualizadas, passando a (falsa) impressão, por exemplo, de
que todos são, essencialmente, corruptos e desonestos quando, na
verdade, o discurso do combate à corrupção funciona como lenitivo de
salvaguarda da elite empresarial-midiática-política, historicamente
envolvida até o pescoço com os malfeitos. Os brasileiros e brasileiras
não são corruptos por essência, como a mídia quer que acreditemos. Mas
nossas elites o são. Esse é o ponto. Essa mentira vendida como verdade
(de que todos são, indistintamente, corruptos) tem provocando um misto
de histeria coletiva de caça às bruxas, expressa na raiva, ódio e
desilusão em relação ao sistema político e provocado um imobilismo
cívico – a ideia de que este país não tem conserto. Portanto,
entreguemo-lo para os ratos. Outro fenômeno que ressurgiu a partir das manifestações de 2013 e se
recrudesceu nas últimas eleições, em 2014, foi um misto difuso de ódio e
vingança, fazendo da disputa eleitoral uma verdadeira guerra, quando o
processo democrático da escolha dos representantes deveria ser tão e
somente um embate civilizado e respeitoso de ideias, opiniões e pontos
de vista sobre os rumos do país. A quem interessa um país no qual os
cidadãos têm nojo da política? Frente a tanta (des)informação parece que estamos perdidos; que
ninguém é honesto; que não vale a pena lutar pela ética, a verdade, a
justiça. A mensagem subliminar seria, então, que vale a pena ser
desonesto e chafurdar-se nas pequenas corrupções do dia a dia? É essa a
mensagem sub-reptícia que nos é passada por essa mídia venal e fascista? O pior dos mundos é quando os cidadãos não reconhecem na ética, na
verdade, na mobilização social e na luta política os caminhos para as
mudanças. O filósofo e cientista político esloveno Slavoj Žižek nos ajuda a
pensar algo muito importante: a unificação de todos os nossos medos
(e/ou discursos do medo) numa (falsa) verdade é o grande objetivo que
sempre moveu os ideais dos mais conservadores. Essa estratégia
justificou o nazismo (os nazistas tinham horror dos judeus, dos
homossexuais...) ou o golpe civil-militar de 1964 (medo do comunismo),
por exemplo. E, agora, justifica a assunção de uma quadrilha ao poder.
Depois de transformar uma mentira ema verdade (que somente o PT e seus
quadros são corruptos), a mídia brasileira liderou a gangue que estuprou
nossa democracia. Não é mera coincidência o fato de o sistema de
justiça desdenhar os estupros reais, como o ocorrido no Rio de Janeiro,
daqueles simbólicos, não menos violentos, como o ocorrido com nossa
democracia. A justiça, enquanto sistema, não existe para produzir
justiça; senão, para corroborar os intentos e perversões dos poderosos. O fato, é que a soma dos muitos medos (os verdadeiros ou aqueles
construídos no imaginário social) é o ambiente propício para se criar um
clima de pânico, instalar a desconfiança generalizada, propagandear uma
insatisfação irracional. A partir daí, pode-se construir os
pseudo-heróis "salvadores da Pátria"; justifica-se o injustificável;
elegem-se os bodes expiatórios lançando-os à fogueira, na condenação
midiática para o gozo sempiterno de uma massa amorfa, porque sempre
apartada da política. Mesmo nos regimes ditos democráticos, a construção orquestrada do
medo pelos segmentos cujos privilégios são colocados à prova pavimenta
atalhos fáceis para o golpismo. Mas, voltemos a Žižek: a partir da
unificação dos medos é fácil acatar como verdade inequívoca o discurso
do ódio, da violência, da eliminação a qualquer custo daquele que
encarna os males e seus seguidores. Outro problema político vergonhoso, camuflado nesse cenário, é a
intolerância, o racismo, o sectarismo religioso, o preconceito –
principalmente de matrizes étnica e socioeconômica -, o fascismo
disfarçado de nacionalismo. Esses "demônios" saíram do armário (porque
lá sempre estiveram) e seus adeptos (que comportam como massa acéfala)
querem se impor, afrontando a democracia. Infelizmente, alguns privilegiados de ontem e de hoje não aceitaram
uma sociedade que caminhava, a passos lentos, na construção da igualdade
de fato, para além da igualdade de direito. Querem se manter como
diferentes, ostentando os velhos privilégios da Casa Grande. Por isso,
preferem morar em Miami. Não conhecem a verdadeira história deste país,
porque a conquista de direitos, mesmo lenta e gradual, é irreversível em
qualquer sociedade minimamente democrática e plural. A igualdade de direitos faz parte do processo de consolidação da
cidadania e é fundamento da democracia. Não há democracia numa sociedade
estamental, como era o Brasil até bem pouco tempo. E não há democracia
quando a mídia se transforma em partido político a fomentar e dar
suporte ao golpe e, agora, transformando-se em porta-voz do governo
golpista.
"No dia em que o ex-presidente Lula declarou que quanto mais o
provocam, mais ele “corre o risco” de ser candidato a presidente, o
procurador-geral Rodrigo Janot pediu ao ministro Teori Zavascki, relator
da Lava Jato no STF, que envie para o juiz Sergio Moro o inquérito em
que ele e o ex-senador Delcídio do Amaral são acusados de obstrução da
Justiça. A decisão será de Teori mas o pedido vem ao encontro dos que
desejam ver logo Lula inelegível e excluído da disputa de 2018, que pode
até acontecer antes, se for bem sucedida a articulação em favor de um
plebiscito sobre a antecipação da eleição presidencial"; a análise é da
colunista do 247, Tereza Cruvinel
"Eu
não acredito nessa grandeza maléfica do senhor Eduardo Cunha. Eduardo
Cunha é de direita, conservador e acho que ele não tem princípios éticos
muito sólidos. Eu me recuso a olhar o ser humano e achar que uns são
muito bons e outros muito maus, não é essa a questão."
Questionada sobre as investigações de Cunha, a presidente afastada diz "não ser juiz":
"Eu
não gosto de condenar ninguém porque eu não faço papel de juiz, mas que
se cumpra rigorosamente a pauta, e que as manipulações parem e sejam
interrompidas, e que ele [Cunha] responda na justiça pelas contas na
Suíça e pelo fato de ele ter negado que ele tinha contas na Suíça."
Para ela, o processo de impeachment instaurado em abril e que atualmente tramita no Senado é um "golpe de estado":
"A lei [de impeachment] é
inadequada para o momento atual. O processo de impeachment está
previsto na Constituição, mas com crime de responsabilidade. É um
absurdo eu ter sido afastada sem se avaliar o mérito. Absurdo o
presidente interino e provisório ter desmantelado o Estado. Não dá para
acabar com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O futuro do
nosso país depende da ciência, da tecnologia e da inovação. Não dá para
misturar o Ministério das Comunicações com o Ministério da Ciência e da
Tecnologia "
Na
entrevista, Dilma afirmou que o processo de impeachment "foi aceito por
um claro desvio de poder, e esse desvio de poder está confirmado pela
gravação, principalmente com o senador Romero Jucá. É textual: vamos mudar o governo". A fala de Jucá foi interpretada como uma tentativa de silenciar as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, falando que "tem que mudar o governo para estancar essa sangria". Questionada sobre o uso da palavra golpe, não admitida pela oposição, Rousseff insistiu:
"Dizem
que não é golpe porque as instituições estão funcionando. Há hoje, no
mundo, uma outra compreensão a respeito dos tipos de golpe existentes. O
golpe militar afastava o presidente, mas ao mesmo tempo destruía o
regime democrático, acabava com o direito de imprensa, acabava com a
liberdade de opinião. O golpe no momento atual usa de outro método, ele
quebra a legalidade, quebra a Constituição, e tenta manter o regime
democrático (…) Eu irei até as últimas consequências para defender não o
meu mandato, mas sim as instituições."
"Se a gente não tiver clareza de que é golpe, a gente não tem condições de combater." A
jornalista Mariana Godoy perguntou qual reforma política a presidente
afastada vai propor caso passe pelo processo de impeachment: "É
imprescindível que o meu mandato seja restabelecido, mas eu não acho
que só isso resolve as questões. Acho que o Brasil vai ter de
repactuar." "Eu não abro mão
do retorno, do fim desse processo fraudulento de impeachment, porque os
seis decretos não foram feitos para me beneficiar." Dilma
também criticou alguns ministros do STF que "falam fora dos autos" e
que têm entendimentos sobre vazamento de investigações que variam de
acordo com quem é a figura a ser exposta. Ela enfatizou que vazar áudio
de um presidente da República em exercício é crime em qualquer parte do
mundo: "tem certos tipos de vazamento que tem um único sentido, acabar
com a imagem da pessoa". Ela afirmou que "vazam informações a meu respeito e elas nunca são provadas". Na
entrevista Rousseff também abordou os atos de corrupção desvelados pela
Lava Jato, e defendeu a linha de governo do PT na presidência da
República.
"Houve
corrupção. Não é privilégio da direita ou do centro ser corrupta e a
esquerda não é uma santa. Acho que nos meus governos e do presidente
Lula nós tivemos um cuidado, nós estruturamos através de leis, normas e
práticas um processo de tornar o Brasil mais transparente (exemplo o
Portal da Transparência) , de combater as organizações criminosas (a lei
de 2013 em que está prevista a delação premiada) e a lista tríplice
para o Ministério Público Federal".
Dilma disse que está "tranquila" e que irá "lutar para voltar". A entrevista está disponível na íntegra aqui.
A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal
para investigar o senador Romário (PSB-RJ) pela suspeita de receber
caixa dois de campanha na eleição de 2014. A suspeita é que a Odebrecht
deu R$ 100 mil ao senador. Registrada no STF como a petição 6.052, a investigação sigilosa ainda
é inicial e caberá aos aos procuradores levantar provas se de fato
houve pagamentos ao senador. Ele nega. O indício surgiu a partir de mensagens de celular trocadas entre
Marcelo Odebrecht e seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior,
logo após a eleição de 2014. As conversas foram apreendidas pela Polícia
Federal na fase da Operação Lava Jato que prendeu Marcelo Odebrecht. Na petição levada ao Supremo, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, afirma que a conversa entre os dois empresários é um
indício da “prática habitual e sistemática de pagamento de propina”. Apesar de o diálogo citar R$ 100 mil para Romário, oficialmente não
houve doações para o candidato, o que levantou à suspeita de caixa dois.
A investigação, contudo, ainda está nos primeiros passos para tentar
descobrir se efetivamente foi pago o montante tratado nas conversas. O caso de Romário foi tipificado como dois crimes a ser investigados:
corrupção e lavagem de dinheiro. O pedido de Janot foi encaminhado ao
ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal. Por meio de sua assessoria, Romário negou as suspeitas e disse que nem sequer houve tratativas com a empreiteiras.
O plano B dos golpistas, para ser executado caso o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff seja derrubado no Senado, já
começa a ser alvo de discretas discussões nos círculos políticos e
jurídicos, conforme os sinais emitidos pelo ministro Gilmar Mendes,
presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele tem repetido com regular
insistência, como se preparasse o terreno para evitar surpresas, que é
possível separar Temer de Dilma na ação movida pelo PSDB, que pede a
cassação do mandato da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico
nas eleições de 2014. Em recente declaração ele foi mais específico, ao
afirmar que já existe jurisprudência a respeito, firmado no caso do
ex-governador Ottomar Pinto, de Roraima, que morreu durante o processo
de cassação por crime eleitoral e cujo vice, que assumiu o governo, foi
inocentado.
Gilmar, que tem marcado a sua atuação no Supremo
Tribunal Federal por uma gritante “imparcialidade”, com essas
declarações escancara a sua disposição de cassar apenas Dilma,
preservando Temer que, se perder no Senado e tiver de devolver a cadeira
de Presidente da República para ela, voltaria novamente para o Palácio
do Planalto, dessa vez de maneira definitiva. Além dessas sintomáticas
declarações, outra pista sobre as intenções de Gilmar foi a sua decisão
de, mesmo ocupando a presidência da corte eleitoral, permanecer como
relator do processo, para cuja tarefa foi mais uma vez “sorteado” pela
roleta eletrônica do TSE, que parece ter o mesmo vício de idêntico
aparelho do Supremo onde, coincidentemente, ele também é sempre
escolhido para relatar os processos que envolvem interesses políticos
de petistas e tucanos. Se esses “sorteios” significassem mais dinheiro
na conta dele, Gilmar sem dúvida seria o mais sortudo dos ministros do
STF.
Aparentemente, as perspectivas quanto à queda do
impeachment no Senado, que começa a ser vislumbrada com as manifestações
de desagrado de senadores com o governo interino de Michel Temer, já
preocupam os conspiradores e executores do golpe, inclusive a advogada
Janaina Paschoal, uma as signatárias do pedido de afastamento da
presidenta Dilma Rousseff. Ela declarou em Recife não ter mais certeza
quanto a aprovação do impeachment, porque receia que a proposta de
novas eleições possa atrair a simpatia do povo. “Confesso estar
preocupada com esta história de novas eleições, que é como um canto da
sereia, capaz de agradar a gregos e troianos”, ela disse. Na sua
opinião, as pessoas já começam a hesitar em relação ao afastamento da
Presidenta. Desapontada, porque o que ela queria mesmo era eliminar
Dilma definitivamente da vida pública, Janaína se recusa a admitir que o
povo já se conscientizou que o impeachment não passou de um golpe
para atender interesses que não são exatamente os do país. Como disse
Leonardo Boff:”A população já se deu conta das tramoias golpistas”.
Mas ao mesmo tempo em que os responsáveis pelo
golpe, diante da possibilidade de uma derrota no Senado, buscam uma
nova alternativa para se manter no poder, cresce nas ruas a pressão por
eleições diretas ainda este ano, o que, na opinião de observadores,
seria a única solução para a crise em que o país se debate. Um grupo de
30 senadores, à frente Roberto Requião, do PMDB do Paraná, já abraçou
essa tese, cujos reflexos certamente serão sentidos na votação do
impeachment, com a sua derrubada. Quem também já defende eleições gerais
em outubro, obviamente por interesses pessoais, é a ex-senadora Marina
Silva, que certamente acredita na sua vitória. As mais recentes
pesquisas de intenção de votos a apontam em segundo lugar na corrida
sucessória presidencial, atrás apenas de Lula, que lidera em todos os
cenários. O ex-presidente, aliás, já disse que se for para garantir as
conquistas sociais será candidato, declaração que deve ter dado um
tremendo susto naqueles que há tempos tramam a sua eliminação da vida
política do país.
O mais pitoresco, nesse clima de tensão e
incerteza, foi a declaração do ministro Geddel Vieira Lima, da
Secretaria de Governo, que, depois de afirmar que "esta hipótese de a
presidente Dilma reverter votos, mudar posição dos senadores, é zero”,
classificou de golpismo a convocação de novas eleições ainda este ano. A
sua visão de democracia, pelo visto, foi obliterada pela conquista de
um cargo de ministro no governo interino de Temer, porque golpismo é
precisamente a ausência do povo na escolha de seus governantes. Foi
exatamente o que aconteceu com a assunção de Michel Temer à Presidência
da República, desrespeitando a vontade de 54 milhões de brasileiros.
Geddel, ao que parece, sabe que numa eleição Temer não terá a menor
chance de ocupar o Palácio do Planalto e, por isso, para os usurpadores
não convém eleições, este ano ou em 2018. Ele só esqueceu um pequeno
detalhe: o governo ao qual serve não tem condições de sustentar-se,
justamente pela falta de respaldo popular.
Ambulância chegou em 8 minutos, mas como ela não estava com medicamento de emergência morreu por choque anafilático
O Dia
Canadá - Uma canadense de 20 anos morreu em
Montreal após ter uma crise alérgica após beijar o namorado que havia
comido manteiga de amendoim. A morte de Myriam Ducré-Lemay ocorreu em
2012, mas o caso veio à tona recentemente, em uma entrevista de sua mãe,
Micheline Ducré, ao Jornal de Quebéc.
O namorado da
jovem chamou uma ambulância, que chegou ao local onde estavam em oito
minutos, mas como ela não estava com seu remédio de emergência, ela
morreu por choque anafilático.
A mãe de Myriam revelou que o incidente ocorreu instantaneamente.
Na ocasião, o rapaz havia acabado de comer um sanduíche. Myriam não tinha contado ao namorado sobre sua alergia ao alimento.
Micheline
contou que divulgou a história da filha para alertar outros sobre os
riscos da rapidez dos danos das reações alérgicas.
Segundo o blog do ex-governador Anthony Garotinho, Eduardo Cunha está
com espírito de vingança e disse que se for abandonado, não vai sozinho
para o ”sacrifício”. Confira o relato no blog do Garotinho:
Ontem conversei por telefone com um deputado federal do PR amigo íntimo de Eduardo Cunha. Ele tinha estado com Cunha minutos antes em sua residência oficial. Fez algumas afirmações que são de arrepiar os cabelos. Talvez não seja próprio revelar todas, mas uma, com certeza, já deve ter chegado a Michel Temer. Eduardo Cunha disse em alto e bom som a seguinte frase: “Se eu for
abandonado não vou sozinho para o sacrifício. É bom que alguém diga a
Michel (Temer) e a (Romero) Jucá que eu posso ser o início do fim de um
governo que nem começou”. O amigo de Cunha me revelou que nunca tinha visto Eduardo no estado
que o encontrou nessa visita. Cunha estava abatido, ansioso e com
espírito de vingança. Em um certo momento da conversa ele deixou transparecer que, na sua
opinião, o Supremo não tomaria a decisão que tomou sem uma sondagem
prévia ao presidente do Senado, Renan Calheiros e ao próprio Michel
Temer. Cunha desconfia de traição embora Temer tenha sido um dos primeiros a
ligar para ele assim que o ministro Teori Zavascki concedeu a liminar
para suspender o mandato e afastá-lo da presidência da Câmara. Uma das afirmações que chamou a atenção do deputado do PR amigo de
Eduardo Cunha foi a seguinte: “Não sou bobo. Tem gente que manda matar e
depois vai chorar no velório ao lado da viúva. Se estão pensando que
vou aceitar solidariedade sem uma solução concreta estão enganados”. Disse também que sabia que uma parte da assessoria próxima de Michel,
referindo-se a Moreira Franco, estava dando graças a Deus pela sua
situação. Demonstrou ainda grande irritação com Leonardo Picciani, que
resistiu, segundo informações que chegaram a ele, a assinar uma nota de
solidariedade pelo momento que estava vivendo. Eduardo também reafirmava que não renunciaria chegando a dizer que
seu substituto, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) é uma espécie de
Severino Cavacanti (ex-presidente da Câmara) melhorado e que não duraria
nem 15 dias no cargo. Foram feitas outras afirmações que prefiro não revelar porque, afinal
de contas, são quase que uma chantagem a ministros do STF a quem
Eduardo Cunha afirma categoricamente que lhe devem muitos favores. Como a fonte é altamente confiável é bom Michel Temer se preparar
para dias nervosos, afinal Eduardo Cunha como amigo é um perigo, e como
inimigo é mais perigoso ainda. Imaginem na situação de ex-amigo. Eu não sei porque sou casado com
Rosinha há 34 anos e nunca tive outra esposa. Mas dizem que os piores
estragos que podem ser feitos na vida de um homem são por ex-mulheres e
ex-amigos.
Finalmente foi liberada, na noite desta sexta (6) a lista dos
políticos contra os quais a Procuradoria-Geral da República recomendou
abertura de inquérito por envolvimento no esquema de corrupção
investigado pela Operação Lava Jato; são 22 deputados federais e 12
senadores; há ainda 12 ex-deputados e uma ex-governadora; o ministro
Teori Zavascki, relator no STF da investigação, anunciou os nomes e seu
despacho acatando os pedidos do procurador-geral Rodrigo Janot; Antonio
Anastasia é único tucano na lista, que tem nomes como Renan Calheiros,
Eduardo Cunha, Arthur Lira, Lindberg Farias, Gleise Hoffman, Humberto
Costa, Fernando Collor, Romero Jucá, Antonio Palocci, Roseana Sarney
6 de Março de 2015 às 20:36
247 - Finalmente foi liberada, na noite desta
sexta-feira (6) a lista dos políticos contra os quais a
Procuradoria-Geral da República recomendou abertura de inquérito por
envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava
Jato. O ministro Teori Zavascki, relator no STF da investigação,
anunciou os nomes e seu despacho acatando os pedidos do procurador-geral
Rodrigo Janot. O PP é o partido com mais políticos entre os que responderão a
inquéritos (32). Em seguida, vêm PMDB (sete), PT (seis), PSDB (um) e PTB
(um). Veja abaixo a lista de investigados: PP - Senador Ciro Nogueira (PI) - Senador Benedito de Lira (AL) - Senador Gladson Cameli (AC) - Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB) - Deputado Simão Sessim (RJ) - Deputado Nelson Meurer (PR) - Deputado Eduardo da Fonte (PE) - Deputado Luiz Fernando Faria (MG) - Deputado Arthur Lira (AL) - Deputado Dilceu Sperafico (PR) - Deputado Jeronimo Goergen (RS) - Deputado Sandes Júnior (GO) - Deputado Afonso Hamm (RS) - Deputado Missionário José Olímpio (SP) - Deputado Lázaro Botelho (TO) - Deputado Luis Carlos Heinze (RS) - Deputado Renato Molling (RS) - Deputado Renato Balestra (GO) - Deputado Lázaro Britto (BA) - Deputado Waldir Maranhão (MA) - Deputado José Otávio Germano (RS) - Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA) - Ex-deputado João Pizzolatti (SC) - Ex-deputado Pedro Corrêa (PE) - Ex-deputado Roberto Teixeira (PE) - Ex-deputada Aline Corrêa (SP) - Ex-deputado Carlos Magno (RO) - Ex-deputado e vice governador João Leão (BA) - Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013) - Ex-deputado José Linhares (CE) - Ex-deputado Pedro Henry (MT) - Ex-deputado Vilson Covatti (RS) PMDB - Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado - Senador Romero Jucá (RR) - Senador Edison Lobão (MA) - Senador Valdir Raupp (RO) - Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara - Deputado Aníbal Gomes (CE) - Ex-governadora Roseana Sarney (MA) PT - Senadora Gleisi Hoffmann (PR) - Senador Humberto Costa (PE) - Senador Lindbergh Farias (RJ) - Deputado José Mentor (SP) - Deputado Vander Loubet (MS) - Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP) PSDB - Senador Antonio Anastasia (MG) PTB - Senador Fernando Collor (AL) Outros Ex-ministro Antonio Palocci Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano ARQUIVADOS * Aécio Neves (PSDB) * Alexandre José dos Santos (PMDB) * Delcídio do Amaral Gomes * Henrique Eduardo Alves (PMDB) Abaixo a matéria do STF sobre a lista: Ministro Teori Zavascki autoriza abertura de inquérito e revoga sigilo em investigação sobre Petrobras O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki deferiu nesta
sexta-feira 21 pedidos de abertura de inquérito feitos pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, referentes a autoridades
com prerrogativa de foro e outros possíveis envolvidos em investigação
cujo foco principal são desvios de recursos da Petrobras. Em todos os casos, o ministro revogou o sigilo na tramitação dos
procedimentos, tornando públicos todos os documentos. A instauração de
inquéritos foi considerada cabível porque há indícios de ilicitude e não
foram verificadas, do ponto de vista jurídico, "situações inibidoras do
desencadeamento da investigação". Para o ministro Teori, "o modo
como se desdobra a investigação e o juízo sobre a conveniência, a
oportunidade ou a necessidade de diligências tendentes à convicção
acusatória são atribuições exclusivas do procurador-geral da República",
cabendo ao Supremo Tribunal Federal "na fase investigatória, controlar a
legitimidade dos atos e procedimentos de coleta de provas". O ministro ressaltou que a abertura de inquérito não representa
“juízo antecipado sobre autoria e materialidade do delito”,
principalmente quando os indícios são fundados em depoimentos colhidos
em colaboração premiada: “Tais depoimentos não constituem, por si sós,
meio de prova, até porque, segundo disposição normativa expressa,
nenhuma sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas
declarações de agente colaborador (art. 4º, § 16, da Lei 12.850/2013)”. Arquivamentos Referentes ao mesmo tema, foram deferidos ainda seis pedidos de
arquivamento de procedimentos preliminares que tramitavam em segredo de
justiça. Nas decisões, o ministro argumenta que, de acordo com a
jurisprudência da Suprema Corte, é irrecusável, por parte do Tribunal,
pedido de arquivamento apresentado pelo procurador-geral da República,
ainda que possa eventualmente considerar improcedentes as razões
invocadas. Segredo de Justiça Todos os procedimentos relacionados à citada investigação, inclusive
os que foram arquivados, tiveram o sigilo revogado, por decisão do
ministro relator Teori Zavascki, tendo em vista “não haver interesse
social a justificar a reserva de publicidade”. “Pelo contrário: é
importante, até mesmo em atenção aos valores republicanos, que a
sociedade brasileira tome conhecimento dos fatos relatados”, argumentou o
ministro. O ministro ressalvou que a lei impõe regime de sigilo ao
acordo de colaboração premiada até a decisão de recebimento da denúncia.
No entanto, nesses procedimentos, considerando que os colaboradores já
têm seus nomes expostos publicamente, pois são réus em ações penais com
denúncia recebida, e que o próprio Ministério Público manifestou
desinteresse na tramitação sigilosa, “não mais subsistem as razões que
impunham o regime restritivo de publicidade”.
A presidenta eleita afastada Dilma Rousseff defendeu hoje (9), em entrevista especial concedida à TV Brasil,
uma consulta popular caso o Senado não decida pelo seu impedimento. Ao
apresentador Luís Nassif, Dilma disse que é a população que tem que
dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas
eleições. “O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e
não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito
que a população seja consultada”, disse. Para ela, o país não
conseguirá superar a crise com o governo interino. Dilma acredita que o
povo não terá confiança no comando de Temer pelo fato de ele não ter
passado pelo crivo das urnas. “Como você acha que alguém vai acreditar
que os contratos serão mantidos se o maior contrato do país, que são as
eleições, foi rompido?", indagou. “Não acho possível fazer pacto nenhum
com o governo Temer em exercício”, completou. Dilma criticou uma
vez mais a admissibilidade do processo de afastamento usando como o
argumento o fato de que, embora a Constituição preveja o impeachment,
ela também estipula que é preciso haver crime para que se categorize o
impedimento. “Não é possível dar um jeitinho e forçar um pouquinho e
tornar esse artigo elástico e qualificar como crime aquilo que não é
crime. Os presidentes que me antecederam fizeram mais decretos do que
eu. O senhor Fernando Henrique [Cardoso] fez entre 23 e 30 decretos do
mesmo tipo”, disse, referindo-se aos decretos de suplementação
orçamentária que embasaram o pedido de impeachment feito pelos advogados
Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Pascoal. “Não é o meu
mandato, mas as consequências que tem sobre a democracia brasileira
tirar um mandato. Isso não afeta só a Presidência da República, afeta
todos os Poderes”, disse ela. Dilma disse que reivindica voltar ao
posto por compreender que não cometeu crime. Ela criticou os que
defendem um semiparlamentarismo, ou eleição indireta, por considerar que
isso traria um grande risco ao país. A presidenta afastada defendeu que
haja uma reforma política que discuta o tema. "Não temos que acabar com
o presidencialismo, temos que criar as condições pela reforma
política". Nesse contexto, ela defendeu novamente a consulta
popular. “Só a consulta popular para lavar e enxaguar essa lambança que
está sendo o governo Temer”. Segundo ela, nos momentos de crise pelo
qual o Brasil passou, na história da democracia recente, foi com o
presidencialismo que o país superou as crises. "Foi sempre através do
presidencialismo que o país conseguiu dar passos em direção à
modernidade e à inclusão". Eduardo Cunha Para
Dilma, no final do seu primeiro mandato, começou a se desenhar,
especialmente na Câmara dos Deputados, um movimento político “do centro
para a direita”, com o surgimento de pautas conservadoras, processo,
segundo ela, comandado pelo então líder do PMDB e hoje presidente
afastado da Casa, Eduardo Cunha (RJ). “Ele é o líder da direita no
centro. O processo culmina na eleição dele”, disse. Com a ascensão
de Cunha à presidência da Câmara, a interlocução do governo com o Casa
ficou inviabilizada, de acordo com ela, porque o peemedebista tem “pauta
própria”. “O grande problema de compor com o Eduardo Cunha é que ele
tem pauta própria. No momento em que o centro passa ter pauta própria,
uma pauta conservadora, a negociação fica difícil”. Dilma voltou a
defender a tese de que o peemedebista acatou a denúncia dos advogados
contra ela em retaliação ao fato de o PT não ter se comprometido a
votar, no Conselho de Ética, contra a abertura do processo de cassação
do mandato de Cunha. "Atribui-se a mim não querer conversar com
parlamentares. Agora, não tem negociação com certo tipo de práticas.
Quando começa o aumento da investigação que a Procuradoria-Geral da
República faz sobre ele [Cunha], qual a reação dele? Ou você me dá três
votos ou eu aceito a questão do impeachment. E a imprensa relata.
Trata-se de uma chantagem explícita.” Política externa A
presidenta afastada também criticou as ações tomadas pelo ministro das
Relações Exteriores, José Serra, em relação a alguns países vizinhos.
Ela defendeu a aproximação do Brasil com países da região e com a
África, iniciada no governo Lula e mantida na sua gestão. "Fomos capazes
de refazer nossas relações com a América Latina e com a África. Ter uma
visão de fechar embaixada é ter uma visão minúscula da política
externa". Lava Jato Perguntada sobre a
Operação Lava Jato e os casos de corrupção deflagrados no país
recentemente com a ação da Polícia Federal e do Ministério Público,
Dilma que disse que o grande problema da corrupção é o controle privado
que se faz das verbas do Estado. “Não se pode fazer a escandalização de
investigações sobre o crime de corrupção. O que tem que se fazer é, doa a
quem doer, investigar e punir. Quando for as empresas é aplicar multas.
Há uma hipocrisia imensa em relação a essa questão das investigações”. Celso Kamura Sobre
as denúncias de que teve despesas com cabeleireiro pagas com dinheiro
de propina, Dilma disse ter comprovantes de todas gastos que teve com o
cabeleireiro Celso Kamura e a cabeleireira particular que a acompanha
até hoje. Dilma contou que conheceu Kamura após o fim do
tratamento a que se submeteu para combater um linfoma, em 2009, por meio
da empresa responsável por sua campanha à presidência. Kamura, segundo
ela, a ajudou na fase em que seus cabelos voltaram a crescer. Para ela,
esse tipo de acusação é uma tentativa intimidá-la. "Eles não vão me
calar porque vão falar do meu cabelo. A sorte é que tenho todos os
comprovantes do pagamento, de transporte dele [Kamura] e da minha
cabeleireira particular. Também disseram que comprei um teleprompter. Já
viu alguém ter um teleprompter pessoal? Para que eu quero um
teleprompter? Essa eu achei fantástica", ironizou, referindo-se ao
aparelho usado pelas TVs que mostra o texto a ser falado por
apresentadores de telejornais e programas jornalísticos. Íntegra O vídeo com a entrevista da presidenta Dilma Rousseff pode ser vista no seguinte link http://bit.ly/DilmaTVBr .
Leitores do DCM correram para desqualificar a pesquisa CNT/MDA que acabou de sair. Com toda a maquiagem que possa ter sido feita, ela é extraordinariamente reveladora no que diz respeito a Temer. Apenas 11,3% dos ouvidos aprovam Temer. A mídia está tentando mitigar
o efeito explosivo deste número comparando-o com o de Dilma nos últimos
dias antes do impeachment. Mas é uma falácia. Dilma vinha sob frenético bombardeio da mídia. Manifestações de
analfabetos políticos recebiam holofotes superpotentes, bem como as
ações espetaculosas da Lava Jato. Só por milagre ela teria bons índices nas pesquisas, dadas as circunstâncias. Mas com Temer a história é bem diferente. Ele foi vendido pela
imprensa como alguém capaz de unificar o país. Ele próprio, num momento
de ufanismo idiota, afirmou que faria um governo de “salvação nacional”. O tempo desgasta qualquer governo. Há sempre uma lua de mel para
novos presidentes, uma taxa de tolerância que aos poucos vai minguando. Temer conseguiu liquidar a lua de mel antes mesmo de começá-la. Os
números demonstram que ele foi rejeitado desde a largada. É um patinho
feio sem jamais ter tido um instante de cisne. Para ele, o cenário só tende a piorar. Se ele carrega um índice
miserável de apoio agora, quando teoricamente seu crédito seria alto,
que vai acontecer daqui por diante? Quando ele vai chegar a zero? Churchill, num de seus grandes momentos como orador, disse o seguinte
de um líder trabalhista que estava no poder, Clement Attle. “Um táxi
chegou vazio a Downing Street 10 e dele desceu o Attle.” (Aquela é a
sede do governo britânico.) O mesmo vale para Temer. Um táxi chegou vazio ao Planalto, e dele desceu Temer. Ele não tem a mínima condição de governar o Brasil numa situação tão
dramática. Não há ajuda da mídia capaz de mudar este fato básico da vida
como ele é. Temer é uma desgraça, e é assim que os brasileiros o enxergam quando a
plutocracia imaginava que ele seria visto como uma solução. O golpe micou. Restam duas alternativas. Uma é devolver a Dilma o que lhe foi
roubado. A outra é chamar eleições presidenciais o mais rápido possível. Até pela brutal injustiça de que Dilma foi vítima, preferiria a
alternativa um. Mas penso que a dois — novas eleições — é a que tende a
vencer.
No pedido de prisão de integrantes da cúpula do PMDB, a
Procuradoria-Geral da República aponta que eles combinavam versões de
defesa e estratégias para impedir que o ex-presidente da Transpetro
Sérgio Machado colaborasse com as apurações da Lava Jato; segundo
Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o
ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o senador Romero Jucá
(PMDB-RR) teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras;
haveria ainda indícios de que seriam produzidos documentos para tentar
maquiar os desvios na gestão do novo delator; também foram entregues
documentos que comprovariam movimentações financeiras
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assim: forme uma equipe com um orçamento de 115 milhões de euros. Seus
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corrida) e na diferença entre a posição final e a posição da
qualificação (pontos de bônus).
Sob forte pressão de aliados, o presidente interino Michel
Temer anunciou a suspensão de nomeações políticas em estatais; na semana
passada, o senador Romário (PSB-RJ) reivindicou à Secretaria de Governo
uma diretoria de Furnas; o ex-jogador retirou-se da comissão do
impeachment, reuniu-se com Dilma Rousseff e divulgou que não havia
definido voto
7 de Junho de 2016 às 06:02
247 – Pressionado pelo avanço da Lava Jato contra o
PMDB e sob forte pressão de aliados, o presidente interino Michel Temer
anunciou a suspensão de nomeações políticas em estatais. Na semana passada, o senador Romário (PSB-RJ) reivindicou à
Secretaria de Governo uma diretoria de Furnas, segundo reportagem de
Valor. O ex-jogador retirou-se da comissão do impeachment, reuniu-se com
Dilma Rousseff e divulgou que não havia definido voto. A cúpula do PMDB de Minas Gerais também pressiona para indicar o novo presidente da Vale, no lugar de Murilo Ferreira (leia aqui).