12.19.2009

Acordo tímido em Copenhague: “Não é suficiente para combater a ameaça da mudança climática



Líderes mundiais, incluindo Lula e Obama, chegam a texto considerado ‘insuficiente’ para combater aquecimento

Copenhague - Os líderes mundiais reunidos na Cúpula de Copenhague costuraram ontem um acordo de última hora sobre como combater o aquecimento global, com um compromisso político tímido que, na opinião dos negociadores, será “insuficiente” para deter de modo eficaz a mudança climática.


Obama sentou-se ao lado de Lula ontem na mesa de negociaçõesO presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou o compromisso de “significativo”, mas “insuficiente e legalmente não vinculante” (sem valor jurídico). “Não é suficiente para combater a ameaça da mudança climática, mas é um primeiro passo importante”, acredita.

Um funcionário da comitiva de Obama revelou que o presidente americano conseguiu costurar o acordo em negociações com líderes dos emergentes Brasil, China, Índia e África do Sul, além das potências europeias. O pacto firmado ontem ‘empurrou’ para janeiro a decisão sobre as metas de redução das emissões até 2020.

Segundo negociadores americanos, o acordo traz um comprometimento das nações ricas e em desenvolvimento para limitar o aquecimento da Terra em no máximo 2 graus Celsius. Além disso, os Estados Unidos contribuirão entre 2010 e 2012 com 3,6 bilhões de dólares para um fundo de combate às mudanças climáticas, que servirá para ajudar os países mais pobres a se adaptarem ao aquecimento global.

O Japão doará 11 bilhões de dólares para o fundo ao longo dos próximos três anos, enquanto a União Europeia (UE) contribuirá com 10,6 bilhões.

O texto estabelece que todos os países deverão providenciar “informações nacionais” sobre de que forma estão combatendo o aquecimento global, através de “consultas internacionais”.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, salientou ontem que a ausência de um objetivo para a redução em 50% das emissões de gases do efeito estufa até 2050 foi uma “decepção” em Copenhague.

Clima tenso e discurso frio de americano

Os resultados limitados do acordo refletem o clima tenso no qual ele foi atingido ontem. Horas antes do anúncio do entendimento, o discurso mais aguardado do evento, o de Obama, havia sido recebido de forma fria pelos negociadores climáticos e líderes mundiais.

O presidente americano apenas repetiu propostas que seus negociadores já haviam revelado. Além disso, voltou a afirmar que os EUA só contribuiriam para a adaptação dos países em desenvolvimento ao aquecimento global se eles admitissem monitoramento rigoroso de suas políticas contra as mudanças climáticas por parte da comunidade internacional, condição que a China havia recusado anteriormente.

Após o discurso de Obama, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou em Copenhague que o governo americano continua “cheirando a enxofre” e apelidou o presidente americano de “Nobel da Guerra”.

Cuidados microbiológicos em cosméticos e produtos de higiene pessoal


Dentre tantos itens que o fabricante de produtos cosméticos e de cuidados pessoais em geral precisa conhecer e aplicar, quando o assunto contaminação microbiológica ganha prioridade, várias preocupações vêm à tona como: “Meu produto apresenta contaminação acima do grau permitido? Será que tenho perdido vendas por causa disso? Como saber se minha empresa adota corretamente as boas práticas de fabricação e controle (BPFeC)? O sistema conservante em uso é o melhor para inibir a contaminação microbiológica do produto até o final do prazo de validade? Enfim, será que minha equipe está preparada para responder a estas perguntas? Por onde começar”?
Assegurar a proteção microbiológica desses produtos é uma questão multifatorial e, por envolver dois mundos invisíveis, o das moléculas e o das células, com as inúmeras interações que acontecem entre eles, torna-se uma questão complexa. Vencer os desafios organizacionais e individuais não é complicado mas requer atualização e dedicação para aprofundar o entendimento do trinômio produto-conservante-microorganismos e assim acertar na escolha do sistema conservante e manter um bom programa de monitoração da qualidade microbiológica. Este artigo aponta os princípios que devem nortear a busca da excelência em qualidade microbiológica de produtos cosméticos e de higiene pessoal.
Um produto livre de microorganismos que possam causar danos à saúde humana, constitui uma exigência crescente principalmente por parte dos consumidores e também dos órgãos responsáveis pela vigilância sanitária do país. As conseqüências de um creme ou xampu contaminado recaem sobre o consumidor, que pode sofrer um dano à saúde devido à população de microorganismos, como bactérias, fungos e leveduras em sua pele ou cabelos ficar acima do normal, podendo se tornar patogênica, contudo o crescimento de microorganismos pode ainda provocar mudanças de cor, odor e consistência, resultando no abandono do produto pelo consumidor, reclamações de produto junto à empresa e nas conseqüentes perdas financeiras e de imagem da marca ou da empresa como um todo. Portanto é por razões de garantia da qualidade que a busca da excelência em qualidade microbiológica tem importância crescente na indústria cosmética e de produtos de cuidado pessoal.
Minimizar riscos microbiológicos é uma tarefa que exige grande empenho, tornando-se uma busca constante tanto para os pequenos como para os grandes fabricantes, seja numa instalação com tecnologia de produção convencional ou a mais moderna. O assunto envolve diferentes áreas do conhecimento e as mais diversas atribuições dentro de uma empresa, principalmente Pesquisa & Desenvolvimento, Manufatura, Qualidade, Suprimentos e Marketing. Todos têm e sempre terão desafios a enfrentar para não perder espaço no mercado por problemas de contaminação pois o mundo dos microorganismos é dinâmico. Estes desafios começam na fase de desenvolvimento do produto e processo de fabricação chegando ao uso pelo consumidor até o final do prazo de validade. O que difere um fabricante de outro é o estágio em que cada um se encontra em relação à implantação das BPFe C, ao uso correto dos conservantes e sanitizantes e ao investimento dado ao fator humano para desenvolver e aplicar novas técnicas, obter maior disciplina e cooperação na obediência às normas através da constante reciclagem de conhecimentos e conscientização sobre procedimentos e padrões de qualidade microbiológica.
Todos têm responsabilidade sobre a qualidade microbiológica do produto, a começar pela fase de desenvolvimento em que os fundamentos para se formular cosméticos livres de contaminações indesejáveis e assim mantê-lo por todo o seu ciclo de vida devem ser aplicados. Principalmente os formuladores e microbiologistas precisam entender profundamente sobre a composição química do produto, sobre os microorganismos contaminantes e sobre a química e mecanismos de ação dos conservantes microbiológicos.
Conservantes são substâncias químicas também conhecidas como preservantes (tradução adaptada do inglês) cuja função é inibir o crescimento de microorganismos no produto, conservando-o livre de deteriorações causadas por bactérias, fungos e leveduras. Eles podem ter atividade bacteriostática e/ou fungistática. Não é função do conservante compensar más práticas de fabricação. Isto pode inclusive gerar microorganismos resistentes, porém mesmo que o fabricante possa oferecer um produto isento de contaminações, o próprio consumidor inadvertidamente pode adicionar uma certa carga microbiana durante o seu uso, conforme ilustrado na figura 1, tornando-se necessário prover o produto de algum sistema de conservação.
Não raro, o que se observa é que o formulador deixa a escolha do conservante para o final do processo de desenvolvimento havendo a tendência em se lançar mão sempre dos mesmos tipos de ativos. Entretanto, com a rápida e enorme modernização da Cosmética, para se selecionar o melhor sistema conservante para cada fórmula, na sua melhor combinação de tipos de ativo e na concentração ideal, é preciso dominar o conhecimento do trinômio produto-conservantes-microorganismos, que resume os pontos da estratégia de proteção microbiológica do produto, conforme esquematizado.
Como produto, é importante considerar aqui sua composição química, embalagem e o processo de fabricação. O primeiro aspecto a ser considerado na escolha do conservante é a regulamentação do uso de substâncias de ação conservante permitidas, uma vez que é de caráter eliminatório. No Brasil, atualmente as normas de BPFeC são estabelecidas pela Portaria do Ministério da Saúde No 348 de 18 de agosto de 1997 e a lista de conservantes permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes consta da Resolução RDC No 162 de 11 de setembro de 2001. A regulamentação varia de país para país. Por exemplo, na comunidade européia é a diretiva para cosméticos 76/768 EEC que apresenta as mais de 60 substâncias ativas em seu anexo VI, no entanto somente cerca de uma dúzia destes são efetivamente usados pelo mercado, entre eles ésteres do ácido parahidroxibenzóico (parabenos), fenoxietanol, isotiazolinonas, imidazolidiniluréia, dimetildimetilhidantoína e iodopropinilbutilcarbamato. O Japão é o país que conta com a lista mais restritiva, por isso exportar produtos para atender os japoneses é um desafio a mais para os formuladores.
Tendo em vista a procura dos consumidores por produtos cada vez mais suaves e seguros, a tendência no mundo é de minimização da concentração e número de tipos de ativos, permanecendo no mercado os que contam com estudos toxicológicos melhores e mais completos bem como dados epidemiológicos satisfatórios. Isto obriga o formulador a aprofundar seus conhecimentos em Química para combinar sinergicamente um portifólio cada vez menor de ativos e reduzir a necessidade do uso de conservantes, repensando assim o método tradicional de formulação em que os conservantes eram encarados como simples coadjuvantes para criar um conceito mais avançado de produtos auto-conservantes ou livre de conservantes em que a conservação é inerente à própria fórmula. Esse conceito alinha-se às metas de redução de custos de desenvolvimento e otimização de fórmulas, uma prioridade que já se incorporou em todas as organizações.
Produtos auto-conservantes normalmente têm prazo de validade menor, são apresentados em frascos do tipo dispenser ou bisnagas especiais que solucionam boa parte do problema protegendo o produto da carga microbiana das mãos do consumidor ou do ambiente. Nesse sentido o tipo de fórmula e viscosidade devem ser adaptados. Alguns desses produtos requerem cuidados especiais de acondicionamento. Existem linhas de cosméticos cuja recomendação do fabricante é manter sob refrigeração.
Para se definir se a susceptibilidade do produto é maior à contaminação por bactérias, fungos ou leveduras, avalia-se inicialmente a atividade de água do produto. Quanto mais aquosa, mais susceptível à bactérias. Em geral cremes e loções exigem atividade tanto bacteristática quanto fungistática, fazendo-se necessário utilizar misturas de conservantes de amplo espectro de atividade.
O segundo passo para se selecionar um sistema conservante é conhecer suas propriedades físico-químicas para se prever possíveis incompatibilidades químicas com os componentes da fórmula e até de inativação do conservante; a solubilidade em água, tensoativos e glicóis; o coeficiente de distribuição de ativos; a estabilidade em relação ao pH e temperatura que sofrem variações durante o processo de produção; a possibilidade de bombeamento; a necessidade de pré-mistura em fase oleosa e as perdas por evaporação durante o processo e até por adsorção à resina da embalagem. As propriedades organolépticas também devem ser consultadas a fim de se prever possíveis interferências na cor, no odor e também no sabor, em caso de produtos para os lábios. Via de regra, o ideal é adicionar os conservantes ao final do processo de manufatura após a fase de resfriamento pois geralmente um de seus componentes pode sofrer degradação. É preciso tratar o conservante com os mesmos cuidados dedicados aos perfumes, matéria-primas igualmente caras e sensíveis às variações do processo.
O conhecimento da flora potencialmente contaminante do produto requer a monitoração dos insumos destacando-se a água e as embalagens, das instalações, dos equipamentos e do ar através de análises microbiológicas do tipo contagem, swab-test, número mais provável e outras e com base em padrões dados em UFC/mL (unidades formadoras de colônias por mililitro). O monitoramento permite validar métodos e procedimentos a fim de prevenir contaminações à medida que se combate o seu foco ou causa, bastando na maioria das vezes, determinar o tipo de célula - bactéria, fungo ou levedura – não sendo necessária a identificação morfológica a menos que se trate de microorganismo muito reincidente principalmente no sistema de purificação da água.
A eficácia do sistema conservante só pode ser garantida através de testes de desafio, ou challenge Tests como são conhecidos, que consistem na inoculação do produto com microorganismos especificados pela CTFA (The Cosmetic, Toyletry and Fragrance Association) e a constante monitoração da carga sobrevivente. Idealmente estes testes devem ser realizados durante os testes de estabilidade das amostras do teste de fábrica e acompanhados com análises de determinação dos ativos conservantes para melhor interpretação dos resultados.
Devido à tendência em se lançar produtos cada vez mais seguros e ao mesmo tempo mais naturais, a melhoria das práticas de fabricação se impõe como uma condição de Qualidade Total. A lavagem das mãos e o uso correto de luvas seguido do controle de bio-incrustrações nos equipamentos e tubulações que se formam em superfícies porosas e cantos mortos que possibilitam que líquidos permaneçam estagnados. Especial atenção deve ser dada à limpeza e sanitização, que devem seguir procedimentos rigorosos e validados.
Para quem está dando os primeiros passos em busca da excelência em qualidade microbiológica, contar com a ajuda de um bom serviço de consultoria pode significar uma verdadeira arrancada na direção da produtividade de acordo com as exigências do mercado. A revisão da composição química do produto segundo os princípios de racionalização e otimização aqui apresentados, a adequação do sistema conservante e monitoração microbiológica constituem portanto o trinômio da qualidade microbiológica, valendo por fim ressaltar as seguintes recomendações:
1.aprimorar o senso crítico do formulador na racionalização da fórmula;
2.observar os critérios de escolha do sistema conservante tendo a regulamentação de mercado como fator eliminatório;
3.usar a concentração adequada de conservante que seja estável e compatível com a composição química do produto e condições do processo;
4.requisitar orientação do fornecedor do sistema conservante ou serviço de consultoria nas áreas de menor domínio dentro do trinômio produto-conservante-microorganismos;
5.buscar o melhor balanço custo-benefício;
6.validar e realizar os testes de estabilidade, de eficácia e clínicos incluindo amostra de fábrica acompanhados das análises físico-químicas, como forma de garantir a proteção microbiológica;
7. adotar as melhores práticas de fabricação e controle organizadas num sistema de monitoração da qualidade microbiológica integrado.

Bibliografia
Orth, D. S. Preservative Efficacy testing: A review of various methods and their reliability, Cosmet. Toil 112(%) 59-62 (1997).
Rigano, L. and Leporatti, R. Systemic Constellations: with or without preservatives? SÖFW-Journal, 129. Jahrgang 6-2003.
Steinberg , D.C. (1996). Preservatives for Cosmetics. C&T Ingredient Resource Series.Cosmetics & Toyletries.

por Vera Lúcia Siqueira.

Boas Práticas Farmacêuticas: A gestão estratégica da Qualidade na Indústria Farmaceutica

Boas Práticas Farmacêuticas: A gestão estratégica da Qualidade na Indústria Farmaceutica

Isabella 1 aninho de vida (fotos)







12.18.2009

Infertilidade; Anticoncepção; planejamento familiar e os anticoncepcionais



Infertilidade Humana

A infertilidade é a incapacidade temporária ou permanente de gerar um filho ou de levar uma gravidez até ao seu termo natural. Apenas se considera a infertilidade quando um casal tem relações sexuais regularmente, na ausência de contraceptivo, durante um período de um ano sem que ocorra uma gravidez. Contudo, uma vez que a esterilidade ou infertilidade total são casos muito raros, após este período de tempo a gravidez pode ocorrer naturalmente ou pode-se recorrer a tratamentos de infertilidade e a técnicas específicas. Subfertilidade é quando um casal necessita de mais tempo do que o habitual para conseguir conceber naturalmente uma gravidez.
Vários estudos efectuados revelaram que 85% dos casais após um ano e meio de tentativa alcançam a gravidez tão desejada. Cerca de 15% dos casais após esse período de tempo necessita de recorrer a tratamentos e a assistência médica.
No geral, considera-se que tanto a mulher como o homem contribuem com 40% dos casos de infertilidade do casal, os 20% restantes são causas mistas. Não obstante, verificou-se que em 52% dos casos de infertilidade conhecidos estão relacionados com problemas femininos, e apenas em cerca de um terço dos casos totais de infertilidade existem causas de infertilidade de ambos os elementos do casal.
Os estudos realizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostraram que a infertilidade é um problema que atinge cerca de 15% dos casais europeus em idade reprodutiva. Pensa-se que daqui a uns anos um em cada três casais seja infértil.
O facto de os casais optarem por terem filhos mais tarde também pode aumentar o risco de infertilidade temporária ou subfertilidade. Os horários de trabalho inflexível e as aspirações profissionais, sobretudo da mulher, leva a que estas tenham filhos perto dos 40 anos, e nesta altura os níveis de fertilidade começam a diminuir drasticamente. Daí, algumas associações pensam que as mulheres deviam ter o direito de interromper as suas carreiras para construírem família, quando a sua fertilidade está no auge. Os homens também são afectados com este novo estilo de vida, verificando-se que a quantidade e qualidade de esperma está a diminuir.
Outros problemas como a obesidade e as doenças sexualmente transmissíveis também influenciam a fertilidade do indivíduo. Algumas doenças sexualmente transmissíveis podem provocar o bloqueio das trompas de Falópio, impedindo que a gravidez ocorra naturalmente, e tem-se verificado o seu aumento nos adolescentes. O mesmo ocorre com a obesidade. Na Europa, cerca de 6% das raparigas inferiores a 19 anos são obesas, e normalmente, as crianças e adolescentes obesas tornam-se adultos obesos. Normalmente, as mulheres obesas têm uma ovulação deficiente, tendo por isso maiores dificuldades em engravidar.
No entanto, podem surgir outras causas, tanto no homem como na mulher que vão ser referidos mais à frente.
Não nos podemos esquecer que quando um casal tenta ter filhos e isso se torna uma meta a atingir e se deparam com um resultado negativo, mês após mês, isso pode gerar sentimentos de frustração, angústia e ansiedade no casal. Quando casal se apercebe que está perante um problema de infertilidade as suas reacções emocionais, como a negação, ansiedade, culpa, baixa de auto-estima e desilusão podem interferir nas relações familiares e sociais, no desempenho no trabalho e no bem-estar psíquico. Normalmente, a sexualidade do casal também fica afectada, pois o casal deixa de sentir satisfação e diminui a intimidade, tornando-se num acto apenas com o objectivo de se atingir uma gravidez.
A ansiedade e o stress podem levar também ao aumento de infertilidade, podendo o stress crónico ter consequências nas disfunções hormonais, que podem afectar a ovulação no caso da mulher e a produção normal de esperma no caso do homem.


Problemas de Infertilidade Masculina

A infertilidade no homem tem origem em problemas de oligospermia, ou seja, quando há uma produção insuficiente de espermatozóides; em problemas de azoospermia, em que não há produção de espermatozóides, (é de referir que o número médio de espermatozóides por ml no esperma é de 120 000 000 e caso existam menos de 20 000 000 espermatozóides por ml estamos perante um caso de infertilidade); quando há produção de espermatozóides de fraca qualidade, com anomalias ou sem mobilidade; quando se dá uma gametogénese anormal; ou quando o espermatozóide é incapaz de fecundar o gâmeta feminino.
Estes problemas podem ter diversas causas como, disfunção eréctil; problemas endócrinos como hipopituirismo, síndrome de Custing, hiperplasia adrenal congénita ou uso de androgénios; problemas testiculares congénitos ou estruturais, como Síndrome de Klinefelter (resulta da presença de 3 cromossomas sexuais, dois X e um Y, e os indivíduos com esta síndrome apresentam geralmente uma estatura elevada, um pequeno desenvolvimento dos seios e ancas alargadas, testículos pouco desenvolvidos que não produzem esperma ou cuja produção é bastante reduzida e sem espermatozóides, o que os torna estéreis. Podem também apresentar um ligeiro atraso mental, no entanto, alguns dos casos com este Síndrome apresenta aptidões intelectuais normais), Síndrome do Macho XX, Aplasia das células germinativas; temperatura elevada durante a espermatogénese devido a criptorquidismo (neste caso os testículos permanecem no abdómen ou no canal inguinal, não descendo para dentro da bolsa escrotal. O epitélio tubular acaba por degenerar, e não há produção de espermatozóides. Para se resolver este problema pode-se recorrer a uma cirurgia, não sendo sempre eficaz), veia varicosa no escroto ou varicocelo (evita a correcta drenagem do sangue a partir dos testículos, produzindo calor e impedindo a maturação dos espermatozóides, no entanto, pode ser removida por cirurgia); problemas testiculares adquiridos, como orquite viral, traumatismo, infecção por mycoplasma, exposição a radiação, exposição a drogas (álcool, cocaína, marijuana, antineoplásicos, etc.), exposição a toxinas ambientais, doença auto-imune (papeira, doenças sexualmente transmissíveis), doenças sistémicas (cirrose, insuficiência renal, cancro, enfarte do miocárdio, etc.), presença de leucócitos no esperma, disfunções hormonais (secreção reduzida das hormonas LH e FSH ou de testosterona), ejaculação retrógrada (o sémen dirige-se para a bexiga em vez de se dirigir para o pénis); problemas no transporte de esperma como obstrução dos epidídimos ou dos canais deferentes, hiperplasia da próstata e cancro da próstata.



Problemas de Infertilidade Feminina


A existência de infertilidade feminina pode ter origem em problemas de anovulação (ausência de ovulação), bloqueios das Trompas de Falópio, secreções da vagina ou do colo do útero hostis para os espermatozóides, interrupção da nidação, idade, entre outros.
Os problemas em cima mencionados podem surgir devido a disfunções hormonais (secreção insuficiente de LH e FSH, que pode estar relacionado com tumores na hipófise ou nos ovários; excesso da produção de prolactina; hipotiroidismo ou utilização de medicamentos à base de esteróides como por exemplo a cortisona); ovários anormais, o que não permite a ovulação; endometriose (tecido endometrial cresce na cavidade pélvica em torno do útero, trompas e ovários, o que leva ao encerramento dos ovários, não permitindo a libertação do oócito); infecções (DST, inflamações causadas pelo uso de contraceptivos como o DIU), malformações congénitas; secreções vaginais agressivas; tumores uterinos; degeneração prematura do corpo amarelo; aumento da probabilidade de formação de oócitos com um número anormal de cromossomas; diversas doenças (genéticas, auto-imunes, etc.). É de referir que o stress e a ansiedade podem contribuir para a incapacidade de engravidar.

Tratamento

O tratamento da infertilidade está intimamente relacionado com as técnicas de reprodução medicamente assistida, uma vez que quando um casal se depara com um problema de fertilidade, recorre na maior parte das vezes a estas técnicas. Só após várias tentativas falhadas recorrem a outros métodos capazes de resolver algumas causas de infertilidade.
Alguns desses tratamentos são utilizados quando há anomalias nas Trompas de Falópio. Recorrendo-se a uma laparoscopia pode-se extirpar o tecido anormal em casos de endometriose ou cortar aderências na cavidade pélvica. Também podem ser administrados fármacos para tratar a endometriose e antibióticos em caso de infecção. Caso a Trompa de Falópio esteja lesada pode-se recorrer a uma operação cirúrgica, no entanto, esta intervenção pode causar um aumento da probabilidade de ocorrência de gravidez ectópica.
Existem vários fármacos utilizados no tratamento da infertilidade. O citrato de clomifeno ou o citrato de tamoxifeno, tanto podem ser utilizados na indução da ovulação na mulher, como no homem na tentativa de aumentar a quantidade de esperma, no entanto, não foram evidenciadas grandes vantagens no uso destes fármacos. A bromocriptina diminui os níveis elevados de prolactina que interferem com a LH, causando infertilidade em ambos os sexos. Para o tratamento da oligospermia, podem ser usadas as seguintes substâncias: a mesterolona, o ácido folínico, a pentoxilina, a indometacina, a arginina, a kalicreína, o glutatião, o captopril, as prostaglandinas, entre outros.
Apesar de as técnicas de reprodução medicamente assistida, como a inseminação artificial, estimulação hormonal, fecundação in vitro, colocação de embriões no útero, entre outras, serem talvez as técnicas mais utilizadas pelos indivíduos com problemas de infertilidade, pode-se recorrer a técnicas alternativas como por exemplo a técnicas de medicina chinesa, como a fitoterapia chinesa e acupunctura para tratar problemas de fertilidade. No caso do homem estas técnicas podem ajudar no aumento da produção de espermatozóides ou outro tipo de problemas em que os espermatozóides são anormais e podem-se tornar fecundáveis, isto, porque se pensa que estas técnicas de medicina chinesa estimulam energeticamente os órgãos reprodutores. É de referir que caso o homem não produza espermatozóides estas técnicas não o podem ajudar. No caso da mulher, a fitoterapia chinesa e a acupunctura ajudam a melhorar o seu estado de saúde a nível imonulógico, em relação ao equilíbrio e ajuda a atenuar os efeitos da gravidez, como vómitos, ansiedade, dores, entre outros. Assim, o bom estado de saúde da mãe permite um melhor desenvolvimento do feto. Apesar de não saber ao certo a eficácia destas técnicas, existem registos de tratamentos com um “final feliz”, que as técnicas de reprodução medicamente assistida não conseguiram resolver.

“Baste a quem baste o que lhe basta
O bastante de lhe bastar!
A vida é breve, a alma vasta;
Ter é tardar.” Fernando Pessoa em “Mensagem”

Em nossas vidas quase nada acontece sem que tenha uma consequência ou outra. Tudo o que fazemos tem um efeito colateral. Se gritarmos com alguém ou agirmos abruptamente, podemos nos desculpar, mas alguma marca fica. O mesmo vale quando agimos com atenção e consideração.

Com anticoncepcionais não poderia ser diferente. Ao entrar em nosso organismo produz uma reação que esperamos seja a melhor possível, embora nem tudo saia como desejássemos. E mais, ele interage com muitos outros medicamentos.

Vivemos cercados de todo tipo de medicamentos. Sejam para alteração de humor, para dores de cabeça, inflamações, infecções, etc. São tantos, de tantos tipos e para “piorar” cada dia aparece um novo no mercado para substituir outro ou com uma função nova gerando insegurança quanto as possíveis interações.

Isto nos leva ao problema da interferência com anticoncepcionais. Sabemos que muitos medicamentos interferem. Não é certeza que o façam, inclusive há controvérsias que o façam. Entre eles os mais famosos são os usados para epilepsia, para alterações de humor e os antibióticos.

Há outras situações que requerem cuidados. Todos os medicamentos podem causar problemas estomacais, alguns bem sérios, como hemorragias intensas e graves. Este é um dos inúmeros motivos pelos quais só devemos tomar medicamento com orientação médica. Os anticoncepcionais orais costumam “irritar” o estômago também. Por isto é importante quando passarem com médicos, mesmo que não lhe seja perguntado, informar todos os medicamentos que está fazendo uso.

No caso dos anticoncepcionais o agravante, na possível interferência, é que pode gerar falha no método. Usamos anticoncepcionais, na maioria das vezes, porque não queremos engravidar. De forma que se houver interferência ele pode falhar. As consequências evidentes.

A regra básica é simples: no mês ou pelo tempo que utilizar um medicamento qualquer e estiver usando anticoncepcional (vale para os injetáveis, adesivos, intra-vaginais, mas não vale para DIUs e para os definitivos) é só usar camisinha, concomitantemente. Assim mesmo que haja interferência você estará protegida.

Em tempo: quem toma anticoncepcional não tem período fértil.

Infertilidade

Nem todos os que vêem tem os olhos abertos, nem todos os que olham vêem. Gracián – em “A Arte da Prudência”

Aproveitando uma pergunta recebida sobre a nossa fertilidade veremos que as mulheres estão férteis em torno de dois dias por ciclo (48h é o tempo médio de vida do óvulo, efetivamente menos de 24h) e os espermatozóides vivem, em média, 72h.

Pensamos que é fácil engravidar, mas não é. Se expuséssemos 100 mulheres a relação sexual, sem proteção, no primeiro dia só 40 ficariam grávidas, ao final de um ano 90 teriam ficado grávidas, ao final de um ano e meio, 95 conseguiriam. As que sobram
(5%) precisariam de algum tipo de ajuda.

Há muitos fatores que interferem e pode parecer estranho, mas o número de relações também pode ser um fator. Tive uma paciente que não conseguia engravidar e estava ficando exasperada até que chegaram as férias do marido e surpreendentemente aconteceu. Neste caso o marido viajava e passava a maior parte do tempo fora.

Outra história interessante foi de uma jovem e que depois de seis meses de casamento não conseguia engravidar, procurou-me e contou sua história. Ao examinar constatei que ela ainda era virgem, perguntei como eram relações sexuais e ela me contou que se beijam, abraçavam e ficavam encostados um ao outro. Após explicar como deveriam ser as relações sexuais ela retornou grávida.

Já disse no texto sobre gestação em adolescentes que há fantasia de que somos inférteis, e isto acontece com quase todas as pessoas é fator decisivo para gravidezes não planejadas. Ora se somos inférteis poderemos ter relações sem proteção e não engravidaremos certo? Ledo engano, só uma minoria terá problemas para engravidar como vimos acima.

As perguntas mais recorrentes são sobre “útero virado”, casos de familiares que tiveram dificuldades e que as mulheres são sempre as culpadas. O que nem de longe é verdade.

A posição mais freqüente do útero é com o fundo direcionado para a barriga, mas pode acontecer de ser virado para as costas sem que isto represente nenhuma dificuldade ou traga qualquer contratempo às mulheres.

O chamado fator masculino gira em torno de 40%, ou seja, em quase metade das vezes o “culpado” é o homem e não a mulher. O que acontece é que os homens não gostam de fazer espermograma e não gostam de se sentirem doentes ou incapazes de prover uma gravidez e empurram a culpa para o outro lado. As mulheres como são mais cuidadosas não tem medo de procurar ajuda e assim fica parecendo que são sempre as culpadas.

A vida é assim e às vezes basta uma pequena orientação e todo se resolve. Parece texto de auto-ajuda, mas existem dois tipos de problema o que tem solução e o que não tem solução. Com os que têm solução não preciso me preocupar, pois têm solução. E com os que não têm solução não posso me preocupar, visto que não tem solução. Logo não há problemas com os quais devemos nos preocupar.

Converse com seu médico.

Anticoncepção

“E como o tempo não tem, nem pode ter consistência alguma, e todas as coisas desde seu princípio nasceram juntas com o tempo, por isso nem ele, nem elas podem parar um momento, mas com o perpétuo moto, e revolução insuperável passar, e ir passando sempre”.
Padre Antonio Vieira - Sermão da Primeira Dominga do Advento

Anticoncepção nos remete ao poder de decidir quando e se queremos ter filhos e ter filhos significa perpetuar-se na espécie, assim como tempo passando e a passar sempre.

Transferir nossa herança, mesmo genética, é o que nos faz eternos. De alguma forma todos somos descendentes de Adão e Eva na forma do DNA fundamental. Como cada um interpretará esta leitura é de foro íntimo.

Decidir-se por filhos é mais uma das inúmeras situações difíceis que nos deparamos por envolver diversos questionamentos, sejam morais, religiosos, éticos, numa sequência quase infinita de senões.

Como todas as espécies, a necessidade de procriar envolve a própria sobrevivência, mas nós temos um quê a mais do que os outros animais e muitas vezes não queremos ter filhos. A ciência é só instrumento deste capricho.

Há muitos métodos para evitar uma gravidez e de modo geral devem ser orientados por médicos. Por mais bem intencionadas que sejam as vizinhas, tias, mães e amigas, preconceito e desinformação têm terreno fértil por aqui.

Os métodos podem ser reversíveis ou definitivos, naturais ou artificiais, da simples abstinência (método 100%) às cirurgias “higiênicas” como a histerectomia.

Os métodos são avaliados considerando 100 usuárias durante um ano e pelo número de gravidez ocorrida temos o índice de falha do método. Há um índice para o uso perfeito e outro para o prático, ou seja, aquele que se espera e o que se verifica. São os números, respectivos, após o nome do método (esperado/encontrado):

Naturais: tabela, Billings (observação do ciclo), temperatura basal, sinotérmicos (1-9/20)

De barreira: camisinha (3/14), diafragma (6/20), espermaticidas (6/20)

Dispositivos intra-uterinos: DIU de cobre (0,6/0,8) ou hormonais (0,2/0,2)

Hormonais (injetáveis, implantes, subcutâneos, cutâneos) (0,1/0,3), orais combinados (0,1/6-8), “mini-pílula” – uso na lactação – (0,5/10)

Definitivos – laqueadura e vasectomia – (0,1/0,1)

Abstinência (0/?)



Anticoncepção

“As coisas mais insignificantes têm às vezes maior importância e é por elas que a gente se perde…”
Dostoievski em Crime e Castigo.

Desde sempre houve uma preocupação em como nos reproduzimos e num determinado ponto da história em como não nos reproduzirmos ou dito de outra forma só nos reproduzirmos quando quisermos. Este tema nos dias atuais ficou mais chamativo depois da declaração do governador Sérgio Cabral e sem nos atermos à discussão do mérito, ou da falta de mérito, da afirmação do governador, vemos que é importante pensar em métodos contraceptivos.

Os adolescentes estão particularmente afeitos a este acontecimento pela imaturidade, pensamento mágico (de modo geral em um ponto de nosa vida pensamos que somos estéreis), falta de conhecimento, desafio, ter toda a vida pela frente, qualquer que seja o motivo nos expomos desnecessariamente à gravidez com consequencias drásticas a curto médio e longo prazo. Gravidez deve ser bem planejada. Os métodos para evitar gravidez estão à disposição e são vários. Consegui-los é fácil e o caminho a ser seguido é o de procurar orientação médica, se com a conivência dos pais, melhor, se não basta procurar assistência. Pode-se ir sozinho e o Estatuto da Criança e do Adolescente garante a privacidade.O conselho de amigos pode ser útil, mas lembrem-se eles têm a mesma longa experiência que vocês o que pode traduzir-se em bons conhecimentos ou perpetuação de preconceitos. Gosto de lembrar uma situação que me ocorreu na infância, numa tarde após o jogo de futebol um grupo de meninos passou a fazer umas coisas estranhas com o pênis (masturbação) e eu perguntei o que era aquilo e a resposta de um foi: é uma coisa muito boa, mas depois a gente se arrepende. Dostoievski não teria dito melhor. Os métodos podem ser: reversíveis ou definitivos.Reversíveis: naturais (comportamentais, observação do ciclo, secreção vaginal, coito interrompido), de barreira (camisinha, diafragma), ou artificiais: hormonais (orais, intra-dérmicos, cutâneos, intra-vaginais e injetáveis), Dispositivos intra-uterinos (com cobre, com hormônios).

Definitivos: vasectomia, ligadura de trompas.Anticoncepção de emergência deve ser usada só nesta circunstância e não de rotina. É atitude extrema.Aborto não é método contraceptivo. É um caso à parte e assim cuidaremos dele.Como tudo na vida há prós e contras. O que deve nos nortear em todos os tratamentos, se não a todas as nossas atitudes, são respostas afirmativas a três perguntas: eu preciso, eu posso, e, eu quero?

12.16.2009

Alergia; Tipos de Alergia; Recomendações



Recomendações aos pacientes com alergia a medicamentos


1- Não se medicar por conta própria, isto é, sem receita Médica, principalmente injeções, pois poderá correr risco de vida.

2- Os medicamentos não deverão ser usadas sob qualquer apresentação infeções, Comprimidos, Cápsulas, Colírios, Pomadas, etc.

3-Não existe tratamento para Alergia a Medicamento; o principal culpado é não fazer uso deles.

4- Ter junto com seus documentos pessoais, uma lista destes medicamentos.

5- Informar a Médicos e Dentistas e fornecer-lhes a relação dos medicamentos, principalmente em Pronto- Socorro, antes de anestesias e cirurgias.

6- Não é indicado “teste” com drogas: só excepcionalmente e a critério do Médico.

7- Ler com atenção as bulas de medicamentos, observando: composição (fórmula). reações contrárias, precauções e contra- indicações:

I - Derivados Pirazolônicos

1- Conteúdo: Aminofenazona, Aminopirina ou Piramido vendidos sob o nome de: Cibalena, Veramon, Algafan , Tonopan, Espasmoplus, Mioflex, etc.

2- Conteúdo Dipirona: Novalgina, Anador, Conmel, Analgex, Apracur, Barolgin, Citalgan, Magnador, Nevralgina, Beserol, Buscopan composto, Citalgan, Codasal, Dorscopena, Dozetrat, Fluviral, Lisador, Neosaldina, Nevrix, Sedalene Tetrapulmo, etc.

3- Conteúdo: isopirina: Delta-Tomanil, Tomanil, etc.

4 - Conteúdo: Melubrina: Doledon composto, etc.

5- Conteúdo : Fenilbutazona: Butazona, Mioflex, etc.

6- Conteúdo: Oxifenibutazona, Butazolidina, Mioflex, Algi- Tanderil, Tandrexin, etc.

II - Ácido Acetil Salicílico

AAS, Aspirina, Endospirin, Cibalena-A, Alka-Seitzer, Codasal, Coristina, Doril, Doloxene-A, Ronal, Lentocetil, Sonrisal, Procor-S,Tetrex-APC, etc.

III - Penicilinas

1 - Penicilinas Naturais: Benzetacil, Anginopen, Benzotal, Despacilina, Lisocilina Anticatarral, Megapen,Odontovac,Probecilin, Pen-Ven-Oral, Rodicilina , Wycilin, Vacidermon, etc.

2- Penicilinas Semi-Sintéticas:

a) Amoxacilinas: Amoxil, Benzoral. Larocin, Miconcil, etc.

b)Ampicilinas: Amplacilina, Ampivac, Binotal, Benzotal, Cileral, Optacilin, Policilin, Tandrexin 500, etc.

c)Carbemicilinas: Carbemicilina.

d)Epicilinas: Dezacilina

e)Dicloxacilinas: Diclocil

f)Hetacilinas: Versatrex

g)Oxacilinas:Staficilin-N


3- Cefalosporina (sensibilidade cruzada com penicilinas): Ceclor Cefalexina, Cefamox., Keflex, Kefazol, etc.


IV - Sulfas

1- Sulfabenzamidas: Vagi- Sulfa, etc.

2- Sulfacetamida: Ceto-Biotic, Paraqueimol, Sulfalok, etc.

3- Sulfadiazinas: Dienterol, Enterocin, Entibios, Anginotrat, Anginocilina, etc.

4- Sulfadimetoxinas: Madribon, etc.

5- Sulfametoxazol: Gantanol, Infectrin, Asseplum, Bactrin, Bactrex, Espectrim, Selectrim, Septa, Suss, Trimexazol, Orobactrex, Uro-Nebacetim, etc.

6- Sulfametoxipiridazinas: Eregex, Tetra-Biotic, Urotrex, Urotrex, etc.

7- Sulfametrol, Lidaprin, etc.

8- Sulfanilamida: Anaseptil, Anticoccus Pomada, Vacidermon Pomada, etc.

9- Sulfaguadinina: Enteroftal, Enterosseps, etc.

10-Sulfatiazol: Albamicina, Cibazol, Uromix, Uroterra, Uropol, etc.

V- Anti-diabéticos orais

1- Clorpropamida: Diabinese

2 - Talbutamida : Rastinon

3- Sulfaniluréia: Daonil

4- Glipizida Minidiab


Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Por: Dra. Shirley de Campos


Tipos de Alergia

Alergia a alimentos

Alergia alimentar pode ser difícil de diagnosticar porque existem vários tipos de reações adversas a alimentos. Um desses é a alergia alimentar. As reações causadas por alimentos podem ser consideradas:

Intolerância ou reação anormal a um alimento ou um aditivo alimentar. Ao contrário de uma reação alérgica onde o sistema imunológico é ativado e lança uma resposta, a intolerância a alimentos pode ocorrer pela falta de uma enzima necessária para a digestão desse alimento. Por exemplo, pessoas que não produzem lactase, enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar do leite) não toleram alimentos com leite. Essa dificuldade de digerir o leite poderá resultar em sintomas desagradáveis, mas não significa uma alergia.

Envenenamento por alimento é uma reação a substâncias tóxicas, bactérias ou parasitas presentes em comida contaminada.

Reações farmacológicas à comida são reações a aditivos alimentares ou a elementos químicos que ocorrem naturalmente nos alimentos. Se você fica nervoso ou irritado ao consumir café, essa é uma reação farmacológica à cafeína.

Alergia alimentar é o resultado de uma reação alérgica a um alimento ou aditivo alimentar. Ela pode se manifestar como náusea, vômito, diarréia, urticária, inchaço nos lábios, olhos, língua e, também, como crise de asma. A situação mais grave de alergia a alimentos é o choque anafilático.

Os alimentos mais associados a choques anafiláticos são amendoins, nozes, mariscos, crustáceos, clara de ovo e sementes, como o gergelim. Os alimentos que mais provocam alergia são: leite de vaca, ovos, amendoim, mariscos e castanhas. Ter alergia a amendoim (que é um legume), não significa ser alérgico a todos os tipos de castanha, mas isso é possível.

Na avaliação da sua condição, seu médico especialista pode aplicar testes ou solicitar dosagens no sangue para confirmar ou descartar a possibilidade de você ser alérgico a alimentos. Se a suspeita se confirmar, o melhor é que você evite os alimentos a que você é alérgico, por menor que seja a sua quantidade.

Alergias de Pele

Eczema

A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, pode se iniciar já nos primeiros anos de vida. Quando o eczema é provocado por reações alérgicas, ele é chamado de eczema atópico. Neste tipo de dermatite a coceira aparece antes das erupções. Crianças com dermatite atópica com freqüência desenvolvem outras manifestações alérgicas, como rinite e asma.

Se você tem erupção cutânea com coceira por longo período é possível que você sofra de eczema. Embora as lesões eles possam aparecer em qualquer lugar do corpo, é mais comum surgirem na pele do lado interno dos cotovelos e atrás dos joelhos. Seu médico pode suspeitar de eczema se você tiver erupções caracterizadas por áreas secas e inflamadas da pele, com coceira.

Dermatite de contato

A pele pode desenvolver reações alérgicas quando entra em contato com determinadas substâncias. Quando sua pele tem contato direto com plantas, substâncias simples como níquel e cromo, constituintes de cosméticos ou medicamentos tópicos ela pode coçar, se tornar vermelha, e inflamada. Este quadro de erupção cutânea com pequenas vesiculações, prurido e vermelhidão é característico da dermatite de contato. Procure seu médico para receber a orientação adequada à intensidade de sua manifestação.

Dicas para cuidar da dermatite de contato:

• Lave com água quente e sabão a roupa e outros objetos que entraram em contato com o alérgeno para evitar uma nova exposição a ele.
• A secreção que surge com a erupção não vai espalhar a lesão. Isso só acontece se suas mãos estiveram contaminadas pelo alérgeno e você coçar a pele.
• Comprimidos de anti-histamínicos podem aliviar a coceira.
• Faça o possível para não coçar. As erupções da dermatite de contato geralmente não deixam cicatrizes, mas isso pode acontecer se você coçar as feridas e elas infeccionarem. Neste caso é provável que você necessite de antibiótico.
• Corticosteróides tópicos podem aliviar a erupção cutânea.

Urticária

As urticárias surgem na pele como placas vermelhas inchadas e apresentam coceira muito intensa. Duram de poucos minutos a várias horas no mesmo local. De modo geral, aparecem em surtos em diversos locais do corpo e podem se acompanhar de edema (inchaço) em certas regiões, como os lábios e pálpebras, o que chamamos de angioedema.

Existem numerosos fatores que podem desencadear ou agravar surtos de urticária: alimentos, medicamentos, corantes alimentares, exercício, calor, fatores emocionais e picadas de insetos, entre outros. Em casos de urticária, seu médico pode prescrever um anti-histamínico para aliviar a coceira.

Muitas vezes o quadro de urticária adquire grande intensidade e pode durar várias semanas. Nesta situação é comum o especialista investigar além de causas alérgicas, outros possíveis desencadeantes através de exames específicos. Infecções, doenças hepáticas ou de tireóide, assim como, doenças reumáticas podem se acompanhar de surtos de urticária.

Nos casos de urticária de longa duração é comum o especialista orientar cautela com o uso de habituais desencadeantes, como certos medicamentos e os corantes industrializados. Com freqüência a associação de medicamentos é prescrita para controlar as manifestações mais intensas. No entanto, os anti-histamínicos são os medicamentos mais eficazes para controlar a urticária.

Alergia a medicamentos

Alergia a medicamentos é a principal causa de reações anafiláticas, as quais podem ser mortais. As drogas mais associadas a esse tipo de reação são: analgésicos (ácido acetilsalicílico, dipirona), antiinflamatórios, antibióticos, relaxantes musculares, alguns anticonvulsivantes, além de sangue ou seus componentes. Alguns alimentos e aditivos alimentares também podem provocar reações anafiláticas.

Se você tem alergia a remédios é muito importante ter esse tipo de informação impresso entre seus documentos pessoais. Carregar um cartão com os tipos de alergia que você tem pode ajudar médicos e equipes de resgate a tratá-lo com mais precisão. Peça que seu médico lhe oriente na confecção deste cartão de identificação.

Se você suspeita que apresentou reação alérgica a algum medicamento procure orientação especializada para esclarecer a sua condição.

Picadas de Insetos

Embora a maioria das pessoas não seja alérgica a picadas de inseto, muitas delas apresentam reações no local da picada de mosquitos ou pulgas, por exemplo. Isto é mais comum na infância e com freqüência esta hipersensibilidade desaparece na idade escolar ou na adolescência.

Abelhas, vespas, marimbondos e formigas podem provocar reações locais mais intensas e até reações mais graves como a crise anafilática. Isso ocorre como resultado da sensibilização (formação de anticorpos IgE) para componentes do veneno destes insetos. As picadas de formigas, vespas, marimbondos e abelhas são aquelas mais comumente associadas a reações alérgicas graves. Mosquitos, pulgas e outros insetos domiciliares provocam reações locais.

Lembre-se que nem toda pessoa alérgica a picadas de insetos apresenta choque anafilático. No entanto, se você for alérgico, peça orientação a seu médico sobre medicamentos que podem ser necessários em caso de reações agudas graves.

Os sintomas mais comuns após a picada (mesmo para quem não é alérgico) são vermelhidão, inchaço, dor e coceira no local, que desaparecem após algumas horas. A reação local por picada de formiga pode induzir formação de bolha no local da picada e ser mais duradoura. Borrachudos com freqüência provocam reações locais dolorosas, com muita coceira e que permanecem por vários dias.

Mesmo se você não tiver reações alérgicas às picadas de inseto, isso pode causar grande desconforto. Para aliviar a dor você pode:

• Elevar a parte do corpo que foi picada e colocar gelo ou fazer uma compressa fria para diminuir o edema (inchaço).
• Não furar qualquer bolha que possa surgir. Limpe as bolhas com água e sabão para evitar infecções.
• Creme de corticosteróide tópico e anti-histamínico oral podem ajudar a controlar a inflamação e a coceira.
• Se você estiver com muita coceira (mesmo sem reação alérgica) procure um médico para que ele receite a medicação correta para reduzir o inchaço.
• Se o inchaço aumentar, procure cuidados médicos imediatamente.
• Prevenir é o melhor remédio. Diminua o risco de picadas de insetos usando sapatos fechados, meias, luvas e repelentes quando estiver em locais sujeitos a maior exposição.
• Se você é alérgico a picadas de insetos, seu médico pode recomendar que você adote medidas preventivas para evitar o contato e que tenha sempre a mão medicamentos para tratamento imediato de reações anafiláticas.

Reações anafiláticas

Hoje não é tão comum ocorrerem mortes provocadas por choques anafiláticos, pois nem todas as reações são graves a este ponto e também porque existem medicamentos que podem reverter o quadro.

Quando ocorre a anafilaxia, grandes quantidades de histamina e outras substâncias são liberadas pelos mastócitos ao longo de todo o corpo. A liberação de “mediadores inflamatórios” causa a dilatação dos vasos sanguíneos, diminuindo a pressão arterial. As vias respiratórias se estreitam e fica difícil respirar. Sintomas do choque anafilático incluem urticárias, inchaço dos lábios, língua e garganta, náusea, vômitos, dor abdominal, diarréia, falta de ar, queda da pressão, convulsões e perda de consciência.

Estes sintomas surgem rapidamente após o contato com o agente desencadeante. Quando são muito rápidas, essas reações deixam pouco tempo para atendimento hospitalar. Se seu médico suspeitar que você corre algum risco, ele pode recomendar que você tenha sempre à mão um kit de emergência que deve ser usado imediatamente, aos primeiros sinais de um choque anafilático. Não espere que apareçam outros sintomas, pois nunca se sabe a gravidade da reação.

Fale com seu médico, veja se você precisa desse kit e aprenda a utilizá-lo da forma correta. Ensine sua família como usá-lo também e mantenha-o sempre à mão, em lugares como seu carro, trabalho ou cozinha. Se seu filho corre o risco de choque anafilático, mantenha o kit em casa, na escola e deixe-o ao alcance de babás ou qualquer pessoa que estiver cuidando dele. Conheça os locais de atendimento de emergência na sua cidade. Quando viajar, se informe sobre os locais de atendimento na cidade que você está visitando.

Alergia ao Látex

Esse tipo de alergia tem se tornado mais comum recentemente, devido ao grande número de produtos que contêm látex hoje em dia. As reações vão de erupções cutâneas locais a reações graves como o choque anafilático.

O risco de desenvolver alergia ao látex parece ser maior em pessoas que estão constantemente em contato com luvas de látex, como os profissionais de saúde (médicos, enfermeiras, etc.) ou mesmo em crianças que sofrem repetidos procedimentos médicos que as expõem a produtos contendo látex.

Alguns produtos chamados de látex na verdade não contêm essa substância. Um exemplo disso é a tinta látex.

Existe similaridade entre os alérgenos de látex e de alguns alimentos. É possível que pessoas alérgicas ao látex apresentem reação à banana, abacate, castanhas, maçãs, cenoura, aipo, mamão, kiwi, batata ou melão, por exemplo. Inversamente, também se encontram pessoas que sendo alérgicas a estes alimentos acabam desenvolvendo reação a produtos com látex.

Produtos que normalmente contém látex:

• curativos adesivos
• borrachas
• colas
• luvas cirúrgicas e de limpeza doméstica
• bicos de mamadeira
• bolsas para água quente
• bexigas ou balões de aniversário
• chupetas
• cápsulas com óleo para banho
• medidores de pressão arterial
• pegadores (de ferramentas, bicicletas, raquete
• roupas de plástico (como capas de chuva)
• preservativos
• brinquedos e bolas de plástico
• esponjas de cosméticos
• certos tipos de sapatos
• diafragmas
• cortinas de plástico para chuveiro
• roupas de lycra
• elásticos de roupa.

Se você é alérgico ao látex, o melhor a fazer é evitar o contato direto com esses produtos, assim como, ter cautela em ambientes onde produtos com látex são manipulados.

Fonte: Tratando a Alergia (sanofi aventis)

12.15.2009

Exame do Cremesp reprova 56% dos alunos de Medicina



No total, 621 estudantes do 6º ano do curso fizeram a prova.
Exame é aplicado desde 2005 e a participação não é obrigatória.
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O desempenho dos alunos do último ano dos cursos de Medicina continua abaixo do esperado. Neste ano, nada menos do que 56% dos inscritos no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) foram reprovados, de acordo com os resultados divulgados nesta terça-feira (15).


No total, houve 621 participantes. Segundo o presidente do Cremesp, Henrique Carlos Gonçalves, o alto índice de reprovação demonstra que há deficiências no ensino médico no estado de São Paulo. “O resultado assusta, mas não surpreende”, afirma Gonçalves.

O exame avalia anualmente, desde 2005, o desempenho dos estudantes do sexto ano de Medicina das escolas paulistas. A participação não é obrigatória e o resultado não é pré-requisito para a habilitação do médico ao exercício profissional. "Diferente dos advogados que precisam passar pela prova da OAB, o Cremesp é um mero cartório onde o médico passa para mostrar seu diploma”, diz Gonçalves.

O resultado assusta, mas não surpreende"
Comparado com o resultado de 2008, quando 61% dos inscritos não passaram para a segunda fase da prova, o desempenho dos alunos melhorou.

No entanto, quando se constatam os resultados desde o primeiro ano em que o exame foi instituído pelo Cremesp, fica claro que o problema vem aumentando.

Em 2005, 31% dos inscritos foram reprovados. No ano seguinte, o índice subiu para 38%, chegando a 56% em 2007. “Analisamos nesses cinco anos as escolas médicas e não houve nenhuma melhora nelas”, diz Gonçalves.

Atualmente, segundo o Cresmesp, 25 escolas médicas paulistas formam cerca de 2.600 alunos por ano. O número de participantes no Exame de 2009 é estatisticamente significativo, pois corresponde a cerca de 25% do universo de estudantes.

Os alunos receberão as informações sobre seu desempenho em casa.

MALARIA: Prevenção e tratamento ainda têm de melhorar.

Técnica de Farmanguinhos (Fiocruz) trabalha na produção de remédio contra a malária
.
Cerca de 40% da população mundial está sob o risco da doença.
O aumento das verbas para o combate à malária está começando a dar resultados, mas a prevenção e o tratamento ainda têm de melhorar, disse a Organização Mundial da Saúde na terça-feira (15).

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O Relatório Mundial da Malária 2009 apontou um "progresso significativo" na distribuição de mosquiteiros e medicamentos, em grande parte graças ao aumento de verbas, de 300 milhões de dólares em 2003 para 1,7 bilhão de dólares em 2009. Mas a OMS disse que ainda são precisos outros 5 bilhões de dólares anuais.

"O tremendo aumento no financiamento para o controle da malária está resultando na rápida ampliação das ferramentas de controle de hoje", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em nota.

"Isso, por sua vez, está tendo um profundo efeito sobre a saúde --especialmente a saúde das crianças na África Subsaariana. Em suma, a ajuda ao desenvolvimento para a saúde está funcionando."

Cerca de 40% da população mundial está sob o risco da malária, doença potencialmente letal transmitida por picadas de mosquitos.
Ela mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, e as crianças representam cerca de 90 por cento das mortes nas áreas mais afetadas da África e Ásia.

Resistência ao medicamento

A luta contra a malária é prejudicada pela resistência à cloroquina, o medicamento mais barato e acessível. Também é cada vez mais comum a resistência a sulfadoxina-pirimetamina, uma alternativa também barata.

Por isso, a melhor opção de tratamento hoje é o coquetel chamado ATC, produzido por laboratórios como Novartis e Sanofi-Aventis, mas que é bem mais caro.

A OMS apontou uma difusão bem maior dos mosquiteiros tratados com inseticidas em comparação a anos anteriores. Em 2008, mais da metade dos lares tinha essas redes em 13 dos 35 países africanos mais afetados.

O uso do coquetel ATC está crescendo, mas continua sendo baixo na maior parte dos países africanos. Menos de 15 por cento das crianças doentes têm acesso a essas drogas.

Em países com maior cobertura dos programas de distribuição de mosquiteiros e tratamentos, como Eritreia, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Zâmbia e Tanzânia, os casos de malária e as mortes pela doença caíram pela metade, segundo o estudo.

Isso sugere que as metas internacionalmente aceitas para a redução da malária são factíveis, desde que as intervenções corretas sejam suficientemente difundidas, acrescentou o relatório.

Os lugares mais bem sucedidos no combate à malária também registram forte declínio na mortalidade infantil como um todo, o que sugere que os esforços de controle da malária poderiam ajudar muitos africanos a alcançar em 2015 a meta de reduzir em dois terços sua mortalidade infantil.

Descoberto o gene do cabelo encaracolado



Cansada de usar produtos para deixar seus cabelos com lindos e maleáveis cachos? Pois se depender dos cientistas, seus problemas terminaram. Acaba de ser identificado o gene que define se a pessoa terá cabelos cacheados ou lisos.

A descoberta foi feita pelo Instituto de Pesquisa Médica de Queensland, na Austrália, e noticiada esta semana pelo respeitado jornal inglês Telegraph. A novidade deixou o mercado de produtos de beleza para cabelos em polvorosa. Blogs e fóruns discutem a possibilidade de uma pílula para cachear os cabelos.

A pesquisa, conduzida pelo cientista Nick Martin, comprovou que o gene “trichohyalina” é o responsável pelos cachinhos. Além de servir para saber se seu bebê recém-nascido vai ter cabelos lisos ou não, a descoberta terá utilidades menos fúteis, como ajudar em investigações policiais.

“Seremos capazes de refinar pesquisas de DNA em cenas de crimes, dizendo se o criminoso tinha cabelos lisos ou encaracolados. Já podemos identificar as cores dos olhos e da pele do criminoso, agora temos outra informação relevante para um resultado mais assertivo”, revelou o cientista na matéria.

A pesquisa foi feita em cinco mil gêmeos na Austrália, descendentes de europeus, por um período de mais de 30 anos. Chegou-se à conclusão de que 45% dessa população tem cabelo liso, 40% ondulado e 15% encaracolado. Os estudos também comprovaram que esse é um gene hereditário e a chance de uma mãe passá-lo para o filho é de 90%.

A descoberta mobiliza os grandes conglomerados de beleza, visto que tratamentos químicos para alisar e encaracolar os cabelos enchem as prateleiras de salões e farmácias do mundo inteiro. “Agora, poderemos desenvolver tratamentos para deixar os cabelos lisos ou encaracolados, em vez de aplicar técnicas diretamente nos fios”, confirmou o cientista, que, segundo a matéria do jornal inglês, já tem reuniões marcadas com uma grande empresa de cosméticos francesa, em janeiro.

A cama na varanda: Sem contato físico

Rio - O brasileiro é tido como um povo comunicativo. Há quem diga ter muitos amigos, com ótima troca afetiva. Mas será que as pessoas se tocam o suficiente? Parece existir entre nós uma carência profunda daquilo que mais desejamos: tocar, abraçar, acariciar. E isso vem desde muito cedo. Estudos mostram que entre as causas menos conhecidas para o choro em bebês está a necessidade de serem acariciados. Muitas mães rejeitam um contato mais prolongado com seus filhos com base na falsa suposição de que dessa forma eles se tornarão profundamente dependentes delas.

Não são poucos os pais que evitam beijar e abraçar os filhos homens, porque temem que assim se tornem homossexuais. Mesmo dois grandes amigos se limitam a expressar afeto dando tapinhas nas costas um do outro, enquanto as amigas trocam beijinhos impessoais quando se encontram.

A pele, o maior órgão do corpo, até há pouco foi negligenciada. Ashley Montagu, um especialista americano em fisiologia e anatomia humana, se dedicou, por várias décadas, ao estudo de como a experiência tátil, ou sua ausência, afeta o desenvolvimento do comportamento humano.

A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar nossa compreensão em relação a eles. Tocar é a principal dessas linguagens. Afinal, como ele diz, nosso corpo é o maior playground do universo, com mais de 600 mil pontos sensíveis na pele.

O sexo tem sido considerado a mais completa forma de toque. É possível ficar muito tempo acariciando alguém sem repetir nunca a mesma sensação. Em seu mais profundo sentido, o tato é a verdadeira linguagem do sexo. É principalmente através da estimulação da pele que tanto o homem quanto a mulher chegam ao orgasmo, que será tanto melhor quanto mais amplo for o contexto pessoal e tátil.

Montagu acredita que a estimulação tátil é uma necessidade primária e universal. Ela deve ser satisfeita para que se desenvolva um ser humano saudável, capaz de amar, trabalhar, brincar e pensar de modo crítico e livre de preconceitos. O psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa reforça as idéias de Montagu afirmando que "para todos os seres humanos é fundamental o contato, o toque, a proximidade, a carícia. Por isso estamos tão doentes. Falta-nos proximidade, contato; não trocamos carícias nem gostamos que toquem em nós. Quanto mais civilizados, mais asséptico, mais distante e mais frio. Só palavras. Pouca mímica. Nenhum contato. Por isso foi tão fácil inventar robôs."

POR REGINA NAVARRO LINS

Medicamentos para ejaculação precoce (dapoxetina)

Medicamentos para ejaculação precoce ajudam a tratar o problema, mas devem ser usados com cautela

Um em cada cinco homens sofre com a ejaculação precoce, principalmente os mais jovens, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Apesar de ser tratado com antidepressivos há anos, somente agora os médicos conseguiram criar um comprimido de curta duração que melhora o quadro.

O medicamento, que chega no início do ano no Brasil, funciona como uma espécie de "anti-Viagra", retardando a ejaculação do paciente uma hora após sua ingestão. Mas médicos alertam que a dapoxetina (princípio ativo da droga), deve ser usado com cautela, já que não trata a raiz do problema.

Especialistas dos Estados Unidos, onde o remédio é permitido, afirmam que é cedo para trocar outros tratamentos por uma pílula mágica. Em matéria publicada nesta segunda-feira no "New York Times", eles criticam o investimento pesado da indústria farmacêutica, que logo transforma distúrbios secundários em doenças.

" O remédio pode ser uma muleta eficaz e aumentar a autoestima do homem "

- Não existe uma única definição para ejaculação precoce, e é por isso que nem sempre é fácil tratá-la. Geralmente, o diagnóstico é feito de duas maneiras. Ou quando a ejaculação acontece em menos de dois minutos, ou se o homem sempre ejacula antes de satisfazer a mulher - explica o urologista Archimedes Nardozza, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia.

Ansiedade, estresse, uma nova parceira, expectativas exageradas em relação ao sexo, muito tempo em abstinência e insegurança são as causas mais comuns. Raramente, a ejaculação prematura é causada por algum problema físico, por isso os urologistas geralmente indicam um tratamento que tenha uma abordagem emocional.

- O remédio pode ser uma muleta eficaz e aumentar a autoestima do homem. Mas na maioria dos casos também é necessário tratar a ansiedade e a insegurança masculina - completa o médico.

Por enquanto, só estão disponíveis no mercado brasileiro os antidepressivos que atuam no sistema nervoso central, diminuindo a ansiedade, ou os cremes, preservativos e géis tópicos, vendidos em farmácias e sex shops.

- Não costumo recomendar esses cremes ou preservativos, pois eles contêm xilocaína, um tipo de anestésico que diminui a sensibilidade da pele. O tiro pode sair pela culatra, já que também diminui a sensibilidade da mulher.
O Globo

O que é Ejaculação precoce?

A ejaculação precoce ocorre quando um homem tem um orgasmo mais cedo do que ele ou a parceira desejariam durante a relação sexual.

Causas

A ejaculação precoce é uma queixa comum. Raramente, é causada por um problema físico.
Adam Ilusração do sistema reprodutivo masculino
A ejaculação precoce no começo de um relacionamento normalmente é causada por ansiedade e excesso de estímulo. Culpa e outros fatores psicológicos também podem estar envolvidos. O problema normalmente melhora sem tratamento.

Exames

Normalmente, não há descobertas anormais com o problema. O médico pode obter informações mais úteis entrevistando a pessoa ou o casal.

Sintomas de Ejaculação precoce

O homem ejacula mais cedo do que ele ou sua parceira desejariam (prematuramente). Isso pode ocorrer desde antes da penetração até logo após a penetração. Essa rapidez pode deixar o casal insatisfeito.

Buscando ajuda médica

Marque uma consulta com seu médico se estiver tendo problemas com a ejaculação precoce e se técnicas como as descritas acima não funcionarem.

Tratamento de Ejaculação precoce

Prática e relaxamento devem ajudá-lo a lidar com o problema. Alguns homens tentam se distrair com pensamentos não sexuais (como nomes de jogadores de futebol e recordes) para evitar que a excitação ocorra muito rápido.
Há muitas técnicas úteis que você pode tentar.
O método "parar e começar":
  • Essa técnica consiste em estimular sexualmente o homem até que ele sinta que está quase atingindo o orgasmo. Pare a estimulação por cerca de 30 segundos e comece novamente. Repita esse padrão até que o homem queira ejacular. Na última vez, continue a estimulação até que o homem atinja o orgasmo.
O método do "aperto":
  • A técnica consiste em estimular sexualmente o homem até que ele reconheça que está quase ejaculando. Nesse momento, o homem ou sua parceira aperta suavemente a parte final do pênis (onde a glande se encontra com o eixo) por vários segundos. Pare a estimulação sexual por cerca de 30 segundos e comece novamente. A pessoa ou o casal pode repetir esse padrão até que o homem queira ejacular. Na última vez, continue a estimulação até que o homem atinja o orgasmo.
Antidepressivos, como o Prozac e outros inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), podem ser úteis porque um de seus efeitos colaterais é prolongar o tempo necessário para chegar à ejaculação.
Você pode aplicar uma pomada anestésica local no pênis para reduzir o estímulo. A diminuição da sensibilidade no pênis pode retardar a ejaculação. Usar preservativos também pode ter esse efeito em alguns homens.
Se essas técnicas de distração causarem dificuldades para manter a ereção, os medicamentos usados para a disfunção erétil podem ajudar.
A avaliação feita por um terapeuta sexual, psicólogo ou psiquiatra pode ajudar alguns casais.

Expectativas

Na maioria dos casos, o homem consegue aprender a controlar a ejaculação através de instrução e praticando as técnicas simples aqui descritas. A ejaculação precoce crônica pode ser um sinal de ansiedade ou depressão. Um psiquiatra ou psicólogo pode ajudar a tratar esses problemas.

Complicações possíveis

Ginástica Cerebral: Técnica estimula o cérebro e pode ajudar na hora das provas




A técnica estimula o desenvolvimento da capacidade do cérebro e melhora o desempenho nas provas.
Atenção: é preciso apurado controle motor para os exercícios!

Concentração:
Coloque dois dedos na reentrância da base do crânio. Posicione a outra mão no umbigo.

Respire puxando a energia para cima. Após um minuto, inicie o movimento utilizando a outra mão para tocar a outra reentrância da base do crânio (lado oposto ao primeiro). Repita o exercício três vezes.

Memorização:
Coloque uma mão no umbigo.
Esfregue o peito firmemente com a outra mão, para a direita e para a esquerda.
Olhe para cima e acompanhe com os olhos as linhas divisórias da parede com o teto.

Para evitar o branco na hora da prova
Durante 1 minuto, massageie o centro da testa, acima dos olhos.
Isso aumenta o fluxo de sangue no lóbulo frontal, a parte rica e nobre do cérebro. Excelente para rapidez de raciocínio, planejamento, criatividade. A massagem pode ser no sentido horário ou anti-horário, conforme a preferência de cada pessoa.
Por Carlos Maurício Prado

Aprender ainda é a melhor ginástica para os neurônios
Para especialistas, jogos são válidos, mas não bastam para estimular o cérebro.
Estudo de línguas, aulas de dança e leitura são a receita, aliados ao bem-estar físico.

Daniella Clark

Tania Guerreiro e seus alunos: oficina no Rio é dedicada à memória (Foto: Divulgação)Aprender a aprender: enquanto se multiplicam sites, jogos e exercícios que prometem turbinar os neurônios, o aprendizado ainda é, para especialistas, a melhor receita de “malhação cerebral”.


Segundo médicos e neurocientistas, enquanto jogos como palavras cruzadas, sudoku, quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números, ou charadas matemáticas exercitam capacidades específicas do nosso cérebro, o estudo de línguas, aulas de dança, de instrumentos musicais ou mesmo uma boa leitura o protegem de doenças e o ajudam a ficar mais resistente. Tudo isso aliado a boas noites de sono e atividades físicas.


“Não existe a receita: fazer palavras cruzadas basta. Não basta. O que se sabe que confere proteção, ajuda o cérebro a ficar mais resistente é o estudo de uma maneira geral. O importante é aprender a aprender. Criar o hábito de exigir o seu cérebro”, explica a neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana Herculano Houzel, autora do livro “Fique de bem com seu cérebro”, lançado recentemente pela Editora Sextante.


“Se você faz palavras cruzadas, desenvolve o raciocínio espacial com letras, mas é só isso. Se gosta de charadas matemáticas, desenvolve o raciocínio lógico e matemático. Não existe fórmula mágica. Fazer palavra cruzada e sudoku é bom, mas nada disso basta. É legal combinar isso com outras coisas”.



Oficina no Rio é dedicada à memória

Idosos em sala na Oficina da Memória: aprendizado é estimulado por problemas de raciocício lógico e abstrato, desenhos e teatro. (Foto: Divulgação)Na Oficina da Memória, no Rio, há 17 anos a palavra cruzada dá lugar a cursos em que a aprendizagem é estimulada por meio não só de jogos, como também problemas de raciocício lógico e abstrato, desenhos e teatro, entre outras técnicas. E o público-alvo não se restringe à terceira idade: há aulas oferecidas a empresas, adolescentes e crianças. Nesse último caso, o objetivo é estimular o aprendizado de uma forma mais lúdica.

“Só exercitar a mente com jogos e exercícios é muito pouco. Nossa proposta é sensibilizar a pessoa para seu aprendizado constante. Não adianta jogar e não cuidar da pressão arterial e do bem-estar físico. Os jogos são válidos, mas se feitos com equilíbrio e variados”, explica Tania Guerreiro, médica geriatra especialista em memória, diretora da oficina.

Jogos e cérebro: parceiros de longa data
Para o neurocientista Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisa científica do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte, jogos e cérebro são uma dobradinha antiga. Novo é o computador, que aumentou a complexidade dos jogos.

“Não necessariamente são mais eficazes”, explica Sidarta, ressaltando que pensar é sempre bom e jogar é botar o cérebro para funcionar. “Um ponto é se é divertido ou não. Outro aspecto é se aquilo vai causar uma mudança no aprendizado. A pessoa pode ficar muito boa em apertar o mouse do computador, é um aprendizado motor. Isso é bom na vida real? Não, só no jogo. Mas jogar xadrez é melhor do que nada. A pessoa pode se especializar num único jogo e ele ser muito completo”.

Reprodução
O site Racha Cuca traz jogos que desafiam o raciocínio lógico. (Foto: Reprodução)Foi como passatempo que os irmãos Tiago e Vinícius Serafim, de 23 e 19 anos, ambos estudantes de Ciência da Computação na Unicamp, criaram dois sites que atraem fãs de jogos que desafiam o raciocínio lógico. O primeiro, www.sudoku.hex.com.br, que entrou no ar em 2005, foi, segundo eles, a primeira versão em português do Sudoku. Menos de um ano depois veio o rachacuca.com.br. Ambos recebem de seis mil a oito mil acessos por dia.

“É bom para exercitar o cérebro e como diversão. Além de usar a lógica, é um passatempo também”, conta Tiago, que busca jogos na internet e os traduz para português.

Se aqui o objetivo é divertir, lá fora é lucrar. No site BrainBuilder, a promessa é melhorar a memória e prevenir o envelhecimento do cérebro em menos de dez minutos por dia, por US$ 7,95 por mês. Já o My brain trainer se define como um ginásio cerebral virtual. O site oferece ao internauta um exercício gratuito (em inglês) como teste.

Correntes nos Estados Unidos defendem exercícios
A prática de exercícios de estimulação cerebral é defendida por duas correntes, nos Estados Unidos. Uma delas é a neuróbica, ou aeróbica dos neurônios, apresentada no livro “Mantenha seu cérebro vivo” (Editora Sextante), de Lawrence Katz e Manning Rubin. Com mais de cem mil exemplares vendidos no Brasil, o livro traz exercícios que prometem melhorar a capacidade cerebral. Defende-se, por exemplo, que um dos caminhos seria a quebra da rotina, como destros escovarem os dentes com a mão esquerda.

“Escovar o dente com a mão esquerda não vai fazer você ficar mais inteligente”, rebate a neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana Herculano Houzel.

Já a “ginástica cerebral”, criada por Paul E. Dennison, doutor em educação pela Universidade do Sul da Califórnia, defende a prática de exercícios que atingiriam determinadas partes do cérebro. “Movimento é a porta do aprendizado”, escreve ele em seu site. Segundo o publicitário e advogado Luiz Eduardo Gasparetto, no Brasil, a marca “ginástica cerebral” foi registrada pela empresa Serap, da qual ele é diretor, e que oferece programas de exercícios para o cérebro a empresas há três anos.

A gestão estratégica da Qualidade na Indústria Farmaceutica



A vantagem competitiva não pode ser compreendida observando-se a empresa como um todo. Ela tem sua origem nas inúmeras atividades distintas que uma empresa executa no projeto, na produção, no marketing, na entrega e no suporte de seu produto. Cada uma destas atividades pode contribuir para a posição dos custos relativos de uma empresa, além de criar uma base para a diferenciação.

Uma vantagem de custo, por exemplo, pode resultar de fontes
de um sistema de distribuição física de baixo custo, um processo
de montagem bem eficiente ou a utilização de uma força de vendas superior.
A diferenciação pode originar-se de fatores similares e diversos, inclusive a
aquisição de matéria-prima de alta qualidade, um sistema ágil de atendimento
a clientes ou a um projeto de produto superior (PORTER, 1990, p. 31).

Produtividade,inovação e competência são elementos essenciais ao sucesso numa gestão de qualidade . A globalização tornou o mundo pequeno,muito mais competitivo e as mudanças se dão muito rapidamente e as empresas que não se adaptarem estão fadadas ao fracasso.
As empresas são levadas a se sustentarem e dessa forma necessitam anteciparem às e mudanças, modernizando-se e expandindo sua capacidade de aprendizagem e inovação.

O processo de crescimento consolida-se através do investimento em sua força de trabalho, na melhoria contínua de seus processos e num sistema de gerenciamento da Qualidade que garanta a confiabilidade de seus produtos junto ao mercado globalizado.

A gestão estratégica da Qualidade corresponde a uma visão que se insere no planejamento estratégico da organização, para tanto é uma necessidade melhoria nos nos processos industriais, serviços mais modernos, como um fatores de competitividade frente indústria farmacêutica mundial.

A indústria farmacêutica, é um setor relevante para a economia e, principalmente, para a política de saúde. O seu produto final(medicamento) é regulado por normas próprias, que são obrigatórias para a indústria farmacêutica e estão inseridas nas Boas Práticas de Fabricação(BPF.

A multiplicidade de itens concernentes ao aspecto básicos do conceito da qualidade é fundamental. A meta da Gestão da Qualidade é direcionar toda a atividade produtiva para o atendimento ao consumidor ou cliente final, que no caso de empresa pública é o cidadão.

O que é qualidade
De acordo com Costa e Cardoso (1995), gerenciar qualidade é uma doutrina comparável em importância às escolas de pensamento administrativo, como a de Fayol, Taylor ou Mayo. No entanto, esta apresenta conceitos diferentes em muitos aspectos. A começar pelo que seja qualidade.

A definição do termo qualidade pode depender do âmbito em que ocorre. Possui interpretações diversas em diferentes empresas, conforme grupos de uma mesma organização, de acordo com o entendimento de cada indivíduo. Essas diferenças existem, de acordo com Costa (1990), porque as pessoas partem de diferentes premissas, ou seja, o significado da palavra qualidade.

No sentido de desmistificação do conceito de qualidade, pode-se destacar o trabalho do pesquisador americano David A. Garvin que, em 1984, publicou nos Estados Unidos um artigo entitulado "O que significa, realmente, a ‘qualidade do produto’?", onde foram propostas algumas abordagens básicas de qualidade e, dentro delas, apresentados conceitos diversos sobre o que seja, realmente, qualidade. Além de destacar o aspecto dinâmico do termo qualidade, o autor mostrou que o conceito sofre modificações simultâneas às atividades de concepção, projeto, fabricação e comercialização do produto. Assim, foram listadas cinco abordagens gerais para definir qualidade, as quais foram novamente publicadas em 1992 pelo mesmo autor: transcendente, centrada no produto, centrada no usuário, centrada na produção e centrada no valor.

De acordo com Paladini (1996), estas abordagens preocupam-se com aspectos básicos da qualidade e, por isso, devem ser consideradas. Assim, por exemplo, a abordagem centrada no produto fixa-se em aspectos como performance e durabilidade; a abordagem centrada no usuário preocupa-se com estética e conveniência para uso; já a abordagem centrada na produção fixa-se em confiabilidade e conformidade. Assim, as diversas características do produto precisam todas ser consideradas e as diversas abordagens ressaltam a importância desta análise global.

Costa e Cardoso (1995) afirmam que a definição de um conceito para a qualidade é um importante passo para se identificar como satisfazer plenamente os clientes. Assim, é fundamental que se posicione este conceito dentro da estratégia competitiva que a empresa deseja adotar. Ressaltam as autoras que esta definição mantém a administração e funcionários focados sobre o que realmente é importante.

Existem ainda algumas definições de alguns dos chamados "gurus da qualidade" como Deming, Juran, Crosby, Feigenbaun e Ishikawa. Destaca-se a definição de Ishikawa pois nele o termo qualidade é interpretado de forma mais ampla e significa "qualidade de trabalho, qualidade de serviço, qualidade de informação, qualidade de processo, qualidade de divisão, qualidade de pessoal, incluindo operários, engenheiros, gerentes e executivos, qualidade de sistema, qualidade de empresa, qualidade de objetivos, etc.. O enfoque básico é controlar a qualidade em todas as suas manifestações" (Ishikawa, 1993, pg. 44). O autor ainda enfatiza a importância da percepção rápida por parte das empresas das exigências crescentes do mercado.

É afirmação freqüente de Ishikawa (1993, pg. 38-39) que o "controle de qualidade começa com a educação e termina com a educação. (...) Quanto mais forem educados os empregados, mais benefícios serão auferidos pela empresa e pelos próprios empregados". Por isso o conceito de qualidade deve ser amplo, porque, como diz Ishikawa, esta começa com ações na empresa, que educa e treina seus integrantes e ajuda a promover a qualidade em toda a nação.

Diz Paladini (1994) que qualidade é muito mais do que algumas estratégias ou técnicas estatísticas. É, antes, uma questão de decisão, que se reflete em políticas de funcionamento da organização.

Afirma o autor que o produto terá boa qualidade na medida que, da forma mais ampla possível, puder satisfazer tanto ao consumidor quanto à empresa. Daí entende-se a necessidade e a importância de, nos diferentes momentos do processo produtivo, em diferentes aspectos de um mesmo produto e em situações diversas, utilizar-se abordagens diversas para um mesmo conceito. Paladini (1996) conclui dizendo que qualidade é um conjunto de elementos básicos que, ao atuarem sobre o produto, permitem que a ele seja atribuída uma "boa qualidade".

Evolução da qualidade

A idéia de praticar qualidade é bastante antiga podendo ser verificada em todos os campos do empreendimento humano. Contudo em indústrias e, mais recentemente, em fornecedores de serviços, a qualidade tem sido explicitada com mais clareza e intensidade a partir da Segunda Guerra Mundial.

Os conceitos que orientam os programas de qualidade nasceram, basicamente, nos Estados Unidos, mas foi o Japão o país que primeiramente aplicou e desenvolveu tais conceitos, tornando-os parte integrante do processo educativo e, portanto, cultural, do povo japonês.

Segundo Costa e Cardoso (1995), o progresso japonês ocorreu por trabalho metódico durante 20 anos, no pós-guerra em torno de 1950 a 1970, quando se fez notar no mercado mundial. O que de fato conseguiram foi fruto de técnicas conhecidas adaptadas à sua realidade, pelo desenvolvimento de sistemas integrados incluindo aspectos comportamentais, gerenciais e de produção.

Este processo teve início a partir de 1951, ano em que Edward Deming visitou o Japão e para lá levou a idéia do PDCA (Plan - Planejar, Do - Fazer, Check - Controlar, Act - Atuar), divulgado por ele como o ciclo de Shewhart (que, em 1931, lançou as bases para o Controle da Qualidade em sua obra "The Economic Control of Quality of Manufactures Product") (Deming, 1990). Deming também levou consigo a noção de medida, isto é, o conceito de que "quem não mede, não gerencia".

Estes dois conceitos, "medir" e "planejar para melhorar" (que é a essência do PDCA), formaram uma primeira base conceitual do programa da qualidade japonês (Costa, 1990).

Por volta de 1954 surgem as teorias motivacionais de Maslow, nos Estados Unidos. Maslow deixa claro que a motivação para o trabalho não depende das recompensas financeiras. Estas, se deficientes, causam a desmotivação. Os fatores motivacionais, de acordo com o autor, são de natureza social.

É em 1954 que Juran chega ao Japão levando consigo outras idéias para a melhoria da qualidade e, entre elas, o conceito de trabalho em equipe.

O trabalho em equipe consegue promover fatores motivacionais de uma escala superior na chamada "hierarquia das necessidades de Maslow": estima, status e auto-realização. Surge aí a semente do CCQ - Círculo de Controle de Qualidade, que passa a ser difundido no Japão a partir de 1961.

A visita do Dr. Juran marcou uma transição nas atividades de controle de qualidade no Japão, passando de lidar primariamente com tecnologia baseada em fábricas para uma preocupação global com toda a administração (Ishikawa, 1993).

Alguns anos depois, e já na década de 70, ganha corpo o conceito, originário do marketing, de que a satisfação do cliente é o objetivo maior da qualidade. Este entendimento é de origem americana e difere do conceito de qualidade europeu, centrado nas especificações técnicas.

Tem-se então, duas linhas de ação (Garvin, 1992):

- A européia, onde se busca a qualidade através das relações fornecedor-empresa, regidas por especificações técnicas.
Surge então o conjunto das normas ISO 9000, que tiveram sua importância bastante ampliada com a decisão européia de exigir a certificação dos fornecedores quanto à sua capacidade de atender às especificações técnicas para a contratação de fornecedores. O essencial das normas ISO 9000 ( ISO - Internacional Standard for Organization) é o reconhecimento de que a avaliação do produto ou serviço deve ser substituída pela auditoria de processo (volta-se ao princípio de que "deve ser feito certo na primeira vez").
- A americana, onde as ações estão dirigidas para satisfazer os desejos do cliente externo à organização.
Esta linha de ação privilegia a ação de marketing, embora não elimine a conveniência de existir a certificação pelas normas ISO 9000. A diferença, portanto, não representa conflito, mas diversidade estratégica.
Como resultado desta postura, as organizações buscam fortalecer as áreas que mantém contato com o cliente, para ampliar a sua ação efetiva.

No que se refere à qualidade ambiental, no princípio, as organizações precisavam preocupar-se apenas com a eficiência dos sistemas produtivos. Até certa altura, que se pode situar ainda nos anos 60, essa foi a mentalidade predominante na prática da administração, refletindo a noção de mercados e recursos ilimitados. De acordo com Tibor (1996), antes do desenvolvimento de regulamentações ambientais extensas, questões ambientais eram de preocupação não só de gerentes ambientais especializados, mas de engenheiros e pessoal técnico com diversos antecedentes profissionais e gamas de responsabilidade.

As exigências legais na área ambiental eram limitadas. As regulamentações relacionadas à obtenção de alvarás e a execução de rotinas de monitoração eram relativamente estreitas em seu escopo. O desenvolvimento do envolvimento das organização com o meio ambiente está melhor explorado no próximo item "evolução da preocupação ambiental".

Ao final da década de 70, o conceito de qualidade, que estava até então bastante voltado para os produtos, passa a ser estendido aos processos. Ocorre a difusão do conceito de "Qualidade Total".

De acordo com Ishikawa (1993), a essência do TQC - Total Quality Control (Controle da Qualidade Total) é o princípio da Garantia da Qualidade. Esta última significa, ainda segundo o autor, "garantir a qualidade de um produto para que o consumidor possa comprá-lo com confiança e usá-lo por um longo período de tempo com satisfação e confiança" (pg. 77).

Qualidade Total passa a compreender a prática da excelência em todas as fases do processo, seja este destinado ou não à confecção de um produto, e o conceito de cliente é ampliado, passando a compreender o cliente interno (o empregado), o fornecedor, o acionista, os parceiros na prestação dos serviços e, enfim, a comunidade que interage com a organização.

Nos anos 90 o conceito de Qualidade Total incorpora a expressão "satisfazer o próximo cliente", isto é, cada célula da organização deve satisfazer as células que recebem o seu serviço.

Produzir com Qualidade Total passa a assumir um papel estratégico na sobrevivência das organizações devido à maior concorrência, às maiores exigências governamentais e aumento do número de processos de indenização (Garvin, 1992).

A qualidade é uma adequação ao uso. A qualidade é o grau de ajuste de um produto à demanda que pretende satisfazer.

A qualidade enquanto adequação ao uso atende a ambos os aspectos – evolução e competitividade. Esse conceito define um objetivo básico da Gestão da Qualidade e também uma estratégia fundamental para alcançá-lo.

A melhoria contínua tem sido considerada sinônimo da qualidade total. “Gestão da Qualidade Total é o processo destinado a investir, continuamente, em mecanismo de melhoria, ou seja, de aumento da adequação de produtos e serviços ao fim a que se destinam” (PALADINI, 2000:31).

Pelos conceitos expostos, torna-se difícil diferenciar a Gestão da Qualidade da Gestão da Qualidade Total. Isso porque essa questão envolveria diferenciar qualidade de qualidade total.

A melhoria contínua pode ser considerada sinônimo de qualidade total, o que confere uma especificidade própria à Gestão da Qualidade Total.
Outra definição muito relevante de Gestão da Qualidade Total foi estruturada por um dos mais ilustres autores da qualidade em nosso tempo, Joseph

“A Garantia da Qualidade é uma função da empresa, representada por um departamento independente, que tem como finalidade confirmar que todas as atividades da qualidade estão sendo conduzidas da forma requerida” (CAMPOS, 1992:100).

A garantia da qualidade dentro da gestão da qualidade é uma conquista, é um estágio avançado de uma empresa que praticou de maneira correta o controle da qualidade em cada projeto e em cada processo (rotina) e conseguiu manter um sistema confiável de produção de produtos ou serviços que satisfazem totalmente as necessidades de seus consumidores.

A garantia da qualidade é alcançada pelo gerenciamento correto de todas as atividades da qualidade em cada projeto e processo, buscando sistematicamente eliminar totalmente as falhas, pela constante preocupação com a satisfação total das necessidades do consumidor e pela participação e responsabilidade de todos da empresa.

A garantia da qualidade na gestão da qualidade busca o “defeito zero”.
Garantia da qualidade, para sua adequada funcionalidade, exige a participação e integração de todos os setores técnicos e administrativos de uma empresa.

A garantia da qualidade é um processo sistemático de verificação para certificar que a inspeção da qualidade e as operações de controle da qualidade estão sendo conduzidas de forma correta, e, por outro lado, verificar se os setores de desenvolvimento e produção estão trabalhando no sentido de manter o nível
de qualidade.

É também importante na garantia da qualidade que a alta administração da empresa participe, incentivando as atividades, os resultados da inspeção da qualidade e as operações de controle da qualidade.

A garantia da qualidade pode ser definida como a atividade de prover às partes interessadas a evidência necessária para estabelecer a confiança de que a qualidade está sendo conduzida adequadamente.

A Consciência e Percepção da Qualidade

A estratégia gerencial de envolvimento dos recursos humanos com a qualidade é fundamental para o sucesso da gestão da qualidade.
O conceito corrente da qualidade traduz valores que os consumidores associam com os produtos ou serviços (DENTON, 1994).

Por isso, compreende-se a origem dos equívocos, que a qualidade seja confundida com luxo, beleza, virtudes, falta ou excesso de peso, volume, embalagem bonita e vistosa, marca, detalhes de acabamento, e assim por diante.

Para definir corretamente qualidade, o primeiro passo é considerá-la como um conjunto de atributos ou elementos que compõem o produto ou o serviço.

A ação da Gestão da Qualidade, assim, passa a ganhar importância, uma vez que se considera a existência de um processo natural de transferência de valores, hábitos e comportamentos do meio social externo para o interior das organizações. Por isso, quando uma pessoa tem em mente o conceito incorreto da qualidade, ela tende a transferi-lo para sua atividade produtiva.
Ao desenvolverem seu trabalho, essas pessoas acabam por concentrar seus esforços numa direção que nem sempre é a mais correta.

Para uma boa Gestão da Qualidade é necessario à criação de uma cultura da qualidade. Entende-se “cultura” como um conjunto de valores que a sociedade atribui a determinados elementos, situações, crenças, idéias etc.
Assim, pode-se entender que o processo cultural é uma forma de atribuição de valor à qualidade ou, de maneira mais geral, é a atenção que se dedica à questão.

A definição da Qualidade envolve a idéia de centrá-la no consumidor. Esse direcionamento abrange múltiplos itens: afinal,para o consumidor é importante o preço do produto, suas características específicas, seu processo de fabricação e até mesmo aspectos gerais que o envolvem, como sua marca.

No cenário farmacêutico a observância dos padrões de qualidade é regida por dois mecanismos principais: a regulação governamental e a concorrência de mercado. Estas regras não fazem distinção entre o produtor público e privado, mas tendem a enfatizar determinadas características em um ou outro segmento.

Para o setor público, a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade, visa um melhor atendimento ao cliente (cidadão) – e requer um aperfeiçoamento de rotinas internas com o conseqüente aumento na agilidade dos processos operacionais.

Por: Antonio Celso Brandão