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4.11.2009
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
É o atraso no aparecimento da fala, evidenciado na emissão das palavras, na expressão do pensamento ou da vontade da criança.
A leitura e escrita não podem ser consideradas atividades isoladas no processo de desenvolvimento da criança. Estas duas etapas gráficas fazem parte da evolução da linguagem que se inicia logo nos primeiros dias de vida da criança.
A primeira etapa do funcionamento verbal é a aquisição do significado. Nesta etapa, a criança adquire a noção e a função dos objetos que a rodeiam atribuindo-lhes um significado social. No início de sua interação com o meio ambiente, a criança não tem noção dos objetos, nem estes, despertam qualquer tipo de resposta emocional ou comportamental, pois não têm quaisquer significados. É através da observação e da experimentação que a criança relaciona os objetos aos seus respectivos significados.
A segunda etapa é a compreensão da palavra falada. Os objetos que adquiriam significado para a criança são associados aos seus nomes.
A terceira etapa é a expressão da palavra. Apesar da criança já ter adquirido o significado dos objetos e a compreensão da palavra falada, os sons emitidos por ela pouco se assemelham aos sons emitidos pelos adultos. É a partir desta fase, que o comportamento vocal (fala) da criança começa a se assemelhar à fala do adulto, pois a criança compara os sons que emite aos sons falados pelos adultos e imita-os.
Portanto, a fala se desenvolve por imitação e, é neste sentido, que uma criança surda, geralmente não passa da etapa do balbucio porque não consegue comparar nem imitar os sons emitidos por ela com as palavras faladas pelos adultos.
A quarta e quinta etapa é respectivamente, a compreensão da palavra impressa (leitura) e a expressão da palavra impressa (escrita). Estes seriam, portanto, os estágios superiores do desenvolvimento da linguagem.
Neste processo de desenvolvimento pode-se observar que as etapas que envolvem a "compreensão" são anteriores às etapas que envolvem a "expressão".
Aliada a seqüencialização destas etapas há a interdependência da mesma, acarretando com isso, que cada etapa do desenvolvimento verbal sofra influência da etapa anterior e influencie na etapa posterior. Desta maneira, qualquer dificuldade e/ou problema que por ventura afete uma determinada etapa, a posterior também será afetada.
A leitura envolve, primeiro a identificação dos símbolos impressos (grafemas) e o relacionamento destes símbolos com os sons que eles representam. No início do processo de aprendizagem da leitura a criança tem que diferenciar visualmente cada letra impressa e, perceber que cada símbolo gráfico tem um correspondente sonoro.
Se a associação entre palavra impressa e som não for realizada, a criança não poderá ler, pois as letras e as palavras não terão correspondentes sonoros.
Mas, para ler, não basta apenas realizar a decodificação dos símbolos impressos, é necessário que exista também, a compreensão e a análise crítica do material.
A compreensão não é nada mais do que relacionar as palavras que são decodificadas aos seus respectivos significados (objetos). Sem compreensão, a leitura deixa de ter interesse e de ser uma atividade motivadora, pois nada tem a dizer ao leitor. Na verdade só se pode considerar realmente que uma criança lê quando existe a compreensão. Quando a criança decodifica e não compreende, não se pode afirmar que ela esteja lendo.
A última fase do processo da leitura é a análise crítica acerca do material impresso que foi decodificado e compreendido. Ao se ler uma frase ou um texto, o leitor deverá reagir às idéias impressas, as reações podem ser emocionais ou intelectuais.
Independente do tipo de reação. Se for emocional, intelectual ou as duas, a análise do conteúdo lido é sempre feita partindo de referencias internos do próprio leitor. Cada indivíduo vai construindo, de acordo com sua experiência, um referencial de idéias e pensamentos servem de base para a realização da análise crítica.
A escrita é o ato inverso da leitura. Na leitura se estabelece uma relação entre palavra impressa-som-significado e na escrita a relação estabelecida é entre som-significado-palavra impressa.
Ao copiar, iniciamos uma discriminação visual de todos os detalhes das letras e do formato da palavra que está servindo como modelo. Depois relacionamos os símbolos impressos - as letras e a palavras - aos respectivos sons, aos movimentos articulatórios, aos movimentos gráficos (traçado gráfico a ser executado), aos significados (conceitos) e, só então, reproduzimos graficamente a palavra modelo.
No ditado, as palavras ditadas oralmente pela professora devem ser discriminadas e diferenciadas auditivamente pelo aluno, depois, são associadas aos significados, à sua forma gráfica (letras e sílabas que compõem a palavras ouvidas e seus respectivos traçados) e, são escritas, devendo-se respeitar a orientação têmporo-espacial. É através do processo de leitura que a forma gráfica das palavras vai ficando registrada na memória visual.
Na redação, as palavras são elaboradas mentalmente, associadas aos respectivos sons, aos significados, à forma gráfica e escritos.
É através da leitura que se percebe como se articulam as regras gramaticais e se aprendem novos estilos de escrita. Na redação, o escritor busca dentro de si as palavras adequadas para poder transmitir ao outro, aquilo que vivência e representam, no fundo, modelos interiorizados de inúmeras leituras que o escritor realizou durante a sua vida.
Pode-se concluir, portanto, que em qualquer uma destas modalidades de escrita percebe-se que a relação existente entre palavra impressa e som deve estar automatizada para permitir que a criança se expresse graficamente. Em outras palavras, a criança precisa saber ler para poder escrever. Se a criança lê com dificuldade ou ainda não aprendeu a ler, de pouco lhe adiantam os exercícios escritos já que, as palavras que ela escreve não têm correspondentes sonoros e, não são compreendidas.
Quando se fala em distúrbios de aprendizagem envolvendo a leitura e a escrita, é indispensável que se analise a leitura oral e silenciosa antes de se avaliar a escrita (cópia, ditado, redação), visto serem as dificuldades de escrita, na maioria das vezes, decorrentes de uma leitura lenta, analítica, impregnada de trocas de sílabas ou palavras, sem pontuação nem ritmo e, incompreensível.
TEXTO: Andréia Mafra
Falta de aprendizagem escolar
Um dos problemas que mais atemorizam pais e as próprias crianças: falta de aprendizagem escolar. Em primeiro lugar, vamos distencionar ao ler o artigo, relaxe os ombros, mexa cabeça, gire seu pescoço, pensa que é brincadeira? Falo muito sério. Pelos anos de experiência que vivi como Diretora Pedagógica Escolar e exercendo também a Psicopedagogia Institucional era o que mais me chamava a atenção a angústia, a tensão que as famílias encaravam as dificuldades educacionais de seus pequenos. Principalmente na época da alfabetização formal, vejo que não é somente a criança que se encontra em processo de alfabetização, toda a família se preocupa, se desgasta em acompanhar o filho, por vezes, trilhar o caminho da alfabetização que acaba se tornando, para alguns, o Caminho das Pedras.
Quando a criança vem cedo para a Escola, os profissionais da Educação têm mais tempo para detectar se a criança possui algum problema, seja do mais simples,por exemplo,visão ou audição até alguns mais complicados como a dislexia ou a temida Hiperatividade que tem várias causas,embora sejam crianças muito inteligentes, não têm a aprendizagem condizente com o grau de inteligência.
São casos e mais casos que abarrotam salas de Coordenadores Pedagógicos que encaminham estas crianças para Neurologistas, Oftalmologistas, Otorrinolaringologistas, Psicólogos, Psicopedagogos e Fonoaudiólogos.
Muitos pais vinham a minha procura nas Escolas por onde passei, ansiosos querendo saber o que poderiam fazer para ajudar seus filhos,sempre respondi: - SENDO PAIS! Criança em casa precisa de Família que a ajude a se organizar, ser cuidadosa com seu material, que lhe eduque, lhe coloque limites e lhe dê muito carinho. É essa a fórmula principal da Família que quer ajudar seu filho na escola, fazer com que ele aprenda a ser responsável, assíduo e pontual, que faça seus deveres de casa. Mas, pára por aí. O desgaste que observava em algumas famílias com crianças que tinham dificuldade de aprender era impressionante, muitos pais acham que os filhos têm preguiça de estudar, porque não entendem que hoje em dia o “estudar” que ele conheceu na escola MUDOU RADICALMENTE! Não dá para se ensinar uma criança para ONTEM, isto é passado.
Precisamos ensinar nossas crianças para um Futuro que desconhecemos como será. Temos algumas idéias de que tipo de Homem precisamos formar para ter sucesso no FUTURO: ser criativo, responsável, aprender a aprender sozinho, ter iniciativa, saber trabalhar em equipe, saber ouvir mais do que falar. Essas são algumas características que a maioria dos teóricos em Educação e Profissionais de Educação consideram como indispensáveis em qualquer sociedade do futuro.
A criança nasce potencialmente pronta para aprender. A falta de aprendizagem é SINTOMA de que algo não vai bem com esta criança. Pais, deixem a educação escolar para ser trabalhada pela Escola, procurem a Equipe Pedagógica para esclarecer qualquer dúvida. Se forem aconselhados a levar seu filho a um especialista, não demorem, qualquer atraso pode redundar em fazer essa criança perder um ano, repetir um ano. Já está provado que repetir um ano escolar derruba qualquer auto-estima infantil. Afinal quem gosta de ser REPROVADO em qualquer situação da vida até hoje, como adulto?
Ninguém melhora com reforço negativo. Saibam que um REFORÇO POSITIVO vale mais que vinte reforços negativos. Brigar com uma criança que tem dificuldade na aprendizagem é quase uma covardia, ela não é preguiçosa, o que o seu corpinho demonstra em se espreguiçar, abrir a boca, pedir para beber água ou ir ao banheiro é um pedido de SOCORRO, “alguém me entenda, por favor? Não estou entendendo nada!”.
Por isso, prezado leitor, é necessário que se escolha bem em que escola vai matricular seu filho, que Teoria de Aprendizagem a escola segue, se é tradicional, se é construtivista, sociointeracionista, montessoriana. Por vezes, a criança que tem problemas escolares numa determinada escola, basta mudar para outra que cessam todos os sintomas descritos acima.
Fonte:untitled
Fonoaudiologia ou Terapia da fala
fonoaudiologia ou terapia da fala, antes denominada logopédia, é a ciência que tem como objeto de estudo a linguagem. Não apenas os distúrbios da linguagem são do interesse da fonoaudiologia, como também o modo de comunicação sadio e eficaz. "A fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição."
O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Pode atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, incluindo o Programa de Saúde da Família, unidades básicas de saúde, hospitais, emissoras de rádio e televisão, teatro, home care (atendimento domiciliar), empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, entre outros.
Além disso também trabalha com distúrbios na alimentação, como disfagia e outras dificuldades alimentares. É ele quem reabilita pacientes neuropatas na área de linguagem e alimentação bem como deficientes auditivos. Realiza exames audiométricos, sendo o profissional especializado na audição e na reabilitação de voz.
Essa ciência se volta especificamente para a psicologia, a lingüística, a medicina e a física acústica. Ela aborda os distúrbios da fala, da voz, da audição e da linguagem: no caso, trata-se de problemas de saúde, tais como, gagueira, dislexia (dificuldades em leituras), afasia (dificuldades de compreensão), rouquidão etc. As quatro maiores áreas abordadas pela fonoaudiologia são, portanto: voz, audição, linguagem e motricidade oral.
O fonoaudiólogo atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Pode atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, incluindo o Programa de Saúde da Família, unidades básicas de saúde, hospitais, emissoras de rádio e televisão, teatro, home care (atendimento domiciliar), empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, entre outros.
Além disso também trabalha com distúrbios na alimentação, como disfagia e outras dificuldades alimentares. É ele quem reabilita pacientes neuropatas na área de linguagem e alimentação bem como deficientes auditivos. Realiza exames audiométricos, sendo o profissional especializado na audição e na reabilitação de voz.
Essa ciência se volta especificamente para a psicologia, a lingüística, a medicina e a física acústica. Ela aborda os distúrbios da fala, da voz, da audição e da linguagem: no caso, trata-se de problemas de saúde, tais como, gagueira, dislexia (dificuldades em leituras), afasia (dificuldades de compreensão), rouquidão etc. As quatro maiores áreas abordadas pela fonoaudiologia são, portanto: voz, audição, linguagem e motricidade oral.
SINUSITE
A sinusite é uma inflamação dos seios da face causados por uma alergia ou por uma infecção viral, bacteriana ou fúngica.
A sinusite pode ocorrer em qualquer um dos quatro grupos de seios: maxilares, etmoidais, frontais ou esfenóides.
Localização dos Seios
Os seios são cavidades ocas localizadas nos ossos situados em torno do nariz. Os dois seios frontais estão localizados logo acima das sobrancelhas; os dois seios maxilares, nos maxilares; e os dois grupos de seios etmoidais, em ambos os lados da cavidade nasal. Os dois seios esfenoidais (não mostrados na ilustração) localizam-se atrás dos seios etmoidais.
Causas
A sinusite pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (de longa duração). A sinusite aguda pode ser causada por uma variedade de bactérias e ocorre freqüentemente após uma infecção viral das vias respiratórias superiores (p.ex., resfriado comum). Ocasionalmente, a sinusite crônica do seio maxilar é decorrente de uma infecção dentária.
Durante um resfriado, a membrana mucosa inflamada da cavidade nasal tende a obstruir as aberturas dos seios. Quando isto ocorre, o ar no interior dos seios é absorvido pela corrente sangüínea e a pressão em seu interior diminui, produzindo uma pressão negativa que é dolorosa, uma condição denominada sinusite por vácuo. Quando o vácuo permanece, ocorre a entrada de líquido no interior do seio, criando um ambiente propício para a proliferação bacteriana. Os leucócitos (glóbulos brancos) e uma maior quantidade de líquido entram nos seios para combater as bactérias e este fluxo aumenta a pressão e causa mais dor.
Sintomas e Diagnóstico
A sinusite aguda e a sinusite crônica causam sintomas similares como, por exemplo, dor e edema sobre o seio afetado, mas os sintomas precisos dependem de qual deles foi afetado. Por exemplo, a sinusite maxilar causa dor nas bochechas logo abaixo dos olhos, dor de dentes e cefaléia (dor de cabeça). A sinusite frontal causa cefaléia frontal. A sinusite etmoidal causa dor atrás dos olhos e entre os mesmos, além de uma cefaléia frontal freqüentemente descrita como aguda e de forte intensidade. A dor causada pela sinusite esfenoidal não se localiza em áreas bem definidas e pode ser sentida tanto na parte frontal quanto na parte posterior da cabeça.
O indivíduo também pode sentir um mal-estar geral. A febre e os calafrios sugerem que a infecção se disseminou além dos seios. A membrana mucosa nasal encontra-se hiperemiada (vermelha) e edemaciada e pode ocorrer uma secreção purulena amarelada ou esverdeada através do nariz.
Na sinusite, os seios aparecem opacos em uma radiografia e, por essa razão, uma tomografia computadorizada (TC) pode ser utilizada para se determinar a extensão e a gravidade da sinusite. Quando um indivíduo apresenta uma sinusite maxilar, os dentes são radiografados para se verificar a existência de abcessos dentários.
Tratamento
O tratamento da sinusite aguda visa melhorar a drenagem do seio e curar a infecção. A inalação com vapor aquecido ajuda os vasos sangüíneos da membrana mucosa a contraírem e melhora a drenagem dos seios. Os medicamentos que provocam a constrição dos vasos sangüíneos (p.ex., fenilefrina) podem ser utilizados sob a forma de spray, mas apenas durante um tempo limitado. Os medicamentos similares (p.ex., pseudoefedrina) administrados pela via oral não são tão eficazes.
Para tratar tanto a sintusite aguda quanto a crônica, são administrados antibióticos (p.ex., amoxicilina), mas os indivíduos que apresentam sinusite crônica os utilizam por um tempo mais prolongado. Quando os antibióticos não são eficazes, a cirurgia pode ser realizada para melhorar a drenagem do seio e remover o material infectado.
SINUSITE E COMPROMETIMENTO DO SISTEMA IMUNE
Nos indivíduos com diabetes mal controlado ou com um sistema imune comprometido, os fungos podem causar uma sinusite grave e mesmo fatal.
A mucormicose (ficomicose) é uma infecção fúngica que pode ocorrer em indivíduos com diabetes mal controlado. Ela produz a morte do tecido da cavidade nasal, o qual torna-se preto e obstrui o fluxo sangüíneo ao cérebro, acarretando sintomas neurológicos (p.ex., cefaléia e cegueira). O médico estabelece o diagnóstico removendo o tecido infectado e examinando uma amostra ao microscópio. O tratamento consiste no controle do diabetes e na administração intravenosa de anfotericina B, uma droga antifúngica.
A aspergilose e a candidíase são infecções fúngicas freqüentemente fatais, as quais podem desenvolver-se nos seios de indivíduos com depressão dos sistema imune devido a um tratamento antineoplásico ou por doenças como a leucemia, o linfoma, o mieloma múltiplo ou a AIDS. Na aspergilose, ocorre a formação de pólipos no nariz e nos seios da face. O médico estabelece o diagnóstico removendo e analisando os pólipos. As tentativas para controlar essas infecções incluem a realização de uma cirurgia do seio e a administração intravenosa de anfotericina B.
Fonte: www.msd-brazil.com
SINUSITE
Sinusite é uma inflamação dos seios paranasais, geralmente associada a um processo infeccioso. Os seios paranasais são formados por um grupo de cavidades aeradas que se abrem dentro do nariz e se desenvolvem nos ossos da face.
A sinusite é uma doença basicamente caracterizada pelo acúmulo de secreção nas cavidades da face e que faz com que a população mundial sofra freqüentemente de dores de cabeça, secreção nasal e mau hálito, obstrução nasal e respiração bucal, dentre outros vários sintomas. Muitas vezes altera o dia-a-dia das pessoas e leva à perda de dias de trabalho ou redução do rendimento profissional porque se repetem por várias vezes ao ano, sendo inclusive confundidas com viroses e rinites.
A sinusite atinge indivíduos desde os primeiros anos de vida até a velhice, piorando devido a variados fatores como profissão, local onde reside, tendências genéticas, hábitos e vícios, passado de traumatismos na face, tumores nasais e pólipos. Como os sinais e sintomas das sinusites são variados, é importante que o diagnóstico seja correto e o tratamento procure corrigir os fatores básicos, estruturais, que estão levando ao acúmulo exagerado de secreção nas cavidades paranasais.
Diagnóstico
O processo diagnóstico se inicia com uma história clínica bem colhida, associada a exames radiológicos, em particular a tomografia computadorizada, e exames vídeo-endoscópicos, destacando que a utilização exclusiva dos raios x para o diagnóstico das sinusopatias é desaconselhado devido à alta taxa de falhas que este exame apresenta para os seios da face.
Tratamento
Após o diagnóstico se inicia o tratamento que se destina a desobstruir, a liberar as secreções retidas na face e tentar que este processo infeccioso e/ou inflamatório não se repita. O tratamento se dá através de antialérgicos, antibióticos, corticóides, lavagens nasais e inalações e cirurgias, com seus avanços nos últimos anos, que oferecem excelentes resultados quando indicados corretamente e realizados por médicos experientes neste setor.
A sinusite e a obstrução nasal têm cura. O importante destacar é que o tratamento correto e a adesão do paciente são de fundamental importância para que a doença seja vencida.
Fonte: pt.wikipedia.org
SINUSITE
Entre várias doenças que afetam as vias respiratórias, a sinusite é uma das mais freqüentes. É a inflamação da mucosa dos seios paranasais e das cavidades que existem no interior dos ossos da face.
A sinusite pode classificar-se quanto à sua duração em aguda com até quatro semanas de evolução, subaguda de quatro semanas a três meses e a crônica com evolução superior a três meses. Qualquer alteração que leve à obstrução do óstio (orifício que comunica o seio da face com o nariz) ou então que altere a composição do muco (secreção que existe dentro do seio) pode desencadear sinusite.
As causas mais comuns são a rinite viral aguda (gripe), alergia (moradia inadequada, mudanças de clima, ar condicionado, poluição e fumo), desvio de septo, hipertrofia adenóide, irritantes locais (abuso de medicamentos tópicos com vasoconstritor, cocaína) e a natação e mergulho. A sinusite pode trazer complicações como bronquite, pneumonia, otite média, otite serosa, meningite, abscesso cerebral e perda de visão.
O diagnóstico de sinusite nem sempre é fácil, devido à variedade de sintomas e sinais. Na sinusite aguda na maioria das vezes, há queixa de gripe de sete a vinte dias de evolução com aparecimento de secreção amarelada ou esverdeada, com mau cheiro, obstrução nasal e dor na face, que piora pela manhã e quando o paciente abaixa a cabeça para adiante. É também comum dor nos dentes da arcada superior. Na sinusite crônica o sintoma mais freqüente é a drenagem de secreção amarelada ou esverdeada posterior, a dor e peso na região periocular e a presença de faringites de repetição.
Em crianças, a presença de secreção nasal de qualquer tipo, tosse (especialmente noturna), respiração bucal, otites médias de repetição levam a suspeitar de sinusite crônica. Existem vários métodos para o diagnóstico de sinusite: radiografia simples dos seios da face, tomografia computadorizada, nasofaringoscopia por fibra ótica e ressonância nuclear magnética.
Tratamento
O tratamento baseia-se na tentativa de combater a infecção e restabelecer as funções de drenagem, ventilação, bem como corrigir possíveis fatores predisponentes. É indicado o uso de antibióticos, geralmente de 10 a 14 dias, antiinflamatórios, descongestionantes nasais.
Nos casos rebeldes ao tratamento clínico está indicada a punção do seio para permitir a lavagem e instilação de medicamentos.
Atualmente a cirurgia funcional dos seios da face, seja por via endoscópica ou por microscopia, tem como objetivo principal restabelecer a ventilação e drenagem adequada dos seios paranasais, ao contrário de toda mucosa doente. A cirurgia está indicada quando todos os tratamentos falham, nas complicações oculares e intracranianas sem resultado com tratamento medicamentoso.
Fonte: boasaude.uol.com.br
SINUSITE
A sinusite é uma inflamação não-contagiosa da parte interna dos seios da face, e que, em geral, se repete de forma recorrente.
Sintomas
Nariz congestinado, dor de cabeça, febre, tontura e mal estar.
Agentes
A sinusite pode ser provocada por reações alérgicas, por viroses ou por infecções bacterianas.
Prevenção
Em primeiro lugar, evitar o contato com os causadores de alergias. Mas também é preciso tratar de sintomas como a coriza quando estes ainda estão começando, para evitar a crise.
Complicações
Agravemento do problema (sinusite crõnica) e infecções respiratórias mais graves.
Tratamentos
O tratamento da sinusite depende da causa e da gravidade do problema. Deve ser recomendado pelo médico, e pode incluir descongestinantes, analgésicos, anti-térmicos, antibióticos e até cirurgias, dependendo da gravidade do caso..
Fonte: saude.terra.com.br
SINUSITE
Sinusite é uma inflamação dos seios paranasais, geralmente associada a um processo infeccioso. Os seios paranasais são formados por um grupo de cavidades aeradas que se abrem dentro do nariz e se desenvolvem nos ossos da face.
Fatores predisponentes
Estados gripais, rinite alérgica, alterações da anatomia do nariz (por exemplo, desvio de septo nasal), pólipos nasais, mergulhos, hipertrofia de tecido adenoidiano, doenças mucociliares, fístula dentária, deficiência imunológica, entre outros podem gerar a doença.
Além desses fatores, o desenvolvimento da doença depende da resistência da pessoa, da virulência do agente infeccioso e o número de germes a que o hospedeiro foi exposto.
Faixa etária
A sinusite acomete todas as faixas etárias, inclusive crianças, principalmente aquelas que convivem em grupos (como creches), onde entram em contato com várias pessoas.
Classificação da sinusite
Há uma classificação para se diferenciar os tipos de sinusite para melhor tratamento. A sinusite é classificada como aguda quando apresenta em média menos de 3 semanas de evolução, subaguda quando o tempo é entre 3 semanas e 3 meses e crônica quando o período é maior que 3 meses.
Agentes etiológicos mais comuns
Os germes são as bactérias, vírus e os fungos.
Quadro clínico
Sinusite aguda
Na sinusite aguda os sintomas mais freqüentes são a dor localizada na fronte, nos olhos ou na face, com acentuação da intensidade ao abaixar a cabeça, secreção nasal purulenta, congestão nasal, com ou sem febre, dores no corpo, falta de apetite, mal-estar, tosse seca, às vezes com secreção, sensação de secreção descendo do nariz em direção à garganta e irritação desta.
Nas crianças, os sintomas podem se confundir com um resfriado mais prolongado, febre baixa, irritabilidade, secreção nasal, tosse diária com piora à noite, sensação de pressão na cabeça ou na face.
Sinusite crônica
O quadro clínico é geralmente pobre e pode se confundir com outras doenças nasais, mas os sintomas mais freqüentes são a secreção nasal purulenta, sensação de secreção descendo do nariz para a garganta, dor de garganta, tosse crônica com ou sem rouquidão, congestão nasal, mau hálito e dificuldade para sentir odores.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo médico, através da história clínica e exame físico e se necessário, solicita-se exames como o raio-x, a tomografia computadorizada ou a nasofibroscopia.
Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos, anti-inflamatórios, descongestionantes em alguns casos e medidas gerais importantes como a hidratação oral abundante, a vaporização e a limpeza nasal.
A sinusite tratada corretamente evolui para a cura na maioria dos casos, porém existem casos de complicação e cronificação, necessitando de um acompanhamento médico rigoroso e às vezes com uma intervenção cirúrgica.
Somente o médico poderá esclarecer se os sintomas do paciente correspondem ou não a um quadro de sinusite, sugerindo o melhor tratamento para cada caso.
Fonte: www.unifesp.br
SINUSITE
Sinusite é a inflamação das mucosas dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.
Os seios da face dão ressonância à voz, aquecem o ar inspirado e diminuem o peso do crânio, o que facilita sua sustentação. São revestidos por uma mucosa semelhante à do nariz, rica em glândulas produtoras de muco e coberta por cílios dotados de movimentos vibráteis que conduzem o material estranho retido no muco para a parte posterior do nariz com a finalidade de eliminá-lo.
O fluxo da secreção mucosa dos seios da face é permanente e imperceptível. Alterações anatômicas, que impedem a drenagem da secreção, e processos infecciosos ou alérgicos, que provocam inflamação das mucosas e facilitam a instalação de germes oportunistas, são fatores que predispõem à sinusite.
Sintomas
As sinusites podem ser divididas em agudas e crônicas.
Na sinusite aguda, costuma ocorrer dor de cabeça na área do seio da face mais comprometido (seio frontal, maxilar, etmoidal e esfenoidal). A dor pode ser forte, em pontada, pulsátil ou sensação de pressão ou peso na cabeça. Na grande maioria dos casos, surge obstrução nasal com presença de secreção amarela ou esverdeada, sanguinolenta, que dificulta a respiração. Febre, cansaço, coriza, tosse, dores musculares e perda de apetite costumam estar presentes.
Na sinusite crônica, os sintomas são os mesmos, porém variam muito de intensidade. A dor nos seios da face e a febre podem estar ausentes. A tosse costuma ser o sintoma preponderante. É geralmente noturna e aumenta de intensidade quando a pessoa se deita porque a secreção escorre pela parte posterior das fossas nasais e irrita as vias aéreas disparando o mecanismo de tosse. Acessos de tosse são particularmente freqüentes pela manhã, ao levantar, e diminuem de intensidade, chegando mesmo a desaparecer, no decorrer do dia.
Recomendações
O mais importante é diluir a secreção para que seja eliminada mais facilmente;
Na vigência de gripes, resfriados e processos alérgicos que facilitem o aparecimento de sinusite, beba bastante líquido (pelo menos 2 litros de água por dia) e goteje de duas a três gotas de solução salina nas narinas, muitas vezes por dia. A solução salina pode ser preparada em casa. Para cada litro d'água fervida, acrescente uma colher de chá (09 gramas) de açúcar e outra de sal. Espere esfriar antes de pingá-la no nariz;
Inalações com solução salina, soro fisiológico ou vapor de água quente ajudam a eliminar as secreções;
Evite o ar condicionado. Além de ressecar as mucosas e dificultar a drenagem de secreção, pode disseminar agentes infecciosos (especialmente fungos) que contaminam os seios da face;
Procure um médico se os sintomas persistirem. O tratamento inadequado da sinusite pode torná-la crônica
Fonte: www.drauziovarella.com.br
SINUSITE
"Doutor, eu tenho sinusite!" Uma das frases que mais se escuta em um consultório médico é esta. Geralmente este diagnóstico é feito pelo próprio paciente baseado em alguns sintomas como dor de cabeça ou secreção nasal. Porém, não é incomum em atendimentos de urgência em Prontos-socorros, pacientes com estado gripal serem submetidos à exame radiológico (Raio-X) e erroneamente serem tratados como portadores de sinusite, inclusive com uso de antibióticos desnecessariamente. Freqüentemente este "diagnóstico" rotula o paciente que, se não devidamente esclarecido, continuará a cada consulta repetindo a mesma frase: "Doutor, eu tenho sinusite!"
A rinossinusite como preferimos chamar atualmente, é definida como um processo inflamatório da membrana mucosa que reveste a cavidade do nariz e dos seios paranasais. O diagnóstico das rinossinusites é feito através da história clínica (anamnese) e exame físico, principalmente através da endoscopia nasal, procedimento indolor, realizado sob anestesia local no próprio consultório Otorrinolaringológico.
Os sinais e sintomas percebidos na rinossinusite aguda são dor na arcada dentária superior e pressão facial, congestão e obstrução nasal, secreção espessa pelo nariz e pela garganta, diminuição do olfato, febre, dor de cabeça, mau hálito, fadiga, dor de ouvido, tosse e irritação na garganta. Obviamente os sintomas variam de pessoa para pessoa, podendo apresentar um ou mais sintomas associados. Porém é importante lembrar que nem toda dor de cabeça é sinal de sinusite!
A dor não é comum na rinossinusite crônica, mas pode aparecer na reagudização do quadro.
A determinação exata do diagnóstico de rinossinusite bacteriana é difícil mas essencial, pois a rinossinusite viral é pelo menos 20 vezes mais freqüente do que a infecção bacteriana dos seios paranasais. As infecções virais geralmente são autolimitadas e evoluem para cura espontânea. A importância deste diagnóstico, ou seja, diferenciar um quadro infeccioso bacteriano de um quadro viral, está no tipo de tratamento que será escolhido para cada caso. Nas infecções bacterianas deverão ser utilizados antibióticos escolhidos pelo médico, baseados na sua experiência clínica e estudos epidemiológicos. É importante lembrar que o farmacêutico não é o profissional mais indicado para diagnosticar ou mesmo receitar qualquer tipo de medicação.
Deve-se suspeitar de rinossinusite aguda bacteriana quando os sintomas de uma "Gripe" ou "Resfriado" pioram após o 5º dia ou persistem por mais de 10 dias. Quanto a pergunta: Sinusite tem cura? A grande maioria das rinossinusites tem cura. Algumas pessoas tem uma predisposição à rinossinusites de repetição, ou por alterações anatômicas ou por alterações do funcionamento da mucosa nasal e dos seios paranasais. Indivíduos com rinite alérgica, desvios do septo nasal ou estreitamento dos canais que comunicam o nariz com os seios paranasais tem uma chance maior de desenvolver processos inflamatórios desta região. Estes pacientes devem ser cuidadosamente investigados através de exame endoscópico e tomografia computadorizada.
As rinossinusites são classificadas em 5 tipos, de acordo com o "I Consenso Brasileiro Sobre Rinossinusite" realizado pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia:
Aguda: Duração dos sintomas até 4 semanas
Subaguda: Duração dos sintomas de 4 a 12 semanas
Crônica: Duração dos sintomas por mais de 12 semanas
Recorrente: Mais de 4 episódios por ano com duração de 7 a 10 dias e resolução completa nos intervalos
Complicada: Complicação local ou sistêmica em qualquer fase
O tratamento das rinossinusites deve ser individualizado e feito de acordo com o tipo de sinusite. A maioria das rinossinusites são tratadas clinicamente, com o uso de medicação escolhida à critério médico.
O tratamento cirúrgico fica reservado para os casos de rinossinusite crônica ou rinossinusites recorrentes, onde existem alterações anatômicas que dificultam a drenagem e a ventilação dos seios paranasais. O papel da cirurgia visa restabelecer a entrada do ar e a saída de secreções dos seios.
A cirurgia para o tratamento dos seios paranasais evoluiu muito nos últimos anos com o uso da Vídeo-Endoscopia, no qual o cirurgião realiza o procedimento guiando-se por um monitor e visualizando o interior dos seios, sem a necessidade de se realizar qualquer tipo de corte externo.
O melhor entendimento da anatomia e do funcionamento da cavidade nasal e dos seios paranasais através das técnicas endoscópicas tem nos ajudado muito a melhorar o tratamento, tanto clínico quanto cirúrgico das rinossinusites de uma forma geral.
Fonte: www.lincx.com.br
Sinusite
Conceito
A sinusite é um processo inflamatório infeccioso da mucosa que reveste os seios da face, que são cavidades localizadas ao lado das fossas nasais.
Ocorre com maior freqüência no inverno, como conseqüência de mudanças climáticas, poluição e complicações de gripe e resfriados.
Pessoas com rinite, desvio de septo nasal, tumores nasais, traumatismos da face, hipertrofia de adenóides (crianças), são mais propensas a contrair a sinusite.
Sintomas
A sinusite aguda apresenta os seguintes sintomas:
Dor facial na fronte e/ou região maxilar. Às vezes o paciente não apresenta dor;
Obstrução nasal que pode provocar respiração pela boca, boca seca e voz "fanhosa";
Escorrimento nasal que pode escoar em direção à faringe provocando mau hálito, gosto ruim e tosse;
Alteração do olfato;
Febre, cansaço, fadiga, indisposição e mal-estar.
Existem também quadros de sinusite crônica com evolução maior de 3 meses, e complicações desta doença que necessitam diagnóstico de um especialista.
Tratamento
Medidas gerais importantes para o tratamento são a ingestão abundante de líquidos, higiene nasal com soro fisiológico e vaporização.
A obstrução nasal que acompanha a sinusite pode ser tratada com descongestionantes orais ou tópicos que serão receitados pelo médico, assim como os antibióticos e outros medicamentos apropriados.
Recomenda-se que a duração do tratamento seja de 10 a 14 dias.
Prevenção
A sinusite aguda ocorre principalmente no inverno após resfriado ou gripe.
Esses processos devem ser tratados imediatamente para que não compliquem com sinusite.
A rinite deve ser tratada adequadamente para evitar sua complicação.
Fonte: www.pulmonar.org.br
CATARATA
Catarata
Catarata: definição e classificação.
A catarata é definida como qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de luz nos olhos, acarretando diminuição da visão. As alterações podem levar, desde pequenas distorções visuais, até a cegueira.
Inúmeros fatores de risco podem provocar ou acelerar o aparecimento de catarata, incluindo medicamentos (esteróides), substâncias tóxicas (nicotina), doenças metabólicas (diabetes mellitus, galactosemia, hipocalcemia, hipertiroidismo, doenças renais), trauma, radiações (UV, Raio X, e outras), doença ocular (alta miopia, uveíte, pseudoexfoliação), cirurgia intra-ocular prévia (fístula antiglaucomatosa, vitrectomia posterior), infecção durante a gravidez (toxoplasmose, rubéola), fatores nutricionais (desnutrição). 1
Pode ser classificada em :
catarata congênita – presente ao nascimento
catarata secundária- As cataratas secundárias aparecem secundariamente, devidos a fatores variados, tanto oculares (uveítes, tumores malignos intra-oculares, glaucoma, descolamento de retina, etc.), como sistêmicos. No último caso, podem estar associadas a traumatismos, moléstias endócrinas (diabete mellitus, hipoparatireoidismo, etc.), causas tóxicas (corticóides tópicos e sistêmicos, cobre e ferro mióticos, etc.), exposição a radiações actínicas (infravermelho, raios X, etc.), traumatismos elétricos, entre outras 2
catarata senil - Opacidade do cristalino em conseqüência de alterações bioquímicas relacionadas à idade.
Aproximadamente 85% das cataratas são classificadas como senis, com maior incidência na população acima de 50 anos.3 Nesses casos não é considerada uma doença, mas um processo normal de envelhecimento.
Tratamento
O tratamento clínico como prescrição de óculos, tem efeito transitório. O tratamento farmacológico, apesar de sua falta de evidencia é utilizado em alguns países da Europa, e por alguns oftalmologistas brasileiros, não tem efetividade comprovada. A correção cirúrgica é a única opção para recuperação da capacidade visual do portador de catarata senil.2
Catarata é o processo de opacificação do cristalino, que
prejudica a visão. A catarata pode acometer um ou os dois olhos.
Trata-se de um processo comum em pessoas idosas.Fatores de risco da catarata O risco de catarata aumenta com a idade.
Outros fatores de risco:
Algumas doenças, como o diabetes, Fumar, Ingestão de bebidas alcoólicas, Exposição prolongada à luz solar Sinais da catarata.
Os sinais da catarata evoluem muito lentamente.
Visão turva ou embaçada Um halo ao redor de focos de luz ou focos de luz muito brilhantes Visão noturna deficiente, Visão duplicada, Cores desbotadas
2 Cuidados necessários
Ir a um oftalmologista se aparecerem quaisquer sinais.
O seu médico fará um exame para verificar se há problemas. Se os problemas de visão
interferirem nas suas atividades diárias, o médico poderá indicar a
cirurgia.
A cirurgia remove o cristalino opaco e o substitui por um
artificial (uma lente). Você e o seu médico deverão decidir juntos se a
cirurgia é a melhor opção de tratamento para o seu caso.O processo de opacificação do seu cristalino pode ser muito lento, assim, a cirurgia só será necessária depois de anos. O médico poderá sugerir o uso de novas lentes, iluminação mais brilhante, óculos escuros anti-reflexos ou lentes de grau para melhorar a sua visão. Não deixe de fazer exames oculares periódicos para que você e o seu médico determinem
quando a cirurgia será necessária.
Como proteger a sua visão Se você tem 60 anos ou mais, faça um exame ocular com dilatação da pupila no mínimo a cada dois anos. Alimente-se com muitas folhas verdes, frutas e outros alimentos com antioxidantes. Use óculos escuros e chapéu ou boné para bloquear os raios ultravioleta. Administre o diabetes com o auxílio de um médico e um nutricionista. Pare de fumar.
Restrinja a ingestão de bebidas alcoólicas. Fale com o seu médico ou enfermeiro para sanar quaisquer dúvidas
ou preocupações.
CIRURGIA DE CATARATA
Quando o cristalino perde a sua transparência torna-se necessário devolver-lhe esta característica, dado que a visão fica turva e enevoada, situação que é agravada pela luz do Sol ou pelos faróis dos carros à noite.
A solução actual é a cirurgia por facoemulsificação sem suturas.
Trata-se de cirurgia em regime de ambulatório, sob anestesia local, habitualmente só gotas sobre o olho, permanecendo o doente na clínica entre 2 a 3 horas.
O doente retoma a sua actividade habitual alguns dias a semanas após a cirurgia e a visão melhora espectacularmente, a menos que haja outras causas ou doenças do olho que impeçam essa recuperação esperada.
FONTE: CBO
Compulsão Alimentar
Tem como burlar o vício sim! Se você começar a sentir que a silhueta fica cada vez mais redonda e a balança acusa um ganho de peso contínuo, cuidado! Você pode ser mais uma vítima
Uma droga. Um vício em forma de bolos, tortas, arroz e biscoitos. A comida é uma inimiga e a cozinha, o caminho mais curto para se chegar ao fundo do poço. O mal tem nome: transtorno de compulsão alimentar. Faz vítimas, sem escolher: homens e mulheres, jovens ou não.
O primeiro sinal do distúrbio, na maior parte das vezes, é visível no corpo. A silhueta fica cada vez mais redonda e a balança acusa um ganho de peso contínuo.
Na verdade, os estudos sobre o transtorno de compulsão alimentar periódica são recentes. Os primeiros datam de 1994. Desde então, pesquisadores já descobriram, por exemplo, que os assaltos a geladeiras e despensas ocorrem a partir do fim da tarde e seguem noite adentro.
Uma das hipóteses para a preferência de horário é que o compulsivo tem mais privacidade em casa do que em outros locais, como o trabalho. Longe dos olhares dos colegas e de amigos, não passa vergonha por causa do exagero.
O traço mais marcante dos comedores compulsivos é a ansiedade e a tendência à depressão. São pessoas com sentimento de culpa, remorso, vergonha e solidão. A comilança descontrolada é causada, na maior parte dos casos, por distúrbios emocionais, e não adianta recorrer a regimes radicais.
O período de abstinência dura pouco, e um alimento tentador ou uma situação que mexa com as emoções pode desencadear a compulsão novamente.
Desconhecer o que acontece é derrota quase certa na balança. Como não emagrece, cresce a ansiedade, que leva a novos ataques de comilança. As invasões a geladeiras e despensas nunca são em busca de vegetais.
São sempre por alimentos ricos em carboidratos, como doces, massas, ou gorduras, como chocolates. Uma das hipóteses é que a ingestão desses alimentos possa, eventualmente, reduzir a ansiedade e a depressão, proporcionando um conforto momentâneo.
A obesidade associada ao transtorno de compulsão alimentar periódica tem solução: a psicoterapia e o uso de medicamentos, em alguns casos. A psicoterapia indicada é do tipo cognitiva comportamental, em que a pessoa identifica o que causa a compulsão e aprende técnicas para controlá-la.
O tratamento funciona, principalmente para obesos não acomodados com o problema e convencidos de que vale a pena mudar.
`Por: Adriana de Araújo
Compulsão alimentar e suas causas
Compulsão significa um impulso incontrolável. Existe compulsão para comer, para comprar, para furtar e até para o sexo. A compulsão alimentar pode se apresentar de várias formas e com maior ou menor gravidade. Ela pode estar presente em vários transtornos do comportamento alimentar, como na anorexia nervosa, na bulimia nervosa e no transtorno da compulsão alimentar periódica.
A forma mais incontrolável de compulsão alimentar é chamada em inglês de binge eating. A tradução do termo binge para o Português é muito difícil, já tendo sido tentados “farra alimentar”, “orgia alimentar”, “ataque de comer”, “comer compulsivo” e diversos outros. Pode-se imaginar a confusão que isto tem causado na cabeça dos compulsivos e dos profissionais que tratam do seu problema. Oficialmente este tipo de transtorno é denominado “compulsão alimentar periódica”, mas nós vamos chamá-lo simplesmente de binge.
O que é o binge?
É definido como um episódio em que a pessoa come uma quantidade exagerada de alimentos, em um curto intervalo de tempo, perdendo o controle sobre o ato de comer. Depois do episódio a pessoa tende a sentir-se triste e arrependida. Alguns pacientes chegam a ingerir mais de 10.000 calorias em um único episódio de binge. E nem sempre os alimentos são os mais apetitosos.
Ocorrem alguns episódios em que a pessoa chega a comer grandes quantidades de feijão gelado e ainda fazer misturas absurdas, como, por exemplo, com leite condensado! Isto nos dá bem a idéia do nível de descontrole que está associado com o binge. Logicamente as formas mais encontradas são as leves, que acontece com a maioria das pessoas que tentam emagrecer.
Diversos fatores psicológicos e físicos podem ser apontados como causas da compulsão alimentar. Um exemplo de fator psicológico que pode desencadear um episódio de binge é a angústia de uma pessoa que está tentando emagrecer e acaba não resistindo a uma guloseima que está proibida na rigorosa dieta que estava seguindo. É a chamada “violação da abstinência”, que pode somar-se a outros fatores causais e levar a um descontrole alimentar.
É bem provável que você já tenha passado por isso. “Já que eu não consegui me controlar e comi esse quindim que era proibido, vou comer aquela caixa de bombom que eu ganhei ontem.”Este, aliás, é um dos motivos para não se utilizar mais a proibição de determinados alimentos no planejamento alimentar moderno.
Um exemplo importante de como fatores físicos podem também causar um episódio de binge é a serotonina. A serotonina é uma substância que transmite informações entre as células nervosas do cérebro (neurotransmissor). Entre todos os neurotransmissores, é o que desempenha o papel mais importante no controle do nosso comportamento alimentar. O principal estímulo natural para a produção desta substância no cérebro é a ingestão de carboidratos.
Quando comemos arroz, pão, frutas ou outros alimentos ricos em carboidratos, a serotonina aumenta. Se nos privamos destes carboidratos por longos períodos, a serotonina diminui. Quando esta diminuição atinge um nível crítico, sendo ela um dos nossos mais importantes freios do ato de comer, abrem-se as portas para a compulsão.
Já é tradicional a história das pessoas que, para emagrecer, passam o dia todo comendo quase nada. Pulam o café da manhã, no almoço comem só um bifinho com salada e não comem nada no lanche para emagrecer rápido. Arroz, feijão ou pão, nem pensar. O cenário está montado para um episódio de binge, que em geral vai acontecer no final da tarde ou à noite.
Estes dois exemplos de como a compulsão alimentar pode ser causada mostram a importância de se manter uma alimentação equilibrada, com quantidades adequadas de carboidratos, mesmo quando se está tentando emagrecer.
Qual a freqüência da compulsão alimentar em pessoas com excesso de peso?
Nosso grupo de pesquisas levantou dados sobre uma série de 439 pessoas que procuraram um tratamento médico para emagrecer, com o objetivo principal de determinar a freqüência dos episódios de binge.
Mais da metade desses pacientes apresentavam episódios de binge. Aproximadamente 15% tinham pelo menos 2 destes episódios por semana, de forma mantida nos últimos meses.Outras pesquisas realizadas no Brasil e em diversos outros países mostram percentuais semelhantes, provando que a compulsão alimentar é um problema muito freqüente entre as pessoas que tentam emagrecer, devendo ser sempre pesquisada. Se um problema compulsivo passa despercebido pelo médico ou nutricionista que vão tratar do paciente, ele não receberá um tratamento adequado e seu resultado tenderá ao fracasso.
A compulsão alimentar na anorexia nervosa e na bulimia nervosa
Muitas pessoas com problema de peso têm compulsão alimentar, mas nem todo compulsivo é obeso. Muitas vezes a compulsão alimentar está presente em pacientes com anorexia nervosa ou bulimia nervosa. Existem 2 tipos de anorexia nervosa – a do tipo bulímico e a do tipo não bulímico. Na anorexia nervosa do tipo bulímico, além da magreza e da recusa em alimentar-se, típicos da anorexia nervosa, ocorre também a compulsão do tipo binge. Na bulimia nervosa, que geralmente ocorre em pacientes com peso normal ou pouco aumentado, sempre está presente o binge. Mas o transtorno da compulsão alimentar periódica é bem mais freqüente que a anorexia e a bulimia, e, quando presente, tende a dificultar os tratamentos para emagrecer.
A Síndrome do Comer Noturno
Sabe aqueles ataques à geladeira durante a noite? Eles podem fazer parte de uma síndrome que tem sido muito estudada por especialistas. Assim como o transtorno da compulsão alimentar periódica, a síndrome do comer noturno pode ser responsável pela dificuldade que alguns pacientes têm em seguir um planejamento alimentar e atingir um peso ideal. Apesar deste diagnóstico ainda não estar oficializado, os pacientes com esta síndrome apresentam um comportamento alimentar característico e, muitas vezes, impressionante.
O primeiro caso foi descrito em 1955 e é uma história interessante. O psiquiatra americano Albert Stunkard, um dos maiores estudiosos da compulsão alimentar, estava cuidando de uma paciente obesa com graves problemas familiares, o que estava dificultando muito o seu tratamento. Ao discutir o caso com um grupo de estudantes, uma das jovens presentes, obesa, se levantou e, chorando muito, retirou-se da sessão. O Dr. Stunkard quis então saber o que estava acontecendo.
A jovem lhe contou que aquilo nada tinha a ver com os problemas familiares relatados pela paciente. Tinha a ver com a maneira como a paciente comia. Ela não sentia fome alguma durante toda a manhã. Quando chegava a noite, porém, ela simplesmente não conseguia parar de comer. O jantar nunca era o suficiente e depois ela continuava comendo sem parar. Chegava a acordar várias vezes durante a noite só para comer. A estudante então disse: “É exatamente assim que eu como e eu nunca tinha ouvido nenhum relato semelhante em toda a minha vida”.
O Dr. Stunkard ficou tão impressionado com este depoimento que começou a pesquisar os mesmos sintomas em outros pacientes obesos. Após a identificação dos sintomas característicos, ele a descreveu como a Síndrome do Comer Noturno. Suas principais características são, além dos excesso alimentares noturnos, a falta de apetite durante a manhã e a insônia.
Mais recentemente, o grupo do Dr. Stunkard conduziu vários estudos, atraindo pacientes através de anúncios em jornais, programas de televisão ou em clínicas de emagrecimento. Várias características da síndrome foram identificadas nestas pesquisas:
1 - A freqüência da Síndrome do Comer Noturno variou de 1,5% na população geral, passando por 9.0% em clínicas para tratamento da obesidade, e atingindo 26.0% entre pacientes com obesidade mórbida (IMC>40 kg/m2);
2 - Os pacientes com Síndrome do Comer Noturno geralmente comem mais de 55% das calorias totais de um dia entre as 8 horas da noite e as 6 da manhã;
3 - Eles podem acordar várias vezes durante a noite, geralmente só para comer;
4 - Apresentam uma piora importante do humor durante a noite.
A Síndrome do Comer Noturno é, portanto, uma combinação única de um transtorno alimentar, um transtorno do sono e um transtorno do humor. Embora não exista um tratamento específico, alguns medicamentos podem ser utilizados para ajudar no controle do comer noturno e nos sintomas depressivos que podem estar presentes.
O transtorno da compulsão alimentar periódica
Quando alguém apresenta episódios freqüentes de binge, pelo menos 2 vezes por semana, nos últimos 3 meses, se faz o diagnóstico de transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). É uma categoria diagnóstica oficializada há poucos anos e muito resta ainda por ser desvendado sobre sua natureza. Quanto maior o excesso de peso, maior a probabilidade de que a pessoa tenha o TCAP.
Podemos ver no gráfico que na faixa de IMC que vai de x a y z, % dos pacientes apresentavam o diagnóstico de TCAP, enquanto entre as pessoas com o IMC dentro da faixa da normalidade, apenas x% apresentavam o transtorno. É muito importante identificar-se esta forma de compulsão quando se inicia um tratamento para redução de peso, porque, se ela passar despercebida, é muito provável que não se consiga a mudança alimentar necessária para o emagrecimento.
Fonte: http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?
Vida Saudável
Qual é o seu conceito de vida saudável?
Cerca de 50% dos brasileiros acreditam que ter saúde não está relacionada com exercícios e alimentação balanceada. E 43% dos obesos mórbidos dizem levar uma vida nada saudável.
Qual é o seu conceito de vida saudável? Fazer muitos esportes? Comer verduras e frutas? Essas duas idéias juntas resultam em uma qualidade de vida melhor, além de beneficiarem a saúde. Mas não é todo mundo que pensa assim.
Muitos dos estudos desconhecem a situação atual das pessoas para poderem sugerir uma serie de mudanças. No caso dos obesos, por exemplo, são claras as dificuldades na alteração de hábitos alimentares e comportamentais em um curto espaço de tempo.
Números da recente pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) revelam que entre os obesos de diversos pesos, o descontentamento é grande.
Cerca de 83% dos obesos mórbidos e 66% dos obesos leve afirmaram em ter vida mediana ou nada saudável.
Para o presidente da sociedade e coordenador da pesquisa, Luiz Vicente Berti, o descontentamento aumenta em proporção ao peso e só a elaboração de programas e campanhas de conscientização podem iniciar o processo para reverter esse quadro atual do país.
“Esse sentimento em relação à vida saudável tende a agravar o quadro atual. Quanto mais o obeso ganha peso, mais limitado ele fica para fazer atividades simples como se locomover no dia-a-dia. Como conseqüência desse aumento, doenças congênitas, como diabetes e hipertensão, tendem a se agravar complicando mais ainda a situação do indivíduo. Um trabalho de conscientização bem planejado é uma forma eficaz de combate e impedimento da progressão da doença”,
Hábitos saudáveis, alimentação equilibrada, cabeça no lugar... veja abaixo dicas sobre como melhorar sua condição física e de saúde
Segundo o dicionário Houaiss, "saudável" é tudo que traz benefícios à saúde. Então, pare e pense. Seus hábitos alimentares e sua freqüência na prática de exercícios permitem que você qualifique sua vida como "saudável"? No seu caso, quem vence o embate entre aquela feijoada do restaurante perto do serviço e o sentido de auto-preservação? Brincadeiras à parte, a preocupação com a qualidade de vida tem sido um tema recorrente para grande parte das pessoas.
No entanto, definir o conceito de "vida saudável" não é das tarefas mais fáceis. Em linhas gerais, especialistas de diversas áreas do conhecimento concordam que para se alcançar este ideal de saúde é preciso combinar diversos fatores, como alimentação equilibrada, atividade física freqüente e prevenção de doenças. O que não é uma tarefa fácil, em especial nos tempos de hoje. A combinação da falta de tempo com o estresse, gera um efeito negativo até mesmo na iniciativa de alguém que pretende mudar seu estilo de vida.
"Na verdade, a definição ideal é criar um ´contexto` de vida saudável", afirma o fisiologista e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Miguel Arruda. Isso significa criar condições para ampliar a qualidade de vida - não apenas melhorando a condição fisio-biológica, mas também psicológica, reduzindo o estresse provocado pela forte rotina de trabalhos e estudos. Não tenha dúvida de que não é dos caminhos mais fáceis. Mudar hábitos e reorganizar a rotina exige dedicação e disciplina.
"É uma barreira difícil de ser quebrada, um momento de adaptação psicológica e comportamental", diz Arruda. Mas, apesar de os resultados não surgirem em curto prazo, eles certamente vêm. O reflexo pode ser conferido no aumento da resistência a doenças, melhora no desempenho físico e redução do estresse. O importante é dar o passo inicial: "É um círculo vicioso. A pessoa aumenta o estresse, não tem tempo para fazer exercícios, não come direito... precisa arrumar tempo para a atividade física, para se cuidar. Não pode achar que está desperdiçando tempo. Esse tempo vai reverter em benefícios para todas as outras atividades, que serão melhoradas", conclui Arruda.
Confira abaixo alguns conceitos, dicas e recomendações sobre o principal "tripé" de uma vida saudável - Exercícios regulares, Alimentação equilibrada e Preparo psicológico:
Atividade física - o importante é a regularidade
Um dos principais pilares de uma vida saudável é a prática de exercícios. Esse conceito, no entanto, não é simples como a maioria das pessoas pensa. Não adianta jogar um futebolzinho aos sábados e achar que a situação está resolvida.
O importante é criar uma rotina para que o corpo seja constantemente estimulado pela atividade física. "A falta de atividade física reduz a qualidade dos órgãos. Hoje, o sedentarismo é mais grave do que há algumas décadas porque alguns agravantes se intensificaram, como o estresse", explica o professor do curso de Fisioterapia da Unicid (Universidade da Cidade de São Paulo), Sérgio de Souza.
Se você está decidido a ter uma rotina saudável, tenha calma para dosar a intensidade dos seus exercícios. Atividade física em excesso pode ser tão superficial quanto a ausência da mesma. "O que importa é a freqüência durante a semana, não o volume praticado. Em alguns casos, as pessoas acham que vale fazer um único dia e uma carga horária grande. Não é interessante. É melhor fazer mais dias na semana em quantidades menores".
"Isso é importante porque estimula o organismo mais vezes durante a semana e gera o que se chama de mecanismo de adaptação orgânica."
Para que o corpo possa apresentar resultados efetivos, é preciso que seja constantemente estimulado a fazer exercícios. "Quando se aplica um estímulo no corpo, ele fica suscetível a uma repetição. Se você não mantém, ele desce para um nível mais baixo que o inicial.
É o que acontece com o ´atleta de final de semana`. Ele não melhora sua condição física porque o estímulo é baixo", diz Arruda. "O ideal para jovens, seria, pelo menos, quatro sessões semanais de atividade física. Mas isso também depende do tipo de pessoa e do que ele espera dessa melhora de saúde", complementa Souza.
Essa prática regular, no entanto, exige força de vontade dos interessados. Não há fórmula mágica. Você pode escolher o exercício que mais se adapta ao seu interesse e à sua necessidade. "Não há uma fórmula para ser repetida. Houve um tempo em que se exaltava a caminhada, depois a corrida, depois os esportes aquáticos. Na verdade, todos são bons. O que precisa é destinar tempo e vontades exclusivos para determinada atividade física", encerra Arruda.
Alimentação - vale o equilíbrio e o cuidado
Como no caso dos exercícios, na alimentação o principal destaque é para a regularidade. Pessoas que não tomam café da manhã, em geral, tendem a passar dos limites no almoço.
"Alimentação saudável é algo que deve ser distribuído por várias refeições no dia. Não apenas o desjejum, o almoço e o jantar, as refeições principais, mas também em refeições intermediárias. Ou seja, distribuir alimentos saudáveis, de uma forma equilibrada, em três refeições centrais e, no mínimo, duas intermediárias", diz a professora do departamento de nutrição da Universidade Anhembi-Morumbi, Avany Maria Bon.
Além disso, cada refeição deve ser pensada de maneira a oferecer um prato equilibrado para as necessidades do corpo humano. Nas refeições principais, vale combinar alimentos mais que atendem a questões fundamentais, como os carboidratos, responsáveis pela energia. Nas intermediárias, a opção é por alimentos mais leves, como leite e seus derivados. Confira abaixo dicas da professora Avany para a composição das refeições principais (o recomendado é um de cada tipo):
Fonte de energia - opte por um alimento rico em carboidrato, dando preferência aos alimentos integrais: arroz integral, pão integral, aveia. Utilize com menor freqüência os alimentos sem fibras, como batata, mandioca e açúcar. Dê menos preferência ainda para as gorduras, principalmente animais (embora sendo energéticas, não devem ser incluídas). Dentre as estas, ainda vale o azeite, que é de boa qualidade e menos prejudicial.
Proteínas - Os alimentos ricos em proteínas podem ser divididos em dois grupos. O primeiro agrupa carnes, ovos e leguminosos. O segundo tem o leite e seus derivados, como o queijo e o iogurte. Esses grupos são divididos porque o primeiro possui proteínas e ferro enquanto e o segundo combina proteínas e cálcio.
Elemento regulador - Alimentos ricos em vitaminas, minerais, fibras e água. Nesse grupo entram as frutas e hortaliças em geral. Esse grupo é fundamental e deve estar sempre presente nas refeições principais.
"Alimentação saudável significa redução do açúcar ao mínimo possível, o mesmo valendo para gorduras animais. Aumentar o consumo de hortaliças e frutas e dar preferência a alimentos integrais", resume Avany, que dá uma dica interessante. Segundo ela, comer uma castanha do Pará por dia ajuda a equilibrar a saúde. "A castanha tem um alto teor de selênio, que é um mineral e anti-oxidante importante. E ainda possui apenas gorduras de boa qualidade."
Psicológico - um tempo para equilibrar a "cabeça"
De nada adianta, no entanto, o esforço centrado nos eixos anteriores se a sua condição psicológica não estiver estabilizada. Com as mudanças nas relações de trabalho, as pessoas têm vivido muito mais sob pressão. "O que mais preocupa as pessoas atualmente é a questão do estresse. A cobrança no trabalho, no cursinho, da família, em atividades esportivas, na rotina. E isso se apresenta em diversas formas, como a violência, o desemprego. Esse estresse diário é o que mais compromete, inclusive os jovens", diz Souza.
Portanto, cada atividade sua deve ser pensada para garantir qualidade também neste ponto. Não adianta ir caminhando até o banco para fazer sua atividade física diária enquanto pensa nos problemas, ou teme por um assalto. Da mesma forma, nem pense em fazer um almoço equilibrado em cinco minutos para poder retomar as coisas que estava fazendo. Distribuir o tempo e reorganizar sua rotina é o passo inicial para ganhar em qualidade de vida. Pense que este investimento de tempo refletirá diretamente no desempenho das demais atividades.
"A pessoa precisa se obrigar a fazer as refeições principais e ainda comer algo no intervalo. Tem que reservar um tempo seu. Necessita de, pelo menos, meia hora para sentar, comer com calma, mastigar direito", diz Avany. "É obrigatório colocar tudo em uma programação. Separar um tempo seu. A atividade física não tem só o efeito biológico, mas possui um efeito catártico que se enquadra perfeitamente no desejo de vida saudável"
Gestão por competências
Até que ponto líderes e liderados estão preparados para os desafios que este novo modelo requer?
Há um grande descompasso entre as atuais práticas de gestão e as necessidades das modernas organizações e das pessoas.
As organizações começam a se voltar para a implantação de modelos de gestão por competências. Até que ponto líderes e liderados estão preparados para os desafios que este novo modelo requer?
Há um grande descompasso entre as atuais práticas de gestão e as necessidades das modernas organizações e das pessoas. Gerir pessoas ainda é uma função atribuída à equipe de RH.
Apesar das grandes transformações dos últimos vinte anos, é muito comum encontrar profissionais com cargo de chefia que ainda não perceberam que a gestão de pessoas é uma das maiores competências do líder.
A forma de gerir pessoas ainda tem fortes reflexos dos modelos mecanicistas de administração e os empregados ainda são remunerados pelo título do cargo e não pelas suas competências.
O modelo tradicional de administração de RH condicionou chefias e empregados a uma atuação passiva e reativa, em que o papel principal da gestão de RH é o de ajuste comportamental do homem à organização e, sob esta perspectiva, as pessoas são vistas como “recursos”, geridos como os demais fatores da empresa.
Este modelo produz um contexto onde os gerentes não se envolvem no processo de formação de suas equipes, não participam e nem direcionam o desenvolvimento das pessoas e, do outro lado, empregados que entendem que o seu crescimento na carreira é responsabilidade única e exclusiva da empresa.
Como passar a atuar em um movo cenário em que a proatividade, o empreendedorismo e a auto-gestão são a “bola da vez” ?
Competência organizacional “é o patrimônio de conhecimento que confere vantagens competitivas à organização” e competência individual “é a capacidade da pessoa de agregar valor ao patrimônio de conhecimentos da organização”.
As empresas estão sendo cada vez mais pressionadas pelo ambiente interno e externo para encontrar novos caminhos orientados para o desenvolvimento mútuo – pessoas e organização.
Percorrer esses novos caminhos exige abrir mão do velho jeito de caminhar e também das velhas ferramentas utilizadas até então. Será preciso aprender um jeito novo de mobilizar-se e de mobilizar as pessoas em busca de um objetivo comum.
É preciso colocar nesse novo caminho algumas “placas indicativas” que indiquem clareza das regras, transparência nas ações e demais valores, que possam ser uma ponte que permita a integração entre as competências individuais e as competências da organização.
Há que se colocar também na bagagem para trilhar esse novo caminho um bom suprimento de flexibilidade, interesse em aprender, em colaborar e favorecer o crescimento do outro. O momento é de aprendizagem,treinamento, de revisão de valores, de perceber que há novas formas de se atingir resultados.
É o momento de começar a valorizar o conhecimento, que possui uma qualidade pessoal, nascida do aprendizado experimentado de como fazer as coisas acontecerem.
É o momento de criar um ambiente em que a pessoas se sintam integramente mobilizadas a colocar todo o seu potencial criativo, a sua inteligência, a sua intuição e capacidades de realização para gerar vantagens competitivas para a organização, a partir do entendimento básico de que o crescimento da empresa está associado ao seu crescimento pessoal.
Enquanto hão houver essa clareza de propósitos e de resultados, a intenção de se implantar gestão por competências precisa ser seriamente repensada.
Texto: Denide Pereira Santos
Lei contra fumo estimula economia e protege trabalhadores
Proibição paulista do tabaco em locais fechados causa polêmica.
Experiência em outros países só aponta benefícios na iniciativa.
A aprovação da proibição do fumo em ambientes públicos em São Paulo vem gerando polêmica. Mas essa polêmica é alimentada basicamente por preconceitos e com certeza estimulada pela indústria do tabaco.
Para que se possa discutir algum tema com base são necessários dados e fatos, coisa que vem faltando a quem questiona a lei.
O primeiro aspecto esquecido na fala de quem não gostou da lei é a saúde de quem trabalha nos bares e restaurantes e está exposto ao tabagismo passivo por necessidade.
Estranha o fato de que as centrais sindicais, tão ativas em outros temas, nunca tenham se levantado em nosso país para defender esses trabalhadores. Quem trabalha em ambiente com fumaça de cigarro tem risco aumentado de sofrer de câncer de pulmão, problemas respiratórios e alérgicos.
Vamos aos fatos sobre o impacto da proibição sobre a saúde dos trabalhadores nos locais onde essa norma foi implantada.
Na Escócia, pesquisa realizada em bares e restaurantes, antes e depois da proibição, mostrou que a poluição do ar nos ambientes, não só contendo nicotina mas também outros materiais danosos à saúde, caiu 84%.
A quantidade de nicotina absorvida pelos funcionários foi avaliada pela dosagem da cotinina, um produto do seu metabolismo, no sangue. A concentração de cotinina no sangue caiu mais de 80% apos o banimento do fumo.
Os sintomas respiratórios que os empregados apresentavam caiu 12% no primeiro ano após a lei. Dados semelhantes forma registrados em Nova York, cidade que baniu o fumo de seus bares e restaurantes em 2003.
Na Irlanda, ouviram-se os mesmos argumentos que se usa hoje em São Paulo. Lá também os índices de poluição do ar caíram mais de 80% após o banimento. A concentração da cotinina no sangue dos empregados caiu 70% em um ano.
A melhora da saúde de quem trabalha no setor tem sido tão importante que em todo o mundo esses empregados se tornaram os maiores defensores das leis que restrigem o fumo.
Outro argumento falacioso contra a proibição é de que a lei trará queda do faturamento e desemprego. Vamos de novo olhar o que aconteceu em outros lugares do mundo. De novo a Irlanda, que tem tradição inegável em termos de bares, traz números que contradizem esses argumentos.
No período de um ano após a implantação da lei, uma pesquisa mostrou que o numero de empregados no setor caiu apenas 2%. Essa mudança foi considerada dentro das alterações sasonais do setor.
Por outro lado, o número de consumidores cresceu 11% no mesmo período. É importante observar que o índice de adesão à proibição foi de 97%. E Nova York também mostrou que o banimento do fumo pode ser proveitoso. No primeiro ano após a proibição o crescimento do faturamento foi de quase 9%.
A discussão sobre a proibição ainda deve levar em conta o impacto positivo em termos de saúde pública, com diminuição de internações e de gastos com a saúde.
Afinal qual seria o lado ruim dessa proibição?
Sanofi-Aventis fecha acordo para compra da Medley
Farmacêutica francesa anuncia acordo para comprar a brasileira Medley
Líder brasileira em genéricos foi avaliada em R$ 1,5 bilhão.
Operação deve ser concluída no segundo trimestre.
A gigante farmacêutica francesa Sanofi-Aventis anunciou nesta quinta-feira (9) a assinatura de um acordo para a compra da empresa brasileira de medicamentos genéricos Medley. A empresa, terceiro maior laboratório farmacêutico e líder na fabricação de genéricos no país, foi avaliada em R$ 1,5 bilhão (500 milhões de euros).
A aquisição da Medley, que teve um faturamento de R$ 458 milhões no ano passado, deve ser formalizada durante o segundo trimestre do ano, como informa a Sanofi Aventis em comunicado. O fechamento da operação está sujeito a determinadas condições.
“A Medley constitui para a Sanofi-Aventis uma oportunidade única de construir uma plataforma forte e integrada de um crescimento sustentável e rentável no Brasil e na América Latina”, informou a empresa francesa em comunicado. Além de marcas próprias, a Medley tem mais de 127 drogas genéricas em seu portfólio.
saiba mais
Com a aquisição, a participação da Sanofi no mercado brasileiro de medicamentos passará a 12%, segundo a empresa. A expectativa do grupo francês é que o setor de genéricos do país possa crescer a uma taxa de mais de 20% nos próximos anos.
Expansão
A aquisição segue-se a vários acordos pequenos e de médio porte e também a parcerias concluídas pela Sanofi, enquanto busca uma saída para expiração de patentes e lida com concorrência dos fabricantes de genéricos.
A companhia francesa informou este mês que comprou a fabricante mexicana de genéricos Laboratorios Kendrick, enquanto adquiriu por US$ 2 bilhões a produtora tcheca de medicamentos genéricos Zentiva, pulando da 23ª para a 11ª posição entre os maiores fabricantes desse tipo de remédio no mundo.
O diretor-geral da Sanofi-Aventis no Brasil, Heraldo Marchezini, reiterou que a aquisição "vai reforçar" sua posição de líder no Brasil, país com o qual a empresa tem "vínculos sólidos" há mais de meio século.
Com informações da Agência Estado, da Reuters e da EFE
Líder brasileira em genéricos foi avaliada em R$ 1,5 bilhão.
Operação deve ser concluída no segundo trimestre.
A gigante farmacêutica francesa Sanofi-Aventis anunciou nesta quinta-feira (9) a assinatura de um acordo para a compra da empresa brasileira de medicamentos genéricos Medley. A empresa, terceiro maior laboratório farmacêutico e líder na fabricação de genéricos no país, foi avaliada em R$ 1,5 bilhão (500 milhões de euros).
A aquisição da Medley, que teve um faturamento de R$ 458 milhões no ano passado, deve ser formalizada durante o segundo trimestre do ano, como informa a Sanofi Aventis em comunicado. O fechamento da operação está sujeito a determinadas condições.
“A Medley constitui para a Sanofi-Aventis uma oportunidade única de construir uma plataforma forte e integrada de um crescimento sustentável e rentável no Brasil e na América Latina”, informou a empresa francesa em comunicado. Além de marcas próprias, a Medley tem mais de 127 drogas genéricas em seu portfólio.
saiba mais
Com a aquisição, a participação da Sanofi no mercado brasileiro de medicamentos passará a 12%, segundo a empresa. A expectativa do grupo francês é que o setor de genéricos do país possa crescer a uma taxa de mais de 20% nos próximos anos.
Expansão
A aquisição segue-se a vários acordos pequenos e de médio porte e também a parcerias concluídas pela Sanofi, enquanto busca uma saída para expiração de patentes e lida com concorrência dos fabricantes de genéricos.
A companhia francesa informou este mês que comprou a fabricante mexicana de genéricos Laboratorios Kendrick, enquanto adquiriu por US$ 2 bilhões a produtora tcheca de medicamentos genéricos Zentiva, pulando da 23ª para a 11ª posição entre os maiores fabricantes desse tipo de remédio no mundo.
O diretor-geral da Sanofi-Aventis no Brasil, Heraldo Marchezini, reiterou que a aquisição "vai reforçar" sua posição de líder no Brasil, país com o qual a empresa tem "vínculos sólidos" há mais de meio século.
Com informações da Agência Estado, da Reuters e da EFE
Quantas vezes
Quantas vezes nós pensamos em desistir,
deixar de lado, o ideal e os sonhos;
Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça;
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir;
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas;
Quantas vezes falamos, sem sermos notados;
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota;
Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair, justamente na hora que precisamos parecer fortes;
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz;
E a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor;
E a gente insiste,
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser;
E Deus insiste em nos abençoar,
Em nos mostrar o caminho:
Aquele mais difícil,
mais complicado, mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
por que tem uma missão...
SER FELIZ
deixar de lado, o ideal e os sonhos;
Quantas vezes batemos em retirada, com o coração amargurado pela injustiça;
Quantas vezes sentimos o peso da responsabilidade, sem ter com quem dividir;
Quantas vezes sentimos solidão, mesmo cercados de pessoas;
Quantas vezes falamos, sem sermos notados;
Quantas vezes lutamos por uma causa perdida;
Quantas vezes voltamos para casa com a sensação de derrota;
Quantas vezes aquela lágrima, teima em cair, justamente na hora que precisamos parecer fortes;
Quantas vezes pedimos a Deus um pouco de força, um pouco de luz;
E a resposta vem, seja lá como for, um sorriso, um olhar cúmplice, um cartãozinho, um bilhete, um gesto de amor;
E a gente insiste,
Insiste em prosseguir, em acreditar, em transformar, em dividir, em estar, em ser;
E Deus insiste em nos abençoar,
Em nos mostrar o caminho:
Aquele mais difícil,
mais complicado, mais bonito.
E a gente insiste em seguir,
por que tem uma missão...
SER FELIZ
Assembléia na Carpintaria
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram
que teria que renunciar.
A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo
golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o
parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a
expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os
demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre
média os outros segundo a sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu
trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a
carpintaria ficou novamente só, a assembléia reativou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
- "Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro
trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não
pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes.”
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava
força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e o metro
era preciso e exato.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade.
Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.
Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e
negativa. Ao contrário, quando se busca com sinceridade os pontos
fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.
É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar
qualidades, isto é para os sábios.
Nota (boaspraticasfarmaceuticas):
Como é incrível o quanto esta historia retrata muito fielmente nosso comportamento crítico com relação aos outros.
Como sería-mos mais felizes se ao invés de criticar-mos e sempre sermos os "Experts" em apontar o defeito do outro nós elogiássemos mais as pessoas, mas um elogio sincero todos temos defeitos ,mas todos temos virtudes e muitas delas peculiares...
Semeie palavras que produzam cura, elogie mais!
A melhor forma de encarar as pessoas é procurar enfatizar suas virtudes... porque não há pessoa que não possui pelo menos uma virtude.
Abraço a todos os leitores
Antonio Celso Brandao
4.10.2009
CONTROLE DA QUALIDADE
Controle da Qualidade
O controle de qualidade garante que as atividades do programa ocorram conforme planejado. As atividades de controle da qualidade também poderão descobrir falhas no projeto e, assim, indicar mudanças que poderiam melhorar a qualidade.
No campo da saúde, o objetivo principal do controle da qualidade é garantir que todo prestador de serviços ofereça sempre a mesma boa qualidade a todos os clientes. O controle da qualidade inclui a supervisão e monitoramento cotidianos para confirmar que as atividades estejam sendo realizadas como planejado e que o pessoal de atendimento esteja seguindo as diretrizes. Também inclui a avaliação periódica que mede o progresso obtido para cumprir os objetivos do programa. Um bom controle de qualidade exige que os programas elaborem e mantenham:
• Indicadores mensuráveis de qualidade;
• Coleta e análise de dados nos momentos mais adequados;
• Supervisão eficaz.
Indicadores Mensuráveis de Qualidade
Para avaliar a qualidade dos serviços, os gerentes de programas devem primeiro traduzir seus objetivos de qualidade em indicadores mensuráveis do desempenho dos funcionários e de todo um sistema.
Um sistema integral de controle da qualidade utiliza diferentes tipos de indicadores, cada um deles medindo um aspecto diferente da qualidade e fornecendo informações complementares. Existem muitas maneiras de conceber e definir indicadores. O sistema seguinte foi adaptado pelo Projeto EVALUATION, especificamente para os programas de planejamento familiar:
Os indicadores de insumos determinam se um programa tem os recursos necessários, por exemplo, número de profissionais treinados e um estoque adequado de anticoncepcionais.
• Os indicadores de processos medem até que ponto as atividades do programa estão sendo realizadas. Os exemplos incluem tempo de espera, percentual de profissionais que seguem os procedimentos de prevenção de infecções, e percentual de clientes que sabem quando devem voltar para receber novo suprimento ou fazer um check-up.
• Os indicadores de resultados medem resultados no nível do programa. Entre os exemplos figuram a quantidade de clientes atendidos, o percentual de clientes que recebem um método adequado, os índices de continuidade de uso e o percentual de casos de DST tratados com sucesso.
• Os indicadores de impacto geral medem os efeitos do programa a curto prazo e os impactos de longo prazo sobre a população em geral, por exemplo, a prevalência do uso de anticoncepcionais, a incidência de doenças sexualmente transmissíveis e a taxa de fertilidade.
Os indicadores de insumos há muito são considerados importantes devido à crença de que a falta de recursos explica a baixa qualidade do atendimento de saúde nos países em desenvolvimento.
Apesar disso não ser sempre verdade, recursos inadequados podem freqüentemente comprometer a qualidade do atendimento de saúde, inclusive dos serviços de planejamento familiar.
Os indicadores de processos começaram a atrair a atenção mais recentemente. Eles podem ser usados para destacar problemas que ocorrem na prestação dos serviços e sugerir soluções específicas.
Os gerentes operacionais podem usar os indicadores de processos para monitorar a atividade em suas instalações e orientar a tomada de decisões diária.
Os indicadores de resultados e de impacto geral indicam se as atividades do programa têm impacto sobre os clientes ou o público em geral. Evidentemente, esses indicadores podem ser influenciados por fatores fora do controle do programa, tais como as características sócio-econômicas da clientel. Apesar de as organizações doadoras e ministérios do governo estarem freqüentemente interessados na medição dos resultados, estas medidas são de difícil uso para a melhoria da qualidade: elas podem indicar grandes áreas onde o desempenho não é satisfatório, mas raramente especificam o que deve ser realmente mudad. Por exemplo, um alto índice de falha de anticoncepcionais pode refletir uma seleção inadequada de métodos, orientação insatisfatória, interrupções no fornecimento de anticoncepcionais, técnicas clínicas deficientes ou até uma situação de distúrbio civil. Mas quando se interligam os indicadores de processo e de impacto, os pesquisadores e gerentes podem documentar as mudanças nos serviços que provocam melhorias no impacto geral.
É difícil conceber bons indicadores da qualidade. Os indicadores devem dar informação fidedigna, objetiva e pertinente sobre assuntos de importância; devem ser sensíveis às mudanças de desempenho; e devem ser fáceis de calcular com os dados que estão disponíveis .
Para medir a qualidade é preciso pensar de uma nova forma, levando em consideração as perspectivas dos clientes. Por exemplo, é comum os programas de planejamento familiar medirem os índices de interrupção, ou seja, o número de novas usuárias que deixam de usar um método depois de um tempo determinado, geralmente um ano. Mas, para medir a qualidade, o índice de abandono é um melhor indicador, já que este leva em consideração as razões da cliente para deixar de usar um método qualquer. O índice de abandono é o percentual de novas usuárias que ainda correm risco de engravidar, não querem engravidar e, no entanto, deixaram de usar qualquer tipo de método anticoncepcional. Assim, ele exclui as clientes cujas razões para interromper o uso não refletem a qualidade do serviço, por exemplo, mulheres que já passaram da menopausa, ou que não são mais sexualmente ativas, mulheres cuja gravidez foi planejada, ou ainda aquelas que trocaram de método.
As pesquisas conseguiram progredir muito na definição de indicadores de qualidade para o planejamento familia.
A maioria das novas estratégias se baseia nos seis elementos de qualidade formulados por Bruce e Jain no quadro conceitual da IPPF: Direitos do Cliente e Necessidades do Prestador de Serviços.
O projeto EVALUATION compilou 42 indicadores de insumos e processos e 6 indicadores de resultados relacionados à qualidade em programas clínicos. Esses indicadores são medidos de três pontos de vista diferentes: do gerente, do prestador de serviços e do cliente.
Portanto, a qualidade do atendimento na escolha de um método, por exemplo, pode ser indicada:
Pela gama de métodos anticoncepcionais disponíveis em estoque (decisão administrativa);
• Pelo fato de o prestador de serviços oferecer ou não todos os métodos adequados (desempenho do prestador de serviços), e
• Pelo fato de os clientes receberem ou não seu método preferido (preferência do cliente).
Os gerentes podem decidir que indicadores da qualidade desejam acompanhar, com base nas necessidades do programa e no objetivo do processo de controle da qualidade. Para um acompanhamento de rotina, o Projeto EVALUATION sugere minimizar a carga que representa a coleta e interpretação dos dados, fazendo o acompanhamento de apenas alguns indicadores mais relevantes para o programa.
Em contraste, um sistema integral de credenciamento exige uma longa lista de indicadores. Quando o projeto PROQUALI iniciou seu trabalho de credenciamento de unidades de saúde reprodutiva em centros de saúde no nordeste do Brasil, o primeiro passo foi se informar sobre todos os pontos de vista sobre a qualidade, inclusive os da clínica, do profissional de saúde, dos clientes e da comunidade. Com essa informação, os planejadores elaboraram listas de verificação, tanto internas (para auto-avaliação) como externas (para reconhecimento da qualidade), que cobrem a assistência em saúde reprodutiva, a prevenção de infecções, a comunicação interpessoal e orientação (recursos e práticas), aspectos gerenciais e recursos físicos e materiais. A parte mais difícil do processo de 8 meses foi reduzir a lista a 61 critérios, considerados como o mínimo necessário para monitorar a qualidade em todos os aspectos dos serviços .
Coleta de Dados
A forma mais simples e econômica de monitorar um programa de planejamento familiar é utilizar as fontes existentes de dados, tais como os registros das clínicas, as análises de desempenho no trabalho e as sugestões dos clientes.
Mesmo que o sistema de coleta de dados não tenha sido concebido com medidas de qualidade em mente, é provável que os gerentes possam extrair informação útil deles. Em Gana, por exemplo, os gerentes utilizaram as listas de visitas de acompanhamento marcadas para cada cliente para calcular um indicador importante da qualidade: a proporção de clientes que não voltam na época correta.
Quando os dados existentes não são confiáveis ou relevantes, os gerentes poderão montar novos sistemas de coleta de dados. Para investigar um problema específico, tudo o que se necessita, às vezes, é de enfoque rápido e informal.
Observação direta e clientes disfarçados. Uma forma de avaliar a capacidade clínica e de orientação dos funcionários é observar as consultas e anotar aspectos do trabalho do prestador de serviços em uma lista de verificação. Em uma comparação de três métodos de monitoração adotados em Malaui, as observações resultaram mais confiáveis do que as entrevistas com os prestadores de serviços, além do fato de que as observações podiam coletar informações sobre uma gama muito mais ampla de atividades do que as entrevistas com os clientes.
A observação direta tem outra vantagem: os observadores podem coletar informações sobre o comportamento tanto dos prestadores de serviços como dos clientes, e de como eles interagem.
Lembre-se, porém, que o pessoal se comporta da melhor forma possível na presença de um observador. Para evitar esse tipo de parcialidade, alguns pesquisadores treinaram membros da própria comunidade, que se disfarçam em clientes procurando serviços para observar o comportamento do pessoal de atendimento .
Esses clientes simulados ou "anônimos" podem ser recrutados de grupos que enfrentam problemas especiais com a prestação de serviços (por exemplo, adolescentes ou minorias étnicas) e, assim, verificar como os prestadores de serviços tratam grupos diferentes de clientes. Se bem que o enfoque de cliente disfarçado seja mais freqüentemente usado para fazer avaliações, também pode ser usado para o acompanhamento de rotina.
Contribuições e comentários dos clientes. Como já mencionado, os clientes têm uma perspectiva valiosa sobre a qualidade do atendimento. Primeiro, como membros da comunidade, os clientes podem definir comportamentos culturalmente desejáveis tais como, por exemplo, se os prestadores de serviços devem ou não manter contato visual com os clientes, ou se uma longa espera para o atendimento deve ser vista como um estorvo ou uma oportunidade para a socialização. Em segundo lugar, os clientes geralmente dão maior importância à capacidade de relacionamento pessoal dos profissionais de saúde, ao passo que um observador treinado poderá se concentrar mais no aspecto da competência técnica. Em terceiro lugar, os comentários dos clientes podem indicar se ficaram satisfeitos com os serviços recebidos e se os clientes estão dispostos e são capazes de levar a cabo decisões tomadas durante as consultas. Para medir a satisfação dos clientes, os programas podem solicitar a opinião dos clientes em entrevistas feitas na saída da consulta, realizar discussões de grupos de enfoque, fazer pesquisas de satisfação ou distribuir urnas para receber sugestões por escrito.
As entrevistas feitas assim que os clientes saem da consulta permitem avaliar o desempenho do prestador de serviços. Em estudos que comparam observações de consultas de planejamento familiar e de outras áreas da saúde com entrevistas feitas na saída dos clientes, constatou-se que os clientes relatam de forma precisa tanto as relações pessoais com os prestadores de serviços, como as ações concretas por parte destes, tais como a exibição de painéis multi-páginas para dar orientação ou a pesagem de uma criança.
Auditorias clínicas. Há muito que as auditorias clínicas servem para garantir a qualidade do atendimento médico. Conduzidas pelo próprio pessoal ou por peritos independentes, estas auditorias analisam criticamente os históricos médicos e entrevistam o quadro de pessoal com relação a uma série de casos relacionados. Hospitais da Tanzânia e Moçambique instituíram auditorias periódicas da mortalidade materna e perinatal, durante as quais o pessoal discutiu abertamente as falhas ocorridas, dentro de um ambiente de crítica construtiva e de suporte. Como resultado, os índices de mortalidade diminuíram. No entanto, a abordagem crítica empregada pelas auditorias clínicas pode desmoralizar o pessoal, a não ser que as auditorias sejam conduzidas de forma apropriada (15). Além disso, nos países em desenvolvimento, a qualidade deficiente de muitos registros médicos de rotina pode limitar o impacto das auditorias clínicas.
Inspeções e visitas de credenciamento. Os sistemas de credenciamento e monitoração dependem, geralmente, de supervisores ou equipes de inspeção que visitam um local de serviço e verificam uma ampla lista de indicadores. Eles analisam todo o funcionamento da instalação, inclusive as funções de apoio e o atendimento prestado ao cliente.
Os inspetores poderão detectar um desempenho abaixo do padrão e poderão recompensar o atendimento de nível superior por meio de qualificações mais altas.
Cada vez mais, os países em desenvolvimento estão estabelecendo programas nacionais de credenciamento para administrar a qualidade. A maioria dos programas de credenciamento funcionam no nível hospitalar, mas o Projeto PROQUALI adaptou o enfoque ao nível da atenção primária de saúde no nordeste do Brasil. As equipes estaduais de credenciamento, formadas por profissionais médicos, visitam os centros de saúde reprodutiva participantes a cada 6 a 12 meses. Nos primeiros 14 meses, as classificações de credenciamento nas cinco unidades piloto melhoraram seu valor médio, passando de 13% de atendimento dos critérios de qualidade para 94%. As unidades credenciadas, ou seja, aquelas que se classificaram em 100%, podem exibir um selo de qualidade e são promovidas em campanhas comunitárias.
Os programas de credenciamento e inspeção empregam normalmente inspetores independentes que supostamente são objetivos e têm uma gama abrangente de experiências e conhecimentos. Eles podem reconhecer problemas que os membros de menor conhecimento podem deixar passar. Por outro lado, os especialistas independentes poderão não entender inteiramente a situação local ou ser capazes de ganhar a confiança do pessoal. Por isso, pode acontecer que os funcionários escondam problemas dos inspetores e rejeitem suas recomendações.
Um enfoque alternativo permite que equipes internas formadas por funcionários avaliem suas próprias instalações. Sua familiaridade com a situação local pode ajudá-los a interpretar os dados, ampliar a gama de problemas identificados e sugerir soluções práticas. As avaliações internas também podem dar aos funcionários a sensação de que têm "direitos" sobre os resultados, aumentando a probabilidade de que eles coloquem em prática as recomendações de mudanças.
Reconhecendo que ambos os enfoques são úteis, os especialistas em controle de qualidade vêm acrescentando elementos de auto-avaliação à abordagem mais convencional de inspeção. Por exemplo, um sistema de acompanhamento médico, desenvolvido pela AVSC International, depende dos médicos locais experientes, não só para inspecionar os sistemas de prestação de serviços durante visitas periódicas ao local, mas também para ajudar o processo contínuo de auto-avaliação, COPE.
Avaliação dos colegas e auto-avaliação. Alguns programas tentaram monitorar os provedores de serviços utilizando avaliações feitas pelos colegas e a auto-avaliação. Em Angola, por exemplo, onde uma guerra civil de muitos anos impediu a supervisão regular do pessoal de enfermagem nas clínicas de planejamento familiar da área rural, uma lista de verificação para a auto-avaliação ajudou a manter o senso de direção e propósito entre os membros do pessoal de enfermagem.
Essas técnicas demonstraram ser tanto medidas precisas do desempenho dos provedores de serviços como formas eficazes de retro-alimentação que pode suplementar ou substituir a supervisão externa. A Associação de Parteiras Indonésias comparou a auto-avaliação com a avaliação de colegas feita por parteiras treinadas e com a observação externa. Constatou que os três métodos forneciam informações comparáveis. No entanto, o feedback recebido com a avaliação das colegas levou a ganhos substanciais de desempenho, o que não ocorreu no caso da auto-avaliação ou da observação externa.
Pesquisa operacional. Apesar de a Pesquisa Operacional (PO) ser principalmente uma ferramenta para a solução de problemas ao invés de uma ferramenta para coletar dados, ela pode gerar informações dentro de poucas semanas ou meses sobre a qualidade do funcionamento de um sistema de prestação de serviços .
A PO é normalmente usada uma única vez, para encontrar soluções práticas a problemas específicos da prestação de serviços. Usando diferentes técnicas de pesquisa, os gerentes ou pesquisadores externos avaliam a qualidade atual do atendimento, diagnosticam problemas, testam a viabilidade das diferentes abordagens à prestação de serviços e avaliam seu impacto sobre a qualidade do atendimento .
Estatísticas de serviços e Sistemas de Informação Gerencial (SIG). Os gerentes podem transformar dados coletados rotineiramente sobre os clientes em informação valiosa sobre a qualidade, bastando somar as cifras mensalmente e calcular certos índices ou proporções simples. Com a ajuda de relatórios e gráficos de resumo, podem então analisar tendências e comparar uma instalação com as outras. Se houver uma mudança brusca nas estatísticas de um serviço, isso propicia uma busca para identificar as causas do problema.
Um Sistema de Informação Gerencial (SIG) integral pode custar muito para instalar e ser difícil de manter em operação, sendo que muitos dos SIG atuais coletam poucos dados que refletem a qualidade dos serviços . Alternativamente, estão sendo criados sistemas específicos para monitorar a qualidade. Por exemplo, as coligadas da IPPF na República Dominicana e na Guatemala utilizaram o Sistema Computadorizado de Administração de Clínicas para trazer à tona problemas de qualidade, tais como a curta duração do uso de implantes (104), e para identificar prestadores de serviços com altos índices de complicações ou que não ofereçam uma mescla adequada de métodos.
Análise Situacional e Método de Avaliação Rápida. O enfoque utilizado mais amplamente para avaliar a qualidade de toda uma organização de planejamento familiar é a Análise Situacional, elaborada e administrada pelo Population Counci.
Desde 1989 a Análise Situacional foi colocada em prática ou planejada em 30 países da África, América Latina, Ásia e Oriente Médio.
Em uma Análise Situacional, as equipes de pesquisa treinadas coletam dados de uma amostra representativa de instalações, em cerca de seis semanas. A Análise Situacional padrão inclui observações de consultas, entrevistas com clientes e prestadores de serviços, análise das estatísticas de serviço e levantamento do equipamento e suprimentos.
A Análise Situacional relata o nível da qualidade de funcionamento dos sub-sistemas de um programa e faz recomendações. Mas, freqüentemente, os gerentes de programa não se esforçaram sistematicamente para resolver as debilidades identificadas (12, 253). Em contraste, a Análise Situacional feita em 1991-92 em Burkina Faso resultou na elaboração de planos nacionais de longo prazo para os serviços de planejamento familiar e de saúde materno-infantil, um SIG melhorado, novos currículos de treinamento e materiais de referência sobre orientação, reorganização do fluxo de suprimentos anticoncepcionais às regiões, e muito mais.
A realização de sucessivas Análises Situacionais em um mesmo país é um método que está sendo usado para acompanhar o progresso de um programa na melhoria da qualidade do atendimento. Por exemplo, uma comparação entre as Análises Situacionais de 1989 e 1995 no Quênia permitiu constatar que os métodos anticoncepcionais e materiais de comunicação tinham se tornando mais amplamente disponíveis, e que os clientes estavam recebendo mais informações sobre os métodos. Mas o número e qualidade das visitas de supervisão continuavam baixos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concebeu um enfoque flexível para avaliar a qualidade do atendimento, o desempenho do pessoal empregado nos serviços e a satisfação dos clientes, chamado de Método de Avaliação Rápida (MAR). Apesar do MAR e da Análise Situacional coletarem dados semelhantes, o MAR não tem nenhuma metodologia padronizada de coleta de dados. Ao invés disso, uma equipe MAR de tomadores de decisões, gerentes, instrutores e prestadores de serviços se reúne para levar a cabo a avaliação. Essa equipe decide que problemas e níveis de serviço investigar, concebe instrumentos especiais de coleta de dados e apresenta os resultados a seminários nacionais ou regionais, de onde sai a minuta de um plano de ação.
O MAR já foi utilizado para avaliar programas nacionais de saúde em cinco países. Por exemplo, durante a epidemia de cólera de 1991 na Guatemala, realizou-se um MAR para avaliar a qualidade dos serviços de reidratação oral e de tratamento. A equipe identificou debilidades específicas, tais como erros do provedor de serviços na determinação do nível de desidratação das crianças ou na orientação às mães sobre como alimentar as crianças enfermas. Para responder à situação, foi imediatamente organizado um seminário para aprimorar as habilidades dos prestadores de serviço.
Supervisão
A supervisão eficaz é o elemento unificador do controle da qualidade, porque proporciona aos funcionários operacionais a direção e suporte de que necessitam para aplicar as diretrizes ao seu trabalho diário. Em Níger, o Conselho de Qualidade que supervisionava o Projeto de Garantia de Qualidade de Tahoua transformou as equipes de supervisão em espinha dorsal de todos os esforços regionais e distritais para monitorar e melhorar o atendimento básico de saúde e os serviços de planejamento familia. Mesmo assim, a supervisão continua a ser um dos aspectos mais fracos de muitos programas, pois os supervisores não contam com o tempo, transporte e treinamento para fazer visitas freqüentes, longas e eficazes.
Novas funções e responsabilidades. Os novos enfoques ampliaram e melhoraram o papel do supervisor na administração da qualidade. Nos sistemas convencionais de supervisão, o supervisor cumpre o papel de inspetor, usando listas de verificação para avaliar o desempenho do pessoal. Essas listas podem focalizar a atenção do supervisor nas questões de qualidade, ajudá-los a identificar áreas mais fracas e instá-los a dar um feedback imediato ao pessoal.
No entanto, a função do supervisor pode ultrapassar a inspeção, incluindo o apoio e a orientação do pessoal operacional. Os supervisores podem reduzir os temores dos subordinados e desenvolver relacionamentos de maior confiança. Podem ajudar o pessoal a resolver problemas, ensinar e motivar os profissionais, promover a ligação com a gerência superior e servir como ativistas, por exemplo, ajudando a obter a infra-estrutura, o treinamento e os suprimentos necessários . Ao ver os subordinados como clientes internos, os supervisores promovem um enfoque mais produtivo na supervisão.
Os conceitos de supervisão facilitadora e de supervisão em equipe, defendidos respectivamente pela AVSC International e Family Planning Management Development, colocam em prática esses novos enfoques de supervisão. Ambos vinculam as visitas periódicas do supervisor com os esforços contínuos de auto-melhoria por parte do pessoal clínico. Esses enfoques exigem visitas de supervisão que durem dias ao invés de horas, mas o tempo adicional permite que os supervisores melhorem a qualidade do atendimento e não simplesmente a sua classificação. Se os recursos forem limitados, impedindo esse tipo de supervisão, um membro do quadro de pessoal local poderá assumir as funções de supervisão.
Durante uma visita a uma instalação, o supervisor não só realiza as tarefas usuais de monitoração, ou seja, análise dos registros, percurso da instalação, observação de consultas e entrevistas com clientes, como também conduz uma reunião com o pessoal para discutir áreas que necessitam de melhorias, podendo apresentar aí suas recomendações. Por exemplo, em Honduras, o supervisor e o pessoal assinam um compromisso escrito que identifica quem corrigirá os problemas e quando se deve agir.
Para assumir papéis de maior apoio, os supervisores necessitam de todo o suporte da gerência superior. As organizações devem buscar formas de recompensar os supervisores que levam a sério suas responsabilidade de melhoria da qualidade (
O treinamento é essencial para ensinar aos supervisores as técnicas necessárias de resolução dos problemas, capacidade de ouvir e de aconselhar.
Population Reports is published by the Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health
O controle de qualidade garante que as atividades do programa ocorram conforme planejado. As atividades de controle da qualidade também poderão descobrir falhas no projeto e, assim, indicar mudanças que poderiam melhorar a qualidade.
No campo da saúde, o objetivo principal do controle da qualidade é garantir que todo prestador de serviços ofereça sempre a mesma boa qualidade a todos os clientes. O controle da qualidade inclui a supervisão e monitoramento cotidianos para confirmar que as atividades estejam sendo realizadas como planejado e que o pessoal de atendimento esteja seguindo as diretrizes. Também inclui a avaliação periódica que mede o progresso obtido para cumprir os objetivos do programa. Um bom controle de qualidade exige que os programas elaborem e mantenham:
• Indicadores mensuráveis de qualidade;
• Coleta e análise de dados nos momentos mais adequados;
• Supervisão eficaz.
Indicadores Mensuráveis de Qualidade
Para avaliar a qualidade dos serviços, os gerentes de programas devem primeiro traduzir seus objetivos de qualidade em indicadores mensuráveis do desempenho dos funcionários e de todo um sistema.
Um sistema integral de controle da qualidade utiliza diferentes tipos de indicadores, cada um deles medindo um aspecto diferente da qualidade e fornecendo informações complementares. Existem muitas maneiras de conceber e definir indicadores. O sistema seguinte foi adaptado pelo Projeto EVALUATION, especificamente para os programas de planejamento familiar:
Os indicadores de insumos determinam se um programa tem os recursos necessários, por exemplo, número de profissionais treinados e um estoque adequado de anticoncepcionais.
• Os indicadores de processos medem até que ponto as atividades do programa estão sendo realizadas. Os exemplos incluem tempo de espera, percentual de profissionais que seguem os procedimentos de prevenção de infecções, e percentual de clientes que sabem quando devem voltar para receber novo suprimento ou fazer um check-up.
• Os indicadores de resultados medem resultados no nível do programa. Entre os exemplos figuram a quantidade de clientes atendidos, o percentual de clientes que recebem um método adequado, os índices de continuidade de uso e o percentual de casos de DST tratados com sucesso.
• Os indicadores de impacto geral medem os efeitos do programa a curto prazo e os impactos de longo prazo sobre a população em geral, por exemplo, a prevalência do uso de anticoncepcionais, a incidência de doenças sexualmente transmissíveis e a taxa de fertilidade.
Os indicadores de insumos há muito são considerados importantes devido à crença de que a falta de recursos explica a baixa qualidade do atendimento de saúde nos países em desenvolvimento.
Apesar disso não ser sempre verdade, recursos inadequados podem freqüentemente comprometer a qualidade do atendimento de saúde, inclusive dos serviços de planejamento familiar.
Os indicadores de processos começaram a atrair a atenção mais recentemente. Eles podem ser usados para destacar problemas que ocorrem na prestação dos serviços e sugerir soluções específicas.
Os gerentes operacionais podem usar os indicadores de processos para monitorar a atividade em suas instalações e orientar a tomada de decisões diária.
Os indicadores de resultados e de impacto geral indicam se as atividades do programa têm impacto sobre os clientes ou o público em geral. Evidentemente, esses indicadores podem ser influenciados por fatores fora do controle do programa, tais como as características sócio-econômicas da clientel. Apesar de as organizações doadoras e ministérios do governo estarem freqüentemente interessados na medição dos resultados, estas medidas são de difícil uso para a melhoria da qualidade: elas podem indicar grandes áreas onde o desempenho não é satisfatório, mas raramente especificam o que deve ser realmente mudad. Por exemplo, um alto índice de falha de anticoncepcionais pode refletir uma seleção inadequada de métodos, orientação insatisfatória, interrupções no fornecimento de anticoncepcionais, técnicas clínicas deficientes ou até uma situação de distúrbio civil. Mas quando se interligam os indicadores de processo e de impacto, os pesquisadores e gerentes podem documentar as mudanças nos serviços que provocam melhorias no impacto geral.
É difícil conceber bons indicadores da qualidade. Os indicadores devem dar informação fidedigna, objetiva e pertinente sobre assuntos de importância; devem ser sensíveis às mudanças de desempenho; e devem ser fáceis de calcular com os dados que estão disponíveis .
Para medir a qualidade é preciso pensar de uma nova forma, levando em consideração as perspectivas dos clientes. Por exemplo, é comum os programas de planejamento familiar medirem os índices de interrupção, ou seja, o número de novas usuárias que deixam de usar um método depois de um tempo determinado, geralmente um ano. Mas, para medir a qualidade, o índice de abandono é um melhor indicador, já que este leva em consideração as razões da cliente para deixar de usar um método qualquer. O índice de abandono é o percentual de novas usuárias que ainda correm risco de engravidar, não querem engravidar e, no entanto, deixaram de usar qualquer tipo de método anticoncepcional. Assim, ele exclui as clientes cujas razões para interromper o uso não refletem a qualidade do serviço, por exemplo, mulheres que já passaram da menopausa, ou que não são mais sexualmente ativas, mulheres cuja gravidez foi planejada, ou ainda aquelas que trocaram de método.
As pesquisas conseguiram progredir muito na definição de indicadores de qualidade para o planejamento familia.
A maioria das novas estratégias se baseia nos seis elementos de qualidade formulados por Bruce e Jain no quadro conceitual da IPPF: Direitos do Cliente e Necessidades do Prestador de Serviços.
O projeto EVALUATION compilou 42 indicadores de insumos e processos e 6 indicadores de resultados relacionados à qualidade em programas clínicos. Esses indicadores são medidos de três pontos de vista diferentes: do gerente, do prestador de serviços e do cliente.
Portanto, a qualidade do atendimento na escolha de um método, por exemplo, pode ser indicada:
Pela gama de métodos anticoncepcionais disponíveis em estoque (decisão administrativa);
• Pelo fato de o prestador de serviços oferecer ou não todos os métodos adequados (desempenho do prestador de serviços), e
• Pelo fato de os clientes receberem ou não seu método preferido (preferência do cliente).
Os gerentes podem decidir que indicadores da qualidade desejam acompanhar, com base nas necessidades do programa e no objetivo do processo de controle da qualidade. Para um acompanhamento de rotina, o Projeto EVALUATION sugere minimizar a carga que representa a coleta e interpretação dos dados, fazendo o acompanhamento de apenas alguns indicadores mais relevantes para o programa.
Em contraste, um sistema integral de credenciamento exige uma longa lista de indicadores. Quando o projeto PROQUALI iniciou seu trabalho de credenciamento de unidades de saúde reprodutiva em centros de saúde no nordeste do Brasil, o primeiro passo foi se informar sobre todos os pontos de vista sobre a qualidade, inclusive os da clínica, do profissional de saúde, dos clientes e da comunidade. Com essa informação, os planejadores elaboraram listas de verificação, tanto internas (para auto-avaliação) como externas (para reconhecimento da qualidade), que cobrem a assistência em saúde reprodutiva, a prevenção de infecções, a comunicação interpessoal e orientação (recursos e práticas), aspectos gerenciais e recursos físicos e materiais. A parte mais difícil do processo de 8 meses foi reduzir a lista a 61 critérios, considerados como o mínimo necessário para monitorar a qualidade em todos os aspectos dos serviços .
Coleta de Dados
A forma mais simples e econômica de monitorar um programa de planejamento familiar é utilizar as fontes existentes de dados, tais como os registros das clínicas, as análises de desempenho no trabalho e as sugestões dos clientes.
Mesmo que o sistema de coleta de dados não tenha sido concebido com medidas de qualidade em mente, é provável que os gerentes possam extrair informação útil deles. Em Gana, por exemplo, os gerentes utilizaram as listas de visitas de acompanhamento marcadas para cada cliente para calcular um indicador importante da qualidade: a proporção de clientes que não voltam na época correta.
Quando os dados existentes não são confiáveis ou relevantes, os gerentes poderão montar novos sistemas de coleta de dados. Para investigar um problema específico, tudo o que se necessita, às vezes, é de enfoque rápido e informal.
Observação direta e clientes disfarçados. Uma forma de avaliar a capacidade clínica e de orientação dos funcionários é observar as consultas e anotar aspectos do trabalho do prestador de serviços em uma lista de verificação. Em uma comparação de três métodos de monitoração adotados em Malaui, as observações resultaram mais confiáveis do que as entrevistas com os prestadores de serviços, além do fato de que as observações podiam coletar informações sobre uma gama muito mais ampla de atividades do que as entrevistas com os clientes.
A observação direta tem outra vantagem: os observadores podem coletar informações sobre o comportamento tanto dos prestadores de serviços como dos clientes, e de como eles interagem.
Lembre-se, porém, que o pessoal se comporta da melhor forma possível na presença de um observador. Para evitar esse tipo de parcialidade, alguns pesquisadores treinaram membros da própria comunidade, que se disfarçam em clientes procurando serviços para observar o comportamento do pessoal de atendimento .
Esses clientes simulados ou "anônimos" podem ser recrutados de grupos que enfrentam problemas especiais com a prestação de serviços (por exemplo, adolescentes ou minorias étnicas) e, assim, verificar como os prestadores de serviços tratam grupos diferentes de clientes. Se bem que o enfoque de cliente disfarçado seja mais freqüentemente usado para fazer avaliações, também pode ser usado para o acompanhamento de rotina.
Contribuições e comentários dos clientes. Como já mencionado, os clientes têm uma perspectiva valiosa sobre a qualidade do atendimento. Primeiro, como membros da comunidade, os clientes podem definir comportamentos culturalmente desejáveis tais como, por exemplo, se os prestadores de serviços devem ou não manter contato visual com os clientes, ou se uma longa espera para o atendimento deve ser vista como um estorvo ou uma oportunidade para a socialização. Em segundo lugar, os clientes geralmente dão maior importância à capacidade de relacionamento pessoal dos profissionais de saúde, ao passo que um observador treinado poderá se concentrar mais no aspecto da competência técnica. Em terceiro lugar, os comentários dos clientes podem indicar se ficaram satisfeitos com os serviços recebidos e se os clientes estão dispostos e são capazes de levar a cabo decisões tomadas durante as consultas. Para medir a satisfação dos clientes, os programas podem solicitar a opinião dos clientes em entrevistas feitas na saída da consulta, realizar discussões de grupos de enfoque, fazer pesquisas de satisfação ou distribuir urnas para receber sugestões por escrito.
As entrevistas feitas assim que os clientes saem da consulta permitem avaliar o desempenho do prestador de serviços. Em estudos que comparam observações de consultas de planejamento familiar e de outras áreas da saúde com entrevistas feitas na saída dos clientes, constatou-se que os clientes relatam de forma precisa tanto as relações pessoais com os prestadores de serviços, como as ações concretas por parte destes, tais como a exibição de painéis multi-páginas para dar orientação ou a pesagem de uma criança.
Auditorias clínicas. Há muito que as auditorias clínicas servem para garantir a qualidade do atendimento médico. Conduzidas pelo próprio pessoal ou por peritos independentes, estas auditorias analisam criticamente os históricos médicos e entrevistam o quadro de pessoal com relação a uma série de casos relacionados. Hospitais da Tanzânia e Moçambique instituíram auditorias periódicas da mortalidade materna e perinatal, durante as quais o pessoal discutiu abertamente as falhas ocorridas, dentro de um ambiente de crítica construtiva e de suporte. Como resultado, os índices de mortalidade diminuíram. No entanto, a abordagem crítica empregada pelas auditorias clínicas pode desmoralizar o pessoal, a não ser que as auditorias sejam conduzidas de forma apropriada (15). Além disso, nos países em desenvolvimento, a qualidade deficiente de muitos registros médicos de rotina pode limitar o impacto das auditorias clínicas.
Inspeções e visitas de credenciamento. Os sistemas de credenciamento e monitoração dependem, geralmente, de supervisores ou equipes de inspeção que visitam um local de serviço e verificam uma ampla lista de indicadores. Eles analisam todo o funcionamento da instalação, inclusive as funções de apoio e o atendimento prestado ao cliente.
Os inspetores poderão detectar um desempenho abaixo do padrão e poderão recompensar o atendimento de nível superior por meio de qualificações mais altas.
Cada vez mais, os países em desenvolvimento estão estabelecendo programas nacionais de credenciamento para administrar a qualidade. A maioria dos programas de credenciamento funcionam no nível hospitalar, mas o Projeto PROQUALI adaptou o enfoque ao nível da atenção primária de saúde no nordeste do Brasil. As equipes estaduais de credenciamento, formadas por profissionais médicos, visitam os centros de saúde reprodutiva participantes a cada 6 a 12 meses. Nos primeiros 14 meses, as classificações de credenciamento nas cinco unidades piloto melhoraram seu valor médio, passando de 13% de atendimento dos critérios de qualidade para 94%. As unidades credenciadas, ou seja, aquelas que se classificaram em 100%, podem exibir um selo de qualidade e são promovidas em campanhas comunitárias.
Os programas de credenciamento e inspeção empregam normalmente inspetores independentes que supostamente são objetivos e têm uma gama abrangente de experiências e conhecimentos. Eles podem reconhecer problemas que os membros de menor conhecimento podem deixar passar. Por outro lado, os especialistas independentes poderão não entender inteiramente a situação local ou ser capazes de ganhar a confiança do pessoal. Por isso, pode acontecer que os funcionários escondam problemas dos inspetores e rejeitem suas recomendações.
Um enfoque alternativo permite que equipes internas formadas por funcionários avaliem suas próprias instalações. Sua familiaridade com a situação local pode ajudá-los a interpretar os dados, ampliar a gama de problemas identificados e sugerir soluções práticas. As avaliações internas também podem dar aos funcionários a sensação de que têm "direitos" sobre os resultados, aumentando a probabilidade de que eles coloquem em prática as recomendações de mudanças.
Reconhecendo que ambos os enfoques são úteis, os especialistas em controle de qualidade vêm acrescentando elementos de auto-avaliação à abordagem mais convencional de inspeção. Por exemplo, um sistema de acompanhamento médico, desenvolvido pela AVSC International, depende dos médicos locais experientes, não só para inspecionar os sistemas de prestação de serviços durante visitas periódicas ao local, mas também para ajudar o processo contínuo de auto-avaliação, COPE.
Avaliação dos colegas e auto-avaliação. Alguns programas tentaram monitorar os provedores de serviços utilizando avaliações feitas pelos colegas e a auto-avaliação. Em Angola, por exemplo, onde uma guerra civil de muitos anos impediu a supervisão regular do pessoal de enfermagem nas clínicas de planejamento familiar da área rural, uma lista de verificação para a auto-avaliação ajudou a manter o senso de direção e propósito entre os membros do pessoal de enfermagem.
Essas técnicas demonstraram ser tanto medidas precisas do desempenho dos provedores de serviços como formas eficazes de retro-alimentação que pode suplementar ou substituir a supervisão externa. A Associação de Parteiras Indonésias comparou a auto-avaliação com a avaliação de colegas feita por parteiras treinadas e com a observação externa. Constatou que os três métodos forneciam informações comparáveis. No entanto, o feedback recebido com a avaliação das colegas levou a ganhos substanciais de desempenho, o que não ocorreu no caso da auto-avaliação ou da observação externa.
Pesquisa operacional. Apesar de a Pesquisa Operacional (PO) ser principalmente uma ferramenta para a solução de problemas ao invés de uma ferramenta para coletar dados, ela pode gerar informações dentro de poucas semanas ou meses sobre a qualidade do funcionamento de um sistema de prestação de serviços .
A PO é normalmente usada uma única vez, para encontrar soluções práticas a problemas específicos da prestação de serviços. Usando diferentes técnicas de pesquisa, os gerentes ou pesquisadores externos avaliam a qualidade atual do atendimento, diagnosticam problemas, testam a viabilidade das diferentes abordagens à prestação de serviços e avaliam seu impacto sobre a qualidade do atendimento .
Estatísticas de serviços e Sistemas de Informação Gerencial (SIG). Os gerentes podem transformar dados coletados rotineiramente sobre os clientes em informação valiosa sobre a qualidade, bastando somar as cifras mensalmente e calcular certos índices ou proporções simples. Com a ajuda de relatórios e gráficos de resumo, podem então analisar tendências e comparar uma instalação com as outras. Se houver uma mudança brusca nas estatísticas de um serviço, isso propicia uma busca para identificar as causas do problema.
Um Sistema de Informação Gerencial (SIG) integral pode custar muito para instalar e ser difícil de manter em operação, sendo que muitos dos SIG atuais coletam poucos dados que refletem a qualidade dos serviços . Alternativamente, estão sendo criados sistemas específicos para monitorar a qualidade. Por exemplo, as coligadas da IPPF na República Dominicana e na Guatemala utilizaram o Sistema Computadorizado de Administração de Clínicas para trazer à tona problemas de qualidade, tais como a curta duração do uso de implantes (104), e para identificar prestadores de serviços com altos índices de complicações ou que não ofereçam uma mescla adequada de métodos.
Análise Situacional e Método de Avaliação Rápida. O enfoque utilizado mais amplamente para avaliar a qualidade de toda uma organização de planejamento familiar é a Análise Situacional, elaborada e administrada pelo Population Counci.
Desde 1989 a Análise Situacional foi colocada em prática ou planejada em 30 países da África, América Latina, Ásia e Oriente Médio.
Em uma Análise Situacional, as equipes de pesquisa treinadas coletam dados de uma amostra representativa de instalações, em cerca de seis semanas. A Análise Situacional padrão inclui observações de consultas, entrevistas com clientes e prestadores de serviços, análise das estatísticas de serviço e levantamento do equipamento e suprimentos.
A Análise Situacional relata o nível da qualidade de funcionamento dos sub-sistemas de um programa e faz recomendações. Mas, freqüentemente, os gerentes de programa não se esforçaram sistematicamente para resolver as debilidades identificadas (12, 253). Em contraste, a Análise Situacional feita em 1991-92 em Burkina Faso resultou na elaboração de planos nacionais de longo prazo para os serviços de planejamento familiar e de saúde materno-infantil, um SIG melhorado, novos currículos de treinamento e materiais de referência sobre orientação, reorganização do fluxo de suprimentos anticoncepcionais às regiões, e muito mais.
A realização de sucessivas Análises Situacionais em um mesmo país é um método que está sendo usado para acompanhar o progresso de um programa na melhoria da qualidade do atendimento. Por exemplo, uma comparação entre as Análises Situacionais de 1989 e 1995 no Quênia permitiu constatar que os métodos anticoncepcionais e materiais de comunicação tinham se tornando mais amplamente disponíveis, e que os clientes estavam recebendo mais informações sobre os métodos. Mas o número e qualidade das visitas de supervisão continuavam baixos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) concebeu um enfoque flexível para avaliar a qualidade do atendimento, o desempenho do pessoal empregado nos serviços e a satisfação dos clientes, chamado de Método de Avaliação Rápida (MAR). Apesar do MAR e da Análise Situacional coletarem dados semelhantes, o MAR não tem nenhuma metodologia padronizada de coleta de dados. Ao invés disso, uma equipe MAR de tomadores de decisões, gerentes, instrutores e prestadores de serviços se reúne para levar a cabo a avaliação. Essa equipe decide que problemas e níveis de serviço investigar, concebe instrumentos especiais de coleta de dados e apresenta os resultados a seminários nacionais ou regionais, de onde sai a minuta de um plano de ação.
O MAR já foi utilizado para avaliar programas nacionais de saúde em cinco países. Por exemplo, durante a epidemia de cólera de 1991 na Guatemala, realizou-se um MAR para avaliar a qualidade dos serviços de reidratação oral e de tratamento. A equipe identificou debilidades específicas, tais como erros do provedor de serviços na determinação do nível de desidratação das crianças ou na orientação às mães sobre como alimentar as crianças enfermas. Para responder à situação, foi imediatamente organizado um seminário para aprimorar as habilidades dos prestadores de serviço.
Supervisão
A supervisão eficaz é o elemento unificador do controle da qualidade, porque proporciona aos funcionários operacionais a direção e suporte de que necessitam para aplicar as diretrizes ao seu trabalho diário. Em Níger, o Conselho de Qualidade que supervisionava o Projeto de Garantia de Qualidade de Tahoua transformou as equipes de supervisão em espinha dorsal de todos os esforços regionais e distritais para monitorar e melhorar o atendimento básico de saúde e os serviços de planejamento familia. Mesmo assim, a supervisão continua a ser um dos aspectos mais fracos de muitos programas, pois os supervisores não contam com o tempo, transporte e treinamento para fazer visitas freqüentes, longas e eficazes.
Novas funções e responsabilidades. Os novos enfoques ampliaram e melhoraram o papel do supervisor na administração da qualidade. Nos sistemas convencionais de supervisão, o supervisor cumpre o papel de inspetor, usando listas de verificação para avaliar o desempenho do pessoal. Essas listas podem focalizar a atenção do supervisor nas questões de qualidade, ajudá-los a identificar áreas mais fracas e instá-los a dar um feedback imediato ao pessoal.
No entanto, a função do supervisor pode ultrapassar a inspeção, incluindo o apoio e a orientação do pessoal operacional. Os supervisores podem reduzir os temores dos subordinados e desenvolver relacionamentos de maior confiança. Podem ajudar o pessoal a resolver problemas, ensinar e motivar os profissionais, promover a ligação com a gerência superior e servir como ativistas, por exemplo, ajudando a obter a infra-estrutura, o treinamento e os suprimentos necessários . Ao ver os subordinados como clientes internos, os supervisores promovem um enfoque mais produtivo na supervisão.
Os conceitos de supervisão facilitadora e de supervisão em equipe, defendidos respectivamente pela AVSC International e Family Planning Management Development, colocam em prática esses novos enfoques de supervisão. Ambos vinculam as visitas periódicas do supervisor com os esforços contínuos de auto-melhoria por parte do pessoal clínico. Esses enfoques exigem visitas de supervisão que durem dias ao invés de horas, mas o tempo adicional permite que os supervisores melhorem a qualidade do atendimento e não simplesmente a sua classificação. Se os recursos forem limitados, impedindo esse tipo de supervisão, um membro do quadro de pessoal local poderá assumir as funções de supervisão.
Durante uma visita a uma instalação, o supervisor não só realiza as tarefas usuais de monitoração, ou seja, análise dos registros, percurso da instalação, observação de consultas e entrevistas com clientes, como também conduz uma reunião com o pessoal para discutir áreas que necessitam de melhorias, podendo apresentar aí suas recomendações. Por exemplo, em Honduras, o supervisor e o pessoal assinam um compromisso escrito que identifica quem corrigirá os problemas e quando se deve agir.
Para assumir papéis de maior apoio, os supervisores necessitam de todo o suporte da gerência superior. As organizações devem buscar formas de recompensar os supervisores que levam a sério suas responsabilidade de melhoria da qualidade (
O treinamento é essencial para ensinar aos supervisores as técnicas necessárias de resolução dos problemas, capacidade de ouvir e de aconselhar.
Population Reports is published by the Population Information Program, Center for Communication Programs, The Johns Hopkins School of Public Health
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