4.11.2009

Gestão por competências


Até que ponto líderes e liderados estão preparados para os desafios que este novo modelo requer?

Há um grande descompasso entre as atuais práticas de gestão e as necessidades das modernas organizações e das pessoas.

As organizações começam a se voltar para a implantação de modelos de gestão por competências. Até que ponto líderes e liderados estão preparados para os desafios que este novo modelo requer?

Há um grande descompasso entre as atuais práticas de gestão e as necessidades das modernas organizações e das pessoas. Gerir pessoas ainda é uma função atribuída à equipe de RH.

Apesar das grandes transformações dos últimos vinte anos, é muito comum encontrar profissionais com cargo de chefia que ainda não perceberam que a gestão de pessoas é uma das maiores competências do líder.

A forma de gerir pessoas ainda tem fortes reflexos dos modelos mecanicistas de administração e os empregados ainda são remunerados pelo título do cargo e não pelas suas competências.

O modelo tradicional de administração de RH condicionou chefias e empregados a uma atuação passiva e reativa, em que o papel principal da gestão de RH é o de ajuste comportamental do homem à organização e, sob esta perspectiva, as pessoas são vistas como “recursos”, geridos como os demais fatores da empresa.

Este modelo produz um contexto onde os gerentes não se envolvem no processo de formação de suas equipes, não participam e nem direcionam o desenvolvimento das pessoas e, do outro lado, empregados que entendem que o seu crescimento na carreira é responsabilidade única e exclusiva da empresa.

Como passar a atuar em um movo cenário em que a proatividade, o empreendedorismo e a auto-gestão são a “bola da vez” ?

Competência organizacional “é o patrimônio de conhecimento que confere vantagens competitivas à organização” e competência individual “é a capacidade da pessoa de agregar valor ao patrimônio de conhecimentos da organização”.

As empresas estão sendo cada vez mais pressionadas pelo ambiente interno e externo para encontrar novos caminhos orientados para o desenvolvimento mútuo – pessoas e organização.

Percorrer esses novos caminhos exige abrir mão do velho jeito de caminhar e também das velhas ferramentas utilizadas até então. Será preciso aprender um jeito novo de mobilizar-se e de mobilizar as pessoas em busca de um objetivo comum.

É preciso colocar nesse novo caminho algumas “placas indicativas” que indiquem clareza das regras, transparência nas ações e demais valores, que possam ser uma ponte que permita a integração entre as competências individuais e as competências da organização.

Há que se colocar também na bagagem para trilhar esse novo caminho um bom suprimento de flexibilidade, interesse em aprender, em colaborar e favorecer o crescimento do outro. O momento é de aprendizagem,treinamento, de revisão de valores, de perceber que há novas formas de se atingir resultados.

É o momento de começar a valorizar o conhecimento, que possui uma qualidade pessoal, nascida do aprendizado experimentado de como fazer as coisas acontecerem.

É o momento de criar um ambiente em que a pessoas se sintam integramente mobilizadas a colocar todo o seu potencial criativo, a sua inteligência, a sua intuição e capacidades de realização para gerar vantagens competitivas para a organização, a partir do entendimento básico de que o crescimento da empresa está associado ao seu crescimento pessoal.

Enquanto hão houver essa clareza de propósitos e de resultados, a intenção de se implantar gestão por competências precisa ser seriamente repensada.

Texto: Denide Pereira Santos

Um comentário:

Antonio Celso da Costa Brandão disse...

Gestão de Pessoas Home
Thompson Cysneiros
Marcela Brito
Rhute Filgueiras



Muito se tem publicado sobre Gestão por Competências, porém uma área específica e de grande importância para as Organizações, ficou esquecida, de modo que este artigo tem o objetivo de atender aos Selecionadores de Talentos Humanos apresentando as técnicas e ferramentas mais atualizadas do mercado, e que podem ser utilizadas para qualquer cargo, do operacional ao executivo.

A Seleção por Competências tem como benefício, a objetividade e o foco que outras metodologias de Seleção não oferecem.

Uma construção, para ser edificada com segurança, precisa ter uma base sólida e bem planejada, assim acontece com esta metodologia, cuja base é o Perfil de Competências.

O primeiro passo da metodologia é a construção de um Mapeamento de Competências, isto é, o Perfil de Competências (PC) do cargo ou função. Caso o perfil já exista, deverá ser atualizado, consultando área requisitante, clientes internos, etc. A metodologia mostra o passo a passo para obter um perfil consistente, atualizado e detalhado, chegando às competências imprescindíveis para o cargo através de indicadores de Competências, dispensando todas as “achologias” e “achômetros” muitas vezes utilizadas para montar um perfil inconsistente.

Com base no Perfil de Competências (PC) é possível elaborar a Entrevista Comportamental e os Jogos com foco em Competências que são as duas ferramentas propostas pela metodologia.

A Entrevista Comportamental é uma entrevista personalizada. Cada PC gera uma entrevista específica. Nesta entrevista não se recomendam as perguntas hipotéticas, fechadas, de múltipla escolha, indutivas, etc. Não interessa saber como o candidato resolveria, solucionaria, administraria, nenhuma situação.

Perguntas tais como:
“Me fale sobre você”
“Fale três características suas positivas e três negativas”
“O que gostaria de fazer daqui a dois anos, cinco anos, dez anos”
“Como você agiria se fosse seu líder?”
“O que você faria se tivesse uma incompatibilidade com seu subordinado?”

Grande parte dos candidatos já vai para as entrevistas com respostas prontas para este tipo de pergunta, e quando encontra um profissional de seleção que se utiliza de “Perguntas Comportamentais com foco em Competências”, muda toda a dinâmica da entrevista e este profissional tem oportunidades muito maiores de conhecer mais profundamente o comportamento do candidato, fazendo “Perguntas abertas específicas, com verbos de ação no passado”, isto é investigando comportamentos passados em situações específicas da função, perguntas comportamentais que o ajudarão a investigar a presença ou ausência de competências específicas do PC no comportamento do candidato. No livro “Seleção por Competências” temos uma grande relação de competências, com seus indicadores e perguntas comportamentais que ajudará o “Caça Talentos” a absorver com muita facilidade a metodologia e implantar na sua empresa, independente da empresa ter ou não implantado Gestão por Competências.

Os Jogos com foco em Competências são criados ou escolhidos criteriosamente para observar a presença ou ausência de Competências do PC, no comportamento presente do candidato.

No jogo as pessoas reproduzem comportamentos do dia-a-dia, até mesmo sem perceber. Por isso é uma poderosa e preciosa ferramenta de observação de comportamentos no processo de Seleção de Pessoal. É claro que deve ser usada seguindo critérios rigorosos, sem os quais perderia sua eficácia.

Esta fase do processo seletivo conta com participação do requisitante como observador, e o livro deixa bem clara, a participação da área requisitante em todo o processo seletivo para que os objetivos sejam alcançados em conjunto, e que a responsabilidade de uma seleção bem planejada e realizada é da parceria entre área de Seleção e área requisitante. Veja no livro os mandamentos do requisitante.

Algumas vantagens da Seleção por Competências:

Seleção feita com mais foco, mais objetividade e por um processo sistemático.
Maior facilidade para prever o desempenho futuro.
Maior garantia de uma contratação de sucesso.
Boa adequação do profissional à empresa e à atividade a ser desempenhada » Turnover mais baixo e melhora na produtividade
Evita prejuízos com reabertura de processos seletivos e com funcionários ineficientes.
Diminui a influência de opiniões, sentimentos ou preconceitos dos selecionadores.
O candidato tende a não mentir, pois deve citar um fato que realmente ocorreu.
Fornece dados concretos sobre desempenho do candidato, facilitando o feedback para o candidato.
Fortalece a parceria entre área requisitante e área de Seleção
A área de Seleção ganha maior credibilidade junto aos seus clientes requisitantes.
A área de Seleção faz um marketing positivo da empresa junto aos candidatos, passando uma imagem de profissionalismo, ética e respeito pelo ser humano.


Tendo em vista a ênfase dada pela metodologia na parceria entre Seleção e Requisitantes, o livro é indicado não somente para área de Seleção e Recursos Humanos, mas para toda liderança que desempenha o papel de requisitante de vagas junto à área de seleção da Organização.

Gestão por Competências

Marcela Brito

A gestão por competências é uma metodologia de orientação empresarial, voltada para o desenvolvimento dos profissionais. A correta avaliação desta gestão na organização dá uma visão clara de quais competências devem ser desenvolvidas, quando e porque, alinhando as ações de RH à realidade e planejamento da empresa. O Conceito de Competências surgiu porque os instrumentos tradicionais de avaliação de pessoas não davam o apoio necessário para que as decisões do RH tivessem agilidade necessária no planejamento e gestão estratégicos da empresa.

Alguns objetivos da gestão por competências é entender quais são as competências organizacionais para o sucesso empresarial, detalhar em termos de competências profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários. Trata-se de uma gestão focada nos negócios, em resultados, no mercado e no desenvolvimento profissional.

Apesar das grandes transformações, é muito comum encontrar profissionais que ainda não perceberam que a gestão de pessoas é uma das maiores competências de um líder. Portanto torna-se importante desenvolver os conhecimentos, as habilidades e as atitudes do público interno e mostrar às empresas as competências de seus profissionais e equipes. E baseado nesta realidade estruturar um plano de ação priorizando treinamento e desenvolvimento nas áreas que estão carentes de resultados.

A organização terá como resultados a melhor utilização das competências internas e a transparência da necessidade de desenvolvimento por parte dos colaboradores para o seu crescimento e sucesso de todos.