Homem foi baleado na Vila do Pinheiro e morreu. Moradores dizem que ele foi vítima de bala perdida e protestam
Francisco Edson Alves
e Tiago Frederico
Rio - Um homem foi baleado e morto na manhã
deste sábado na Vila do Pinheiro, Complexo da Maré, Zona Norte da
cidade. O homem, de cerca de 20 anos e conhecido como 'Parazinho' foi
morto com um tiro no tórax. Segundo as Forças de Pacificação, o homem
tentou escapar de uma patrulha e foi morto numa troca de tiros. Os
moradores, contudo, dizem que ele foi atingido por uma bala perdida
durante confronto entre militares e um grupo de bandidos.
De acordo com a Força de Pacificação,
por volta das 8h, dois homens tentaram fugir de uma patrulha
motorizada. Em seguida, eles foram abordados e começaram a atirar. Os
militares revidaram.Ainda segundo os militares,. um jovem identificado
apenas como Jeferson, 20 anos, foi atingido e outro conseguiu fugir,
levando as armas. Com ele, foram encontrados um rádio comunicador e três
cartuchos calibre 9 mm. O rapaz, segundo moradores, trabalhava em um
lava-jato e era conhecido por “Parazinho".
Os militares relataram terem prestado
os primeiros socorros ao ferido e acionaram o serviço do Samu, mas
segundo eles, o rapaz não resistiu e morreu no local. A perícia chegou
ao local por volta das 10h30min da manhã. Por volta das 9h40, o rabecão
chegou ao local para retirar o corpo, mas foi obrigado a aguardar a
perícia.
Segundo moradores, um carro passou
pela patrulha da Força de Pacificação e não parou. Os militares
dispararam contra o veículo e um dos disparos acertou o rapaz.
Esta é a primeira morte registrada no Complexo da Maré em confronto desde a chegada das Forças de Pacificação.
De acordo com a Força de Pacificação, enquanto a tropa aguardava no local, houve um tumulto com alguns populares.
Revoltados com a morte, moradores da
comunidade chegaram a fechar parcialmente a Avenida Brasil, no sentido
Zona Oeste, mas foram dispersados pela polícia. Após, seguiram para a
Linha Amarela, onde colocaram barricadas e atearam fogo, interditando
uma faixa da pista sentido Barra da Tijuca.
Os militares dispersaram os
manifestantes, que seguiram para a Linha Vermelha, onde fecharam duas
faixas da pista sentido Centro. Eles foram novamente dispersados pela
polícia. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, não há mais
interdições na Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela.
Esta é a segunda morte no Complexo da Maré, desde que começou o processo de pacificação.
No dia 30 de março, o adolescente de 15 anos Vinícius Guimarães foi
morto durante uma confusão na Rua Evanildo Alves, após ser baleado por
um traficante conhecido como Caveirinha. Outros dois adolescentes
ficaram feridos na confusão entre jovens das favelas Nova Holanda e
Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré.
Sobremesa com sabor de champagne tem 25 mg do medicamento por colher
O Dia
Inglaterra - Um sorveteiro britânico
inventou uma nova sobremesa que pode ajudar os homens que sofrem de
disfunção erétil. Charlie Harry Francis criou o sorvete de Viagra. O
sabor inusitado contem aproximadamente 25 mg de Viagra por colher.
Charlie criou a iguaria como um
pedido específico de uma celebridade, que é cliente de sua empresa de
sorvetes. A sobremesa, além do ingrediente especial, tem sabor de
champagne para compor a receita, disse o sorveteiro ao jornal Daily
Mail.
O sorveteiro disse que a criação foi
feita sob um acordo confidencial, e ele não pode revelar o nome do
cliente, mas contou que o pedido foi especialmente para uma festa "Eu
posso dizer que foi para uma festa, e que eles ficaram muito felizes com
o resultado final, e que eu fiz a 'quantidade necessária'.
Francis, que ficou conhecido por ter inventado,
no ano passado, o primeiro sorvete do mundo que brilha no escuro, a
partir de uma proteína de uma água-viva luminosa, confessou que apesar
de se divertir com a criação do sorvete de Viagra, ficou constrangido ao
ter que procurar pelo medicamento.
Seja pela correria da vida profissional ou por outros objetivos, a realidade é que a maioria das mulheres adia a maternidade.
Um levantamento inédito, elaborado pela Orizon, constata que uma
em cada quatro grávidas está acima dos 35 anos. O estudo foi feito com
38.524 gestantes, que tiveram filhos ao longo do ano passado e revelou
que 23,5% das gestantes estão acima dos 35 anos, 32% entre 30 e 34 anos,
41,5% entre 20 e 29 anos e apenas 3% abaixo dos 19 anos. Segundo o trabalho, as cesarianas (89%) são muito mais frequentes do
que os partos normais (11%), mas a incidência do parto natural é mais
prevalente na faixa etária entre 20 e 29 anos com 44% do total, entre 30
e 34 anos é de 31% e acima dos 35 anos de 22%. Já no caso das
cesarianas, as porcentagens ficam um pouco mais próximas: 39%, entre 20 e
29 anos, 33% entre 30 e 34 anos e 25% acima dos 35 anos. Segundo outro estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo, na década
de 70, apenas 5,5% das gestantes estavam acima dos 35 anos. Para
médicos ginecologistas e obstetras, o ideal, do ponto de vista anatômico
e funcional e da fisiologia do aparelho reprodutor feminino, é uma
gravidez entre os 20 e 29 anos. A partir dos 35 anos já representa uma gestação de alto risco, com
maior possibilidade de ter um filho com Síndrome de Down, maior
incidência de hipertensão e diabetes, além de outras doenças
pré-existentes. "O estudo constata uma mudança de comportamento da mulher nos últimos
40 anos que, ao conquistar espaço no mercado de trabalho, passou a
adiar a gravidez. Para gerentes de RH, administradores de carteiras de
saúde, é um dado essencial para o planejamento, ações de prevenção e
orientações de cuidados que a mulher deve ter ao optar pela gravidez
mais tardia", completa o superintendente de Negócios Corporate da
Orizon, Leopoldo Veras da Rocha.
Brasileiras engravidam menos e cada vez mais tarde, diz IBGE
Taxa de fecundidade no país caiu quase 22% em um década. Maior acesso da mulher ao mercado de trabalho é uma das explicações
Paola CarrielAs brasileiras estão tendo menos filhos e engravidando cada vez
mais tarde, segundo os novos dados do Censo 2010 divulgados ontem pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de
fecundidade no país caiu 21,9% na última década. Em 2000, a média de
filhos por mulher era de 2,38. No ano passado, baixou para 1,86. A idade
da primeira gestação também teve alteração. Há dez anos, metade das
gestantes engravidava antes dos 24 anos e, em 2010, esse porcentual caiu
para 45%. O número de mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos passou de 27,5% para 31,3%, um aumento de 14%.
491 mil brasileiros moram no exterior O Censo 2010 revela que existem 491 mil brasileiros morando em 193
países ao redor do mundo. Esta é a primeira vez que o IBGE realiza esse
tipo de levantamento, que aponta os Estados Unidos como principal
destino dos emigrados. Os dados demonstram que há 45,8 mil paranaenses
vivendo no exterior. Em primeiro lugar como principal destino dos paranaenses também está
os EUA, com 7,6 mil emigrantes. O segundo lugar fica com o Japão (7.019)
e em terceiro aparece Portugal (6.331). Espanha, Reino Unido, Itália e
Paraguai aparecem em seguida. Segundo o chefe do IBGE no Paraná, Sinval
Dias dos Santos, as principais razões para a migração são a busca por
melhores oportunidades de trabalho e estudo. As Regiões Noroeste e Norte
são as que mais “exportam” moradores para o exterior. O órgão não
perguntou se os migrantes eram legais ou ilegais. A emigração foi um dos fatores que incentivou a redução do ritmo de
crescimento populacional do estado. A média de crescimento do Brasil
ficou em 1,17 ao ano enquanto o Paraná teve 0,89. Além de perder
moradores para outros países, o Paraná também perde população para Santa
Catarina, em função do crescimento industrial do interior catarinense.
Triplica o total de casas com computador
Folhapress O número de residências com computadores no Brasil triplicou em dez
anos, aponta o IBGE. Segundo o instituto, o porcentual de
domicílios brasileiros com computador saltou de 10,6%, em 2000, para
38,3% em 2010. Ao todo, quase 22 milhões de domicílios tinham
computador em 2010, sendo 80% deles com acesso à internet. O IBGE afirma
que o computador foi o bem durável que teve o maior crescimento de
presença nos domicílios. O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior número de
domicílios com computador: 63% do total. Em segundo lugar vem São Paulo
(53%), seguido por Santa Catarina (50%) e Rio de Janeiro (49%).
Maranhão (13%) e Piauí (15%) são os estados com menos computadores nas
residências. Entre todos os bens duráveis, apenas a presença do rádio
caiu, de 87,9%, em 2000, para 81,4%, em 2010. O IBGE também aponta que, em 2010, 47,1% das residências tinham
apenas telefone celular. O número de domicílios apenas com telefone fixo
é muito menor: 4,7%. Segundo o levantamento, 36,1% dos domicílios
tinham, em 2010, tanto telefone fixo quanto celular. O questionário do
IBGE foi aplicado em 11% do total de domicílios do país (6.192.332, em
números absolutos).
Morte de homens jovens no Paraná é alarmante
O Paraná aparece entre os estados brasileiros com proporção mais
alarmante de mortes de rapazes de 20 a 24 anos em relação ao óbito de
mulheres da mesma idade. A média nacional nesta faixa etária é de 421
mortes de homens para cada 100 mortes de mulheres – no Paraná chega a
481 casos. O estado fica a frente apenas de Alagoas, Paraíba e Sergipe. Leia a matéria completa
As regiões Norte e Nordeste foram as que mais tiveram redução
da fecundidade, com quedas de 23,5% e 25,2%, respectivamente. Apesar
disso, o Sudeste ainda é a região que tem a menor taxa, com média de
1,66 filho por mulher, enquanto no Norte a média é de 2,42 – a maior do
país. No ranking dos estados, o “campeão” é o Acre, com 2,77, e o Rio de
Janeiro aparece em último lugar, com 1,62. No Paraná, a média é de 1,88
– uma queda de 19% nos últimos dez anos. Outra mudança nos arranjos familiares apontada pelo IBGE é o aumento
de uniões consensuais. Enquanto o número de casamentos religiosos e
civis teve uma redução de 13%, o número de casais “informais” aumentou
quase 30%. Passou de 28,6% em 2000 para 36,4% em 2010. Planejamento A principal explicação para a diminuição do número de filhos entre as
mulheres brasileiras é a ampliação do planejamento familiar. Professor
de Geografia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Tony Moreira
Sampaio explica que a tendência de queda vem sendo observada nas últimas
décadas e ocorre também em outros países em desenvolvimento. Com mais acesso à educação e progressiva participação no mercado de
trabalho, as brasileiras estão planejando o tempo certo para a gravidez e
o número de filhos. Apesar de haver propensão à queda em todas as
classes sociais, ainda há diferenças entre mulheres pobres e ricas.
Sampaio argumenta que o controle populacional ocorreu de forma gradual
no país, mas não teve a influência direta do Estado, como na China, por
exemplo, onde o governo impôs taxas para pais que têm mais de um filho. Segundo o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB),
Carlos Alberto Ramos afirma que o Brasil vai precisar se preparar para
estas mudanças populacionais. “Neste momento o país vive o ‘bônus’
porque há crescimento da população economicamente ativa e haverá menos
demanda em setores como educação”, explica. “Mas no futuro existirão
outros desafios, como maiores investimentos em saúde e previdência.”
Ramos lembra que já há países na Europa com dificuldades de “repor” a
população em função das baixas taxas de fecundidade. O aumento de renda e escolaridade também tem impacto direto no número
de filhos, fator também relacionado ao mercado de trabalho e a questões
culturais. “Se antes o projeto de vida das mulheres era casar e ter
filhos, hoje há novas configurações”, diz a socióloga e professora da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Samira Kauchakje. Ela afirma
que há uma mudança em vigor desde os anos 50 em todo o mundo, que
repercute inclusive na forma de união com o parceiro. Desigualdade social cai, mas ainda é alta Mesmo com a retirada de 28 milhões de pessoas da pobreza na última
década, o Brasil ainda é um dos campeões do mundo em desigualdade. Os
mais ricos do país têm renda 39 vezes maior que os mais pobres. Em
nações desenvolvidas essa diferença fica abaixo de dez. O índice de Gini – medida usada para quantificar a desigualdade de
renda – no Brasil é de 0,53, o que coloca o país entre os dez mais
“desproporcionais”. Na Noruega, o índice é de apenas 0,25 e não existem
grandes discrepâncias de ganhos entre ricos e “pobres”. Os 10% dos
brasileiros mais ricos concentram 44% de todo o rendimento do país,
enquanto os 10% mais pobres ficam com apenas 1,1%. As diferenças de
renda ocorrem também entre grupos populacionais. Homens ganham em média
R$ 1.457 por mês e mulheres R$ 1.021. Os brancos têm rendimento médio de
R$ 1.400 e pardos de R$ 853. Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no
Paraná (Ibef-PR), Luiz Antonio Giacomassi Cavet explica que a diminuição
da desigualdade não está apenas relacionada ao aumento da renda e
oportunidades de trabalho. “Há diferenças significativas no acesso à
saúde e à educação. Igualar a renda significa também igualar a qualidade
de vida”, diz.
* * * * *
Aprenda a tirar proveito dos shakes e não o transforme em um vilão de sua saúde.
Os shakes se tornaram uma opção para quem busca perder peso. Os
produtos, que viraram moda, prometem emagrecimento rápido e saudável, e
visam a substituir as refeições diárias. Porém, as substâncias contidas
nestes preparados podem oferecer riscos à saúde. O Dr. João Eduardo Nunes Salles, professor da disciplina de
Endocrinologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São
Paulo, afirma que o emagrecimento prometido pelas bebidas pode vir
acompanhado da redução de nutrientes, minerais e vitaminas importantes
para o corpo. “Devido à falta de substâncias, o consumo do shake pode causar
desnutrição e a perda, não só de massa gorda, mas também da massa
muscular. Existem muitos produtos no mercado que não contemplam os
macronutrientes, compostos por carboidratos, proteínas e gorduras. Além
disso, eles podem ocasionar diminuição dos micronutrientes, que são as
vitaminas e os minerais”, declara. Segundo o especialista, esses nutrientes não podem ser suspensos ou
substituídos da dieta. Para ele, os shakes constituem uma opção de perda
de peso, desde que não sejam, exclusivamente, o único plano alimentar. “Antes de consumir o produto, o indivíduo deve verificar quais são os
componentes dessa bebida e se a mesma oferece as substâncias
necessárias para o corpo humano. Outra questão é que ela não deve
substituir todas as refeições. O interessante é substituir, no máximo,
uma refeição. Afinal, uma dieta saudável não deixa de lado a pirâmide
alimentar”, explica. A pirâmide alimentar é composta por: • Carboidratos - pães, massas, arroz, batata, cereais, entre outros. • Verduras e legumes – são alimentos que contêm ferro, fibras, sais minerais e vitaminas. • Frutas - são ricos em várias vitaminas. • Carnes, ovos e grãos - feijão, lentilha, grão-de-bico, nozes, castanhas, entre outros. • Laticínios (leite e derivados) - são ricos em minerais e proteínas. • Lipídios (óleos e gorduras) e açúcares - manteigas, maionese, creme de leite, doces em geral, entre outros. O endocrinologista indica o shake para aqueles que não conseguem
tomar café da manhã, ou têm dificuldades em almoçar por causa do tempo e
acabam ingerindo alimentos não saudáveis. “Existem pessoas que
substituem o almoço por um salgado ou fast food, então, por que não
tomar um shake? Há produtos no mercado que contemplam os
macronutrientes, basta saber escolher”.
A #CopaDasCopas vai driblar o preconceito e marcar mais um gol de placa: o da inclusão social. Para os deficientes visuais, a palavra “impedimento” só vai existir no vocabulário do futebol quando o juiz apitar.
Cegos e pessoas com baixa visão terão a oportunidade, de forma inédita,
de ouvir os jogos por meio de uma narração áudiodescritiva nos estádios
de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. A transmissão especialmente feita para eles vai oferecer detalhes minuciosos e diferenciados sobre a partida de futebol.
Linguagem corporal, expressão facial, cores dos uniformes, reação da
torcida e até mesmo características pessoais dos jogadores serão
destacadas para que o espectador fique por dentro de tudo que rola
dentro e fora do campo. A narração será transmitida por radiofrequência e captada em fones de ouvidos, em qualquer lugar do estádio. Quer entender mais sobre o projeto? Veja aqui http://fifa.to/1n11tTD
Segundo estudo, filhos são 'programados' para monopolizar atenção
dos pais e impedir que tenham forças para tentar outra gravidez
De acordo com autor da pesquisa, nascimento de irmãos mais novos em pouco tempo está ligado a aumento da mortalidade infantil
O GLOBO
CAMBRIDGE - Pais com bebês pequenos ficam tão cansados que, quando
estão na cama, sozinhos, só pensam em dormir. Isso não é novidade e
acontece com casais de todas as classes sociais. A novidade é que os
bebês fazem tudo de caso pensado. Segundo estudo americano, eles são
"programados" para chorar à noite e deixar seus pais exaustos. O motivo?
Eles não querem a concorrência de irmãozinhos mais novos. A
pesquisa da Universidade de Harvard afirma que a questão é biológica. O
nascimento de um irmão mais novo em curto período de tempo está
associado ao aumento da mortalidade infantil, especialmente em famílias
com poucos recursos e em locais com surtos de doenças infecciosas. De
acordo com os cientistas, a amamentação durante a noite também é uma
adaptação dos bebês na estratégia de não permitir a nova gravidez.
Mulheres que dão de mamar de madrugada têm um período de infertilidade
maior. - Noites de vigília aumentam na segunda metade do primeiro
ano de vida infantil e são mais comuns em bebês alimentados com leite
materno - disse David Haig, biólogo evolucionista e autor do estudo, ao
“Daily Mail”. - A seleção natural é preservada ... o comportamento de
crianças que suprimem a função ovariana das mães acontece pois elas se
beneficiam com o atraso do próximo nascimento. Haig afirma que,
apesar de saberem os benefícios da amamentação, muitas mães desconhecem
que o fato de dormirem pouco também pode ajudar: - A fadiga
materna pode ser vista como parte integrante da estratégia de uma
criança para estender o intervalo entre nascimentos. Segundo Siobhan Freegard, fundador de um dos maiores sites de paternidade da Inglaterra, é tudo um plano da Mãe Natureza. -
O espaçamento entre irmãos daria mais tempo para a mãe se recuperar do
parto e também para a criança se tornar mais independente da
amamentação, aumentando suas chances de sobrevivência. Por isso esta
pesquisa faz todo o sentido - Analisou Freedard. - A última coisa que
novas mães esgotadas querem é pensar em outra gravidez.
Vaginas artificiais foram implantadas em quatro garotas nos EUA. Tratamento convencional envolve enxertos de tecido intestinal ou da pele.
Reuters
Pesquisador
demonstra processo de criação em laboratório de vagina com células das
próprias pacientes (Foto: Reuters/Wake Forest Institute for Regenerative
Medicine)
Quatro jovens que nasceram sem vagina ou com vagina anormal receberam
implantes de material cultivado em laboratório feito a partir de suas
próprias células, no mais recente caso de sucesso para criação de órgãos
de substituição, o que até agora inclui também traqueias, bexigas e
uretras.
Testes de acompanhamento mostraram que as novas vaginas não se
diferenciaram do próprio tecido das mulheres, e o tamanho dos órgãos
aumentou à medida que as pacientes – que receberam os implantes na
adolescência – amadureceram.
Todas as jovens já são sexualmente ativas e relatam ter uma função
vaginal normal. No momento das cirurgias, feitas entre junho de 2005 e
outubro de 2008, elas tinham entre 13 e 18 anos de idade.
Duas das mulheres, que nasceram com útero funcional, mas sem vagina,
agora também menstruam normalmente. Ainda não está claro se elas poderão
ter filhos, mas o fato de estarem menstruando sugere que seus ovários
estão funcionando direito – razão pela qual uma gravidez é possível,
explicou o cirurgião urologista pediátrico Anthony Atala, diretor do
Instituto de Medicina Regenerativa Wake Forest, na Carolina do Norte.
A façanha, que Atala e colegas mexicanos descrevem na revista britânica
"The Lancet", é a mais recente demonstração do crescente campo da
medicina regenerativa, uma disciplina em que se tira proveito do poder
do corpo para regenerar e substituir células.
Yuanyuan Zhang, professor do Instituto de Medicina
Regenerativa Wake Forest, trabalha na produção da
vagina artificial (Foto: Reuters/Wake Forest Institute
for Regenerative Medicine)
Em estudos anteriores, a equipe de Atala usou a técnica para fazer
bexigas sobressalentes e tubos de urina ou uretra em meninos.
Segundo o médico, esse estudo-piloto é o primeiro a demonstrar que
vaginas cultivadas em laboratório com as próprias células das pacientes
podem ser usadas com sucesso em humanos, oferecendo uma nova opção para
mulheres que precisam de cirurgias reconstrutivas. Síndrome MRKH
Todas as participantes da pesquisa nasceram com a síndrome de
Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), uma condição genética rara em que
a vagina e o útero são subdesenvolvidos ou ausentes. O tratamento
convencional envolve o uso de enxertos feitos de tecido intestinal ou da
pele, mas essas duas opções têm inconvenientes, segundo Atala. Isso
porque o tecido intestinal produz excesso de muco, o que pode causar
odores. Já a pele convencional pode arrebentar.
O médico esclareceu que mulheres com essa condição geralmente procuram
tratamento durante a puberdade. "Elas não podem menstruar, especialmente
quando têm um defeito grave, quando não têm uma abertura", afirmou.
Isso pode causar dor abdominal, com a presença de sangue menstrual no
abdômen.
Pontífice ressaltou, no entanto, queeligiosos que erraram são minoria
AFP
O papa Francisco pediu perdão nesta sexta-feira em nome da Igreja,
pela primeira vez desde sua eleição ano passado, pelos abusos cometidos
por padres pedófilos.
"Sinto-me na obrigação de assumir todo o mal cometido por alguns padres,
um pequeno número em relação a todos os padres, e de pedir pessoalmente
perdão pelo dano que causaram ao abusar sexualmente de crianças",
declarou o pontífice ao receber representantes do Escritório
Internacional Católico para a Infância (BICE) no Vaticano.
Seu antecessor, Bento XVI, havia pedido pessoalmente perdão pelos
abusos, mas esta é a primeira vez que Francisco faz o pedido, apesar de
ter denunciado o crime em diversas oportunidades.
"A Igreja é consciente deste mal. Não queremos recuar no que diz respeito a este problema e às sanções que devem ser adotadas".
"Penso que devem ser muito fortes! Não se brinca com as crianças", completou o papa.
Presidenta da Petrobras falará sobre a compra da Refinaria de Passadena
A presidenta da Petrobras,
Graça Foster, confirmou seu comparecimento na próxima terça-feira, 15,
às 10 h, no Senado Federal para falar sobre a compra
estatal do petróleo que trata da compra da Refinaria de Pasadena
(EUA) pela Petrobras . Graça Foster comparecerá à audiência pública conjunta das
comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e do Meio Ambiente, Defesa do
Consumidor e Fiscalização e Controle.
O presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ),
cuidou da organização da audiência, uma vez que Graça Foster, segundo
ele, teria manifestado desejo de conversar com os senadores. "Tomei a
iniciativa de organizar a audiência depois de falar com a presidenta da
Petrobras, que manifestou a vontade de conversar com aos senadores",
informou o senador.
A audiência vai ocorrer exatamente no dia em que o
plenário do Senado deverá decidir se será criada uma comissão
parlamentar de inquérito (CPI) mais ampla para investigar, além das
denúncias envolvendo a Petrobras, denúncias sobre os metrôs de São Paulo
e do Distrito Federal e relativas ao Porto de Suape (PE).
Também na terça-feira, deverão ser lidos, em sessão do
Congresso Nacional, os dois pedidos de comissões parlamentares mistas de
inquérito destinadas a investigar os mesmos fatos constantes das CPIs
do Senado: Petrobras, metrôs e Porto de Suape. Em função das
articulações da oposição para a criação de CPI para investigar a
Petrobras, chegaram a ser canceladas audiências previstas com Graça
Foster.
Um
evento cósmico raro é esperado para esta noite, antecedendo as 'quatro
luas de sangue' que alguns acreditam ser presságio do fim do mundo
Marte, Terra e Sol vão se alinhar no Espaço na noite
desta terça-feira, um evento conhecido também como “oposição de Marte”
que só acontece uma vez a cada 778 dias. Porém, o que faz o
acontecimento cósmico marcante é ele antecede as "luas de sangue", um
fenômeno que poderá ser visto da terra na próxima semana e que é
interpretado por muitos como um sinal bíblico do fim dos tempos.
De acordo com a Nasa, a rara sequência de quatro
eclipses lunares (as ”luas de sangue”) é conhecida como tétrade, e será
seguida por seis luas cheias. O ciclo começa na semana que vem, no dia
15 de abril, e terminará apenas em 28 de setembro deste ano.
Confira
diferentes datas e teorias para o fim do mundo<a
data-cke-saved-href="http://vidaeestilo.terra.com.br/horoscopo/fim-do-mundo/"
href="http://vidaeestilo.terra.com.br/horoscopo/fim-do-mundo/">veja
o infográfico</a>
Ainda segundo a Nasa, as quatro luas de sangue só foram
vistas por três vezes em mais de 500 anos: a primeira vez na Idade
Média, em 1493, quando os judeus foram expulsos pela Inquisição Católica
na Espanha; a segunda, em 1949, quando o Estado de Israel foi
estabelecido na Palestina, e a terceira em 1967, durante a Guerra dos
Seis Dias entre Árabes e Israelenses.
Para alguns fiéis, as luas de sangue significam mais que
um evento cósmico raro: são um presságio para o “fim do mundo” e o
retorno de Cristo à Terra para o Juízo Final. Na passagem bíblica do
Livro de Joel, no Antigo Testamento, diz: “O sol se converterá em
trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do
Senhor” (Joel, 2:31).
Rivotril ultrapassa fármacos para hipertensão e diabetes em número de receitas
O Dia
Rio - Rivotril é o medicamento mais
receitado no Brasil, e ultrapassa fármacos para tratar hipertensão e
diabetes em número de prescrições. Além disso, no ranking dos 20
medicamentos mais indicados por médicos, há outros três relacionados à
saúde mental. Especialistas alertam que o uso indiscriminado de
ansiolíticos pode causar dependência e trazer efeitos colaterais ao
paciente. Os números são de pesquisa inédita da
Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró
Genéricos). Os medicamentos que constam no levantamento foram prescritos
entre fevereiro de 2013 e o mesmo mês deste ano. Foram 1,38 milhão de
prescrições do Rivotril. Atrás dele, estão Losartana Potássica, usada
para hipertensão arterial (1,37 milhão), e o Glifage (metilformina), utilizado para
tratamento de diabetes (1,13 milhão).
Para a psiquiatra da Associação
Brasileira de Psiquiatria Katia Mecler, ocorre, no país, prescrição
excessiva e, em alguns casos, sem necessidade. Ela alerta que o Rivotril
pertence a uma classe de medicamentos que pode causar dependência
física e até crise de abstinência quando o uso é interrompido. “A pessoa
pode desenvolver tolerância, igual ao álcool, e precisar de doses cada
vez maiores”, explica. “Eu prescrevo Rivotril, mas é preciso critério”.
Segundo Katia, o fármaco é indicado a pacientes
com casos acentuados de ansiedade, normalmente associados a sinais como
sudorese, medo, angústia e tontura. Entre os efeitos colaterais, estão
sonolência ao longo do dia. “Somente o médico pode prescrever. Não se
deve aceitar ‘recomendação’ de amigos”, disse. Os outros medicamentos
para tratar ansiedade ou depressão foram: Alprazolam, Clinazepam e
Sertralina.
Rivotril: por que o medicamento é o segundo mais vendido no país? [1]
Uma droga barata, mas de tarja preta, contra a ansiedade vende mais do que os tradicionais Tylenol e Hipoglós
Rivotril
Alguma coisa estranha deve estar
acontecendo quando um remédio contra a ansiedade – tarja preta, vendido
apenas com retenção de receita – se torna o segundo medicamento mais
consumido no Brasil. Esse remédio é o velho Rivotril, que tem 35 anos de
mercado, mas nos últimos cinco escalou rapidamente o ranking dos mais
vendidos até chegar ao segundo lugar. Em 2008, os brasileiros compraram
nas farmácias 14 milhões de caixinhas do ansiolítico (o campeão de
vendas é o anticoncepcional Microvlar, com 20 milhões de unidades). O
Rivotril bate remédios de uso corriqueiro, segundo o IMS Health,
instituto que audita a indústria farmacêutica. Vende mais que a pomada
contra assaduras Hipoglós, o analgésico Tylenol e outros produtos que os
consumidores colocam na cestinha sem saber se algum dia vão usar.
O sucesso espetacular do Rivotril no
Brasil não ocorre com outros medicamentos da mesma categoria. A classe
dos tranquilizantes é a sétima mais vendida no país – vende menos que
anticoncepcionais, analgésicos, antirreumáticos e outros tipos de
remédio. A clara preferência pelo Rivotril é um fenômeno brasileiro, que
não se repete em outros países.
A escalada desse ansiolítico na lista
dos mais vendidos sugere que a população em sofrimento psíquico pode ser
maior do que se imagina. Transtornos de ansiedade e depressão são
comuns nas grandes cidades, castigadas pela violência, pelo trânsito e
pelo desemprego. Mas a pesquisa São Paulo Megacity, uma parceria do
Hospital das Clínicas de São Paulo com a Organização Mundial da Saúde,
revela que cerca de 40% dos moradores da região metropolitana sofre de
algum tipo de transtorno psiquiátrico. É um porcentual que os próprios
psiquiatras consideram “assustador” – e que depõe frontalmente contra a
imagem de “nação feliz” que os estrangeiros e nós mesmos, brasileiros,
gostamos de cultuar.
O segundo problema que leva à indicação
excessiva do Rivotril é a precariedade do atendimento de saúde
brasileiro, sobretudo de saúde mental. Há falta de psiquiatras no país.
Consequentemente, as pessoas não recebem diagnóstico correto e não têm
tratamento adequado de seus problemas. Quando o paciente chega ao
consultório com enxaqueca, gastrite ou qualquer outra queixa que possa
ter alguma relação com ansiedade, frequentemente ganha uma receita de
Rivotril. “Os médicos fazem isso porque o remédio é barato (a caixinha
mais cara custa R$ 13), antigo e seguro”, diz Luiz Alberto Hetem,
vice-presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. “Mas ele pode
mascarar quadros mais graves.” O ansiolítico acalma e atenua a
ansiedade, mas os problemas subjacentes não são diagnosticados. “Grande
parte das pessoas nem sequer sofre de ansiedade. A depressão é muito
comum”, afirma a psiquiatra Mônica Magadouro. “Mas o atendimento é tão
precário que nem se nota a diferença.”
O terceiro fator que contribui para a
venda de Rivotril é o que o psicanalista Plínio Montagna chama de
“glamorização do ato de medicar-se”. No passado havia preconceito contra
os remédios psiquiátricos. Recentemente, houve uma guinada cultural e
eles passaram a ser vistos como resposta a todos os problemas da
existência. Os médicos (sobretudo os que não são psiquiatras) receitam
remédios psiquiátricos com total desenvoltura. Da parte dos pacientes,
também existe a expectativa de que isso aconteça.Todos têm pressa.
“Emoções normais e importantes para a
mente, como tristeza ou ansiedade em situação de perigo, são eliminadas
porque incomodam”, diz Montagna, que é presidente da Sociedade
Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Questões existenciais são
tratadas como sintomas médico-psiquiátricos, com a colaboração de “uma
avassaladora quantidade de dólares” gastos em publicidade pela indústria
farmacêutica. “É frequente eu receber para tratamento pacientes com
dosagens excessivas de medicação ou coquetéis de diversas substâncias,
sem que os aspectos psicológicos tenham sido levados em consideração”,
afirma o psicanalista, que também é formado em psiquiatria.
Por trás da precariedade do sistema de
saúde e do modismo da medicação, existe a crescente incapacidade das
pessoas – e dos médicos – em conviver com um dos sentimentos mais
enraizados da psique humana, a ansiedade. Ela está lá desde os
primórdios do homem, associada a temores e ameaças indefiníveis. Embora
desagradável, é um dos motores da existência. Faz parte da nossa
constituição evolutiva. “Ela é um estado de alerta, um estímulo para
produzir. O contrário da ansiedade é a apatia”, diz o psicanalista
Eduardo Boralli Rocha. Totalmente diferente dessa ansiedade benigna é a
combinação explosiva de urgência, competição e sentimento de exclusão
que caracteriza o nosso tempo.
“As pessoas sentem que em algum lugar
está havendo uma festa para a qual elas não foram convidadas e têm de
correr atrás”, diz Boralli. Sigmund Freud, o criador da psicanálise,
dizia que a ansiedade era o sintoma de algo que não estava bem resolvido
interiormente. Ele diferenciava entre a ansiedade produzida por uma
situação externa real e aquela imaginada ou brutalmente amplificada por
nossos medos interiores. A primeira não deveria ser medicada, mas ela
tornou-se tão presente, tão avassaladora, que é isso que tem sido feito,
em larga escala.
Um exemplo está na coleção de
propagandas de ansiolíticos acumulada pelo professor Elisaldo Carlini,
coordenador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas (Cebrid) da Universidade Federal de São Paulo. São
folhetos promocionais que os laboratórios deixam nos consultórios
médicos. Um deles mostra uma mulher com um largo sorriso depois de tomar
um remédio que corrigiu a ansiedade gerada por três bilhetes recebidos
ao mesmo tempo: um do marido, avisando que chegará tarde para o jantar;
outro do filho, dizendo que vai trazer o time de basquete para o lanche;
e o terceiro da empregada, avisando que faltou ao trabalho porque foi a
um posto de saúde. “Viver dá ansiedade, mas criou-se a cultura de que
problemas cotidianos devem ser enfrentados com remédios”, diz Carlini.
“As mulheres, principalmente, aprendem que precisam ser magrinhas e
calminhas.”
Quando indicado segundo os melhores
critérios, o Rivotril pode ser bastante útil no tratamento da ansiedade
generalizada. O paciente vive angustiado, preocupado, nervoso. Dorme
mal, não se concentra e se irrita por qualquer coisa. Sozinho, no
entanto, o remédio não resolve o problema. O tratamento depende também
do uso de outros recursos, como antidepressivos, psicoterapia e
atividade física. O mesmo vale para o tratamento de outros transtornos,
como síndrome do pânico, fobias e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Enquanto os antidepressivos demoram cerca de duas semanas para começar a
agir, o Rivotril age rápido, assim como outros ansiolíticos (Lexotan,
Valium, Frontal etc.). A função desses remédios é ser uma ponte
temporária até o início da ação dos antidepressivos. Ou um apoio. A
síndrome do pânico, por exemplo, é tratada com antidepressivos. Quando o
paciente enfrenta situações que podem provocar recaídas, é comum que o
médico recomende que tenha o Rivotril sempre à mão.
Esses remédios, no entanto, não devem
ser usados por muito tempo e sem rigoroso acompanhamento médico. Eles
podem causar dependência. Há pessoas que desenvolvem dependência em
cinco anos. Outras se viciam em menos de 30 dias. Podem ocorrer crises
de abstinência com a interrupção da droga. Os sintomas mais comuns são
insônia, irritabilidade excessiva e tremores. Não há dose segura contra o
vício. “Rivotril não deve ser remédio de uso contínuo. Deve ser
reservado para as crises agudas e usado por no máximo seis semanas”, diz
o psiquiatra Joel Rennó Jr., coordenador do Projeto de Saúde Mental da
Mulher do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Na prática, muitos
pacientes recebem a receita de Rivotril e passam meses sem ser vistos
por um médico. Quando voltam a consultar um profissional de qualquer
especialidade, dizem que o anterior receitou o remédio e se sentiram
bem. Acabam saindo do consultório com uma nova receita.
A professora gaúcha Carmen Paula Pinto,
de 40 anos, toma Rivotril há cinco, como parte do tratamento de
transtorno bipolar. Reclama de efeitos colaterais como sonolência e boca
seca. Mas o que mais a incomoda é o enfraquecimento da memória. “Quando
leio um livro, muitas vezes tenho de voltar à mesma frase, ao mesmo
parágrafo. Uma vez até cheguei a esquecer o que havia almoçado”, diz. Há
três anos, decidiu parar de tomar o remédio por conta própria. Sentiu
sintomas de abstinência, como tontura e falta de equilíbrio. Depois de
alguns meses, decidiu voltar ao remédio. “Estou conformada em ter de
depender do remédio por um bom tempo ou até para sempre.”
Carmen é acompanhada por um psiquiatra e
compra o remédio de acordo com a orientação dele. Uma parcela dos
consumidores chega ao remédio por meio de outros expedientes. “Muita
gente consegue adquirir ansiolítico pela internet ou compra receitas em
consultórios de quinta categoria”, afirma Rennó Jr. Em uma das pesquisas
coordenadas por Elisaldo Carlini, do Cebrid, descobriu-se que um único
médico fez mais de 7 mil prescrições de ansiolítico por ano. Houve casos
também de falsificação dos receituários. As receitas que ficavam
retidas nas farmácias continham o mesmo número de série ou o CRM de
médicos mortos ou inexistentes. Formas ilícitas de acesso ao remédio
alimentam o uso recreativo de Rivotril. Ele virou um clássico nas
baladas entre jovens que o misturam com ecstasy ou álcool. Há várias
comunidades no site de relacionamento Orkut criadas por usuários dessa
combinação. O Rivotril potencializa a função do álcool. Em doses
excessivas, a mistura pode levar ao coma. Há outro tipo de uso,
associado ao ecstasy e à cocaína, drogas que deixam as pessoas ansiosas.
Elas tomam Rivotril para tentar neutralizar esse efeito. Segundo os
especialistas, não adianta.
Por trás do crescimento das vendas do
Rivotril há uma história de marketing que merece ser contada. Até 1999, o
remédio era promovido entre os médicos apenas como um
anticonvulsivante. Era um mercado restrito. Nos últimos anos, surgiram
estudos que comprovaram que ele funcionava contra a ansiedade. O
fabricante passou a divulgar essa aplicação entre psiquiatras,
cardiologistas, neurologistas, geriatras etc. “O sucesso do Rivotril é
decorrência do aumento dos casos de transtornos psiquiátricos e do
perfil único do nosso produto: ele é seguro, eficaz e muito barato”, diz
Carlos Simões, gerente da área de produtos de neurociência e
dermatologia da Roche. “E o baixo preço protege o produto.” O Rivotril é
600% mais barato que o seu principal concorrente, o Frontal, da Pfizer.
Outra característica ajuda a explicar por que ele vende tanto. É o
único de sua categoria disponível também na apresentação sublingual –
gotas que agem rápido se colocadas embaixo da língua.
Na casa da aposentada Ecleide Moreira
Rodrigues, de 60 anos, não pode faltar Rivotril. Ele é usado com duas
finalidades distintas: o filho de Ecleide sofre de epilepsia e não fica
sem o remédio. Há um ano, ela também virou adepta do medicamento. Não
consegue dormir sem ele. Descobriu que a causa da insônia era estresse e
depressão. Chegou a fazer psicoterapia e percebeu que passou a dormir
melhor. Mas parou antes de receber alta. “Por relaxo”, diz ela. Em casos
como o de Ecleide, a psicoterapia pode dar ótimos resultados. Mas não
costuma ser um percurso fácil. Para vencer a ansiedade não basta
recorrer a umas gotinhas de Rivotril a cada crise. É preciso reorganizar
a vida.
A escalada do ansiolítico no Brasil Em dez anos, o Rivotril galgou a lista dos campeões
1998
O Rivotril nem aparecia entre os dez mais vendidos
1 - Cataflam (analgésico e anti-inflamatório)
2 - Novalgina (analgésico e antitérmico)
3 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
4 -Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
5 - Voltaren (antirreumático, anti-inflamatório e analgésico)
6 - Lexotan (ansiolítico)
7 -Redoxon (vitamina C)
8 -Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
9 - Sorine (descongestionante nasal)
10 -Vick Vaporub (unguento descongestionante)
2004
Ele conquista o sexto lugar no ranking
1 – Microvlar (anticoncepcional)
2 - Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
3 - Hipoglós (pomada contra assaduras)
4 -Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
5 - Novalgina (analgésico e antitérmico)
6 -RIVOTRIL (ansiolítico e anticonvulsivante)
7 - Tylenol (analgésico e antitérmico)
8 - Cataflam (analgésico e anti-inflamatório)
9 - Neovlar (anticoncepcional)
10 - Luftal (antigases)
2008
O Rivotril é o segundo mais vendido
1 - Microvlar (anticoncepcional)
2 -RIVOTRIL(ansiolítico e anticonvulsivante)
3 - Puran T4 (hormônio tireoidiano)
4 -Hipoglós (pomada contra assaduras)
5 -Neosaldina (analgésico e antiespasmódico)
6 -Buscopan Composto (antiespasmódico e analgésico)
Mulher que atirou calçado não tinha convite para conferência. Hillary desviou e brincou: 'Isso faz parte do Cirque du Soleil?'
Do G1, em São Paulo
Hillary Clinton escapa de sapato atirado da plateia de hotel em Las Vegas (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)
Uma mulher jogou um sapato contra a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos
Hillary Clinton nesta quinta-feira (10), enquanto ela fazia um discurso
em um hotel em Las Vegas. Hillary desviou e continuou com seus
comentários, segundo George Ogilvie, porta-voz do serviço secreto dos
Estados Unidos. Veja ao lado o vídeo da agência AP.
Ogilvie disse que a mulher que jogou o sapato não tinha convite para
participar da conferência no Hotel Mandalay Bay e estava sendo observada
por agentes do serviço secreto e seguranças do hotel antes do
incidente.
“Quando os agentes e seguranças do hotel a abordaram, ela jogou o
sapato e foi imediatamente levada pelo Serviço Secreto e a segurança do
hotel”, disse Ogilvie. As imagens do incidente mostram Hillary, de 66
anos, se esquivando de um objeto em cima do palco.
Segundo o jornal "Las Vegas Review-Journal", a ex-secretária brincou
sobre o incidente ao continuar seu discurso para a plateia de mil
pessoas, participantes de uma conferência sobre reciclagem de metal.
“Isso é alguém jogando alguma coisa em mim?”, perguntou, de acordo com o jornal. “Isso faz parte do Cirque du Soleil?”
O jornal afirma que Hillary disse “Meu Deus, não sabia que a gestão de resíduos sólidos fosse tão controversa”.
Hillary
Clinton olha para a plateia de hotel em Las Vegas depois que mulher
atira sapato em direção a ela (Foto: Isaac Brekken/Getty Images/AFP)