Estímulo elétrico em nervo pode reduzir enxaquecas, aponta estudo
Pacientes receberam impulso por 20 minutos ao dia durante dois meses. Para pesquisadores, estudo abre caminho para criação de novo tratamento.
Do G1, em São Paulo
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Média de dores de cabeça entre grupo que recebeu
estímulo caiu para 4,8 dias (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)
Um estudo publicado na quarta-feira (6) na edição online do jornal da
Academia Americana de Neurologia, “Neurology”, revela que utilizar um
estimulador de nervo durante 20 minutos por dia pode reduzir a
ocorrência de enxaquecas.
O estimulador é colocado sobre a testa e proporciona um impulso
elétrico sob o nervo supraorbital e não foram observados efeitos
colaterais provocados pelo estímulo.
O estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, os pesquisadores
acompanharam por um mês 67 pessoas que sofriam uma média de quatro
ataques de enxaqueca por mês, sem oferecer-lhes nenhum tratamento.
Em seguida, o grupo foi dividido em dois: uma parte recebeu o estímulo
de 20 minutos diários durante três meses, enquanto ao restante foi dada
um placebo - uma estimulação em níveis muito baixos para provocar
qualquer efeito.
Os resultados revelam que aqueles que receberam a estimulação
registraram menos dias de enxaqueca no terceiro mês, em comparação ao
primeiro mês, quando não houve tratamento. A média mensal de fortes
dores de cabeça caiu de 6,9 dias para 4,8 dias entre o grupo. O número
não se alterou entre os que receberam o tratamento placebo.
Os pesquisadores então se debruçaram sob o número de pessoas que
registraram uma redução na quantidade de dias com enxaqueca de 50% ou
mais. Eles descobriram que 38% dessas pessoas receberam a estimulação,
ante 12% que tratadas com placebo.
De acordo com os cientistas, o estudo abre caminho para a criação de
novos tratamentos, que gerem menos incômodo do que os efeitos
secundários dos atuais medicamentos para a enxaqueca.
"Os resultados são animadores, pois foram semelhantes aos das drogas
que são utilizadas para prevenir a enxaqueca e que, muitas vezes,
apresentam muitos efeitos colaterais. Além disso, frequentemente, os
efeitos colaterais são tão ruins que fazem com que os pacientes deixem
de tomar o medicamento", disse o autor do estudo e membro da Academia
Americana de Neurologia, Jean Schoenen, da Universidade de Liège, na
Bélgica.
Restringir a publicidade endereçada às crianças não é ato de censura
e tampouco ofensa à liberdade de expressão. É um imperativo ético
ARTIGO - FLÁVIA PIOVESAN
Na Câmara dos Deputados foi retomada a discussão a respeito do
projeto de lei nº 5.921/2001, que proíbe qualquer comunicação
mercadológica destinada a crianças. De acordo com o projeto, entende-se
por comunicação mercadológica “toda e qualquer atividade de comunicação
comercial para a divulgação de produtos e serviços independentemente do
suporte, da mídia ou do meio utilizado”, o que abrange “a própria
publicidade, anúncios impressos, comerciais televisivos, ‘spots’ de
rádio, ‘banners’ e ‘sites’ na internet, embalagens, promoções,
‘merchandising’ e disposição dos produtos nos pontos de vendas”.
Há
mais de onze anos pendente no Legislativo, o resgate do projeto
reacende a polêmica em torno da questão: de um lado, a defesa de um
marco legal para a proteção da infância; por outro, o repúdio à
intervenção estatal em nome da autorregulamentação do setor da
publicidade dirigida ao público infantil. Na falta de legislação
específica, a fiscalização da propaganda endereçada às crianças cabe ao
Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
Qual
seria o regime mais adequado à proteção da infância? Seria razoável a
imposição de limites à publicidade infantil? Isto significaria uma
restrição arbitrária à liberdade de comércio? Como equilibrar os
direitos das crianças com a liberdade empresarial?
A comunicação
mercadológica dirigida às crianças é aquela que faz uso de cenários
fantasiosos, cores, músicas, personagens infantis e crianças modelos
protagonizando os filmes publicitários. Pesquisas comprovam o impacto da
propaganda endereçada à criança: contribui para a obesidade infantil (e
outros distúrbios alimentares e doenças associadas); a erotização
precoce; o estresse familiar; e a violência. Dados do Painel de
Televisores do Ibope de 2007 revelam que as crianças brasileiras, entre 4
e 11 anos, passam em média 5 horas por dia em frente à TV — mais tempo
do que passam na escola (em média 4 horas). O desafio é evitar que a
publicidade tenha mais influência no desenvolvimento infantil do que a
própria educação.
Em países desenvolvidos com forte tradição
democrática — como a Suécia e Alemanha —, a restrição à publicidade que
se dirige às crianças não contou com a resistência das empresas, sob a
alegação de suposta afronta ao direito à liberdade de expressão do setor
econômico. Na Suécia não é permitida a propaganda direcionada ao
público infantil. Já na Alemanha os programas infantis não podem ser
interrompidos por publicidade.
Não há que se confundir a
publicidade e a liberdade de expressão. A liberdade de expressão é
direito consagrado no âmbito internacional e interno, enunciado em
instrumentos de proteção de direitos humanos, como o Pacto Internacional
de Direitos Civis e Políticos e a Convenção Americana de Direitos
Humanos. Abrange a livre manifestação do pensamento político,
filosófico, religioso ou artístico. O alcance de tal direito não
compreende a publicidade — atividade que utiliza meios artísticos
visando essencialmente à venda de produtos.
Ao contrário de
matérias jornalísticas, veiculadas nos mais diversos meios de
comunicação, a publicidade requer necessariamente um espaço na mídia
para se alojar. A sua lógica é a mercantil, orientada pela equação de
compra e venda de produtos.
Os parâmetros internacionais e
constitucionais endossam a absoluta prevalência dos interesses da
criança, seu interesse superior e a garantia de sua proteção integral,
na qualidade de sujeito de direito em peculiar condição de
desenvolvimento. Neste sentido, destacam-se a Convenção da ONU sobre os
Direitos da Criança (ratificada por 193 Estados), a Constituição
Brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ademais, organismos
internacionais, como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e o SCN
(Comitê Permanente de Nutrição) reconhecem que a publicidade tem um
papel central no desencadeamento de problemas alimentares, como a
obesidade infantil. Por estar em processo de desenvolvimento
biopsicológico, a criança não tem o discernimento necessário para
compreender a mensagem publicitária, o que torna o seu direcionamento às
crianças abusivo.
A proteção da criança merece prevalecer em face
do ilimitado exercício da atividade comercial envolvendo a propaganda
destinada às crianças. Restringir a publicidade endereçada às crianças
não é ato de censura e tampouco ofensa à liberdade de expressão. É um
imperativo ético em defesa da infância. Flávia Piovesan é procuradora do Estado de São Paulo e professora da PUC-SP
Juiz autoriza que menina seja registrada por 3 pessoas nos EUA
Os três serão registrados na certidão de nascimento da jovem
O Globo
Com agências internacionais
RIO - Uma bebê de um ano e 11 meses tornou-se nesta sexta-feira filha
de três pessoas no estado da Flórida, nos EUA. Na certidão de
nascimento da criança, serão registrados os nomes do casal de lésbicas
Maria Italiano e Cher Filippazzo, e do pai biológico Massimiliano
Gerina, que doou o esperma. De acordo com o “Miami Herald”, as duas se
casaram em Connecticut e teriam passado por inúmeras tentativas
fracassadas de engravidar. Por isso, pediram a contribuição do amigo
para que pudessem ter um bebê. -
Nós estamos criando um novo conceito de família. Se duas mulheres
querem o reconhecimento da maternidade, listadas como número 1 e número
2, isso não exclui que o homem seja listado como o pai - disse Karyn J.
Begin, representante de Gerina na Justiça. A inseminação foi
doméstica e, meses depois, Maria descobriu que estava grávida. Segundo
as leis da Flórida, doadores não tem nenhum direito ou responsabilidade
em relação à criança gerada. No entanto, Gerina fez questão de não abrir
mão da paternidade. - Quando me deram os documentos que me fariam perder todos os meus direitos com o bebê, eu não assinei - afirmou Gerina. Antes
de posar para fotos com os três pais e a bebê, o juiz Antonio Marin
aprovou o pedido de Gerina submeteu os documentos com a nova paternidade
para um funcionário do tribunal de adoção local. Segundo o pai, as
mulheres estarão no comando, mas ele vai ajudar tomando conta da menina e
passando tempo com a filha.
Aprovação prévia para consumo humano de primeiro animal geneticamente modificado reacende debate sobre tema polêmico.
Da BBC
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Em janeiro, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA)
aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado,
reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas
implicações éticas, econômicas sociais e políticas.
É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.
Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil,
regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em
questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos
laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de
áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um
papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na
memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de 'maravilhas'
tecnológicas como o DDT e a talidomida.
Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.
Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto,
indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma
tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.
As principais academias de ciências do mundo e instituições como a
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e
a Organização Mundial da Saúde (OMS) são unânimes em dizer que os
transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética
realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não
representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de
cruzamento de plantas.
O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o
primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.
Vários produtos GM já estão nos supermercados, um fato que pode ter
escapado a muitos consumidores - apesar da (discreta) rotulagem
obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes
transgênicos.
A BBC Brasil preparou uma lista com 10 produtos e derivados que busca
revelar como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam
na tentativa de entrar na cadeia alimentar.
Dezoito variedade de milho transgênico são
aprovadas para consumo no Brasil (Foto: Reuters)
MILHO
Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais
lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar
que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de
milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a
herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos.
Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas
pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os
pedidos de comercialização de OGMs.
O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você
encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos - amido,
glucose - usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces,
biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.
O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União
Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são
proibidos para consumo - exceto um tipo de batata, que recentemente foi
autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado.
Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação
obrigatória.
Óleo de soja é o principal subproduto do cultivo
transgênico para o consumidor (Foto: Reuters)
ÓLEOS DE COZINHA
Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as
culturas geneticamente modificadas - e cujas sementes são uma mina de
ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial
- chegam às prateleiras com a reputação 'manchada' mais pela sua origem
do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. No processo de
refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente
eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos
países da UE. SOJA
No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities,
vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela
foi geneticamente modificada ou não. O subproduto mais comum para
consumo humano é o óleo (ver acima), mas há ainda o leite de soja, tofu,
bebidas de frutas e soja e a pasta misso, todos com proteínas
transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica). No
Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área
dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta,
todas tolerantes a herbicidas - uma delas também é resistente a insetos. MAMÃO PAPAYA
Os Estados Unidos são o maior importador de papaya do mundo - a maior
parte vem do México e não é transgênica. Mas muitos americanos apreciam a
papaya local, produzida no Havaí, Flórida e Califórnia. Cerca de 85% da
papaya do Havaí, que também é exportada para Canadá, Japão e outros
países, vem de uma variedade geneticamente modifica para combater um
vírus devastador para a planta. Não é vendida no Brasil, nem na Europa. QUEIJO
Aqui, não se trata de um alimento derivado de um OGM, mas de um
alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento. A
quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era
tradicionalmente extraída do estômago de cabritos - um procedimento
custoso e 'cruel'. Biotecnólogos modificaram micro-organismos como
bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para
que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de
fermentação em que esses micro-organismos são mortos. A quimosina
resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo - é
tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima
é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde
os anos 90. Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só
teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM.
Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o
queijo escapa da rotulação obrigatória.
Bolos e pães têm componentes derivados de milho
e soja transgênicos (Foto: Getty Images)
PÃO, BOLOS e BISCOITOS
Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam
sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente
modificadas em vista. Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm
da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena),
óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Outros componentes podem
derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há,
entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de
micro-organismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato.
Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final
(acima de 1%), ele terá que ser rotulado. ABOBRINHA
Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são
plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canada. Ela não é
vendida no Brasil ou na Europa. ARROZ
Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo
comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa.
Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que
busca um cultivo resistente a insetos. Falou-se muito no golden rice,
uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas
suíços e alemães. O 'arroz dourado', com potencial de reduzir problemas
de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em
países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente
escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de
denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido
avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.
Feijão transgênico deve ser distribuído no Brasil
em 2014 (Foto: AP)
FEIJÃO
A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conseguiu
em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade
de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul.
As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre
de royalties - em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar
autossuficiente no setor.
É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira. SALMÃO
Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm
um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar
sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido.
Salmão geneticamente modificado é primeiro
animal do tipo a ser liberado para
o consumo (Foto: PA)
Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o
produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez. Francisco
Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética
da Embrapa, disse à BBC Brasil que tem acompanhado o caso do salmão 'com
interesse', e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo
humano. 'A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo
criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito
rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As
probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são
zero...na natureza não existe o zero'. E ESTES NÃO DERAM CERTO...
A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate
modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o 'Flavr Savr
tomato'. Ele começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada
em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada
pela Monsanto. O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não
emplacou. O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas,
lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato. Apesar de boas
perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o
suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.
Vai viajar no feriado? Cuidado com a cinetose Muitas vezes confundida com a labirintite, a cinetose pode ser resumida como o "enjôo de viagem". A cinetose, também conhecida como “mal do
movimento”, é um distúrbio que pode ser
marcado por náuseas, tontura, sensação
de desmaio, suores frios, mal-estar, perda de
equilíbrio, dor de cabeça, visão turva,
palidez, fadiga, perda da noção de
profundidade e sensação de que as coisas
estão rodando, frequentemente associados ao
vômito. O distúrbio ocorre quando o
cérebro recebe informações desconexas
que podem ser enviadas pelos sistemas visual (olhos),
vestibular (labirinto, que cuida do equilíbrio do
corpo) ou proprioceptivo (receptores sensitivos nos
músculos, tendões e
articulações), sendo que qualquer
alteração em um desses sistemas ocasiona
sintomas de desequilíbrio e enjôo. “Essa
falta de comunicação entre os três
sentidos causa o mal estar, pois o corpo está parado,
mas o ambiente está em movimento, o que gera um
conflito de informações e
perturbação do equilíbrio
corporal”, comenta a Dra. Rita de Cássia Cassou
Guimarães, Otorrinolaringologista e otoneurologista ,
em Curitiba-PR. A cinetose corresponde a uma
dificuldade do cérebro em interpretar o real estado
de estática ou movimentação do corpo. A
sensibilidade à cinetose é individual, comum
na infância e em parte transmitida
geneticamente.É um distúrbio que pode ser
relacionado com a enxaqueca - crianças e jovens com
esse tipo de problema, muitas vezes na idade adulta ou na
puberdade têm crises de enxaqueca, - mas normalmente
é erroneamente confundida com a labirintite - que
é normalmente causada por um processo
inflamatório que afeta o labirinto, estrutura que
está dentro do ouvido, enquanto a cinetose é
apenas um erro de interpretação dos
órgãos responsáveis pelo
equilíbrio. O mal-estar causado pela cinetose
pode também surgir ao andar a pé, utilizar
esteira ou mesmo assistir cenas de movimento, bem como pode
ser desencadeado por filmes e programas de televisão
que tenham muitas cores brilhantes e
alterações de foco. Os efeitos em geral
ocorrem ainda durante a atividade que os desencadeia, mas
também podem surgir horas depois. Esta
condição afeta tanto crianças quanto
adultos, porém, com a evolução da
idade, esse problema tende a se minimizar ou desaparecer por
completo. A Dra. Rita Guimarães lembra que o
sistema nervoso central é capaz de se adaptar.
“Um indivíduo que decide ler enquanto anda de
metrô inicialmente pode sofrer com as
informações em desacordo, que podem causar
tontura, e cinetose. Porém, se esta mesma pessoa
mantiver a decisão de ler no metrô durante
vários dias seguidos, com o tempo, a tontura
diminuirá e ele não terá mais cinetose.
Ocorre habituação, ou seja, é possivel
aprender novos padrões de
informação” explica. Para
prevenir a cinetose durante as viagens, a otoneurologista
lista algumas medidas que podem ajudar: Em automóveis, sentar-se no
banco da frente ou próximo de janelas; Manter abertas as janelas do
veículo; Procurar não
viajar de costas em trens ou bondes;
Durante a viagem, focalizar em paisagens distantes; Olhar sempre para frente; Evitar olhar para os lados; Evitar ler ou usar coisas como um
laptop com o veículo em movimento; Não ingerir alimentos pesados
antes de viajar, mas não viajar de estômago
vazio. Dar preferência para alimentos
sólidos; Não viajar de
pé em ônibus; Sente-se
próximo ao corredor quando a viagem for de
avião; Evitar brinquedos que
girem ou virem de ponta-cabeça; Evitar ingerir bebidas gasosas e
alcoólicas antes de viagens;
Usar roupas confortáveis
A grande festa do ano está prestes a começar. E tão importante
quanto definir o local onde você vai curtir a folia, é acertar no make e
arrasar no visual. Confira algumas e fique linda durante todo o dia ou
noite!
- Para quem vai passar o carnaval em blocos, a dica é ter
cuidado para não exagerar no pó e na base durante o dia, para a pele não
ficar oleosa e toda a produção derreter.
- Um truque simples e
muito eficiente é levar na bolsa alguns lenços removedores de
oleosidade, que são uma ótima opção para manter a pele perfeita sem
borrar a maquiagem.
- Esta é uma excelente oportunidade de usar
cílios postiços. Mas fique atento, pois eles precisam ser colados rente
às pálpebras para não te deixarem na mão! Tenha atenção redobrada ao
removê-los, lembre-se que é uma região muito sensível.
- Nos
olhos brinque com cores que combinam entre si, como, por exemplo, lilás
com azul, verde com amarelo, vermelho com laranja, etc.
- Use purpurina! Não interessa a hora do dia. O Carnaval pede muito brilho e você pode usar nos olhos, na boca e nas bochechas! É CARNAVAL…enfim chegou
a data mais esperada do ano por nós brasileiros. É hora de festejar,
comemorar, esbanjar alegria, deixar a vergonha de lado e SER FELIZ!!! O
Palpite de Luxo não podia ficar de fora da folia, por isso hoje
preparamos um editorial de beauté com dicas bem facinhas para a mulherada que quer investir em uma maquiagem diferente e arrasar no carnaval. Eita época boa para fazer tudo aquilo que temos vontade neh? Principalmente exagerar! Falar em maquiagem para o carnaval, sem dúvidas, é falar em exageros: muiiitas cores, muiiito brilho e muiiito glamour. A maior festa popular do Brasil pede makes
bem coloridas, lúdicas e diferentes daquelas que você usa no
cotidiano. Quem não gosta de ousar de vez em quando? Então aproveitem
porque a hora é agora!
No bate-pernas em busca de produtos bacanas e preços amigos, fomos parar em uma das lojas O BOTICÁRIO
aqui de Mato Grosso do Sul. Meninaaasss…piramos nas maquiagens! Tem
vários produtinhos maravilhosos, kits bem coloridos, com brilho, e com
aquele precinho que a gente adora! Hahahahahahaha! Mas antes de
mostrarmos nossos flashes, queremos compartilhar com vocês um vídeo
suuuper legal, onde o Consultor Criativo da linha Intense deO BOTICÁRIO, Sadi Consati, ensina passo-a-passo de como fazer maquiagem para o Carnaval.
Vamos lá girls?
O Carnaval chegou e nós queremos ver nossas palpiteiras brilhando na avenida!
Assistam ao vídeo abaixo e inspirem-se!!!
Muiiiiiito legal neh? Facinho facinho de fazer!
Vejam agora como ficou o passo-a-passo nas fotos…
Este é o Kit Carnaval Intense,
usado no tutorial acima. Inspirado nas cores e no clima do Carnaval, o
estojo vem com um minilápis, uma sombra e um batom. Preço? R$ 32,99.
Agora é a vez dos nossos flashes!
Fomos à uma das lojas O BOTICÁRIO,
aqui de MS, e selecionamos vários produtinhos mara que podem ser usados
perfeitamente no Carnaval. Aliás, esses kits podem (e devem!) ser
usados sempre…ficamos apaixonadas pelas cores, pela chiqueza das
embalagens, por tudo! Hehehehehe! Vejam algumas de nossas escolhas:
A loja O BOTICÁRIO do Shopping Campo Grande gentilmente
nos “emprestou” uma modelo para mostramos para vocês outro exemplo de
make, que ficou bem linda na pele morena. Vejam agora o passo-a-passo
feito pela maquiadora da loja:
Para quem quer algo mais “tcham”, veja
esse produtinho que você pode colocar em cima de qualquer sombra, usar
nos olhos, nas maçãs do rosto, sem medo de brilhar…
Olha como fica lindo…facinho de aplicar…
Estes são os produtos que foram usados na modelo…
Ahhh, aproveitando o palpite, os esmaltes também estão showww, super coloridos!
Agradecemos especialmente à equipe O BOTICÁRIO do Shopping Campo Grande…
Descubra como estes alimentos podem se transformar em remédios naturais e aliados contra a balança!
Sucos sempre fazem bem à saúde e à dieta! Aliás, as receitas à
base dos alimentos considerados funcionais têm sido uma recomendação
frequente dos especialistas para a prevenção de doenças e para a melhora
do funcionamento do organismo humano. Segundo a nutricionista Andréia
Naves, frutas como ameixa, cranberry e romã são fontes de nutrientes
benéficos ao organismo.
"As bebidas que levam estes ingredientes
contribuem, por exemplo, para a redução do risco de doenças crônicas
não transmissíveis, como hipertensão arterial, e outras
cardiovasculares, além de diabetes, hipercolesterolemia, resistência à
insulina, obesidade e câncer," afirma a especialista.
De acordo
com ela, a cranberry contém vitaminas (principalmente a tipo C),
minerais, fibras dietéticas e compostos bioativos, como flavonoides e
taninos, que são muito recomendados para a prevenção de alguns problemas
do trato geniturinário, como cistite.
"Esse fruto é uma das
maiores fontes de flavonoides e apresenta diversos efeitos positivos,
como a redução do risco de doenças cardiovasculares, atividade
anticâncer, anti-inflamatória, imunomoduladora, hepatoprotetora e
antioxidante," explica.
As substâncias contidas na cranberry
impedem a adesão de bactérias na bexiga, como a Escherichia coli, uma
das causadoras da infecção urinária. Andréia explica também que a ameixa
contém fenólicos e proantocianidinas, que atribuem à fruta
significativo poder antioxidante e previne danos às células, como
envelhecimento precoce e o agravamento de cânceres.
"Por conter
fibras, essa fruta ajuda na integridade intestinal e no processo de
emagrecimento, pois aumenta a sensação de saciedade, além de reduzir o
colesterol sanguíneo e controlar a glicemia," diz.
A
nutricionista ressalta as pesquisas que apontam a eficiência do suco de
romã pela ação antioxidante e por conter minerais, como magnésio, zinco e
selênio. "Além disso, essa fruta contém atividade anti-inflamatória,
anticâncer, antimicrobiana e anti-helmíntica (fármacos que expelem
vermes do trato gastrointestinal)”, diz ela.
Especialista dá dicas para te ajudar a selcionar o que seu
filho carrega na mochila e esclarece qual é a melhor maneira de fazer
isso.
Na semana que marca a volta às aulas em todo o Brasil, é
importante que os pais se conscientizem sobre o material escolar de seus
filhos. Afinal, o que deve ou o que não deve ser transportado pelas
crianças?
De acordo com o ortopedista do Hospital Orthomed
Center – Uberlândia (MG), Leandro Gomide, as mochilas muito pesadas ou
inadequadas podem causar dores na região lombar da criança, baixo
rendimento durante as aulas e irritabilidade no período escolar.
“Estes
são os principais sintomas que devem ser observados pelos pais. Mas, é
preciso alertar que inúmeras doenças podem afetar uma criança ou jovem
que utiliza a mochila inadequada”, diz o ortopedista.
Qual mochila usar?
Segundo
informações da Academia Americana de Pediatria as mochilas devem ter
tiras largas e acolchoadas, duas alças, possuir acolchoamento posterior e
serem confeccionadas com o material mais leve possível.
O
ortopedista lembra que a mochila deve ser proporcional ao tamanho da
criança para se ajustar bem à coluna, sem folga. “Se a mochila não se
ajusta ao corpo, o tronco é forçado a ir para trás o que
consequentemente também força os músculos da criança, fazendo com que
ela curve os ombros para facilitar o equilíbrio”, ressalta.
Estudos
comprovam que o peso da mochila deve estar entre 10 e 20% do peso
corporal da criança. “Se a criança tem 40 quilos, a mochila deve ter, no
máximo, cinco quilos”, explica o médico que ainda deixa uma dica:
“Organizar a mochila é fundamental. Deixar os objetos mais pesados no
centro e mais próximos das costas é uma forma de prevenir problemas
futuros”.
Quando a criança já tem algum problema causado pelo
peso das mochilas o ortopedista explica que a solução é fazer
fisioterapia, RPG, natação, alongamentos musculares, exercícios físicos e
orientações posturais. Mas, o médico alerta, cada caso tem um cuidado
diferente.
“O primeiro passo é encaminhar a criança a um
ortopedista para fazer uma avaliação clínica e somente assim o médico
poderá indicar o melhor tratamento. Contudo, o melhor remédio continua
sendo a prevenção. Adotando regras simples é possível evitar problemas
que podem se estender até a fase adulta”, adverte.
Comissão da Verdade chegou à conclusão de que Rubens Paiva foi morto pelo regime ditatorial. Foto: Renato Araújo/ABr
Após divulgar na segunda-feira 4 documentos que comprovam a morte do
deputado federal Rubens Paiva, em 1971, nas dependências do DOI-Codi do
Rio de Janeiro, a Comissão Nacional da Verdade quer chamar os militares
envolvidos no caso para prestar esclarecimentos. “É o casamento entre a
prova documental e a testemunhal”, diz Claudio Fonteles, coordenador da
Comissão. Segundo ele, há elementos para encontrar quem torturou e matou Paiva.
Por enquanto, foram identificados vivos dois integrantes da equipe do
DOI-Codi envolvida no caso. Um terceiro está morto. Os nomes não foram
revelados. A comissão não tem poder de punição, mas os acusados teriam de
comparecer ao chamado para não cometerem crime de desobediência. A
convocação, acredita Fonteles, não deve causar mal estar junto ao
comando militar. “Eles deixaram muito claro que as pessoas precisam dar
satisfação dos seus atos.” Os documentos que possibilitaram o desfecho do caso estavam no
Arquivo Nacional, em Brasília, e também na casa de Júlio Miguel Molina
Dias, coronel reformado do Exército morto em novembro último, em Porto
Alegre. O militar, de 78 anos, atuou no DOI-Codi depois do
desaparecimento do político e tinha uma acervo de materiais da ditadura
em sua casa. Leia mais: Comissão da Verdade atesta que Rubens Paiva foi morto no DOI-CodiPoliciais mataram ex-chefe do DOI-Codi, diz delegadoDocumentos podem desvendar história sobre deputado desaparecido Segundo a versão do regime, o deputado fugiu quando era levado para
reconhecer um imóvel no Rio. Mas o Informe nº 70 do SNI, de 25 de
janeiro de 1971, analisado pela comissão, relata como Paiva foi preso e
não menciona a fuga que teria ocorrido três dias antes daquela data. A análise da comissão foi completada ainda com o depoimento de uma
professora presa pelo regime que teria visto o deputado ferido. Já o
tenente-médico do Exército Amilcar Lobo afirmou em 1986, à Polícia
Federal, ter atendido Paiva no DOI-Codi. Ele tinha sintomas de
hemorragia abdominal e teria morrido no dia seguinte. A filha do deputado, Vera Paiva, pediu na terça-feira 5 o julgamento
dos responsáveis. “Gostaria que todos tivessem os mesmos direitos que
meu pai e outros não tiveram: o de um julgamento justo, de acordo com a
lei.”
O troco de Renan em cima do engavetador da república
Denunciado ao STF às vésperas da
eleição para a presidência do Senado, Renan Calheiros prepara o revide
contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele pretende
contrariá-lo no Congresso e questionar sua conduta
Josie Jeronimo
A VINGANÇA
O procurador da República, Roberto Gurgel (amigo do Cachoeira e Demóstenes Torres) vai ser denunciado pelo presidente do Senado Renan. Talvez seja por isso que o Gurgel não queria que o Renan fosse presidente do senado
Nos últimos dias, o comportamento sereno,
em público, escondeu um contrastante estado de ânimo de Renan Calheiros
(PMDB-AL). Recém-eleito presidente do Senado, o parlamentar alagoano
remoeu por dentro um sentimento de vingança absorvido dos ensinamentos
de Maquiavel, em “O Príncipe”: para se manter, o político deve aprender a
ser mau e valer-se disso de acordo com sua necessidade, ensinava o
pensador florentino. O alvo da ira de Renan é o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel. Às vésperas de sua inevitável eleição, Gurgel
divulgou representação encaminhada ao STF em que o denunciou por
apresentar notas frias como justificativa de patrimônio. A denúncia
aumentou ainda mais a indignacão nacional com a recondução ao comando do
Senado de um político afeito a práticas dignas dos tempos do
coronelismo. Mas a acusação também atiçou ainda mais a fúria de Renan.
Agora, fortalecido internamente por ter alcançado uma vitória mais ampla
do que se previa, Renan prepara o revide. Em conversas reservadas, ele
espalhou que Gurgel atua com propósitos políticos. Na última semana, o
presidente do Senado mobilizou aliados para votarem contra as matérias
de interesse do procurador da República na Casa. Num outro passo mais
ousado, Renan passou a trabalhar nos bastidores para tentar transformar
Gurgel de acusador a acusado. A primeira medida em retaliação a Gurgel será apressar a recondução do
professor Luis Moreira ao Conselho Nacional do Ministério Público. Ele é
adversário político de Gurgel, a quem acusa de não submeter o MP aos
mesmos critérios de transparência que cobra do Legislativo e do
Executivo. A indicação de Moreira vinha sendo protelada por um acordo de
cavalheiros no Senado. Não se mexia com as denúncias contra
parlamentares, inclusive Renan, e, em troca, mantinha-se o adversário de
Gurgel longe no Conselho. O ataque pré-eleitoral quebrou esse acordo – e
não só.
Aliado de Renan desde 1989, quando os dois programaram a campanha
presidencial enquanto jantavam um pato laqueado em Pequim, o senador
Fernando Collor (PTB-AL) partiu na semana passada para uma nova ofensiva
direta contra Gurgel. Em 2012, Collor tinha ido à tribuna do Senado
para acusar o procurador-geral de “ chantagista” e “ prevaricador”. A
nova denúncia de Collor, em parceria com Renan – uma dupla cujos
métodos políticos remetem ao cangaço – envolve a aquisição pela
Procuradoria de 1.226 tablets por R$ 3,9 milhões, numa licitação aberta
às 12h30 de 31 de dezembro de 2012. Embora a compra tenha sido realizada
por pregão eletrônico, um aspecto básico chama a atenção – o preço. A procuradoria-geral pagou R$ 2.398 pelo tablet, enquanto outras
empresas concorrentes ofereciam o preço de R$ 1.996. Em grandes lojas da
capital federal, é possível encontrar equipamentos que atendem às
mesmas especificações do edital, pelo preço de R$ 2.231. Pregões
recentes, na Universidade Federal de Goiás e da Funart, para compra de
tablets com a mesma configuração registraram preço de R$ 2.049 e R$
2.069. Outro aspecto é que a empresa vitoriosa, a Versátil Informática,
de Brasília, terminou a licitação em sexto lugar. Acabou vencedora
porque as cinco empresas que estavam à sua frente foram
desclassificadas. Em seu recurso contra a licitação, a “Criar Êxitos,”
do Mato Grosso do Sul, que terminou em primeiro e perdeu o negócio,
acusou por escrito: “Parece que o pregoeiro e a empresa vencedora estão
mancomunados”.
Gurgel ofereceu, através de uma assessora, suas
explicações para o caso. Afirmou que “durante o processo licitatório
não foi registrado qualquer pedido de esclarecimento e impugnação. O
certame teve ampla competitividade, contando com mais de vinte
participantes.” Citando uma auditoria sobre a licitação, Gurgel informou
que ela concluiu que havia ocorrido “observância dos princípios
recomendados pelo Tribunal de Contas da União e os constantes da Lei
8666/93”. A auditoria foi realizada pelo próprio Ministério Público, que
tem Gurgel como procurador-geral há quatro anos, com mandato até julho,
sem direito a uma nova reeleição. Consultado sobre as acusações de
“chantagista” e “prevaricador”, Gurgel fugiu e mandou dizer que não iria
comentá-las, por considerar que “são críticas genéricas.” O que vem a ser criticas genéricas Entre aliados de Collor, a versão é menos trivial. Carrega a malícia e o
veneno típicos do político alagoano notabilizado pelo estilo “bateu,
levou”, adotado ao longo de sua trajetória política. Eles acusam Gurgel
ter feito uma troca de favores com o ex-senador Demóstenes Torres para
ser reconduzido a um segundo mandato no Ministério Público, em agosto de
2011. A versão é que, naquele momento, em posição frágil entre vários
integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, ele pediu apoio
político a vários senadores, entre os quais Demóstenes, ex-presidente da
própria CCJ e então personagem influente no Senado. Em troca desse
apoio, insinuam auxiliares de Collor, ele arquivou os dados da Operação
Vega, que envolviam Demóstenes com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira. Procurado, Demóstenes não quis se pronunciar. “Ele
fez chantagem a um senador da Republica”, diz Collor. O futuro das
acusações contra Gurgel é obscuro e parece pouco provável que, com base
apenas nas denúncias já conhecidas, a Mesa Diretora da Casa, que tem a
responsabilidade de aceitar uma investigação dessa natureza, aceite
alguma acusação contra ele. No entanto, os aliados de Renan recordam
que, conforme o artigo 52 da Constituição, cabe privativamente ao Senado
processar e julgar crimes de responsabilidade do procurador-geral da
República. Como se vê, Renan e sua turma não parecem estar de
brincadeira quando ameaçam retaliar o chefe do Ministério Público.
CONFRONTO À VISTA
Conforme o artigo 52 da Constituição, cabe ao Senado processar e
julgar crimes de responsabilidade do procurador-geral da República
Escolhido em circunstâncias semelhantes às de Renan para presidir a
Câmara de Deputados, o deputado Henrique Alves (PMDB-RN) herdou uma
questão igualmente beligerante e espinhosa: a perda de mandato dos
quatro deputados condenados pelo mensalão. O Supremo considerou que
tinha o direito de definir a cassação dos deputados, apesar das
determinações do artigo 55 da Constituição, que reserva ao Congresso a
palavra final sobre perda de mandato. Henrique Alves, em campanha,
comprometeu-se em defender as prerrogativas da Câmara. “É imprescindível
a última palavra do Legislativo,” disse em entrevista à ISTOÉ
(6/2/2013). Após a vitória, Henrique Alves encontrou-se com Joaquim
Barbosa, presidente do STF. Embora tenha dito que a conversa não tratou
do assunto, na saída, disse que “não há hipótese” de a Câmara contrariar
a decisão do Supremo. Ficou uma ambiguidade. Uma parte do debate
envolve a condenação pelo Supremo, as penas de prisão e as multas. Não
há hipótese de o Congresso modificar isso. Outra parte envolve a perda
do mandato, resolvida pelo STF, cabendo ao Congresso apenas referendar –
burocraticamente – a decisão.
Antes de chegar à Câmara, a sentença do mensalão precisa completar
seu percurso no STF. Cada condenado irá apresentar recursos e embargos,
que permitem a revisão de decisões tomadas com pelo menos quatro votos
em contrário. Uma dessas decisões envolve, justamente, o ritual de perda
de mandatos, definida pelo apertado placar de 5 a 4. Os deputados
condenados vão recorrer, pedindo ao STF que se faça uma nova
deliberação, devolvendo a decisão para a Câmara. Eles acreditam que têm
chances de reverter a decisão por duas razões. Teori Zavaski, o mais
novo ministro do STF, não votou na primeira fase do julgamento e deve
fazer isso agora. Se mantiver seus posicionamentos passados, inclusive
por escrito, Zavaski trará o quinto voto a favor da defesa, empatando a
decisão. Há mais ainda. Dilma Rousseff não nomeou, até agora, o
substituto da vaga deixada por Carlos Ayres Britto. Nada impede que o
novo nomeado, ainda em estudos, se apresente para votar os recursos,
caso a deliberação seja mais demorada. É mais um voto que pode pender a
balança para um lado ou para outro. Depois que essas questões forem
resolvidas, no Supremo, o debate chega à Câmara. E aí todas as
ambiguidades terminarão.
Sobe para 80 o número de atentados em 25 cidades de Santa Catarina
Foram registrados quatro atentados na madrugada desta sexta-feira (8). São Bento do Sul registrou sua primeira ocorrência nesta onda de ataques.
Do G1 SC
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Ônibus ficou parcialmente queimado em São José
(Foto: Eduardo Fernandes/CBN Diário)
Neste nono dia de ataques em Santa Catarina, subiu para 80 o número de
atentados em 25 cidades. Entre a noite de quinta (7) e a madrugada desta
sexta-feira (8), a Polícia Militar registrou sete incêndios em São
José, Navegantes, São Bento do Sul, Chapecó, Tubarão e Palhoça. Não
houve feridos em nenhum dos casos e, até as 6h ninguém havia sido preso.
Os novos ataques começaram por volta das 20h30, na Grande
Florianópolis. No bairro Ipiranga, no município de São José, um ônibus
foi parcialmente incendiado, segundo o Corpo de Bombeiros e a Polícia
Militar (PM) da cidade. Segundo informações dos dois órgãos, os
bombeiros conseguiram apagar o fogo antes da destruição total do
veículo.
Por volta das 23h20, a cidade de Navegantes, no Vale do Itajaí,
registrou a segunda ocorrência da noite. Segundo a PM, criminosos
atearam fogo em dois automóveis, que foram parcialmente queimados. O
ataque, conforme a Polícia, foi no Bairro São Paulo.
Na madrugada de sexta-feira (8), São Bento do Sul, no Norte do Estado,
registrou sua primeira ocorrência nesta segunda onda de ataques pelo
estado. Por volta de 0h10, criminosos incendiaram um caminhão no bairro
Centenário. Conforme informações da polícia, vizinhos ouviram um barulho
e chamaram o proprietário do veículo, que conseguiu conter as chamas.
Por volta da 1h30, um veículo de pequeno porte também foi incendiado,
no Bairro São Cristovão, em Chapecó. Segundo informações da Polícia,
cinco menores atearam fogo no automóvel e a própria guarnição da PM
controlou o incêndio. O proprietário do carro, que teve danos no
estofamento e tem placas de São Paulo, não foi localizado.
Em Tubarão, um carro particular, que estava estionado na garagem de uma
residência foi incendiado por volta das 3h45. O caso ocorreu avenida
Getúlio Vargas, no centro da cidade. De acordo com a Polícia Militar,
guarnições conseguiram controlar o fogo e só o parachoque do automóvel
ficou danificado. Foi encontrada uma garrafa pet com combustível no
local.
Às 5h foi ateado fogo em uma loja de roupas e calçados na avenida Bom
Jesus, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Segundo a polícia, uma
garrafa pet com combustível foi jogada no estabelecimento comercial.
Quando os bombeiros chegaram no local não havia mais chamas. De acordo
com o Corpo de Bombeiros, apenas uma parte da loja foi atingida.
De acordo com órgãos de segurança, os ataques podem ter relação com
denúncias de maus-tratos em presídios catarinenses, transferências de
presos e repressão ao tráfico de drogas. Entre a noite da última
quarta-feira de janeiro (30) e a madrugada desta sexta (8) foram
confirmados 80 atentados em Santa Catarina. Os criminosos escolhem como
alvo principalmente ônibus e outros tipos de veículos, edificações de
órgãos públicos e casas de profissionais que atuam em órgãos de
segurança pública. Entenda o caso
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de
quarta-feira (30), no Vale do Itajaí. Até 6h30 desta sexta-feira (8), a
Polícia Militar havia confirmado 80 ataques. Veículos foram incendiados e
foram disparados tiros e jogados coquetéis molotov contra prédios
públicos. As ocorrências foram registradas em 25 municípios: Navegantes,
São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São
Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário
Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial,
Brusque, Blumenau, Garuva, Bom Retiro, São Bento do Sul e São João
Batista.
O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a
Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é que as ordens sejam
comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As
autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de
maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no
sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas
escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo. A
Polícia Militar disponibilizou um disque denúncia para qualquer
informação relacionada aos atentados, que podem ser feitas de forma
anônima. O número é 181.
Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados,
durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios
catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor
da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.
Blitz em São Paulo também vai flagrar motorista que usa maconha e cocaína
Governo de SP vai testar aparelho nesta sexta-feira (8) na capital paulista. Programa será lançado na cidade de São Paulo e depois no estado.
Do G1 São Paulo, com informações do Bom Dia Brasil
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PM durante blitz da nova Lei Seca em São Paulo
(Foto: arquivo)
A partir desta sexta-feira (8), o governo do estado de São Paulo
vai testar nas ruas da capital paulista aparelhos capazes de flagrar
motoristas que consumiram maconha e cocaína. Segundo informações do Bom
Dia Brasil, os equipamentos serão usados em um novo modelo de blitz para
fiscalizar a Lei Seca, que já combate o consumo de álcool ao volante.
Policiais irão parar condutores de veículos suspeitos de estar sob o
efeito de drogas e coletar gotas de saliva para a realização do teste
para a constatação do uso de maconha e cocaína. Quem for pego poderá ser
multado e preso. A operação Lei Seca teve início em todo o país nesta sexta.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 10 mil agentes vão
intensificar a fiscalização nas rodovias - são 1.500 novos agentes
contratados entre 2012 e 2013. Além disso, folgas foram suspensas,
plantões extras criados e funcionários de áreas administrativas
deslocados para as rodovias. Os agentes vão contar com cerca de 1.200
bafômetros.
Direção Segura
Segundo o governo paulista, no estado a “nova operação Direção Segura
integra sensibilização e fiscalização dos condutores, com ação pioneira
para a detecção de drogas no organismo”. O programa será lançado na
manhã desta sexta, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, com o
governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele assinará o decreto que oficializa
a Direção Segura.
A ação será realizada durante todo o carnaval, entre os dias 8 e 12 de
fevereiro, na cidade de São Paulo. Depois, a operação será ajustada para
implantação gradativa em todo o estado.
De acordo com o governo, a ação será integrada entre oito secretarias e
a sociedade civil para a prevenção e redução de acidentes e mortes no
trânsito. Participarão as secretarias estaduais de Planejamento e
Desenvolvimento Regional (por meio do Detran-SP) e Segurança Pública
(por meio das Polícias Militar, Civil e Técnico-Científica), com apoio
das secretarias de Educação, Direitos da Pessoa com Deficiência,
Fazenda, Logística e Transportes, Saúde e Transportes Metropolitanos,
além da associação Amigos Metroviários dos Excepcionais (AME).
A operação
O governo informa que em poucos minutos o equipamento sinaliza, por
meio da saliva, se há presença de maconha e cocaína no organismo. Nesses
casos, também vale a regra da "tolerância zero" da Lei Seca: quem for
flagrado conduzindo sob efeito dessas substâncias será multado e poderá
ser preso.
Antes feitas exclusivamente pela Polícia Militar, as operações agora
vão reunir diferentes órgãos. O objetivo é agilizar as providências
necessárias durante as abordagens. Em acordo com a nova Lei Seca, a
operação contará com câmeras para registrar imagens que poderão ser
utilizadas como prova nos casos em que o motorista se negue a realizar
os testes.
Nas ações, além da presença de álcool e drogas no organismo, também
será verificado se o condutor está com a documentação em dia, tanto dele
quanto do veículo. Havendo alguma irregularidade, poderá ser multado,
ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) recolhida (se estiver
vencida, por exemplo) ou o veículo retido (se estiver sem o
licenciamento) - dependendo do caso previsto no Código de Trânsito
Brasileiro (CTB).
Mudanças nas regras
Como era
Como ficou
Bafômetro
Multa de R$ 1.915,30 para motorista que tiver nível de álcool acima de 0,1 mg/l de ar expelido do pulmão
Multa permanece, mas limite foi reduzido para 0,05 mg/l de ar expelido
Exame de sangue
Limite de álcool era de 2 dg/l de sangue
Agora não há limite. Mínimo índice de álcool dará multa
Crime
Carteira de habilitação é suspensa, detenção de 6 meses a 3 anos para quem tiver mais de 0,34 mg/l de ar expelido
Regra mantida
Sensibilização
Outra novidade do Programa Direção Segura será a participação de
cadeirantes nas ações para sensibilizar a população. Vítimas de
acidentes trânsito, eles serão responsáveis por ações integradas de
educação, com abordagens em bares, restaurantes e baladas, locais onde
boa parte dos frequentadores consome bebida alcoólica; além de palestras
de conscientização para estudantes do ensino médio, que serão os
futuros motoristas.
Ao todo, o programa Direção Segura deverá custar R$ 40 milhões. O valor
inclui a aquisição de veículos, equipamentos e a operação do programa
em todo o Estado. Sobre a nova Lei Seca
A lei nº 12.760, conhecida por "tolerância zero", foi sancionada em 20
de dezembro de 2012 e instituída pela resolução 432 do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran), em 23 de janeiro de 2013.
Antes, se o etilômetro registrasse até 0,10 miligramas de álcool por
litro de ar expelido, o motorista era liberado. Atualmente, a presença
de 0,05 miligramas de álcool por litro de ar expelido já configura
infração. O novo limite equivale a menos de um copo de cerveja. Ou seja,
qualquer quantidade de álcool já é suficiente para gerar a infração, o
que significa "tolerância zero". Multa e prisão
De 0,05 miligramas a 0,33 miligramas resulta em multa de R$ 1.915,40 e
suspensão do direito de dirigir por 12 meses (sete pontos na CNH -
infração gravíssima).
A partir de 0,34 miligramas, o motorista é obrigado a pagar multa de R$
1.915,40, tem suspenso o direito de dirigir por 12 meses (sete pontos
na CNH - infração gravíssima), e passa a responder processo por crime de
trânsito, que pode levar à pena de seis meses a três anos de prisão. Se
o condutor voltar a cometer a infração no período de 12 meses, a multa
será dobrada. Provas do consumo de álcool
Com a nova lei, podem ser utilizados, além do etilômetro, exames de
sangue (e outros exames laboratoriais), testemunhos de terceiros, fotos e
vídeos para comprovar a embriaguez do motorista.
Envelhecimento da população é apontado como causa principal
Rio -
O número de pessoas com Alzheimer deverá triplicar até 2050, aponta
artigo publicado pela revista científica ‘Neurology’. Apesar de
basear-se em parâmetros dos Estados Unidos, o estudo chama a atenção
para a necessidade de aumento das pesquisas e das estratégias de
prevenção da doença no mundo.
A perspectiva deve-se ao envelhecimento da geração “baby boom”, período
em que houve uma explosão no número de nascimentos no pós Segunda
Guerra Mundial.
Pesquisadores ainda estudam formas para evitar
a degenerescência de células do cérebro e a doença
O estudo, realizado em Chicago, teve a participação de 10.800
voluntários com idades acima de 65 anos. Eles tiveram os riscos da
doença monitorados a cada três anos. Os resultados foram cruzados com
dados atuais de população e mortalidade dos Estados Unidos mostrando
que, em 40 anos, a população com a doença pode chegar a 13,8 milhões,
contra os 4,7 milhões em 2010.
Para André Gustavo Lima, da Academia Brasileira
de Neurologia, o principal cuidado para garantir a qualidade de vida de
pacientes com Alzheimer é o diagnóstico precoce. “É difícil saber
previamente quem vai desenvolver a doença ou não. Por isso, o importante
é identificá-la o mais cedo possível”.
Segundo o especialista, o mal só costuma ser percebido por parentes
cerca de três anos após o doentes manifestarem os primeiros sintomas. A
doença causa deterioração das funções cerebrais.
No Brasil,
com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
estima-se que, atualmente, 1,2 milhões de pacientes sofram com a doença.
São 100 mil novos casos por ano. “Nosso país deve se estruturar para
dar suporte não só às pessoas com Alzheimer, mas à população idosa que
está por vir”, diz Gustavo. Romã é aliada na prevenção
Pequisa da Universidade de São Paulo constatou que a romã pode ser um
forte aliado na prevenção do mal de Alzheimer. O motivo é o alto teor de
substâncias antioxidantes presentes na casca da fruta.
De acordo Maressa Morzelle, autora da pesquisa, os antioxidantes
combatem os radicais livres que matam as células do corpo, provocando
doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer. Maressa buscou
alternativas para transformar o extrato em pó, tornando-o mais prático para o consumo.
Além disso, pesquisadores da Universidade da Califórnia afirmam que não
fumar, ler, controlar a pressão, praticar exercícios e fazer uma dieta
saudável são atitudes fundamentais para prevenir doença.
Conhecem-se várias doenças resultantes da
existência de alterações na estrutura de determinados genes e
transmitidas aos descendentes pelos indivíduos afetados ou pelos
portadores assintomáticos do defeito genético.
Generalidades
A
dotação cromossómica determina as características anatómicas e
fisiológicas de cada indivíduo, tanto normais como patológicas, e neste
sentido pode-se considerar que na origem de várias doenças participam
factores genéticos. No entanto, muitas dessas doenças dependem de uma
actividade anómala conjunta de diversos genes e algumas manifestam-se
apenas quando coincidem determinados factores ambientais, pelo que não
são consideradas, no sentido estrito, como doenças genéticas. Nestes
casos, fala-se de "predisposição hereditária": a existência de
antecedentes familiares aumenta a probabilidade de se apresentarem, mas
não é determinante.É diferente o caso das doenças que derivam
especificamente da existência de algum defeito em apenas um gene
estrutural e, por isso, na proteína que codifica, ou seja, nas
denominadas alterações monogénicas - são estas as consideradas doenças
genéticas hereditárias. Dado que existem tanto genes dominantes como
recessivos e que alguns indivíduos apresentam a mesma versão de um
determinado gene nos dois cromossomas homólogos correspondentes
(homozigóticos), enquanto que outros têm diferentes versões de um
determinado gene em ambos os cromossomas homólogos (heterozigóticos),
são várias as possibilidades de ser afectado por um defeito genético e
de transmitir um gene defeituoso aos descendentes. Assim, estas doenças
manifestam-se em todos os indivíduos que possuem na sua dotação
cromossómica apenas um gene defeituoso dominante ou a mesma versão de um
gene defeituoso recessivo nos dois cromossomas homólogos,
transmitindo-se aos descendentes segundo as rígidas leis da
hereditariedade.
Causas
Todas
as doenças genéticas hereditárias devem-se à existência na dotação
cromossómica de um gene defeituoso e, como consequência, a uma alteração
da síntese da proteína que esse gene codifica, que pode corresponder a
uma enzima ou outro elemento com um papel mais ou menos importante no
funcionamento orgânico. O tipo de doença e a sua gravidade dependerão da
actividade da proteína cuja síntese é regulada pelo gene defeituoso,
mas a base é a mesma em todos os casos: o gene alterado dará lugar à
produção de uma proteína anómala ou em quantidades anormais, com a
consequente perturbação bioquímica responsável por uma determinada
doença. São vários os exemplos: um dos mais conhecidos corresponde à
hemofilia, provocada pela existência de um defeito num gene que codifica
uma proteína que actua como factor da coagulação e que, ao não ser
produzida correctamente, favorece um quadro caracterizado pela tendência
para hemorragias.Uma condição necessária para que se manifeste
uma doença deste tipo é o defeito genético estar presente em todas as
células de um indivíduo, o que pode acontecer por dois motivos: porque o
defeito já está presente na dotação cromossómica herdada dos
progenitores ou porque se produz no momento da formação das células
germinativas, cuja união dá origem a um novo ser. Assim, uma
possibilidade implica que existam já antecedentes familiares da doença,
enquanto que a outra implica o "aparecimento" do defeito genético numa
das células germinativas que dão origem a um novo ser, que
posteriormente o transmitirá à sua descendência. Esta última hipótese
pode acontecer como consequência de uma falha na replicação do ADN
durante o processo de divisão dos elementos precursores das células
germinativas: por vezes, tra-ta-se de uma mutação, ou seja, de uma
transformação brusca que se produz espontaneamente e de forma
imprevisível por mecanismos naturais pouco claros, envolvidos no
mecanismo da evolução das espécies, enquanto que noutros casos deve-se à
acção de agentes que produzem danos nos cromossomas ou alteram a sua
replicação, tais como radiações, substâncias químicas, vírus, exposição a
temperaturas elevadas, etc.As falhas na replicação do ADN podem
originar diversas alterações na estrutura dos genes, que são formados
por uma sucessão bem definida de tripletos de bases nitrogenadas. Assim,
pode ocorrer a substituição de uma base nitrogenada por outra
diferente, a perda de uma base presente no gene original (eliminação) ou
a incorporação de alguma que não estava presente (adição). Como
consequência de qualquer um destes erros, o gene já não poderá codificar
correctamente a proteína correspondente e, se esta cumpre um papel
importante no funcionamento orgânico, produzir-se-á uma doença.
Informações adicionais
Conceito de portador
Nem
todos os indivíduos que têm um gene defeituoso na sua dotação
cromossómica sofrem de uma doença genética, porque o gene em questão
pode ser recessivo e expressar-se apenas quando está presente nos dois
cromossomas homólogos; assim, se uma pessoa tiver num dos componentes de
um par de cromossomas homólogos um gene defeituoso recessivo e no outro
um gene normal, não terá qualquer problema. No entanto, poderá
transmitir esse gene defeituoso à descendência: se um filho receber o
mesmo gene defeituoso recessivo do outro progenitor, terá a mesma versão
alterada em ambos os cromossomas homólogos e, aí sim, sofrerá da
doença. Por isso, diz-se que o indivíduo que tem na sua dotação
cromossómica um só gene defeituoso recessivo é "portador" do defeito
genético: não sofrerá da doença provocada por esse gene, mas pode
transmiti-lo à sua descendência e poderá ter descendentes, mesmo
saltando gerações, que sejam afectados pela doença em questão.
Respostas
Por vezes, ouço falar de doenças congénitas e não sei se é o mesmo que doenças genéticas...
Não,
os dois conceitos são diferentes, embora por vezes possam coincidir.
Fala-se de doenças congénitas para designar as perturbações que estão
presentes desde o nascimento, mas muitos defeitos genéticos não se
manifestam até muitos anos depois do nascimento e, pelo contrário,
muitas alterações congénitas não têm necessariamente uma origem
genética.
Possibilidades de diagnóstico
Hoje
em dia, pode-se detectar com precisão genes defeituosos ou determinados
marcadores de várias doenças genéticas. No entanto, estes exames
requerem técnicas de laboratório sofisticadas, que se devem aplicar
apenas uma de cada vez, para encontrar um determinado factor de risco.
Significa que ainda não existem procedimentos para investigar ao mesmo
tempo e "às cegas" todas as doenças genéticas, pelo que a procura deve
realizar-se para cada caso específico quando se produzirem
circunstâncias que assim o aconselhem.
Filhos de homens mais velhos correm mais risco de contrair doenças genéticas
Estudo islandês conclui que a idade do pai
exerce mais influência do que a idade da mãe no risco de doenças de
origem genética, como o autismo e a esquizofrenia
A idade do pai no momento da concepção do filho influencia mais do que a
idade da mãe, no que diz respeito ao risco de doenças de origem
genética, como o autismo e a esquizofrenia. A conclusão é de um estudo
realizado pelo centro de pesquisas deCODE Genetics, da Islândia, e
publicado nesta quarta-feira (22) no periódico Nature.
Estudos anteriores haviam destacado a importância da idade das mães no
momento da gravidez. A nova pesquisa, porém, afirma que a idade dos pais
tem maior influência. Para isso, os cientistas analisaram o genoma
completo de 78 famílias islandesas, na busca de mutações genéticas que
estão presentes nos filhos, mas não em seus pais.
Segundo os cientistas, a aparição de desordens relacionadas com as
funções cerebrais, como o autismo, a esquizofrenia, a dislexia e o
atraso intelectual, está estreitamente relacionada com essas mutações.
Por este motivo, os pesquisadores se concetraram nelas.
A equipe chegou a contabilizar uma média de 60 dessas mutações ligadas à
idade do pai, enquanto só encontraram 15 relacionadas com a idade da
mãe. Os cientistas descobriram também que o número de erros genéticos
era maior entre os filhos de pais de idade avançada e que, por cada ano
que um homem atrasa sua paternidade, seu filho conta com duas novas
dessas mutações não presentes nos pais.
De acordo com a pesquisa, os filhos cujos pais têm 20 anos, por
exemplo, contam com uma média de 25 novas mutações, enquanto os filhos
cujos pais completaram 40 anos somam até 65 alterações genéticas.