Entrevista Victor Como ser uma boa sogra para o Portal Delas – Jornalista Veronica Mambrini
Como ser uma boa sogra.
•
Toda mãe é uma futura sogra em potencial. Antes de ter um filho (ou
filha) casando, como uma mulher pode se preparar para ser uma boa sogra?
A que atitudes na relação com o filho ela deve prestar atenção?
Não
existe um modelo a ser seguido no que diz respeito a preparação para
ser uma boa sogra. Talvez o fundamental seja encarar de forma aberta a
relação com a futura nora/genro e não encará-los como rivais do amor dos
filhos, mas como futuros integrantes do núcleo familiar.
Lembre-se: assim como você se casou com o filho(a) de alguém um dia, talvez alguém se case com o seu.
•
Quais são os sentimentos que mais atrapalham a relação com a nora?
Sentimento de posse com relação ao filho? Ciúme? Falta de limite? O que a
sogra pode fazer quando identifica que está incorrendo nesses
comportamentos?
No
geral, os sentimentos que mais atrapalham são cíúme, inveja, raiva,
insegurança. Sentimentos que salientam a rivalidade. Mas o x da questão é
que a nora não é uma rival, já que ela não disputa o amor do filho: ela
o tem, de diferente forma.
• É possível amar e tratar a nora como se fosse uma filha? Qual o segredo para uma relação amorosa e saudável com a nora?
Sogra
e nora podem se respeitar, conviver bem, ter uma relação de mãe e
filha. É importante perceber que a nora se tornou parte da família e não
é aquela que rouba o filho para si, afastando-o da família.
• Existe um preconceito natural na relação entre nora e sogra? Essa ideia de que a relação será tensa pode dificultar a relação?
Esse
“preconceito natural” é formatado a partir de um estereótipo social que
se vincula a imagem da sogra. Sim, carregar consigo o preconceito de
que a sogra será uma pessoa desagradável, megera, pode influenciar no
desdobramento da relação. E nem sempre a sogra será ruim.
• Proximidade ajuda ou atrapalha nessa relação?
Depende
muito que tipo de envolvimento é esse. A sogra deve lembrar que muitos
palpites, tomar partido, tentar resolver situações sem a permissão do
casal, mais atrapalham do que ajudam. Agora, proximidade no sentido de
auxiliar no crescimento do neto, trocar experiências, podem ser válidas.
Como ser a sogra dos sonhos
Acredite, a relação entre sogra e nora pode ser ótima! Veja dicas de especialistas e seja a sogra que é uma verdadeira mãe
Verônica Mambrini, iG São Paulo
No
livro “É tudo tão simples”, Danuza Leão dedica uma seção a uma lista de
deveres da sogra, que inclui “jamais telefonar para noras e genros”,
“jamais ficar amiguinha” e “jamais sugerir trocar o sofá de lugar”,
entre outros. Há também uma seção com os direitos da sogra, bem mais
mais curta: “Nenhum”. É assim que a escritora e ícone da elegância
encerra o assunto.
É possível ser a sogra dos sonhos - basta respeitar o espaço da sua nora
É
possível “ser uma mãe” para sua nora? A resposta é simples: "não". A
relação com a mãe é muito mais íntima do que com a sogra. Você pode se
dar muito bem com sua nora, mas é sempre bom manter uma saudável
distância. E essa já é a primeira das dicas para ser a sogra que toda
nora pediu a Deus.
1- A história se repete
Você
também já foi nora. “Lembre-se: assim como você se casou com o filho de
alguém um dia, alguém vai se casar com o seu”, diz o psicólogo Victor
Dalla Nora. “Tem sogra que esquece que já foi nora. Mas dá para se por
no lugar da nora e fazer uma autocrítica”, afirma a psicóloga Victoria
Rassam.
2 – Vença o ciúme
Alimentar
sentimentos negativos sempre atrapalha. “Ciúme, inveja, raiva e
insegurança ressaltam a rivalidade. Nora não é rival, já que ela não
disputa o amor do filho: ela o tem de forma diferente”, diz Della Nora.
“Muitas vezes o rapaz até escolhe uma mulher parecida com a mãe. Mas a
sogra não consegue ver essas semelhanças e olha para a outra com raiva e
medo de perder o posto”, acredita Victoria.
3 – Mantenha uma distância segura
“Geralmente
proximidade atrapalha. Sogra não é mãe”, diz a psicóloga. “Aceitar
palpite da mãe é uma coisa, da sogra é outra diferente.” A convivência
próxima é possível, desde que não interfira na vida do casal.
4 – Filho de atitude
Procure
ouvir e respeitar seu filho em relação aos limites que ele e a mulher
desejam impor à relação ou até onde eles imaginam que você pode
participar tanto da vida dele quanto da vida do casal. “O papel do filho
é fundamental na relação da sogra com a nora. É ele que deve dar
limites para a mãe".
5 – Não provoque
Mesmo
um comentário aparentemente inocente pode ser entendido como uma
alfinetada. “Existem sogras que se sentem no direito de participar de
tudo, não fazem por mal, mas precisam entender que não estão mais na
casa do filho, estão na casa da nora também”, diz Victoria. É
terminantemente proibido criticar a nora na frente do filho!
6- Tenha uma vida
“Antigamente
as mulheres viviam só para o lar. Hoje trabalham, têm profissão,
dividem as despesas. As sogras que são mulheres ativas têm mais chances
de não serem tão invasivas”, diz Victoria. Quem está ocupado com a
própria vida tem pouco tempo para dar palpite e se meter na dos outros.
7 – Netos não são filhos
Avós
podem ajudar a cuidar, mas educar não é tarefa delas. “Essa história de
que com a avó tudo pode, deixa qualquer mãe maluca! A avó não pode
deseducar a criança, deixar que faça o que a mãe proíbe”, diz Lígia
Marques. A sogra que souber ajudar no que a nora precisa sem
desrespeitar a autoridade da mãe vai ganhar muitos pontos.
8 – Não se intrometa
Não
perguntaram? Não responda. Não pediram ajuda? Não ofereça. Não
convidaram? Não apareça. Simples assim. “Deixe que eles tomem suas
decisões, afinal já são adultos e devem ser responsáveis por elas”,
declara a consultora de etiqueta Ligia Marques.
9- Mantenha a cerimônia
Para
Lígia, passar um final de semana com a sogra pode ser saudável,
principalmente para as crianças, mas fazer disso um hábito pode se
tornar o estopim de uma crise conjugal. Ah, e as visitas são isso mesmo,
visitas, e devem seguir o mesmo protocolo de uma visita qualquer. “Não
se deve perder um mínimo de cerimônia nessa relação”, diz a consultora.
Entrevista cedida pelo psicologo Victor Dalla Nora "Como ser uma boa sogra" para o Portal Delas – Jornalista Veronica Mambrini
• Toda mãe é uma futura sogra em potencial. Antes de ter um filho (ou filha) casando, como uma mulher pode se preparar para ser uma boa sogra? A que atitudes na relação com o filho ela deve prestar atenção?
Psicologo Victor
: Não existe um modelo a ser seguido no que diz respeito a preparação
para ser uma boa sogra. Talvez o fundamental seja encarar de forma
aberta a relação com a futura nora/genro e não encará-los como rivais do
amor dos filhos, mas como futuros integrantes do núcleo familiar.
Lembre-se: assim como você se casou com o filho(a) de alguém um dia, talvez alguém se case com o seu.
• Quais são os sentimentos que mais atrapalham a relação com a nora? Sentimento de posse com relação ao filho? Ciúme? Falta de limite? O que a sogra pode fazer quando identifica que está incorrendo nesses comportamentos?
Psicologo Victor
: No geral, os sentimentos que mais atrapalham são cíúme, inveja, raiva,
insegurança. Sentimentos que salientam a rivalidade. Mas o x da questão
é que a nora não é uma rival, já que ela não disputa o amor do filho:
ela o tem, de diferente forma.
• É possível amar e tratar a nora como se fosse uma filha? Qual o segredo para uma relação amorosa e saudável com a nora?
Psicologo Victor
: Sogra e nora podem se respeitar, conviver bem, ter uma relação de mãe e
filha. É importante perceber que a nora se tornou parte da família e
não é aquela que rouba o filho para si, afastando-o da família.
• Existe um preconceito natural na relação entre nora e sogra? Essa ideia de que a relação será tensa pode dificultar a relação?
Psicologo Victor
: Esse “preconceito natural” é formatado a partir de um estereótipo
social que se vincula a imagem da sogra. Sim, carregar consigo o
preconceito de que a sogra será uma pessoa desagradável, megera, pode
influenciar no desdobramento da relação. E nem sempre a sogra será ruim.
• Proximidade ajuda ou atrapalha nessa relação?
Psicologo Victor
: Depende muito que tipo de envolvimento é esse. A sogra deve lembrar
que muitos palpites, tomar partido, tentar resolver situações sem a
permissão do casal, mais atrapalham do que ajudam. Agora, proximidade no
sentido de auxiliar no crescimento do neto, trocar experiências, podem
ser válidas.
Matéria publicada no portal IG
Acredite, a relação entre sogra e nora pode ser ótima! Veja dicas de especialistas e seja a sogra que é uma verdadeira mãe
Verônica Mambrini, iG São Paulo
No livro “É tudo tão simples”, Danuza Leão dedica uma seção a uma
lista de deveres da sogra, que inclui “jamais telefonar para noras e
genros”, “jamais ficar amiguinha” e “jamais sugerir trocar o sofá de
lugar”, entre outros. Há também uma seção com os direitos da sogra, bem
mais mais curta: “Nenhum”. É assim que a escritora e ícone da elegância
encerra o assunto.
É possível ser a sogra dos sonhos - basta respeitar o espaço da sua nora
É possível “ser uma mãe” para sua nora? A resposta é simples:
"não". A relação com a mãe é muito mais íntima do que com a sogra. Você
pode se dar muito bem com sua nora, mas é sempre bom manter uma saudável
distância. E essa já é a primeira das dicas para ser a sogra que toda
nora pediu a Deus.
1- A história se repete
Você também já foi nora. “Lembre-se: assim como você se casou com o
filho de alguém um dia, alguém vai se casar com o seu”, diz o psicólogo
Victor Dalla Nora. “Tem sogra que esquece que já foi nora. Mas dá para
se por no lugar da nora e fazer uma autocrítica”, afirma a psicóloga
Victoria Rassam.
2 – Vença o ciúme
Alimentar sentimentos negativos sempre atrapalha. “Ciúme, inveja,
raiva e insegurança ressaltam a rivalidade. Nora não é rival, já que ela
não disputa o amor do filho: ela o tem de forma diferente”, diz Della
Nora. “Muitas vezes o rapaz até escolhe uma mulher parecida com a mãe.
Mas a sogra não consegue ver essas semelhanças e olha para a outra com
raiva e medo de perder o posto”, acredita Victoria.
3 – Mantenha uma distância segura
“Geralmente proximidade atrapalha. Sogra não é mãe”, diz a
psicóloga. “Aceitar palpite da mãe é uma coisa, da sogra é outra
diferente.” A convivência próxima é possível, desde que não interfira na
vida do casal.
4 – Filho de atitude
Procure ouvir e respeitar seu filho em relação aos limites que ele e
a mulher desejam impor à relação ou até onde eles imaginam que você
pode participar tanto da vida dele quanto da vida do casal. “O papel do
filho é fundamental na relação da sogra com a nora. É ele que deve dar
limites para a mãe".
5 – Não provoque
Mesmo um comentário aparentemente inocente pode ser entendido como
uma alfinetada. “Existem sogras que se sentem no direito de participar
de tudo, não fazem por mal, mas precisam entender que não estão mais na
casa do filho, estão na casa da nora também”, diz Victoria. É
terminantemente proibido criticar a nora na frente do filho!
6- Tenha uma vida
“Antigamente as mulheres viviam só para o lar. Hoje trabalham, têm
profissão, dividem as despesas. As sogras que são mulheres ativas têm
mais chances de não serem tão invasivas”, diz Victoria. Quem está
ocupado com a própria vida tem pouco tempo para dar palpite e se meter
na dos outros.
7 – Netos não são filhos
Avós podem ajudar a cuidar, mas educar não é tarefa delas. “Essa
história de que com a avó tudo pode, deixa qualquer mãe maluca! A avó
não pode deseducar a criança, deixar que faça o que a mãe proíbe”, diz
Lígia Marques. A sogra que souber ajudar no que a nora precisa sem
desrespeitar a autoridade da mãe vai ganhar muitos pontos.
8 – Não se intrometa
Não perguntaram? Não responda. Não pediram ajuda? Não ofereça. Não
convidaram? Não apareça. Simples assim. “Deixe que eles tomem suas
decisões, afinal já são adultos e devem ser responsáveis por elas”,
declara a consultora de etiqueta Ligia Marques.
9- Mantenha a cerimônia
Para Lígia, passar um final de semana com a sogra pode ser
saudável, principalmente para as crianças, mas fazer disso um hábito
pode se tornar o estopim de uma crise conjugal. Ah, e as visitas são
isso mesmo, visitas, e devem seguir o mesmo protocolo de uma visita
qualquer. “Não se deve perder um mínimo de cerimônia nessa relação”, diz
a consultora.
Entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu
Relacionamento com a Sogra
1. O papel da sogra na organização familiar.
Os desentendimentos entre sogras e noras/e ou genros me parece um
comportamento muito antigo e, ao que tudo indica, fizeram e fazem parte
do cotidiano de várias culturas. Até o final do século 19, por exemplo,
(ou até mesmo no século 20), as sogras orientais, como chinesas e
japonesas, tinham uma fama de trazerem suas noras com rédea curta. O que
existe por trás desse comportamento feminino que prece permear culturas
e épocas as mais distintas?
Psicóloga:
A questão histórica corresponde à natureza instintiva deste
relacionamento – mãe filho. As mães desenvolvem sentimento de posse em
relação aos seus filhos, são “donas” de seus filhos a partir do momento
que são responsáveis por suas vidas enquanto seres indefesos e
totalmente dependente de suas mães para sobreviver nos 1ºs anos de vida.
Esse sentimento gera outro que é fundamental para a sensação de bem
estar de todo ser humano, que é o sentimento de “poder”. Esta sensação
de poder alimenta muito da motivação que as move as pessoas para as mais
diversas realizações na vida, e quando alguém identifica uma fonte de
poder agarra-se à ela de forma tão intensa que acaba por manifestar
ações que vão contra o bem estar dos seres que mais amam – seus filhos.
2. Por que a sogra mãe do homem sabidamente é mais difícil de se lidar?
Psicóloga:
Os filhos homens acatam mais suas mães, gostam mais da dependência que
elas alimentam. As mulheres são instintivamente levadas para a busca da
independência – por isso são as mais tolhidas nas mais diversas
culturas, a mulher sempre foi uma ameaça. Sendo assim o próprio homem
quem alimenta o comportamento voraz da mãe no papel de sogra.
3. Além da disputa pela atenção do filho, do ciúme maternal o que se " esconde" por trás dessa má vontade, digamos assim, em receber uma outra pessoa no seu ciclo familiar? Medo de perder o poder sobre os filhos? O ter de dividir a intimidade que criou com o marido e os filhos com uma "estranha"?
Psicóloga:
A teoria do gene egoísta de Richard Dawkins explica muito bem. Nós (ou
nossos genes instintivamente) defendemos muito mais intensamente as
pessoas com quem compartilhamos um maior numero de genes. Por exemplo,
um filho ou um irmão tem 50% dos nossos genes, temos uma relação intensa
com eles, mas com primos a porção é bem menor, e assim sentimos uma
ligação mais frágil também (a menos que se desenvolva forte relação com o
tempo de convivência).
Agora imagine como é vista uma mulher que não tem nada a ver com a arvore genealógica desta sogra?
4. Quais são as maiores queixas das sogras em relação ao Genro?
Psicóloga:
Há uma piada que explica muito bem:
Uma mulher tem um casal de filhos casados. Ela conta às amigas que a
filha casou muito bem, pois seu genro até leva café na cama para ela,
mas o filho não teve a mesma sorte, imagine que a megera na nora recebe
até café na cama de seu adorado filhinho?
O genro tem o papel masculino de cuidador, sendo assim a sogra se
apaixonará pelo genro que a convencer (nem precisa ser verdade) de que é
um excelente provedor