1.29.2011

Estatinas para todos?

O uso da droga no  controle do colesterol de quem não tem problemas cardiovasculares conhecidos é questionado

Em todas as pesquisas e estatísticas publicadas no Brasil, e na maioria dos outros países ocidentais, a causa mais frequente de mortes é a presença de doenças cardiovasculares, responsáveis por mais de 30% de todos os óbitos registrados na população. Infartos. Derrames. Perda de função de órgãos nobres, como os rins, levando à deterioração progressiva de sua serventia, à necessidade de tratamentos mais complexos, internações e até morte.
Nos últimos 20 anos, muito se aprendeu sobre os fatores que aumentam o risco de um indivíduo desenvolver as obstruções nas artérias, chamadas de aterosclerose. Placas de gordura e de inflamação se formam dentro dos vasos sanguíneos. Aumentam progressivamente de tamanho, diminuindo o espaço por onde pode passar o sangue, até obstruir por completo a artéria. Se for artéria do coração, leva ao infarto. Se for do cérebro, ao derrame.
Vários fatores têm correlação direta com a aterosclerose. Pressão alta, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo são os mais famosos. Um fator virou o vilão desta novela. O colesterol. Fácil de medir em um simples exame de sangue, o colesterol, e suas várias frações, faz parte integrante de qualquer avaliação clínica; qualquer check-up. Logo a seguir, as indústrias farmacêuticas introduziram medicamentos que conseguem reduzir a concentração do colesterol ruim. As estatinas. Hoje em dia, essas drogas são consideradas o tratamento de escolha para pacientes que já sofreram de problemas cardíacos. No entanto, suas indicações foram extrapoladas rapidamente, e pessoas sem problemas cardiovasculares conhecidos, estão recebendo rotineiramente estatinas, pelo simples fato de apresentarem, nos exames de sangue, o fatídico aumento do colesterol.
Os cientistas começaram a suspeitar do benefício de tal abordagem. Um estudo recentemente publicado por pesquisadores ingleses avaliou o impacto da administração de estatinas a pessoas sem doença arterial obstrutiva, sobre a evolução e a prevenção de morte por doenças cardiovasculares. Incluíram no estudo mais de 34 mil pacientes sorteados em dois grupos. Um recebeu estatinas, para diminuir o nível de colesterol no sangue, o outro recebeu somente placebo, tratamento sem efeito biológico. Ao término do estudo, e de muitos anos de seguimento, ficou claro que as estatinas conseguiram reduzir a mortalidade nesses pacientes, assim como a ocorrência de problemas graves, mas não fatais, como infarto, derrame e a necessidade de cirurgias cardíacas.
No entanto, ao olharem detalhadamente as fichas individuais dos pacientes incluídos no estudo, os cientistas perceberam que essas conclusões podem ter sido influenciadas por sutis erros de escolha e de distribuição dos pacientes entre os dois grupos. Outra observação que incomodou os cientistas foi perceber que mais de 92% de todas as pesquisas publicadas até hoje, sobre os benefícios de estatinas, foram patrocinadas pelas indústrias farmacêuticas. Apesar de todos os controles exigidos pela comunidade científica e médica mundial, os autores desse estudo, liderados pelo professor F. Taylor, reconheceram que existe uma tendência de as indústrias farmacêuticas relatarem, de forma seletiva, os estudos com resultados mais favoráveis.
Apesar das vantagens detectadas no uso de estatinas, os pesquisadores sugerem ainda cautela na indicação de tais medicamentos de forma rotineira, a pessoas sem risco elevado para doenças cardiovasculares. Os mesmos autores, em outro estudo publicado previamente, também questionaram as medidas educativas e comportamentais, como dieta, para a redução das chances de morte por infarto. Apesar de benefícios intuitivamente enormes, as evidências científicas ainda não suportam claramente sua disseminação. De acordo com eles, valeria a pena sempre discutir com o médico, detalhadamente, vantagens e desvantagens do uso de estatinas para controlar o colesterol.

Riad Younes

 Comer amêndoas pode prevenir diabetes e doenças cardiovasculares

 . Foto: Getty Images Amêndoas propiciam melhorias na sensibilidade à insulina e reduções dos níveis do mau colesterol
Patricia Zwipp
Aos que gostam de amêndoa, uma pesquisa da Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey, dos Estados Unidos, indica um motivo a mais para consumi-la. Os testes mostram que este fruto previne diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares em pessoas com pré-diabetes.
Para chegar a essa conclusão, a equipe analisou 65 adultos pré-diabéticos. Parte deles investiu em uma dieta com a iguaria (aproximadamente 62g por dia) ao longo de 16 semanas.
Exames constataram que o grupo com refeições enriquecidas apresentaram melhorias na sensibilidade à insulina e reduções significativas dos níveis do mau colesterol (LDL), em comparação com os que não saborearam amêndoas. A publicação Journal of American College of Nutrition divulgou os resultados.

CATARATA

A catarata é uma patologia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de sua cápsula. Pode ser desencadeada por vários fatores, como traumatismo, idade, Diabetes mellitus, uveítes, uso de medicamentos,etc.. Tipicamente apresenta-se como embaçamento visual progressivo que pode levar a cegueira ou visão subnormal.
É uma doença conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é realizada há séculos.
Atualmente, a técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento da catarata, consiste da remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Faco-emulsificação, e posterior implante de uma lente intra-ocular.
A evolução da técnica permite hoje incisões muito pequenas, entre 2 e 3 milímetros, o que dispensa a necessidade de sutura e possibilitando assim, que o paciente seja submetido à cirurgia de catarata com anestesia tópica (apenas colírios), saindo da sala de cirurgia já enxergando, com uma visão bem próxima da visão esperada, a qual costuma ocorrer em cerca de 1 mês após a cirurgia.

Em Animais


Cão com catarata.
A catarata é um problema oftalmológico também em muitos animais, levando à cegueira. As principais causas são genéticas, inflamação no tecido intra-ocular, males da retina, traumatismo, diabetes e a idade.[1]
As causas são também, na maioria das vezes associadas à idade do animal: se até 2 anos deve ser congênita (como o estado de saúde materno) ou hereditária; entre 2 a 5-6 (catarata juvenil), pode ter causas diabetogênicas, traumas, etc.); a partir dos 6 anos nos cães, ou 20 anos nos cavalos, a catarata é senil.[1]
Algumas raças caninas são propensas à doença, dentre as quais o Afghan Hound, Beagle, Cavalier, Cocker Spaniel, Golden Retriever, Husky Siberiano, Pastor Alemão, Pointer, Poodle (Toy e Miniatura), entre outros.
Não há outro tipo de tratamento, além do cirúrgico, com índice de sucesso em torno de 90%.[1]

Catarata: o que é, e como tratá-la?

O olho humano é semelhante a uma câmara de filmar. Internamente, existe uma lente, o cristalino, com capacidade de focalização, e na parte posterior, uma película nervosa sensível, a retina, que funciona na captação de imagens.
Com a catarata há uma turvação progressiva do cristalino, que interfere na absorção da luz que chega à retina e causa uma visão borrada. A leitura fica mais difícil e dirigir um carro pode se tornar perigoso, devido às dificuldades que o portador encontra para enxergar com nitidez. “A sensação que o paciente tem é de que a visão está embaçada, como se houvesse uma nuvem, uma fumaça na frente dos olhos”, explica Dr. Miguel Zaidan, oftalmologista na Clínica de Olhos Dr. Rosuel Zaidan.
A catarata pode ter várias etiologias, como traumáticas, congênita, por uso de medicamentos, inflamatórias, entre outras. Porém a causa mais comum de seu surgimento está relacionada à idade, também denominada senil.
A principal causa de cegueira infantil é a catarata congênita (adquirida antes do nascimento ou no primeiro mês de vida), considerando que os possíveis fatores apontados são anomalia de desenvolvimento, fator hereditário, embrionário infecciosa; rubéola, toxoplasmose e sífilis materna. “Por isso, nós, profissionais de saúde, insistimos na importância de se realizar um bom pré-natal, a fim de se prevenir a criança de possíveis doenças”, ressalta o oftalmologista.
Uma vez formada, o único tratamento é a extração cirúrgica e sua indicação ocorre quando a diminuição visual interfere nas atividades rotineiras ou quando há aumento na pressão intra-ocular do paciente. “Antigamente era necessário o amadurecimento da catarata para fazer a operação. Hoje essa situação mudou, o idoso se tornou uma pessoa muito mais dinâmica: faz faculdade da terceira idade, ginástica, executa tarefas no computador”, ressalta Dr. Miguel.
Atualmente existem duas técnicas para a realização do procedimento cirúrgico: a extra-capsular e a facoemulsificação, considerando que a última é mais utilizada e com um maior avanço tecnológico. A facoemulsificação consiste em uma pequena incisão no olho, através da qual entra um aparelho que se utiliza de onda de ultra-som para fraccionar o cristalino e aspirar todos os seus fragmentos. Durante a cirurgia é mantida a cápsula posterior do cristalino, para que sobreponha uma lente intra-ocular.
A técnica extra-capsular não foi descartada como recurso, porém ela exige uma grande incisão para a retirada da catarata, e conseqüentemente uma maior necessidade de pontos, causando um retardamento na recuperação da visão.
Segundo o oftalmologista, a lente intra-ocular é multifocal e permite a visualização de objetos que se encontram longe e perto, dispensando a utilização de óculos após o ato cirúrgico. É importante ressaltar que elas já estão à venda no mercado, mas existem restrições e não são recomendadas para todos os pacientes, principalmente para aqueles que dirigem muito à noite porque causa distorção da luz. “Estamos aperfeiçoando essa lente, para que atenda a todos os pacientes, fazendo com que eles utilizem cada vez menos óculos após a cirurgia”, conclui.
Com duração de 10 a 15 minutos, a cirurgia deve ser realizada em um centro cirúrgico, onde há profissionais, disponibilização de recursos caso o paciente se sinta mal e, principalmente, esterilização do ambiente. “Mesmo realizada em um tempo curto, não podemos considerá-la banal, pois é uma cirurgia que requer cuidados com o pré e pós-operatório, porque no momento em que ocorre uma complicação pode gerar uma infecção grave, inclusive levar à perda da visão”, alerta Dr. Miguel.
De acordo com o oftalmologista, após o término do ato cirúrgico, o paciente volta a enxergar com total nitidez, mas em alguns casos isso não ocorre. Se a pessoa for diabética ou um idoso que tenha algum tipo de degeneração na retina ou senil, não terá uma recuperação total da visão.
Uma vez removida, a catarata não volta. O que normalmente acontece é opacificação de uma película que proporciona o suporte à lente intra-ocular, causando o embaço da visão e, durante o ato cirúrgico, o médico deve agir com cautela para não danificá-la. “Quando o paciente chega no consultório reclamando da vista embaçada após um determinado tempo, utilizamos como tratamento um aparelho chamado Yag laser, que realiza a limpeza dessa película e a pessoa volta enxergar como estava no pós-operatório”, diz o oftalmologista.
Durante a recuperação, o paciente deve seguir toda a orientação de seu médico, como não coçar os olhos com força, não carregar peso, e, principalmente, usar de maneira correta os colírios prescritos e comparecer a todas as consultas, a fim de evitar ou mesmo detectar precocemente qualquer complicação.



Liberte-se dos excessos

Embora as pessoas reclamem com imensa frequência daquilo que não possuem, existe outra questão que merece toda a nossa atenção: aquilo que possuímos em excesso.

Aliás, os excessos costumam ser mais prejudiciais que as faltas, mas demoram mais para serem percebidos. As faltas nós notamos imediatamente, os excessos só quando despertam a nossa consciência.
Comemos em excesso (observe você mesmo), trabalhamos em excesso (anda cansado, não é?), guardamos coisas em excesso (dê uma olhada em suas gavetas), nos importamos em excesso com a opinião dos outros... Há um excesso de preocupações e acúmulo de “gorduras” em diversas áreas de nossas vidas.
Em geral, possuímos mais do que necessitamos para ser feliz, mas continuamos insistindo na desculpa de que não somos felizes porque nos falta alguma coisa. E de fato falta: falta assumirmos um estilo de vida mais franco, sincero e liberto.

Tudo o que temos em excesso demanda tempo e energia para ser administrado. Roupas demais, CDs demais, bagunça demais, lembranças demais (fique com as que valem a pena, pelo aprendizado ou felicidade que trouxeram), compromissos demais, pressa demais.

Todos nos beneficiaremos com a prática de determinado nível de minimalismo (sem excessos, porque isso também pode ser demais). Podemos reinventar nossa maneira de viver para viver com o necessário. Não precisa ser o mínimo necessário, pode haver algumas sobras, mas sem os exageros de costume.

Viver melhor com menos. Isso traz uma sensação de leveza e felicidade tão maravilhosa que todos devemos, ao menos, experimentar. Na melhor das hipóteses, aprendemos e adotamos um novo estilo de vida.

Quem está em processo de mudança, reconhece rápido o quanto acumulou de coisas em excesso, e aprende que pode viver tão bem, ou melhor, com muito menos!

Se vamos acampar, somos felizes apenas com uma mochila...

Liberte-se dos excessos de todo o tipo: excesso de informação (aliás, muita coisa é só ruído, nem mereceria sua atenção); excesso de produtos e serviços (consumismo é uma válvula de escape para não olharmos para nossa própria existência e para o vazio que buscamos inutilmente preencher com compras); excesso de relacionamentos (nem todos valem a pena, não é verdade?). Viva mais com menos, experimente algum nível de minimalismo. Permita-se sentir-se livre dos acúmulos e excessos.

Nada é mais gratificante que a liberdade, a sensação de que você se basta sem precisar de um arsenal de coisas, sons e cores a seu redor. Dedique-se a experimentar essa libertadora sensação. Quem sabe viver com pouco, sempre saberá viver em quaisquer situações, mas aqueles que só sabem viver com muito, nas mínimas provações e ausências sofrem e se desesperam. Esses últimos se confundiram com seus excessos... e na falta deles, não se reconhecem.

Nunca sabemos se viveremos com o que temos, com mais ou menos no dia de amanhã, mas se aprendermos a viver com o que é essencial, viveremos sempre bem.

Todo excesso é energia acumulada em local inapropriado, estagnando o fluxo da vida. Excesso de excessos corresponde à falta de si mesmo. E se o que te falta é você, nada poderá preencher esse vazio...
Fonte UOL

Medidor de glicose ganha conectividade 3G

Produto transfere leituras de glicose aos familiares ou ao médico.
Aparelho chega ao mercado norte-americano no segundo semestre de 2011.

Medidor de glicose com transmissão 3G 
Medidor de glicose com transmissão 3G (Foto: Reprodução/telcare.com)
A Qualcomm e a Telcare anunciaram planos para integrar o módulo Internet of Everything (IEM, ou Internet das Coisas), ao medidor de glicose Telcare 3GM, que está em processo de desenvolvimento.

O aperelho Telcare 3GM, atualmente em fase de protótipo, vai usar o módulo da Qualcomm criado para transferir as leituras de glicose no sangue aos familiares ou ao médico do paciente, a cada teste efetuado.

Um entre cada dez adultos norte-americanos tem diabetes e os especialistas estimam que o índice da doença pode triplicar nos próximos 40 anos.

O medidor de glicose Telcare 3GM tem como objetivo diminuir a distância entre o paciente e o profissional da saúde. Por meio de banda larga móvel 3G, o produto permite que pacientes e profissionais da saúde monitorem e respondam às alterações nos níveis de glicose de um indivíduo.

Esse feedback contínuo pode fornecer às pessoas com diabetes um estilo de vida mais flexível, além de proporcionar a elas um melhor controle e gerenciamento da doença. A Telcare planeja iniciar testes clínicos nos EUA, no segundo semestre de 2011, para explorar o potencial do 3GM, que busca melhorar o atendimento, manter o status da saúde dos pacientes e, simultaneamente, reduzir o custo com cuidados médicos.

As soluções de IEM incorporadas às comunicações sem fio machine-to-machine (M2M) oferecem suporte às empresas líderes mundiais em tecnologia 3G com GPS integrado, voz, recursos de dados e texto, além de sensores de movimento. O porte compacto do IEM permite fácil integração com os dispositivos "weareable" (que se pode vestir) de última geração.
G1.com

Segurança para os idosos

Para proteger os mais velhos das complicações causadas por quedas, novos sistemas detectam os tombos e acionam centrais preparadas para prestar socorro rapidamente

Rachel Costa
Revista Isto É
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Sem filhos e viúva, a aposentada Maria Ignez Silva Macedo, 74 anos, sofreu uma queda, há cerca de um mês e meio, ao sentir-se mal após o banho. Sem ter ninguém para ajudá-la, Maria Ignez apelou para a tecnologia: apertou um botão que sempre traz junto ao corpo e, com a ajuda dele, chamou a ambulância. O equipamento que ela tem em casa é ainda pouco conhecido no Brasil. Chama-se botão de pânico. Semelhante, no tamanho e no peso, a um controle de alarme de carro, o artefato, quando acionado, contata uma central de emergência que providencia socorro. “Rapidamente havia uma ambulância na minha porta”, conta Maria Ignez.
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CHAMADO
Se cair, o usuário aperta o botão. Na central,
um atendente vai providenciar a ajuda
A tecnologia tem se mostrado particularmente útil a pessoas como Maria Ignez, integrante de uma população que vem aumentando nos últimos anos: a de idosos morando sozinhos. Ela cresceu quase 80% entre 1999 e 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e hoje já soma 2,9 milhões de pessoas no Brasil. Ativos e em busca de privacidade, eles não abrem mão da vida sozinhos. Porém, como todas as pessoas mais velhas, estão sujeitos a um dos problemas mais graves nessa faixa etária: as quedas. “Tombos são a principal causa de injúrias e de morte em pessoas com mais de 70 anos”, disse à ISTOÉ o médico Julius Cheng, do departamento de cirurgia da Universidade de Rochester, nos EUA.

Recentemente, Cheng publicou um estudo com a análise do histórico de 57.302 pacientes que haviam sofrido pequenas quedas. Descobriu que, entre os maiores de 70 anos, a mortalidade em decorrência desses acidentes era três vezes maior que entre o restante da população. Quando moram sós, os idosos ficam ainda mais suscetíveis às complicações derivadas dos tombos. “Eles podem não conseguir se levantar por conta própria e não haverá ninguém para socorrê-los”, analisa a médica Maysa Seabra Cendoroglo, chefe da disciplina de geriatria e gerontologia da Universidade Federal de São Paulo.

Por isso, aparelhinhos como o que ajudou a aposentada estão, aos poucos, ganhando espaço no Brasil. Por aqui, empresas do setor de telecare (cuidado à distância) começam a comercializar o serviço, já comum nos EUA e na Europa. Como tudo que é novo, o equipamento ainda encontra resistência por parte de seu público. “Vi o aparelho em uma propaganda e no começo tive um pouco de receio de comprar”, conta a desembargadora Rosa Maria Zuccaro, que contratou um serviço de telecare para o pai, seu Antônio, 96 anos. “Hoje o recomendo a todos que têm uma pessoa de idade na família”, fala. Desde a aquisição, seu pai já recorreu, por três vezes, às ambulâncias providenciadas pela central de atendimento.
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ALERTA
Seu Antônio, 96 anos, usou três vezes o
sistema contratado pela filha, Rosa Maria
A tecnologia é simples. O idoso recebe um botão, geralmente usado como colar ou pulseira, e o aciona caso sofra quedas ou sinta-se mal. Quando isso acontece, é enviado um sinal para a central de atendimento, que entra em contato por meio de um sistema de viva-voz. “Se a pessoa se recuperar, pode dispensar o envio do serviço de emergência”, esclarece José Carlos de Vasconcellos, presidente da Telehelp, uma das companhias que oferecem o serviço. “Caso ainda se sinta mal ou se o atendente não conseguir falar com o cliente, a ambulância é acionada”, explica.

Fora do País, tecnologias mais avançadas garantem ainda mais segurança. “Desenvolvemos um botão com auto-acionamento”, conta Walter van Kuijen, vice-presidente da área de soluções de monitoramento remoto de pacientes da Philips Healthcare. O sistema capta a mudança brusca de posição e avisa a central de socorro. “É opção nos casos em que a pessoa perde a consciência na queda e por isso não pode acionar o equipamento”, diz Van Kuijen. A tecnologia, hoje disponível em território americano e canadense, será trazida para o Brasil no próximo ano.

Outra solução disponível lá fora é a instalação de sensores nos cômodos. “Isso permite monitorar se a pessoa saiu da cama ou se está em casa”, disse à ISTOÉ Jason Ray, vice-presidente da empresa americana SimplyHome. Essas informações são transmitidas para os parentes ou amigos cadastrados como cuidadores do idoso. “Se ele acende o fogão e sai muito tempo da cozinha, por exemplo, o cuidador é informado”, fala Ray. Tudo isso para garantir aos mais velhos que não abrem mão de sua independência uma vida mais segura. E, a seus familiares, mais tranquilidade.
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Bactéria encontrada no queijo pode causar doença cardíaca

Pessoas com problemas pré-existentes correm mais riscos

Queijo Contaminação alimentar: as cepas têm uma incapacidade incomum de se desenvolver em baixas temperaturas e podem infestar queijos e alimentos congelados 
As bactérias possuem uma proteína em sua superfície capaz de causar sérios problemas cardíacos
Variedades da bactéria Listeria monocytogenes, bacilo normalmente encontrado no queijo e em comidas prontas e conhecido por causar infecções alimentares, podem causar doenças cardíacas. De acordo com estudo realizado por três universidades americanas e publicado no periódico Journal of Medical Microbiology, as diversas variedades de bactérias do gênero listeria, encontrada nesses alimentos, são mais prejudiciais às pessoas com problemas cardíacos pré-existentes ou àquelas que tiveram válvulas cardíacas substituídas.
Segundo os pesquisadores, ratos que ingeriram comida contaminada e foram infestados por essas variedades tinham uma concentração até 15% maior das bactérias no coração. Com uma capacidade incomum de se desenvolver em temperaturas baixas, o bacilo pode ser encontrado em queijos, alimentos congelados, vegetais crus, peixes, saladas e em leite não-pasteurizado. Normalmente, ele vive de maneira inofensiva no intestino de pelo menos 5% das pessoas consideradas saudáveis.
A mesma pesquisa explica que as bactérias possuem uma proteína em sua superfície capaz de causar sérios problemas cardíacos. Bactérias do gênero listeria costumam atacar principalmente o sistema nervoso de pacientes que estão com o sistema imunológico comprometido, embora entre 7% e 10% delas infectem o coração. Por isso elas oferecem maior risco em pessoas que sofreram transplantes cardíacos.
Risco às gestantes – Infecções por listeria podem causar desde sintomas comuns de uma gripe acompanhada de irritação estomacal a doenças sérias no sangue e sistema nervoso. Já se sabia, no entanto, que mulheres grávidas são especialmente suscetíveis a essa bactéria. Após infectadas, as gestantes correm sérios riscos de perder o bebê.
Folha

Estudo liga pedra no rim a obstrução arterial em jovens

Pesquisa americana aponta que 60% dos pacientes com o problema renal tinham mais chances de desenvolver alterações nas artérias

Problemas associados: pacientes com pedra no rim apresentam riscos elevados de terem obstrução arterial Problemas associados: pacientes com pedra no rim apresentam riscos elevados de terem obstrução arterial 
“Precisamos estar cientes de que o rim tem o papel de filtrar o sangue. Assim, ele pode alertar também para problemas que estão acontecendo nas artérias” — Marshall Stoller, autor do estudo
Jovens que tiveram pedra no rim correm mais riscos de desenvolver um quadro de obstrução arterial. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico americano Journal of Urology, isso não significa, no entanto, que um problema seja a causa do outro. Para os especialistas, os resultados da pesquisa apontam em outra direção: as duas condições possuem uma causa em comum.
Segundo Marshall Stoller, da Universidade da Califórnia e autor do estudo, tende-se a pensar na ocorrência de pedras no rim apenas como um problema urinário. “Mas nós precisamos estar cientes de que o rim tem o papel de filtrar o sangue. Assim, ele pode alertar também para problemas que estão acontecendo nas artérias”, diz Stoller.
Das 5.000 pessoas avaliadas durante o estudo, todas entre 18 e 30 anos de idade, menos de 4% tiveram pedras no rim durante os 20 anos de pesquisa. Dessas, cerca de 60% apresentaram mais chances de enfrentar o quadro de obstrução arterial – o afinamento das artérias é o indicador mais comum.
Colesterol alto, pressão sanguínea elevada, cigarro e diabetes são fatores de risco já conhecidos que podem levar ao entupimento. Após a obstrução, a interrupção no fluxo sanguíneo pode culminar em ataques cardíacos e derrames.
Dúvida científica - Estudos anteriores já haviam relacionado a presença de pedras no rim ao aumento da pressão sanguínea, o que, por consequência, eleva riscos de obstrução arterial. Os cientistas ainda não conseguiram determinar, entretanto, qual dos dois fatores leva ao entupimento arterial: a pressão alta ou as pedras. Para prevenir o surgimento de pedras, os médicos recomendam a ingestão de água e a redução do consumo de sal e carne.
Folha

ASMA FABRICADA

Uso precoce de antibiótico aumenta risco de asma

Bebês que tomam medicamento têm mais chances de desenvovler a doença respiratória na infância

Estudo: recém-nascidos que tomam antibióticos têm mais chances de ter asma no futuro
Estudo: recém-nascidos que tomam antibióticos têm mais chances de ter asma no futuro
Bebês tratados com antibióticos podem desenvolver asma na infância. Segundo estudo publicado na edição on-line do American Journal of Epidemiology, as chances de um recém-nascido que passa pelo tratamento com a droga apresentar a doença respiratória aos 6 anos de idade, por exemplo, crescem 50%. A pesquisa acompanhou 1.400 crianças, da gravidez aos seis anos de idade.
“É um aumento significativo da incidência do problema”, diz Kari Risnes, autora do estudo e pesquisadora da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, que concluiu o levantamento na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido a relação entre asma e antibióticos. Porém, são consideradas imprecisas, já que eram realizadas com crianças que utilizavam o medicamento para tratar infecções respiratórias - que poderiam ser sintomas precoces da asma.
No novo estudo, os pesquisadores excluíram do levantamento as crianças que haviam sido tratadas por infecções respiratórias. Além disso, foram considerados outros fatores de risco, como histórico de asma na família. “Nós encontramos uma relação particularmente forte entre o uso de antibióticos nos primeiros 6 meses de vida e a asma em crianças que não tinham histórico familiar do problema”, diz Risnes.
A explicação, segundo a pesquisadora, é que o uso de antibióticos pode atuar sobre as bactérias benéficas à saúde que ficam no intestino e ajudam o sistema imunológico dos bebês a se formar. “Nesse caso, as crianças podem se desenvolver com um sistema imunológico ‘imaturo’, o que leva a reações alérgicas”, afirma Risnes. Segundo a pesquisadora, esses resultados são importantes para lembrar médicos e o poder público das consequências do uso indiscriminado de antibióticos.
FOLHA

Estudo revela depressão pós-férias

Para muitos profissionais, o período de férias é um tempo reservado ao descanso e recuperação das energias para retornar à rotina com mais força e disposição. No entanto, uma pesquisa realizada pela ISMA-BR (International Stress Management Association), com 540 profissionais das cidades de Porto Alegre e São Paulo, entre 25 e 60 anos de idade, revelou que retomar as atividades do trabalho, após as férias, pode despertar sintomas como angústia, ansiedade e até culpa.

De acordo com a especialista Ana Maria Rossi, tirar férias é fundamental para recompor as energias, mas para manter os benefícios ganhos nessa fase, é interessante que os profissionais dividam as férias em períodos mais curtos e mais frequentes, ao longo do ano. A especialista afirma que essa estratégia minimiza o impacto do retorno à rotina.

O estudo mostra que 23% dos entrevistados são afetados pela depressão pós-férias. A maior vulnerabilidade está entre os profissionais das áreas financeira, saúde, informática ou que estejam trabalhando fora da sua área de formação. Os participantes da pesquisa, que sofrem da doença, identificaram mais de uma causa e sintoma da depressão pós-férias.
Parana-Online
Vida e Saúde

Saiba mais sobre esta matéria:

Você acaba de voltar das férias e já sente uma falta de energia inexplicável, dores no corpo e um desânimo enorme ao cumprir suas obrigações? É bem provável que você esteja com depressão pós-férias, mal que aflige 23% dos brasileiros, segundo estudo realizado pela Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), instituição voltada para a investigação e gerenciamento do estresse.


A pesquisa contou com 540 profissionais de 25 a 60 anos de idade, residentes em São Paulo e em Porto Alegre, com uma média de tempo de trabalho de 12 anos.
Entre os participantes com diagnóstico de depressão pós-férias, os sintomas mais comuns foram dores musculares, incluindo cefaleia (comum a 87% deles), cansaço (83%), angústia (89%) e ansiedade (83%). Do total, 68% afirmaram usar medicamentos e 52% citaram o consumo de álcool como forma de aliviar o mal-estar.
A depressão pós-férias não deve ser confundida com o desconforto da segunda-feira, ou após um feriado prolongado, que produz sintomas menos intensos e duradouros, segundo a presidente da Isma-BR, Ana Maria Rossi.
Os profissionais mais vulneráveis à depressão pós-férias, segundo o levantamento, foram os de finanças, saúde, informática e aqueles que estão fora de sua área de formação.
De acordo com Rossi, o mal-estar na volta ao trabalho não costuma durar mais do que duas semanas, tempo que corpo e mente levam para se readaptar à velha rotina.
Mas os sintomas são um indicativo de descontentamento com o ambiente de trabalho ou com o próprio ofício. A pesquisa mostrou que 93% das vítimas de depressão pós-férias se sentem insatisfeitas profissionalmente; 86% não veem possibilidade de promoção ou desenvolvimento; 71% consideram o ambiente de trabalho hostil ou pouco confiável; e 49% têm conflitos interpessoais no local de serviço.
Outro ponto detectado é que, quanto mais tempo no mesmo emprego, maiores as chances de sofrer de depressão pós-férias. “Muita gente sabe que o trabalho lhe faz mal, mas não sai por causa do salário ou de algum outro tipo de benefício”, descreve. Essa relação de dualidade traz muita culpa e angústia, principalmente quando não há perspectivas de mudança: “Quando a pessoa sabe que o sofrimento é temporário, pois decide que vai ficar naquele trabalho só até cumprir determinada meta, fica mais fácil lidar com a insatisfação”, pondera.
Busque compensações
A especialista ensina que, no mundo ideal, a solução mais adequada para o problema seria buscar um emprego que proporcionasse mais satisfação. “Mas a gente sabe que isso não é tão simples”, admite.
A saída, então, é buscar compensações para a falta de motivação, procurando os amigos, dedicando-se a algum hobby prazeroso ou fazendo algum trabalho voluntário. “Sentir-se gratificado e saber que sua colaboração tem valor é importante até para manter a sanidade”, justifica.
Fracione as férias
Outra maneira de reduzir o risco de depressão pós-férias é fracionar o período de descanso. Rossi garante que os benefícios da medida já foram comprovados em pesquisas do Isma e de outras instituições. No entanto, a legislação brasileira não permite que a pessoa divida as férias.
A especialista acredita que pelo menos três pausas de dez dias são o ideal, pois exigem menor mobilização para deixar as coisas em ordem antes de sair e evitam o acúmulo de pressões e demandas. “Quando o efeito da pausa anterior passa, a pessoa já tem um novo período de descanso”, relata.
Não adie o descanso
Se você é do tipo que ama o que faz ou é viciado em trabalho, as férias podem até ser motivo de estresse. Nesse caso, o conselho é conciliar o período de descanso com algum curso. Como ressalta Rossi, deixar de fazer pelo menos uma pausa ao longo do ano prejudica muito a produtividade. E isso é algo que nem você, nem a empresa para a qual trabalha, vão querer que aconteça.
Fonte:UOL



Descongestionantes Nasais: Perigo (Nafazolina- confira lista de medicamentos)




Espirros, coceira, iritação. A rinite alérgica é o que há de mais incômodo com a chegada dos dias mais frios.
Pior que ela só mesmo a rinite medicamentosa, que tem como principal agente ativador o uso indevido e desenfreado de descongestionantes nasais.
Adotados por considerável parte da população como itens de cabeceira, aquelas “gotinhas”, escondem um verdadeiro risco quando usados sem acompanhamento médico.
Seu uso continuado por mais de uma semana pode gerar dependência química, a ponto de a pessoa utilizar mesmo sem estar com a narina congestionada. O perigo da má administração do remédio, além do vício, são os males ao próprio sistema respiratório, como o efeito rebote.
Se a pessoa tem rinite alérgica, por exemplo, e usa descongestionante em gotas para aliviar a obstrução do nariz, o resultado é que com o uso continuado, mesmo que por poucos dias, surge o efeito rebote e a dependência química se instala. A partir daí existem agora dois problemas: a mesma rinite alérgica e o que se chama de rinite medicamentosa, provocada pela gotinha.
“Já os sprays nasais antinflamatórios da rinite alérgica, que devem ser utilizados de forma continuada, são seguros e não geram dependência”, explica Renato Roithmann, diretor da Academia Brasileira de Rinologia (ABR).
O médico alerta que é importante consultar um médico antes de fazer uso de medicamentos, “mesmo que simples gotinhas.”
O uso constante de descongestionantes nasais pode causar graves problemas à saúde, como taquicardia, elevação da pressão arterial, dependência e a chamada rinite medicamentosa. O risco pode ser ainda maior para hipertensos, cardíacos e crianças.
De acordo com o Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas da cidade de São Paulo, os descongestionantes ocupam o terceiro lugar na lista de problemas causados por efeitos colaterais e uso incorreto de remédios. Só perdem para os antiinflamatórios e os analgésicos. "Esses medicamentos causam dependência psicológica", alerta o coordenador do Ceatox, Antony Wong.
Mesmo com todas essas restrições, há mais de 50 marcas de descongestionantes com venda praticamente livre. A dependência acontece por conta de substâncias como nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina, presentes na composição desses medicamentos. Como as substâncias contraem os vasos sangüíneos, desobstruem as narinas. Por essa propriedade, as gotas devem ser evitadas por cardíacos e hipertensos. Horas depois, o remédio provoca sensação contrária, dilatando as narinas. É o efeito rebote.
Segundo José Victor Maniglia, da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, o círculo vicioso leva à rinite medicamentosa. "Quanto mais se usa, menor é o tempo de ação da droga", diz. Nem sempre a rinite medicamentosa tem tratamento. "Dependendo do grau, o paciente pode perder o olfato", diz a especialista em alergia Ângela Fomin, do Instituto da Criança. Em alguns casos, a saída é a cirurgia.
O supervisor de vendas Régis Córdova da Silva, de 25 anos, usou por dez anos os descongestionantes na esperança de controlar uma rinite alérgica. "Tive de fazer uma cirurgia para desobstruir as narinas para resolver meu problema", conta. "Só agora, consegui me livrar das crises".
Soro fisiológico é melhor alternativa
Não são só as substâncias responsáveis pelo princípio ativo dos descongestionantes nasais que provocam problemas com o uso excessivo. O cloreto de benzalcônio, conservante utilizado nas gotas, também contribui para o círculo vicioso de obstrução das narinas. A substância faz parte da formulação da maior parte dos descongestionantes, incluindo os tidos como inofensivos e usados com freqüência em crianças.
Ângela Fomin, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que a melhor forma de evitar o uso desnecessário desses remédios e, conseqüentemente, o nariz entupido, é substituí-los pelo soro fisiológico. "O soro deve ser guardado em geladeira para evitar a contaminação, que piora a rinite",
Revista Época

Especialistas advertem sobre os riscos do uso excessivo de descongestionantes nasais

Apesar de serem meros paliativos para rinites e outros desconfortos, eles viciam, destroem a mucosa das narinas e causam problemas cardíacos
Todo mundo já sentiu a desagradável sensação de estar com o nariz entupido. Seja por resfriado, sinusite ou alergia, volta e meia, as narinas ficam obstruídas e a melhor saída é apelar para os descongestionantes nasais. As gotinhas garantem alívio imediato, mas precisam ser usadas com cuidado. Especialistas alertam que o uso contínuo do líquido vicia, fazendo com que o organismo precise cada vez mais de quantidade maior do remédio para ter o mesmo resultado. A longo prazo, os descongestionantes podem danificar a mucosa nasal e, até mesmo, provocar problemas cardíacos. Reportagem de Carolina Vicentin, no Correio Braziliense.


Isso porque as gotinhas têm efeito vasoconstritor, isto é, fazem com que os vasos sanguíneos do nariz desinchem. “O nariz é um local muito vascularizado. Quando entope, há a dilatação das veias, dificultando a respiração”, explica o otorrinolaringologista Olavo Mion, da Academia Brasileira de Rinologia (ABR). Olavo afirma que o descongestionante não deve ser usado por mais de três dias seguidos. Com o passar do tempo, a mucosa nasal passa a absorver pequenas quantidades da substância vasoconstritora e isso vai parar na corrente sanguínea. “Esse assunto nunca foi estudado, mas a gente sabe que, se a pessoa usar demais, pode desenvolver pressão alta, taquicardia”, enumera o especialista.
Márcio Nakanishi, otorrino do Hospital Universitário de Brasília e pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, ressalta que é importante saber por que o nariz está entupido. “A primeira orientação é buscar a causa da obstrução nasal. Os descongestionantes são paliativos, é preciso saber o que a pessoa tem de parar e entrar com a medicação adequada”, reforça Márcio.


Recaída
A contadora Christiani Mussi, 33 anos, bem que tentou seguir essa recomendação. Usuária dos descongestionantes desde o começo da adolescência, Christiani chegou a ficar um ano longe das gotinhas. “Mas aí eu tive uma gripe durante a gravidez. Não podia tomar nenhum remédio e minha médica acabou liberando um descongestionante infantil para aliviar o mal-estar. Desde então, não consigo ficar sem”, conta.
A contadora sempre sofreu com a obstrução nasal. No começo, era por conta do desvio de septo. Mesmo após fazer a cirurgia, Christiani não conseguiu abandonar os descongestionantes. “Tinha sinusite, rinite, cheguei ao ponto de aplicar as gotinhas de duas em duas horas”, lembra ela. O otorrino Olavo Mion explica que a vasodilatação nasal ocorre como uma defesa do organismo contra infecções ou inflamações. “O vaso incha para tentar matar os germes que estão causando a doença. Na rinite alérgica, há esse mesmo processo, só que, nesse caso, o organismo reage a coisas como o pólen e a poeira”, detalha.
Em todas as situações, o médico pode receitar descongestionantes orais ou tópicos — caso das gotinhas. A vantagem do líquido aplicado diretamente na narina é que ele age sobre o músculo, fazendo o vaso desinchar. Olavo esclarece que o descongestionante tópico tem ação alfa-adrenérgica, que simula o efeito da adrenalina no corpo, desobstruindo as vias orais e dando uma sensação de bem-estar instantânea. Mas, ao repetir esse mecanismo diversas vezes, a musculatura começa a não funcionar mais como deveria e o usuário precisa usar cada vez mais gotinhas para manter o conforto nasal.


Dependência
O auxiliar de educação Reinaldo Lopes de Lima, 28 anos, assume o vício. “Já tentei parar algumas vezes, mas é muito difícil, especialmente quando tenho crises de rinite alérgica”, diz. Reinaldo leva o líquido a qualquer lugar que vai e já chegou a ter duas embalagens do remédio para garantir que não iria passar por nenhum aperto. “Às vezes, o nariz nem está completamente obstruído, mas aplico as gotinhas para manter as vias aéreas totalmente abertas”, conta o rapaz.
Deixar o remédio de lado, dizem os especialistas, demanda vontade e disciplina dos usuários. “As primeiras noites são terríveis, mas chega uma hora em que o organismo volta a funcionar normalmente”, afirma a contadora Christiani Mussi. O otorrino Olavo Mion explica que cada pessoa tem uma forma de se “livrar” do remédio. Alguns usuários preferem fazê-lo de uma vez, outros vão eliminando o uso do descongestionante aos poucos. Uma alternativa é diluir metade da embalagem do líquido em soro fisiológico para reduzir a potência do vasoconstritor.
Há também tratamentos alternativos, como o uso de fitas adesivas sobre o nariz para aumentar a entrada de ar. “As narinas funcionam como uma válvula, elas são mais estreitas do que a fossa nasal como um todo. Com esse acessório, a válvula fica maior. Mas isso é um paliativo; dentro do nariz o inchaço dos vasos continua o mesmo”, esclarece o especialista. Em alguns casos, o problema só é resolvido com cirurgia para retirar o excesso de muco acumulado durante os anos de uso do descongestionante.


A perigosa cultura da automedicação
Embalagens contendo mais informações quanto aos perigos da dependência das gotinhas seria uma forma de tratar o tema com um viés educativo, segundo Mion. “O erro é maior de quem compra do que de quem vende e isso é ainda mais forte no Brasil, que tem uma cultura expressiva de automedicação. Mas é importante dar o máximo de informação ao usuário”, opina o especialista.
Segundo especialistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é bom lembrar que os descongestionantes que contêm substâncias vasoconstritoras só podem ser vendidos em farmácias e drogarias com receita médica.
Em abril deste ano, a Anvisa verificou que algumas marcas estavam sendo comercializadas de forma irregular, entre elas o Sorine, uma das mais populares entre os viciados nas gotinhas. “Medicamentos à base de nafazolina (substância vasoconstritora) só podem ser consumidos com orientação de um médico. Apreendemos os produtos até que a empresa adequasse a venda”, observa Flávia Neves, chefe substituta da Unidade Técnica da Anvisa.
A nafazolina, substância vasoconstritora mais comum em descongestionantes nasais, só pode ser vendida com prescrição médica. Veja a lista dos remédios que contêm esse elemento em sua fórmula e que deveriam ser comercializados em embalagens com a tarja vermelha.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Descongestionante nasal vicia e pode mascarar males maiores.


  • Thinkstock
    Crianças menores de 12 anos não devem usar descongestionante nasal sem acompanhamento Crianças menores de 12 anos não devem usar descongestionante nasal sem acompanhamento
Seja verão ou inverno, quando surge a baixa umidade do ar ou aumentam os problemas respiratórios graças aos casos de gripes, resfriados e rinites, o nariz entupido é o sintoma mais comum e incômodo. A maioria das pessoas não pensa duas vezes em ir à farmácia e comprar um descongestionante nasal por conta própria, achando que usar o produto sem acompanhamento médico não trará problema.

E assim começa um dos casos mais clássicos de "vício" em um medicamento, com direito até a declarações em páginas de redes sociais como o "Clube dos Viciados" de um descongestionante conhecido.

"O descongestionante nasal deve ser usado por, no máximo, cinco dias consecutivos, e de oito em oito horas. Se a pessoa continuar a usá-lo, haverá um efeito rebote: para de tomar e o nariz entope novamente e só melhora se pingar o remédio para desobstruir. A pessoa já leva o medicamento no bolso e acaba encurtando os intervalos de aplicação", conta a pediatra Edina Mariko Koga da Silva, diretora do Centro Cochrane do Brasil, uma organização não governamental que elabora, mantém e divulga revisões sistemáticas de ensaios clínicos.

A médica frisa que as pessoas tomam sem sequer ler a bula, não procuram um médico e, assim, o uso do medicamento torna-se crônico. Ela também lembra que os que sofrem mais são aqueles que moram em grandes centros urbanos, por causa da poluição. "Também há o problema dos 'edifícios doentes'", afirma.

Ela se refere à má qualidade do ar interno de alguns edifícios, o que passou a ser conhecido mundialmente como "Síndrome dos Edifícios Doentes", decorrência de uma conjunção de fatores que vão desde os problemas no projeto até a má conservação dos dutos e dos aparelhos de ar-condicionado, causando dois tipos básicos de contaminação: a biológica por fungos, bactérias, vírus e protozoários e até mesmo aracnídeos como é o caso dos ácaros e, a química proveniente de gases liberados por produtos de limpeza, vernizes, tintas, equipamentos de escritório, colas, aumento no nível de dióxido de carbono etc.

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Esclareça mitos comuns sobre a alergia15 fotos

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Alergia não tem cura. VERDADE: embora a maioria delas seja controlável com tratamento médico e hábitos adequados. "Existem bons métodos de controle, ou seja, o paciente vai apresentar menos sintomas. Mas a partir do momento que ele parar de se tratar, a alergia pode voltar", explica o imunologista Eduardo Finger Leia mais Getty Images
Sem controle

O otorrinolaringologista Antônio Carlos Cedin, chefe do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Beneficência Portuguesa e Presidente da Sociedade Paulista de Otorrinolaringologia, também alerta que o descongestionante nasal, hoje em dia, é um dos principais itens com os quais as pessoas se automedicam, pois é vendido livremente e sem controle.

"Quando há contração da circulação dos vasos sanguíneos, o sangue não chega à cavidade do nariz. É o caso da rinite alérgica, quando os tecidos nasais incham, impedindo que o sangue chegue. A pessoa usa o descongestionante e melhora, mas o efeito é passageiro. Quanto mais potente o remédio, a dilatação volta mais forte. Se usado sem prescrição correta e por tempo prolongado, as pessoas têm maior facilidade de se tornarem dependentes. É uma dependência física, química e psicológica, porque proporciona uma satisfação no respirar", enfatiza o médico.

Contraindicação

É preciso lembrar que o descongestionante nasal é contraindicado para quem tem problemas na próstata, hipertensão e arritmia cardíaca e pode causar retenção urinária e insônia.  "Em menores de um ano o descongestionante pode gerar até mesmo convulsões", avisa Cedin.

No caso de rinite, o otorrinolaringologista comenta que medicamentos via oral, como antialérgicos, regulariam o entupimento nasal. Porém, frisa que é preciso fazer um diagnóstico correto do motivo da obstrução, tratar essa situação de dependência e descobrir o fator desencadeador.

Cedin é enfático: "Se for uma queixa recorrente, não pode simplesmente comprar na farmácia e se automedicar, o que pode até mascarar algo mais sério. É preciso muito critério e indicação médica. O uso deve ser feito em alguns casos e sempre num curtíssimo espaço de tempo".

Quando o problema for algo grave, ele recomenda tratar com medicamento ou cirurgia, como nos casos de desvio do septo ou adenoides (duas pequenas glândulas compostas por tecido linfoide, semelhantes às amígdalas e aos linfonodos) que se crescerem muito, podem causar obstrução da passagem do ar respirado pelo nariz.

"Se a pessoa for para a praia, tirar umas férias e mudar de ares, por exemplo, a rinite melhora bastante. Para ajudar a desobstruir o nariz no dia a dia, o indicado é o soro fisiológico e a solução salina no lugar do descongestionante", ensina a pediatra.

Estudo

Um estudo realizado no exterior, em 2009, pelo Instituto Cochrane mostrou que a utilização do medicamento traz uma porcentagem de melhora muito baixa. Aqui o resumo da pesquisa:

"O resfriado é a razão mais comum de doenças entre os adultos, que podem experimentar de dois a quatro episódios por ano. Por enquanto, ainda não há cura para este mal, assim, a diminuição de seus sintomas é o foco do tratamento. A congestão nasal é o sintoma mais comum. Descongestionantes orais ou nasais são frequentemente utilizados.

Sete ensaios foram feitos para determinar o benefício de uma dose de descongestionante, mostrando uma melhoria de 6 % nos sintomas relatados. A melhoria nos sintomas continuou em 4 % das pessoas mesmo após três a cinco dias de uso. Essas melhorias foram conseguidas graças à redução na resistência das vias aéreas nasais.

Dois ensaios foram usados para determinar a probabilidade de efeitos adversos do uso de descongestionantes sobre o tratamento não eram mais prováveis do que com placebo. O efeito adverso mais comum no tratamento foi insônia (5%). Analisamos o uso de descongestionantes em crianças, mas apesar da alta incidência do resfriado comum entre elas, não havia provas desse medicamento ser adequado para a inclusão. Descongestionantes fornecem alívio de curto prazo de obstrução nasal para adultos com resfriado comum, mas não são recomendados para crianças menores de 12 anos".
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Dicas para aliviar os problemas respiratórios em dias mais secos7 fotos

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Líquidos: o ideal é ingerir bastante líquido (a não ser em caso de alguma restrição) Thinkstock

Veja também a lista da Anvisa de medicamentos que contêm vasoconstritores  que contem Nafazolina:

Nome : ADNAX
Fabricante: DM INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: AVERINE ADULTO
Fabricante: EIC DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA.
Nome: CRISTALIN
Fabricante: UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
Nome: NAZORINE ADULTO
Fabricante: SOQUIMICA LABORATÓRIOS LTDA
Nome: RINOKLIN
Fabricante: GLENMARK FARMACÊUTICA LTDA
Nome: SOLUCAO DE NAFAZOLINA COMPOSTA BERGAMO
Fabricante: LABORATÓRIO QUÍMICO FARMACÊUTICO BERGAMO LTDA
Cloridrato de Nafazolina:
Nome: ABRENA
Fabricante: SOCIEDADE FARMACÊUTICA HENFER LTDA
Nome: ADNASAL
Fabricante: MILLER INDUSTRIAL FTCA LTDA
Nome: ADNAX
Fabricante: HYPERMARCAS S.A.
Nome: ADNAX
Fabricante: DM INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: ALERDROCIN
Fabricante:GERMED FARMACEUTICA LTDA
Nome: CLANISTIL
Fabricante: LABORATÓRIO NEO QUÍMICA COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA
Nome: CLARAVIST
Fabricante: FORMIL FARMACÊUTICA LTDA
Nome: CLARHIDRAT
Fabricante: CIFARMA CIENTÍFICA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: CLARIL
Fabricante: ALCON LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA
Nome: CLARIVIT
Fabricante: VITAPAN INDUSTRIA FARMACEUTICA LTDA
Nome: CLAROFT
Fabricante: ALCON LABORATÓRIOS DO BRASIL LTDA
Nome:CLORIDRATO DE NAFAZOLINA
Fabricantes: MEDLEY S/A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, PRATI DONADUZZI & CIA LTDA, ARROW FARMACÊUTICA LTDA, MEPHA INVESTIGAÇÃO DESENVOLVIMENTO E FABRICAÇÃO FARMACÊUTICA LTDA, LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A, PHARMASCIENCE LABORATÓRIOS LTDA, NEOLATINA COMÉRCIO E INDÚSTRIA FARMACEUTICA LTDA, EMS S/A, LABORATÓRIO NEO QUÍMICA COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA, NATIVITA IND. COM. LTDA, EMS SIGMA PHARMA LTDA, GERMED FARMACEUTICA LTDA, LABORATÓRIO GLOBO LTDA
Nome: CLORIDRATO DE NAFAZOLINA CLORETO DE BENZACÔNIO
Fabricante: INSTITUTO NACIONAL QUIMIOTERAPIA
Nome: CLORIDRATO DE NAFAZOLINA ASSOCIACOES
Fabricante: LABORATORIO SINTERAPICO INDUSTRIAL FTCO LTDA
Nome: CLORIDRATO DE NAFAZOLINA CLORETO BENZALCÔNIO CLORETO DE SÓDIO
Fabricante: IFAL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA
Nome: CLORIDRATO DE NAFAZOLINA FOSFATO DISSODICO DE DEXAMETASONA SULFATO DE NEOMICINA
Fabricante: EMS S/A
Nome: COLIRIO BLUMEN
Fabricante: LUPER INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: COLÍRIO HÉLIOS
Fabricante: BRASTERAPICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: COLÍRIO MOURA BRASIL
Fabricante: SANOFI-AVENTIS FARMACÊUTICA LTDA
Nome: COLÍRIO TEUTO
Fabricante: LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
Nome: COLLYRE
Fabricante: LEGRAND PHARMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: CONIDRIN
Fabricante: ARROW FARMACÊUTICA LTDA
Nome: CORISTINA DESCONGESTIONANTE NASAL
Fabricante: MANTECORP INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA LTDA
Nome: CRISTALIN
Fabricante: FORMIL FARMACÊUTICA LTDA
Nome: DEXADROCIN
Fabricante: EMS SIGMA PHARMA LTDA
Nome: FISIOSORO NASAL
Fabricante: LABORATÓRIO FARMACÊUTICO CARESSE LTDA ME
Nome: FLUO-VASO
Fabricante: ALLERGAN PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA
Nome: GOTALIV
Fabricante: ARROW FARMACÊUTICA LTDA
Nome: HEMO DOTTI
Fabricante: PRODOTTI LABORATÓRIO FARMACÊUTICO LTDA.
Nome: HIDROCIN
Fabricante: ASTA MÉDICA LTDA
Nome: HIDROCIN
Fabricante: ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.
Nome: LEGREEN
Fabricante:GREENPHARMA QUÍMICA E FARMACÊUTICA LTDA
Nome: LERIN
Fabricante: ALLERGAN PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA
Nome: MULTISORO ADULTO
Fabricante: MULTILAB INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS LTDA
Nome: NARIDEX
Fabricante: LABORATÓRIO SAÚDE LTDA
Nome: NARIDRIN
Fabricante: EMS S/A
Nome: NARIFLUX
Fabricante: CIFARMA CIENTÍFICA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: NARIFLUX
Fabricante: LABORATORIO LEANDRO LTDA
Nome: NARINE SINUS
Fabricante: EMS S/A
Nome: NARIX
Fabricante: CIMED INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS LTDA
Nome: NASALFLUX
Fabricante: MEDQUIMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: NASITRIN
Fabricante: INDÚSTRIA FARMACÊUTICA SANTA TEREZINHA LTDA – EPP
Nome: NASO JOSP
Fabricante: JOSPER FARMACÊUTICA LTDA
Nome: NASOFAR AD
Fabricante: BELFAR LTDA
Nome: NASOFIL
Fabricante: MAKROFARMA QUIMICA FARMACEUTICA LTDA
Nome: NASOMIL
Fabricante: INDÚSTRIA FARMACÊUTICA MILIAN LTDA
Nome: NASOPAN
Fabricante: H B FARMA LABORATÓRIOS LTDA
Nome: NAZICOL
Fabricante: LABORATÓRIO KINDER LTDA
Nome: NAZOBIO
Fabricante: LUPER INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: NAZOSIL
Fabricante: LUCIOMED FARMACÊUTICA DO BRASIL LTDA
Nome: NEONAZOL
Fabricante: NATIVITA IND. COM. LTDA.
Fabricante: NEOSORO
Fabricante: LABORATÓRIO NEO QUÍMICA COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA
Nome: NOVOSORO NF
Fabricante: LABORATÓRIO GLOBO LTDA
Nome: OFTAZUL
Fabricante: H B FARMA LABORATÓRIOS LTDA
Nome: RINO GOTAS
Fabricante: UNIFARMA NATUREZA LTDA – ME
Nome:RINODRIN
Fabricante: BRASTERAPICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: RINO-MAX
Fabricante: LABORATÓRIOS GALENOGAL LTDA
Nome: RINO-MAX
Fabricante: KLEY HERTZ S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Nome: RINOS-A
Fabricante: LABORATÓRIO AMERICANO DE FARMACOTERAPIA S/A
Nome:RINOS-A
Fabricante: LABORATÓRIO AMERICANO DE FARMACOTERAPIA S/A
Nome: RINOZEST ADULTO
Fabricante: FARMOQUÍMICA S/A
Nome: RINOZEST ADULTO
Fabricante: ZEST FARMACÊUTICA LTDA
Nome: SINUSTRAT VASOCONSTRICTOR
Fabricante: ZURITA LABORATORIO FARMACÊUTICO LIMITADA
Nome: SONARIN
Fabricante: GEOLAB INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: SORINAN
Fabricante: PHARMASCIENCE LABORATÓRIOS LTDA
Nome: SORINE
Fabricante: ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.
Nome: SORIX
Fabricante: LABORATÓRIO MUSA LTDA
Nome: SOROCLIM
Fabricante: LABORATÓRIO FARMACÊUTICO ELOFAR LTDA
Nome: SOROLIV ADULTO
Fabricante: LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
Nome: SOROMIL
Fabricante: INDÚSTRIA FARMACÊUTICA MILIAN LTDA
Nome: SO-SORO AD
Fabricante: CIFARMA CIENTÍFICA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: STILUX
Fabricante: EMS S/A
Nome: SULFATO DE ZINCO CLORIDRATO DE NAFAZOLINA
Fabricante: JARREL FARMACEUTICA LTDA
Nome: VILUX
Fabricante: PHARMASCIENCE LABORATÓRIOS LTDA
Nome: VISAZUL
Fabricante: LABORATÓRIO NEO QUÍMICA COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA
Nome: VISIPLEX
Fabricante: BUNKER IND FTCA LTDA
Nome: VISOLON
Fabricante: THERASKIN FARMACEUTICA LTDA.
Nome: VISUAL
Fabricante: SANDOZ DO BRASIL INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
Nome: VITAL COLIRIO
Fabricante: VITAPAN INDUSTRIA FARMACEUTICA LTDA

Grávidas podem tomar aspirinas?

Na maior parte dos casos é melhor não tomar aspirina (ácido acetilsalicílico), embora haja circunstâncias específicas em que o médico possa aconselhar a aspirina em doses diárias bem pequenas. É bem improvável que uma simples aspirina no começo ou no meio da gravidez vá ter algum efeito prejudicial no bebê. Porém, ela pode levar a problemas tanto para você como para o feto quando tomada em doses de adulto durante a gestação.

Caso você já tome uma determinada dose de aspirina por algum motivo em particular, talvez tenha que continuar o tratamento, mas não deixe de conversar com seu médico se estiver grávida ou até tentando engravidar.

Pesquisas ligaram a aspirina a diversas complicações na gravidez . Alguns estudos demonstraram que a ingestão de aspirina adulta durante as tentativas de engravidar e no início da gestação estava associada a um risco maior de aborto espontâneo. Alguns cientistas acreditam que doses altas de aspirina na gravidez podem afetar o crescimento do bebê e até elevar ligeiramente o risco de descolamento da placenta (parte da placenta pode se separar do útero). E, quando tomada em dose adulta no final da gestação, a aspirina pode retardar o parto e aumentar o risco de problemas cardíacos e pulmonares no recém-nascido, além de sangramentos.

Vale ressaltar que, em situações específicas, alguns médicos receitam pequenas doses diárias de aspirina, e a maioria dos especialistas vê esse tipo de tratamento como seguro. É o caso de uma condição conhecida como síndrome de Hughes ou síndrome antifosfolipido (APS), uma doença auto-imune em que as mulheres são mais suscetíveis a ter abortos espontâneos.

Há também pesquisas que indicam que pode ser benéfico para algumas mulheres que correm mais risco de sofrer de pré-eclâmpsia (incluindo as que têm pressão alta crônica, diabete severa, doenças renais ou que já tiveram pré-eclâmpsia em outras gestações) tomar baixas doses de aspirina, embora não haja consenso sobre quem realmente deva ser tratada dessa forma.

Assim sendo, a menos que sob orientação do seu médico, evite tomar aspirinas e outros medicamentos antiinflamatórios não-esteróides, como o ibuprofeno (que tem efeitos semelhantes). O analgésico e antitérmico mais seguro para se tomar durante a gravidez é o paracetamol, seguindo sempre a dose recomendada por seu obstetra.

Cura para o Dabetes tipo I

Pesquisadores do Texas descobriram que bloquear a ação de um hormônio chamado glucagon é uma forma de fazer com que a doença passe a ser assintomática

sxc.hu
Se os cientistas conseguirem bloquear a ação do glucagon no organismo humano, será a cura para o diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 pode se transformar em uma doença assintomática, deixando o paciente livre da dependência à insulina. A potencial cura para a doença é bloquear a ação de um hormônio específico, o glucagon, segundo pesquisa do Centro Médico da Univerisdade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, publicada na edição de fevereiro do Diabetes.
A partir de experimentos com camundongos, os cientistas descobriram que a insulina se torna completamente supérflua e sua ausência não causa diabetes ou qualquer outra anormalidade quando a ação do glucagon é suprimida. O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas, que impede que indivíduos fiquem com baixos níveis de açúcar no sangue. Na deficiência de insulina, em pessoas com diabetes tipo 1, no entanto, os níveis de glucagon se tornam inadequadamente altos e fazem com que o fígado libere quantidades excessivas de glicose na corrente sanguínea. Esta ação é contrária à insulina, que trabalha para remover o açúcar do sangue.
Segundo Roger Unger, líder do grupo de pesquisa, a insulina era, até então, considerada uma substância "toda-poderosa" sem a qual nenhum ser humano conseguiria sobreviver. "Este novo tratamento pode ser considerado muito próximo a uma 'cura'", diz o professor. O tratamento com a insulina tem sido a salvação para o diabetes tipo 1 (de origem genética, em que a pessoa depende da insulina para viver) em humanos desde que foi descoberto, em 1922. Mas mesmo que a insulina regule os níveis de glicose no sangue, ela não consegue restaurar a tolerância normal do organismo a essa substância. Já eliminando a ação do glucagon, a Experimentos
No estudo da Universidade do Sudoeste do Texas, os cientistas usaram camundongos geneticamente modificados para bloquear a ação do glucagon e testaram sua tolerância à glicose. O teste, que pode ser usado para diagnosticar o diabetes, diabetes gestacional e pré-diabetes, mede a capacidade do organismo de metabolizar, ou eliminar, a glicose da corrente sanguínea.
Os cientistas descobriram que os camundongos que produziam insulina normalmente, mas sem os receptores do glucagon, responderam normalmente ao teste. A mesma resposta foi percebida nos animais com as células produtoras de insulina destruídas – caracterizando diabetes. Ao mesmo tempo em que não sofreram ação da insulina ou do glucagon, não desenvolveram a doença.
"Estes resultados sugerem que, se não há glucagon, pouco importa se você tem insulina ou não", diz Unger. "Isso não significa que a insulina não seja importante. Ela é essencial para o crescimento e desenvolvimento do homem até a idade adulta. Mas nesta última fase, pelo menos no que diz respeito ao metabolismo da glicose, o papel da insulina é controlar o glucagon. E se você não tem glucagon, não precisa de insulina".
Agora, cabe aos pesquisadores encontrar uma maneira de bloquear a ação do glucagon no organismo humano. Será o fim do tratamento com insulina injetável em diabéticos tipo 1.

ESPERANÇA
Acredito que milhares de Pais estão orando e pedindo a Deus que a notícia da descoberta da cura do diabetes tipo 1 seja anunciada o mais rápido possível. Somente quem vive o dia a dia destas e crianças e jovens que são insulino dependentes, possa compreender o peso de uma notícia de tal porte. Meu filho Gabriel, é portador de necessidades especiais, não consegue aplicar-se a insulina diária, não fala e nem se expressa de maneira alguma. Eu controle o índice glicemico diariamente e sei da dor que um ser humano passa por viver de forma limitada. Notícias como essa nos deixam com uma esperança a mais. Salve, salve!!! Torcemos que a cura esteja próxima.
Época