1.26.2011

PIRATARIA

Polícia Civil e Receita Federal fazem no camelódromo da Uruguaiana maior operação já realizada contra pirataria

Polícia Civil e Receita fiscalizam camelódromo da Uruguaiana - Custodio Coimbra/ O Globo
RIO - Cerca de 150 policiais civis da DRCPIM (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial), 40 fiscais da Receita Federal e quatro associações de combate à pirataria fazem na manhã desta quarta-feira uma megaoperação no camelódromo da Rua Uruguaiana, no Centro do Rio, a maior já realizada no Brasil contra a pirataria. O objetivo é apreender mercadorias falsificadas vendidas no local e fiscalizar o funcionamento dos 1.508 boxes. A estimativa é que sejam apreendidos R$ 20 milhões em produtos piratas.
A delegada titular da DRCPIM, Valéria Aragão, estima que sejam necessários três dias para abrir todos os boxes. Segundo ela, policiais se infiltraram no camelódromo durante sete meses e fizeram o levantamento da região. Ela explicou que donos de barracas no local vendem seus estandes informalmente e cobram de R$ 20 mil a R$ 80 mil. Em alguns casos, comerciantes são proprietários de até dez barracas dentro do camelódromo. Essas pessoas, segundo a delegada, terão a licença cassada pela prefeitura.
Ainda de acordo com a delegada, a pirataria ao redor do mundo lucra duas vezes mais que o narcotráfico. Ela acrescentou que a venda de produtos piratas movimenta US$ 600 bilhões. No Brasil, segundo ela, a venda de produtos piratas é responsável pela sonegação de R$ 30 milhões por ano e pela retirada de 2 milhões de empregos do mercado de trabalho.
O camelódromo foi lacrado às 6h, e pouquíssimos boxes chegaram a abrir. Membros das associações de combate à pirataria estão vestidos com camisas vermelhas para impedir que os comerciantes fujam com as mercadorias. Três caminhões e duas vans da Receita já estão no local para levar os produtos.
Devido ao grande número de viaturas da polícia, o trânsito está congestionado no entorno do camelódromo.
O Globo

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