As mulheres podem ter fatores de risco
especiais se usaremdrogas durante a gravidez.
As mulheres podem ficar viciadas
rapidamente a certas drogas, como a cocaína e crack. Portanto, quando elas
procuram ajuda, seu vício pode ser difícil de tratar.
As mulheres que usam drogas são
freqüentemente vítimas de outros problemas graves de saúde, as doenças
sexualmente transmissíveis e problemas de saúde mental, como depressão.
Muitas mulheres que usam drogas tiveram
vidas turbulentas. Estudos constataram que pelo menos 70 por cento das mulheres
consumidoras de drogas, foram abusadas sexualmente com idade inferior a
dezesseis anos. A maioria destas mulheres teve pelo menos um progenitor que
abusou de álcool ou drogas.
As mulheres que usam drogas tendem a
ter baixa auto-estima, pouca autoconfiança, e se sentem impotentes. Eles
sentem-se sozinhas e isoladas.
Uma mãe que usa drogas na
gravidez põe em risco a vida dela e do seu bebê. Quando uma mulher
grávida usa drogas, ela e seu nascituro enfrentam graves problemas de saúde.
Durante a gravidez, as drogas usadas
pela mãe do bebê podem entrar na corrente sanguínea. As conseqüências mais
graves sobre o bebê pode ser a infecção pelo HIV, AIDS, prematuridade, baixo
peso ao nascer, Síndrome de Morte Súbita Infantil, cabeça pequena, crescimento
atrofiado, pobres habilidades motoras e problemas de comportamento.
Os riscos para a saúde associados ao
abuso de drogas:
Mãe
* Má nutrição
* Pressão arterial elevada
* Batimento cardíaco rápido
* Baixo ganho de peso
* Baixa auto-estima
* Doenças Sexualmente Transmissíveis
* Parto Prematuro
* O HIV / AIDS
* Depressão
* Abuso físico
Bebê
* Prematuridade
* Baixo peso ao nascer
* Infecções
* Cabeça pequena
* Síndrome de morte súbita do lactente
* Defeitos Congênitos
* O crescimento atrofiado
* Pobres habilidades motoras
* O HIV / AIDS
* Deficiência de Aprendizagem
* Problemas neurológicos
Muitas mulheres com problemas de drogas
têm receio de procurar tratamento. Estudos constataram que mais de 4 milhões de
mulheres precisam de tratamento para a dependência química. Infelizmente,
existem muitas e importantes razões pelas quais as mulheres não procuram ajuda.
Algumas mulheres podem não ser capazes
de encontrar apoio de clinicas. Ou eles temem que as autoridades possam tirar
os seus filhos. Algumas mulheres temem que serão punidas se admitirem sua
dependência. Muitas mulheres temem violência de seus maridos, namorados, ou
parceiros.
Amigos e parentes podem ajudar a
aliviar estes medos para a mulher que usa drogas. Elas podem apóiá-la, ajudando-lhe
encontrar bons tratamento da dependência e da prestação de cuidados infantis e
transporte.
É difícil de derrotar a dependência.
Mas a mulher que usa drogas pode ficar melhor com o tratamento correto - mesmo
que ela já tenha tentado e falhado. O tratamento está disponível, muitas vezes
perto de casa.
O primeiro passo é descobrir que tipo
de tratamento é necessário e onde ela pode fazê-lo.
por
Fabiola Pece
Drogas e gravidez não combinam em nada!!
T
em um bebezinho crescendo aí na sua barriga, mas, você pensa, a vida
continua e, de vez em quando, dá aquela vontade de badalar e curtir as
coisas de sempre com os amigos, incluindo as eventuais drogas
recreativas que apareçam pelo caminho.
Sim, você tem toda razão que a “vida continua” e já se sabe há muito
tempo que gravidez não é doença ou motivo para as mulheres ficarem
isoladas ou de cama. O problema é que tudo que entra no seu corpo passa
para o nenê através da corrente sanguínea e da placenta, principalmente
substâncias químicas.
E o bebê acaba sendo um consumir de drogas também, mesmo sem ter
feito essa escolha. Ele é muito pequenininho para isso, os efeitos das
substâncias no corpo e especialmente no cérebro dele podem durar para
sempre.
Se você faz parte de um grupo que bebe muito e usa drogas, às vezes
tem que fazer a opção de se afastar, a futura mamãe precisa investir na
saúde da família como um todo e no ambiente em que a criança crescerá.
Isso inclui também o cigarro, motivo pelo qual os especialistas aconselham as futuras mães a parar de fumar.
Aí pode vir alguém e dizer para você que maconha é uma planta, uma
substância da natureza que não vai fazer mal nem para você e nem para o
seu filho. Só que o que as pesquisas mais recentes mostram não é bem
assim.
Por mais que o filho de uma mulher que usou drogas nasça com a
aparência normal, o comportamento da criança poderá não ser normal, nem
na fase de bebê nem mais para a frente, quando já tiver idade de
frequentar um colégio, segundo um estudo sobre uso de drogas por
adolescentes na gravidez da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Crianças cujas mães consumiram maconha durante a gravidez tenderam a
ser mais irritadas, mais impulsivas e menos atentas — características
que podem comprometer, e muito, a vida escolar, profissional, emocional e
social de qualquer pessoa e de qualquer família.
Evite tudo o que possa prejudicar o seu bebê, certamente no final vai valer a pena!
Bjo, bjo
Fernanda Rocha
Álcool, cigarro e drogas na gravidez: segredos que o seu médico precisa saber
Sim, é bem difícil falar abertamente com o obstetra
sobre assuntos que você tenta esconder até da sua sombra, como a
dependência de drogas. Mas contar o que acontece na sua vida é
importante para não colocar a saúde do seu bebê em risco. Aqui,
histórias de mulheres que tinham algum vício ao engravidar, o que fazer
se você estiver em uma dessas situações e como superar o medo de contar
tudo ao seu médico
Chantal Brissac
Se
você planeja engravidar ou se já conseguiu, sabe que o seu obstetra,
além de um check-up completo, vai precisar de algumas informações sobre o
seu passado e os seus hábitos que são importantes para cuidar melhor da
sua gestação e do bebê. E você também quer perguntar tudo. Afinal,
quantas preocupações inéditas não aparecem? Até a tinta do cabelo causa
dúvidas. Mas, e quando algumas coisas (muito) importantes não são
contadas? E quando há segredos como uma história ligada a bebidas,
drogas ou fumo? Deixar de falar com o médico sobre isso pode colocar em
risco a sua saúde e a do seu filho. E não dá para dizer que fumar cinco
cigarros por dia, por exemplo, é um vício mais leve do que consumir o
maço inteiro ou achar que beber um pouquinho a mais não fará mal ao
bebê. “O uso crônico de drogas e álcool pode gerar problemas como
malformações fetais e insuficiência placentária”, diz Luís Fernando
Aguiar, obstetra do Hospital Albert Einstein (SP).
Todos
esses vícios podem fazer mal para vocês dois e o melhor caminho para
tentar se livrar deles, como você já imagina, é conversar com o médico,
sem medo de preconceitos ou de ser julgada. Todo mundo sabe que não é
fácil falar abertamente sobre essas inquietações em nenhum momento da
vida, mas agora você tem um estímulo a mais (e o mais importante) para
tentar: o seu filho. Encontre uma brecha para tocar no assunto – pode
ser o resultado de um exame, queixas que levem o médico a fazer a
pergunta que você quer ouvir (como fadiga em excesso por conta do
cigarro quando você sobe um lance de escada curto) – ou vá direto ao
ponto: coloque o maço de cigarro em cima da mesa dele, e pronto! Mas, se
para você é difícil encarar o olhar do obstetra, mande um e-mail
contanto tudo, assim você não sente aquela pressão. Isso vai trazer
tranquilidade e garantir uma gestação mais saudável, porque o médico vai
ajudar você a lidar com o problema e a encontrar uma saída. Aqui, os
segredos mais difíceis de contar e os problemas que, quando não
tratados, eles podem causar durante a gravidez.
Bebidas alcoólicas
Quando
a comerciante Silmara Dias*, 29 anos, engravidou, sentiu uma alegria
tão grande que o desejo maior era um só: zerar a sua história e
recomeçar como se nada tivesse acontecido. Ela era usuária crônica de
álcool havia dez anos. “Como planejava parar com a bebida, achei que não
tinha por que contar para o médico”, diz. O que a fez confessar seu
ponto fraco foram os primeiros exames de sangue e de urina do pré-natal,
que indicaram diabetes e problemas no rim. “Foi o que me salvou, porque
sozinha eu não teria conseguido. A partir da conversa, ele me alertou
sobre os riscos e eu, que tomava duas doses de vodca por dia, consegui,
com a ajuda dele, da terapia e de reuniões em Alcoólicos Anônimos, a
passar toda a gravidez sem tocar no copo. O Mateus nasceu saudável,
embora com baixo peso. Nunca mais coloquei nem um bombom de licor na
boca.”
Como você sabe, o consumo de álcool é prejudicial
tanto para a mãe quanto para o bebê e não há quantidade segura. “A
substância atravessa facilmente a placenta e pode causar vários danos ao
feto, sendo a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que causa retardo mental,
um dos mais sérios”, afirma Patrícia Hochgraf, psiquiatra, coordenadora
do programa de atenção à mulher dependente química do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP).
Antes, os
médicos pensavam que a SAF ocorria apenas entre mães que consumiam
álcool de forma pesada. Mas pesquisas mostraram que ela pode ocorrer
mesmo se a grávida tomar pequenas doses. Acredita-se que a síndrome e
outros transtornos ligados à bebida afetem cerca de 40 mil crianças em
todo o mundo – mais do que a Síndrome de Down, segundo a National
Organization on Fetal Alcohol Syndrome, dos Estados Unidos. A estimativa
é de que um em cada cinco casos de crianças com deficiência mental no
mundo seja causado pelo álcool ingerido durante a gestação.
Esse
é apenas um dos problemas. Soma-se a ele baixo peso ao nascer,
alterações cardíacas, neurológicas (hiperatividade, impulsividade,
problemas com a visão espacial) e faciais. Também não é incomum a
associação dessas alterações com autismo. O pediatra Hermann Grinfeld,
que pesquisa há mais de 40 anos os efeitos do consumo de álcool na
gravidez, afirma que problemas como dificuldades de aprendizado,
memorização e atenção podem repercutir para a vida toda.
Como tratar:
Segundo os médicos, a única saída é parar o álcool imediatamente. Pode
ser útil o apoio de um psicoterapeuta ou a adesão a um grupo, como o
Alcoólicos Anônimos. Medicamentos não são recomendados, mas, dependendo
do caso, o obstetra pode recomendar o uso de antidepressivos.
“EU,
QUE TOMAVA DUAS DOSES DE VODCA POR DIA, CONSEGUI, COM A AJUDA DELE (O
OBSTETRA), DA TERAPIA E DE ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, A PASSAR TODA GRAVIDEZ
SEM TOCAR NO COPO. NUNCA MAIS COLOQUEI NEM UM BOMBOM DE LICOR NA BOCA.”
SILMARA DIAS*, MÃE DE MATEUS,
FOI ALCOÓLATRA POR DEZ ANOS