1.07.2008

POLÍTICA DA QUALIDADE ADOTADA POR FARMANGUINHOS / FIOCRUZ

POLITICA DA QUALIDADE
A Política da Qualidade adotada por Farmanguinhos visa ao cumprimento da Constituição Federal de 1988, da Lei 6.360/76 e da RDC 210/03. Esta política tem apoio e comprometimento da alta direção da empresa e engloba a estrutura organizacional, procedimentos, processos e recursos humanos e financeiros.
Diante do conceito trazido pela Constituição de 1988 de que "saúde é direito de todos e dever do Estado (...)”, Farmanguinhos foi constituído de forma a garantir a prerrogativa de acesso à saúde por meio do acesso a medicamentos. Como é uma unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde (MS), existe um canal de parceria com a Vigilância Sanitária para registro de produtos aprovados e em processo de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além disto, toda a infra-estrutura de Farmanguinhos é voltada para o cumprimento das exigências legais de produção, garantia e controle da qualidade.
Desta forma, os produtos são adequados aos fins aos quais se destinam e não colocam os pacientes em risco, pois apresentam segurança, qualidade e eficácia.
Para garantir a Política da Qualidade, Farmanguinhos assegura os seguintes quesitos :
Medicamentos projetados e desenvolvidos considerando a necessidade do cumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF).
Operações de produção e controle especificadas por escrito, de forma a cumprir as exigências de BPF.
Responsabilidades gerenciais claramente especificadas na descrição de cargos e funções.
Adoção de providências para a fabricação, suprimento e utilização das matérias-primas e materiais de embalagem, de forma correta.
Realização de todos os controles nas matérias primas, produtos intermediários, produtos a granel, bem como outros controles em processo, calibrações e validações.
Produto terminado corretamente processado e conferido segundo procedimentos definidos.
Medicamentos não são expedidos antes que as pessoas autorizadas tenham certificado que cada lote foi produzido e controlado de acordo com os requisitos do registro e outros regulamentos relevantes à produção, controle e liberação de produtos farmacêuticos.
Fornecimento de instruções e adotadas as providências necessárias para garantir que os medicamentos sejam armazenados, transportados, distribuídos e manuseados, de forma que a qualidade seja mantida por todo prazo de validade.
Procedimento de auto-inspeção e/ou auditoria interna de qualidade que avalia regularmente a efetividade e a aplicação do Sistema de Garantia da Qualidade.
Programa de treinamento e capacitação contínua dos funcionários de toda a indústria.
Fornecedores de materiais e matérias-primas são classificados, segundo os critérios de qualificação de fornecedores adotado pela Garantia da Qualidade.
Sistema de Farmacovilância e atendimento ao cidadão, que registra e investiga todas as notificações. Este sistema também garante o recolhimento de lotes que apresentem desvio de qualidade ou sob suspeita de desvio.
Controle dos pontos de coleta, tratamento de água, ar, monitoramento ambiental e tratamento de efluentes.
Revisão dos Procedimentos Operacionais Padrão, todas as vezes em que há modificação nos projetos.

Política da Qualidade criada pelo então Gerente da Qualidade do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM)- Farmanguinhos em 2006  por  Antonio Celso da Costa Brandão

GEL ANTIAIDS: A comercialização partir de 2013

PAÍS TERÁ TECNOLOGIA PARA TESTAR GEL ANTIAIDS
22/01/2008
Microbicida capaz de evitar infecção por HIV em mulheres é desenvolvido com um tipo de alga brasileira. O desenvolvimento de um microbicida nacional contra o vírus da aids, o HIV, desenvolvido a partir de uma alga marinha, avançou mais uma etapa. A substância começará a ser testada em tecidos humanos. A patologista Patrícia Ocampo está na Saint George's Medical School, em Londres, onde aprende a técnica para testar o produto em fragmentos de tecido do colo do útero, extraídos durante cirurgias. A idéia é trazer a tecnologia para o País para agilizar a pesquisa, desenvolvida há cinco anos numa parceria do Instituto Oswaldo Cruz, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Fundação Ataulpho de Paiva (FAP) e do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde. A proposta dos pesquisadores é que a mulher utilize o microbicida, em forma de gel, creme ou espuma, antes da relação sexual e, assim, bloqueie a contaminação pelo HIV. Mas, para saber se a substância cumpre essa função, é preciso testá-la antes em tecido humano. TÉCNICA INGLESA - A técnica que está sendo aprendida em Londres permite que o tecido seja retirado quando a mulher é submetida a uma pequena cirurgia, por conta de alguma alteração no colo do útero. Durante a operação também é retirado tecido normal, que é mantido em uma cultura, com todas as camadas encontradas no organismo, como mucosa e submucosa. Os pesquisadores passam, então, a infectar o tecido e utilizam o microbicida para bloquear a infecção. Esse teste foi feito anteriormente, no Brasil, mas com células isoladas. A intenção agora é testar como o produto se comporta quando há interação entre as células. Em Londres, os pesquisadores farão testes com subtipos do HIV que circulam pela Europa e pela África. A importância de trazer essa técnica para o Brasil é testar os subtipos do vírus que circulam por aqui. "Os subtipos são diferentes, alguns mais resistentes, outros menos. A nossa intenção é que o microbicida seja usado em nosso País e em países mais pobres. Por isso, precisamos saber como os subtipos que circulam aqui se comportam em contato com a substância", afirma Luiz Roberto Castello Branco, coordenador do Centro de Desenvolvimento e Testagem de Microbicidas do IOC/Fiocruz. Ele explicou que a substância encontrada na alga age de duas maneiras. "Ela inibe as duas formas que o HIV tem de se replicar - pelas enzimas transcriptase reversa e protease. Não existe atualmente nenhum medicamento em uso que tenha essas duas ações. Isso é algo que nos deixa bastante otimistas em relação ao produto", diz Castello Branco. BARATO - Se os testes derem o resultado esperado, tanto em Londres quanto no Rio, o microbicida começará a ser testado em seres humanos em 2009. A previsão é que o produto possa ser comercializado a partir de 2013. "Como o princípio ativo é extraído de algas, acreditamos que o microbicida será um produto barato, muito próximo do irrisório, para que possa ser distribuído para a população", diz Castello Branco. A alga estudada é encontrada em alguns pontos da costa brasileira e pertence a uma família com ação antiviral. Em 2002, pesquisadores do Departamento de Biologia Marinha da UFF começaram a investigar contra que tipo de vírus aquela alga surtia efeito e descobriram o HIV. "Os estudos são promissores e, aparentemente, a substância poderá ser usada até mesmo por via oral, mas ainda não temos confirmação disso", adiantou Castello Branco. Segundo ele, o Centro de Desenvolvimento e Testagem de Microbicidas do IOC tem outros dois candidatos a microbicidas com ação semelhante à da alga - um de origem vegetal e um composto semi-sintético, ambos descobertos pelos pesquisadores da UFF. Mas os estudos estão em fase inicial. - Clarissa Thomé -
Fonte: Estado de São Paulo

HELLEVA® (CRISTÁLIA) JÁ PODE SER ENCONTRADO NAS FARMÁCIAS DE TODO O PAÍS

HELLEVA® (CRISTÁLIA) JÁ PODE SER ENCONTRADO NAS FARMÁCIAS DE TODO O PAÍS
21/01/2008
Desenvolvido e produzido pelo Laboratório Cristália, o mais novo medicamento para o tratamento da disfunção erétil, Helleva® começou a ser comercializado pela Empresa no início deste mês de janeiro em todo território nacional. O produto apresenta preço no mínimo 25% menor que o do concorrente, e está chegando às prateleiras como a opção mais acessível de tratamento, com valor comparativo baseado no preço máximo ao consumidor de cada produto, de acordo com ABC Farma - jan 2008, edição 197. De venda exclusiva sob prescrição médica, Helleva® está disponível em duas apresentações, com 2 e 4 comprimidos de 80 mg. Para saber mais clique em: http://www2.cristalia.com.br:8080/cristalia/site/index.jsp.

HELLEVA® (CRISTÁLIA) JÁ PODE SER ENCONTRADO NAS FARMÁCIAS DE TODO O PAÍS

HELLEVA® (CRISTÁLIA) JÁ PODE SER ENCONTRADO NAS FARMÁCIAS DE TODO O PAÍS
21/01/2008
Desenvolvido e produzido pelo Laboratório Cristália, o mais novo medicamento para o tratamento da disfunção erétil, Helleva® começou a ser comercializado pela Empresa no início deste mês de janeiro em todo território nacional. O produto apresenta preço no mínimo 25% menor que o do concorrente, e está chegando às prateleiras como a opção mais acessível de tratamento, com valor comparativo baseado no preço máximo ao consumidor de cada produto, de acordo com ABC Farma - jan 2008, edição 197. De venda exclusiva sob prescrição médica, Helleva® está disponível em duas apresentações, com 2 e 4 comprimidos de 80 mg. Para saber mais clique em: http://www2.cristalia.com.br:8080/cristalia/site/index.jsp.

Anti-retroviral DDI Entérico

O governo brasileiro recebeu sinal verde de laboratórios europeus para fabricar o anti-retroviral DDI Entérico. No Brasil, esse medicamento faz parte do coquetel distribuído a 180 mil pacientes com Aids e, até o final do ano, será fabricado pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), no Rio de Janeiro. Atualmente, o Ministério da Saúde importa 7 milhões de comprimidos do DDI Entérico a US$ 1,40 a unidade, gerando uma despesa anual de quase US$ 10 milhões. O medicamento que será fabricado pela Farmanguinhos será diferente do importado atualmente. A versão distribuída provoca fortes efeitos colaterais, como irritação gástrica. A nova versão do remédio tem como princípio ativo a didanosina, que é absorvida no intestino, e não mais no estômago como ocorre com a versão internacional da droga. O governo brasileiro pediu em 2005 autorização para fabricar o remédio, mas só agora saiu o certificado autorizando a produção local. Com isso, o diretor de Farmanguinhos, Eduardo Costa, prevê que o preço do remédio cairá progressivamente até chegar à metade, ou seja, US$ 0,70 a unidade. O laboratório da Fiocruz conseguiu ainda registrar a droga na agência de vigilância sanitária da Comunidade Européia. "Esse registro internacional é importante, pois permitirá que o medicamento seja exportado pelo Brasil", diz Costa. O princípio ativo do DDI Entérico também será produzido no Brasil graças a um convênio firmado entre a Farmanguinhos e a farmoquímica privada brasileira Globe Química. Mas o processo de fabricação dessa substância será acompanhado pelos técnicos da Fiocruz. "A maior vantagem de distribuir remédios brasileiros é que os pacientes não ficam dependendo de negociações do governo com laboratórios internacionais, como ocorreu com o Kaletra há dois anos", ressalta Magali Menezes, da organização não-governamental Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (Gapa), de São Paulo. ÍNDIA E ÁFRICA - Eduardo Costa explica que, antes de integrar a lista de medicamentos distribuídos pelo programa nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, o DDI Entérico brasileiro passará por uma fase de produção piloto e ainda terá que obter o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Está sendo negociada também a transferência tecnológica desse produto para a empresa indiana Cipla, para atender o mercado asiático. Além do Brasil e América Latina, Farmanguinhos deverá atender as demandas da África, onde a epidemia da Aids é mais grave. Não é a primeira vez que o Farmanguinhos desenvolve a formulação de um medicamento anti-retroviral. Desde março do ano passado, os técnicos se preparam para fabricar o Efavirenz, que a partir de maio será distribuído no Brasil, inclusive a versão infantil, a ser exportada para vários países. "Farmanguinhos está em um processo acelerado de desenvolvimento de produtos que possam ter proteção (licenciamento) local", diz Costa. Ele ressalta que a maior vantagem da produção brasileira de anti-retrovirais é uma folga no orçamento do governo, já que as drogas internacionais aumentam de preço conforme a variação cambial e a tabela internacional. "Isso acaba comprometendo orçamentos públicos e o tratamento de pessoas doentes", diz. ALERTA - Na semana passada, o Programa Nacional de DST/Aids publicou uma nota técnica alertando que o Laboratório Roche enviou uma remessa de Enfuvirtida (T-20), um dos mais importantes do coquetel, com apresentação diferente da descrita no contrato. De acordo com o governo, o laboratório entregou uma versão com 1ml a mais de diluente, o que pode comprometer o tratamento. A Enfuvirtida é uma droga injetável indicada a pacientes que já desenvolveram resistência cruzada aos demais medicamentos do coquetel. O Ministério da Saúde, que fez a compra do remédio, está estudando uma forma de forçar a Roche a entregar a versão correta e evitar que os pacientes sejam prejudicados.

O NOVO LIMIAR DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

O NOVO LIMIAR DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

A história da indústria farmacêutica no Brasil é marcada por dois momentos bem distintos.
O primeiro, que durou até o fim da década passada, é caracterizado pelo domínio absoluto dos grandes laboratórios multinacionais.
O segundo reflete a ascensão das empresas brasileiras de medicamentos genéricos que, em menos de dez anos, chegaram à liderança do setor em volume de vendas.
Nos últimos meses, começou a se desenhar um terceiro ciclo, o dos fabricantes de medicamentos de biotecnologia. Trata-se de laboratórios dedicados à produção de drogas extremamente sofisticadas, sintetizadas pela manipulação genética de células e destinadas ao tratamento de doenças complexas.
Entre abril e outubro do ano passado, três multinacionais especializadas nesse tipo de remédio se instalaram no Brasil: a anglo-inglesa Shire, com faturamento de 1,7 bilhão de dólares, e as americanas Biogen (2,6 bilhões de dólares) e Biomarin (90 milhões de dólares).
Até então, apenas duas empresas do gênero atuavam no Brasil, a americana Genzyme e a suíça Actelion. Por enquanto, nenhuma das cinco possui fábrica no país -- sua atuação se restringe à importação de produtos e, em alguns casos, a pesquisas envolvendo novos medicamentos. Mas pelo menos uma das recém-chegadas, a Shire, planeja instalar nos próximos anos uma linha de produção local. A empresa já tem duas drogas destinadas a doenças genéticas degenerativas em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O desembarque das empresas de biotecnologia no Brasil é reflexo do forte crescimento global desse segmento da indústria farmacêutica. O mercado de biotecnologia faturou 70 bilhões de dólares em 2006, mais que o dobro do valor registrado no início da década. Até o momento, essa expansão tem se sustentado basicamente nos Estados Unidos e na Europa, mercados prioritários das multinacionais do setor. Agora, essas empresas passam a prestar mais atenção nos países emergentes. No caso específico do Brasil, o tamanho da população é um dos principais atrativos. Os três laboratórios que se instalaram no país recentemente produzem medicamentos contra doenças raras, para as quais a indústria tradicional não conseguiu desenvolver drogas eficazes. São problemas que atingem um número limitado de pessoas. Daí a relevância de mercados grandes, em virtude do maior número de clientes potenciais. Também estão em jogo fatores econômicos -- um ano de tratamento com essas drogas pode custar até 50 000 dólares. "Além do tamanho da população, leva-se em conta a capacidade das pessoas e dos governos de comprar medicamentos", diz Roberto Marques, diretor-geral da Shire no país. "Sob esses critérios, o Brasil é um dos três mercados com maior potencial de crescimento.
" A biotecnologia representa um sopro de renovação para a indústria farmacêutica, que, há dez anos, enfrenta dificuldades para lançar novos medicamentos por meio de processos tradicionais. Já os remédios biológicos são a grande esperança de cura para doenças como alguns tipos de câncer e o mal de Alzheimer -- para as quais a pesquisa convencional ainda não encontrou solução definitiva. Um relatório recente da consultoria Ernest & Young apontou a biotecnologia como o motor da inovação no setor.
Cerca de metade de todos os medicamentos em fase de desenvolvimento no mundo hoje são derivados de processos biológicos. Em 2006, as empresas americanas de biotecnologia cresceram 20% -- mais que o dobro que a média do setor farmacêutico. A relevância desse segmento da indústria fez com que as gigantes do setor também passassem a apostar em biotecnologia. Fusões e aquisições nessa área movimentaram 135bilhões de dólares em 2006, o segundo maior índice de sua história, alimentado principalmente pelo interesse de potências como Pfizer e Merck em pequenas e médias companhias dedicadas ao desenvolvimento de drogas biológicas.
Praticamente todas as multinacionais farmacêuticas têm divisões de biotecnologia ou parcerias com empresas especializadas. Em algumas dessas grandes corporações, as drogas que mais vendem são justamente as produzidas por meio de processos biológicos. É o caso da Abbott, em que uma única droga biotecnológica, a Humira, indicada para o tratamento de artrite reumatóide, é responsável pelo faturamento de 2bilhões de dólares por ano, o equivalente a 10% da receita total da empresa.
A opção pela biotecnologia mudou radicalmente o modelo de negócios da indústria farmacêutica.
Em média, o desenvolvimento de uma droga biológica custa cerca de 25% mais que o de uma droga tradicional. O processo de produção também é mais demorado.
Os laboratórios levam até um ano para produzir um lote de medicamento biológico esse prazo se resume a alguns dias no caso das drogas químicas.
Além disso, a aprovação pelos órgãos de governo leva cerca de 10% mais tempo, pois os testes são mais exaustivos. Mas, ainda assim, o uso de biotecnologia é bastante vantajoso.
Além de ter margens mais altas, as drogas biotecnológicas sofrem menos com a concorrência. Copiá-las é uma tarefa extremamente complexa, o que dificulta o lançamento de genéricos -- mais um motivo para essas empresas se sentirem tão à vontade para atuar no Brasil.
A FÁBRICA VIVA - Como os cientistas transformam células em pequenas linhas de produção de medicamentos:
1 - As células vivas são separadas em laboratório. Podem ser células de bactérias, animais ou até humanas;
2 - Os cientistas inserem um gene humano no código genético de uma bactéria; 3 - A molécula é injetada na célula e se mistura a seu código genético;
4 - Graças ao novo gene, a célula começa a produzir substâncias que, depois de purificadas por um processo industrial, funcionarão como remédio.
Fonte: Revista Exame

Obesidade e hipertensão são mal em dose dupla para a saúde

Obesidade e hipertensão são mal em dose dupla para a saúde
28/01 - Agência Estado

A preocupação começa quando a pressão arterial passa dos ideais 12 por 8 para recorrentes 14 por 9, ou para índices mais elevados. Conhecida como assassina silenciosa, a hipertensão é, no Brasil, a segunda causa de morte entre as doenças cardiovasculares.

Segundo o Ministério da Saúde, 32.990 pessoas morreram em 2005 por causa da doença. A obesidade possui uma relação estreita com a pressão alta e é responsável por 30% desses casos. Para tentar reverter os casos de hipertensão e obesidade, sociedades de cardiologia e endocrinologia se reuniram no I Congresso Latino-Americano de Hipertensão e Obesidade, realizado em dezembro, no Rio, para criar estratégias para reduzir a prevalência de ambos os males.

"Em geral as duas doenças coexistem e estão associadas no mesmo indivíduo. É importante que haja uma visão global da obesidade e da pressão alta para garantir bons resultados no tratamento das doenças", afirma a cardiologista do departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Andrea Araújo Brandão. Segundo a médica, a chance de uma pessoa acima do peso ter pressão alta é maior do que em uma pessoa magra. "A obesidade aumenta os índices de colesterol e glicose", explica. "Se tratarmos só a obesidade e esquecermos de cuidar dos índices de colesterol, por exemplo, há o risco dele ter uma complicação cardiovascular grave."

Segundo a Organização Mundial de Saúde, existem hoje cerca de 600 milhões de hipertensos no mundo. Já a Associação Americana de Cardiologia estima que existam hoje no mundo 1,65 bilhão de pessoas acima do peso.

A pressão arterial é calculada pela força com que o coração empurra o sangue para as artérias e a resistência que o sangue encontra para percorrê-las. No hipertenso, o sangue circula com dificuldade por causa da tensão nas paredes dos vasos (como um esguicho prestes a vazar, porque alguém pisa nele, fechando a passagem da água). Sem tratamento, a artéria pode ficar frágil, como o esguicho pisoteado, e se romper. Se isso acontecer no cérebro, haverá um derrame; no coração, um enfarte; e na principal artéria, a aorta, morte instantânea.

Nos obesos, a gordura que se acumula no tecido adiposo (que armazena gordura como fonte de energia para o organismo) também pode obstruir os vasos sanguíneos. "Esse acúmulo também pode provocar um acidente vascular cerebral", diz a cardiologista Andrea. O derrame, segundo o Ministério da Saúde, é a primeira causa de mortes no Brasil.

O arsenal de combate à hipertensão é forte, com drogas poderosas e menos agressivas. Mas a batalha diária para baixar a pressão e mantê-la sob controle é mais difícil do se imagina. Por não causar sintomas, o paciente não sabe que precisa da medicação. Estima-se que 60% a 70% dos hipertensos só consigam voltar aos 12 por 8 com a ajuda de dois ou mais remédios. E a medicação será tomada para o resto da vida.

"Em pacientes obesos é necessária uma avaliação para escolher a medicação porque ele pode desenvolver uma doença que ele não tinha. Se ele, por exemplo, toma um remédio para controlar a pressão que irá interferir nos índices de glicose, ele pode desenvolver, a médio e longo prazo, uma diabetes", explica a médica. Além dos remédios, a recomendação aos hipertensos obesos é perder peso e manter uma atividade física regular, diminuir o sal na comida e controlar o estresse.

O mais grave é que cerca de 15 milhões de adultos hipertensos e 3,5 milhões de crianças e adolescentes não sabem que estão com a doença. A orientação dos especialistas é medir a pressão arterial pelo menos uma vez por ano.

Entenda os números da sua pressão

Para saber por que 12 por 8 é considerada uma ótima pressão arterial é preciso entender o que os números significam. Eles correspondem aos dois tipos de pressão que a pulsação do coração gera: a sistólica (o valor mais alto) e a diastólica (o mais baixo).

Toda vez que o coração contrai (sístole), o sangue é empurrado para as artérias para atingir velocidade suficiente para percorrer o corpo e irrigar os tecidos e órgãos. Esse esforço empurra as paredes do vaso, exercendo uma pressão máxima (a sistólica). Enquanto o coração relaxa (diástole) e enche de sangue para a próxima batida, as artérias sofrem uma pressão mínima (a diastólica).

Quanto mais alta a pressão, mais difícil é para o sangue passar nos vasos.

Veja os índices:
Ótima - 12 por 8;
Normal - até 12,9 por 8,4;
Normal alta (limite) - 13,9 por 8,9;
Hipertensão - acima de 14 por 9.

Nova arma contra gordura nos EUA

'Lipo de 15 minutos' é nova arma contra gordura nos EUA
LOS ANGELES - Um novo e arriscado tratamento contra a gordura localizada já está disponível em algumas clínicas dos Estados Unidos - apesar de ainda não ter recebido aprovação das autoridades de saúde do país. O tratamento, chamado lipodissolução, consiste em uma série de injeções que são aplicadas no local onde está a camada de gordura que se quer eliminar.
O paciente toma as injeções com um intervalo de algumas semanas entre elas e a gordura simplesmente desaparece.
"É o novo botox", disse à BBC C.C., uma mulher que se submeteu ao tratamento em Los Angeles.
Mistério
O tratamento é particularmente atraente para aqueles que tem receio de se submeter às cirurgias tradicionais e aos riscos associadas a elas. A lipodissolução também é prática e rápida. A aplicação de cada injeção demora 15 minutos - o que lhe valeu o apelido de "lipo do horário do almoço" - e os efeitos são visíveis em questão de dias.
A injeção contém uma substância química chamada PCDC, que é derivada da soja e aparentemente desmancha a gordura. Mas, segundo o correspondente da BBC em Los Angeles David Willis, ninguém consultado pela reportagem nos consultórios onde é feita a lipodissolução parece saber ao certo o que acontece com a gordura quando é dissolvida.
Ela, de alguma forma, encontra seu caminho até os rins e sai do corpo com a urina? Vai até o fígado e lá espera ser metabolizada? Vai para os músculos, onde sua energia é queimada? Mistério.
"Ainda existe muito estudo científico a ser feito", disse Brian Kinney, da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos. "O risco é que, em vez do paciente sair mais bonito, saia com seqüelas ou incapacitado."
Perigo
O procedimento já foi banido em vários países, incluindo, por exemplo, a Grã-Bretanha. Nos Estados Unidos, embora não tenha recebido aprovação oficial, não é proibido - e há vários casos de pessoas que se arrependeram de ter apostado nesse tratamento.
Em um caso, uma mulher que queria se livrar da gordura localizada que ficou depois de uma gravidez, desenvolveu uma espécie de quisto do tamanho de uma bola de tênis após a lipodissolução, pois teve uma infecção no abdômen.
Ela ficou uma semana no hospital para se recuperar e hoje sua barriga tem a curvatura convexa de uma colher.
Mas há os que se dizem 100% satisfeitos com a lipodissolução. C.C. diz que os resultados são fantásticos e que o tratamento representa a saída perfeita para aqueles que não são capazes ou simplesmente não têm tempo de perder peso de maneiras mais naturais.
Em um país como os Estados Unidos, que vive uma epidemia de obesidade, é possível que as clínicas que oferecem o procedimento tenham encontrado uma mina de ouro.
Fonte: O Globo