11.26.2016

Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, de servir gente folgada, de nutrir amizades duvidosas, para que possamos percorrer somente os encontros verdadeiros.






Passamos muito tempo fazendo a coisa certa para as pessoas erradas, sofrendo as consequências das péssimas escolhas pelo caminho, sofrendo à toa por coisas inúteis e gente sem conteúdo, alimentando vãs esperanças em relação ao que não tem a menor chance de vir a acontecer. Perdemos muito tempo investindo no vazio, esperando retorno do que não volta, aguardando sorrisos de quem nem nos olha direito. É preciso focar no que é real, pois, mesmo que não haja muito de verdadeiro nesses terrenos, esse pouco bastará.
Precisamos parar de tentar agradar aos ingratos, às pessoas descontentes e incapazes de receber algo de fora. Existem indivíduos que se encontram por demais fechados ao acolhimento do que não se encontra dentro deles, do que não faz parte daquele mundinho em que eles se fecham, presos a crenças e sentimentos que não mudam, não são repensados, não saem do lugar. Tentar alcançá-los é inútil.
É necessário evitar a servidão aos folgados, aos aproveitadores, a quem não sai do lugar por si só, a quem foge a qualquer tipo de responsabilidade, pois sabe que alguém sempre fará por ele. Temos que ter clareza quanto ao que realmente devemos e poderemos tomar para nós, ou acumularemos cargas de bagagens que não são, nem de longe, relacionadas às nossas vidas. Muita gente precisa de ajuda, sim, mas muitos precisam é de vergonha na cara.
Não podemos nutrir amizades duvidosas, com pessoas que não expressam a menor necessidade de nós, como se tanto nossa presença quanto nossa ausência fossem a mesma coisa, algo sem importância, invisível, dispensável. Nem todos de quem gostamos irão gostar de nós, o retorno da estima e da afeição nunca é uma certeza, portanto, há necessidade de que adentremos exclusivamente os encontros verdadeiros.
Não é fácil nem tranquilo conseguirmos acertar quanto ao que poderemos regar com a certeza de retorno e reciprocidade, uma vez que as pessoas, os acontecimentos, a vida, tudo é imprevisível. Embora muito do que acontecerá em nossas vidas não possa ser controlado, mantermos sob controle nossas verdades e a certeza de que merecemos ser felizes nos tornará mais fortes diante dos tombos, sem que desistamos de nossos sonhos.

Ex-presidente de Cuba Fidel Castro morre aos 90 anos



Fidel morreu aos 90 anos
Fidel morreu aos 90 anos Foto: Javier Galeano / AP


HAVANA — Ex-presidente de Cuba e líder da revolução comunista, Fidel Castro morreu aos 90 anos, anunciou seu irmão, Raúl Castro, na TV estatal cubana nesta madrugada, sem fornecer mais detalhes. O ex-líder governou a ilha caribenha por quase meio século antes de entregar os poderes a Raúl, em 2008.
Ele morreu às 22h29 e o corpo do ex-presidente de Cuba será cremado, "atendendo a seus pedidos", informou Raúl, na TV estatal. Informações sobre o funeral serão divulgadas em breve. Fidel foi visto publicamente pela última vez foi em 15 de novembro, quando recebeu o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang.
Em abril, Fidel deu um discurso raro no último dia do congresso do Partido Comunista. Na ocasião, ele reconheceu a idade avançada, mas disse que os conceitos comunistas cubanos ainda eram válidos e o povo cubano "será vitorioso".
Enquanto seus partidários o elogiaram como um homem que havia devolvido Cuba ao povo, seus oponentes o acusaram de suprimir brutalmente a oposição.
Em agosto, a festa de aniversário de 90 anos de Fidel Castro reuniu mais de 100 mil pessoas na capital cubana. Aposentado há 10 anos, o ex-líder era praticamente inacessível. Só recebia visitas esporádicas de personalidades em sua casa em Havana.
A morte de Fidel Castro encerra 60 anos de história, marcada pelo seu desembarque em Cuba com um grupo de rebeldes do México, em 1956, para conduzir os guerrilheiros que derrubaram o ex-ditador Fulgencio Batista, em 1959.
Desde que se viu foi forçado a deixar o poder, em 2006, a principal atividade pública de Fidel Castro foi a publicação de artigos na imprensa cubana. Em março, dias depois da visita histórica de Barack Obama na ilha, ele publicou uma coluna na qual mostrou sua resistência ante a aproximação com os Estados Unidos

11.23.2016

Ataque ao BB ameaça o país inteiro


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"Décadas depois de Getúlio Vargas definir o papel essencial do Banco do Brasil no financiamento do desenvolvimento do pais, governo Temer ameaça a instituição com a redução de 500 agências e 17 000 aposentadorias antecipadas," escreve Paulo Moreira Leite, colunista do 247; ele relata que enquanto bíblias do mercado financeiro, como a revista Economist, já reconheceram que potencias em ascensão sempre recorreram ao Estado para um crescimento rápido, "iniciativa contra o BB pode cortar pela raiz um instrumento capaz de estimular o crescimento -- quando o pais tiver um governo realmente interessado em fazer isso"; retrospecto da crise de 2008-2009 mostra o papel essencial dos bancos públicos para recuperar a economia brasileira, numa conjuntura em que o Banco Central, presidido pelo atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, mantinha os juros num patamar desfavorável ao crescimento
Numa conjuntura em que apenas malandros profissionais tem motivo real para falar em recuperação da economia brasileira num horizonte visível, o anuncio de que a equipe econômica planeja esvaziar o Banco do Brasil com o fechamento de 400 agências e dispensar até 18 000 funcionários em 2017 é a mais recente prova de irresponsabilidade do governo Temer.
Nunca será demasiado recordar o drama humanitário provocado pela demissão em massa de milhares de trabalhadores num período de crise e desemprego recorde. Trata-se de um sinal político deprimente, agravado pelo fato de que se trata de uma decisão de governo, que tem a obrigação, ao menos em teoria, de zelar pelo bem-estar dos brasileiros, em particular trabalhadores e a população mais pobre. A combatividade  dos funcionários do BB, mais antiga instituição financeira do país, com um espírito de luta reconhecido inclusive durante o regime militar, nunca deve ser desprezado. O pacote de demissões e fechamento de agências equivale a ceder uma fatia sempre preciosa do mercado bancário ao setor privado.
A discussão sobre o pacote é mais relevante do que isso, porém. Envolve o presente e o futuro de cada um dos mais de 200 milhões de brasileiros, mergulhados nas perspectivas sombrias de uma depressão que já é a mais grave registrada pelos arquivos oficiais. Desse ponto de vista, o enfraquecimento do Banco do Brasil é uma tentativa de cortar pela raiz um dos instrumentos necessários para a reconstrução da economia brasileira, tarefa que é sempre útil encarar sem preconceitos nem cacoetes ideológicos, ainda que seja impossível enxergar quando isso irá ocorrer. Já em 1940, chefe de governo de um país que saiu da crise de 1929 em posição econômica e social muito mais confortável do que no período anterior, Getúlio Vargas reconhecia na expansão do Banco do Brasil um papel importante no desenvolvimento. "A disseminação das agencias do BB para dar ao crédito expansão crescente, constitui prova flagrante de que, pela primeira vez depois de implantado o regime republicano, o Brasil pratica uma política de financiamento executada em proveito das forças que promovem o desenvolvimento da economia nacional."
No governo Itamar Franco, a estrutura do Banco do Brasil foi esqueleto para a campanha contra a Fome e a Miséria, bisavó do programa Bolsa Família. No país de hoje, as linhas de crédito para a agricultura familiar do Plano Safra -- alvo das denuncias sem pé nem cabeça do impeachment -- garantem a alimentação de boa parte da população
Num estudo penetrante sobre a década passada, quando o país enfrentou com sucesso a crise dos derivativos, dois professores da UFRJ, Elena Soihet e Cesar Murilo Nogueira Cabral, fazem uma observão pertinente sobre o assunto. Lembram que "o sistema bancário não é neutro. Ao contrário, desempenha um papel crucial na determinação da capacidade de uma nação crescer e prosperar numa situação de crise."
A partir dos estudos já clássicos de John Maynard Keynes, há pelo menos 80 anos a humanidade aprendeu que os bancos públicos podem ser de utilidade extrema para enfrentar uma situação de crise avassalador. Minimizado pelos fanáticos menos cultos do Estado mínimo, o papel positivo que as empresas estatais -- onde bancos públicos têm um lugar essencial -- podem jogar na recuperação econômica foi reconhecido, em 2012, pela Economist, revista inglesa que é a bíblia do mercado financeiro mundial. Numa   reportagem de capa intitulada "A ascensão do capitalismo estatal," a publicação sublinhava o rápido crescimento da China e seus efeitos sobre a a economia mundial, lembrando a permanente associação do Estado chinês com a economia -- inclusive com o setor privado. Lembrando que não se tratava de um evento novo, a revista recordava uma lição sempre útil nos dias de hoje: "potencias em ascensão sempre recorreram ao Estado para um crescimento rápido: pense no Japão e na Coréia do Sul no pós guerra de 1950, na Alemanha em 1870, nos Estados Unidos após a Guerra de Independência."   
No texto "Crise de 2008 e o papel determinante dos bancos públicos na recuperação da economia brasileira", Elena Soihet e Cesar Murilo Nogueira Cabral fazem uma boa síntese do papel dos bancos público no combate a crise. Disponível na internet, o artigo é ilustrativo sobre o papel oposto que instituições publicas e privadas desempenharam naquela conjuntura. Você pode achar que é preconceito deste blogueiro, mas a conclusão é fácil de enxergar. Enquanto os bancos privados ficaram de olho para ver o que acontecia, preservando suas reservas a qualquer custo, o setor público atuava na direção contrária e passou a ocupar uma fatia do mercado superior à dos bancos privados -- posição que é a verdadeira razão para entender por que os economistas do Estado Mínimo tenham um cuidado especial em demonizar a política do período em todas as oportunidades que surgem.
Obedecendo a uma orientação política do governo  Lula e do ministro da Fazenda Guido Mantega, foram para cima da clientela e conquistaram mercados, numa estratégia simples e direta. Numa conjuntura em que de um ano para outro a inadimplência crescia 48% (em 2008) e 18,8 % (em 2009), foram atrás de clientes abandonados pelo setor privado.  O Banco do Brasil cresceu 31,5%, a Caixa Econômica, 51,4% e o BNDES deu um salto de 140%. Em média, o setor público deu um salto de 66,7%, para assumir 49,5% do crédito disponível  Os bancos privados, enquanto isso, caíram de 63,5% para 49,2%. Essa redução ocorreu num período em que, para estimular o setor privado, o Banco Central liberou uma bolada fantástica de R$ 99,7 bilhões dos chamados depósitos compulsórios. Pouco adiantou. Mesmo autorizados a emprestar, preferiam ficar com montanhas de dinheiro em caixa. Nos anos de vacas gordas, o crédito privado chegou a crescer 25% ao ano. Caiu para 10% nos tempos difíceis. Mesmo perdendo terreno, o setor privado não tomou iniciativas para atrair novos clientes, como diminuir a taxa de spread, que é a diferença entre aquilo que um banco paga pelo dinheiro depositado e aquilo que recebe pelo dinheiro que empresta. Num comportamento que representava uma dificuldade óbvia para a conquista de novos clientes, os bancos públicos sempre cobraram, ao longo da história, um spread inacreditavelmente mais alto do que os privados. A diferença se inverteu durante crise. Em 2009, o spread do setor público era 20% inferior ao do privado. Outro dado refere-se a lucratividade das instituições. Mesmo perdendo terreno e clientes, o que deveria ser ruim para o resultado final, em 2009 a margem do setor privado era de 14,3%, contra 8,2% para o setor público.
Um ponto curioso é que, naquele período, o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles se encontrava no segundo posto da área econômica, a presidência do Banco Central. Analisando a atuação de Meirelles naquela época, Elena Soihet e Cesar Cabral registram um fato notável. Depois de iniciar uma alta nos juros com o argumento de que era preciso conter ameaças inflacionárias "o Banco Central não reduziu a Selic mesmo com agravamento do cenário internacional a partir de agosto de 2008. Houve repetidos aumentos da meta da taxa de juros ao longo do ano 2008. Entre 24/07/2008 a10/09/2008 a Selic situava- se em 13,00% e no auge da crise, durante o período de 11/09/2008 até 21/01/2009, o Comitê de Política Monetária(COPOM) aumentou a Selic para 13,75%." Depois disso, a Selic iniciou uma queda, situando-se em 8,75%, que se manteve ao longo de 2010.
Para muitos economistas, como Luiz Gonzaga Belluzzo, o estrago já estava feito -- e a oportunidade perdida naquele momento favorável está na origem dos desequilíbrios e dificuldades de maior porte que a economia brasileira enfrentaria nos anos seguintes.
É possível concordar ou não com essa visão. Não há como negar, no entanto, a importância dos bancos públicos para o país abrir a porta de saída da crise. Todo esforço para enfraquecer estas instituições não passa de uma tentativa de fechar o caminho para o crescimento e manter o país sob um regime de austeridade -- em linha com a nefasta PEC 55, ex-241.
Essa é a discussão.

Defesa de Lula vê conexão suspeita da Lava Jato com EUA

247 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspeita de que Lava Jato esteja colaborando em caráter não formalizado com o governo dos Estados Unidos. Segundo Cristiano Zanin, um dos advogados do petista, revelações feitas na segunda-feira durante depoimento de Eduardo Leite, ex-executivo da Camargo Corrêa, transparecem o problema.  Na ocasião, o delator chegou a dizer que foi procurado pelo Departamento de Justiça americano por intermédio de representantes da operação, mas voltou atrás, após reação do procurador Diogo Castor de Mattos e do juiz Sergio Moro. Em nota, o MPF afirmou que "o assunto em questão é sigiloso" e que, portanto, não se manifestaria". 
As informações são da Folha de S.Paulo. 
"A revelação feita em audiência de que o Ministério Público Federal estaria trabalhando junto com autoridades americanas parece não estar de acordo com o tratado que o Brasil firmou em 2001 com os EUA que coloca o Ministério da Justiça como autoridade central para tratar esse tipo de questão", disse à Folha Cristiano Zanin, advogado do petista.
Confira, abaixo, depoimentos de delatores que inocentam Lula:
Zanin se referiu ao depoimento feito nesta segunda-feira (22) por Eduardo Leite, ex-executivo da Camargo Corrêa. O delator chegou a dizer que foi procurado pelo Departamento de Justiça americano por intermédio de representantes da operação, mas voltou atrás, após reação do procurador Diogo Castor de Mattos e do juiz Sergio Moro.
Zanin, então, perguntou se a Lava Jato havia intermediado o contato. Mattos interrompeu, argumentando que perguntas sobre colaboração no exterior haviam sido indeferidas em depoimento anterior, de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Setal.
Moro, então, afirmou que "a outra testemunha disse que não ia responder, que não se sentiu segura. A testemunha [Leite] está respondendo e o defensor dela está aqui presente. Então, se tiver algum óbice, imagino que..."
O procurador voltou a protestar. O delator, por fim, afirmou que "gostaria de consertar. Do procedimento, eu não tenho domínio, quem tem é meu advogado. Eu entendo que deve ter havido uma comunicação".
Pouco antes, Mendonça Neto afirmara que "não sabia se podia responder" à indagação da defesa de Lula se ele firmou acordo de colaboração em outro país, além do Brasil. Moro impediu o questionamento por conta de um possível acordo de confidencialidade do delator.
"Não reconheço a soberania dos Estados Unidos no nosso país nem na nossa Justiça", interveio José Roberto Batochio, também advogado do ex-presidente.
"Eu também não reconheço, doutor. Mas acontece que a gente tem de se preocupar com os reflexos jurídicos para a testemunha. Certo?", respondeu o juiz.
Mais adiante, Mendonça Neto foi autorizado a responder se viajou aos Estados Unidos, desde que não especificasse a finalidade."

Jornais já criticam imoralidade de Temer


Veículos de comunicação que apoiaram abertamente o golpe parlamentar de 2016 e sua consequência, que foi a ascensão de Michel Temer, já demonstram incômodo com a tolerância do Palácio do Planalto à conduta de Geddel Vieira Lima, que usa seu cargo público para obter vantagens pessoais; "A permanência de Geddel indica que a disposição de Temer de honrar os ditames da Constituição a respeito da supremacia do interesse público começa a perder vigor diante das conveniências políticas", diz editorial do Estado de S. Paulo, chamado "Sobre a imoralidade"; "Se o governo for condescendente com a corrupção e outros costumes deploráveis cultivados em Brasília pelo próprio PMDB, cometerá suicídio político e comprometerá todo este projeto de emergência nacional", completa o Globo; ou seja: nem a turma do golpe consegue defender Geddel
247 – A decisão do Palácio do Planalto de blindar Geddel Vieira Lima, que será investigado pela comissão de ética por usar seu cargo público para obter vantagens pessoais (a liberação de uma obra onde tem um apartamento de R$ 2,4 milhões), criou um constrangimento adicional para Michel Temer, que decidiu blindar seu parceiro de 2 anos.
Até mesmo os jornalões das famílias Marinho e Mesquita, aliados de primeira hora do golpe parlamentar de 2016, não conseguem encontrar justificativas para defender o indefensável: a permanência de um ministro acusado de corrupção num caso praticamente já comprovado, num dos cargos mais importantes da República.
Leia, abaixo, editorial do Estado de S. Paulo:
Sobre a imoralidade
Por opção do presidente Michel Temer, Geddel permanece no cargo, enquanto o ministro que denunciou suas práticas patrimonialistas saiu do governo
A persistência da confusão entre o público e o privado, que se manifesta especialmente na concepção segundo a qual o Estado é propriedade de quem está no poder e, portanto, deve servir aos interesses privados das autoridades, está na raiz do grande atraso nacional. Sendo assim, se o Brasil realmente tem a intenção de superar seu crônico descompasso com o mundo desenvolvido, o primeiro passo deve ser a renúncia à velha prática do patrimonialismo. Mas o recente caso envolvendo o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que tentou usar sua influência para mover a máquina do Estado a favor de seus negócios particulares – e ainda assim foi mantido no cargo –, serviu para lembrar que infelizmente estamos muito longe de dar esse passo.
Geddel, como se sabe, comprou um apartamento num prédio de Salvador cujas obras acabaram embargadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Diante desse contratempo, o ministro poderia ter recorrido aos serviços de um advogado, como faria qualquer cidadão comum, mas preferiu o atalho por onde transitam os cidadãos que se julgam incomuns: procurou o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a cuja pasta se subordina o Iphan.
Diante da pressão, Calero decidiu pedir demissão e revelar o caso à imprensa. Em entrevista à Folha de S.Paulo, contou que a gestão de Geddel para que a obra fosse liberada foi explícita, incluindo uma ameaça de “pedir a cabeça” da diretoria do Iphan e de falar “até com o presidente da República”. No dia seguinte, Geddel disse ao Estado que Calero estava “exagerando”, mas admitiu que conversara com o colega sobre a necessidade de liberar a obra. “Que ilegalidade há nisso? Qual a imoralidade que há em tratar desse tema com um colega meu?”, perguntou Geddel na entrevista. Quando um ministro de Estado flagrado em claro conflito de interesses questiona, em tom de indignação, onde está a imoralidade de seu ato, confirma-se que o rebaixamento dos padrões morais na política nacional não é um fenômeno isolado.
E no entanto, por opção do presidente Michel Temer, Geddel permanece no cargo, enquanto o ministro que denunciou suas práticas patrimonialistas saiu do governo. Não é uma situação condizente com o discurso de um presidente da República que, 12 dias depois de herdar uma administração esfacelada pela incompetência gerencial e pela corrupção avassaladora, prometera defender a moral pública – e “não porque eu queira que haja moralidade”, enfatizou Temer na ocasião, “é porque a Constituição determina”.
A permanência de Geddel indica que a disposição de Temer de honrar os ditames da Constituição a respeito da supremacia do interesse público começa a perder vigor diante das conveniências políticas. Entende-se que, ao montar seu Ministério para superar a situação crítica na qual o País fora deixado pela irresponsabilidade criminosa do lulopetismo, Temer tenha recorrido a amigos nos quais reconhecia a habilidade necessária para ajudá-lo na tarefa de mobilizar o Congresso em favor da governabilidade. O problema é que esses auxiliares começam a se considerar intocáveis exatamente porque julgam controlar a base aliada, cuja coesão é essencial para Temer.
Nesse contexto, Geddel tornou-se “fundamental” para o governo, como disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao defender o ministro: “Geddel tem o apoio do Parlamento, tem a confiança, tem exercido papel fundamental para o governo na articulação política”. Para Maia, “o governo precisa de tranquilidade e precisa continuar contando com Geddel”, razão pela qual é preciso “virar essa página”. Na mesma linha foi o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), para quem “a oposição está se aproveitando de um assunto que é muito pequeno perto de outros assuntos de interesse do País para poder fazer disso um cavalo de batalha”.
Diante de tamanha veemência dos governistas, é o caso de perguntar até que ponto o discurso sobre a necessária governabilidade não está servindo para perdoar pecados que, fossem outros os pecadores, seriam considerados capitais.
Leia, abaixo, editorial do Globo:
O governo Temer e suas contradições
Com uma base do passado, o Planalto tem de fazer reformas a fim de garantir o futuro; para isso, necessita de negociadores políticos, mas não pode ser condescendente
A política brasileira tem extensa experiência em passar por mudanças impostas pela realidade, executadas pelos mesmos agentes da ordem anterior. Foi assim com o marechal Eurico Gaspar Dutra, vetor da queda do ditador Getúlio Vargas, na redemocratização de 45, tendo sido ele mesmo um dos que atuaram ao lado do caudilho no golpe do Estado Novo, em 37. Auxiliou na construção do regime e também na implosão dele. Um símbolo nacional.
Outro exemplo de como regimes mudam e parte da elite se mantém no poder ocorreu na mais recente redemocratização, na Nova República, em que a morte de Tancredo Neves deu posse a José Sarney, político de destaque na base da ditadura que acabara. E assim se vai levando, com transições geralmente negociadas para que haja troca de guarda sem violência. Não é mal que assim seja.
Consideradas as especificidades dos momentos da História, está no comando, lastreado em bases constitucionais, o presidente Michel Temer, representando o PMDB que aderiu ao lulopetismo, de forma mais clara a partir do segundo governo Lula. Repete-se o script. Vice de Dilma, Temer herda o governo, no impedimento da presidente, e precisa fazer consertos urgentes na economia e na política.
Mais uma vez, um grupo que compartilhava o poder na ordem anterior assume para reformar aquilo que ajudou a construir. No caso de Temer, há ainda o ônus de levar para o Planalto um grupo de que fazem parte personagens atuantes num período de enorme lambança ética, não apenas devido a mensalões e petrolões, mas ao fisiologismo, uma prática na qual o PMDB sempre foi especialista.
Os dissabores para o Planalto surgidos em torno de Romero Jucá, Eduardo Cunha e, agora, Geddel Vieira Lima estão dentro deste contexto. Algo como mais do mesmo. Entende-se por que haja maquinações, no governo e em sua base no Congresso, contra a Lava-Jato.
O experiente Michel Temer não tem alternativas a não ser gerenciar da melhor maneira possível essas contradições. É um governo de mudanças para o futuro com uma base do passado. Ao menos um ponto básico está definido: o conjunto de reformas para reequilibrar as finanças públicas, restaurar sua credibilidade e a confiança em que o Tesouro sairá da rota da insolvência. Para isso, será necessário aprovar a PEC do teto e a reforma da Previdência, para começar.
É certo, portanto, que Temer precisa de especialistas em articular alianças no Congresso essenciais para garantir a estabilização do país. Geddel, um deles. Mas, se o governo for condescendente com a corrupção e outros costumes deploráveis cultivados em Brasília pelo próprio PMDB, com o PT e aliados de outrora, cometerá suicídio político e comprometerá todo este projeto de emergência nacional. 

Parentes de Geddel fazem defesa do espigão baiano

Um primo e um sobrinho de Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) são representantes junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do condomínio La Vue, o espigão de luxo em uma das áreas mais nobres de Salvador que o ministro tem usado sua força política para liberar; além de Geddel, outros membros de sua família também têm apartamentos no empreendimento, cujos preços chegam a R$ 2,6 milhões;na semana passada, Marcelo Calero deixou o comando da Cultura denunciando a conduta ilegal de Geddel; apesar de todas as provas contra seu braço-direito, o presidente Michel Temer decidiu mantê-lo no cargo; ontem, líderes da base aliada se posicionaram publicamente a favor da permanência de Geddel no governo
Bahia 247 - Um primo e um sobrinho de Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) são representantes junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) do condomínio La Vue, o espigão de luxo em uma das áreas mais nobres de Salvador que o ministro tem usado sua força política para liberar. Além de Geddel, outros membros de sua família também têm apartamentos no empreendimento, cujos preços chegam a R$ 2,6 milhões. Na semana passada, Marcelo Calero deixou o comando da Cultura denunciando a conduta ilegal de Geddel. Apesar de todas as provas contra seu braço-direito, o presidente Michel Temer decidiu mante-lo no cargo. Ontem, líderes da base aliada se posicionaram publicamente a favor da permanência de Geddel no governo. 
As informações são da Folha de S.Paulo.  
"Em um documento anexado no processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a Porto Ladeira da Barra Empreendimento, empresa responsável pelo La Vue, nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.
Jayme é  primo de Geddel e sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Afrísio é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel.
A procuração foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel tomar posse como ministro. Ela não tem prazo de validade.
Semanas antes, ainda na gestão Dilma Rousseff (PT), o Iphan havia embargado a obra por considera que o prédio afetaria monumentos tombados da região como o Forte de São Diogo e a Igreja de Santo Antônio da Barra.
O documento possibilita aos advogados e ao estagiário "representar o outorgante [empreendimento La Vue], conjunta ou separadamente, perante o Iphan", dando poderes para "interpor recursos perante qualquer juízo, instância ou tribunal".
O outro signatário da procuração, o advogado Igor Andrade Costa, é sócio de Jayme num escritório de advocacia.
Costa ainda assina como representante legal do empreendimento na ata de constituição do condomínio do La Vue registrada em cartório de imóveis de Salvador.
A procuração que colocou parentes de Geddel como representantes do La Vue junto ao Iphan foi assinada depois de o ministro ter adquirido o apartamento.
A Folha ainda apurou que, além de Geddel, outros parentes do ministro adquiriram apartamentos no La Vue."

Oposição quer afastar esta figura ‘imediatamente’


Mas presidentes do Congresso seguem Temer e põem panos quentes em polêmica

Brasília - Após a abertura na Comissão de Ética de processo para apurar a conduta do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a oposição pede ao órgão ligado à Presidência da República que recomende o afastamento imediato do ministro.
Petição feita por parlamentares do PT e do PCdoB argumenta que Geddel só pôde agir contra o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero em razão do cargo que ocupa. Por isso, o documento pede que a Comissão de Ética da República tome providências urgentes. 
Diferentemente do Judiciário, a Comissão de Ética não pode determinar o afastamento de Geddel, mas pode fazer uma recomendação ao presidente Michel Temer, além de uma censura pública. Entretanto, o órgão se colocou em desfavor de Geddel na segunda, quando a maioria dos conselheiros votaram pela abertura do processo.
Geddel, homem forte de Michel Temer, ganhou ontem o precioso apoio de Renan Calheiros e Rodrigo Maia Valter Campanato / Agência Brasil
A votação foi interrompida por pedido de vistas, mas depois de recuo do ministro, foi retomada e concluída com unanimidade. A petição da oposição pede ainda que a Comissão de Ética promova a realização de diligências e acareações, como a oitiva de Marcelo Calero e da presidente do Iphan, Kátia Bogéa.
O ministro da Cultura se demitiu na última sexta-feira. De acordo com Calero, o motivo foi a pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento. Geddel nega ter feito pressão.
Apoio fisiológico
O presidente do Senado, Renan Calheiros, saiu em defesa de Geddel nesta terça. Para Renan, a polêmica envolvendo o seu correligionário “já está superada”. “Eu acho que esse é um fato superado. Parece que houve uma interpretação indevida. O bom é que isso fique para trás e que a convergência seja novamente construída”, abafou.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também demonstrou apoio ao controverso ministro. Maia afirmou que o Congresso precisa que Geddel continue no cargo por ser fundamental na articulação política do governo junto aos parlamentares. Segundo ele, “o ministro tem o apoio e a confiança do parlamento”.

Anvisa aprova regra que facilita venda de derivados de maconha

Decisão deve beneficiar o registro do medicamento Mevatyl, usado em pacientes adultos para o controle de sintomas provocados pela esclerose múltipla

Brasília - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma regra que abre caminho para o registro, produção e venda de medicamentos compostos por maconha no Brasil. Pela decisão, remédios a base de tetrahidrocannabionol (THC) e de canabidiol, substâncias presentes na planta, passam a ser considerados como de venda sob controle especial.

A aprovação da Anvisa vale para dois derivados de maconha em concentração até 30 mg por mililitro Estadão Conteúdo
A decisão, unânime, deve beneficiar o registro do medicamento Mevatyl, um produto que já é vendido em alguns países na Europa obtido a partir da maconha. No Brasil, o remédio será usado em pacientes adultos para o controle de sintomas provocados pela esclerose múltipla. O medicamento está em processo de registro pela agência, mas ainda não foi aprovado. 
A aprovação da Anvisa vale para os dois derivados de maconha em concentração até 30 mg por mililitro. Produtos que estejam acima desta concentração continuam na lista de proscritos e, por isso, não podem ser vendidos, produzidos ou comercializados no País.
A Agência também mudou as regras para tornar mais fácil a importação de produtos de canabidiol. A regra permite que pedidos novos possam ser analisados de forma prioritária, desde que apresentados todos os documentos necessários previstos no processo.
A liberação do uso do canabidiol no Brasil foi determinada pela Anvisa em 2015, depois de uma movimentação feita por familiares de pacientes, sobretudo crianças que apresentavam crises repetidas de convulsão

11.22.2016

Delcidio disse que jamais conversou sobre corrupção com o Lula

Moro e advogados de Lula discutem durante depoimento de Delcídio

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e promotores do Ministério Público Federal foram personagens de uma audiência acalorada na tarde desta segunda-feira (21). A sessão do dia tratava do interrogatório de testemunhas de acusação na ação penal em que Lula é réu no âmbito da Operação Lava Jato.
As discussões aconteceram durante o depoimento do ex-senador Delcídio do Amaral, a primeira testemunha a ser ouvida. Os advogados do petista contestaram diversas vezes a relevância de perguntas que eram formuladas pelos promotores que, para eles, fugiam do escopo do processo. A defesa também alegou que o depoente respondia com base em suposições e não em fatos objetivos.
>> Professor de Harvard defende substituição de Moro em caso de Lula
O juiz Sergio Moro chegou a interromper a gravação da audiência
O juiz Sergio Moro chegou a interromper 
a gravação da audiência
“A defesa, pelo jeito, vai ficar levantando questão de ordem a cada dois minutos? É inapropriado”, disse Moro à defesa de Lula. Um dos advogados respondeu: “Pode ser inapropriado, mas é perfeitamente jurídico e legal. O juiz não é o dono do processo”.
Mesmo com os protestos, o magistrado indeferiu novamente o pedido da defesa, afirmando que as perguntas dos promotores buscavam contextualizar os fatos. Os advogados insistiram na discussão e Moro interrompeu a gravação da audiência.

Depoimento
Questionado pelo MPF, Delcídio do Amaral disse que Lula sabia do esquema de corrupção na Petrobras. “A classe política e a torcida do Flamengo inteira sabia disso daí. Portanto, é uma coisa até surreal esse tipo de afirmação [de que o ex-presidente não sabia]”, disse. O ex-senador alegou, no entanto, que jamais conversou sobre o assunto com o Lula. “Eu não tinha essa relação próxima com o presidente pra ter esse tipo de diálogo com ele.”
A defesa de Lula, então, questionou a falta de provas de Delcídio para fazer tais afirmações. O depoente respondeu: “Eu não tenho planilha. Tenho os fatos de alguém que foi líder do governo, que participava ativamente do dia a dia do Congresso e que conversava não só com a maioria dos partidos, mas com os diretores. Se não me contassem as conversas do Palácio do Planalto, eu sabia por outras vias sempre”.
Os advogados insistiram na falta de provas, mas Moro interveio para que o interrogatório tivesse sequência.
Também foram ouvidos nesta segunda-feira os empreiteiros Augusto Mendonça, Dalton Avancini e Eduardo Hermelino. Novas audiências com testemunhas de acusação estão marcadas para a quarta-feira (23) e a sexta-feira (25).
Além do ex-presidente, são réus desta ação penal a esposa dele Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula Paulo Okamotto, e mais 5 pessoas. Lula e Marisa foram dispensados por Moro de comparecer às audiências, bastando apenas a presença dos advogados.
* Da Agência Brasil

Itamaraty é contra plano de Serra de liberar visto a americanos sem reciprocidade

      Ministro da bolinha de papel anda bebendo.

Valter Campanato/Agência Brasil: <p>jose serra</p>
Chanceler tromba com corpo técnico do Ministério das Relações Exteriores; para diplomatas do Itamaraty, o o projeto de lei que tramita na Câmara, apoiado pelo chanceler José Serra, que concede vistos para cidadãos dos EUA, Canadá, Austrália e Japão sem que haja nenhuma reciprocidade para brasileiros é "inócuo e inábil do ponto de vista político", além disso, não tem o impacto desejado sobre o turismo - Técnicos do Palácio do Itamaraty estão se opondo ao projeto de lei que tramita na Câmara, apoiado pelo chanceler José Serra, que concede vistos para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão sem que haja nenhuma reciprocidade para brasileiros. 
Diplomatas ouvidos pelo jornal Estado de S. Paulo se opõe por considerá-la inócua e inábil do ponto de vista político. Segundo os diplomatas, a isenção unilateral na concessão de vistos reduz o poder de barganha do Brasil em negociações futuras. E não tem o impacto desejado sobre o turismo.
"No caso dos Estados Unidos, existe agravante de o país estar em um processo de transição para um governo que ameaça deportar imigrantes sem documentação, entre os quais milhares de brasileiros. Além disso, a taxa de rejeição na concessão de vistos para brasileiros pelo país subiu de 4%, no ano passado, para 22% atualmente. Uma fonte do Itamaraty reforçou não ser recomendável a aprovação de uma isenção unilateral neste momento", diz a reportagem. 
Na avaliação dos diplomatas, o fluxo de turistas é determinado por outros fatores, além da facilidade de obtenção de visto, entre os quais campanhas de promoção, segurança e estrutura para receber visitantes. Eles argumentam ainda que o prazo de concessão de vistos para cidadãos americanos é de poucos dias e, em muitos casos, chega a ser de 24 horas.
Leia mais sobre o assunto.

Rio Grande do Sul decreta calamidade financeira


Rio Grandeo do Sul 247 - O governo do Rio Grande do Sul decretou, nesta terça-feira 22, calamidade financeira na administração pública. O decreto foi publicaddo no Diário Oficial do Estado.
A decisão permite a adoção de "medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos”, com exceção dos serviços considerados essenciais, pelo secretariado, anuncia o decreto, sem dar detalhes de quais seriam essas medidas.
Entre os motivos estão a crise financeira e a queda na arrecadação. A situação agora deve ser reconhecida pela União. 
Depois do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul é o segundo estado a quebrar. A economia gaúcha também foi afetada pelo golpe parlamentar de 2016, que afundou a economia brasileira e derrubou não só a atividade econômica, como a arrecadação de impostos em todo o País.
Ontem, o governador José Ivo Sartori, do PMDB, anunciou seu pacote de arrocho, em que extingue fundações, demissões e anuncia privatizações (leia mais aqui)

Com reforma previdenciária, Temer chamará povo para briga


José Cruz/Agência Brasil
"Para um governo impopular e contestado nas ruas, que vem afundando a economia e ainda se permite ser complacente com violações éticas, como a do ministro Geddel, a reforma previdenciária que será apresentada é um chamado ao povo para a briga", avalia a jornalista Tereza Cruvinel; "Diferentemente da PEC 55, que alcança a todos, mas de forma generalizada, na medida em que congela linearmente o gasto com todas as políticas de Estado, a reforma previdenciária tem endereços sociais muito claros. E isso fará a diferença nas mobilizações contra sua aprovação. Preparem-se os congressistas para ter os salões e galerias invadidos por gente revoltada com o governo que prometeu melhorar o país e está piorando a vida de todos. Quando ela começar a ser discutida, e a população perceber a extensão dos sacrifícios, a cobra vai fumar", prevê a colunista
Por que Temer vai enviar a Reforma da Previdência ao Congresso nas vésperas do recesso, se ela só começará a ser examinada no ano que vem? Simples. Dezembro, mesmo em tempos de crise, é um mês desmobilizador. Pensando em férias, Natal, viagens, ainda que não haja dinheiro para presentes, as pessoas prestarão menor atenção na tungada previdenciária, que afetará todos os trabalhadores e em particular, viúvas, funcionários públicos, trabalhadores rurais, velhos desamparados, pessoas com deficiência, professores, PMs, bombeiros, militares. O que o governo tenta, com esta apresentação antecipada do que não será nem discutido agora, é reduzir o impacto da proposta e evitar os protestos que, pela vastidão do público atingido, serão mais amplos que os provocados pela PEC 55, que vem encontrando nos estudantes a maior resistência organizada.
Em dezembro, às voltas com MPs não votadas e com a aprovação do Orçamento de 2017, o máximo que o Congresso fará com a reforma previdenciária será instalar a comissão especial da Câmara. Mas como não haverá tempo sequer para a apresentação de emendas, nem o prazo dos interstícios o governo ganhará. O que Temer quer é camuflar a reforma entre os arranjos natalinos.
Diferentemente da PEC 55, que alcança a todos mas de forma generalizada, na medida em que congela linearmente o gasto com todas as políticas de Estado, a reforma previdenciária tem endereços  sociais muito claros. E isso fará a diferença nas mobilizações contra sua aprovação. Preparem-se os congressistas para ter os salões e galerias invadidos por gente revoltada com o governo que prometeu melhorar o país e está piorando a vida de todos. Quando ela começar a ser discutida, e a população perceber a extensão dos sacrifícios, a cobra vai fumar.
Para um governo impopular e contestado nas ruas, que vem afundando a economia e ainda se permite ser complacente com violações éticas, como a do ministro Geddel, a reforma previdenciária que será apresentado é um chamado ao povo para a briga.
Vejamos os públicos atingidos, no geral e em particular.        
Todos os trabalhadores  – A idade mínima para aposentadoria passará a ser de 65 anos, para homens e mulheres,  mesmo que o contribuinte complete muito antes seu tempo de contribuição (hoje de 35 anos para o homem e de 30 anos para a mulher). Haverá regra de transição para os que ainda não se aposentaram e já completaram 50 anos (homens) ou 45 anos (mulheres). Quando completarem o tempo de contribuição, terão que trabalhar a metade do que falta para atingir a idade mínimo. Ou seja, um homem de 50, que já contribuiu 35 anos, terá que trabalhar metade dos 15 anos que faltam para os 65. Ou seja, mais 7 anos e meio.  Dá para imaginar o vastidão das insatisfações com a reforma.  E ficará pior daqui a alguns anos: o governo pretende fixar um prazo para que a idade mínima passe de 65 para 70 anos. Haverá também mudança no cálculo de aposentadoria, de modo que só se atingirá o teto aquele que continuar trabalhando depois de cumpridos o tempo de contribuição e a idade mínima, ganhando um bônus por cada ano a mais trabalhado.
Mulheres – As mulheres são especialmente penalizadas com a fixação de uma idade mínima comum de 65 anos para os dois sextos. Perderão principalmente as que ainda não completaram 45 anos. A Constituição garantiu a aposentadoria com cinco anos a menos para as mulheres considerando a dupla jornada que enfrentam, trabalhando foram, criando filhos e cuidando da casa. Agora vem esta “igualdade”, embora as mulheres continuem ganhando menos que os homens pelas mesmas tarefas.
Funcionários públicos – Hoje eles se aposentam com salário integral e seus vencimentos acompanham os salários dos que estão na ativa, com exceção dos que ingressaram no serviço público depois de 2003 (reforma de Lula).Agora, todos terão seus vencimentos corrigidos apenas pela inflação. Dá para imaginar o barulho que farão.
Trabalhadores rurais – Hoje eles não precisam contribuir para se aposentar, bastando comprovar o tempo de trabalho no campo. A reforma exigirá que tenham contribuído. Os que estão no meio do caminho, com entre os 50 e 60 anos, ficarão a ver navios.
BPC - Idosos pobres e pessoas com deficiência – Se alguma política merece o nome de rede de proteção social é esta. O BPC, ou Benefício de Prestação Continuada,  não é uma aposentadoria. É um benefício de um salário-mínimo que o Ministério do Desenvolvimento Social paga a idosos com mais de 65 anos, que nunca contribuíram com o INSS, e a pessoas com deficiência. Mas para recebê-lo, a renda per capita familiar não pode passar de um quarto do salário-mínimo, ou R$ 220.  Ou seja, é preciso ser muito pobre mesmo. O governo vai desvincular este benefício do salário-mínimo, garantindo a correção apenas pela inflação. Ou seja, dentro de alguns anos este público pobre e desvalido vai receber realmente um bolsa-esmola,  bem menor que o salário-mínimo.
Viúvas do INSS – A pensão por morte, paga a viúvas (e bem menos a viúvos, pois até há poucos anos as mulheres eram minoria no mercado de trabalho e entre os contribuintes do INSS) vai ser cortada em 50%.   Supõe-se que o direito adquirido das pessoas que já recebem o benefício será respeitado. As pensões por morte deixarão de ser atreladas ao salário-mínimo, passando a ser corrigidas apenas pela inflação. Se o beneficiário viver muitos anos, verá o esfarelamento do valor da pensão.
Contribuintes tardios    - Muitos trabalhadores que passaram a vida na informalidade começaram a contribuir tarde, quando tiveram a carteira assinada ou descobriram que deviam contribuir como autônomos. Podiam se aposentar aos 60 anos (mulher) ou aos 65 (homem) desde que cumprido um tempo mínimo de 15 anos de contribuição. Este tempo agora vai subir para 20 anos, prejudicando os que, por terem sido explorados, como milhões de domésticas, por exemplo,  entraram tarde no sistema.
Professores , PMs, militares e bombeiros -  Os professores podem se aposentar com cinco anos a menos de tempo de contribuição (25 anos para mulheres e 30 para homens). Agora terão de seguir as mesmas regras válidas para os demais trabalhadores. Embora os PMs e bombeiros sejam empregados dos estados federados, que têm a prerrogativa de fixas as regras para seu funcionalismo, o governo fixará idade mínima de aposentadoria para eles. Já os militares hoje  podem pedir passagem para a reserva aos 30 anos de serviço. Este tempo vai subir para 35 anos.
É esperar para ver. O tempo vai fechar para Temer.

Dilma: Gilmar não tem condições de me julgar

247 – A presidente Dilma Rousseff, deposta pelo golpe parlamentar de 2016, avalia arguir a suspeição do ministro Gilmar Mendes, no processo movimento pelo PSDB no Tribunal Superior Eleitoral, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
"Ele perdeu todas as condições de me julgar. Nenhum juiz pode se manifestar fora dos autos sobre alguém que porventura venha um dia a julgar", disse ela.
Dilma disse ainda que Gilmar se comporta como um juiz da República Velha. "Se eu tenho um inimigo político, condeno. Se eu tenho um amigo, absolvo."

TEMER ESTÁ COM OS “DIAS CONTADOS”

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Se você também quer que o golpe seja anulado digite. #VoltaDilma

À PGR, oposição diz que Geddel cometeu crime e Temer prevaricou



Como era de se esperar, a Comissão de Ética Pública (CEP) não concluiu hoje o exame do caso Geddel. Nunca é assim. Mas o presidente da República, quando se depara com casos semelhantes, não tem que se encostar na comissão para tomar a decisão necessária, até porque a CEP é um órgão consultivo, não tendo poder para exonerar funcionários ou autoridades públicas. Concluída a aprovação da abertura de investigação, o processo ainda levaria meses para chegar a uma recomendação da exoneração. É que Temer está buscando mas o tempo da comissão é incompatível com a gravidade do caso e com a exigência moral.
Hoje mesmo, senadores e deputados da oposição apresentaram medida cautelar à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo o afastamento do ministro da Secretaria de Governo. Eles afirmam na ação que Geddel se utilizou do cargo público para patrocinar interesse privado e pedir vantagem indevida, práticas que constituem crimes. O líder do PT, Humberto Costa, recorda o agravante de que o presidente da República já tinha conhecimento, há vários dias, da advocacia administrativa em proveito próprio que vinha sendo exercida por Geddel. “Está  caracterizado um crime de prevaricação por parte de Temer”, diz o líder.
Fernando Henrique, Lula e Dilma, os presidentes que conviveram com a comissão criada em 1999, nunca esperaram que ela concluísse sua investigação para  demitir ministros que se tornaram insustentáveis no governo. Agiram antes da conclusão do processo. No caso de Geddel, os fatos falam por si, não há muito o que investigar. Ele mesmo admitiu que pressionou o ex-ministro Calero a tomar uma decisão que o beneficiaria no caso do imóvel de Salvador em área afetada pelo tombamento histórico.
Para ficar nos casos mais recentes no tempo, a Comissão abriu procedimento contra o ex-ministro Antonio Pallocci, quando  ele era chefe do Gabinete Civil de Dilma, em 2012, que só foi concluído quando ele já havia deixado o governo. Sua situação tornara-se insustentável.  O mesmo aconteceu com os outros ministros demitidos por Dilma na “faxina” que ela fez naquele mesmo ano: ela agiu antes da comissão, embora houvesse procedimentos abertos.
O problema é que o amigo do peito não tem mandato e é citado na Lava Jato. Se for processado, não terá foro privilegiado. Por isso há quem defenda, no governo, a transferência de Geddel para outra pasta, tirando a crise do coração do Governo, o Palácio do Planalto. Geddel deixaria de ser o ministro poderoso que é hoje mas preservaria o direito de ser julgado pelo STF.  Mas esta saída também não parece viável, diante do rumo que o caso está tomando. Se for coerente, o procurador-geral Rodrigo Janot vai acolher a representação dos parlamentares da oposição.

11.21.2016

Dilma fala do golpe do PSDB e avalia pedir suspeição de Gilmar Mendes


A presidente Dilmar Rousseff (PT) afirmou nesta segunda-feira, 21, que o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo se comportou como um agente político no processo de julgamento das contas da chapa que a reelegeu em 2014. Em entrevista ao portal Brasil 247, Dilma disse que sua defesa tem indicações que Azevedo é tucano e fazia parte de uma armação para separar as contas dela das do então candidato a vice-presidente, Michel Temer (PMDB), no processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Nós temos indicações que ele é um tucano, não temos como ter certeza, estou falando uma coisa (...) pela convicção que ele causou e deu dados, ele queria primeiro criminalizar minha campanha e a segunda questão, ele fazia parte de toda armação para separar minha conta do Temer", disse Dilma.

Em um primeiro depoimento, o executivo da empreiteira afirmou que repassou à campanha de Dilma Rousseff em 2014 o valor de R$ 1 milhão que seria fruto de propina. Após denúncia apresentada pela defesa da presidente Dilma  de que a quantidade teria sido repassada através de um cheque para o vice Michel Temer, Otávio Azevedo mudou sua versão e negou que tenha pago propina à campanha.

Na entrevista, Dilma classificou como estranho o depoimento do executivo. "No meu caso é propina, no do Temer não é propina?", questionou. "Eu acho que ele se comportou como um agente político utilizando essa investigação como arma política". A presidente falou ainda o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, que é responsável por colocar o processo em julgamento. No sábado, Mendes disse em São Paulo que o impeachment o deixou com um duplo sentimento de felicidade e frustração, pelo Brasil ter superado uma grade situação de desordem institucional e porque demorou para identificar essas mazelas.

Dilma disse que está avaliando pedir a suspeição de Mendes para participar do julgamento de sua chapa no TSE por causa das declarações do ministro. "Ele perdeu todas as condições de me julgar, não pode ter essas manifestações", falou Dilma. "O que ele já me julgou fora dos autos não tem explicações, ele tem se expressado de uma forma que não é compatível com as atitudes de um juiz."

Dilma declarou ainda que o País não teria uma boa saída se Temer fosse cassado no TSE, resultado que a partir de 2017 colocaria o Congresso para eleger um presidente. "Eu não defendo o golpe dentro do golpe, eu não defendo a política do quanto pior, melhor, feita pelo senhor Aécio Neves", afirmou. Ela disse que a única forma de resolver a situação é com eleições diretas - o que só seria possível nas eleições presidenciais de 2018.

Ministro Geddel

A ex-presidente afirmou na entrevista que as denúncias contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que teria pressionado o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para liberar a construção de um edifício em Salvador, demonstram a desvalorização do governo Temer com a Cultura. "Se ocorre em qualquer governo, ele teria de ser afastado", disse.

Golpismo está entranhado e o maior representante disso é Aécio

 Dilma  comentou sobre o ambiente criado no país para favorecer o processo de impeachment contra ela, fez críticas à imprensa brasileira e ao governo ilegítimo de Michel Temer.

Dilma apontou para o cenário em que "pessoas se sentem autorizadas a invadir o Congresso por esse clima criado pelo senador Aécio Neves". "O golpismo está entranhado na sociedade brasileira. E o maior representante disso é Aécio Neves", completou a ex-presidente.

Dilma ressaltou ainda que, apesar da promessa, com o golpe, de uma realidade cor de rosa, a crise só tem se acentuado, Ela criticou os discursos de Michel Temer sobre a herança maldita que ele teria recebido ao assumir o comando do país. "Esse discurso não se sustentará."

"Eu não vou defender a prisão do Eduardo Cunha, se eles não prenderam antes... tem que explicar por que estão prendendo agora", acrescentou Dilma Rousseff. "E mais: se a pessoa não tem meios para prejudicar a investigação, tem que responder em liberdade."

Para desespero do Juiz Moro e procuradores da PF, a Testemunha de acusação, Delcidio inocentou o Lula


247 - O ex-senador Delcidio do Amaral depôs nesta segunda-feira (21) em Curitiba, em ação penal contra Luiz Inácio Lula da Silva, e afirmou nunca ter tido nenhuma conversa com o ex-presidente a respeito de qualquer procedimento ilícito. Ele disse também que não tem nenhuma prova de que Lula tenha feito parte de qualquer procedimento fraudulento. Por fim, disse que não teve conversa direta ou prova de que o ex-presidente saberia de fraudes que aconteciam na Petrobras.
O processo movido pelo MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) versa sobre um apartamento no Guarujá (SP) que jamais pertenceu ao ex-presidente, mas que procuradores afirmam ser sua “propriedade oculta”, que teria sido dada a ele pela empreiteira OAS, como contrapartida pela construtora ter recebido vantagens em contratos com a Petrobras.
Nada disso, porém, foi confirmado por Delcídio, a primeira testemunha de acusação que foi ouvida no processo. Questionada se tinha conversado diretamente como ex-presidente sobre qualquer ilícito na Petrobras, a testemunha negou: "Não, ele nunca me deu liberdade para isso". Disse também não ter nenhuma informação sobre o apartamento no Guarujá ou vantagens indevidas concedidas ao ex-presidente por meio do imóvel.
O ex-senador Delcídio do Amaral é réu confesso na Lava Jato, e assinou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República para ter sua pena reduzida. Nesta segunda-feira,ele refez acusações genéricas sobre suposta participação do ex-presidente em fraudes na estatal e na estrutura de indicações de cargos na administração governamental, com frases de efeito para manchetes de jornais, tais como “o presidente não entrava nos detalhes, mas tinha conhecimento absoluto dos interesses dos envolvidos."
Questionando, porém, se tinha provas sobre o que dizia, disse que não, que fizera uma "delação de político", por ser líder do governo e "saber como a roda gira" mas que suas teses vinham sendo confirmadas por outros delatores. O ex-senador disse, ainda, acreditar que "ter uma indicação política não quer dizer que a pessoa foi indicada para roubar."
Delcidio, que foi diretor da Petrobras no governo FHC, disse que só teve conhecimento em 2010 de ilícitos em térmicas da Petrobras na gestão do PSDB, após funcionários da Petrobras fecharem um acordo na Suíça

A PRESIDENTE DO BRASIL DILMA ROUSSEFF FOI VÍTIMA DE UM GOLPE DE ESTADO E ISTO ESTA PROVADO
















"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".

JOSEPH PULITZER ( 1847 - 1911 )

Millôr Fernandes em 2006: "“A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”. "A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular." - prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard
Eu estou assistindo o pronunciamento da nossa presidenta na Globo e ver a cara dos jornalistas recalcados que estavam apoiando o Aécio não tem dinheiro que pague no mundo, agora eles estão dizendo que o Brasil esta dividido e foram eles que promoveram o discurso de ódio contra nós petistas e foram eles mesmos os jornalistas da Globo e da Revista Veja que fizeram de tudo para tentar acentuar esta divisão com suas matérias e reportagens sempre tentando denegrir a imagem do ex presidente Lula e da nossa presidente Dilma, a diferença seria muito maior se não fosse o esforço sombrio desta gente que estava sabotando nós blogueiros e se fazendo de vítimas usando seu Império das Telecomunicações para tentar eleger o Aécio Neves, a Dilma derrotou o Aécio e o Império das Telecomunicações do Brasil...  


Bem-aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão fartos (Mt 5.6)