8.29.2015

Janot arquiva pedido do coxinha Gilmar Mendes para investigar as contas da presidenta Dilma


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Apareceu uma boa notícia para Dilma Rousseff no esforço para enfrentar manobras da oposição para tomar, por via judicial, um mandato que não foi capaz de assegurar nas urnas.
Num despacho onde fez questão de recordar o papel do Judiciário na "pacificação social e na estabilização da Justiça," o Procurador Geral da República  Rodrigo Janot manda arquivar um pedido de investigação de  Gilmar Mendes contra a campanha da presidente.
O caso arquivado se refere à  denúncia envolvendo a VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda, que prestou serviços à campanha de Dilma.  Em 7 de maio, seis meses e três semanas depois da vitória de Dilma, Gilmar enviou um comunicado ao PGR, pedindo "providências pertinentes" para "possíveis indícios de irregularidades".
No  despacho, divulgado ontem, Janot bate de frente: "Não há providencias de talhe cível ou criminal a adotar a partir da 'notícia de fato' em exame," escreveu.
Em outro parágrafo, Janot se refere a soberania popular.  Lembra  que os "atores principais" de uma eleição devem ser "candidatos e eleitores" e fala da "inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas – exagerados do espetáculo da democracia."
A partir de notícias veiculadas pela imprensa, o comunicado de Gilmar Mendes dizia, entre outras coisas, que a gráfica não funcionava no endereço declarado, nem teria estrutura "para imprimir o material declarado na campanha". Janot ouviu as partes, inclusive o ministro da Secom, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha.  No texto, o PGR expõe cada uma das objeções e também relata as explicações ouvidas, sem apontar restrições. Sua avaliação, numa frase: "Os fatos narrados não apresentam consistência suficiente para autorizar, com justa causa, a adoção das sempre gravosas providências investigativas criminais."
Mais relevante do que a decisão em si, ou cada episódio em particular, é a motivação de Rodrigo Janot pelo arquivamento do caso. Ele lembra, com todas as letras, que as contas de Dilma Rousseff foram julgadas e aprovadas com ressalvas em dezembro do ano passado, pelo próprio Gilmar Mendes, e  adverte: "não há figura cível do juízo que permita a esta Procuradoria Geral Eleitoral -- ou a qualquer legitimado para atual na Justiça Eleitoral -- a reabertura de questões relativas a sua regularidade". (A exceção, recorda Janot, envolve o artigo 30-A, que define o prazo de quinze para apresentação de fatos e provas para "apurar  condutas em desacordo com a legislação, "relativas a arrecadação e gastos de recursos).
No trecho onde se refere à "pacificação social" como uma das funções "mais importantes do Poder Judiciário", ele também se refere ao artigo 5o da Constituição Federal, onde se diz: "a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua tramitação."
É disso que se trata. O despacho de Janot não encerra as batalhas de Dilma na Justiça Eleitoral, nem no Congresso, nem no TCU. Mas ajuda a colocar racionalidade e bom senso numa situação de conflito que ameaça não ter fim.

Levy diz que economia pode ter 'virada' em 2015

Ministro destacou que queda do PIB 'não foi por causa do ajuste fiscal'.

Para Levy, recessão não vai durar 2 anos e setores dão sinais de melhora.

Taís Laporta Do G1, em Campos de Jordão
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse neste sábado (29) que a queda de 1,9% do PIB no segundo trimestre do ano não ocorreu por causa do ajuste fiscal e que já é possível ver 'uma virada' da economia até o fim do ano. A afirmação foi feita em discurso durante o 7º Congresso de Mercados Financeiros da BM&FBovespa em Campos de Jordão, no interior paulista.
Aos jornalistas, Levy disse que não acredita que o Brasil terá dois anos de recessão, em menção à previsão do mercado de que o PIB deve encolher também em 2016.
“Já estamos começando a ver a virada, se as coisas se tranquilizarem até o fim do ano vamos ver uma virada [no cenário econômico]", afirmou Levy. Segundo ele, quem critica a política econômica está equivocado. "Ela tem aspecto de esforço e sacrifício, mas é absolutamente indispensável, tem equilíbrio cíclico que dá resultado", acrescentou.
O ministro disse ainda que o aumento da contribuição do setor externo no PIB, que veio positivo, é um sinal de que alguns setores da economia estão começando a reagir.
“Com a mudança do câmbio e a liberação dos preços e realismo tarifário, estamos vendo em vários setores que os estoques estão acabando e acontece uma coisa curiosa, o estoque vai descendo, e a não ser que haja uma enorme confusão, as empresas começam a produzir de novo, a dar novas encomendas e comparar o preço nacional ao estrangeiro e comprar domesticamente", afirmou.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 1,9% no segundo trimestre de 2015 ante os três meses anteriores, e a economia brasileira entrou no que os economistas chamam de "recessão técnica", que acontece quando o PIB encolhe por dois trimestres seguidos.

No primeiro trimestre do ano, o PIB caiu 0,7% (dado revisado).
'Dá para viver com o suor do próprio rosto'
Levy afirmou, ainda, que o Brasil "tem tudo para continuar crescendo". Ele citou a história bíblica de Adão e Eva, que foram expulsos do paraíso e forçados a viver do próprio suor. "A maior parte dos países vive do suor dos seus rostos, acho que dá pra viver muito bem assim", disse o ministro, referindo-se ao esforço de adaptação às mudanças da economia.

"A maior parte dos países vive do suor dos seus rostos. Acho que dá pra viver muito bem assim"
Joaquim Levy
O ministro observou que a ascenção da classe média a partir de 2013 mudou a relação do governo com o gasto público.
"Quem está embaixo quer mais gasto publico, as pessoas querem mais qualidade", disse.

"O momento nos traz essa reflexão agora, e nos força a tomar decisões. Temos que diminuir as despesas, mas não adianta cortar tudo", afirmou, citando os gastos obrigatórios por lei.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante congresso do mercado financeiro em Campos de Jordão, neste sábado (29) (Foto: Luiz Prado / Agência LUZ/ BM&FBOVESPA)O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante congresso do mercado financeiro em Campos de Jordão, neste sábado (29) (Foto: Luiz Prado / Agência LUZ/ BM&FBOVESPA)
Levy acrescentou que cortar gastos não significa "deixar de oferecer", mas passar a oferecer de uma maneira diferente, e disse que o governo não pode fazer isso sozinho. "Não se pode servir a dois senhores. Tem que decidir se vai diminuir gasto ou aumentar os impostos".
Nova CPMF
Sobre a criação de um imposto com o mesmo objetivo da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Levy afirmou que é preciso olhar se a maneira como o tributo será aplicado na saúde é adequada e definir as metas para estas despesas.

O novo imposto seria cobrado sobre as transações bancárias para financiar programas de saúde. "Se não analisar a qualidade dos programas, vamos ter que continuar aumentando imposto. O grande desafio agora é ter metas (...), ter elementos de medição para saber se aquilo está dando resultado ou não. Vamos precisar de ajuda para lidar com esse choque de realidade", disse Levy.
O governo defende uma alíquota de pelo menos 0,38%, o último percentual da CPMF, que vigorou por dez anos e acabou em 2007. O imposto deve nascer com um novo nome – CIS (Contribuição Interfederativa da Saúde) – e arrecadar até R$ 85 bilhões por ano. Diferente da CPMF, a nova proposta prevê a divisão entre municípios, estados e governo federal – tudo investido em saúde.
"No Brasil, os impostos mais importantes são os indiretos e são arrecadados pelas empresas em geral. Sao impostos que diminuem a vontade de tomar riscos (...)", disse o ministro, acrescentando que é preciso simplificar impostos indiretos como o ICMS e PIS/Cofins,
A simplificação desses impostos, disse Levy, faz parte de reformas essenciais pra continuar o processo de formalização, diminuir o custo das empresas. "Esta é a prioridade. Uma prioridade que ate certo ponto já foi incorporada pelo Congresso", disse.
Na véspera, durante o mesmo evento, os economistas Antonio Delfim Netto e Affonso Celso Pastore criticaram a volta da CPMF, mas consideraram que o aumento de impostos é inevitável no atual contexto da economia.

Lula diz que voltou a 'voar' mais uma vez e que agora vai 'incomodar'

Ex-presidente participou de seminário ao lado de Pepe Mujica em São Paulo.
Petista afirmou durante discurso que decidiu 'falar e viajar mais' pelo país.

Glauco Araújo e Lucas Salomão Do G1, em São Paulo e em Brasília
Ex-presidente do Uruguai José Alberto Mujica e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam de seminário em SP (Foto: Leonardo Benassatto/ Estadão Conteúdo)Lula participou de seminário internacional organizado pela prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), que contou com a presença do ex-presidente uruguaio José "Pepe" Mujica. (Foto: Leonardo Benassatto/ Estadão Conteúdo)
Um dia depois de dizer que, "se necessário", vai entrar na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (29), durante um seminário em São Bernardo do Campo (SP), que decidiu "falar e viajar mais" pelo país. Dirigindo-se ao ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica – um dos convidados do evento internacional organizado pela prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) –, o petista destacou que voltou a "voar outra vez" e que, agora, vai "incomodar".
Em meio ao discurso de cerca de uma hora, Lula falou a Mujica que, desde que deixou o comando do país, em 2011, ele tinha deixado de conceder entrevistas à imprensa porque, na visão dele, quem tem de dar entrevistas é quem está governando. Em tom de conselho ao uruguaio, que deixou recentemente a presidência do país sul-americano, o petista disse que um ex-presidente tem de "aprender" a ser ex-presidente.
Estou naquela fase de quem está esperando o dia da aposentadoria. [...] Mas as pessoas não me deixam em paz. Os adversários, todo santo dia, falam meu nome. Todo santo dia. [...] Então, é o seguinte: eu voltei a voar outra vez"
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República
"Você [Mujica] tem que aprender a ser ex-presidente. Você [Mujica] não pode ficar dando palpite em tudo que o Tabaré [Vasquez, atual presidente do Uruguai] vai fazer. Você vai ter que ficar quietinho, muitas vezes angustiado. [...] Esse é o papel de um ex-presidente: permitir que quem foi eleito governe o país. Eu, então, resolvi falar um pouco mais", declarou o petista no seminário internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século XXI, organizado pela prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
"Eu, agora, vou falar, eu, agora, vou viajar, eu, agora, vou dar entrevista. Eu, agora, vou incomodar", complementou.
Em outro trecho do discurso, Lula ironizou e criticou declarações recentes de líderes da oposição que apontam a perda de popularidade do ex-presidente da República identificada por institutos de pesquisas. Segundo o petista, a direita brasileira, a qual ele classificou de "reacionária", resolveu dizer que ele "está morto".
"Como eu tenho as costas largas, já apanhei demais na minha vida, eu vou ver se eles [oposicionistas] vão dar sossego para a nossa querida Dilma [Rousseff] e começam a se incomodar comigo outra vez. Porque eu estou naquela fase de quem está esperando o dia da aposentadoria. [...] Mas as pessoas não me deixam em paz. Os adversários, todo santo dia, falam meu nome. Todo santo dia. E eu aprendi uma coisa: você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no galho olhando para você. Se ele ficar voando, pulando de galho em galho, é mais difícil. Então, é o seguinte: eu voltei a voar outra vez", discursou Lula em tom irônico.
CPMF
Em meio às discussões em torno da criação de um novo tributo para financiar a saúde, Lula defendeu o retorno da CPMF. O ex-presidente afirmou ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, que o chamado "imposto do cheque" nunca deveria ter sido extinto.
Nos últimos dias, o governo federal passou a discutir com aliados a possibilidade de apresentar ao Congresso Nacional uma proposta para voltar a tributar as transações bancárias. Criada em 1997 pelo governo Fernando Henrique Cardoso, a CPMF acabou extinta pelo Legislativo em 2007, já no segundo mandato de Lula à frente do Palácio do Planalto.
Um dos integrantes do primeiro escalão encarregados de negociar a eventual criação do novo tributo, o ministro da Saúde defende uma alíquota de pelo menos 0,38%, o último percentual da CPMF.
"Não sei se é verdade que [Chioro] defendeu a CPMF. Mas a verdade é que ela não deveria ter sido retirada. Mas você deveria reivindicar para os governadores e prefeitos, porque eles precisam de dinheiro para a saúde", disse Lula.
'Ódio emocional'
O ex-presidente também disse sentir que há "um certo ódio emocional, uma irracionalidade emocional" no país que, para ele, faz com que se estabeleça uma "divisão nacional."
"Pode ser que alguém tenha razão em algumas críticas. Mas do que vem esse ódio? [...] Será que uma parte desse ódio demonstrado contra o PT é porque as empregadas domésticas conquistaram mais direitos? Nós fomos para as ruas sempre à procura de conquistar algo para melhorar a vida das pessoas. E eu acho que essas pessoas [contra o governo] estão vindo para a rua para desfazer as melhoras que nós conquistamos", afirmou Lula.
No seminário, Lula afirmou, diante de diversos integrantes do PT, que o partido passa por um "processo de criminalização" e por uma tentativa de "demonizar" quem defende o PT. Lula pediu para que o os militantes do partido "levantem a cabeça e vão as ruas."
Orçamento
Durante o seminário, Lula se dirigiu a diversos prefeitos que estavam presentes no auditório para pedir que, diante da atual crise financeira no país, é preciso "aumentar a política" e conversar com a população. O petista pediu para que os prefeitos não se “escondam”.
“Quando falta o orçamento, tem que aumentar a política. [...] As coisas estão mal, estão mal. 'Mas eu [prefeito] vou dizer para o povo porque está mal'. O orçamento não é seu [do prefeito]. Não pode se esconder”, disse.
Mujica
O ex-presidente do Uruguai falou, durante o seminário, sobre a importância dos partidos políticos e da necessidade de lideranças políticas trabalharem com a maioria.
"Não há democracia sem partidos. Eles são a vontade coletiva dos grupos humanos para construir coisas melhores. Não há homens imprescindíveis, há causas imprescindíveis", disse Mujica.
O político uruguaio chegou a se emocionar em seu discurso, antes de ceder o microfone para Lula. "Os dirigentes partidários precisam aprender a conviver com as maiorias e não [com] as minorias."
O ex-presidente do Uruguai concluiu a fala mencionando valores como ética na política. "Não se pode separar a economia da alma, da ética e dos sonhos. Quando deixarmos de sonhar e crer num mundo melhor sobrará o egoísmo e o mundo individual", disse ele.
Após o evento, Lula e Mujica almoçaram na cidade, mas o local não foi divulgado pela assessoria do ex-presidente brasileiro.

Carta do Papa à escritora de livro gay abre polêmica

Bênção de Francisco à autora italiana, que teve obras banidas em Veneza, foi entendida por alguns setores como apoio do Pontífice às famílias homossexuais

O Dia
Cidade do Vaticano - Uma carta-resposta do Papa Francisco a uma autora de livros de temática gay abriu nova polêmica no Vaticano. A mensagem à escritora italiana Francesca Pardi foi interpretada por alguns setores como uma “bênção” às famílias homossexuais. O Vaticano negou.
No texto, o Papa desejava à autora “profícua atividade a serviço das jovens gerações e da divulgação dos autênticos valores humanos e cristãos”, além de enviar bênção apostólica à família da escritora. Francesca tem livros infantis que incluem famílias compostas por pais gays e que tinham sido retirados das bibliotecas de Veneza.
A escritora, que junto com sua companheira é mãe de quatro filhos, enviou ao Papa 30 de seus livros e pediu que os lesse e comprovasse que não debatiam ideologia do gênero e pretendem ser um meio para evitar a discriminação das crianças, entre eles os filhos de casais homossexuais.

Vaticano criticou a divulgação da carta e disse que a bênção é direcionada somente à autora e família
Foto:  Efe

Seis livros de Francesca, junto com outros 43 de outros autores, tinham sido retirados das bibliotecas das escolas de Veneza por divulgar a ideologia de gênero, que sustenta a não existência de diferenças biológicas entre homens e mulheres, várias vezes criticada pelo Papa.
Após a divulgação da carta, assinada pelo membro da Secretaria de Estado do Vaticano Peter B.Wells, o porta-voz, Ciro Benedettini, emitiu um comunicado explicando que a resposta era “privada e não destinada à publicação” e lamentou que isto “infelizmente tenha acontecido”.
Além disso, segundo o comunicado, “em nenhum momento a carta aprova comportamentos e doutrinas que não estão conformes com o Evangelho”. “A bênção do Papa é à pessoa, e não às doutrinas que não estão conformes com a doutrina da Igreja, como a ideologia de gênero, e não cabe qualquer instrumentalização do conteúdo desta carta".

Pessoas com sangue do tipo O estão mais protegidas contra o Alzheimer

Um estudo realizado por pesquisadores ingleses mostrou que o tipo sanguíneo influencia no desenvolvimento da doença.

A deterioração das funções cerebrais apresentada pelos pacientes de Alzheimer dá-se pela destruição dos neurônios e suas conexões
Pessoas com tipo sanguíneo O têm mais matéria cinzenta no cérebro, principalmente nas partes do cérebro que são afetadas inicialmente pelo Alzheimer, em comparação com indivíduos com tipos de sangue A, B e AB(Thinkstock/VEJA)
Uma pesquisa publicada recentemente no periódico científico The Brain Research Bulletin mostrou que o tipo sanguíneo pode influenciar o risco de desenvolvimento de doenças cognitivas, como Alzheimer.
O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, revela que pessoas com tipo sanguíneo O têm mais massa cinzenta (tecido que forma parte do cérebro), em comparação com aquelas do tipo A, B e AB. E, quanto maior o volume dessa matéria, maior é a proteção do corpo contra doenças como o Alzheimer.
Leia também:
Tipo sanguíneo pode ser fator de risco para desenvolvimento de trombose
Depressão pode ser sinal de Alzheimer
Participaram da pesquisa 189 jovens mentalmente saudáveis cujos cérebros foram analisados por meio de imagens de ressonância magnética. Em seguida, os pesquisadores calcularam o volume de matéria cinzenta no cérebro e exploraram as diferenças entre a quantidade do tecido e os tipos sanguíneos dos participantes.
Os resultados mostraram que as pessoas com sangue tipo A, B e AB têm menor quantidade de matéria cinzenta nas partes temporais e límbicas do cérebro, incluindo o hipocampo esquerdo. Tais estruturas são justamente as primeiras a serem danificadas pelo Alzheimer.

8.28.2015

Manifesto pelo afastamento de Cunha

 35 deputados já assinaram; Jarbas Vasconcelos, o único do PMDB

publicado em 27 de agosto de 2015 às 17:01
deputados a favor da saída de Cunha
Reunião ocorrida nesta quinta-feira, 27 de agosto. Foto: Bruna Menezes/ Liderança do PSOL
Em defesa da representação popular
A denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por corrupção e lavagem de dinheiro, apresentada pela Procuradoria Geral da República, é gravíssima. Com robusto conjunto probatório, ela não apenas reforça as informações sobre o envolvimento de Cunha no esquema criminoso investigado pela Operação Lava Jato, como expõe o Parlamento brasileiro e torna insustentável a sua permanência na Presidência da Casa.
O Ministério Público acusa Eduardo Cunha de corrupção e lavagem de dinheiro – referente ao recebimento de US$ 5 milhões de um lobista e outras milionárias transações. Apurou-se também que Cunha se utilizou de requerimentos de informação para chantagear empresários que estariam com parcelas de propina em atraso – requerimentos esses originados em seu gabinete e assinados pela então deputada Solange Almeida.
A diferença da condição de um investigado em inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do Ministério Público, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa.
Exercer a Presidência da Câmara dos Deputados exige equilíbrio, postura ética e credibilidade. A responsabilidade de dirigente maior de uma das casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados.
Brasília, 27 de agosto de 2015.
Assinam:
ADELMO CARNEIRO LEÃO (PT/MG)
ALESSANDRO MOLON (PT/RJ)
ARNALDO JORDY (PPS/PA)
CHICO ALENCAR (PSOL/RJ)
CHICO D’ANGELO (PT/RJ)
CLARISSA GAROTINHO (PR/RJ)
EDMILSON RODRIGUES (PSOL/PA)
ELIZIANE GAMA (PPS/MA)
ERIKA KOKAY (PT/DF)
GIVALDO VIEIRA (PT/ES)
GLAUBER BRAGA (PSB/RJ)
HEITOR SCHUCH (PSB/RS)
HELDER SALOMÃO (PT/ES)
HENRIQUE FONTANA (PT/RS)
IVAN VALENTE (PSOL/SP)
JARBAS VASCONCELLOS (PMDB/PE)
JEAN WYLLYS (PSOL/RJ)
JOÃO DANIEL (PT/SE)
JORGE SOLLA (PT/BA)
JOSÉ STEDILE (PSB/RS)
JULIO DELGADO (PSB/MG)
LEONARDO MONTEIRO (PT/MG)
LEÔNIDAS CRISTINO (PROS/CE) 
LEOPOLDO MEYER (PSB/PR)
LUIZ COUTO (PT/PB)
LUIZA ERUNDINA (PSB/SP)
MARCON (PT/RS)
MARGARIDA SALOMÃO (PT/MG)
MOEMA GRAMACHO (PT/BA)
PADRE JOÃO (PT/MG)
PEDRO UCZAI (PT/SC)
SERGIO MORAES (PTB/RS)
SILVIO COSTA (PSC/PE)
VALMIR ASSUNÇÃO (PT/BA)
WALDENOR PEREIRA (PT/BA)
PS do Viomundo:  Entre os 35 deputados que já assinaram a declaração política pedindo afastamento de Eduardo Cunha,  a maioria é do PT. Essa, no entanto, não é a posição da bancada. “Essas posições são individuais; a bancada ainda não se reuniu para tratar dessa questão”, nos informou a assessoria de imprensa da liderança do PT na Câmara.

Doméstico demitido sem justa causa já pode pedir seguro-desemprego

O benefício pago ao empregado doméstico será de um salário mínimo por, no máximo, três meses

Agência Brasil
Brasília - A resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) que regulamenta a concessão do seguro-desemprego ao empregado doméstico dispensado sem justa causa foi publicada na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. O benefício pago será de um salário mínimo por, no máximo, três meses. Para ter direito ao benefício, o empregado doméstico precisa ter trabalhado pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses.

O benefício pago será de um salário mínimo por, no máximo, três meses
Foto:  Agência Brasil

O acesso ao benefício já consta em lei complementar e, com a publicação da resolução, os trabalhadores domésticos já podem requerê-lo. O empregado que for demitido por justa causa não terá acesso ao benefício.
O requerimento precisa ser apresentado às unidades de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego ou aos órgãos autorizados, no prazo de 7 a 90 dias contados da data da dispensa. É preciso levar a carteira de trabalho, termo de rescisão do contrato de trabalho atestando a dispensa sem justa causa, declaração de que não recebe benefício de prestação continuada – exceto auxílio-acidente e pensão por morte – e também declaração de que não tem renda suficiente para manter a família.
O benefício será concedido pelo período máximo de três meses de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, contados da data da dispensa que originou habilitação anterior.
A habilitação do empregado doméstico no programa será cancelada pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizendo com sua qualificação e sua remuneração anterior, por comprovação de falsidade na prestação das informações, por morte do desempregado, ou comprovação de fraude.

Com a UERJ lotada, Mujica emociona e plateia grita “Fora Cunha” e “Não vai ter golpe”



O ex-presidente do Uruguai José Mujica almoça feijoada em um boteco da Praça da Bandeira, na região central do Rio de Janeiro, após receber homenagem da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul (Federasur) (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
Um encontro de jovens com o ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, lotou o anfiteatro (também conhecido como Concha Acústica) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) na noite desta quinta-feira (26). Mujica veio ao Brasil a convite da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria da América do Sul (Federasur) para um seminário fechado que aconteceu pela manhã. O evento terminou às 20h30 e Mujica se despediu tirando uma foto à frente dos quase 5 mil participantes que estiveram no local.
A iniciativa de realizar o encontro com os estudantes partiu do próprio político, que foi ovacionado pelo público ao ser anunciado no microfone, por volta das 18h30. Ele demonstrou muita simpatia e discursou logo após sua apresentação. O ex-presidente tornou o Uruguai um dos países de legislação mais avançadas em relação às drogas.
O ex-presidente respondeu perguntas sobre diversos temas, como o que pensa sobre “movimentos golpistas” na América do Sul, os maiores desafios da América Latina atualmente, opinou sobre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e chegou até a ser questionado sobre quem são seus exemplos históricos e livros que mudaram sua percepção de vida. “Queridos, a vida é um livro aberto”, brincou.
“Necessitamos de confiança. Temos que aprender que a mensagem é uma: nós podemos andar em um fusca. Somos consequência do interesse do nosso povo (…) O problema mais grave da América Latina é a desigualdade. Temos que ter recurso e isso se chama política fiscal. Na América do Sul o rico não paga quase nada (…) O mundo está se agrupando em gigantescas unidades. A União Europeia está criando uma fabulosa unidade de capital. Qual é nosso destino, ser compradores de conhecimento de ponta? Que a batalha para liberdade seja também no campo da investigação”, declarou. Ex-presidente do Uruguai José Mujica durante debate com jovens (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
Mujica também foi questionado sobre a redução da maioridade penal. Ele afirmou que “não considera um caminho ideal”. Perguntado se o Brasil teria capacidade para legalizar as drogas, ele se ateve a falar sobre sua experiência com o tema enquanto foi presidente do Uruguai.

Conterrâneos
“Nós temos que pensar como espécie e não como países. E isso engloba o mundo inteiro. Os pobres da África não são da África, são do mundo inteiro. Os homens que atravessam o Mediterrâneo são nossos. Todos são nossos conterrâneos. A liberdade não se vende, se ganha fazendo algo pelos demais”, disse o ex-presidente.

Devido à lotação do espaço, a Uerj colocou um telão em um estacionamento próximo ao anfiteatro, para que outras pessoas pudessem assistir a palestra. O local também ficou lotado.
Feijoada e rabada
Durante a tarde, Mujica almoçou no Bar do José, na esquina das ruas Barão de Ubá e Santa Amélia, na Tijuca, Zona Norte. No restaurante, foi servido feijoada, rabada com agrião, cerveja e caipirinha. A clientela ficou surpresa ao se deparar com o ex-presidente na hora do almoço, como noticiou o Jornal O Dia.

O ex-presidente ainda esteve na Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pela manhã. O elevador da ABI deu um susto nos jornalistas que cobriam o evento. Ele teria descido até o poço por conta do excesso de passageiros, segundo a assessoria de imprensa do local.

Confira algumas frases ditas pelo político:
O que sabemos é que o que vínhamos fazendo contra as drogas não estava dando resultado. – Sobre a descriminalização das drogas
Os únicos derrotados no mundo são os que deixam de lutar.
Não tem de deixar de ser brasileiro, mas tem de ser latino-americano.
O Mercosul tem um montão de defeitos. Mas, ai de nós se não existir.
Se gosta de dinheiro, vá ganhar no comércio ou na indústria. Mas não se meta na política.
Essa democracia não é perfeita porque não somos perfeitos. Mas temos que defendê-la para melhorá-la, não para sepultá-la.
Pepe Mujica na UERJ

Dilma assina ordem de serviço de lote da Transnordestina e reúne governadores

Nordeste transportando minérios e grãos.  


Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil*
Ferrovia Transnordestina
Os mais de 1.700 km da ferrovia vão percorrer 81 municípios de Pernambuco, do Piauí e Ceará Divulgação/Ministério do Planejamento
A presidenta Dilma Rousseff assina hoje (28) a ordem de serviço de um lote da Ferrovia Transnordestina, que vai interligar dois portos do Nordeste ao sertão do Piauí. O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento e vai entregar 1.753 quilômetros (km) de ferrovias, que farão conexão entre os portos de Pecém, no Ceará, de Suape, em Pernambuco, e a cidade piauiense de Eliseu Martins.
Durante o evento, à tarde, ao lado de empresários locais, a presidenta dará início às obras do Lote 4 do trecho Missão Velha-Pecém. Mais três dos 11 lotes da parte cearense da ferrovia, que terá 526 km, estão em obras e sete ainda não começaram. Assim como as demais etapas do contrato, a execução ficará por conta da empresa Transnordestina Logística S.A.
O trecho que terá as obras iniciadas hoje tem 50 km e compreende os municípios de Acopiara e Piquet Carneiro. O lote faz parte do eixo cearense da ferrovia, que tem como objetivo escoar a produção agrícola e mineral da região, promovendo a exportação dos produtos brasileiros pelo Norte do país. Nos últimos anos, o governo federal tem investido em novas rotas de escoamento que fujam da forte concentração atual nas regiões Sul e Sudeste.
Ferrovia
Os mais de 1.700 km da ferrovia vão percorrer 81 municípios de Pernambuco, do Piauí e Ceará. Trabalham hoje nas obras dos três estados cerca de 6 mil trabalhadores. Quando estiver funcionando, a ferrovia poderá transportar até 30 milhões de toneladas de produtos, como minério de ferro e grãos, por ano, de acordo com a Transnordestina Logística.
Fazem parte ainda da construção os trechos Salgueiro-Suape, em Pernambuco, Trindade-Eliseu Martins, de Pernambuco ao Piauí, Missão Velha-Salgueiro, do Ceará a Pernambuco, e Salgueiro-Trindade, em Pernambuco, esse último já concluído. Segundo informações sobre o PAC no site do Ministério do Planejamento, o investimento total será R$ 7,5 bilhões, com previsão de entrega para 2016.
Viagens ao Nordeste
O Ceará é o quarto estado do Nordeste que Dilma visita neste mês de agosto, Recentemente, ela esteve nas capitais São Luís, Salvador e Recife.
Antes de assinar a ordem de serviço, a presidenta vai à cidade de Caucaia (CE) entregar as chaves de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida. Ao todo, serão 2.701 casas entregues, por meio de teleconferência com outras regiões, para cidades do Ceará, de Pernambuco, do Pará e Tocantins.
Em Fortaleza, além do evento da Transnordestina, a presidenta participa da divulgação do site Dialoga Brasil, que tem como objetivo pedir que a população debata programas do governo, enviando sugestões por meio da plataforma e conversando com ministros de Estado. O evento é feito no formato de um programa de televisão, com a participação de representantes da sociedade civil, organizados em uma plateia, que discutem ao vivo com os ministros os temas que estão disponíveis no site. O programa é concluído com a fala da presidenta.
A programação presidencial no Ceará termina à noite, quando Dilma participará de um jantar com os governadores do Nordeste. No mês passado, ela reuniu em Brasília governadores de todas as regiões do país e propôs uma parceria para enfrentar os problemas e superar a crise.

*Colaborou Edwirges Nogueira, correspondente da Agência Brasil/EBC

Lula nunca interferiu em projetos no BNDES', diz Luciano Coutinho

Presidente do banco negou que haja vínculo entre operações de crédito com o grupo JBS e doações a campanhas eleitorais

Reuters
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca interferiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para favorecer projetos específicos, disse nesta quinta-feira o presidente do banco, Luciano Coutinho, em depoimento à CPI do BNDES, na Câmara dos Deputados.
“Posso afirmar que o ex-presidente Lula jamais solicitou ou interferiu no BNDES a respeito de qualquer projeto específico”, disse Coutinho, respondendo indagações dos deputados sobre a atuação do ex-presidente junto ao banco.
Coutinho também negou aos deputados que haja qualquer vínculo entre operações de crédito do BNDES com o grupo JBS e doações a campanhas eleitorais feitas pela empresa.
'Lula nunca interferiu em projetos no BNDES', diz Luciano Coutinho
Foto:  Reuters
“Nos últimos dois anos não houve nenhuma operação de crédito significativa para o JBS e não há essa coincidência em 2014 entre desembolsos do banco e doações eleitorais efetuadas pelo grupo”, disse Coutinho, em depoimento de quase sete horas aos deputados da CPI.
“As decisões do banco são pautadas por um processo rigorosamente impessoal, sem motivação política”, garantiu.
Coutinho disse que já se reuniu com representantes da UTC Engenharia --cujo dono, Ricardo Pessoa, é um dos delatores da operação Lava Jato--, mas disse que o encontro incluiu outros executivos do consórcio do aeroporto de Viracopos e serviu para tratar do projeto do aeroporto.
“Foi sobre o equacionamento do projeto e nada teve a ver com contribuições para campanha”, disse.
Ainda sobre as empreiteiras envolvidas no esquema investigado pela operação Lava Jato, Coutinho disse que o BNDES não tem exposição a essas empresas, apenas a projetos em que elas possam ser sócias.
Coutinho afirmou que não há crédito do BNDES direto para empreiteiras e que o banco tem que ter cautela no tratamento dado a essas empresas, caso a caso, dentro da lei e de suas normas.
O pedido de criação da CPI, apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), requer a investigação de empréstimos considerados suspeitos pela operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção bilionário envolvendo estatais, órgão do governo, empreiteiras, partidos e políticos.
Segundo Coutinho, o BNDES cumpre com folga todas as regras do regulador e tem a mais baixa inadimplência do sistema financeiro nacional.
O requerimento da CPI também pede que sejam apurados empréstimos classificados como secretos concedidos a países como Angola e Cuba e outros considerados questionáveis do ponto de vista do interesse público.
Ao destacar que as decisões do BNDES são pautadas por um processo rigorosamente impessoal e sem motivação política, Coutinho afirmou que não há dinheiro a fundo perdido para Cuba e que empréstimos concedidos para a construção do porto cubano de Mariel foram feitos a taxas internacionais.

Aécio ganha manchetes internacionais devido a Lista de Furnas


O Jornal Nacional da TV Globo censurou o trecho do vídeo da CPI em que o doleiro Youssef confirma ter sabido de propinas pagas a Aécio no esquema de Furnas, contado pelo ex-deputado José Janene (PP-PR), mas a imprensa internacional publicou (acima).

O JN além de censurar o vídeo, deu o vexame de colocar William Bonner lendo uma defesa de Aécio.

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Sabe porque o PSDB defende o Eduardo Cunha

CPIs bancadas por Cunha investem contra  ex-presidente Lula

Brasília, 28 - As três CPIs bancadas por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara promoveram nesta quinta-feira, 27, uma investida em direção ao governo Dilma Rousseff, ao PT e às relações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com empreiteiros. Numa das frentes, as comissões aprovaram requerimentos para ouvir executivos presos pela Operação Lava Jato, ex-presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES) e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil de Lula). Em outra, interpelaram petistas próximos à cúpula da sigla.

Logo após ter anunciado seu rompimento com a gestão Dilma, Cunha deu prosseguimento à criação de duas CPIs contrárias aos interesses do governo e do PT: BNDES e Fundos de Pensão. Elas se somaram à da Petrobras, ativa desde o 1.º semestre.

Ontem, na CPI da Petrobras, além de Dirceu, foi convocado o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar. Em relatório da 14.ª fase da Lava Jato, a PF informou ao juiz Sérgio Moro que Lula conversou com Alexandrino em 15 de junho, quatro dias antes de o executivo e Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira, serem presos. Segundo o relatório, Lula estaria preocupado com "assuntos do BNDES". A PF não grampeou Lula. Os investigadores monitoravam Alexandrino.

Foram aprovadas ainda as convocações de César Rocha e Márcio Faria, executivos da Odebrecht; Jorge Zelada, ex-diretor de Internacional da Petrobras; Celso Araripe de Oliveira, ex-gerente da Petrobras; Fernando de Moura, considerado elo do PT e de Dirceu na Petrobras; e Elton Negrão, executivo da Andrade Gutierrez. Anteriormente, já havia sido convocado Marcelo Odebrecht. Dirceu será ouvido segunda-feira em Curitiba, onde está preso desde julho.

Novo alvo

Lula e a cúpula do PT avaliam que o risco de Dilma ter o mandato abreviado diminuiu nos últimos dias após ela ter se aproximado do empresariado. O alvo dos adversários agora é impedir que Lula e o PT cheguem em boas condições de disputa às eleições de 2018.

Segundo um interlocutor de Lula, o ex-presidente está convencido de que os objetivos dos adversários agora são enfraquecer a imagem dele próprio e "aniquilar" o PT até a eleição de 2018. A principal arma da oposição seria a Operação Lava Jato.

A CPI do BNDES ouviu ontem o presidente do banco, Luciano Coutinho. Nos questionamentos, o alvo prioritário foi Lula. Antes mesmo de Coutinho começar a falar, foi aprovada a convocação de todos os presidentes do banco de 2003 a 2015 - período que engloba os governos Lula e Dilma.

Dentre eles, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que comandou a instituição de novembro de 2004 a março de 2006. Na lista estão ainda Eleazar de Carvalho Filho (nomeado pelo tucano Fernando Henrique Cardoso), Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa e Demian Fiocca.

'Interferência'

Em cerca de seis horas de depoimento, Coutinho teve de responder por mais de uma vez se Lula interferia no BNDES. Isso porque os parlamentares levantaram coincidências entre os países que receberam financiamentos do banco e aqueles que são alvo das ações do Instituto Lula na América Latina e na África.

"Nunca houve interferência do presidente Lula nesses processos junto ao BNDES. Questões relativas às atividades do ex-presidente devem ser esclarecidas pelo Instituto Lula, não posso responder pela instituição", afirmou Coutinho.

Questionado pelo deputado Caio Narcio (PSDB-MG) se mantinha relações com Fábio Luiz Lula da Silva, o "Lulinha", Coutinho disse não conhecer o filho de Lula. O presidente do BNDES negou também ter relações com o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e José Dirceu.

A CPI dos Fundos de Pensão interrogou o diretor-presidente da Funcef, Carlos Alberto Caser. Os questionamentos abordaram desde o fato de ser filiado ao PT e defender o partido em sua página no Facebook até a influência de sua preferência partidária nos investimentos do fundo. A Sete Brasil, empresa alvo da Lava Jato e na qual o fundo mantém investimentos, foi citada. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

Nº de corpos em caminhão achado na Áustria passa de 70, diz polícia

Segundo a polícia, 59 eram homens, 8 mulheres e quatro crianças.
Quatro suspeitos de estar envolvidos no caso foram detidos.

Do G1, em São
A polícia austríaca afirmou, nesta sexta-feira (28), que 71 corpos estavam no caminhão frigorífico abandonado no leste da Áustria. O veículo, que havia deixado a Hungria, foi encontrado, na quinta-feira (27), em uma área de descanso de uma estrada do estado de Burgenland.
De acordo com o chefe da polícia local, no caminhão estavam 59 homens, oito mulheres e quatro crianças, segundo a agência Reuters.

Quatro suspeitos de envolvimento com o caso foram detidos. A polícia húngara informou que os suspeitos são três búlgaros e um afegão, ainda de acordo com a Reuters.

As indicações iniciais sugerem que as vítimas teriam morrido por sufocamento, de acordo com o jornal austríaco "Krone", citado pela Reuters. Entre as vítimas a polícia suspeita que esteja um grupo de migrantes sírios já que um documento de identificação foi encontrado com eles.

O chefe da polícia do estado de Burgenland, Hans Peter Doskozil, disse que, após o incidente, o policiamento será intensificado em Burgenland para recrudecer o controle na fronteira com a Hungria, que enfrenta a chegada em massa de migrantes.
Primeiros dos corpos dos migrantes que foram encontrados em um caminhão frigorífico, no leste da Áustria, chegam a Viena (Foto: Dieter Nagl /AFP)Primeiros dos corpos dos migrantes que foram encontrados em um caminhão frigorífico, no leste da Áustria, chegam a Viena (Foto: Dieter Nagl /AFP)
O veículo foi encontrado quando patrulheiros viram fluidos de corpos em decomposição saindo da porta traseira. “É possível estimar que as mortes tenham ocorrido de um dia e meio a dois dias atrás”, disse Hans Peter Doskozil, chefe da polícia na província de Burgenland.
A polícia local informou que os refugiados poderiam estar mortos quando o veículo entrou no país, entre a noite de quarta-feira (26) e a manhã desta quinta, afirmou a polícia local.
Hungria
Janos Lazar, chefe de gabinete do premiê húngaro, Viktor Orbán, criticou a União Europeia (UE) por não ser capaz de controlar a entrada de migrantes. "Os acontecimentos dos últimos dias mostraram que a UE é incapaz de defender suas fronteiras", disse em coletiva de imprensa.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar abalada com o caso. “Estamos comovidos com essa terrível notícia. É uma advertência para nos colocarmos a trabalhar, resolver o problema e demonstrar nossa solidariedade”, declarou, segundo a agência France Presse.
Crise migratória
Dezenas de milhares de refugiados de regiões em crise no Oriente Médio e na África têm tentado chegar à Europa. Países, como a Grécia, a Itália, Macedônia e a Hungria, são obrigados a lidar com a chegada em massa dos migrantes.

A Hungria bateu um novo recorde na entrada de migrantes na quarta. Segundo a polícia, 3.241 pessoas entraram no país atravessando a fronteira com a Sérvia. A maioria dos refugiados deixou a Síria, o Afeganistão e o Paquistão. Entre eles, estão 700 crianças, segundo a agência France Presse.
Dezenas de imigrantes foram encontrados mortos em um caminhão na Áustria. O veículo, que continha dezenas de corpos, foi achado em uma área de descanso de uma estrada do estado de Burgenland, no leste do país (Foto: Dieter Nagl/AFP)Dezenas de imigrantes foram encontrados mortos em um caminhão na Áustria. O veículo, que continha dezenas de corpos, foi achado em uma área de descanso de uma estrada do estado de Burgenland, no leste do país (Foto: Dieter Nagl/AFP)

Ashley Madison: Especialista revela 4 mil senhas; '123456' é mais usada


Site de traição usa método de segurança que embaralha e protege senhas.
Hackers vazaram 2 pacotes de dados do site: um de 10 GB e outro de 13 GB.



Do G1, em São Paulo


Site oferece garantia de sigilo para quem deseja 'pular a cerca' do casamento (Foto: AshleyMadison.com/Divulgação)Hackers invadiram site de traição Ashley Madison e vazaram dois pacotes de dados: um de quase 10 GB e  outro de 13 GB (Foto: AshleyMadison.com/Divulgação)
Um especialista em segurança digital conseguiu descriptografar cerca de 4 mil senhas vazadas do site de traição Ashley Madison. Segundo Dean Pierce, em primeiro lugar na lista de senhas mais usadas no pacote decifrado está "123456". Em segundo, está "password" (a palavra "senha", em inglês).
As senhas descriptografadas por Pierce, no entanto, representam apenas 0,0006% do total vazado – hackers publicaram na internet dois pacotes de dados, um de quase 10 GB e outro com 13 GB.
O Ashley Madison usa um método de segurança chamado bcrypt para embaralhar e reforçar a segurança dos usuários. O sistema funciona bem com senhas fortes, mas nem tão bem assim no caso de opções óbvias.
De qualquer forma, Pierce levou 5 dias e algumas horas para obter apenas 4 mil senhas – das milhões foram vazadas.
Veja as 10 senhas mais usadas no Ashley Madison, segundo Dean Pierce:
- 123456
- password
- 12345
- qwerty
- 12345678
- ashley
- baseball
- abc123
- 696969
- 111111


Massagem Relaxante - Um momento só seu!




Hoje vamos falar um pouco a respeito da massagem relaxante.
Técnica que tem pouca rejeição, até porque tem muitos benefícios e é ótima para promover saúde e bem- estar.

Nosso  corpo  produz um acúmulo de hormônios quando estamos presos no trânsito ou quando precisamos  cumprir um prazo no trabalho. Níveis reprimidos de cortisol, o "hormônio do estresse" pode levar à insônia, dores de cabeça e até mesmo problemas digestivos.

A massagem tem sido aplicada para diminuir o cortisol no corpo. Isso permite que o corpo  entre em um modo de descanso relaxante e de recuperação: um efeito que perdura muito tempo. Na verdade,  a massagem desencadeia uma série de reações químicas do cérebro que podem resultar em sensações de relaxamento duradoura, baixa o estresse e melhora o humor.

A massagem tornou-se uma grande aliada na vida de muitas pessoas em nossas rotinas ocupadas e frenéticas. Seu estilo de vida provavelmente está deixando em segundo plano seu bem-estar. Empregos com muita tensão, as obrigações pessoais intermináveis, preocupações com dinheiro, a lista continua.
 Recebendo massagens de relaxamento regulares pode ser um excelente passo para a melhoria do bem-estar.
Se você chegar ao final de cada dia sentindo-se um trapo, falta de energia, e às vezes impaciência com aqueles ao seu redor, você provavelmente está sofrendo de estresse.
Estresse, em pequenas quantidades pode ser uma coisa boa. Ele permite que você esteja pronto  para reagir melhor aos acontecimentos ao seu redor. Mas a sociedade moderna tem aumentado os níveis de estresse para a maioria das pessoas a um nível muito perigoso.
Assim como um carro, seu corpo precisa de manutenções. Deixar sua mente livre e seu corpo relaxado é essencial para o seu bem-estar. Não dando o corpo e a mente devidas pausas é certo que irá resultar em doença e os efeitos secundários, tais como o mau desempenho no trabalho ou esporte. As incidências de câncer e outras doenças graves pode definitivamente ser  relacionado ao estresse e estilo de vida moderno.

Dedique um tempo pra vc!

Um passo fácil e de custo eficaz que você pode tomar,  é massagens de relaxamento regulares.
Associar com sessões de aromaterapia seria perfeito. Mas se tudo o que você pode poupar é uma hora por semana, em seguida, massagem de relaxamento pode ser a melhor opção.
Você vai descobrir que o relaxamento normal durante as sessões de massagem ajudará a:
  1. Melhoria do sono
  2. Mais Energia
  3. Melhor resistência às doenças
  4. Melhor Concentração
  5. Mais Paciência
Se você sofre de insônia, falta de energia, a doença em curso como gripes e resfriados, falta de concentração e um pavio curto com aqueles ao seu redor, você pode muito bem ganhar alguns benefícios incríveis com a massagem de relaxamento.
 

Bancos e grandes corporações são ‘os donos da crise mundial


agosto 27, 2015 13:28
Bancos e grandes corporações são ‘os donos da crise mundial’

Problemas que ameaçam países hoje são causados pela “financeirização” e por interesses das grandes corporações que controlam a economia do planeta, segundo economista Ladislau Dowbor
Por Rede Brasil Atual
“Temos todo o necessário hoje para construir um mundo que faça sentido. O problema não é falta de recursos, é falta de governança.” Assim o economista Ladislau Dowbor, professor da PUC São Paulo, iniciou palestra ontem (26) no 3º Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde, realizado pela Fundacentro, Alal (Associação Latinoamericana de Advogados Laboralistas) e Ministério Público do Trabalho (MPT), que ocorre na Faculdade de Direito da USP.
O também professor foi enfático ao discorrer sobre as origens e responsabilidades pela atual crise econômica mundial: “A totalidade das chamadas commodities – grãos, petróleo, gás e minérios – está nas mãos de 16 tradings globais”, disse, ao referir-se à queda nos preços desse segmento nos últimos 12 meses. “Quando se pensa que os principais bens do planeta estão com 16 corporações, vemos que há um controle da economia mundial sem que se tenha um governo mundial.”
Ele citou estudo do Instituto Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica que aponta: 737 empresas controlam 80% do sistema corporativo mundial. “Isso é gente que se conhece, nem precisa se procurar para conspirar. Trata-se de um verdadeiro oligopólio planetário, e 65% desse sistema corporativo é formado por bancos.”
Para o professor, esse controle e financeirização da economia resultou numa dinâmica que hoje multiplica um sistema de quebradeira nos mais variados países: “O que hoje está acontecendo na Grécia, antes aconteceu no sudeste asiático e, antes disso, no México, e também já aconteceu na Argentina”.
Com essa introdução sobre economia mundial, o professor abordou os Desafios à consolidação do estado social democrático na América Latina, tema em debate na tarde de terça-feira 25,  até sexta-feira 28.
Também participou da mesa o ex-ministro de Relações Internacionais do governo Lula, o diplomata Celso Amorim.
“Contribuição” dos bancos
Ladislau Dowbor destacou o papel dos bancos na crise brasileira, a partir de dados do Banco Central sobre o endividamento das famílias: em 2005 correspondia a 19,3% da renda, em abril de 2015 pulou para 46,5% da renda. “Isso trava a economia”, argumentou, lembrando os exorbitantes juros bancários no país. “Um crediário no Brasil tem 100% de juros, na Europa é 13%. O rotativo do cartão de crédito alcança em média 300% ao ano. O cheque especial no Brasil chega a 200% ao ano, enquanto que na Espanha é 0% até seis meses. Hoje temos mais de R$ 20 bilhões empatados em dívidas de gente que está pagando cheque especial. Ou seja, crediários, cartões de crédito e juros bancários para pessoa física travam a demanda, pois o comprador paga em dobro pelo produto, assim endivida-se muito comprando pouco.”
Também criticou os altos juros para pessoas jurídicas e enfatizou: “Para completar esse quadro, a alta da Selic provoca a transferência de centenas de bilhões dos nossos impostos para os bancos, o que trava a capacidade do Estado de investir em infraestrutura e expandir políticas sociais”, disse, referindo-se aos títulos da dívida pública, indexados pela Selic. “Assim completa-se o quadro dessa bandidagem absolutamente fenomenal que está drenando recursos do nosso país”.
Interesses na crise
Dowbor lembrou os avanços sociais que o país teve nos últimos anos, com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) crescendo 31% entre 1980 (0,549) e 2011 (0,718), desempenho que foi puxado pelo aumento na expectativa de vida (de 62,5 anos para 73,5 anos), pela melhora na média de anos de escolaridade (4,6 anos a mais) e pelo crescimento da renda nacional bruta per capita (quase 40% entre 1980 e 2011). “E vamos dizer que o país está quebrado?”, questionou.
“Os resultados são gigantescos, muito sólidos, essa crise não é uma crise econômica, é uma crise levada por interesses políticos. Temos uma aliança do sistema financeiro, da mídia e de parte do Judiciário. E não vamos nos esquecer do Congresso que é eleito por corporações, por isso temos a bancada ruralista, a dos bancos, a das empreiteiras, das montadoras… fica-se à procura da bancada do cidadão.” E completou. “Tivemos isso em 54 (ano em que Getúlio Vargas se suicidou). Tivemos também em 64 (ditadura militar) e estamos tendo isso de novo hoje. Não passa pela goela das nossas oligarquias que haja uma democracia, e isso não só nos ameaça aqui, como nos ameaça no continente latino-americano e no mundo.”
Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas