3.14.2009

"Boas Práticas de Produção" é destaque na RDC 3 em consulta pública na Anvisa


16. Boas práticas de produção
16.1 Princípio. As operações de produção devem seguir Procedimentos Operacionais Padrão –POPs claramente definidos e aprovados, em conformidade com o Relatório Técnico aprovado quando da concessão do registro junto ao órgão sanitário competente, com o objetivo de obter produtos que estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos.
Geral
16.2 Todo o manuseio de materiais e produtos, tais como recebimento e limpeza, quarentena, amostragem, armazenagem, rotulagem, dispensação, processamento, embalagem e distribuição, deve ser feito de acordo com procedimentos ou instruções escritos e, quando necessário, registrados.
16.3 Qualquer desvio das instruções ou dos procedimentos deve ser evitado. Caso ocorram desvios, os mesmos devem ser autorizados e aprovados por escrito por pessoa designada para tal pertencente à Garantia da Qualidade, com a participação do departamento de controle de qualidade, quando aplicável.
16.4 Devem ser realizadas verificações sobre rendimentos e reconciliação de quantidades conforme necessário, para assegurar que não haja discrepâncias fora dos limites aceitáveis.
16.5 As operações com produtos distintos não devem ser realizadas simultaneamente ou consecutivamente na mesma sala ou área, a menos que não haja risco de mistura ou contaminação cruzada.
16.6 Durante o processamento, todos os materiais, recipientes com granel, equipamentos e as salas e linhas de embalagem utilizadas devem ser identificadas com a indicação do produto ou material processado, sua concentração (quando aplicável) e o número do lote. Esta indicação deve mencionar a etapa de produção. Quando aplicável, deve ser registrado também o nome do produto processado anteriormente.
16.7 O acesso às instalações de produção deve ser restrito ao pessoal autorizado.
16.8 Os produtos não farmacêuticos, não devem ser produzidos em áreas ou com equipamentos destinados à produção de medicamentos.
16.9 Os controles em processo são, na maioria das vezes, realizados na área de produção. Eles não devem representar qualquer risco à qualidade do produto, com a finalidade de minimizar os riscos de contaminação cruzada ou mistura.
Prevenção de contaminação cruzada e contaminação bacteriana durante a produção
16.10 Quando são usados materiais e produtos em pó na produção, devem ser tomadas precauções especiais para evitar a geração e disseminação de pós. Devem ser tomadas providências para o controle apropriado do ar (por exemplo, fornecimento e extração de ar de qualidade adequada).
16.11 A contaminação de uma matéria-prima ou de determinado produto por outro material ou produto deve ser evitada. O risco de contaminação cruzada acidental decorre da liberação descontrolada de pós, gases, vapores, aerossóis, ou organismos provenientes dos materiais e produtos em processo, de resíduos nos equipamentos, da introdução de insetos, da roupa dos operadores e de sua pele, etc. A significância desse risco varia com o tipo de contaminante e do produto que foi contaminado. Dentre os contaminantes mais perigosos, estão os materiais altamente sensibilizantes (ex. as penicilinas, as cefalosporinas, os carbapenêmicos e demais derivados beta-lactâmicos), os preparados biológicos com organismos vivos, determinados hormônios, substâncias citotóxicas e outros materiais altamente ativos. Os produtos cuja contaminação pode ocasionar maiores danos aos usuários são aqueles administrados por via parenteral ou aplicados em ferimentos abertos, assim como, os produtos administrados em grandes doses e/ou por longos períodos de tempo.
16.12 A ocorrência de contaminação cruzada deve ser evitada através de técnicas apropriadas ou de medidas organizacionais, tais como:
(a) produção em áreas exclusivas e fechadas (o que pode ser exigido para produtos como penicilinas, vacinas vivas, preparações bacterianas vivas e determinados outros produtos biológicos);
(b) produção em campanha (separação por tempo) seguidas por limpeza apropriada de acordo com um procedimento validado de limpeza;
(c) utilização de antecâmaras, diferenciais de pressão e suprimento de ar e sistemas de exaustão;
(d) redução do risco de contaminação causado pela recirculação ou reentrada de ar não tratado ou tratado de forma insuficiente;
(e) uso de vestimentas de proteção onde os produtos ou materiais são manipulados;
(f) utilização de procedimentos validados de limpeza e de descontaminação;
(g) utilização de “sistema fechado” de produção;
(h) ensaios de resíduos;
(i) utilização de rótulos indicando o estado de limpeza nos equipamentos.
16.13 Deve ser verificada periodicamente a eficácia das medidas adotadas para prevenir a contaminação cruzada. Essa verificação deve ser feita em conformidade com Procedimentos Operacionais Padrão.
16.14 As áreas de produção onde estiverem sendo processados produtos susceptíveis à contaminação por microrganismos devem ser monitoradas periodicamente, por exemplo, monitoramento microbiológico e de material particulado, quando apropriado.
Operações de produção
16.15 Antes que qualquer operação de produção seja iniciada, devem ser adotadas as providências necessárias para que as áreas de trabalho e os equipamentos estejam limpos e livres de qualquer matéria-prima, produtos, resíduos de produtos, rótulos ou documentos que não sejam necessários para a nova operação a ser iniciada.
16.16 Todos os controles em processo e controles ambientais devem ser realizados e registrados.
16.17 Devem ser instituídos meios para indicar falhas nos equipamentos ou utilidades. Os equipamentos com defeito devem ser retirados de uso até que sejam consertados. Após o uso, os equipamentos de produção devem ser limpos dentro do prazo determinado, de acordo com procedimentos detalhados. Os equipamentos limpos devem ser armazenados em local limpo e seco, em uma área separada, ou de forma a evitar contaminação.
16.18 Devem ser definidos os limites de tempo em que o equipamento pode permanecer antes de ser realizado o procedimento de limpeza e após a limpeza antes de novo uso. Estes limites de tempo devem ser baseados em dados de validação.
16.19 Os recipientes utilizados no envase devem ser limpos antes da operação. Deve-se ter o cuidado de evitar e de remover quaisquer contaminantes, tais como, fragmentos de vidro e partículas de metal.
16.20 Qualquer desvio significativo do rendimento esperado deve ser investigado e registrado.
16.21 Deve ser assegurado que a tubulação ou outros equipamentos utilizados para o transporte de produtos de uma área para outra estejam conectados de forma correta.
16.22 As tubulações utilizadas no transporte de água para injetáveis e purificada, ou qualquer outro tipo de água, devem ser limpas e sanitizadas, segundo procedimentos escritos que determinem os limites da contaminação microbiana e as medidas a serem adotadas.
16.23 Os equipamentos e instrumentos utilizados nos procedimentos de medidas, pesagens, registros e controles devem ser submetidos a manutenção e a calibração a intervalos preestabelecidos e os registros de tais operações devem ser mantidos. Para assegurar um funcionamento satisfatório, os instrumentos devem ser verificados diariamente ou antes de serem utilizados para ensaios analíticos. As datas de calibração, manutenção e de quando devem ser feitas as futuras calibrações, devem estar claramente estabelecidas e registradas, preferivelmente em uma etiqueta anexada ao instrumento ou equipamento.
16.24 As operações de reparos e manutenção não devem apresentar qualquer risco à qualidade dos produtos.
Operações de embalagem
16.25 Na programação das operações de embalagem deve ser dada atenção especial aos procedimentos que minimizam a ocorrência de risco de contaminação cruzada, de misturas ou de substituições. Produtos diferentes não devem ser embalados próximos uns dos outros, a menos que haja separação física ou um sistema alternativo que forneça garantia equivalente.
16.26 Antes de iniciar as operações de embalagem, devem ser tomadas medidas para assegurar que a área de trabalho, as linhas de embalagem, as máquinas de impressão e outros equipamentos estejam limpos e livres de quaisquer produtos, materiais ou documentos usados anteriormente e que não sejam necessários para a operação corrente. A liberação da linha deve ser realizada de acordo com procedimentos e lista de verificação. Tal verificação deve ser registrada.
16.27 O nome e o número de lote do produto em processo deve ser exibido em cada etapa de embalagem ou na linha de embalagem.
16.28 As etapas de envase e de fechamento devem ser imediatamente seguidas pela etapa de rotulagem. Se isto não for possível, devem ser aplicados procedimentos apropriados para assegurar que não ocorram misturas ou erros de rotulagem.
16.29 Deve ser verificado e registrado o correto desempenho das operações de impressão, feitas separadamente ou no decorrer do processo de embalagem. Deve ser dada maior atenção às impressões manuais, as quais devem ser conferidas em intervalos regulares.
16.30 A fim de se evitar mistura/troca deve ser tomado cuidado especial, quando forem utilizados rótulos avulsos ou quando forem feitas grandes quantidades de impressão fora da linha de embalagem, bem como quando forem adotadas operações de embalagem manual. São preferíveis rótulos de alimentação por rolos a rótulos avulsos, para ajudar a evitar misturas. A verificação na linha de todos os rótulos por meios eletrônicos pode ser útil para evitar misturas, mas devem ser feitas verificações para garantir que quaisquer leitores eletrônicos de códigos, contadores de rótulos ou aparelhos similares estão funcionando corretamente. Quando os rótulos são anexados manualmente, devem ser realizados controles em processo com mais freqüência.
16.31 As informações impressas e gravadas em relevo nos materiais de embalagem devem ser nítidas e resistentes ao desgaste e adulteração.
16.32 A inspeção em linha do produto durante a embalagem deve incluir regularmente, pelo menos, as seguintes verificações:
(a) aspecto geral das embalagens;
(b) se as embalagens estão completas;
(c) se estão sendo utilizados os produtos e os materiais de embalagem corretos;
(d) se as impressões realizadas estão corretas;
(e) o funcionamento correto dos monitores da linha de embalagem.
As amostras coletadas na linha de embalagem não devem ser devolvidas.
16.33 Os produtos envolvidos em ocorrências anormais durante o procedimento de embalagem, somente devem ser reintroduzidos ao mesmo, após serem submetidos à inspeção, investigação e aprovação por pessoa designada. Deve ser mantido registro detalhado dessa operação.
16.34 Qualquer discrepância, significativa ou incomum, observada durante a reconciliação da quantidade do produto a granel, dos materiais de embalagem impressos e o número de unidades embaladas, deve ser investigada e justificada satisfatoriamente antes de ser liberado o lote do produto.
16.35 Após a conclusão de cada operação, todos os materiais de embalagem codificados com o número de lote que não forem utilizados devem ser destruídos, devendo o processo de destruição ser registrado. Para que os materiais impressos não codificados sejam devolvidos ao estoque, devem ser seguidos procedimentos escritos.

Nova RDC, em consulta pública, destaca a Qualificação e Validação


4. Qualificação e validação
4.1 Em consonância com as BPF, a empresa deve identificar quais os trabalhos de qualificação e validação são necessários para comprovar que todos os aspectos críticos de operação sejam controlados.
4.2 Os elementos chave de um programa de qualificação e validação de uma empresa devem ser claramente definidos e documentados em um plano mestre de validação.
4.3 A qualificação e a validação devem estabelecer e comprovar que:
(a) as instalações, utilidades, equipamentos e processos foram projetados em consonância com as exigências de BPF (qualificação de projeto, ou QP);
(b) as instalações, utilidades e equipamentos foram construídos e instalados de acordo com as suas especificações de projeto (qualificação de instalação, ou QI);
(c) as instalações, utilidades e equipamentos operam de acordo com suas especificações planejadas (qualificação de operação, ou QO);
(d) um processo específico produzirá consistentemente um produto que atenda suas especificações e atributos de qualidade (validação de processo ou VP, também chamada de qualificação de desempenho, ou QD).
4.4 Qualquer aspecto da operação, incluindo mudanças significativas nas instalações, local, equipamentos ou processos, que possam afetar a qualidade do produto, direta ou indiretamente, deve ser qualificado e/ou validado.
4.5 A qualificação e a validação não devem ser consideradas exercícios únicos. Após a aprovação do relatório de qualificação e/ou validação deve haver um programa contínuo de monitoramento, o qual deve ser embasado em uma revisão periódica.
4.6 O compromisso da manutenção da situação de qualificação/validação deve estar descrito nos documentos relevantes da empresa, como o manual de qualidade ou plano mestre de validação.
4.7 A responsabilidade pela realização da validação deve ser claramente definida.
4.8 Os estudos de validação são uma parte essencial das BPF e devem ser conduzidos de acordo com protocolos pré-definidos e aprovados.
4.9 Um relatório contendo os resultados e conclusões deve ser preparado e arquivado.
4.10 Os processos e procedimentos devem ser estabelecidos com base nos resultados da validação realizada.
4.11 Devem ser validados também os procedimentos de limpeza, as metodologias analíticas e os sistemas computadorizados.

Boas Práticas de Controle de Qualidade CONSULTA PÚBLICA 3 (revoga a 210/03)


17. Boas Práticas de Controle de Qualidade

17.1 O Controle de qualidade é responsável pelas atividades referentes à amostragem, às especificações e aos ensaios, bem como à organização, à documentação e aos procedimentos de liberação que garantam que os ensaios necessários e essenciais sejam executados e que os materiais não sejam liberados para uso, nem os produtos terminados liberados para venda ou fornecimento, até que sua qualidade tenha sido julgada satisfatória. O Controle de qualidade não deve resumir-se às operações laboratoriais, deve participar e ser envolvido em todas as decisões que possam estar relacionadas à qualidade do produto.
17.2 A independência do controle de qualidade em relação à produção é considerada fundamental.
17.3 Cada fabricante (detentor de uma autorização de fabricação) deve possuir um departamento de controle de qualidade. Este deve ser independente de outros departamentos e estar sob a autoridade de uma pessoa com qualificação e experiência apropriada, que tenha um ou vários laboratórios de controle à sua disposição. Devem estar disponíveis recursos adequados para garantir que todas as providências de controle de qualidade são realizadas com eficácia e confiabilidade. As exigências básicas para o controle de qualidade são as seguintes:
(a) instalações adequadas, pessoal treinado e procedimentos aprovados devem estar disponíveis para amostragem, inspeção e testes de matérias-primas, materiais de embalagem e produtos intermediários, a granel e terminados. Quando necessário, devem existir procedimentos aprovados para o monitoramento ambiental;
(b) amostras de matérias-primas, materiais de embalagem, produtos intermediários, a granel e terminados devem ser coletados por meio de métodos aprovados e por pessoal qualificado do departamento de controle de qualidade;
(c) devem ser realizadas qualificações e validações necessárias;
(d) devem ser feitos registros (manual ou por meio eletrônico) demonstrando que todos os procedimentos de amostragem, inspeção e testes foram de fato realizados e que quaisquer desvios foram devidamente registrados e investigados;
(e) os produtos terminados devem possuir a composição qualitativa e quantitativa de acordo com o descrito no registro; os ingredientes devem ter a pureza exigida, devem estar em recipientes apropriados e devidamente rotulados;
(f) devem ser registrados os resultados de inspeção e testes realizados nos materiais e produtos intermediários, a granel e terminados; a avaliação de produtos deve incluir revisão e análise da documentação relevante da produção, assim como uma avaliação dos desvios dos procedimentos específicos;
(g) nenhum lote de produto deve ser liberado para venda ou distribuição antes da certificação por pessoa(s) autorizada(s), que esteja em consonância com as especificações constantes no registro;
(h) devem ser retidas amostras suficientes de matérias-primas e produtos para permitir uma análise futura do produto, se necessário; o produto retido deve ser mantido em sua embalagem final, a menos que a embalagem seja excepcionalmente grande.
17.4 O controle de qualidade tem como outras atribuições estabelecer, validar e implementar todos os procedimentos de controle de qualidade, avaliar, manter e armazenar os padrões de referência, garantir a rotulagem correta dos recipientes de materiais e produtos, garantir que a estabilidade dos ingredientes ativos e medicamentos seja monitorada, participar da investigação de reclamações relativas à qualidade do produto e participar do monitoramento ambiental. Todas essas operações devem ser realizadas em consonância com procedimentos escritos e, quando necessário, registrados.
17.5 A avaliação de produtos terminados deve abranger todos os fatores relevantes, incluindo as condições de produção, os resultados de controle em processo, a documentação de fabricação (incluindo embalagem), cumprimento com as especificações para o produto terminado e uma análise da embalagem final.
17.6 O pessoal do controle de qualidade deve ter acesso às áreas de produção para amostragem e investigação, caso necessário.
Controle de matérias-primas e produtos intermediários, a granel e terminados
17.7 Todos os ensaios devem seguir as instruções estabelecidas pelos procedimentos escritos e aprovadas para cada material ou produto. O resultado deve ser verificado pelo supervisor antes que os materiais ou produtos sejam liberados ou reprovados.
17.8 As amostras devem ser representativas do lote do material do qual foram retiradas, segundo procedimentos escritos e aprovados.
17.9 A amostragem deve ser realizada de forma a evitar a ocorrência de contaminação ou outros efeitos adversos sobre a qualidade do produto amostrado. Os recipientes amostrados devem ser identificados e cuidadosamente fechados após a amostragem.
17.10 Durante a amostragem deve ser tomado o cuidado de evitar contaminações ou misturas do material que está sendo amostrado. Todos os equipamentos utilizados no processo de amostragem que entrarem em contato com os materiais devem estar limpos. Alguns materiais particularmente perigosos ou potentes podem requerer precauções especiais.
17.11 Os equipamentos utilizados na amostragem devem estar limpos e, se necessário, esterilizados antes e após cada uso e guardados separadamente dos demais equipamentos laboratoriais.
17.12 Cada recipiente contendo amostra deve ser identificado e conter as seguintes informações:
(a) o nome do material amostrado;
(b) o número do lote;
(c) o número do recipiente amostrado;
(d) o número da amostra;
(e) a assinatura da pessoa que coletou a amostra; e
(f) a data da amostragem.
17.13 Os resultados fora de especificação obtidos durante os testes de materiais ou produtos devem ser investigados de acordo com um procedimento aprovado. As investigações devem ser concluídas e as medidas corretivas adotadas. Devem ser mantidos os registros.
Ensaios necessários
Matérias-primas e materiais de embalagem
17.14 Antes que as matérias-primas e os materiais de embalagem sejam liberados para uso, o responsável pelo Controle de qualidade deve garantir que os mesmos sejam testados quanto à conformidade com as especificações de identificação, potência, pureza e outros parâmetros de qualidade.
17.15 Devem ser realizados ensaios de identificação nas amostras retiradas de cada recipiente de matéria-prima.
17.15.1 É permitido amostrar somente uma parte dos volumes quando um procedimento validado tenha sido estabelecido para garantir que nenhum volume de matéria-prima tenha sido incorretamente rotulado. A validação deve levar em consideração ao menos os seguintes aspectos:
a) a natureza e a classificação do fabricante e do fornecedor e o seu grau de conformidade com os requisitos de Boas Práticas de Fabricação;
b) o sistema de garantia de qualidade do fabricante da matéria-prima;
c) as condições sob as quais as matérias-primas são produzidas e controladas; e
d) a natureza da matéria-prima e do medicamento no qual será utilizada.
Com tal sistema, é possível que um procedimento validado com vistas à isenção do teste de identificação em todos os recipientes de matérias-primas possa ser aceito nos seguintes casos:
a) matérias-primas oriundas de uma planta mono produtora; ou
b) matérias-primas adquiridas diretamente do fabricante, ou em recipientes lacradas no fabricante, no qual haja um histórico confiável e sejam realizadas auditorias regulares de qualidade no sistema de garantia de qualidade do fabricante ou por um órgão com acreditação oficial.
Este procedimento não se aplica para os seguintes casos:
a) matérias-primas fornecidas por intermediários, tais como importadores/distribuidores/fracionadores;
b) matérias-primas utilizadas para produtos parenterais.
17.16 A qualidade de um lote de matéria-prima deve ser avaliada através de testes em amostras representativas. As amostras retiradas para o teste de identificação podem ser utilizadas para este propósito. O número de amostras retiradas para o preparo de uma amostra representativa deve ser determinado estatisticamente e especificado em um plano de amostragem. O número de amostras individuais que podem ser misturadas para formar uma amostra composta também deve ser definido levando em consideração a natureza do material, o conhecimento do fornecedor e a homogeneidade da composição da amostra.
17.17 Cada lote de material de embalagem impresso deve ser examinado no ato do recebimento.
17.18 O fabricante pode aceitar o certificado de análise emitido pelo fornecedor, desde que a sua confiabilidade seja estabelecida através da validação periódica dos resultados apresentados e através de auditorias às suas instalações o que não exclui a necessidade da realização do teste de identidade. Os certificados emitidos pelo fornecedor devem ser originais e sua autenticidade assegurada. Devem conter as seguintes informações:
(a) identificação do fornecedor, assinatura do funcionário responsável;
(b) nome e número de lote do material testado;
(c) descrição das especificações e dos métodos utilizados; e
(d) descrição dos resultados dos ensaios e a data em que tenham sido realizados.
Controle em processo
17.19 Devem ser mantidos registros de controle em processo, os quais devem fazer parte do registro dos lotes.
Produtos terminados
17.20 Antes de serem liberados os lotes de produtos farmacêuticos deve ser assegurado, mediante ensaios laboratoriais, sua conformidade com as especificações estabelecidas.
17.21 Os produtos que não atenderem às especificações estabelecidas, devem ser reprovados.
Revisão do registro do lote
17.22 Os registros de produção e de controle devem ser revisados. Se determinado lote não atender às especificações ou apresentar qualquer divergência deve ser investigado. Se necessário, a investigação deve ser estendida aos demais lotes do mesmo produto ou de outros produtos que possam ter vinculação com o desvio detectado. Deve haver registro da investigação, o qual deve conter a conclusão a que se chegou e as ações de acompanhamento necessárias.
17.23 As amostras retidas de cada lote de produto terminado devem ser mantidas por, pelo menos, 12 (doze) meses após a data de vencimento do seu prazo de validade, exceto para Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV), que devem ser conservadas por, no mínimo, 30 (trinta) dias após o vencimento do prazo de validade. Em geral, os produtos terminados devem ser mantidos em suas embalagens finais e armazenados sob as condições recomendadas. Se o produto for embalado em embalagens grandes, excepcionalmente as amostras podem ser guardadas em recipientes menores com as mesmas características e armazenadas sob as condições recomendadas. As amostras de substâncias ativas devem ser retidas por, pelo menos, um ano após o vencimento dos prazos de validade dos produtos finais aos quais tenham dado origem. Amostras de outras matérias-primas (excipientes), exceto solventes, gases e água, devem ser retidas pelo período mínimo de dois anos, se assim permitirem os respectivos estudos de estabilidade efetuados pelo fabricante da matéria-prima. As quantidades de amostras de materiais e produtos retidos devem ser suficientes para possibilitar que sejam realizadas, pelo menos, duas reanálises completas.
Estudos de estabilidade
17.24 O Controle de qualidade deve avaliar a qualidade e a estabilidade dos produtos terminados e, quando necessário, das matérias-primas, dos produtos intermediários e a granel.
17.25 O controle de qualidade deve estabelecer datas e especificações de validade com base nos testes de estabilidade relativos a condições de armazenagem.
17.26 Deve ser desenvolvido e implementado um programa escrito de estudo de estabilidade, incluindo os seguintes elementos:
(a) descrição completa do produto envolvido no estudo;
(b) todos os parâmetros dos métodos e dos ensaios, que devem descrever os procedimentos dos ensaios de potência, de pureza e as características físicas, bem como as evidências documentadas de que os ensaios realizados são indicadores da estabilidade do produto;
(c) previsão quanto a inclusão de um número suficiente de lotes;
(d) cronograma de ensaio para cada produto;
(e) instruções sobre condições especiais de armazenamento;
(f) instruções quanto à retenção adequada de amostras; e
(g) um resumo de todos os dados obtidos, incluindo a avaliação e as conclusões do estudo.
17.27 A estabilidade de um produto deve ser determinada antes da comercialização e deve ser repetidos após quaisquer mudanças significativas nos processos de produção, equipamentos, materiais de embalagem, etc.

Empresas farmacêuticas vão investir em medicamentos biotecnológicos


13/03/09
O fechamento do negócio bilionário entre a suíça Roche e a norte-americana Genentech é um claro indicador da importância que os medicamentos biotecnológicos recebem hoje por parte da indústria farmacêutica.

O presidente do Grupo Roche, Franz B. Humer, afirmou que a união das companhias traz vantagens claras para ambas as empresas. No fundo da declaração está a consciência de que o sequenciamento genético e as inúmeras possibilidade oferecidas pela biotecnologia abrem as portas para que os laboratórios encontrem um porto seguro diante das dificuldades vividas com a perda de patentes. Por isso, gigantes do setor apostam suas fichas nessa evolução e já traçam as estratégias para garantir os rendimentos perdidos com os sintéticos.

O que pouco se fala, no entanto, é sobre as diferenças entre um medicamento sintético e um biotecnológico. Enquanto no primeiro os efeitos colaterais incluem desde alergias até um choque anafilático, ainda há poucas referências sobre o segundo. Por lidar com células vivas, um remédio biotecnológico pode causar até uma reação auto-imune. Ou seja, o corpo pode começar a criar defesas e pode se auto-atacar.

Segundo os pesquisadores, as diferenças vem da origem de como se obtém um e outro. Enquanto o remédio sintético é proveniente de uma síntese química, com misturas de componentes - como sal e água em um copo, por exemplo - o biotecnológico tem como base um organismo vivo e todas as variáveis que permite.

Sua fabricação possui uma maneira peculiar, fruto do avanço proporcionado pelas pesquisas sobre o sequenciamento do genoma humano, quando foram detectadas as proteínas que atuam na formação dos genes.

Portanto, com uma origem mais complexas que as utilizadas na elaboração dos medicamentos sintéticos, os biotecnológicos reduzem a possibiliade do surgimento de genéricos.
"A complexidade é tamanha que é como comparar uma bicicleta a um avião a jato", afirma a médica e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Deborah Crespo. Segundo ela, é uma evolução grande e exige dos países uma organização maior na regulação e controle, em função da responsabilidade com a saúde pública. "As agências reguladoras no mundo inteiro estão estabelecendo regras para garantir um produto seguro."

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que a mudança na indústria é vista com preocupação sim, mas a instituição aposta na eficácia dos testes. Segundo o gerente de pesquisa clínica de medicamentos biotecnológicos e medicamentos novos da Anvisa, Jorge Taveira Samaha, o Brasil já possui testes de imunogenicidade (testes físico-químico e de eficiência, que caracterizam a molécula para saber a diferença entre os compostos, de acordo com a classe do produto). Tudo isso, na etapa pré-estudos clínicos. "Sem isso não há aprovação", diz Samaha.

Mas algumas indústrias dizem que até 2002 não havia regras claras que normatizassem isso, o que permitiu o registro de vários medicamentos sem o controle exato. Daí a existência de similares que preocupam os pesquisadores.

Em entrevista recente o gerente do departamento de pesquisa e desenvolvimento e controle de qualidade de produtos biotecnológicos da Roche, Thomas Schreitmuller, afirmou que este tipo de remédio possui uma complexidade intrínseca das proteínas. "Exigem maior cuidado por não ter estabilidade (desnatura, degrada e oxida)". É exatamente por isso que surge a dificuldade da realização de cópias idênticas. Segundo Schreitmuller, estudos da Federação Latino-Americana da Indústria Farmacêutica (Fifarma) mostram que na América Latina cerca de 182 registros sanitários foram obtidos por produtos similares, sem que houvesse os testes para biosimilares.

Mas a Anvisa afirma que tem o controle, inclusive das fábricas que, na maioria, estão fora do País, que passam por uma inspeção rigorosa feita por uma equipe de especialistas da própria Anvisa. Mesmo assim, alguns pesquisadores se preocupam com os critérios, segundo contam há algum tempo a agência teve problemas com a licitação de Heparina (substância que impede a coagulação do sangue em operações).

Segundo os especialistas não se levou em consideração que alguns fornecedores obtinham a substância do porco e outras do boi. Depois que a do boi ganhou, percebeu-se que havia diferenças entre os dois produtos, uma vez que a de porco é melhor aceita pelo corpo humano.

Em outro caso conhecido, um medicamento indicado para aumentar o número de glóbulos brancos em pacientes debilitados teve problema sério por causa de uma pequena mudança. A substância principal, de origem animal (obtida de bois), foi trocada por uma de origem vegetal em função do aumento dos casos da doença da vaca louca na Europa. Porém, o fabricante não refez os testes clínicos depois da troca e, por isso, não conseguiu detectar uma reação da nova substância com a tampa plástica. O fato é que o remédio, ao invés de aumentar os glóbulos brancos, fazia o contrário. Outro risco desconhecido é a troca de medicamentos quando o paciente não se adapta. No caso de biotecnológicos é mais complicada e pode causar reações inesperadas.

Por isso, europeus e norte-americanos acompanham de perto as evoluções e cresce em todo o mundo o conceito de farmacolovigilância, para que se crie um banco de dados mundial com os efeitos notificados por médicos e pacientes.

Mesmo assim, é uma evolução importante, segundo o reumatologista Ricardo Golmia. "E exige maiores cuidados para se introduzir um paciente neste tipo de tratamento, mas há casos em que é preciso para melhorar a qualidade de vida." É exatamente por isso que os biotecnológicos desenvolvidos hoje estão concentrados nas áreas de doenças crônicas ou que envolvem risco de morte para o paciente, como câncer.

Fonte:Gazeta Mercantil

3.12.2009

Entenda o que significa LER/Dort.Dicas e tratamento


Entenda o que significa LER/Dort
e saiba quais as lesões mais comuns
O primeiro surto das lesões por esforço repetitivo aconteceu entre digitadores, com o advento da informática. As doenças relacionadas a esse tipo de trabalho se desenvolviam devido a horas e horas repetindo (daí o surgimento do termo LER), em alta velocidade, o ato escrever utilizando o teclado do computador.

Com o tempo, os médicos notaram também o surgimento de lesões semelhantes em empregados não submetidos a repetições. A partir daí, surgiu um segundo termo, o Dort (distúrbios oesteomusculares relacionados ao trabalho). Nessa segunda definição, estão englobadas tanto as doenças causadas por repetição quanto lesões provocadas por má postura, tensão excessiva em determinada região do corpo ou sobrecarga de esforço.

Nesses dois "termos guarda-chuva", cabem principalmente uma série de "ites" (sufixo que na medicina indica inflamação, como a tendinite, inflamação nos tendões, ou bursite, inflamação das bursas). Abaixo, há uma lista com as doenças mais frequentes relacionadas às LER/Dort.

Tendinite: inflamação dos tendões (feixes de nervos que ligam o músculo aos ossos);

Tendossinovite: inflamação do tecido que reveste os tendões;

Epicondilite: inflamação das estruturas (óssea, muscular e nervosa) do cotovelo;

Bursite: inflamação das bursas (pequenas bolsas que se situam entre os ossos e os tendões em articulações como a do cotovelo e do joelho);

Miosites: inflamação da musculatura;

Sindrome do túnel do carpo: compressão ("esmagamento") do nervo mediano na altura do punho;

Sindrome cervicobraquial: compressão dos nervos da coluna cervical (região do pescoço);

Síndrome do desfiladeiro torácico: compressão do plexo (nervos e vasos sanguíneos) na região do tórax;

Síndrome do ombro doloroso: compressão de nervos e vasos na região do ombro;

Cervicalgia: dor na região cervical (pescoço);

Lombalgia: dor na região lombar;

Ciatalgia: compressão do nervo ciático (região do quadril);

Escoliose: desvio lateral da coluna;

Hiperlordose: desvio anterior (para frente, em direção ao abdómen) da coluna (cervical ou lombar).

Quando trabalhar destrói sua saúde
Francisca das Neves Pereira trabalhou na linha de montagem de toca-fitas de uma empresa de automóveis. Em poucos meses, no ano de 87, começou a ter dores nos braços. "Eu tratava como pulso aberto. Tomava analgésico e continuava o trabalho." Como as dores foram piorando, iniciou uma peregrinação por hospitais e prontos-socorros, mas ninguém conseguia ajudá-la, não havia diagnóstico. "A doença da LER ainda não era reconhecida, cheguei até a achar que tinha câncer, pensei até em me matar e sofri muita discriminação pelo grupo e pelos chefes." Leia mais
Você sente dor ou desconforto com frequência enquanto trabalha? Se a resposta for afirmativa, é um mau sinal. Esse pode ser o começo de uma doença que chega a culminar em atrofia, perda de movimentos e, em casos extremos, paraplegia.

As chamadas LER (lesões por esforço repetitivo) e Dort (distúrbios oesteomusculares relacionados ao trabalho) são definições genéricas para uma série de doenças (clique aqui para conhecer as mais comuns) ligadas à condições inadequadas de trabalho. Entenda-se essas condições adversas como inadequação do local de trabalho, excesso de horas trabalhadas e estresse constante, que juntos ou em separado vão minando a resistência do organismo.

Como a maioria das pessoas acha normal um certo desconforto ligado ao trabalho e se obriga (ou é obrigada) a isso, para conseguir melhor desempenho e visibilidade profissional, a maior parte dos casos de LER/Dort só são diagnosticados em estágios avançados, quando o funcionário tem de ser afastado de suas funções e quando já não há mais cura para a doença.

Sim, não há cura para problemas de LER/Dort. Estudos mostram que, um profissional acometido pela doença, se for submetido às mesmas condições que causaram o problema, mesmo após sua recuperação, desenvolverá os mesmos sintomas em um período inferior ao do surgimento das primeiras dores ou desconforto. Sendo assim, o melhor no caso desse tipo de doença é prevenir.

Postura adequada para trabalhar, respeito aos horários de descanso, uso de equipamentos ergonômicos e a consciência de que você precisa estar bem com sua saúde para continuar trabalhando são um bom começo. Entretanto, a solução passa pela mesa do patrão, responsável por criar um ambiente de trabalho seguro e ideal para a saúde dos funcionários.

LER/Dort são epidemias
Hoje, no Brasil, as LER/Dort são as segundas maiores responsáveis pelo afastamento de empregados das suas funções, e especialistas já dão ao problema o caráter de epidemia. Para cada funcionário retirado do posto de trabalho, as empresas gastam anualmente o equivalente a R$ 89 mil (com despesas médicas e a reposição da mão-de-obra).

Os casos da doença também podem render processos contra os empregadores, e indenizações pesadas (clique aqui para saber mais).

Pensando nessas questões, a partir do final do ano o Instituto Nacional de Prevenção às LER/Dort, em parceria com o Ministério da Saúde, irá aplicar um questionário em empresas de setores variados para conseguir dados oficiais sobre o desenvolvimento da doença e as condições de trabalho causadoras do problema (em maior frequência).

Os empregados poderão responder anonimamente às perguntas e as questões foram planejadas de maneira simples, para atingir de operários a executivos com facilidade e clareza, já que há riscos em todas as áreas profissionais. LER/Dort são doenças do ambiente de trabalho e não das pessoas, afirmam os especialistas.
Fonte: Entrevista com o dr. Paulo Kaufmann

Nos estágios iniciais, doença
pode ser "curada"


As LER/Dort podem variar de leves às crônicas graves. No início da doença, por exemplo, o peso pode causar sensações de "aparente" cansaço. Desconforto nos ombros ou nos membros também é comum, inclusive com pontadas. Na medicina chinesa, esse último tipo de dor está relacionado a outro componente que sofre de algum distúrbio no organismo, o "xue" ou sangue. Isso, aliado à obstrução da energia "qi", determinam as dores nos membros do paciente. Nesse caso, mais leve, um repouso já é o bastante para que as dores desapareçam.

No grau considerado médio da LER/Dort, a dor é contínua, mas suportável. Nesse quadro, já há uma indicação de que a pessoa desenvolve a doença em fase funcional, ou seja, ela ainda é reversível, já que as lesões não estão estruturadas nos nervos e tendões. Nesse caso, o tratamento com acupuntura é eficaz e vai abordar os pontos relacionados ao fígado. O restabelecimento do equilíbrio energético no órgão refletirá no desaparecimento da dor no local. Geralmente, cinco sessões são suficientes. A técnica do shiatsu e os exercícios corporais (Liang Gong) também são bastante utilizados nesse caso. Até esse estágio, a LER/Dort é reversível e pode ser curável.

Perda de força muscular e da coordenação motora e dores mais persistentes, inclusive fora do ambiente de trabalho, são sintomas mais graves que pedem apoio de outras formas de terapias. Aparecem inchaços nas articulações, edemas, rigidez, várias inflamações e dores à noite durante o sono.

O tratamento consiste em colocar agulhas na região cervical e no local onde o paciente sente dores, além da harmonização energética. Equipamentos como a eletroacupuntura também auxiliam nessa fase e aumentam a qualidade e quantidade de estímulos, provocando a analgesia (efeito anestésico no local e diminuição da dor). Nesses casos, considerados cronicamente leves, alguns tipos de ginásticas ou práticas como o do in são desaconselháveis, já que agravam o problema. Nesses casos, o paciente vai precisar de aproximadamente 20 sessões.

No grau cronicamente grave, a dor já é insuportável e os movimentos são feitos com muita dor. Os edemas são contínuos e podem aparecer atrofias e paralisia parcial. Esse quadro pode significar para o indivíduo a invalidez e aposentadoria precoce.

Além dos processos usados nos estágios anteriores, o acupunturista fará aplicações à distância, ou seja, se o problema for na mão, agulhas também serão colocadas na perna. Associado a isso, a auriculoterapia também pode ser empregada, assim como medicamentos fitoterápicos. A recuperação é longa, mas a combinação das várias técnicas alivia a dor, e a coordenação motora é praticamente restabelecida. Mais de 20 sessões serão necessárias para melhorar os sintomas. Nesse estágio, a cura já não é mais possível. (JB)
Fonte: Edson Sugano,

Conheça os vilões da história
No ambiente de trabalho, é possível identificar alguns fatores de risco para o desenvolvimento de LER/Dort. Saiba quais são eles a seguir:

ESTRESSE - A tensão nervosa, de uma maneira geral, age sobre seu corpo aumentando a quantidade de adrenalina no sangue e tencionando os músculos, que trabalham "travados", em sobrecarga permanente;

AR-CONDICIONADO - A má regulagem do sistema de refrigeração do ambiente de trabalho, comum em locais com computadores, como escritórios, pode causar danos a músculos, nervos e tendões; em espaços frios, ocorre a contração dos vasos sanguíneos, consequente baixa na oxigenação do organismo e, também, maior tensão na musculatura;

EXCESSO DE REPETIÇÕES - Exercer funções que exigem repetições constantes de movimentos, como digitar ou apertar parafusos numa linha de montagem, sobrecarrega uma determinada parte do corpo e acaba por lesionar a região, se não forem observados princípios de ergonomia e períodos de descanso, necessários para o corpo se recuperar do esforço;

AMBIENTE DESPREPARADO - Ficar o expediente todo sentado diante do computador, digitando, não é necessariamente um problema; agora, se seus braços não têm um apoio adequado, ficando "no ar" e tencionando os ombros, e se sua cadeira não está bem regulada e você fica curvado sobre a mesa, tendo de arquear as costas, por exemplo, prepare-se para ter problemas;

LONGAS JORNADAS - Quanto mais tempo seu organismo ficar exposto a uma das (ou todas as) agressões do ambiente citadas acima, e quanto menos ele tiver de tempo diário para recuperação e descanso, maior a chance de desenvolver LER/Dort; fazer serão ou hora-extra vez por outra não é o problema, essa prática só se torna perigosa quando é frequente. (RD)

LER/Dort está ligada ao desequilíbrio
energético do fígado
Edson Sugano

A acupuntura é uma das alternativas mais eficazes no tratamento das lesões por esforços repetitivos ou dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/Dort). A técnica, de origem chinesa, consiste na estimulação por meio de aplicação de agulhas em pontos do corpo onde há lesão ou desequilíbrio energético. Em pacientes com dores agudas, ela é bastante efetiva contra a dor. Nos últimos anos, um número cada vez maior de pessoas procuram o tratamento da doença com a acupuntura.

No geral, a abordagem das doenças segundo a medicina chinesa é oposta à da concepção ocidental. A análise parte do equilíbrio energético do corpo. O fígado e a vesícula biliar são os órgãos que ajudam a harmonizar as funções dos nervos, tendões e outras estruturas e estão ligados ao equilíbrio emocional do indivíduo. Sob estresse e tensão, pode ocorrer um desequilíbrio nas funções do fígado, o que vai causar uma disfunção nos nervos e tendões. Em resumo, o tratamento se fundamenta em dois pontos: a harmonização do corpo e da mente e aplicações das agulhas no local da dor.

Diagnóstico

Na primeira fase e consulta, o paciente com LER/Dort é submetido a uma bateria de perguntas. Esse histórico pessoal e clínico (anaminésia) vai ajudar a definir o tipo apropriado de tratamento. Nesse questionário, são levados em conta fatores externos, como postura, temperatura do ambiente, função e condições de trabalho e tensão, e internos, como as emoções reprimidas.

Em uma segunda etapa, a acupuntura se apóia na tecnologia ocidental. Exames laboratoriais e ultra-som são feitos para um diagnóstico mais preciso do alcance da doença. Esses testes podem confirmar a suspeita do acupunturista de que o fígado e o pâncreas não estão funcionando bem. Outros fatores também ajudam nesse diagnóstico: coceiras, caspa, gengivite, dores nas articulações, má digestão, vontade de comer alimentos ácidos são sintomas de que os dois órgãos sofrem de desequilíbrio energético.

Pulso e língua

Nos exames de pulso e de língua o acupunturista obtém mais informações sobre o paciente. Por meio da pulsação, também é possível saber se existe desequilíbrio nos órgãos internos. Utilizam-se três dedos para a leitura do pulso, em três pontos e a três profundidades diferentes. Observa-se também a hora do dia, o sexo, a fase do ciclo menstrual, a pressão atmosférica, a temperatura, a umidade e a estação do ano. O conjunto de todas essas observações dão uma indicação mais ou menos precisa do estado energético do corpo. Na língua, alterações no formato, cor ou no revestimento indicam o mesmo.

Terapias complementares

Além da acupuntura, outras técnicas chinesas são empregadas. O moxabustão, que consiste em aquecer determinados pontos do corpo por meio da "moxa" (erva seca e moída, proveniente da planta "artemísia"), é bastante eficaz nos casos da LER/Dort. Os princípios no diagnóstico e local onde será aplicado são os mesmos da acupuntura. Em casos leves da LER/Dort, algumas poucas sessões de moxabustão fazem desaparecer as dores.

Com a modernização, à sabedoria milenar da medicina chinesa foram incorporados aparelhos que potencializam o tratamento acupuntural. A laserterapia e os eletro-estimuladores têm melhorado a eficácia nos tratamentos.

O shiatsu e do in, massagens terapêuticas originárias de outra técnica da China, o tuiná, são relativamente usados nos casos mais leves da LER/Dort. Adotam o mesmo princípio de identificação da acupuntura dos pontos energéticos em desequilíbrio, mas utiliza as mãos e os dedos para estimulá-los. Em casos crônicos, porém, a massagem não tem tido resultados satisfatórios.

PRISÃO DE VENTRE: SAIBA COMO SE LIVRAR

Não adianta ir todo dia ao banheiro: se você está tendo dificuldades, está na hora de regular o funcionamento do seu intestino

Combinação de fatores ajuda funções intestinais

Uma dieta com alimentos ricos em fibras é a principal ferramenta para se evitar e tratar a prisão de ventre (constipação intestinal).

Mas existem vários outros procedimentos que podem melhorar as funções dos intestinos e fatores que podem prejudicar o funcionamento do órgão que não estão ligados só à alimentação.

A constipação intestinal caracteriza-se pela diminuição da frequência de evacuações e, pricipalmente, pelas fezes endurecidas (de difícil eliminação) ou em pequenos volumes. Normalmente, há mais de um desses fatores presentes.

Demorar para procurar um gastroenterologista e tratar a doença pode causar complicações, entre as quais, segundo estudos, o câncer dos intestinos.

As regras variam de pessoa para pessoa: algumas evacuam três vezes por semana, mas não sentem qualquer desconforto e apresentam um quadro perfeitamente normal.

Outras, em contrapartida, vão ao banheiro todos os dias, mas têm dificuldades para evacuar, fato determinante no diagnóstico de um caso de constipação.

De qualquer forma, de acordo com os especialistas, uma pessoa que diminua essa frequência em demasia pode ser séria candidata a sofrer de prisão de ventre.

Problema pode não ser alimentação

Não é só uma alimentação pobre em fibras que pode levar à prisão de ventre. O dia-a-dia corrido, uso desenecessário e contínuo de laxantes, desatenção em pequenos detalhes como a utilização correta dos músculos envolvidos ou até fatores psicológicos e neurológicos podem causá-la.

Quando o indivíduo sente vontade de evacuar (estímulo retal ou gastrocólico), ele deve atender à necessidade imediatamente _ou tão logo quanto possível. Mas é muito comum que, por uma série de motivos, esse estímulo seja controlado e a vontade passe.

O hábito leva a uma diminuição do reflexo, consequentemente, a uma dificuldade bem maior para a eliminação das fezes. Esta seria uma das explicações para haver mais mulheres do que homens com constipação intestinal: elas são mais receosas quando se trata de usar qualquer banheiro e esperam mais tempo para evacuar.

A postura também é um fator importante. A posição natural para defecar é de cócoras e, para chegar o mais próximo possível dela, é necessário que o indivíduo curve o tronco sobre as pernas quando está sentado no vaso sanitário.

Em crianças, é muito comum quadro de ordem psicogênica para a prisão de ventre que desencadeia a chamada encoprese (grande retenção de fezes).

Segundo a medicina, comer, dormir e evacuar corretamente são as três gratificações que a criança dá aos pais. Inconscientemente, deixar de defecar seria o resultado fisiológico de uma recusa por parte da criança em atender uma das exigências.

Entre outros motivos relacionados estão fissuras anais, hérnia ou hemorróidas _que dificultam o ato de evacuar_ e uso desnecessário de laxantes, o que provoca modificações nas paredes intestinais.

Em alguns casos mais isolados pode ser decorrente também do enfraquecimento da musculatura do períneo (região entre o ânus e os órgãos genitais), que pode ocorrer, por exemplo, com mulheres que deram à luz várias vezes.

Prisão de ventre pode causar câncer, segundo especialistas

Não tratar a prisão de ventre pode ocasionar, entre outros problemas, fissuras anais e hemorróidas, devido ao esforço demasiado para evacuar.

Mas a maior preocupação dos médicos é a relação, ainda não completamente esclarecida, da doença com o câncer dos intestinos.

Produtos que fazem parte da rotina moderna, como os conservantes presentes nos enlatados e embutidos, contêm toxinas cancerígenas que são eliminadas com as fezes.

Como a prisão de ventre tem como característica o trânsito lento dos excrementos pelo intestino grosso, tais substâncias ficam mais tempo em contato com as paredes do órgão.

O fato explicaria por que pessoas que ingerem mais vegetais verdes e fibras em geral têm menor incidência de câncer na região.

A constipação pode ocasionar também a diverticulite. Trata-se de uma inflamação nas cavidades em forma de bolsa que surgem nas paredes intestinais (divertículos), muitas vezes até em consequência do mau-funcionamento do aparelho. Em casos mais agudos, a diverticulite exige intervenção cirúrgica.

Fibras e líquidos formam combinação ideal

Querer ter as funções intestinais em dia e viver à base de uma dieta pobre em fibras é praticamente uma utopia.

Estudos apontam, por exemplo, que os africanos têm uma evacuação cinco vezes mais eficiente que a do homem americano e europeu, em função de uma ingestão habitual de vegetais e outros alimentos ricos nessa estrutura.

Há dois tipos de fibras, as solúveis, que dão sensação de saciedade e retardam a absorção de glicose, e as insolúveis, que têm papel fundamental no bom funcionamento dos intestinos.

Elas estão presentes nas verduras, grãos integrais, feijão, lentilha, frutas com bagaço, ameixa-preta, mamão etc.

Mas atenção: não adianta ingerir tudo isso diariamente e tomar uma quantidade insuficiente de líquidos. No mínimo oito copos de água ou suco por dia é o necessário para agir conjuntamente com a dieta ideal _o que, além de tudo, melhora a absorção dos nutrientes.

Dicas que melhoram sua vida

Café da manhã é hora ideal para começar a se cuidar
-Mantenha uma dieta balanceada, com alimentos ricos em fibras e que auxiliem o funcionamento intestinal

-Tome, no mínimo, oito copos de água ou suco por dia

-Se o seu problema é tempo, e comer lanches é a solução, dê preferência àqueles feitos no pão integral e com ingredientes como alface, tomate, queijo branco e frios de peito de peru

-Também para aqueles que vivem na correria, comer frutas e cereais no café da manhã e barras energéticas com fibras ao longo do dia é uma forma de atenuar a dieta incorreta

-Regule o horário do seu intestino: mesmo que não esteja com vontade, vá ao banheiro e dedique dez ou quinze minutos para isso. O melhor momento para fazê-lo é logo após o café da manhã, já que, maior o tempo de jejum, mais facilmente o organismo vai atender ao pedido. Outra prática que ajuda é habituar-se a tomar um copo d'água ainda em jejum

-Evite protelar a evacuação quando sentir vontade, para evitar a diminuição do reflexo retal

Exercícios devem ser combinados com dieta

-Exercícios físicos são fundamentais, principalmente se você trabalha a maior parte do dia sentado

-Procure se posicionar com o tronco inclinado para frente, sobre as pernas, na hora da evacuação. É importante, também, verificar se a musculatura é utilizada de forma eficiente

-Caso os problemas persistam, procure um gastroenterologista, que buscará outra causa relacionada e a melhor forma de tratá-la

Fontes: Flávio Steinwurz,

Exagerou nas férias? 10 dicas de exercícios para você voltar a sua forma ideal


Exagerou nas férias? 10 dicas de exercícios para você voltar a sua forma ideal

As férias chegaram ao fim e como todo brasileiro costuma dizer, “agora o ano começou de vez”! Festas de fim de ano, férias de verão, carnaval, nada mais pode ser desculpa para você adiar aquele velho plano de entrar na academia e dar uma repaginada no visual. Por isso, mãos à obra! Preparamos para você uma lista de vários exercícios que vão te ajudar a emagrecer e ficar ainda mais bonito e saudável! Confira:

1 - O Spinning é uma ótima opção para quem quer perder peso e delinear, acima de tudo, os glúteos e as pernas. Durante 50 minutos, o aluno faz uma série de movimentos em cima de uma bicicleta ergométrica e chega a perder cerca de 700 calorias. Para quem consumiu muita besteira e quer um resultado rápido, essa dica é quentíssima!

2 – Assim como as bicicletas, as esteiras ajudam, e muito, na eliminação daquelas gordurinhas indesejadas. Uma aula de Running Class possibilita a queima de mais ou menos 700 calorias. É uma maneira de correr na companhia de outras pessoas e, de quebra, contar com o auxílio de um professor especializado.

3 – Se você gosta de pular e não tem medo de suar a camisa, a melhor opção é o Jump. Feita na cama elástica, a aula começa com um alongamento e um aquecimento aeróbico tradicional para só depois se iniciar a série de saltos. A barriga é muito trabalhada nessas aulas e o aluno chega a perder 600 calorias!

4 – O Step é uma aula que requer concentração e muito fôlego. Além de trabalhar a coordenação motora, ele possibilita que o aluno queime por volta de 400 calorias em apenas 50 minutos. Nessa modalidade, você exercita muito o abdome, as pernas e o bumbum. É uma aula dançante e muito animada!

5 – Mas, se o seu negócio é dançar de verdade, então, nada melhor do que ir correndo se matricular em uma aula de Dança de Salão. Essa mania que tomou conta do Brasil faz com que você queime em 1 hora nada mais nada menos do que 500 calorias. Você aprende diversos ritmos e perde aqueles quilinhos a mais!

6 – E, que tal perder peso, delinear o corpo e, ainda por cima, aprender algumas técnicas de artes marciais? Isso tudo será possível se a sua opção for a Body Combat. Essa aula aeróbica combina movimentos, socos, chutes, joelhadas e deslocamentos derivados de várias atividades consideradas de autodefesa e artes marciais, como o Karatê, o Boxe, o Tai-chi-chuan, o Kick Boxing e outros. Além disso, você deixa para trás cerca de 600 calorias em apenas 1 hora.

7 – Contudo, se você prefere aqueles exercícios menos agitados, então, escolha a Yoga. Com uma série de movimentos que exigem concentração, postura e muita flexibilidade, essa aula faz bem ao corpo e à mente. Além de esfriar a cabeça, você consegue perder cerca de 500 calorias!

8 – Outra opção que vai te fazer exercitar o corpo e aliviar a mente é o Pilates. Essas aulas contam com a ajuda de aparelhos e objetos, como aquelas bolas grandes. Ele não tem contra-indicação e faz com que você perca de 400 a 500 calorias em 1 hora. Além disso, corrige a postura e trabalha todos os músculos do corpo.

9 – Para quem quer dar uma prioridade a uma parte do corpo, a dica são as aulas de abdominais e aquelas que focam os movimentos nas pernas e nos glúteos. O resultado é uma rápida queima de gordura e definição do corpo. Para as mulheres, essa é uma excelente opção!

10 – Porém, dentre todos os exercícios, dois merecem destaque: a ginástica localizada e a musculação. Para tornear o corpo e ficar com tudo no lugar, essas são, sem dúvida, as melhores opções. Porém, a queima de calorias e gordura dependerá da intensidade de cada exercício. Mas, uma coisa é certa: emagrece, define os músculos e faz muito bem à saúde.

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Conselhos para conseguir emagrecer

Conseguir emagrecer pode ser um suplício para algumas pessoas. Com tantas delícias “engordativas” por aí, fica difícil manter uma alimentação equilibrada. Tem que ter determinação! Mas não se desespere. Temos algumas dicas simples para você seguir.

Tem gente que resolve pular refeições quando decide emagrecer. Esta atitude é péssima. Afinal, na refeição seguinte, você vai acabar descontando o que não comeu na anterior. Se alimente a cada três ou quatro horas, em pequenas porções. Isso também ajuda a eliminar a sensação de fome que faz comer em excesso. Carregue consigo um kit com barras de cereais e frutas secas, para preencher os horários. Afinal de contas, nem sempre você terá tempo para uma refeição de verdade. Experimente também comer com calma. Coloque os talheres na borda do prato e mastigue lentamente. Parece uma atitude boba, mas ajuda a saciar a fome.

Durante o dia, tente beber pelo menos dois litros de água. Para quem mora sozinha, mantenha na geladeira de casa iogurtes com polpa de frutas, pudins e gelatinas light (que ajudam na hora do desejo por doces), congelados light, saladas e legumes congelados, queijos magros, blanquet de peru e chester. Se der vontade de tomar sorvete, prefira os sem gordura e açúcar. Fuja dos alimentos industrializados, como biscoitos recheados. De preferência, passe longe desta gôndola do supermercado. Quando for fazer compras, faça uma lista. E não saia dela.

Nunca coma lendo ou vendo TV. Você acaba não prestando atenção no que está fazendo e pode comer demais. E tome cuidado com os molhos que usa. Alguns deles têm muitas calorias. Os molhos brancos também são calóricos demais. Aqueles molhos industrializados também devem ser evitados. Eles têm algumas substâncias em excesso, como o sal. Troque a maionese por iogurte desnatado, que é bem menos calórico.

Você pode acrescentar ervas ao grelhado, para que ele ganhe um gostinho a mais. Muita gente reclama que eles são muito insossos. Comer fritura é que não dá! Se não quiser grelhado, coma refogado. Retire a pele das aves e a gordura das carnes antes de cozinhar. Use uma grelha vazada para preparar as carnes. Desta forma, a gordura eliminada não vai entrar em contato com o alimento.

Estas foram somente algumas dicas para ajudar você a permanecer na dieta. Claro que elas não são absolutas e nem fazem milagres. Você também precisa ter força de vontade. Quando der aquela vontade absurda de comer besteira, tente imaginar seu corpo como você quer que fique e o que vai acontecer se ingerir mais calorias. De repente, funciona!

Por: Vanesca Soares
Revista Suadieta

3.11.2009

Perguntas básicas sobre o uso de medicamentos

Perguntas Frequentes

Posso administrar um produto vencido?
Nenhum medicamento deve ser utilizado após o prazo de validade informado em sua embalagem. Observar também se o medicamento possui um prazo para ser consumido depois de aberto, pois algumas formulações (comumente soluções e xaropes) não mantêm sua estabilidade.

Para os medicamentos que possuem prazo para serem consumidos depois de aberto, posso usar além do prazo indicado?
O medicamento deve ser utilizado somente dentro do prazo estabelecido após a sua abertura. Neste caso, você deve considerar a validade depois de aberto e não mais aquela que está marcada na embalagem próximo ao número do lote.


Quando estiver utilizando um medicamento posso tomar juntamente bebidas alcoólicas?Não é aconselhável o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento com medicamentos. Sempre verifique com seu médico se ele autoriza a ingestão de bebidas alcoólicas durante o tratamento que ele recomendou e quais os prazos de segurança para ingestão. Também fique atento as informações contidas na bula do medicamento.


Posso dissolver as medicações granuladas em sucos, chás, refrigerantes ou outros alimentos?

Em geral, medicamentos na forma de grânulos devem ser dissolvidos na água em temperatura ambiente, com o auxílio de uma colher. Quando for permitida a dissolução em outros tipos de líquidos, esta orientação constará de forma clara na bula do próprio medicamento.

Quando administro um medicamento no ouvido deitado e depois levanto, tenho a sensação que o medicamento sai. Como administrar corretamente?

Deitar a cabeça como se fosse apoiá-la nos ombros e colocar as gotas no ouvido permanecendo nesta posição por alguns minutos. Se necessário, poderá ser aplicado um pedaço de algodão para impedir que o medicamento saia do ouvido. Use pedaços de algodão de bom tamanho para que possa retirá-lo com facilidade e sem riscos.

Posso abrir os medicamentos em cápsulas e dissolver em líquidos (águas, sucos, chás, etc...)?

Em geral, as cápsulas não devem ser abertas e dissolvidas em líquidos, pois não foram feitas para serem usadas desta forma. Quando for permitida a abertura, esta orientação deve constar de forma clara na bula do próprio medicamento. Na dificuldade de ingestão de cápsulas, verifique com seu médico se há outras apresentações do medicamento que facilite o uso.

Como devo manusear medicamentos em ampolas de vidro?

Ampolas de vidro devem ser abertas protegendo as mãos com papel absorvente, algodão ou um pano limpo. Com uma das mãos segurar firmemente o "corpo" da ampola e com a outra a "cabeça" da ampola (acima do afunilamento). Force a cabeça da ampola para baixo de forma que a parte quebrada fique voltada para fora do seu corpo. Deste modo, a ampola quebrará na parte afunilada entre o corpo e a cabeça onde geralmente está gravado um anel branco ou de outra cor.

Quando devo suspeitar de um medicamento?

Caso perceba qualquer alteração na embalagem, violação nos lacres de segurança, diferenças nas marcações de lote da caixa para o rótulo do medicamento e alterações de cor, sabor, textura e cheiro que lhe chamem a atenção. Nestes casos, entre em contato imediatamente com o SAC da empresa para ser auxiliado na averiguação da qualidade e origem do medicamento.

O que devo fazer se eu sentir uma reação desagradável ao usar um medicamento?

Comunique imediatamente o médico que lhe prescreveu o medicamento para que, se for necessário, ele tome alguma medida. Posteriormente, entre em contato com o SAC da empresa que comercializa o medicamento para que seja registrado o ocorrido em um Formulário de Suspeita de Reação Adversa a Medicamento. Assim, constantemente poderá ser avaliado o perfil de segurança deste medicamento.

Quais são as diferenças entre produtos com faixas vermelha ou preta (prescrição) e sem faixa (de venda livre)?

O Ministério da Saúde determina quais medicamentos devem ter uma faixa (vermelha ou preta) em sua embalagem, o que significa a necessidade da apresentação de uma receita médica para a venda ao consumidor. Estes medicamentos somente devem ser prescritos e usados sob orientação médica, já que destinam-se a quadros clínicos que exigem maior cuidado e controle. Medicamentos sem faixa na embalagem podem ser tomados e adquiridos sem prescrição médica e destinam-se a situações corriqueiras, onde sintomas leves podem incomodar, e, em geral, praticamente são destituídos de efeitos adversos importantes.

Posso usar um medicamento sem faixa livremente?

SIM.O medicamento sem faixa é conhecido como MIP - medicamento isento de prescrição e pode ser vendido, comprado, solicitado, fornecido, dispensado ou doado sem obrigatoriedade de nenhuma formalização de documento emitido por profissional legalmente habilitado para prescrevê-lo. Nestes casos recomenda-se a automedicação-responsável. Você nunca deve usar um MIP por mais tempo ou em doses maiores do que o recomendado na embalagem. Sintomas que persistem, que não desaparecem com o uso da medicação, são um claro sinal de que é preciso consultar um médico. Por isso, siga corretamente o modo de usar e não desaparecendo os sintomas, procure orientação médica.

O que é automedicação responsável?

Trata-se da prática em que os indivíduos tratam os próprios distúrbios e sintomas com medicamentos que são aprovados para serem adquiridos sem prescrição e que são seguros e eficazes quando usados segundo as instruções. Neste caso O paciente assume plenamente a responsabilidade pelo seu tratamento. O consumidor deve seguir rigorosamente as orientações destacadas na embalagem e na bula do produto e também pode orientar-se com o farmacêutico assistente ou com o SAC da empresa fabricante . Segundo a ABIMIP (Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição), as quatro regras do Uso Responsável de Medicamentos são:

Cuidar - Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos.

Escolher - Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica, de preferência com a ajuda de um Farmacêutico.

Ler -Ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo.

Parar -Parar de tomar o medicamento se os sintomas persistirem. Neste caso, o Médico deverá ser consultado.

Devo observar algo especial no uso de MIPs?

Além das orientações destacadas no item automedicação responsável, fique atento às contra-indicações e precauções e advertências citadas na embalagem ou bula do produto. Neste item você conhecerá quais as situações onde o paciente deverá ter cautela no uso do medicamento ou mesmo quando não poderá utilizá-lo. Também observe as interações que podem ocorrer quando você mistura certos medicamentos com alimentos, bebidas ou outros medicamentos. Algumas interações podem produzir reações indesejáveis, tornar um medicamento menos eficiente ou mesmo ineficaz.

Posso usar medicamentos com tarja vermelha ou preta apenas com a orientação do farmacêutico ou balconista?

NÃO. Os medicamentos que possuem tarja vermelha ou preta somente devem ser utilizados sob prescrição de um médico ou cirurgião-dentista. Não utilize estes medicamentos sem a indicação de um médico, pode ser perigoso para a sua saúde.

Mulheres grávidas e/ou amamentando podem tomar qualquer tipo de medicamentos?

A gravidez e a amamentação são fatos importantes a serem considerados quanto à decisão de tomar ou não um medicamento ou qual tomar. Os componentes da maioria dos medicamentos podem passar da mulher grávida que os toma para o feto. Uma concentração de medicamentos que seja segura para a mãe pode não o ser para o bebê, causando complicações. Na amamentação, embora a maioria das substâncias utilizadas em medicamentos passe para o leite materno em concentrações muito baixas, mulheres que estão amamentando precisam ser muito cuidadosas. No caso da necessidade de administrar um medicamento o médico poderá aconselhar sobre como ajustar o horário e a dosagem de medicamentos, para que o bebê seja exposto à menor quantidade possível. Algumas substâncias, no entanto, devem ser evitadas. Portanto, para a sua segurança e a do seu bebê, caso você esteja grávida ou amamentando,consulte sempre seu médico, antes de tomar qualquer medicamento, necessite ele ou não de prescrição médica.

Onde e como devo guardar meus medicamentos?

Siga as orientações que constam na embalagem do medicamento. Cada produto tem a sua forma correta de armazenagem. Tome o cuidado de mantê-los longe do alcance das crianças. Qualquer medicamento usado inadequadamente pode ser perigoso à saúde.

Morales mastiga folha de coca na ONU ao defender planta


Morales mastiga folha de coca na ONU ao defender planta


11 de março de 2009

Com uma folha de coca na mão, que depois mastigou, o presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta quarta à ONU, em Viena, que retire a planta da lista de entorpecentes proibidos pelas convenções internacionais.

"Isto é uma folha de coca, não é cocaína. Não é possível que esteja na lista de entorpecentes da ONU", declarou Morales com a planta na mão, arrancando aplausos de várias delegações.

"A mastigação é isto. Não faz mal a ninguém. Não é porque mastigo que sou viciado em drogas. Se for assim, (Antonio María) Costa (responsável da ONU para a luta antidrogas e presente na sala) deveria me levar preso", acrescentou Morales, que voltou a ser aplaudido pelos participantes de uma reunião da Comissão de Narcóticos (CDN, na sigla em inglês) da organização.

"Eu sou produtor desta folha de coca. Não é porque sou produtor que sou narcotraficante", acrescentou Morales, pedindo à legislação internacional que se adéque a uma nova realidade.

"Esta folha de coca é medicina para os povos. Não é prejudicial para a saúde humana em seu estado natural", frisou.

"Venho com muito respeito pedir que corrijam um erro histórico", disse Morales, ao criticar o fato de a folha de coca ter sido incluída no Convenção de Entorpecentes da ONU de 1961.

Durante a reunião, o presidente boliviano relatou sua experiência pessoal como usuário da folha de coca para provar aos presentes que a planta não causa danos nem dependência.

"Consumi intensamente folha de coca durante dez anos, quando trabalhava na agricultura, e não me sinto desnutrido. E tenho 50 anos", declarou.

O chefe de Estado também disse que o consumo de folha de coca já era comum três mil anos antes de Cristo e que não é possível eliminar uma prática tão antiga.

Morales argumentou que proibir a folha de coca "constitui um atentado contra os direitos dos povos indígenas", que a planta não tem efeitos negativos e que, "como presidente", não pode "pedir algo que faça dano à humanidade".

Além disso, o presidente e líder cocaleiro reafirmou que lutará "de maneira frontal contra a cocaína, o narcotráfico e as drogas".

EFE - Agência EFE

VACINA QUE DÁ IMUNIDADE IMEDIATA CONTRA DOENÇAS É CRIADA

VACINA QUE DÁ IMUNIDADE IMEDIATA CONTRA DOENÇAS É CRIADA
02/03/2009
Cientistas americanos afirmaram terem desenvolvido uma vacina que fornece imunidade imediata contra vírus, bactérias, alguns tipos de câncer e até toxinas.

Em artigo divulgado hoje pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os pesquisadores explicaram que o novo remédio resolveria o problema do tempo que leva para as atuais vacinas criarem imunidade contra um patógeno.

O grupo, liderado por Carlos Barbas, professor do Instituto Scripps de Pesquisas, explicou que o novo tipo de inoculação, chamado imunização covalente, já foi testado em ratos com melanoma ou câncer de cólon.

Os cientistas injetaram nos roedores substâncias especificamente criadas para desencadear uma reação imunológica "universal". Também desenvolveram outras substâncias, chamadas "moléculas de adaptação", que reconheceram as células específicas do câncer. Uma vez injetadas no animal, as moléculas de adaptação se uniram aos anticorpos para criar "complexos covalentes de adaptação anticorpos", segundo o estudo.

Só os roedores que receberam a vacina e as "moléculas de adaptação" geraram um ataque imunológico imediato contra as células cancerígenas, o que levou a uma redução considerável no crescimento do tumor, ainda de acordo com o estudo.

"Os anticorpos em nossa vacina foram elaborados para circular de forma inerte até que recebam pequenas moléculas desenhadas especialmente, as atuais entram em atividade contra um alvo específico",.

"A vantagem deste método é que abre a possibilidade de ter anticorpos desenhados e prontos para entrar em ação no momento em que se recebe uma injeção ou se administra uma pílula".
Fonte: Agência EFE - Notícias Terra

RIBOSSOMO SINTÉTICO

CIENTISTAS ANUNCIAM CRIAÇÃO DE RIBOSSOMO SINTÉTICO
09/03/2009
Cientistas dos Estados Unidos anunciaram um passo importante na direção de se criar uma forma de vida artificial com o desenvolvimento de um ribossomo - a fábrica da célula.

O ribossomo produz as proteínas que executam tarefas essenciais para todas as formas de vida. O RNA mensageiro leva consigo as instruções genéticas do DNA para o ribossomo de uma célula, que depois fabrica a proteína desejada.

Todo organismo vivo - das bactérias aos humanos - usa um ribossomo, e eles são impressionantemente similares. Não é bem vida artificial, mas um passo importante nessa direção, disse o professor de genética George Church, da Harvard Medical School, que coordenou a pesquisa com um único estudante de pós-graduação.

"Se você vai criar uma vida sintética que é igual à vida atual em tudo... é preciso ter essa máquina biológica", disse Church a repórteres em uma entrevista por telefone. E ela pode ter um importante uso industrial, em especial para a fabricação de medicamentos e proteínas não encontradas na natureza.

Church ressaltou que sua pesquisa ainda não foi publicada em revista científica, o caminho normal para a divulgação de um trabalho como esse. Ele apresentou o estudo em um seminário de ex-alunos de Harvard. A equipe de Church não tem como objetivo desenvolver a vida em um tubo de ensaio, mas de produzir proteínas no laboratório. "Podemos ir direto para a síntese de proteínas", afirmou ele. Church e seu colega de pós-doutorado Mike Jewett já sintetizaram a luciferase de um vagalume - o material que brilha. "Também gostaríamos de produzir um tipo novo de célula... que é uma imagem espelho de um sistema de replicação."

A maioria das formas de vida é "destra" ou "canhota", característica chamada de quiralidade. Sabe-se que a mudança de quiralidade modifica os efeitos das drogas no corpo.

Por exemplo, a talidomida, já utilizada para evitar náuseas, causa graves defeitos ao bebê. Ela se apresenta nas versões "destra" e "canhota" e apenas a "canhota" causa os defeitos - a droga comercializada, entretanto, contém os dois tipos. Talvez seja possível produzir outras proteínas no laboratório sem usar células vivas, disse Church.

Entre elas, drogas difíceis de serem produzidas atualmente usando-se um processo chamado design racional de drogas, no qual os medicamentos são construídos molécula por molécula para ter um mecanismo específico de ação. Os vírus não são considerados organismos vivos pela maioria das definições, afirmou Church. Para fabricar a forma mais simples de vida artificial, seriam necessários 151 genes, calculam o pesquisador e outros especialistas.

"Cento e cinquenta e um genes incluiriam genes suficientes para replicar o DNA, produzir RNA, produzir ribossomos e ter uma membrana muito primitiva". O pioneiro do genoma Craig Venter está tentando desenvolver uma vida artificial, usando uma empresa chamada Synthetic Genomics Inc.

Eles trabalham em vários projetos, incluindo um de um óleo vegetal sintético que poderia ser usado como biocombustível limpo.

Fonte: Reuters - Notícias Terra

COMO GANHAR QUATRO ANOS DE VIDA A PARTIR DOS 50 ANOS

PESQUISA MOSTRA COMO GANHAR QUATRO ANOS DE VIDA A PARTIR DOS 50 ANOS
06/03/2009
Exercícios intensos aumentam expectativa de vida, assim como moderados. Estudo feito na Suécia acompanhou pacientes durante duas décadas.

Praticar exercícios de forma intensa tem o mesmo impacto obtido com a cessação do tabagismo sobre a mortalidade.

Esse foi o principal achado de um estudo que avaliou o impacto dos exercícios sobre homens acima dos 50 anos.

A pesquisa foi realizada na Suécia e será publicada na edição do próximo domingo (8) da revista "British Medical Journal".

Foram mais de 2.200 homens com idade acima dos 50 anos, acompanhados por mais de 20 anos, período durante o qual foram registrados o padrão de atividades físicas e a mortalidade no grupo estudado.

As atividade físicas foram classificadas de leves a intensas de acordo com a frequência e intensidade. Para estar no grupo de atividades intensas os participantes precisavam relatar: atividade esportiva competitiva ou treinamento esportivo, atividades recreativas esportivas ou trabalhos externos, como jardinagem intensa, pelo menos três vezes por semana.

Esse grupo apresentou uma redução de mortalidade de 32% quando comparado ao grupo que não praticava exercícios. Mesmo quem praticava atividades de forma moderada também tinha redução da mortalidade, só que dessa vez de 22%. A avaliação do ganho em anos de vida foi obtida ao se aplicar o efeito de redução da mortalidade sobre a expectativa de vida daquele grupo.

Os pesquisadores chamam a atenção para um detalhe importante. Os benefícios do exercícios só aparecem após 10 anos de atividade física. Como se pode ver o segredo está em se manter fisicamente ativo sempre, seu corpo e sua saúde agradecem. Que tal aproveitar seu final de semana para começar ou retomar as atividades?

Fonte: G1 globo.com

TECNOLOGIA DA UNB MOVERÁ PRIMEIRA FÁBRICA DE INSULINA

TECNOLOGIA DA UNB MOVERÁ PRIMEIRA FÁBRICA DE INSULINA
03/03/2009
A primeira fábrica de insulina do Brasil produzirá o hormônio com tecnologia desenvolvida pela Universidade de Brasília.

A comercialização da patente abre perspectivas de rendimento para a instituição, que tem direito a 2% da renda líquida referente à venda do produto. O investimento inicial no empreendimento será de aproximadamente R$ 200 milhões para produzir 800 quilos de matéria-prima por ano.

A fábrica funcionará no Distrito Federal e o produto deverá chegar ao mercado em dois anos, conforme anunciou em fevereiro a União Química, empresa responsável pela produção.

O negócio fechado com a União Química - intermediado pela empresa Biomm, que detém a patente junto com a UnB - inaugura a comercialização de tecnologias da universidade no Brasil.

A transferência de tecnologia a outros países rendeu para a instituição, nos últimos dois anos, R$ 176,6 mil em royalties, valor pago para o detentor de uma inovação pelo seu uso.

Atualmente, a universidade possui 72 patentes registradas e negocia 10 tecnologias. Entre as patentes estão um composto farmacêutico para o tratamento de Doenças de Chagas e um aplicador de fita adesiva, cujo protótipo será produzido este ano. "São inovações desenvolvidas na universidade que podem chegar ao mercado e beneficiar a população", ressalta do diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico da UnB, Luís Afonso Bermúdez.

O CDT investiu R$ 18 milhões em registro e transferência de tecnologia em 2008. Valor captado pelo centro em editais de fomento à pesquisa e projetos desenvolvidos pela unidade.

O custo do registro internacional pode atingir valores altos. Para registrar uma patente nos Estados Unidos e México em 2009, o CDT gastou R$ 20 mil. A expectativa de Bermúdez é de um retorno muito maior em longo prazo. Isso porque o diálogo com empresas para fechar negócio demora, em média, 2 anos. O estudo para o desenvolvimento do método de tecnologia para fabricação de insulina, por exemplo, começou dez anos atrás, com a participação da Biomm.

DESAFIOS - A relação entre empresas e universidades ainda é frágil no Brasil. A comercialização de patentes é prática recente. Para se ter uma idéia, a Lei de Inovação, marco regulatório na relação entre empresa e instituições de ensino e pesquisa, é de 2004. "É difícil convencer a empresa a fazer parceria com a universidade, não temos essa tradição.

Países de primeiro mundo, como Estados Unidos e Japão, fazem isso há décadas", afirma a coordenadora de Inovação e Transferência de Tecnologia do CDT da UnB, Rosângela Ribeiro.

Antes mesmo de a lei ser criada, algumas universidades se aventuravam no setor. Na linha de frente, estão a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Federal de Minas Gerais (UFMG), entre as cinco instituições brasileiras com o maior número de patentes registradas.

A Unicamp anunciou 500 patentes em dezembro de 2007, enquanto a UFMG detém hoje exatas 362. A comercialização e transferência de tecnologia rendeu para a Federal de Minas Gerais R$ 1,4 milhão em royalties entre 2004 e 2008. O primeiro produto resultado de tecnologia produzida na instituição chegará ao mercado este ano, uma vacina recombinante contra Leishimaniose para cães, um dos principais vetores do homem.

"O processo é lento, ainda estamos afinando a pesquisa com a dinâmica da empresa", afirma o pró-reitor Adjunto de Pesquisa e Diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica da UFMG, Rubén Dario Milan.

Segundo ele, só agora surgem contratos baseados na Lei de Inovação. A UFMG lançou o primeiro edital nos moldes da lei em 2008. Mesmo com a regulamentação, ainda existe uma insegurança jurídica no funcionamento das universidades, especialmente no que se refere ao papel das fundações de apoio. "Precisamos colocar no papel formas claras de funcionamento", destaca Milan.

Fonte: UnB Agência - Alerta Google

MAIORIA DOS PACIENTES NÃO SABEM RECONHECER DERRAME

Um estudo feito por uma clínica em Jacksonville, na Flórida, Estados Unidos, indica que a maioria dos pacientes não sabe reconhecer quando está sofrendo um derrame cerebral, até que seus efeitos mais graves se manifestem.

Segundo a pesquisa, publicada na edição de janeiro do Emergency Medicine Journal, as pessoas demoram para buscar tratamento médico imediato. O estudo da Clínica Mayo analisou 400 pacientes, que sofreram derrame isquêmico agudo, ou ataque isquêmico transitório (AIT uma interrupção temporária do fluxo de sangue ao cérebro), com base em diagnósticos do Departamento de Emergência da Clínica Mayo de Rochester, Minnesota.

Menos da metade dos pacientes (42%) havia se dado conta de que estava sofrendo um derrame, e a maioria dos participantes do estudo não procurou imediatamente um pronto-socorro quando os sintomas apareceram. Em média, o tempo decorrido entre o início dos sintomas e a chegada ao hospital foi de mais de três horas e meia. A maioria dos pacientes acreditava que os sintomas iriam simplesmente desaparecer. A demora em buscar ajuda médica foi igual entre homens e mulheres.

Quando perguntados sobre o que sabiam acerca dos sintomas do derrame, aproximadamente um quinto dos pacientes entrevistados disse pensar que um derrame sempre ocorre gradualmente. Somente pouco mais da metade (51,9%) revelou entender que buscar ajuda médica imediatamente é um fator importante. "O tempo é um fator crucial no tratamento de um derrame", afirma o médico Scott Silvers, diretor do departamento de medicina de emergência da Mayo Clinic de Jacksonville, na Flórida.

Independente do seu histórico clínico, o quanto antes o paciente que está sofrendo um derrame ou os sintomas de um derrame chegar à sala de emergência, melhor. "O atendimento médico imediato é um fator decisivo para a redução dos efeitos do derrame, prevenção de maiores danos e para favorecer a recuperação do paciente", completa o médico. "Sem dúvida, as descobertas de nossos colegas indicam, claramente, que o maior conhecimento dos sintomas de um derrame irá levar a um atendimento mais rápido e a melhores resultados", afirma.

O QUE FAZER? Os derrames podem ocorrer como um ataque repentino, ou podem ser um processo de várias horas, com piora progressiva do paciente.
Os coágulos sangüíneos (ou trombos) que causam o derrame podem ser dissolvidos ou desintegrados, para que o sangue volte a circular pelo cérebro. Por isso, o socorro imediato pode significar a diferença entre um dano leve e uma incapacidade maior. Com o uso de medicamentos, stents e outras tecnologias, os médicos podem interromper o derrame antes que se espalhe e limitar bastante os danos.

SINTOMAS:

- Dormência repentina, debilidade, paralisia do rosto, braço ou perna normalmente em um lado do corpo;
-Dificuldade repentina para falar ou entender uma conversação (afasia); -Visão subitamente embaçada, dupla ou debilitada; -Vertigem, perda repentina de equilíbrio ou de coordenação;
-Dor de cabeça grave, súbita, "sem explicação" ou incomum, que pode vir acompanhada de rigidez do pescoço (torcicolo), dor facial, dor entre os olhos, vômito e consciência alterada;
-Confusão ou problemas com a memória, orientação espacial ou percepção.

Fonte: O Dia - Notícias Terra

Fabricação de medicamentos no exterior preocupa os EUA

Em 2004, quando a companhia Bristol-Myers Squibb anunciou que fecharia sua fábrica em East Syracuse, Nova York - a última fábrica dos Estados Unidos que produzia os ingredientes-chave para antibióticos essenciais como a penicilina -, poucas pessoas se preocuparam com as consequências para a segurança nacional. \"O foco na época era principalmente a perda de empregos em Syracuse\", disse Rebecca Goldsmith, porta-voz da companhia.

Mas os especialistas e legisladores estão cada vez mais preocupados com o fato de que o país depende demais dos remédios do estrangeiro, e estão pedindo a criação de uma lei para exigir que certos medicamentos sejam produzidos ou estocados nos Estados Unidos.

\"A falta de regulamentação quanto ao fornecimento externo é um ponto cego que abre espaço para problemas de fornecimento, medicamentos fraudados e até bioterrorismo\", disse o senador Sherrod Brown, democrata de Ohio, que liderou as audiências sobre o assunto.

Décadas atrás, a maioria dos remédios consumidos nos Estados Unidos era fabricada no país. Mas assim como outras fábricas, as de medicamentos também migraram para a Ásia porque o trabalho, a construção, os custos regulatórios e ambientais são mais baratos lá.

Os principais ingredientes da maioria dos antibióticos são feitos quase que exclusivamente na China e na Índia. O mesmo vale para dezenas de outros medicamentos essenciais, incluindo o popular remédio para alergia prednisona; a metaformina, para diabetes; e a amlodipina, para pressão alta.

Das 1.154 indústrias farmacêuticas mencionadas nos registros de medicamentos do Food and Drug Administration [órgão regulador de medicamentos e alimentos dos EUA] em 2007, apenas 13% estavam nos Estados Unidos, enquanto 40% estavam na China, e 39% na Índia.

Alguns desses medicamentos são essenciais para salvar vidas, e o sistema de saúde dos Estados Unidos depende deles. Metade dos americanos toma algum remédio prescrito todos os dias.

A penicilina, composto fundamental para duas classes de antibióticos, conta a história da mudança do setor farmacêutico. A produção em escala industrial da penicilina foi desenvolvida por um grupo de pesquisas militares dos EUA durante a 2ª Guerra Mundial, e quase todos os grandes fabricantes de medicamentos tinham fábricas espalhadas por todo o país.

Mas no começo dos anos 80, o governo chinês investiu grandes somas de dinheiro em fermentadores de penicilina, \"desequilibrando os preços em todo o mundo e forçando a maioria dos produtores ocidentais a sair do mercado\", disse Enrico Polastro, belga especialista em antibióticos que é consultor do setor farmacêutico.

Um dos motivos que levou essas fábricas a migrarem para o exterior é que o FDA inspeciona as fábricas nacionais muito mais do que as estrangeiras, tornando a produção mais cara nos Estados Unidos.

\"As companhias dos EUA são mais regulamentadas e estão sob uma supervisão maior do que os produtores estrangeiros, particularmente os dos países emergentes. E isso é totalmente o contrário do que deveria ser\", disse Joe Acker, presidente da Associação dos Produtores de Químicos Orgânicos Sintéticos. \"Precisamos de um campo nivelado para jogar\".

Depois dos ataques de anthrax em 2001, o governo Bush gastou mais de US$ 50 bilhões para proteger o país do bioterrorismo e de pandemias de gripe; parte desse dinheiro foi destinado a aumentar a capacidade de produção doméstica de vacinas contra a gripe.

Mesmo assim, autoridades disseram que durante uma pandemia os Estados Unidos não poderiam depender das vacinas feitas principalmente na Europa por causa de um possível fechamento das fronteiras e falta de fornecimento. E a situação é similar com antibióticos como a penicilina; os pesquisadores descobriram que durante a pandemia de gripe de 1918, a maioria das vítimas morreu de infecções bacterianas, e não virais.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças tem um estoque de medicamentos com antibióticos suficientes para tratar 40 milhões de pessoas. Se mais do que isso for necessário, entretanto, o país não tem as fábricas para produzir. Levaria anos para desenvolver um fermentador de penicilina a partir do zero, disse Polastro.

O Dr. Yusuf K. Hamied, presidente do Cipla, um dos mais importantes fornecedores de ingredientes farmacêuticos do mundo, disse que sua companhia e outras estão cada vez mais dependentes dos fornecedores chineses. \"Se amanhã a China parar de fornecer ingredientes farmacêuticos, a indústria farmacêutica mundial entrará em colapso\", disse.

Uma vez que as indústrias farmacêuticas quase sempre vêem suas cadeias de fornecimento como segredos do setor, pode ser difícil ou impossível encontrar a verdadeira fonte dos ingredientes de um medicamento. O FDA tem uma lista pública de fornecedores de medicamentos, chamada de arquivo mestre dos remédios. Mas a lista não está nem atualizada nem é totalmente confiável, porque os fabricantes não são obrigados a abrir informações sobre seus fornecedores.

Uma base de dados federal lista quase 3 mil indústrias farmacêuticas estrangeiras que exportam para os Estados Unidos; outra lista tem 6.800 indústrias. Ninguém sabe se isso está correto.

As marcas de medicamentos normalmente alegam que os remédios são feitos nos Estados Unidos, mas as fábricas listadas são normalmente lugares onde os pós de medicamentos feitos no exterior são transformados em comprimidos e embalados.

\"As companhias farmacêuticas não gostam de revelar onde ficam seus fornecedores\", por medo de que competidores roubem suas fontes, disse Polastro.

A posição da China enquanto principal fornecedor de medicamentos é o resultado de uma política do governo, disse Guy Villax, diretor executivo da Hovione, fabricante de ingredientes essenciais, com fábricas em Portugal e na China.

O governo de Xangai prometeu pagar à indústria farmacêutica local cerca de US$ 15 mil por qualquer aprovação de medicamentos que conseguirem do FDA e cerca de US$ 5 mil pela aprovação dos órgãos reguladores europeus, de acordo com um documento fornecido por Villax.

\"Isso mostra que há um plano do governo da China para se tornar líder da indústria farmacêutica\", disse Villax.

A crescente dependência dos fornecedores de medicamentos chineses se tornou aparente no caso da heparina. Há um ano, a Baxter Internacional e a APP Pharmaceuticals dividiam o mercado doméstico de heparina, um anticoagulante necessário nas cirurgias e diálise.

Quando os órgãos reguladores federais descobriram que o produto da Baxter havia sido contaminado por fornecedores chineses, o FDA baniu o produto da Baxter e voltou-se quase que exclusivamente para o produzido pela APP. Mas a APP também recebia seu produto da China.

Então por enquanto, a contragosto dos EUA, a China tem a vantagem no jogo. Como diz Polastro, \"se a China em algum momento ficar muito irritada com o presidente Obama, isso pode ser um grande problema\".

The New York Times
Gardiner Harris
Tradução: Eloise De Vylder

PLANTAS QUE PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS

PLANTAS QUE PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS



Cannabis Sativum

Maconha é designação de origem africana do cânhamo (Cannabis sativa), quando considerada planta medicinal; da resina, obtida das folhas terminais e das inflorescências; das preparações que se fazem com essa resina, essas folhas e essas inflorescências.
São termos equivalentes, no Brasil e na África portuguesa ,diamba, liamba e riamba, também de origem africana; no Nordeste brasileiro, fumo-de-caboclo ou fumo-de-angola; nos EUA e em países hispano-americanos, marhjuana ou marijuana. A variedade indiana do cânhamo (cannabis indica) tida como cânhamo mais ativo, e, principalmente, a resina e as preparações, têm, no Oriente Próximo e no norte da África, o nome de haxixe.
O cânhamo é uma erva dióica, anual. originária da Ásia, de onde largamente se difundiu, sobretudo para regiões subtropicais, nas quais passou a ser cultivada ou se tornou espontânea. Desde tempos muito antigos é conhecida como planta medicinal e as suas fibras aproveitadas, como ainda hoje o são, na feitura de tecidos e cordas, e os seus frutos (impropriamente denominados sementes) na alimentação de aves e no preparo de tintas.
Os chineses, há mais de 2 mil anos, empregavam a resina como anestésico em cirurgia, prática repetida no Renascimento por alguns cirurgiões europeus, entre os quais o francês Ambroise Paré (1517-1590). Seu emprego como droga alucinógena, também muito antigo, sobretudo entre os muçulmanos, aos poucos estendeu-se ao Ocidente, onde, acentuando-se nos dois últimos decênios, passou, principalmente no último, a constituir problema social, menos grave, entretanto, do que o existente na Índia e no Egito, onde, ao que parece, se utilizam preparações mais ativas. Este fato estimulou, nos últimos tempos, o estudo da maconha, até então pouco cuidada.

Ação farmacológica: Para os mesmos pesos de material colhido não há diferença de atividade entre os produtos obtidos de plantas masculinas ou femininas. Entre os diversos compostos químicos que se encontram na maconha, destacam-se: o canabinol, o canabidiol, o ácido cabinólico e, como substâncias mais ativas, diversos isômeros do tetrahidrocanabiol (THC), dos quais o principal é o -delta9-tetrahidrocabinol. Já se sintetizaram diversos derivados do THC, alguns deles com mais atividade do que os produtos naturais.
Estudos em animais, feitos com extratos de maconha ou com THC, administrados por via oral, subcutânea ou pulmonar, mostram efeitos neurofisiológicos, bioquímicos e alterações do comportamento, variáveis com o animal e com a dose, alguns não muito diferentes daqueles determinados pelos barbitúricos: hipotermia, sedação, redução da atividade espontânea e da agressividade, permanência em atitudes impostas (a chamada catalepsia experimental), perda de habilidade e de motivação para atividades complexas e, aé, quadros de alucinação (macacos).


Claviceps Paspali
Datura Suaveolans
Erytroxilum Coca
Cocaína
Também apelidada de "branca", "neve", "coca" ou "pó".

Obtida do processamento das folhas do arbusto da coca, Erythroxylon coca, uma planta nativa dos Andes bolivianos e peruanos.
Em 1860, o alcalóide cocaína foi isolado da planta. Em 1864, um oftalmologista austríaco, Carl Köller, iniciou seu uso médico como um anestésico local; a cocaína foi o primeiro anestésico local (que não induz anestesia geral, ou seja, não provoca o sono) eficaz a ser usado na Medicina. Foi usada principalmente em cirurgia do nariz, garganta e córnea, por ser um bom anestésico tópico (bastava espirrar uma solução sobre a mucosa que ela ficava amortecida) e por ser vasoconstritora (ou seja, provoca o estreitamento dos vasos sangüíneos, diminuindo o sangramento durante a cirurgia). No entanto, eram freqüentes complicações locais (por exemplo, morte da parte anestesiada) e gerais (o paciente ficava intoxicado pela cocaína que absorvia). Hoje em dia, ela foi substituída por anestésicos sintéticos mais eficazes e menos tóxicos, que não têm propriedades psicoativas.

A cocaína vendida no Brasil vem em papéis de pequena quantidade. É uma droga cara. A concentração de cocaína no pó varia muito, sendo que junto com a cocaína em si, várias impurezas e pós inertes (e nem sempre tão inertes...) vêm adicionados para "fazer volume".
Geralmente, a droga é aspirada ou inalada, sendo que absorção se dá para o sangue através da mucosa nasal. Ocasionalmente, a droga é diluída e injetada na veia, o que provoca um efeito imediato e instantâneo (o "pico").
A cocaína é um estimulante do SNC, ou seja, o seu efeito geral é de acelerar corpo e mente. Uma descrição simbólica do efeito da cocaína seria o de ligar um ventilador de 110 V em uma tomada de 220 V.
Segundo os usuários, a cocaína provoca uma sensação de euforia, excitação, um sentimento de bem-estar, uma sensação de poder, de aumento da capacidade mental e física (embora, durante experiências com voluntários, observou-se que ambas estão diminuídas pela intoxicação), de poder.
Freqüentemente usada como "afrodisíaco" (pelo menos, é o que se alega), a cocaína aumenta o desejo sexual, podendo distorcer o mesmo. Não obstante, a impotência sexual é freqüente.
A cocaína aumenta a agressividade do usuário, deixando-o "escamado", "pronto para a briga", com um fraco controle de impulsos homicidas e agressivos. Um dos problemas da cocaína é sua tendência a incitar o usuário a cometer crimes violentos e de cunho sexual durante a intoxicação. Além disso, como a droga é cara, é freqüente o envolvimento do dependente em furtos, prostituição ou estelionato para adquirir a droga.
Complicações psiquiátricas da intoxicação, como agitação, pânico, ansiedade, medo, confusão mental e desorientação, delírios paranóides, alucinações auditivas e visuais, são comuns.
Como a concentração e a pureza da cocaína vendida nas ruas varia, como a capacidade de suportar cocaína varia, e como um dependente ansioso pelo efeito e talvez sob efeito de álcool ou outras drogas não é a pessoa mais indicada para calcular doses, as overdoses são comuns, principalmente no uso intravenoso. do nariz. Como é vasoconstritora, cortando o fornecimento de sangue ao local, ulcerações nasais, perfuração do septo e destruição das cartilagens nasais não são infreqüentes.
O uso endovenoso está relacionado ao risco de infecções transmissíveis pelo sangue, principalmente o HIV e as hepatites B, C, e delta.
Existem programas de distribuição gratuita de seringas descartáveis, mas o preço da seringa não é a causa maior do compartilhamento de seringas, e sim o temor de que a droga cara seja desperdiçada ao descartar a seringa. Injetando freqüentemente uma droga em suas veias cuja esterilidade é questionável e usando uma técnica freqüentemente nada perfeita, o usuário tende a injetar microorganismos em seu tecido subcutâneo e em suas veias. Infecções, abcessos e ulcerações nos locais de injeção são freqüentes. Há sempre o risco de tromboflebite (o sangue dentro da veia coagula, havendo inflamação; as bactérias presentes infeccionam a veia); de trombose (o sangue dentro da veia coagula); de embolia (um êmbolo, por exemplo, um fragmento de sangue coagulado ou uma bolha de ar, se solta na corrente sangüínea, "encalhando" em algum lugar e provocando infarto, por exemplo, pulmonar). Um risco de vida adicional é a endocardite infecciosa: as válvulas do coração capturarem algum microorganismo da corrente sangüínea, e infeccionarem; a condição é potencialmente ameaçadora à vida e de tratamento longo e difícil.
A cocaína provoca dependência física e psicológica rápida e profundamente. Diferente da maconha, "que precisa ser perseguida, cortejada e seduzida", a cocaína "persegue e seduz" o usuário. O tempo e o número de usos necessário para que se instale tolerância e dependência variam de pessoa a pessoa, mas tendem a não serem grandes. A abstinência de cocaína provoca um série de reações psicológicas desagradáveis, em tudo semelhantes à "aterrissagem", mas não chega a por a vida do doente em risco. Os sintomas atingem um máximo do 2° ao 4° dia, e esvanecem ao cabo de uma semana, embora depressão, irritabilidade e ansiedade possam persistir por algumas semanas. A "fissura", ou desejo severo pela droga, diminui de freqüência e intensidade após o primeiro mês, mas pode reaparecer, mais amena, até meses depois. Existem medicamentos não indutores de dependência que podem ajudar o dependente nas primeiras semanas de abstinência. Períodos de depressão são uma constante no dependente em recuperação, principalmente durante os primeiros 6 meses de recuperação, mas são auto-limitados e devem ser encarados de forma positiva. Se graves, algum antidepressivo escolhido por psiquiatra
pode ser eficaz, desde que o paciente não esteja usando nenhuma droga, caso em que qualquer medicamento é ineficaz.
à medida que o efeito da cocaina passa, vem a "aterrisagem" ou "rebordosa" ansiedade, tristeza, irritabilidade, inquietude, fadiga (e, por vezes, sonolncia), desânimo, sentimento de solidão e desvalio substituem o "pique" da cocaína. A cocaína cobra seu preço pela felicidade artificial que proporcionou. O indivíduo é compelido a usar mais da drogas, ou usar outras drogas substitutas

Lophophora Williamsil (Cacto Peyote)
ALUCINÓGENOS NATURAIS:
 Várias plantas de famílias botânicas bem diferentes entre si possuem alcalóides alucinógenos, com efeito semelhante ao do LSD.
Índios Yaqui, Tarahumara e Huichol, oriundos do sul dos EUA e norte do México, usam os botões do cacto Peyote, Lophophora williamsi, em cerimônias religiosas próprias, havendo uma religião, o Peyotismo, dedicado ao pequeno cacto, rico em mescalina, um potente alucinógeno. Principalmente nos anos 60 e 70, muitos escritores e artistas experimentaram a mescalina, alegadamente como fonte de "inspiração"

Prestonia Amazônica (Haemadictyon Amazonicum
Papaver Somniferum L...