Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio. As tonturas estão entre os sintomas mais freqüentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mais raramente, as tonturas podem ser de origem visual, neurológica ou psíquica.
Vertigem é um tipo particular de tontura, caracterizando-se por um sensação de rotação.
Labirintite é uma enfermidade de rara ocorrência, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto. O termo é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto.
Existem dezenas de doenças e/ou distúrbios labirínticos e cada uma delas tem características próprias que exigem formas especiais de tratamento.
Como é?
A maioria das pessoas usa a palavra tontura para descrever a sua perturbação do equilíbrio corporal. Outras descrevem essa perturbação como atordoamento, sensação de “cabeça leve”, entontecimento, estonteamento, impressão de queda, instabilidade, sensação de flutuação, de estar caminhando em cima de um colchão, tonteira ou, ainda, zonzeira.
A vertigem é o tipo mais freqüente de tontura. O paciente sente-se girando no meio ambiente ou o ambiente gira a sua volta.
As crises mais fortes de tontura podem ser acompanhadas de náuses, vômitos, suor, palidez e sensação de desmaio.
Muitos pacientes com tontura também podem referir outros sintomas como ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido, tinitus), diminuição da audição, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental. Isso é devido às interrelações entre o sistema do equilíbrio com a audição e outras funções do sistema nervoso central.
A figura mostra o ouvido externo (canal do ouvido, tímpano), ouvido médio (com os ossículos martelo, bigorna, estribo) tuba auditiva, ouvido interno ou labirinto (aparelho vestibular, vestíbulo, cóclea, nervo vestibular, nervo coclear), cérebro.
Labirinto – O que é?
O labirinto, também conhecido como ouvido interno, congrega as funções da audição e do equilíbrio. Fica encrustado no osso temporal, um dos ossos do nosso crânio.
A palavra labirinto lembra uma estrutura complexa e elaborada. Assim, quando os anatomistas clássicos começaram a estudar o osso temporal, perceberam que havia tantas estruturas, tantos pequensos orifícios, tantas estruturas ósseas diferentes, que o nome labirinto foi a escolha lógica.
A parte anterior do labirinto, chamada de cóclea, está relacionada coma a audição. A parte posterior, formada por um conjunto de três canais, chamados de canais semicirculares, está relacionada com o equilíbrio.
A estrutura que liga a cóclea ao aparelho vestibular é chamada de vestíbulo (o “hall” de entrada do labirinto).
Dentro do labirinto ósseo existe um labirinto membranáceo, imerso em um líquido chamado perilinfa. No vestíbulo, o labirinto membranaáceo divide-se em duas pequenas bolsas: o utrículo e o sáculo. O labirinto membranáceo é preenchido por um líquido, a endolinfa.
As informações sobre o equilíbrio e a audição chegam ao cérebro através dos nervos vestibular e coclear, respectivamente.
Labirintopatias ou Vestibulopatias
As doenças do labirinto são popularmente conhecidas como “labirintites”, uma denominação errônea porque uma infecção ou inflamação do labirinto, como sugere o sufixo-ite, são de rara ocorrência. Os termos labirintopatias (para designar as afecções do ouvido interno ou labirinto) ou vestibulopatias (para designar as afecções que acometem qualquer parte do sistema vestibular ou sistema de equilíbrio) são mais adequadas.
Vestibulopatias periféricas são as que acometem o sistema vestibular periférico, constituído pelos canais semicirculares, utrículo, sáculo e o nervo vestibular (oitavo por craniano). Cerca de 85% das vestibulopatias são de origem periférica.
Vestibulopatias centrais são as que lesam estruturas vestibulares no sistema nervoso central.
Equilíbrio – Como é Mantido?
A manutenção do equilíbrio corporal é uma função extremamente complexa e envolve diversos órgãos e sistemas.
Os principais sensores do sistema do equilíbrio estão no labirinto, nos olhos, na pele e nos músculos e articulações.
O labirinto informa sobre a direção dos movimentos da cabeça e do corpo (para cima, para baixo, de um lado para o outro, para frente, para trás e rotações).
Os olhos informam sobre a posição do corpo no espaço, a pele informa sobre qual parte do corpo que está em contato com uma superfície e os músculos e articulações (sistema proprioceptivo) informam sobre os movimentos e quais as partes do corpo que estão envolvidas com eles.
O sistema labiríntico é a central de informações, que recolhe os impulsos de todos os sensores eo sistema nervoso central as recebe para serem analisadas. As informações recebidas devem ser coerentes. A chegada de informações conflitantes pode resultar em tontura e enjôo até que o sistema se habitue a esta nova realidade.
Tontura é doença?
Tontura não é doença, e sim um sintoma que pode surgir em numerosas doenças. Tontura é uma sinal de alerta, de alarme de que algo não está bem no organismo.
Depois de dor de cabeça, tontura parece ser o sintoma a mais comum em consultórios médicos. Estima-se que cerca de 42% dos adultos queixam-se de tontura em alguma época de suas vidas.
Os diferentes tipos de tontura podem ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum em idosos. O sexo feminino parece ser o mais acometido.
As tonturas podem afetar de diferentes modos a qualidade de vida. Podem ser leves, moderadas ou intensas, esporádicas, freqüentes ou constantes e, além da desconfortável sensação de perturbação do equilíbrio corporal, podem vir acompanhadas de prejuízo da memória, dificuldade para entender, fadiga física e mental, dificuldade para ler e escrever.
A insegurança física gera insegurança psíquica, o que pode ocasionar ansiedade, depressão e pânico.
As causas
O desequilíbrio corporal pode ocorrer por apresentar alterações funcionais originadas nas diversas estruturas do sistema vestibular (vestibulopatias primárias) ou determinadas por problemas clínicos à distância em outros órgãos ou sistemas, que podem afetá-lo de diferentes maneiras (vestibulopatias secundárias).
Numerosas são as causas de vestibulopatias primárias e secundárias:
traumatismos de cabeça e pescoço
infecções (por bactérias ou vírus)
drogas ou medicamentos (nicotina, cafeína, álcool, maconha, anticoncepcionais, sedativos, tranqüilizantes, antidepressivos, antiinflamatórios, antibióticos, etc.)
erros alimentares
tumores
envelhecimento
distúrbios vasculares (hiper ou hipotensão arterial, arteriosclerose)
doenças metabólicas – endócrinas (hipercolesterolemia, hiper ou hipoglicemia, hiper ou hipoinsulinemia, hiper ou hipotireoidismo)
anemia problemas cervicais doenças do sistema nervoso central alergias distúrbios psiquiátricos, etc.
A descoberta da causa implica, muitas vezes, na realização de diversos exames complementares (sangue, urina, radiológico) ou avaliações em outras áreas médicas (endocrinologia, neurologia, cardiologia, psiquitria, ortopedia, reumatologia, etc.).
As doenças, propriamente, que podem acometer os sistemas vestibular e auditivos, causando tonturas com ou sem outros sintomas como zumbido, surdez, etc. são bastante numerosas. Mencionaremos apenas as mais comuns:
vertigem postural paroxística benigna:
breves e repentinos episódios devertigem e/ou enjôo aos movimentos da cabeça.
doença de Ménière:
Nos quadros clínicos típicos, a queixa é de crises vertiginosas, diminuição da audição, sensação de pressão no ouvido.
neurite vestibular:
Vertigem aguda, intensa e prolongada, com náuseas e vômitos. Pode ser de origem inflamatória ou infecciosa (viral).
Doenças do ouvido médio e/ou tuba auditiva:
Vertigens, zumbido e/ou diminuição da audição podem ser causados por obstrução da tuba auditiva e otite média.
Cinetose (mal do movimento)
tonturas, náuseas, eventualmente vômitos, palidez e suor podem ocorrer em veículos em movimento.Quando enjoamos em um navio ou automóvel, isso resulta do conflito de informações entre os sensores. O Máximo do conflito ocorre quando nos encontramos sentados em uma sala interna de um navio. Como não há janelas, os nossos olhos informam que estamos parados. O nosso sistema proprioceptivo (músculos e articulações) também informa que estamos parados. Mas os labirintos continuam informando que estamos em movimento. Algumas pessoas são mais sensíveis a esse conflito de informações. Quando estamos e lendo em um automóvel em movimento enjoamos mais, porque nossos olhos, fixos na leitura, não colaboram com os labirintos na informações relacionadas com o movimento do automóvel.
Surdez súbita e vertigem:
A perda auditiva, habitualmente, surge em um dos ouvidos e pode ter diferentes causas, como infecções por vírus, traumas cranianos ou acústicos, doenças auto-imunes, vascular, tumores, etc. Tonturas de vários tipos podem ocorrer. A crise vertiginosa típica com náuseas e vômitos é comum.
Esclerose Múltipla:
É uma afecção crônica e progressiva, de causa desconhecida, do sistema nervoso central. Vertigem súbita, com ou sem perda da audição, súbita ou não, e/ou zumbido podem ser os sintomas iniciais. Tontura e desequilíbrio são mais comuns do que a perda auditiva.
Como o médico faz o diagnóstico?
O conjunto de história clínica, exame físico e a seqüência dos testes auditivos e vestibulares aplicados recebe o nome de avaliação otoneurológica.
Um dos pontos mais importantes da avaliação otoneurológica é a história clínica. Devem ser obtidas informações detalhadas do paciente sobre sua tontura e outros sintomas concomitantes. Os antecedentes pessoais e familiares, conhecer os hábitos de vida, medicações e preferências alimentares da pessoa também é muito importante.
Existe uma série enorme de testes de audição e de equilíbrio corporal (testes labirínticos). Esses exames são realizados de acordo com a necessidade de cada paciente. Não existe uma seqüência predeterminada. Os resultados dos testes básicos indicam quais os testes mais avançados que devem ser aplicados.
Em função dos grandes progressos na obtenção de imagens do corpo humano, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são dos exames de enorme utilidade no diagnóstico das vestibulopatias.
Como se trata?
Vertigem e outras tonturas são sintomas que costumam ser sensíveis ao tratamento desde que haja coerência com o diagnóstico formulado.
Em grande número de casos, com auxílio de exames laboratoriais e obtenção de imagens, conseguimos estabelecer a causa da doença e instituir o melhor dos tratamentos, ou seja, o tratamento etiológico (da causa).
O tratamento atual das doenças ou distúrbios do equilíbrio consiste numa associação de providências que devem ser tomadas para se obter resultados mais satisfatórios. Esse múltipla abordagem de conduzir o tratamento consiste no seguinte:
procurar eliminar ou atenuar a causa da tontura utilizar criteriosamente os medicamentos antivertiginosos: Existem vários remédios que são usados no tratamento das tonturas. Eles têm a função de deprimir o sistema labiríntico. Alguns deles são tão populares que se encontram nas listas de medicamentos mais vendidos. As vezes, encontramos pacientes que já tomaram todos, ou quase, os remédios que existem e vieram à consulta para saber se já surgiu algum produto novo. O importante é a escolha do medicamento mais adequado, baseado no diagnóstico e nas reações orgânicas e psíquicas de cada paciente.
Personalizar os exercícios de reabilitação do equilíbrio: A reabilitação do equilíbrio, por meio de exercícios (exercícios vestibulares), reajusta as relações entre os sinais enviados pelas estruturas responsáveis pela manutenção da postura corporal (labirinto, olhos, pele, músculos e articulações). Tratam-se de exercícios repetitivos com os olhos, a cabeça e o corpo com o objetivo de criar um conflito sensorial que vai acelerar a compensação, provocando o reajuste da função do equilíbrio.
Correção de erros alimentares que podem agravar a vertigem e sintomas associados.
Mudanças de hábitos ou vícios que possam ser fatores de risco, principalmente quanto ao uso de açúcares de absorção rápida, café, álcool e fumo.
Cirugia da vertigem: Deve ser destinada a casos específicos (tumores, fracassos do tratamento clínico em certas doenças), em combinação, ou não, com as medidas que constituem a múltipla abordagem do tratamento conservador.
Como a tontura evolui?
Algumas doenças, ou distúrbio labirínticos, são autolimitantes, ou seja, curam sozinhas. Outras curam por compensação labiríntica, ou seja, um reajuste entre as estruturas que comandam o nosso equilíbrio.
A grande maioria dos pacientes (cerca de 90%) responde favoravelmente à terapia antivertiginosa.
A maioria dos casos fica definitivamente curada. Outros melhoram significativamente, e apenas poucos casos são rebeldes ao tratamento. Nesses últimos casos,novas estratégias de tratamento podem ser aplicadas até obter-se o melhor resultado possível.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico?
Qual é a causa da minha tontura?
A minha tontura é uma doença?
Eu tenho tontura, vertigem ou labirintite?
O que é labirintite?
A minha tontura tem cura?
ABC (saúde)
A vertigem consiste numa falsa sensação de movimento ou de rotação ou na impressão de que os objectos se movem ou giram, e esta situação acompanha-se, habitualmente, de náuseas e de perda do equilíbrio. Alguns utilizam a palavra tontura para descrever uma dor de cabeça moderada, ou então qualquer sensação vaga e esporádica de desmaio, ou inclusive de falta de forças. No entanto, só a tontura verdadeira, que os médicos denominam de vertigem, provoca uma sensação de movimento ou de rotação. Pode ser momentânea ou durar horas ou inclusive dias. A pessoa com vertigem costuma sentir-se melhor se se deitar e permanecer imóvel: no entanto, a vertigem pode continuar mesmo quando se está totalmente parado.
Causas
O corpo apercebe-se do sentido da posição e controla o equilíbrio através dos órgãos do equilíbrio (situados no ouvido interno). (Ver secção 19, capítulo 209). Estes órgãos têm conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A causa da vertigem pode ser consequência de anomalias no ouvido, na ligação nervosa do ouvido ao cérebro ou no próprio cérebro. Pode também estar associada a problemas visuais ou mudanças repentinas na pressão arterial.
São muitas as perturbações que costumam afectar o ouvido interno e causar vertigem. Pode tratar-se de perturbações produzidas por infecções virais ou bacterianas, tumores, pressão arterial anormal, inflamação dos nervos ou substâncias tóxicas.
A tontura (ou enjoo) desencadeada pelo movimento é uma das causas mais frequentes de vertigem, podendo desenvolver-se em pessoas cujo ouvido interno seja sensível a certos movimentos, como os de vaivém, de paragem e de arranque bruscos. Estas pessoas podem sentir-se especialmente enjoadas ao viajar de carro ou de barco.
A doença de Ménière produz crises de vertigem repentinas e episódicas, associadas a zumbidos nos ouvidos (tinnitus) e surdez progressiva. (Ver secção 19, capítulo 212) É habitual que os episódios tenham uma duração de vários minutos a várias horas e que muitas vezes sejam acompanhados de náuseas e de vómitos intensos. Desconhece-se a causa.
As infecções virais que afectam o ouvido interno (labirintite) podem provocar vertigens que habitualmente se iniciam de repente e pioram no decurso de várias horas. A doença desaparece sem tratamento ao fim de alguns dias.
O ouvido interno está em comunicação com o cérebro por meio de nervos e o controlo do equilíbrio está localizado na parte posterior do cérebro. Quando o fluxo sanguíneo a esta zona do cérebro é inadequado (doença conhecida como insuficiência vertebrobasilar), a pessoa pode manifestar vários sintomas neurológicos, entre eles a vertigem.
Habitualmente, quando há cefaleias, linguagem ininteligível, visão dupla, debilidade numa das extremidades e movimentos descoordenados, estes costumam ser sintomas de que a vertigem pode ser provocada por uma perturbação neurológica do cérebro, mais do que por um problema limitado ao ouvido. Estas perturbações cerebrais podem ser a esclerose múltipla, fracturas do crânio, convulsões, infecções e tumores (especialmente os que crescem na base do cérebro ou próximo deste).
Dado que a capacidade do corpo para manter o equilíbrio está relacionada com a informação visual, pode verificar-se uma perda de equilíbrio por causa de uma visão deficiente, especialmente no caso de visão dupla.
As pessoas idosas ou as que tomam fármacos para controlar uma doença cardíaca ou uma hipertensão podem sentir tonturas ou desmaiar quando se põem de pé bruscamente. Este tipo de tonturas é consequência de uma breve baixa de tensão arterial (hipotensão ortostática) (Ver secção 3, capítulo 23), cuja duração é momentânea e por vezes se pode evitar levantando-se lentamente ou usando meias de compressão.
Diagnóstico
Antes de estabelecer o tratamento para a tontura, o médico deverá determinar a sua natureza e a seguir a sua causa. Qual é o problema? Trata-se de uma marcha descoordenada, uma sensação de desmaio ou de vertigem ou deve-se a outra coisa? Está a causa no ouvido interno ou noutra zona? Para determinar a natureza do problema será útil conhecer os pormenores acerca do início da tontura, quanto tempo durou, o que a desencadeou ou o que causou alívio e que outros sintomas a acompanharam (dor de cabeça, surdez, ruídos no ouvido ou falta de forças). Geralmente, os casos de tonturas não são uma vertigem nem constituem um sintoma grave.
A mobilidade ocular do paciente pode fornecer dados importantes ao médico porque os movimentos anormais dos olhos costumam indicar uma possível disfunção do ouvido interno ou das ligações nervosas entre este e o cérebro. O nistagmo é um movimento rápido dos olhos, como se a pessoa estivesse a olhar os ressaltos rápidos de uma bola de pingue-pongue, da esquerda para a direita ou então de cima para baixo. Dado que a direcção destes movimentos pode contribuir para o diagnóstico, o médico tentará estimular o nistagmo mediante um movimento brusco da cabeça do doente ou instilando umas gotas de água fria no canal auditivo. O equilíbrio pode verificar-se solicitando à pessoa que fique imóvel e que, depois, comece a andar sobre uma linha recta, primeiro com os olhos abertos e a seguir fechando-os.
Alguns exames de laboratório podem contribuir para determinar a causa da tontura e da vertigem. Os exames de audição revelam muitas vezes doenças do ouvido que afectam tanto o equilíbrio como a audição. Outros exames complementares podem consistir em estudos radiológicos e numa tomografia axial computadorizada (TAC) ou numa ressonância magnética (RM) da cabeça. Tais exames podem mostrar anomalias ósseas ou tumores nos nervos. No caso de suspeitar de uma infecção, o médico pode extrair uma amostra de líquido do ouvido, de um seio ou então da medula espinhal através de uma punção lombar. Se o médico suspeitar de uma insuficiência na irrigação sanguínea do cérebro, pode solicitar uma angiografia (injecta-se um contraste no sangue e depois efetuam-se radiografias para localizar obstruções nos vasos sanguíneos).
Tratamento
O tratamento depende da causa subjacente à vertigem. Os fármacos que aliviam a vertigem moderada são: a meclizina, dimenidrinato, perfenazina, escopolamina. Esta última é particularmente útil na prevenção do enjoo devido ao movimento e pode aplicar-se sob a forma de emplastro cutâneo, cuja acção neste caso dura vários dias. Todos estes fármacos podem causar sonolência, especialmente nas pessoas de idade avançada. A escopolamina em forma de emplastro é a que tende a produzir menos sonolência.
Manual Merck