10.16.2010

SEXTA-FEIRA, 15 DE OUTUBRO DE 2010


Banalização excessiva do medicamento

"HÁ BANALIZAÇÃO EXCESSIVA DO MEDICAMENTO"


No dia a seguir à oposição aprovar a prescrição de medicamentos por princípio activo (DCI) e a dispensa de fármacos por unidose, um dos temas que foi debatido na Tertúlia da Saúde do Meeting Healthcare Future (MHF), que decorreu na passada quinta-feira, dia 14 de Outubro, no Lagoas Park, foi a banalização do medicamento.

A tertúlia teve como conferencista o presidente do Conselho Directivo do Infarmed, Jorge Torgal, que dividiu a mesa de debate com João Silveira, vice-presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Rui Cernadas, presidente do Conselho Científico do ACES Espinho/Gaia, e Almeida Lopes, presidente da Apifarma. A moderação da tertúlia ficou a cargo de José Antunes, médico e director do jornal Tempo Medicina.

“Um acesso tão facilitado ao medicamento tornou-o um bem de consumo”

“A diferença entre alimento, medicamento e veneno é a dose”, satirizou Jorge Torgal, para acrescentar que “hoje em dia consome-se medicamentos a mais”. “A população vê o medicamento de forma banalizada, por culpa dos médicos”, aponta o presidente do Infarmed, alertando que “o mercado de consumo de medicamentos vai muito além do medicamento curativo”, o que “tem um efeito perverso”.

“A utilização abusiva do medicamento é um problema social. Aliás, hoje em dia, se alguém não está a tomar pelo menos um medicamento, assume-se logo que alguma coisa não está bem”, comentou Torgal.

Para o presidente do Infarmed, o facto “de haver um acesso tão facilitado ao medicamento tornou-o um bem de consumo”.


“Há banalização excessiva do medicamento”

“Há banalização excessiva do medicamento”, concorda Almeida Lopes. “Estou completamente de acordo com o Dr. Jorge Torgal”, disse, acrescentando que “prova de que o medicamento está banalizado é que grande parte das pessoas não sabem sequer o nome do medicamento que estão a tomar”.

Para o presidente da Apifarma, medidas do Governo como a comparticipação a 100% de medicamentos para os pensionistas também contribuem para a banalização do medicamento. Para sustentar a sua opinião, conta uma história: “Um dia, estava numa farmácia e ouvi a conversa de duas senhoras. Uma dizia para a outra:

- Será que todos estes medicamentos são verdadeiros? Agora até os oferecem…

“A culpa é de quem é responsável pela política da saúde”


Já João Silveira concorda com a opinião dos colegas de tertúlia de que o medicamento está banalizado, mas não considera os médicos culpados da situação. “O aumento do consumo de medicamentos vem da banalização da prescrição. Mas não é o médico o culpado”, defendeu o vice-presidente da ANF. “A culpa é de quem é responsável pela política da saúde”, acusou, acrescentando que “pôr o medicamento fora da farmácia contribuiu em muito para essa banalização”.

“E agora querem embalagens sem preços, o que ainda vai ser uma maior bandalheira”, acrescentou”.

“Vou ao supermercado comprar comida para o cão e ao lado estão medicamentos à venda”


Rui Cernadas concorda que permitir a venda de medicamentos fora da farmácia levou à banalização. “Vejo medicamentos à venda em todos os cantos. Vou ao supermercado comprar comida para o cão e ao lado estão medicamentos à venda”, disse, lembrando que a Entidade Reguladora da Saúde devia prestar atenção a esta situação de banalização.

Também Almeida Lopes defende que devia haver um “quadro inspectivo” para controlar a venda de medicamentos em bombas de gasolina e em supermercados.

“Este é apenas um caso de abuso. Há mais”

Além da banalização do medicamento, os participantes na tertúlia apontaram outra situação preocupante no sector: o abuso. Como exemplo de abuso, o presidente do Infarmed apontou o caso dos antidepressivos, cuja portaria para comparticipação para doentes esquizofrénicos e bipolares teve se ser revogada: “Todos os doentes que iam comprar antidepressivos eram ou esquizofrénicos ou bipolares, e lá se foram 111 milhões de euros em antidepressivos”.

“Este é apenas um caso de abuso. Há mais”, acrescentou Torgal.

Rui Cernadas concordou que existe este abuso e disse: “A portaria tornou-se um carimbo de desconto”.

Já João Silveira considera que a portaria foi uma forma de o Governo “ganhar votos”.

Almeida Lopes diz que o problema foi o facto de que “esta foi mais uma decisão política que devia ter sido tomada por técnicos”.

2010-10-15 | 14:58 
fonte: http://www.rcmpharma.com/news/10224/51/Ha-banalizacao-excessiva-do-medicamento.html

Medicamento Fracionado

Os medicamentos fracionados são aqueles registrados aprovados pelo órgão ou entidade competente segundo as especificações contidas nesta resolução, com embalagem e rotulagem adequadas ao fracionamento, e poderão ser fracionados e dispensados na forma fracionada.
Os medicamentos sujeitos ao controle especial de que trata a Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, e suas posteriores atualizações, não podem ser fracionados.
A embalagem primária fracionável é a que está em contato direto com o medicamento. Contém mecanismos adequados à subdivisão da embalagem em frações individualizadas para viabilizar a dispensação de unidades farmacotécnicas ao usuário do medicamento, sem, no entanto, deixar de assegurar a manutenção de sua qualidade e segurança. É a menor unidade da embalagem obtida a partir da embalagem original. O fracionamento não pode significar o contato do medicamento com o meio externo.
Portanto, a embalagem primária fracionada deve manter os mecanismos responsáveis pela preservação das características de qualidade e de segurança do produto. Os dados e informações contidos em cada embalagem primária fracionada são essenciais para o uso adequado do medicamento e para a rastreabilidade do produto. Os medicamentos fracionáveis vêm em embalagens especialmente desenvolvidas para esse fim, que não permitem o contato do medicamento com o meio externo até a sua utilização pelo usuário final. Além disso, os dados de identificação (nome do produto, concentração do princípio ativo, nº de registro, lote, prazo de validade etc.) deverão constar na unidade individualizada do medicamento.
Os medicamentos nas apresentações de frasco-ampola, ampola, seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope, blister e strip podem ser fracionados e dispensados de forma fracionada. Também são passíveis de fracionamento os que se apresentam nas formas farmacêuticas de comprimidos, cápsulas, óvulos vaginais, drágeas, adesivos transdérmicos e supositórios. É preciso ainda que estejam acondicionados em embalagens especialmente desenvolvidas pelo fabricante para essa finalidade, com mecanismos que permitam a subdivisão em frações individualizadas. Desse modo, visa-se garantir a manutenção das características asseguradas na sua forma original. Essas embalagens são registradas na Anvisa e são facilmente identificadas pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL” no rótulo da embalagem secundária.
A embalagem secundária que pode ser fracionada, chamada de embalagem fracionável, é especialmente desenvolvida pelo fabricante e aprovada pela Anvisa para essa finalidade. Sua identificação se dá pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL”, em caixa alta e na cor vermelha, localizada logo acima da faixa de restrição de venda ou posição equivalente, no caso de sua inexistência. Para os Medicamentos Genéricos, essa inscrição será localizada logo acima da faixa amarela que contém o logotipo definido pela legislação específica. É vedado dispensar medicamentos diferentes em uma mesma embalagem secundária, ainda que com o mesmo princípio ativo e do mesmo fabricante, de modo a não haver mistura de medicamentos de referência com medicamentos genéricos e similares para o mesmo item da prescrição.
As embalagens secundárias para fracionados (utilizadas pelas farmácias para o acondicionamento dos medicamentos que serão dispensados de forma fracionada) devem assegurar a manutenção das características originais do produto, conter uma bula do medicamento correspondente e ser rotuladas com as informações que permitam a rastreabilidade do medicamento e a correta identificação do produto, fabricante e farmácia responsável pelo fracionamento.
Cada embalagem secundária para fracionados deve acondicionar apenas um item da prescrição e conter uma bula do respectivo medicamento. A rotulagem pode ser aplicada por decalco ou impressa diretamente sobre a embalagem secundária, contendo informações padronizadas e campos para preenchimento manual ou informatizado.
Como o fracionamento não envolve o rompimento do acondicionamento primário dos medicamentos, nenhum requisito específico foi estabelecido para o material ou tipo de embalagem que as farmácias poderão utilizar para a dispensação de medicamentos fracionados.
Fracionamento
Fracionamento de medicamento é a subdivisão da embalagem de um medicamento em partes individualizadas para viabilizar a dispensação de medicamentos ao usuário na quantidade estabelecida pela prescrição médica.
O fracionamento é responsabilidade do farmacêutico e deve ser realizado de acordo com as Boas Práticas para Fracionamento instituídas pela Resolução RDC nº 80, de 11 de maio de 2006.
O fracionamento tem um importante papel para a promoção do uso racional de medicamentos, pois permite disponibilizar o produto adequado para uma finalidade terapêutica específica, em quantidade e dosagens suficientes para o tratamento. Isso evita que se mantenham sobras de medicamentos em casa, diminuindo a possibilidade de efeitos adversos e intoxicações, derivados da automedicação.
Outro dado importante é que o fracionamento permitirá a ampliação do acesso da população aos medicamentos disponíveis no mercado farmacêutico. A idéia é permitir a aquisição da exata quantidade prescrita pelo preço praticado para cada unidade do medicamento, barateando o custo do tratamento. A venda de medicamentos fracionados representa, também, um importante passo para a qualificação e para a orientação das ações e dos serviços farmacêuticos do país, aproximando o profissional farmacêutico do cidadão e do usuário de medicamentos. 
ANVISA

Uma possível vitória de Serra: arrocho salarial servidores retornará

Especialistas apontam que ela deve manter negociações salariais e ele será mais austero

Rio - Os cerca de 1,8 milhão de servidores civis e militares do Poder Executivo Federal, entre ativos e inativos, não devem esperar muito do futuro governo quando se tratar de reajustes salariais, caso o tucano Serra seja vitorioso nas urnas. A Dilma Rousseff (PT) deverá  garantir aumento ao funcionalismo nos próximos quatro anos, na avaliação de especialistas ouvidos por O DIA. Por conta do ajuste fiscal, do equilíbrio das contas públicas e dos investimentos do Estado em infraestrutura, Saúde e Educação a sucessora  do presidente Lula deverá  manterá a mesma política salarial do governo Lula.

“Aumento real como o governo Lula concedeu aos servidores  deverá ocorrer na próxima gestão. Dilma deverá garantir pelo menos a reposição da inflação, enquanto Serra, pelo perfil da política do PSDB, será mais retraído”, afirma Luiz Carlos Prado, professor do Instituto de Economia da UFRJ.

No caso de querer repetir “as generosidades” que Lula proporcionou ao funcionalismo — reajustes de até 576% em oito anos —, o próximo ocupante do Palácio do Planalto terá que mexer na carga tributária, que hoje representa 37% do Produto Interno Bruto (PIB), o conjunto de riquezas produzidas pelo País.

A Dilma  reproduzirá a mesma política salarial. Até porque, a economia mundial está estável e a do Brasil  crescerá os mesmos 7% este ano,

Os analistas avaliam que Dilma manterá aberto o canal de negociação com as categorias e continuará realizando concursos públicos para diversas áreas. Já uma gestão de José Serra sinaliza com congelamento de salários, praticado no governo Fernando Henrique. Além de abrir vagas para carreiras típicas de Estado, voltar a terceirizar para suprir necessidades de pessoal.

Ressaltando que os dois candidatos não mencionaram o assunto durante a campanha eleitoral, o ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso defende uma descentralização e maior flexibilização da administração pública: “Não deve haver uma lógica política no serviço público. E, sim, sistema de planejamento semelhante ao da gestão privada”.

Devido à falta de propostas do candidato Serra , os ex-ministros de FH Bresser Pereira e Claudia Costin evitaram projetar o futuro do funcionalismo no novo governo.
'O jeito PT de administrar foi melhor'
O auditor fiscal da Receita Federal, Robson Canha, 39 anos, acredita que o “jeito PT de administrar foi melhor para os servidores e demais segmentos da sociedade do que o PSDB”. Ele explicou que mesmo com todo o ajuste fiscal instalado no período FH e o congelamento dos salários do funcionalismo público, o governo não avançou em diversas áreas.
Já o guarda de endemias, Roberto Sucro, 44 anos, se queixa dos dois últimos governos. Servidor estatutário demitido no governo Collor, foi reintegrado em 1994 pela Lei 8.878, e aguarda, assim como diversos servidores da extinta Sucam, a reintegração definitiva. Além do pagamento dos benefícios devidos na época que ficou afastado. Sucro defende que é necessária a mobilização da categoria para que finalmente um governo tome decisão definitiva sobre o assunto.
Para o Suboficial da Marinha da reserva, Jorge Page, 52 anos, o futuro presidente não pode sancionar lei que prevê alteração na previdência dos militares. Segundo ele, há previsão de mudar o tempo de serviço de 30 para 35 anos e estabelecer fim da paridade entre ativos e inativos.

Gonzaguinha- eu apenas queria que você soubesse

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé

Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida

Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira

Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

Falando de amor Tom Jobim


Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se pudesse esse amor todo dia
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir esse segredo
Escondido num choro canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro, teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
Chora flauta, chora pinho
Choro eu o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor
Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei esse segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração

Muitas tentativas e nada de engravidar


Muitas tentativas e nada de engravidar

Esta ficando cada dia mais normal encontrar mulheres como o mesmo caso, fazem todos os tratamento possíveis e nada da tão sonhada gravidez acontecer. Muitas vezes estas mulheres não tem problemas de saúdes ou de fertilidade, mais na maioria dos casos o que atrapalha mesmo é a ansiedade. A mulher se sente obrigada a engravidar e com o passar do tempo isso vira uma tortura. Procure alguma atividade para ajudar a controlar a ansiedade, pois nessa fase ela pode atrapalhar. Uma yoga, dança, massagem, caminhada, trabalhos manuais, conversa com amigos, algo que te faça bem e que te distraia, te relaxe. Aposte nas ervas, adquirir o ábito de tomar chá de melissa com hortelã acalma e relaxa corpo e mente, assim vc se sentirá mais leve e tranquila.

“Aposentadoria Mental"

The New York Times | 



Foto: Getty Images
Pesquisa em 13 países sugere que quanto mais cedo uma pessoa se aposenta, mais rapidamente sua memória entra em declínio
Os dois economistas chamam seu artigo de “Aposentadoria Mental”, e seu argumento tem intrigado pesquisadores do comportamento. Dados dos Estados Unidos, Inglaterra e 11 outros países europeus sugerem que quanto mais cedo uma pessoa se aposenta, mais rapidamente sua memória entra em declínio.

A implicação, segundo os economistas e outros, é que realmente parece haver algum sentido na noção de “use ou perca” – se as pessoas querem preservar suas habilidades de memória e raciocínio, elas precisam se manter ativas.

“Isso é incrivelmente interessante e instigante”, disse Laura L. Carstensen, diretora do Centro de Longevidade da Universidade de Stanford. “A ideia sugere que o trabalho realmente proporciona um importante componente do ambiente que mantém as pessoas funcionando da melhor forma”.

Embora nem todos estejam convencidos pela nova análise, publicada recentemente em “The Journal of Economic Perspectives”, diversos pesquisadores de renome afirmam que o estudo é, no mínimo, uma pequena e irresistível evidência para uma hipótese na qual muitos acreditam – mas que é surpreendentemente difícil de demonstrar.

Pesquisadores descobrem repetidamente que as pessoas aposentadas, enquanto grupo, tendem a obter piores desempenhos em testes cognitivos do que pessoas que ainda trabalham. Porém, isso pode ocorrer porque as pessoas cujas habilidades de memória e raciocínio entram em declínio teriam maiores chances de se aposentar do que as outras.

E as pesquisas não conseguiram sustentar a premissa de que dominar coisas como exercícios de memória, palavras-cruzadas e jogos como o Sudoku teria algum efeito na vida real, aprimorando seu funcionamento como um todo.

“Ao fazer palavras-cruzadas, você fica melhor em palavras-cruzadas”, disse Lisa Berkman, diretora do Centro para Estudos de População e Desenvolvimento de Harvard. “Se você resolve o Sudoku, você fica melhor em Sudoku. Você fica mais hábil numa tarefa limitada. Mas isso não se traduz num comportamento cognitivo aprimorado em sua vida”.

Segundo explica um dos autores, Robert Willis, professor de economia na Universidade de Michigan, o estudo foi possível porque o Instituto Nacional do Envelhecimento iniciou um grande estudo nos Estados Unidos há quase 20 anos. Chamado de Estudo de Saúde e Aposentadoria, ele entrevista mais de 22 mil americanos acima dos 50 anos a cada dois anos, administrando testes de memória.

Isso levou países europeus a iniciar suas próprias pesquisas, usando perguntas similares de forma que os dados pudessem ser comparados entre países. Agora, disse Willis, Japão e Coreia do Sul começaram a aplicar a pesquisa em suas populações. A China pretende começar no próximo ano. A Índia e diversos países da América Latina já estão iniciando trabalhos preliminares de pesquisas próprias.

“Essa é uma nova abordagem que só é possível graças ao desenvolvimento de conjuntos de dados comparáveis em todo o mundo”, afirmou Willis.

O teste de memória examina o grau em que as pessoas conseguem se lembrar de uma lista com 10 nomes, imediatamente e 10 minutos depois de ouvi-los. Uma nota perfeita 20, significando que os 10 nomes foram lembrados nas duas ocasiões. Esses testes foram escolhidos para as pesquisas porque a memória geralmente decai com a idade, e esse declínio é associado à diminuição das habilidades de pensar e raciocinar.

Os americanos obtiveram o melhor resultado, com uma nota média de 11. Dinamarqueses e ingleses ficaram perto, com notas pouco acima de 10. Na Itália, a nota média foi em torno de 7, na França foi 8, e na Espanha a média ficou pouco acima de 6.

Examinando os dados dos diversos países, Willis e sua colega Susann Rohwedder, professora-associada do Centro RAND para Estudo do Envelhecimento, em Santa Monica, perceberam a existência de grandes diferenças na idade em que as pessoas se aposentam.

Nos Estados Unidos, Inglaterra e Dinamarca, onde as pessoas se aposentam mais tarde, de 65 a 70% dos homens ainda trabalham acima dos 60 anos de idade. Na França e na Itália, esse número fica entre 10 e 20%, e na Espanha são 38%.

Incentivos econômicos geram as grandes diferenças na idade da aposentadoria, relatam Rohwedder e Willis. Países com idades de aposentadoria mais jovens possuem políticas de impostos, pensão, deficiência e outras medidas que estimulam as pessoas a abandonar a força de trabalho mais cedo.

Os pesquisadores enxergam uma relação direta entre o percentual de pessoas de um país que ainda trabalham entre 60 e 64 anos e seu desempenho em testes de memória. Quanto mais tempo as pessoas seguem trabalhando, melhor elas se saem, como um grupo, em testes de memória respondidos com mais de 60 anos.

O estudo não aponta qual aspecto do trabalho pode ajudar a reter a memória, nem revela se diferentes tipos de trabalho podem estar associados a diferentes efeitos em testes de memória. E, segundo Berkman, também não diz nada sobre as consequências de permanecer num emprego fisicamente exigente que poderia causar incapacidades. “Tem de haver uma saída para as pessoas que enfrentarão incapacidades físicas caso continuem”, disse ela.

E, é claro, nem todo trabalho é mentalmente estimulante. Porém, segundo Willis, trabalhar pode ter outros aspectos em operação.

“Há evidências de que habilidades sociais e de personalidade – levantar pela manhã, lidar com pessoas, conhecer o valor de ser rápido e confiável – também são importantes”, afirmou ele. “Essas habilidades andam lado a lado com o ambiente de trabalho”.

Mas Hugh Hendrie, professor emérito de psicologia na Escola de Medicina da Universidade de Indiana, não se convenceu pelas conclusões do artigo.

“É uma boa abordagem, um estudo muito bom”, disse ele. Porém, segundo ele, existem muitas diferenças entre os países além da idade de aposentadoria. As correlações não provam a causalidade. Elas também não provam, segundo ele, que exista um significado clínico para as alterações nas notas de testes de memória.

Tudo verdade, afirmou Richard Suzman, diretor-associado de pesquisa comportamental e social do Instituto Nacional de Envelhecimento.

Mesmo assim, acrescentou ele, “trata-se de uma forte descoberta; o efeito é grande”.
Se trabalhar realmente ajuda a manter o funcionamento cognitivo, será importante descobrir quais aspectos do trabalho estão fazendo isso, disse Suzman. “Seriam o compromisso e a interação sociais, o componente cognitivo do trabalho em si ou o componente aeróbico do trabalho?” perguntou ele. “Ou seria o afastamento que ocorre quando você se aposenta, como, por exemplo, mais tempo em frente à TV?”

“O estudo é bastante convincente, mas não conta a história completa”, afirmou Suzman. “Esse foi um primeiro passo, e precisa ser levado adiante”.

Tradução: Pedro Kuyumjian
Algumas mulheres ainda sonham com o HOMEM PERFEITO. Será que ele existe? Confira algumas das coisas que você JAMAIS vai ouvir de um homem… Infelizmente !
1 – Já que eu estou de pé, quer alguma coisa?
2 – Nossa, amor, você parece triste. Quer conversar? Quem sabe uma massagem…
3 – Por que a gente não vai no shopping e você escolhe alguns sapatos novos?massagem
4 – Desliga a TV amor. Acho que precisamos falar sobre nossa relação…
5 – Sexo não é importante. Vamos apenas ficar conversando…
6 – Não… não estou com pressa.
7 – Antonio Banderas e Brad Pitt? A gente tem quer ver esse filme!
8 – Quer ajuda para escolher os sapatos?
9 – Você está com dor de cabeça? Deixa que eu pego um remédio para você e faço uma massagem para relaxar…
10 – Eu realmente não sei o caminho. Vamos parar e perguntar…
11 – Eu seguro sua bolsa enquanto você experimenta este outro…cavalheiro
12 – Esse vestido ficou bom… mas porque você não experimenta mais alguns para termos certeza?
13 – Aquela mulher tem os seios muito grandes.
14 – Você cortou o cabelo? Ficou linda!
15 – Nossa! Como você é inteligente. Senão fosse você, não sei como Viveria.
16 – Esta noite quero te dar tudo que você merece. Para começar vamos ao restaurante mais caro e mais charmoso da cidade.
17 – Vamos hoje na casa de sua mãe. Faz tanto tempo que não a vemos e já sinto saudades.
18 – Pode deixar a louça comigo! Hoje é domingo e você merece descansar.cavalheiro2
19 – Querida, telefone para você: é o seu amigo.
20 – Eu acho a feiticeira tão artificial.
21 – Eu? Pro bar? De jeito nenhum! Prefiro ficar com você… Só vou se você for.
22 – Não vou beber muito! Afinal, ficar de pileque e fazer você passar vergonha. isso nunca!
23 – Querida, vou reclamar com o vizinho sobre essa história da filha dele ficar de calcinha na janela. Que vergonha!
24 – Adoro sair com você e seus amigos. Eles são divertidos.
25 – Meu amor! Já coloquei a roupa suja na máquina, o que mais posso fazer para ajudá-la.
Se você ouvir isto da boca de um homem, das duas uma: ou ele é homossexual, ou ele soube que você vai herdar uma fortuna da sua mãe, aquela sogrinha maravilhosa.

Power Shape para rejuvenescimento facial


Power Shape para rejuvenescimento facial
Power Shape é conhecidíssimo no mundo dos "ajudantes" de beleza como o consagrado aparelho que trata flacidez, gordura localizada e a temida celulite, deixando o corpo novinho em folha. Agora, esse mesmo procedimento está sendo utilizado no rosto, com o intuito de melhorar o tônus e deixar o rosto mais jovial.

Segundo o dermatologista Abdo Salomão Jr., especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, quem tem rugas bem fininhas e inconvenientes e poros bem abertos também pode contar com o tratamento para amenizá-los.
O procedimento é bem simples e utiliza as mesmas ondas de rádio-frequência do PowerShape corporal, que dão forma ao tratamento. "O calor gerado estimula intensamente o colágeno e as fibras elásticas da pele, levando à melhora da aparência geral, principalmente da flacidez", diz afirma o dermatologista.

As mais novinhas também podem comemorar, já que Power Shape pode ser aplicado a partir dos 25 anos. Mas atenção, Abdo afirma que pessoas que possuem marcapasso cardíaco, doenças do colágeno (como reumatóide, lupus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica progressiva, etc.) e usam drogas fotosensibilizantes estão proibidas de realizarem o procedimento.

Fora isso, o Power Shape para o rosto ainda tem a vantagem de não ter efeito colateral. "Apenas um discreto eritema (pele avermelhada) logo após cada sessão", afirma Abdo. O médico diz ainda que o número ideal de sessões a serem feitas é de 6 a 8, para que o resultado seja satisfatório. Clínicas de estética podem oferecer o tratamento e o preço pode variar de uma para outr

Perdendo calorias na praia

Perca calorias na praia
Todos nós somos biologicamente preparados para exercer as mais variadas funções. Mas, com a correria do dia a dia, acabamos deixando de exercitar um monte delas e o fato é que aquelas gordurinhas indesejadas começam a aparecer, atrapalhando que os músculos se desenvolvam como realmente devem.

O Treinamento Funcional surgiu exatamente para dar um fim nesses problemas, visando a exercitar o corpo por completo e buscando a superação do equilíbrio, força, flexibilidade, resistência, coordenação e velocidade. Agora, você deve estar se perguntando: E qual é a novidade? Aí, a gente responde: O local! Este método de treinamento físico, mais comum às academias, agora ganha novos ares e começa a ser realizado na praia.

“Com o tempo fomos percebendo que na academia não explorávamos tudo o que poderíamos. Fazendo o treinamento funcional na praia podemos diversificar e aumentar a intensidade dos exercícios, já que a areia contribui bastante para isso. Sem contar que, realizado ao ar livre, é muito mais divertido para quem pratica”, explica Igor Borges, coordenador da atividade junto à academia OX Fitness Club.

Como o trabalho é baseado na corrida, este tipo de treinamento exige bastante dos membros inferiores. Entre as atividades mais praticadas estão as que priorizam movimentos de agachar, avançar, puxar, empurrar, levantar e girar. O aluno trabalha, entre outras partes do corpo, panturrilha, glúteos e coxas. Tudo isso com o auxílio de cones, elásticos, bolas, cordas, bambolês, cintos de tração, escadas e até paraquedas.

Cada aula tem duração aproximada de 40 minutos e é realizada por circuitos montados na areia da praia. Se mantiver uma regularidade de prática do treinamento funcional entre duas ou três vezes na semana, em, no máximo, quatro meses o aluno já começa a ver resultados.

Para você que não sabe o que fazer para entrar em forma, está aí uma ótima opção. Bastante dinâmico, o treinamento funcional atua para melhorar o desempenho físico e prevenir lesões, além de promover um intenso gasto calórico. Ideal para homens e mulheres, atletas ou não, que querem secar as gordurinhas e tonificar o corpo para o verão.

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO: SOMOS E SEREMOS O REFLEXO DO QUE COMEMOS

Estar em forma é o sonho de muita gente. Mas, para alcançar este objetivo, algumas pessoas acabam priorizando os fatores estéticos e se esquecendo de cuidar da saúde. No Dia Mundial da Alimentação, a nutricionista Lílian Assis, destaca os maiores erros da população na busca incessante pela perda de peso. Confira!

Dieta não é brincadeira! Conheças a opções que mais prejudicam a saúde:

- Dieta da proteína: rica em gordura e pobre em fibras, vitaminas e carboidratos, ela pode levar a hipoglicemia, mal estar, enjoos e, a longo prazo, até danos renais e danos cardiovasculares (excesso de gorduras saturadas e trans).

Dieta muito restrita: dietas com baixíssimas calorias não fornecem nutrientes suficientes para o funcionamento adequado do organismo. Além disso, elas reduzem o metabolismo, adequando o corpo a gastar pouquíssima energia, o que impede o emagrecimento. Ou seja, o efeito pode ser exatamente o contrário.

Alimentos que não devem ser excluídos de dietas de emagrecimento:

Arroz e Feijão: essa dupla tende a sofrer com o preconceito de ser engordativa. Mas, isso é um mito! Eles se completam, formando uma proteína bem parecida com a das carnes. Para deixar este prato mais saudável, a dica é substituir o arroz branco pelo integral, o que trará mais nutriente a sua alimentação e aumentará a sensação de saciedade. O feijão pode ser de qualquer cor, mas sem carnes, e temperado só com alho, cebola, louro ou coentro.

Açúcar: Pode ser usado com moderação por aquelas pessoas que não tem problema de glicemia alterada. Preferencialmente, deixe para consumir dentro de produtos industrializados como biscoitos, barrinhas e sucos.

Pão: prefira os integrais, mas nunca exclua os carboidratos da sua dieta, pois eles são essenciais para o bom funcionamento do organismo, além de ajudar a controlar aquela vontade louca de comer doces e outras guloseimas
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Ex-aluna conta que Monica Serra já fez um aborto

Coreógrafa publicou relato na Internet afirmando que mulher de candidato falava da experiência na sala de aula. Assessoria de Serra nega

Santa Catarina e Rio - Mulher de José Serra — candidato à Presidência pelo PSDB —, Sylvia Monica Allende Serra causou polêmica ao falar que Dilma Rousseff (PT) iria “matar criancinhas”, pois seria favorável à descriminalização do aborto. Na segunda, o nome de Monica Serra voltou ao olho do furacão. A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro, 38 anos — aluna de Monica nos tempos em que ela dava aulas para o curso de Dança na Unicamp, em Campinas (SP) —, divulgou relato na Internet afirmando que a esposa de Serra, que é chilena, confidenciou a alunas ter feito um aborto quando o marido estava exilado. Em comunicado, a assessoria de imprensa de Serra, no entanto, negou o fato e disse "que Monica nunca fez um aborto". 

"Essa acusação falsa, que já circulava antes na internet, repete o padrão Miriam Cordeiro de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima na eleição de 1989. E dá continuidade ao jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo do PT, montado para fazer dossiês contra o candidato tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília. Primeiro eles atacaram a filha de José Serra. Depois atacaram o seu genro. Agora eles agridem a sua mulher, Monica, que tem a irrestrita solidariedade, amor e respeito de seu marido, de seus filhos, netos e de milhões de brasileiros", informou a nota.
Foto: Divulgação
Monica Serra está no centro de uma nova polêmica | Foto: Divulgação
Intitulado “Respeitemos a dor de Monica Serra”, o relato foi publicado na página de Sheila no site de relacionamentos Facebook segunda-feira. Ela descreveu com detalhes o momento em que Monica Serra fez a confidência. 

“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Mônica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável”, relatou no Facebook.

A decisão de publicar o relato na Internet, ela diz, foi tomada depois que assistiu ao debate de domingo passado entre Serra e Dilma, na Band. Sheila não se conformou ao ver o silêncio de Serra quando questionado sobre a afirmação da esposa de que Dilma iria “matar criancinhas”. 

“Ele não falou ‘sim, ela falou e eu concordo; ou então ‘sim, ela falou e eu não concordo’; ‘ou não, ela não falou’. Ele não falou nada, e eu fiquei com aquela inquietação. A falta de resposta do Serra é que me fez ter uma reflexão” afirmou Sheila. Sem filiação a partidos, ela declarou que não estava informada sobre as discussões da política nos últimos dias e afirmou ter votado em Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) no primeiro turno. No segundo, a coreógrafa defende o voto em Dilma.

Na sexta, em Santa Catarina, onde vive hoje, Sheila afirmou a que o testemunho a deixou bastante abalada. “Essa experiência me chocou. Lembro que a gente olhava para a cara dela e eu pensava ‘coitada, coitada dessa mulher’. E me lembro que, quando ela contava essas coisas, falava ‘agora, os tempos são outros’”, recordou. 

Uma ex-colega de Sheila, que não permitiu a divulgação de sua identidade, também falou com O DIA e confirmou o episódio. Ela afirma que a confissão de Monica Serra foi feita durante aula de Psicologia do Movimento, no primeiro semestre de 1992: “O assunto surgiu quando ela falava sobre como as transformações pelas quais o corpo passa influenciam em seu movimento”.

‘Elas não inventariam esse fato’

Ana Paula Camolese, que hoje mora na Inglaterra, também estudou Dança na Unicamp. Ela não ouviu o relato de Monica Serra, mas acredita na história contada pela ex-colega. 

“O ambiente da faculdade era propício para dividir esse tipo de experiência. Mas posso dizer que essas alunas, principalmente Sheila, não inventariam esse fato tão serio só para ter 15 minutos de fama. Não é o estilo dela, que sempre foi muito séria”.

TONTURA - VERTIGEM - "LABIRINTITE"

Tontura é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio. As tonturas estão entre os sintomas mais freqüentes em todo o mundo e são de origem labiríntica em 85% dos casos. Mais raramente, as tonturas podem ser de origem visual, neurológica ou psíquica.
Vertigem é um tipo particular de tontura, caracterizando-se por um sensação de rotação.
Labirintite é uma enfermidade de rara ocorrência, caracterizada por uma infecção ou inflamação no labirinto. O termo é utilizado de forma equivocada para designar todas as doenças do labirinto.
Existem dezenas de doenças e/ou distúrbios labirínticos e cada uma delas tem características próprias que exigem formas especiais de tratamento.
Como é?
A maioria das pessoas usa a palavra tontura para descrever a sua perturbação do equilíbrio corporal. Outras descrevem essa perturbação como atordoamento, sensação de “cabeça leve”, entontecimento, estonteamento, impressão de queda, instabilidade, sensação de flutuação, de estar caminhando em cima de um colchão, tonteira ou, ainda, zonzeira.
A vertigem é o tipo mais freqüente de tontura. O paciente sente-se girando no meio ambiente ou o ambiente gira a sua volta.
As crises mais fortes de tontura podem ser acompanhadas de náuses, vômitos, suor, palidez e sensação de desmaio.
Muitos pacientes com tontura também podem referir outros sintomas como ruídos no ouvido ou na cabeça (zumbido, zoada, tinido, tinitus), diminuição da audição, dificuldade para entender, desconforto a sons mais intensos, perda de memória, dificuldade de concentração, fadiga física e mental. Isso é devido às interrelações entre o sistema do equilíbrio com a audição e outras funções do sistema nervoso central.
A figura mostra o ouvido externo (canal do ouvido, tímpano), ouvido médio (com os ossículos martelo, bigorna, estribo) tuba auditiva, ouvido interno ou labirinto (aparelho vestibular, vestíbulo, cóclea, nervo vestibular, nervo coclear), cérebro.
Labirinto – O que é?
O labirinto, também conhecido como ouvido interno, congrega as funções da audição e do equilíbrio. Fica encrustado no osso temporal, um dos ossos do nosso crânio.
A palavra labirinto lembra uma estrutura complexa e elaborada. Assim, quando os anatomistas clássicos começaram a estudar o osso temporal, perceberam que havia tantas estruturas, tantos pequensos orifícios, tantas estruturas ósseas diferentes, que o nome labirinto foi a escolha lógica.
A parte anterior do labirinto, chamada de cóclea, está relacionada coma a audição. A parte posterior, formada por um conjunto de três canais, chamados de canais semicirculares, está relacionada com o equilíbrio.
A estrutura que liga a cóclea ao aparelho vestibular é chamada de vestíbulo (o “hall” de entrada do labirinto).
Dentro do labirinto ósseo existe um labirinto membranáceo, imerso em um líquido chamado perilinfa. No vestíbulo, o labirinto membranaáceo divide-se em duas pequenas bolsas: o utrículo e o sáculo. O labirinto membranáceo é preenchido por um líquido, a endolinfa.
As informações sobre o equilíbrio e a audição chegam ao cérebro através dos nervos vestibular e coclear, respectivamente.
Labirintopatias ou Vestibulopatias
As doenças do labirinto são popularmente conhecidas como “labirintites”, uma denominação errônea porque uma infecção ou inflamação do labirinto, como sugere o sufixo-ite, são de rara ocorrência. Os termos labirintopatias (para designar as afecções do ouvido interno ou labirinto) ou vestibulopatias (para designar as afecções que acometem qualquer parte do sistema vestibular ou sistema de equilíbrio) são mais adequadas.
Vestibulopatias periféricas são as que acometem o sistema vestibular periférico, constituído pelos canais semicirculares, utrículo, sáculo e o nervo vestibular (oitavo por craniano). Cerca de 85% das vestibulopatias são de origem periférica.
Vestibulopatias centrais são as que lesam estruturas vestibulares no sistema nervoso central.
Equilíbrio – Como é Mantido?
A manutenção do equilíbrio corporal é uma função extremamente complexa e envolve diversos órgãos e sistemas.
Os principais sensores do sistema do equilíbrio estão no labirinto, nos olhos, na pele e nos músculos e articulações.
O labirinto informa sobre a direção dos movimentos da cabeça e do corpo (para cima, para baixo, de um lado para o outro, para frente, para trás e rotações).
Os olhos informam sobre a posição do corpo no espaço, a pele informa sobre qual parte do corpo que está em contato com uma superfície e os músculos e articulações (sistema proprioceptivo) informam sobre os movimentos e quais as partes do corpo que estão envolvidas com eles.
O sistema labiríntico é a central de informações, que recolhe os impulsos de todos os sensores eo sistema nervoso central as recebe para serem analisadas. As informações recebidas devem ser coerentes. A chegada de informações conflitantes pode resultar em tontura e enjôo até que o sistema se habitue a esta nova realidade.
Tontura é doença?
Tontura não é doença, e sim um sintoma que pode surgir em numerosas doenças. Tontura é uma sinal de alerta, de alarme de que algo não está bem no organismo.
Depois de dor de cabeça, tontura parece ser o sintoma a mais comum em consultórios médicos. Estima-se que cerca de 42% dos adultos queixam-se de tontura em alguma época de suas vidas.
Os diferentes tipos de tontura podem ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum em idosos. O sexo feminino parece ser o mais acometido.
As tonturas podem afetar de diferentes modos a qualidade de vida. Podem ser leves, moderadas ou intensas, esporádicas, freqüentes ou constantes e, além da desconfortável sensação de perturbação do equilíbrio corporal, podem vir acompanhadas de prejuízo da memória, dificuldade para entender, fadiga física e mental, dificuldade para ler e escrever.
A insegurança física gera insegurança psíquica, o que pode ocasionar ansiedade, depressão e pânico.
As causas
O desequilíbrio corporal pode ocorrer por apresentar alterações funcionais originadas nas diversas estruturas do sistema vestibular (vestibulopatias primárias) ou determinadas por problemas clínicos à distância em outros órgãos ou sistemas, que podem afetá-lo de diferentes maneiras (vestibulopatias secundárias).
Numerosas são as causas de vestibulopatias primárias e secundárias:
traumatismos de cabeça e pescoço
infecções (por bactérias ou vírus)
drogas ou medicamentos (nicotina, cafeína, álcool, maconha, anticoncepcionais, sedativos, tranqüilizantes, antidepressivos, antiinflamatórios, antibióticos, etc.)
erros alimentares
tumores
envelhecimento
distúrbios vasculares (hiper ou hipotensão arterial, arteriosclerose)
doenças metabólicas – endócrinas (hipercolesterolemia, hiper ou hipoglicemia, hiper ou hipoinsulinemia, hiper ou hipotireoidismo)
anemia problemas cervicais doenças do sistema nervoso central alergias distúrbios psiquiátricos, etc.
A descoberta da causa implica, muitas vezes, na realização de diversos exames complementares (sangue, urina, radiológico) ou avaliações em outras áreas médicas (endocrinologia, neurologia, cardiologia, psiquitria, ortopedia, reumatologia, etc.).
As doenças, propriamente, que podem acometer os sistemas vestibular e auditivos, causando tonturas com ou sem outros sintomas como zumbido, surdez, etc. são bastante numerosas. Mencionaremos apenas as mais comuns:
vertigem postural paroxística benigna:
breves e repentinos episódios devertigem e/ou enjôo aos movimentos da cabeça.
doença de Ménière:
Nos quadros clínicos típicos, a queixa é de crises vertiginosas, diminuição da audição, sensação de pressão no ouvido.
neurite vestibular:
Vertigem aguda, intensa e prolongada, com náuseas e vômitos. Pode ser de origem inflamatória ou infecciosa (viral).
Doenças do ouvido médio e/ou tuba auditiva:
Vertigens, zumbido e/ou diminuição da audição podem ser causados por obstrução da tuba auditiva e otite média.
Cinetose (mal do movimento)
tonturas, náuseas, eventualmente vômitos, palidez e suor podem ocorrer em veículos em movimento.Quando enjoamos em um navio ou automóvel, isso resulta do conflito de informações entre os sensores. O Máximo do conflito ocorre quando nos encontramos sentados em uma sala interna de um navio. Como não há janelas, os nossos olhos informam que estamos parados. O nosso sistema proprioceptivo (músculos e articulações) também informa que estamos parados. Mas os labirintos continuam informando que estamos em movimento. Algumas pessoas são mais sensíveis a esse conflito de informações. Quando estamos e lendo em um automóvel em movimento enjoamos mais, porque nossos olhos, fixos na leitura, não colaboram com os labirintos na informações relacionadas com o movimento do automóvel.
Surdez súbita e vertigem:
A perda auditiva, habitualmente, surge em um dos ouvidos e pode ter diferentes causas, como infecções por vírus, traumas cranianos ou acústicos, doenças auto-imunes, vascular, tumores, etc. Tonturas de vários tipos podem ocorrer. A crise vertiginosa típica com náuseas e vômitos é comum.
Esclerose Múltipla:
É uma afecção crônica e progressiva, de causa desconhecida, do sistema nervoso central. Vertigem súbita, com ou sem perda da audição, súbita ou não, e/ou zumbido podem ser os sintomas iniciais. Tontura e desequilíbrio são mais comuns do que a perda auditiva.
Como o médico faz o diagnóstico?
O conjunto de história clínica, exame físico e a seqüência dos testes auditivos e vestibulares aplicados recebe o nome de avaliação otoneurológica.
Um dos pontos mais importantes da avaliação otoneurológica é a história clínica. Devem ser obtidas informações detalhadas do paciente sobre sua tontura e outros sintomas concomitantes. Os antecedentes pessoais e familiares, conhecer os hábitos de vida, medicações e preferências alimentares da pessoa também é muito importante.
Existe uma série enorme de testes de audição e de equilíbrio corporal (testes labirínticos). Esses exames são realizados de acordo com a necessidade de cada paciente. Não existe uma seqüência predeterminada. Os resultados dos testes básicos indicam quais os testes mais avançados que devem ser aplicados.
Em função dos grandes progressos na obtenção de imagens do corpo humano, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são dos exames de enorme utilidade no diagnóstico das vestibulopatias.
Como se trata?
Vertigem e outras tonturas são sintomas que costumam ser sensíveis ao tratamento desde que haja coerência com o diagnóstico formulado.
Em grande número de casos, com auxílio de exames laboratoriais e obtenção de imagens, conseguimos estabelecer a causa da doença e instituir o melhor dos tratamentos, ou seja, o tratamento etiológico (da causa).
O tratamento atual das doenças ou distúrbios do equilíbrio consiste numa associação de providências que devem ser tomadas para se obter resultados mais satisfatórios. Esse múltipla abordagem de conduzir o tratamento consiste no seguinte:
procurar eliminar ou atenuar a causa da tontura  utilizar criteriosamente os medicamentos antivertiginosos: Existem vários remédios que são usados no tratamento das tonturas. Eles têm a função de deprimir o sistema labiríntico. Alguns deles são tão populares que se encontram nas listas de medicamentos mais vendidos. As vezes, encontramos pacientes que já tomaram todos, ou quase, os remédios que existem e vieram à consulta para saber se já surgiu algum produto novo. O importante é a escolha do medicamento mais adequado, baseado no diagnóstico e nas reações orgânicas e psíquicas de cada paciente.
Personalizar os exercícios de reabilitação do equilíbrio: A reabilitação do equilíbrio, por meio de exercícios (exercícios vestibulares), reajusta as relações entre os sinais enviados pelas estruturas responsáveis pela manutenção da postura corporal (labirinto, olhos, pele, músculos e articulações). Tratam-se de exercícios repetitivos com os olhos, a cabeça e o corpo com o objetivo de criar um conflito sensorial que vai acelerar a compensação, provocando o reajuste da função do equilíbrio.
Correção de erros alimentares que podem agravar a vertigem e sintomas associados.
Mudanças de hábitos ou vícios que possam ser fatores de risco, principalmente quanto ao uso de açúcares de absorção rápida, café, álcool e fumo.
Cirugia da vertigem: Deve ser destinada a casos específicos (tumores, fracassos do tratamento clínico em certas doenças), em combinação, ou não, com as medidas que constituem a múltipla abordagem do tratamento conservador.
Como a tontura evolui?
Algumas doenças, ou distúrbio labirínticos, são autolimitantes, ou seja, curam sozinhas. Outras curam por compensação labiríntica, ou seja, um reajuste entre as estruturas que comandam o nosso equilíbrio.
A grande maioria dos pacientes (cerca de 90%) responde favoravelmente à terapia antivertiginosa.
A maioria dos casos fica definitivamente curada. Outros melhoram significativamente, e apenas poucos casos são rebeldes ao tratamento. Nesses últimos casos,novas estratégias de tratamento podem ser aplicadas até obter-se o melhor resultado possível.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico?
Qual é a causa da minha tontura?
A minha tontura é uma doença?
Eu tenho tontura, vertigem ou labirintite?
O que é labirintite?
A minha tontura tem cura?
ABC (saúde)

A vertigem consiste numa falsa sensação de movimento ou de rotação ou na impressão de que os objectos se movem ou giram, e esta situação acompanha-se, habitualmente, de náuseas e de perda do equilíbrio. Alguns utilizam a palavra tontura para descrever uma dor de cabeça moderada, ou então qualquer sensação vaga e esporádica de desmaio, ou inclusive de falta de forças. No entanto, só a tontura verdadeira, que os médicos denominam de vertigem, provoca uma sensação de movimento ou de rotação. Pode ser momentânea ou durar horas ou inclusive dias. A pessoa com vertigem costuma sentir-se melhor se se deitar e permanecer imóvel: no entanto, a vertigem pode continuar mesmo quando se está totalmente parado.


Causas
O corpo apercebe-se do sentido da posição e controla o equilíbrio através dos órgãos do equilíbrio (situados no ouvido interno). (Ver secção 19, capítulo 209). Estes órgãos têm conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A causa da vertigem pode ser consequência de anomalias no ouvido, na ligação nervosa do ouvido ao cérebro ou no próprio cérebro. Pode também estar associada a problemas visuais ou mudanças repentinas na pressão arterial.
São muitas as perturbações que costumam afectar o ouvido interno e causar vertigem. Pode tratar-se de perturbações produzidas por infecções virais ou bacterianas, tumores, pressão arterial anormal, inflamação dos nervos ou substâncias tóxicas.
A tontura (ou enjoo) desencadeada pelo movimento é uma das causas mais frequentes de vertigem, podendo desenvolver-se em pessoas cujo ouvido interno seja sensível a certos movimentos, como os de vaivém, de paragem e de arranque bruscos. Estas pessoas podem sentir-se especialmente enjoadas ao viajar de carro ou de barco.
A doença de Ménière produz crises de vertigem repentinas e episódicas, associadas a zumbidos nos ouvidos (tinnitus) e surdez progressiva. (Ver secção 19, capítulo 212) É habitual que os episódios tenham uma duração de vários minutos a várias horas e que muitas vezes sejam acompanhados de náuseas e de vómitos intensos. Desconhece-se a causa.
As infecções virais que afectam o ouvido interno (labirintite) podem provocar vertigens que habitualmente se iniciam de repente e pioram no decurso de várias horas. A doença desaparece sem tratamento ao fim de alguns dias.
O ouvido interno está em comunicação com o cérebro por meio de nervos e o controlo do equilíbrio está localizado na parte posterior do cérebro. Quando o fluxo sanguíneo a esta zona do cérebro é inadequado (doença conhecida como insuficiência vertebrobasilar), a pessoa pode manifestar vários sintomas neurológicos, entre eles a vertigem.
Habitualmente, quando há cefaleias, linguagem ininteligível, visão dupla, debilidade numa das extremidades e movimentos descoordenados, estes costumam ser sintomas de que a vertigem pode ser provocada por uma perturbação neurológica do cérebro, mais do que por um problema limitado ao ouvido. Estas perturbações cerebrais podem ser a esclerose múltipla, fracturas do crânio, convulsões, infecções e tumores (especialmente os que crescem na base do cérebro ou próximo deste).
Dado que a capacidade do corpo para manter o equilíbrio está relacionada com a informação visual, pode verificar-se uma perda de equilíbrio por causa de uma visão deficiente, especialmente no caso de visão dupla.
As pessoas idosas ou as que tomam fármacos para controlar uma doença cardíaca ou uma hipertensão podem sentir tonturas ou desmaiar quando se põem de pé bruscamente. Este tipo de tonturas é consequência de uma breve baixa de tensão arterial (hipotensão ortostática) (Ver secção 3, capítulo 23), cuja duração é momentânea e por vezes se pode evitar levantando-se lentamente ou usando meias de compressão.

Diagnóstico
Antes de estabelecer o tratamento para a tontura, o médico deverá determinar a sua natureza e a seguir a sua causa. Qual é o problema? Trata-se de uma marcha descoordenada, uma sensação de desmaio ou de vertigem ou deve-se a outra coisa? Está a causa no ouvido interno ou noutra zona? Para determinar a natureza do problema será útil conhecer os pormenores acerca do início da tontura, quanto tempo durou, o que a desencadeou ou o que causou alívio e que outros sintomas a acompanharam (dor de cabeça, surdez, ruídos no ouvido ou falta de forças). Geralmente, os casos de tonturas não são uma vertigem nem constituem um sintoma grave.
A mobilidade ocular do paciente pode fornecer dados importantes ao médico porque os movimentos anormais dos olhos costumam indicar uma possível disfunção do ouvido interno ou das ligações nervosas entre este e o cérebro. O nistagmo é um movimento rápido dos olhos, como se a pessoa estivesse a olhar os ressaltos rápidos de uma bola de pingue-pongue, da esquerda para a direita ou então de cima para baixo. Dado que a direcção destes movimentos pode contribuir para o diagnóstico, o médico tentará estimular o nistagmo mediante um movimento brusco da cabeça do doente ou instilando umas gotas de água fria no canal auditivo. O equilíbrio pode verificar-se solicitando à pessoa que fique imóvel e que, depois, comece a andar sobre uma linha recta, primeiro com os olhos abertos e a seguir fechando-os.
Alguns exames de laboratório podem contribuir para determinar a causa da tontura e da vertigem. Os exames de audição revelam muitas vezes doenças do ouvido que afectam tanto o equilíbrio como a audição. Outros exames complementares podem consistir em estudos radiológicos e numa tomografia axial computadorizada (TAC) ou numa ressonância magnética (RM) da cabeça. Tais exames podem mostrar anomalias ósseas ou tumores nos nervos. No caso de suspeitar de uma infecção, o médico pode extrair uma amostra de líquido do ouvido, de um seio ou então da medula espinhal através de uma punção lombar. Se o médico suspeitar de uma insuficiência na irrigação sanguínea do cérebro, pode solicitar uma angiografia (injecta-se um contraste no sangue e depois efetuam-se radiografias para localizar obstruções nos vasos sanguíneos).

Tratamento
O tratamento depende da causa subjacente à vertigem. Os fármacos que aliviam a vertigem moderada são: a meclizina, dimenidrinato, perfenazina, escopolamina. Esta última é particularmente útil na prevenção do enjoo devido ao movimento e pode aplicar-se sob a forma de emplastro cutâneo, cuja acção neste caso dura vários dias. Todos estes fármacos podem causar sonolência, especialmente nas pessoas de idade avançada. A escopolamina em forma de emplastro é a que tende a produzir menos sonolência.
Manual Merck