6.15.2013

Líder do PSDB que é contra a Bolsa Família recorrerá ao STF para acessar investigação de boato sobre o Programa Bolsa Família

DE SÃO PAULO
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, disse neste sábado (15) que vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para ter acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga o boato sobre o fim do Bolsa Família.
Segundo Sampaio, a PF não permitiu que ele tivesse acesso ao conteúdo das investigações. Neste sábado, a Folha mostrou que, após ouvir depoimentos de mais de 200 pessoas, a polícia ainda não conseguiu comprovar a "ação orquestrada" que, segundo o governo federal, gerou tumulto em lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal em 13 Estados no mês passado.
Na apuração, que deve terminar no fim do mês, a PF ouviu técnicos e beneficiários do Bolsa Família, mas, até agora, o único ponto em comum encontrado para o início dos boatos foi a antecipação do pagamento pela própria Caixa Econômica Federal, como revelado pela Folha.
"É um direito garantido pela Constituição ter acesso ao inquérito e não podemos simplesmente rasgar a Carta Magna", afirmou Sampaio, em nota.
O deputado federal disse que o governo tenta "abafar os fatos". "Não podemos admitir ações irresponsáveis e levianas. O pedido foi abusivamente negado sem que o inquérito fosse declarado sigiloso", disse ele.
À época, a Caixa informou que a antecipação havia ocorrido só após os tumultos, com o objetivo de evitar novos transtornos.
Dias depois, confrontada com reportagem da Folha que revelou a antecipação do pagamento na véspera do boato, a Caixa voltou atrás, reconhecendo ter liberado R$ 2 bilhões de uma só vez nas contas de 13,8 milhões de famílias em todo o país.
O banco disse que antecipou o calendário em busca de "melhorias no cadastro", admitiu o equívoco das informações e pediu desculpas.
Os tumultos do mês passado levaram integrantes do governo e do PT a culpar a oposição. Sem indicar responsáveis, Dilma chamou de "criminoso" e "absurdamente desumano" o responsável por espalhar a falsa notícia.
A revelação de que a informação inicial da Caixa não era correta levou a oposição a pressionar a PF para acelerar a investigação e a pedir que Dilma fosse à TV pedir desculpas à população.

Do sonho ao vandalismo e à brutalidade

Manifestantes de movimentos sociais voltam às ruas das grandes capitais e são reprimidos com uma truculência injustificável e desproporcional, que não é vista desde os tempos da ditadura

 

  • Consultor Petista
    Quem leva um lança-chamas para uma manifestação está em busca de quê? De paz? Não parece. Também se viram coquetéis molotov, rojões, paus, pedras e o infalível spray, que vai sujando tudo. Quase 300 ônibus foram depredados. Estações de metrô foram seriamente danificadas. Desde o primeiro dia, os líderes das manifestações deram inúmeras declarações afirmando que a manifestação seria pacífica, sim, desde que a polícia se comportasse. O que significa? serão pacíficos desde que possam o que quiserem
    ( Consultor petista: comentário retirado do Jornal O Globo)

  • por Paulo Moreira Leite

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    PRAÇA DE GUERRA
    Na quinta-feira 13, PM cerca manifestantes na rua da Consolação, em São Paulo,
    que protestavam pacificamente e usa balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo
    Num país onde é frequente ouvir-se a queixa de que a sociedade sofre de profunda apatia, mostrando-se incapaz de mobilizar-se para defender seus interesses e encarar seus problemas de frente, a mobilização social de uma massa de estudantes e jovens trabalhadores de São Paulo deveria ser saudada como um exemplo de cidadania. Após quatro dias de protestos, contudo, surgiu em São Paulo uma situação hostil, assustadora e perigosa. Incapaz de atuar de forma preventiva, controlando as manifestações com métodos civilizados e fazendo uso consciente e responsável da força quando necessário, na última quinta-feira 13 a Polícia Militar de São Paulo retornou aos piores momentos de seu passado, quanto reprimia a população sob o regime militar para acuar e atacar militantes. Em meio à pancadaria, ocorreram 325 prisões e 105 pessoas ficaram feridas. Manifestantes foram alvejados com balas de borracha, bombas de gás e perseguidos pelas ruas da região central até tarde da noite. Atacados seletivamente, vários jornalistas acabaram feridos. Um deles, atingido no olho por um projétil emborrachado, corre o risco de perder a vista.
    O retorno da Polícia Militar a sua face mais violenta ocorreu num dia que até prometia uma jornada de calmaria. Num esforço para evitar a confusão da quarta-feira 12, quando 97 ônibus foram depredados, dezenas de vitrines foram quebradas e até um policial correu o risco de ser linchado, numa sucessão de atos condenáveis promovidos por baderneiros mascarados, infiltrados entre os manifestantes, autoridades e ativistas fizeram um acordo para realizar uma passeata em percurso autorizado. Já no início da tarde, no entanto, se viu que nem todas as partes pretendiam cumprir o combinado.
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    PARIS, 1968 Havia confrontos e o desejo de mudar o mundo
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    SÃO PAULO, 11/06/2013, baderneiros se aproveitam
    de movimento para depredar patrimônio público e privado
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    SEM COMANDO
    Policial lança gás de pimenta contra cinegrafista no centro de SP
    Numa concentração marcada para o Teatro Municipal, que pretendia arregimentar quem estava interessado em participar do protesto autorizado, a polícia dava uma demonstração de desenvoltura excessiva ao realizar 40 prisões “para averiguações”, eufemismo clássico para atos abusivos .“Quando fui perguntar por que dois conhecidos estavam sendo detidos, me advertiram: ‘Não faz muitas perguntas se não levamos você também,” conta o professor Lucas Oliveira, 28 anos, um dos porta-vozes do Movimento Passe Livre, entidade que cumpre, na luta por melhorias no transporte público, um papel semelhante ao que o MST assumiu na luta pela reforma agrária. Horas mais tarde, perseguido pela tropa de choque quando liderava uma passeata em outro ponto da cidade, Lucas Oliveira teve a canela ferida por uma bomba, sendo levado a um pronto-socorro.
    Falta ação da polícia para reprimir o crime, mas sobra
    força para repreender a população de forma arbitrária
    Apesar destes percalços, o acordo parecia de pé. Tanto que a passeata autorizada realizou-se sem maiores atropelos, na área demarcada. Mais tarde, quando a caminhada atingia a rua da Consolação, ocorreu um episódio que faz parte do figurino de todo ato de protesto que se preze. Depois de cumprir o combinado, tentou-se ir mais além. Não é uma demonstração de cavalheirismo, nem de amor a palavra empenhada, mas faz parte do jogo tanto por parte de quem organiza protestos como de quem presta serviços policiais. A faísca acendeu ali. A PM poderia ter assumido duas atitudes razoáveis. Manter a avenida bloqueada, impedindo que a marcha seguisse em frente, nem que fosse preciso pedir reforços. Ou poderia, num ato de insólita cortesia, abrir passagem para os manifestantes. Não se fez uma coisa nem outra. Quando lideranças do movimento tentavam negociar uma nova autorização, soldados da Tropa de Choque começaram os disparar tiros com balas de borracha. Bombas e até granadas foram atiradas sobre os manifestantes, que se dispersaram em correria pela rua mais célebre da boemia de São Paulo, a Augusta, onde foram atacados mais uma vez. Num esforço repetido de concentração e dispersão, sempre com policiais em seu encalço, a passeata seguiu em grupos menores, até tarde da noite. Ainda em atividade, a polícia importunou casais de namorados em bares da avenida Paulista. Passageiros de um ônibus foram atingidos por uma bomba de gás. Motoristas abandonaram os carros nas ruas, assustados. Num reflexo típico de tempos autoritários, a PM investiu com dureza seletiva sobre jornalistas presentes. A fotógrafa Giuliana Vallone, da Folha de S. Paulo, tomou um tiro de bala de borracha no olho. Outro fotógrafo também foi alvejado com maior periculosidade e na sexta-feira 14 corria o risco de perder uma vista.
    ...Enquanto isso, em Paris
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    Em meio à crise nas ruas, o prefeito paulistano Fernando Haddad, o vice-presidente
    Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
    encontravam-se em Paris na terça-feira 11 em solenidade
    Com tamanha brutalidade, a atuação da Polícia Militar ameaça dar um novo caráter à luta contra o reajuste da passagem. Mobilização realizada em nome de uma reivindicação social legitima, que deve ser discutida de forma civilizada e a partir de argumentos racionais, a repressão coloca em pauta o direito de cada cidadão pela liberdade de defender seus interesses. Conflitos políticos que fogem dos padrões da boa educação confundem o raciocínio e costumam ser avaliados mais pela coreografia do que pela substância. A passagem de ônibus teve um reajuste de 6,7% contra uma inflação de 15% desde o último aumento, de janeiro de 2011. O reajuste pode parecer razoável no visor de uma calculadora, mas está longe de ser uma questão simples.
    Num cálculo do DIEESE, realizado em Porto Alegre, mas que tem semelhança com o que aconteceu no país inteiro, as passagens subiram 670% de 1994 para cá – contra uma inflação de 281%. Nesse ritmo, um cidadão paulistano que anda de ônibus duas vezes por dia e paga a passagem com dinheiro do próprio bolso deixa, na catraca, o equivalente a três meses de salário mínimo por ano. É uma boa quantia, mesmo quando se recorda benefícios recentes como o bilhete único e o vale transporte, que transfere grande parte do custo das passagens de funcionários de baixos salários, com registro em carteira, para a empresa. O encarecimento dos transportes tem levado um número cada vez maior de pessoas a andar a pé pelas grandes cidades. Falta-lhes dinheiro até para embarcar numa sardinha em lata nas horas de pico.
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    CAVALARIA INCONSEQUENTE
    Na rua da Consolação, em São Paulo, polícia montada parte pra cima de manifestantes na quinta 13.
    Desta vez, não havia os tumultos provocados por minorias no dia anterior (abaixo)
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    Embora os aumentos de passagem sejam alvo de descontentamento desde que os primeiros ônibus passaram a circular no país, ainda no século passado, não é uma surpresa que há pelo menos uma década os movimentos contra os reajustes tenham-se tornado um costume nacional, com altos e baixos em cada lugar. Em 2003, Salvador ficou paralisada por dez dias até que a prefeitura cedesse 9 das 10 reivindicações apresentadas pelos líderes do movimento. Em Florianópolis, os protestos conseguiram revogar dois aumentos, em 2004 e 2005. Em Vitória, isso já aconteceu uma vez. Mirando-se no exemplo paulistano, que preferem ver longe de seus domínios, outros prefeitos resolveram agir antes que fosse tarde. Em Curitiba, o preço da passagem foi reduzido em dez centavos. Em Goiânia, depois de subir para R$ 3,00 ela retornou para R$ 2,70. Em Manaus, houve um aumento de R$ 2,75 para R$ 3,00, mas o preço agora é R$ 2,90. Em Cabo Frio(RJ), a população vale-se do subsídio da prefeitura e paga apenas R$ 0,50 pela passagem dentro do perímetro do município.
    O cidadão que anda de ônibus duas vezes ao dia deixa na
    catraca três salários mínimos por ano. há razões para protestar
    Nos últimos anos, a sucessão de protestos levou ao surgimento, em vários pontos do país, do Movimento Passe Livre, uma federação de estudantes – muitos já se formaram desde então – com ideias esquerdistas de várias famílias, e uma prática de quem rejeita toda submissão a partidos políticos. Em São Paulo, o MPL tem raízes entre universitários da USP e estudantes de estabelecimentos frequentados por uma elite cultural de esquerda, como Escola da Vila, Vera Cruz, Oswald e o Colégio Equipe, mas é o centro nervoso de uma articulação maior e mais popular, com conexão com sindicatos e entidades da periferia. Seus encontros reúnem militantes selecionados, funcionando de acordo com princípios de horizontalidade. Não há hierarquia formalizada. Todos têm direito a usar a palavra pelo tempo desejado por cada um – e por essa razão alguns debates podem prolongar-se por até 12 horas. As deliberações não são obtidas pelo voto, mas por um esforço permanente para se obter consenso. Praticantes de uma escola política que tem suas origens em movimentos radicais do século XIX, eles cultivam uma utopia urbana radical. Condenam o que chamam de “ mercantilização” do transporte público e defendem a cobrança de tarifa zero – isto é, o transporte gratuito. Este sistema que costuma funcionar em cidades menores, em especial na Europa e em alguns estados norte-americanos, também foi implantado em três cidades brasileiras. São localidades pequenas, como Agudos, em São Paulo, Porto Real, no Rio, e Ivaiporã, no Paraná. A população de todas elas, somadas, não chega a 100 000 habitantes. Quando era prefeita de São Paulo, Luiza Erudina chegou a elaborar uma proposta de tarifa zero, mas não levou o projeto adiante. Em público ou em conversas reservadas, os militantes do MPL condenam atos de vandalismo como uma espécie de contra senso, pois prejudicam aquilo que gostariam de preservar – que são estações de metrô, pontos de ônibus e o espaço público em geral. “A gente não apoia nenhum tipo de depredação, seja de ônibus ou de estação de metrô”, diz o universitário Caio Martins Ferreira. “Tentamos conter, mas é difícil. A gente não é dono de ninguém para dizer quem deve fazer o que,” diz.
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    Os episódios de vandalismo que acompanham os protestos envolvem pessoas de outra origem, que trafegam um universo no qual a violência é um culto permanente, embora possa ser empregada de formas variadas. Ora pode ser um caminho para um acerto de contas entre turmas rivais, ora pode até apresentar um conteúdo político. São os chamados anarco-punks, um tipo de ativismo nascido nos bairros operários que enfrentavam as medidas de austeridade de Margareth Tatcher nos anos 1980, e que se tornou moda no Brasil uma década depois. Em dias normais, o esporte predileto dos anarco-punks é trocar pauladas com os skin-heads, inimigos irredutíveis e violentos. Em dias de mobilização política, como aconteceu em São Paulo por esses dias, comandam o quebra-quebra.
    Com outros nomes e rostos, mas um ideário parecido, eles já apareceram em outros lugares. Na quinta-feira, eles surgiram entre as mobilizações em Porto Alegre. Picharam 21 lojas, depredaram seis agências bancárias, reviraram 40 containers de lixo. Em situação semelhante, 2 mil pessoas organizaram um protesto no Rio, no mesmo dia. O início foi pacífico, mas, no final, ocorreram cenas de baderna e confronto. Há dois anos, anarco-punks fizeram sua aparição à frente de uma sequência de atos selvagens em Teresina, no Piauí. Escondiam o rosto com capuz e se apresentavam como militantes de um certo “Movimento Anti-Capitalista”. A exemplo do que ocorreu em São Paulo, não surgiram nos primeiros dias das mobilizações, mas naquela etapa em que o movimento já tinha força própria. Já chegaram quebrando bancos e vitrines de loja, incendiando ônibus. “Consegui marcar uma conversa a sós com um deles,” conta o senador Wellington Dias, ex-governador e principal liderança política do Estado “Queria entender o que pretendiam. É outro mundo. Eles eram contra o sistema. Queriam quebrar tudo. São adversários de toda autoridade, desprezam as leis. O simples fato de encontrar-se com um político, como eu, já era perigoso e condenável.”
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    RIO DE JANEIRO
    Na capital carioca, ato na Candelária que começou pacífico, terminou
    com violência e depredação de prédios e monumentos históricos.
    Protestos no centro da cidade foram liderados por militantes do PSTU
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    PORTO ALEGRE
    Na capital gaúcha, dezenas de manifestantes se concentraram em frente
    do prédio da prefeitura, que tinha a entrada isolada por cordas e vigiada
    pela Guarda Municipal, durante reivindicação contra o aumento da tarifa
    A brecha que abriu espaço para os protestos contra um aumento de 20 centavos nasceu de uma presunção política – a ideia de que o reajuste poderia ser visto como uma questão administrativa. Fernando Haddad, o prefeito de São Paulo do PT, e Geraldo Alckmin, o governador tucano, pretendiam anunciar o aumento em janeiro, mas, em função de um pedido da presidente Dilma Rousseff, receosa de que a medida pudesse alimentar a inflação, decidiram adiar o reajuste por seis meses. O tempo permitiu uma negociação que parecia favorável a todos. O governo federal desonerou o PIS e o COFINS das empresas de ônibus. Com isso, foi possível elevar a passagem para R$ 3,20 em vez de para R$ 3,40.
    Tudo parecia acertado, mas faltou combinar com o principal interessado – o passageiro, que teria de colocar a mão no bolso e entrar com sua cota de sacrifício. Embora o reajuste das passagens seja um pesadelo histórico na rotina dos prefeitos de grandes cidades, que nem sempre enfrentam protestos portentosos, mas nunca são capazes de evitar quedas abruptas em seus índices de aprovação popular depois que o cidadão comum sente o golpe, o reajuste foi encaminhado como se fosse a coisa mais natural do mundo. “Eles esqueceram que por trás de uma decisão técnica sempre há uma questão política,” afirma Lucas Oliveira.
    Manifestações chegam a vários pontos do país
    e ganham causas diversas, da saúde à educação
    No início dos protestos, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad se encontravam em viagem em Paris, ao lado do vice-presidente Michel Temer. De lá mesmo informaram que não pretendiam modificar o reajuste. Numa argumentação que repetiu ao voltar ao Brasil, Alckmin explicou que o caixa do governo não tinha recursos para subsidiar o preço baixo. Haddad lembrou que, na campanha eleitoral, assumira o compromisso de fazer reajustes abaixo da inflação – o que fez, efetivamente. Tanto o prefeito como governador tem argumentos. Mas as manifestações expressaram outra realidade, mais exigente e inconformada – e são elas que aguardam respostas. Mas não as que a PM, com força violenta e desproporcional, deu.
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    Fotos: Ian Boechat; Rodrigo Paiva/RPCI; MASTRANGELO REINO/A2 FOTOGRAFIA; Ig Aronovich/Lost Art; Renato Luiz Ferreira/Folhapress; FABI0 TEIXEIRA / UOL/FOLHAPRESS; Tarlis schneider/ acuracia fotojornalismo; FABI0 TEIXEIRA; Felipe Paiva/Frame; ALICE VERGUEIRO/FUTURA PRESS; Cris Faga / Fox Press Photo

    As armadilhas do cérebro para sabotar a sua dieta

    Novas pesquisas revelam os mecanismos cerebrais que levam as pessoas a comer mais. saiba como driblar essas ciladas da mente e resistir às tentações

    Cilene Pereira e Monique Oliveira

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    No esforço para reduzir a epidemia mundial de obesidade, a ciência tem centrado seu empenho em descobrir todos os fatores que propiciam o acúmulo de peso. Nesse campo, a última das principais descobertas joga luz sobre o papel do cérebro na questão. E, ao que parece, muitas vezes ele mais trabalha contra do que a nosso favor. Engendra armadilhas que impulsionam as pessoas a comer mais, a resistir menos, a fazer as escolhas erradas. Tudo isso sem que elas se deem conta de que estão sob sua influência. Ou seja, engordam, sem perceber que estão sendo levadas a isso.
    As informações reveladas pelas pesquisas mais recentes apontam vários mecanismos pelos quais o cérebro tenta sabotar os esforços para emagrecer. O primeiro deles remonta ao início da evolução humana, quando o homem lançava mão de todas as estratégias para sobreviver. Entre elas estava o armazenamento da maior quantidade possível de energia obtida a partir dos alimentos – uma garantia de que o corpo teria combustível suficiente para funcionar mesmo em condições adversas. Foi algo útil naquelas circunstâncias, mas hoje perdeu o sentido. Trata-se, porém, de um estratagema gravado na memória. Por isso, a cada situação que o cérebro entende como uma ameaça ao estoque energético do organismo, a resposta é a mesma: uma ordem para guardar mais calorias. Instintivamente, o indivíduo vai procurar consumir as opções com maior teor calórico – leia-se, alimentos com mais gordura e açúcar – e haverá reações cerebrais para reduzir o ritmo metabólico.
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    Isso fica claro quando se analisam, por exemplo, as conclusões dos novos estudos a respeito do impacto da falta de regularidade na ingestão de alimentos. Um dos mais recentes foi realizado na Cornell University (EUA). Os cientistas acompanharam as reações de 68 voluntários. Parte comeu algo horas antes de ir a um supermercado e a outra metade, não. Aqueles que entraram com fome não só compraram mais produtos como adquiriram 31% mais artigos com alto conteúdo calórico. Foi o cérebro mandando sinais para assegurar aporte energético. “Até pequenos períodos sem comer podem levar a escolhas em que são privilegiados os alimentos calóricos em detrimento dos saudáveis”, disse Brian Wansink, autor do trabalho. “Por isso, a melhor coisa a fazer é não pular refeições.”
    Situação semelhante ocorre quando se dorme mal ou menos horas do que o necessário. O cérebro entende esses episódios como ameaças ao estoque de energia para o dia seguinte. Trabalha para dar mais combustível a um organismo que, na sua avaliação, precisará de mais esforço para vencer a jornada. Na Columbia University (EUA), os cientistas constataram uma reação interessante. Depois de acompanharem as respostas cerebrais de 25 indivíduos após oito horas de sono e depois de apenas quatro horas de descanso, eles verificaram que quando os participantes estavam sonolentos apresentavam uma reação mais intensa diante de imagens de opções muito calóricas e que apresentavam uma composição nutricional mais variada. “Nessas horas, ninguém procura um doce de abóbora”, explica o psiquiatra Adriano Segal, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade. “Esse doce não concentra outros nutrientes necessários à vida, como proteí-na e carboidrato. É mais fácil recorrer a um pudim, que possui ambos.”
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    A herança ancestral se manifesta também no funcionamento do relógio biológico. Ele foi programado para impelir o organismo a ter fome de doces à noite – para guardar energia visando o dia seguinte. “Isso serviu no passado, mas hoje aumenta o risco de ganho de peso”, afirmou à ISTOÉ Steven Shea, da Oregon Health & Science University (EUA). Ele conduziu um experimento no qual essa vontade de comer açúcar ficou patente a partir do entardecer. “E se você fica acordado até mais tarde, no período em que naturalmente tem mais fome por doces, comerá mais calorias, não irá gastá-las porque irá descansar depois e terá seu sono prejudicado”, disse o pesquisador. “Tudo isso leva à obesidade. Por isso, durma cedo.”
    O consenso científico nesse ponto é de que as refeições mais fartas e calóricas devem ser as primeiras do dia. “As pessoas devem fazer um ótimo café da manhã o mais cedo possível e depois diminuir a quantidade de calorias ingeridas”, disse à ISTOÉ Marta Garaulet Aza, da Universidade de Murcia, na Espanha, coautora de uma experiência na qual foi constatado que pessoas habituadas a comer mais tarde perdem menos peso.
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    Ao longo da evolução, o cérebro também foi sendo condicionado a interpretar a comida como fonte de prazer. É o que os cientistas chamam de fome ligada ao hedonismo. “Estudos comprovam a existência de mecanismos de neuroadaptação que nos levam a procurar recompensas emocionais, que atuarão nos nossos controles hormonais, em busca da manutenção da vida”, diz a nutricionista Alessandra Luglio, de São Paulo. Isso quer dizer que o órgão estimula o consumo de alternativas associadas a alto conteúdo calórico e também a maior sensação de bem-estar. É por essa razão que ninguém procura compensação em um prato de salada. Vai buscá-la em um pedaço de bolo, de chocolate ou em um hambúrguer.
    Há dois problemas nessa armadilha. Além de serem muito calóricos, descobriu-se recentemente que alimentos como esses contêm nutrientes capazes de disparar, no cérebro, uma espécie de dependência. “A ingestão alimentar é controlada por fatores cognitivos, emocionais e de recompensa, envolvendo a mesma via neuronal pela qual é processado o vício em uma determinada substância”, afirma a nutricionista Elaine de Pádua, de São Paulo. De fato, após serem ingeridos, eles ativam em cheio o centro cerebral vinculado à dependência. Por isso, a ingestão constante desse gênero de produtos fará com que o indivíduo seja induzido a querer sempre mais para sentir o mesmo prazer.
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    E de forma impulsiva, em muitos casos. Afinal, como revelou um trabalho feito na Universidade de Iowa (EUA), anunciado na última semana, os circuitos cerebrais envolvidos em comportamentos obsessivos-compulsivos estão conectados aos que controlam a ingestão de comida. “Pequenas perturbações nesse sistema podem levar à obesidade porque incentivam o consumo em demasia de opções gordurosas”, disse Michael Lutter, autor do trabalho.
    Esses mecanismos explicam, por exemplo, por que é difícil comer apenas uma batatinha frita ou poucas pipocas. Simplesmente não se consegue parar. “São alimentos ricos em gordura e carboidratos, que estimulam mensagens de prazer para o cérebro e podem levar à dependência”, disse à ISTOÉ Tobias Hoch, da FAU Erlangen-Nuremberg, da Alemanha, estudioso do tema. Além disso, podem acionar os tais circuitos cerebrais vinculados a comportamentos obsessivos. Ou seja, provavelmente serão consumidos vorazmente, até o fim.
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    E há mais informações indicativas de como o cérebro pode trabalhar contra. Em uma pesquisa divulgada na última semana, cientistas da Universidade de Wurzburg, na Alemanha, descobriram que, quando se está triste, a tendência não é só procurar opções mais gordurosas. A pessoa também tem reduzida sua habilidade de sentir quanto de gordura está ingerindo. É como se um véu descesse temporariamente sobre o paladar – e o indivíduo perde a conta de quanto está consumindo de algo que o fará ganhar alguns quilos.
    Para tornar ainda mais difícil a briga contra a balança, o cérebro reage melhor a refeições repletas de gordura e açúcar, mesmo quando elas são menos saborosas do que outras, saudáveis. Cientistas da Universidade de Yale (EUA) provaram este efeito. Por meio da análise de imagens do cérebro de participantes após a ingestão de bebidas mais e menos açucaradas, eles viram que a sensação de satisfação era maior com as mais doces, mesmo com os voluntários achando as menos adocicadas mais saborosas.
    O consumo constante de alimentos gordurosos provoca outros danos que levam à obesidade. O primeiro é ao funcionamento do hipotálamo, estrutura do cérebro responsável pela sensação de fome. Pesquisadores da Universidade de Washington (EUA) identificaram um processo de inflamação, e consequente lesão na região onde ele está localizado, deflagrado apenas três dias depois da ingestão de uma dieta rica em gordura. A observação foi feita em animais “Quando o cérebro está inflamado, o hipotálamo tem dificuldade de relacionar a ingestão versus saciedade”, explica a nutricionista Liliane Moitinho, do Rio de Janeiro. “Os prejuízos gerados pela inflamação podem reduzir o controle da pessoa sobre seus hábitos alimentares”, complementa a nutricionista Madalena Vallinoti, de São Paulo.
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    O mesmo trabalho de Washington registrou que o consumo exagerado de gordura provoca ainda uma diminuição de 25% no número de determinadas células que desempenham papel importante no controle do peso, ajudando a regular o apetite. Mais um golpe contra qualquer tentativa de emagrecer.
    Encher o prato com escolhas repletas de gordura e açúcar ainda prejudica o raciocínio, o que interfere no processo de tomada de decisão. “O alto consumo desses nutrientes tem impacto negativo no funcionamento do cérebro”, explicou o cientista Rosebud Roberts, da Clínica Mayo (EUA). Ele foi um dos pesquisadores que constataram um declínio cognitivo em pessoas habituadas a ingerir refeições gordurosas e com muito açúcar. Com o raciocínio enfraquecido, a tendência é errar no momento de optar entre o que faz bem, mas não parece tão atraente, e o que faz mal, mas salta aos olhos.
    Essas informações reforçam a convicção científica de que, quando o assunto é obesidade, as pessoas podem não estar tanto no controle quanto pensam. Por outro lado, a mesma linha de pesquisa que embasa essa conclusão apresenta algumas estratégias para neutralizar as tentativas cerebrais de sabotagem. Nos últimos anos, dezenas de experimentos com o cérebro deixam patente que é possível treiná-lo – e, em muitos casos, enganá-lo (leia no quadro abaixo).
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    Uma das armas que podem ser usadas é a memória. Uma experiência da Universidade de Bristol, na Inglaterra, revelou que somente a lembrança de ter saboreado uma farta refeição pode ser suficiente para deixar as pessoas com menos fome, mesmo horas depois do repasto. Os cientistas mostraram a voluntários pequenas ou grandes porções de sopa pouco antes do almoço. Em seguida, deram a cada um deles porções de tamanhos similares. Três horas após terem sido alimentados, os que tinham visto as frações maiores manifestavam menos fome. Vinte horas depois, a saciedade entre este grupo permanecia mais forte. “Esse estudo expõe o papel da cognição no controle da fome”, disse Jeffrey Brunstrom, líder do trabalho.
    Uma pesquisa feita na Universidade de Cornell (EUA) comprova a tese da importância da mente quando ela é usada a nosso favor. Dois grupos de participantes foram investigados para saber como se sentiam 15 minutos depois de comer chocolate, torta de maçã e batatinha frita. Metade ingeriu frações grandes, que totalizavam 1,3 mil calorias. O restante foi alimentado com o equivalente a 195 calorias. “Os que comeram mais não ficaram mais saciados do que os que comeram menos”, escreveram os autores do trabalho. “Pequenas porções proporcionam satisfação similar à promovida pelas grandes. Então, da próxima vez que quiser um pedaço de bolo, lembre-se de que você pode ficar feliz com um pedaço menor”, aconselhou a cientista Ellen van Kleef. E se tiver um aroma mais forte, melhor ainda. Segundo experiência divulgada na revista científica “Flavour”, quanto mais intenso o cheiro do alimento, menor o tamanho das mordidas. “E as pessoas comem menos se a mordida for pequena”, disse à ISTOÉ René de Wijk, autor do trabalho que registrou uma redução de 5% a 10% no tamanho das mordidas quando a opção tinha um aroma mais pronunciado. 

    Jogo de abertura da Copa das Confederações Brasil 3 x 0 Japão

     AFP

    Brasil abre caminho com golaço de Neymar e vence Japão sem sustos

    Cerca de 70 mil torcedores foram ao estádio Mané Garrincha e apoiaram a Seleção, que agora enfrenta o México

    Terrra
    Um gol no início de cada tempo para se mostrar concentrada, motivada e afim de justificar os quase 70 mil torcedores que foram ao Estádio Nacional Mané Garrincha, neste sábado, em Brasília. Assim, com um golaço de Neymar, e mais dois de Paulinho e Jô, a Seleção Brasileira abriu caminho com vitória tranquila por 3 a 0, sobre o Japão, na partida inaugural da Copa das Confederações.
    Não foi uma atuação implacável do Brasil, mas foi acima da média de estreias normalmente marcadas por tensão. Tudo isso, principalmente, graças aos gols rápidos nos dois tempos. O mais importante, claro, marcado por Neymar. Mesmo sem brilhar intensamente, ele foi decisivo. Marcou com finalização precisa e belíssima para a alegria de Luiz Felipe Scolari, seu protetor nos últimos dias.
    A torcida da capital federal, recheada por quem viajou de todo o País até Brasília, fez sua parte com os jogadores. Houve uma ou outra vaia, mas o clima geral foi de apoio a Neymar, Oscar e companhia. Até o normalmente contestado Hulk, que foi aplaudido. As exceções ficaram para as autoridades. Dilma Rousseff, Joseph Blatter e José Maria Marin foram alvos das arquibancadas antes de a bola rolar e tiveram de engolir as vaias.
    Foram 840 minutos sem marcar, de camisa santista e de camisa brasileira. Mas quando a Seleção realmente precisou, Neymar estava lá. Foi, acima de tudo, rápido e muito preciso. E acrescentou uma alta dose de capricho a uma finalização belíssima da entrada da área. Aos 3 minutos de jogo, o Brasil já tinha a vantagem no placar graças a seu maior talento. Fred fez o papel de pivô, escorou a bola e abriu passagem. Neymar ajeitou o corpo para a esquerda e, de pé direito, estufou as redes.
    O gol que inaugurava o placar também deixava a Seleção Brasileira leve. As jogadas fluíam e a partida era controlada, ainda que não fosse evidentemente um espetáculo de atuação. Os japoneses mostraram personalidade com a desvantagem no placar. Em especial Keisuke Honda, camisa 4 e com fama de decisivo.
    Foram três conclusões dele ao gol de Júlio César enquanto os japoneses tentavam o empate já no primeiro tempo. Mas nada que realmente levasse risco a Júlio, a bem a verdade. Risco mesmo foi o Brasil que impôs nos instantes finais antes do intervalo. Primeiro em bola cruzada com veneno por Oscar, da direita, que ninguém arrematou. Depois em um foguete que partiu da perna esquerda de Hulk, aos 41min, e balançou as redes - mas por fora. Por fim, em tabela esperta de Neymar com Fred, que fez Kawashima trabalhar.
    Segundo tempo
    Bastou o jogo reiniciar em Brasília para a Seleção mostrar que estava concentrada ao máximo no que tinha de fazer. Já de cara, dobrou a vantagem no marcador para aliviar qualquer tipo de tensão, principalmente do público que apoiava e também cobrava. Em alguns momentos, até vaiava. Mas aplaudiu Paulinho.
    Aos 3min, a jogada começou pela esquerda, com Neymar, e passou pelo pé de Hulk até chegar a Daniel Alves na direita. Atravessou o campo e voltou para o meio com um bom cruzamento do lateral direito que encontrou a eficiência de Paulinho. O ainda volante do Corinthians, mas desejado por vários clubes europeus, chutou rápido. Kawashima até enconstou, mas não impediu.
    A partida seguiu no ritmo de boa parte do primeiro tempo. A Seleção Brasileira controlou, chegou a se aproximar da área japonesa, mas não criou oportunidades em série. O Japão contou com a postura ativa de Maeda, que entrou para tentar o panorama e arriscou boas finalizações. Júlio César, porém, foi seguro e o Brasil não tomou gols pela segunda atuação consecutiva.
    Felipão aproveitou a vantagem para fazer substituições. Sacou Neymar, com dores, e Fred, desgastado, para dar chances a Lucas e também Jô. Ainda trocou Hulk por Hernanes para observar sua alternativa tática preferida (4-3-3). E o time se mostrou mais uma vez letal quando teve espaço: Oscar arrancou com velocidade pela esquerda e deu um presente para Jô. De canhota, ele chutou por baixo de Kawashima e, pela primeira vez, marcou pela Seleção.

    Estresse e variações hormonais são vilões para quem sofre de enxaqueca



      UOLPara quem sofre do problema, que tem origem genética, os receptores de dor em volta do cérebro são muito sensíveis a determinados gatilhos

    • Para quem sofre do problema, que tem origem genética, os receptores de dor em volta do cérebro são muito sensíveis a determinados gatilhos
    Cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca, um tipo de dor de cabeça que costuma vir acompanhada de intolerância à luz e náuseas.
    Para quem sofre do problema, que tem origem genética, os receptores de dor em volta do cérebro são muito sensíveis a certos gatilhos, como estresse e cansaço. No caso das mulheres, as oscilações hormonais costumam ser os vilões. Alguns alimentos, como os muito gordurosos ou picantes, também podem levar indivíduos suscetíveis a ter crises de enxaqueca. 
    De acordo com o médico, uma estratégia pouco adotada pelos pacientes, mas bastante eficaz, é adotar um tratamento preventivo. O especialista prescreve algum tipo de medicamento (que aparentemente não tem nada a ver com a enxaqueca) para ser tomado todos os dias. Assim, as crises ficam mais espaçadas e, quando aparecem, vem com uma intensidade bem menor.
    Para quem costuma se automedicar, o neurologista faz um alerta: abusar de remédios para dor de cabeça provoca o chamado efeito rebote: a dor aparece com frequência maior e mais forte. 



    Problemas de visão provocam dor de cabeça?

    Problemas no fígado ou estômago causam enxaqueca. MITO: não há indícios de relação entre a dor de cabeça e tais doenças. Alguns alimentos, no entanto, podem deflagrar crises de enxaqueca e causar mal-estar em pessoas sensíveis a eles. Nestes casos, a dor é desencadeada pela ingestão desses produtos e não por alguma questão digestiva. Além disso, durante a crise de dor, o estômago se dilata e fica paralisado como parte do próprio processo químico da dor. Aqui ocorre a sensação desagradável de indigestão e enjoo que faz os pacientes pensarem em causa digestiva ou alimentar

    Alimentação incorreta pode fazer sua noite de amor ir por água abaixo



    Cármen Guaresemin
    Do UOL, em São Paulo
    O ideal é fazer uma refeição de qualidade, com alimentos leves e de fácil digestão, com pouca gordura

    • O ideal é fazer uma refeição de qualidade, com alimentos leves e de fácil digestão, com pouca gordura
    Comida e sexo são prazeres muito próximos. Assim, nada mais romântico que um jantar à luz de velas, um bom vinho, música suave ao fundo e uma conversa interessante. Porém, se você exagerar na quantidade e pecar na qualidade da comida, além de extrapolar na bebida, as chances de sua noite de amor se tornar um fiasco são enormes.
    O médico nutrólogo Antonio Elias de Oliveira Filho, diretor da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), comenta que nosso instinto de sobrevivência é mais focado em comer do que em fazer sexo. Porém, os centros límbicos do prazer, que regem fome e sexo, estão muito próximos. "As necessidades primitivas do ser humano são comer, dormir, caçar e fazer sexo, isso tudo para manter a espécie. O instinto do prazer relaciona comida com sexo. E ambos têm de ser bons antes, durante e depois".

    Ele frisa que sexo é uma atividade física prazerosa, que envolve o emocional e o psicológico. Assim, um bom preparo físico para executá-lo é ideal. "Claro que não é como uma maratona, mas você tem de se preparar. Não se deve comer muito logo antes da prática sexual, isso porque uma alimentação pesada aumenta a taxa de glicose".





    Conheça alguns alimentos que você deve evitar antes do sexo

    Feijão: "Alimentos como feijão e lentilha são de digestão lenta e possibilitam a formação de gases. Melhor comer bem pouco", ensina o nutrólogo Antonio Elias de Oliveira Filho. A nutricionista Luciana Harfenist acrescenta que o feijão pode causar, para algumas pessoas, não só gases, mas azia e aquela sensação de barriga estufada. "Sintomas desagradáveis e prejudiciais para a prática sexual, já que nesse momento devemos nos sentir plenos com a nossa saúde" Photo5/Divulgação

    Leveza e qualidade
    O ideal é que seja feita uma refeição de qualidade, com alimentos leves e de fácil digestão, pouca gordura e açúcar, de uma hora e meia a duas horas antes da prática sexual. E isso vale para outras atividades físicas também, lembra o médico. Isso porque uma refeição pesada e gordurosa, como uma feijoada, por exemplo, vai incorrer em sonolência e diminuição do apetite sexual. "A pessoa vai querer dormir, assim o desempenho diminuirá muito", alerta o nutrólogo.

    Quando se come demais, a irrigação sanguínea se concentra na área do sistema digestivo. E, na hora do sexo, é preciso que este sangue opere na região genital. Essa troca toda acaba diminuindo a performance física, também.  

    A nutricionista Luciana Harfenist, da clínica de Nutrição Funcional (RJ), afirma que, para se conseguir uma vida sexual ativa, é importante cuidarmos do nosso organismo por inteiro, garantindo nutrientes essenciais para uma perfeita atividade metabólica. "Nosso organismo é formado por células, que são compostas por  nutrientes, e nós precisamos de mais de 40 tipos de vitaminas e minerais ao mesmo tempo  para garantir a saúde dessas células".

    Ela lembra que as pessoas precisam ficar atentas ao que ingerem, pois alimentos como o alho podem ser indigestos para algumas pessoas, causando gases e arrotos.  "Ou seja, sintomas desagradáveis e prejudiciais para a prática sexual, já que nesse momento devemos nos sentir plenos com a nossa saúde".

    O paradoxo da bebida
    A bebida alcoólica é um capítulo à parte. Paradoxalmente, pode tanto deixar a pessoa mais desinibida e interessada, se tomada na quantidade certa, como também pode ser algo literalmente brochante, causando dificuldades de ereção se a dose for exagerada.

    "Se você tomar, por exemplo, uma taça de vinho, meia cerveja ou meio copo de caipirinha, ficará estimulado, mais liberado e aberto sexualmente, feliz e alegre. Agora, se beber muito, vai ter sono, passará da fase do estímulo para a da depressão, diminuindo o desempenho. Resumindo, se sair para jantar e comer e beber muito, será um fracasso na cama", comenta Oliveira Filho.

    O nutrólogo indica alguns alimentos que agradam e não comprometem o desempenho: de entrada, uma salada bem temperada com alimentos quentes como beterraba e pimenta. Como prato principal, uma proteína como carne, peixe ou frango, mas cozida, grelhada ou assada, e nunca frita ou à milanesa, com molho pesado com queijo ou manteiga. E arroz para acompanhar, de preferência integral.

    Na hora da sobremesa, opte por frutas ou um creme leve como papaia com cassis. "Neste momento, divida sua escolha com a(o) parceira(o). Assim, ambos comem apenas metade e já vão criando um clima de cumplicidade e intimidade".

    Já  Harfenist  recomenda itens como frutas, hortaliças, grãos, proteína animal de boa qualidade, nozes, castanhas, frutas vermelhas, laranjas, folhas escuras, semente de linhaça, quinoa em grãos, feijão azuki, salmão, ovos orgânicos, chá verde e azeite extravirgem, entre outros. "Evite sempre frituras, pois o excesso de gorduras causa má digestão, gases e também vai interferir, de forma negativa, no apetite sexual."

    Comida e compulsão
    Para algumas pessoas, a diferença entre comida e sexo é algo muito tênue. Não é incomum encontrar aqueles que buscam, na alimentação, satisfação para outras áreas de sua vida, como a amorosa. Isso implica em ganho de peso e perda de autoestima.

    Oliveira Filho confirma: "Para comer, você tem de ter apetite antes. A comida tem de ser prazerosa durante e, depois, você tem de se sentir bem porque se saciou. O mesmo vale para o sexo".  

    Ele enfatiza que não se deve comer por compulsão, substituindo algo que está faltando por comida. Neste caso, fica um sentimento de culpa: a pessoa pensa que deveria ter comido ou bebido menos, pois vai engordar. "Não crie um vínculo emocional com a comida, tornando-a um mecanismo compensatório. Se for o caso, procure ajuda de um especialista", aconselha.



    Ampliar


    Veja o que é mito e o que é verdade sobre afrodisíacos

    Comer ostras é garantia de uma boa noite de amor. FALSO: rica em zinco, ela ajuda na espermatogênese e contribui para a formação de testosterona, o hormônio masculino. Mas comer antes do ato sexual não terá qualquer efeito. É preciso incluir na dieta não só a ostra como outros alimentos que contenham zinco, como carnes magras, iogurtes e cereais enriquecidos, para se obter os benefícios deste nutriente.

    Desequilíbrio emocional gera problemas

    Rosana Faria de Freitas
    Do UOL, em São Paulo
    O desequilibrado emocionalmente pode sofrer com problemas de saúde: má digestão, alimentação inadequada (pois busca fuga na comida), insônia e dores no corpo provocadas por estresse
    • O desequilibrado emocionalmente pode sofrer com problemas de saúde: má digestão, alimentação inadequada (pois busca fuga na comida), insônia e dores no corpo provocadas por estresse
    Provavelmente, você já viveu situações de desequilíbrio emocional. Afinal, constantemente estamos sujeitos a acontecimentos que alteram nossos estados corpóreos (batimentos cardíacos, por exemplo) e incitam a disposição para tomar certas atitudes.
    "As emoções têm a função de proteger as pessoas de episódios danosos ou, ainda, fazer com que vivenciem mais longamente circunstâncias propícias ao seu bem-estar. Alguém equilibrado emocionalmente é aquele que experimenta a emoção apropriada para a situação que está passando", diz Roberto Banaco, doutor em psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), membro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental. "Seria muito estranho que um sujeito preso a quadros de estresse contínuo queira sentir algo diferente de... estresse!"

    O problema existe quando, na presença ou não de razões que justifiquem um abalo, a pessoa comumente perca o controle. "Para alcançar o desejado equilíbrio emocional, o indivíduo passa por um trabalho intenso que exige dedicação e força de vontade. Sentimentos negativos precisam ser trabalhados e 'resignificados', de forma que a maturidade propicie uma atmosfera de paz interior e sabedoria. Ele se olha e se aceita como sendo fragmentado e imperfeito, porém tendo a dimensão de sua capacidade de ultrapassar as barreiras para que possa alcançar sua maior completude", analisa Cristiane Moraes Pertusi, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano pela USP, psicóloga e consultora de carreira/coaching.

    Vale considerar que o desequilibrado emocionalmente pode sofrer com problemas de saúde: má digestão, alimentação inadequada (pois busca fuga na comida), insônia e dores no corpo provocadas por estresse. "Tais condições alteram a concentração para enfrentamento dos problemas, piorando gradativamente o quadro em um círculo vicioso muitas vezes só possível de se vencer com ajuda terapêutica", salienta Banaco.

    Sofrimento gera evolução

    É fato: conflitos sempre irão existir e são saudáveis para a construção íntima do ser humano. É por meio deles, acreditam os terapeutas, que as pessoas terão a oportunidade de crescer, amadurecer e se reconhecer de forma generosa, sem medo. "Aceitar seus erros é a primeira oportunidade de não rivalizar consigo mesmo e ser seu melhor aliado", diz a psicóloga, acrescentando que a ausência de equilíbrio leva o sujeito a paralisar diante dos obstáculos, sem força para continuar sua caminhada.

    O básico que deixa o cabelo lindo

    Forte, brilhante e macio. Quem não quer um cabelo assim sem abrir mão da tinta, do alisamento, da escova e da chapinha? O primeiro passo para chegar lá é acertar na escolha do xampu e do condicionador. Encontre a dupla ideal para o seu fio

    Por Reportagem: Olga Penteado - Edição: MdeMulher
    Conteúdo Boa Forma

    • Mulher lavando o cabelo
    • Mulher secando o cabelo
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Cabelo brilhante
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Mulher com cabelo cacheado
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Mulher com cabelo ao vento
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    • Xampu e condicionador
    Foi-se o tempo que os xampus atendiam a apenas três categorias: cabelo oleoso, normal ou seco. Assim como manter os fios virgens também é coisa do passado para as brasileiras. Segundo dados da L'Oréal, nós submetemos nosso cabelo a uma média de 150 secagens, sete processos químicos (coloração, alisamento ou relaxamento) e 5457 escovações por ano. Outra pesquisa, essa da Unilever, diz que 56% das mulheres querem fios lisos (sendo que a maioria nasceu de cabelo cacheado ou crespo). Graças às novas técnicas, podemos ter o cabelo que a gente deseja. Mas ser loira, lisa e com os fios compridos tem seu preço: ressecamento, quebra, porosidade, falta de brilho e de movimento, todos nossos velhos conhecidos.

    Não é a toa que o mercado brasileiro já é o primeiro em produtos para cuidar dos fios. E o xampu e o condicionador são o ponto de partida para um cabelo mais bonito e saudável. Além de limpar os fios e o couro cabeludo, procuramos por xampus que ofereçam tratamento, nutrição, hidratação, que combatam o frizz, mantenham os cachos definidos, preservem a cor... o céu é o limite!

    Montamos um guia para você encontrar a categoria que atende o estado do seu fio e escolher uma ou mais duplas de xampu e condicionador entre os 20 lançamentos.

    Veja 25 truques para deixar seu cabelo maravilhoso




    Seguindo as dicas, seus cabelos podem ficar lindos como os da atriz Ellen Rocche. Foto: Divulgação Seguindo as dicas, seus cabelos podem ficar lindos como os da atriz Ellen Rocche


    Sabe aqueles dias em que o cabelo resolve acordar de "mau-humor" e você não sabe como domar a fera? Calma! Conversamos com experts na área e pedimos que eles revelassem suas dicas para dar um jeito em qualquer drama. Depois de ler essa matéria, todos os seus problemas terão solução.

    1. Cachos modelados
    "Espalhe uma quantidade equivalente a uma moeda de R$1 de creme para modelar cachos nos fios ensopados (se forem longos), ou uma de R$0,25 (caso sejam médios). Depois, incline a cabeça para o lado, coloque uma toalha na ponta e amasse-os bem, de cima para baixo, repetidas vezes. Esse movimento vai absorver o excesso de umidade e modelar os fios. E, melhor, dispensa uso de secador", ensina o hairstylist Marco Antonio de Biaggi, MG Hair Design (SP).

    2. Brilho intenso
    "Uma vez por semana, procure usar, no último enxágüe da lavagem dos fios, água-de-coco. O efeito é fantástico! Funciona até para madeixas coloridas e ressecadas", assegura o colorista Juha Antero, do MG Hair Design (SP).

    3. Fim do frizz
    "Fios elétricos podem ser domados com a pomada, de forma fácil, fácil. Com o polegar, retire um pouco do produto até que ele preencha metade da unha. Coloque-o na palma da mão, esfregue bem para esquentar e espalhe pelo cabelo já seco, principalmente nas partes da cabeça onde costumam armar", orienta o cabeleireiro Charles Veiyga, do MG Hair Design (SP).

    4. Baixa de oleosidade
    "O melhor caminho é lavar as melenas com água morna. Se ela estiver gelada, irá estimular o trabalho das glândulas sebáceas, causando excesso de sebo. Caso esteja muito quente, vai retirar toda a oleosidade e ressecar os fios", ensina Juha. Ele também orienta a não exagerar na hora de aplicar o xampu normal ou o de limpeza profunda. "O ideal é colocar um pouco na palma da mão e diluir em algumas gotas de água. Assim, o xampu fica menos concentrado e facilita sua retirada na hora do enxágüe".

    5. Clássico forever
    "O chanel assimétrico é ideal para um visual mais despojado e garante versatilidade na hora de compor o visual", diz o hairstylist Celso Kamura, do salão C. Kamura (SP). "Para manter o penteado impecável, aplique pomada seca somente nas pontas, empurrando os fios para trás com os dedos, e deixe secar naturalmente", ensina.

    6. Penteado duradouro
    "Esse efeito é obtido com o uso da pomada Zip Styling, da Avon. Ela é excelente para definir penteados, deixando os fios maleáveis e com brilho o dia todo. Funciona bem tanto para marcar mechas nos lisos como para realçar cachos. Também elimina o aspecto elétrico da escova. O efeito é tão bom quanto o oferecido pela pomada n° 2, da Redken", ensina o cabeleireiro Alan Albuquerque, do MG Hair Design (SP).

    7. Volume domado
    Use creme para pentear depois do condicionador. Ele auxilia a deixar os fios mais disciplinados. Agora, se o cabelo é liso e com muito volume, esfregue uma pequena quantidade de cera nas mãos e espalhe nos fios. Além de controlar o volume, ajuda a disciplinar o frizz.

    8. Hidratação power
    Hidrate os fios uma vez por semana, se eles forem secos; e uma vez a cada 30 dias, se forem normais ou oleosos. "O segredo é lavar o cabelo com xampu de limpeza profunda e depois com o de costume. Retire o excesso de água com uma toalha, separe as melenas em mechas e só então aplique o produto da raiz às pontas, como se estivesse alisando uma corda. É só deixar o tempo indicado pelo fabricante e enxaguar até retirar todo o creme", ensina Celso Kamura.

    9. Nada de ponta dupla
    "Neste caso, só um bom corte no cabelo pode acabar com o problema. No entanto, para prevenir as pontas duplas, óleo siliconizado auxilia muito, se usado apenas nas pontas. É sempre bom ter um no nécessaire, pois ele também ajuda a assentar os fios e a manter o penteado por mais tempo", garante Celso Kamura.

    10. Perfeição nos cachos
    "Madeixas cacheadas pedem um corte em que a franja e todo o barrado do cabelo sejam desbastados, ou seja, tenham o seu excesso eliminado. Em seguida, para realçar o penteado, nada melhor do que aplicar um leave-in suave no comprimento e nas pontas e secar as melenas com difusor. O resultado é incrível", assegura o cabeleireiro Wilson Eliodório, do WE Angel (SP).

    11. Ondulado sem babyliss
    "Esse truque eu passo quando minhas clientes têm uma festa ou evento e não há tempo para marcar hora no salão: com o cabelo lavado e seco, torça todo o comprimento e prenda como em um coque. Deixe por algumas horas. Quando for sair é só soltá-lo. As mechas ficam lindas, bem definidas", explica Celso Kamura.

    12. Escova prolongada
    Evite mexer muito no cabelo. Até porque passar muito a mão ou viver penteando os fios, além de acabar com o efeito, provoca oleosidade. Na hora do banho, nada de prender e colocar uma touca de plástico. Ela acaba com o brushing. O ideal é envolver a cabeça em uma toalha para proteger a cabeleira do vapor quente. Em seguida, use difusor e, para finalizar, faça meia dúzia de babyliss no topo da cabeça.

    13. Não acorde despenteada
    Torça bem o cabelo e faça um coque antes de dormir. Esse truque valoriza o ondulado de tal maneira que vai parecer que acabou de sair do salão logo de manhã. Fazer a velha e conhecida touca também ajuda a não acordar com os fios armados.

    14. Cabelão bombshell
    "Se os fios forem lisos e compridos, passo o equivalente a uma laranja grande do mousse Super Strong, da Paul Mitchell, no cabelo úmido. Com uma escova tamanho médio, vou levantando a raiz ao mesmo tempo em que uso o secador. Em seguida, coloco bobes de velcro e deixo por 15 minutos. Passo a prancha somente nas pontas para tirar o ar careta do bobe. Por fim, passo o spray Phyto Laquê, da Phyto", ensina Marco Antonio Di Biaggi.

    15. Visual catwalk
    No cabelo úmido, espalhe uma pequena quantidade do amaciante temporário em gel Phyto Defrizant, da Phyto. Com uma escova redonda grande, alise bem e enrole bobes grandes, que dão movimento aos fios sem armar. Deixe por cerca de 15 minutos e tire. Por fim, faça uma chapinha, começando a três dedos da raiz e indo até as pontas.

    16. Curtinhos assentados
    Os curtos são os mais fáceis de serem domados. É claro que tudo vai depender do corte escolhido e do tipo do fio. Nesse caso, os produtos mais indicados são mousse, spray e boa pomada. Eles fazem verdadeiros milagres pelo estilo boyish.

    17. Curto ousado
    "O tradicional chanel fica com uma cara contemporânea se os fios forem bagunçados. Valorize o ar displicente da franja na altura do nariz com pomada em spray e chapinha, depois de secar com o secador", orienta Wilson Eliodório.

    18. Coloração precisa
    Para realçar a cor dos fios com uma tonalidade uniforme, invista nos tonalizantes - que dão conta do recado. No caso de madeixas com várias mechas, o spray de brilho é um grande aliado para intensificar as nuances.

    19. Presilhas, elásticos e afins
    Tenha sempre à mão um desses acessórios. Quando menos se espera eles irão ajudar a salvar o seu dia, principalmente quando as madeixas precisarem de uma força extra para permaneceram no seu devido lugar.

    20. Caracóis miniatura
    Para que os cachos dos curtinhos não percam a sua definição, a ordem é espalhar uma pomada à base de óleo e, em seguida, secar os fios com difusor, amassando-os bem.

    21. Pontas duplas camufladas
    Não se esqueça de espalhar um bom reparador de pontas depois que pentear o cabelo. Esse produto é ótimo para esconder as pontinhas cheias de "bifurcações" enquanto a tesoura não entra em ação.

    22. Visual de diva
    Isso mesmo! Você pode ficar assim de forma rápida e prática. Basta enrolar alguns bobes grandes em toda a cabeça antes de entrar no banho. O vapor da água quente ajudará a modelar e criar ondas supersensuais no cabelo.

    23. Volume certeiro
    Muitas vezes, a culpa dos fios extremamente armados é pura e simplesmente dos acessórios que você utiliza para pentear a cabeleira. Por isso, muita atenção nessa hora. As escovas almofadas aumentam o volume - por isso, fique longe se os fios forem crespos ou ondulados. Já as redondas ajudam a alisar, e os pentes, a desembaraçar sem tirar o formato original das melenas.

    24. Fios perfumados
    Nada pior do que ficar com o cabelo cheirando a fumaça de cigarro ou poluição. Por isso, se tiver que emendar o trabalho com um encontro com o gatinho - e não terá como lavar os fios -, aposte nos sprays de brilho impermeabilizante de odores. Esses produtos devem ser aplicados antes de você sair de casa, já que eles formam uma película protetora sobre a fibra capilar e evitam que os cheiros se fixem no interior do fio.

    25. Ao natural
    Se seus cabelos são longos, finos e com um leve ondulado, use leave-in próprio para os cacheados, que relaxam e soltam as ondas nos fios úmidos. Depois, é só deixar secar naturalmente.


    Foto: Getty Images