12.10.2011

Anvisa desiste de vetar adição de açúcar no cigarro

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve abrandar a proposta de proibição de adição de produtos ao cigarro. Para tornar o texto menos polêmico e, com isso, garantir sua aprovação, a equipe técnica concordou em retirar o açúcar da lista de proibições. A ideia é banir os demais aditivos, como menta, chocolate e canela, e adiar a decisão sobre o açúcar até a realização de um painel de especialistas.

A proposta terá de ser aprovada pela diretoria colegiada da agência.
Desde que o texto da resolução foi colocado em consulta pública, há um ano, a proposta de proibição de todos os tipos de substâncias ao cigarro provocou enorme polêmica. Aplaudida por grupos que lutam contra tabagismo, a medida foi duramente criticada pelo setor produtivo.
Fumicultores asseguram que a técnica é indispensável para um determinado tipo de fumo, o Burley. A justificativa é a de que a adição apenas repõe o açúcar que é perdido durante o processo de queima. A proibição, dizem, significaria um grande problema para parte dos produtores.
"Diante dos argumentos de fumicultores, a proposta é realizar uma grande discussão com especialistas", afirma o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares. Se a medida vingar, poderá representar, pelo menos, mais um ou dois anos de folga para produtores de fumo burley. Agenor admite que a realização do painel não seria feita rapidamente. "Isso não é recuar. Não vamos arquivar a proposta de proibição do uso do açúcar, apenas estudar o assunto mais profundamente para tomar a decisão mais acertada. E, enquanto isso não ocorre, já deixamos o mercado livre de cigarros com outras substâncias, como menta e canela."
A proibição do uso de aditivos de cigarros está prevista na Convenção Quadro do Tabaco, um acordo internacional, do qual o Brasil é signatário, com medidas para prevenir e combater o tabagismo. Grupos que trabalham na prevenção do fumo afirmam que a adição de produtos é uma estratégia sabidamente usada pela indústria para atrair jovens.
Ao longo deste ano, o lobby dos fumicultores trabalhou de forma intensa. Durante o período de consulta pública, incentivados por indústrias, produtores enviaram à Anvisa milhares de manifestações sobre o texto. "Mas colaborações foram poucas. A maior parte dos textos apresentava apenas uma opinião sobre o tema e muitas delas foram descartadas, porque seguiam um modelo determinado." Uma audiência pública seria realizada há cerca de dois meses no Instituto Nacional do Câncer, mas teve de ser cancelada por determinação judicial. Esta semana, a audiência foi realizada, no Ginásio Nilson Nelson, com cerca de 450 participantes.
De acordo com o Inca, 45% dos fumantes de 13 a 15 anos consomem cigarros com sabor. Entre 2007 e 2010, o número de marcas de cigarros com sabor cadastradas na Anvisa passou de 21 para 40.

LÍGIA FORMENTI - Agência Estado


LÍGIA FORMENTI - Agência Estado

Homens que tomam muitos remédios têm mais risco de impotência

Risco do problema é maior naqueles que tomam três ou mais tipos de medicamentos

Reuters

 Homens que tomam vários remédios para diferentes problemas podem ter maior risco de disfunção erétil, diz um estudo americano que acompanhou mais de 37 mil voluntários.

Sabe-se que homens com problemas de saúde crônicos como hipertensão, diabetes e colesterol alto são mais propensos a desenvolver impotência. Mas os pesquisadores investigaram 37.700 usuários de um grande plano de saúde da California, nos Estados Unidos, e descobriram que aqueles que tomavam três ou mais remédios tinham mais taxas de disfunção erétil

"Os dados sugerem que algumas características de homens que usam múltiplos remédios podem predispor à impotência", dizem os autores.

Em geral, 16% dos homens que tomavam não mais do que dois remédios registraram disfunção erétil moderada. Entre os que consumiam de três a cinco tipos de medicamentos, 20% tinham o problema. O número subiu para 25% dos que tomavam de seis a nove tipos e para 31% entre os que ingeriam pelo menos dez remédios.

Não surpreende que a disfunção erétil seja mais comum em homens mais velhos, com sobrepeso, fumantes ou que tivessem problemas de saúde como diabetes ou hipertensão. Mas inclusive quando os autores levaram esses dados em conta, p fato de usar vários medicamentos continuou relacionado ao aumento do problema.

Segundo os autores, o achado não diz que os próprios medicamentos são os culpados. "Eles dizem que é possível, por exemplo, que os fármacos possam piorar a disfunção erétil devido a interação medicamentosa - mais não é possível confirmar a informação a partir dos dados da pesquisa.

Os autores enfatizam que os homens com disfunção erétil não devem deixar de usar os remédios, mas que eles podem pedir tratamentos alternativos a seus médicos.

Anvisa define sistema para rastrear remédios

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou as novas diretrizes do sistema para rastrear remédios no País. O formato apresentado atende a todas as reivindicações da indústria. Em vez de um polêmico selo, produzido pela Casa da Moeda, o acompanhamento será feito com a adoção de um código dimensional nas embalagens.
O rastreamento permite acompanhar a trajetória do remédio. Considerado importante para evitar roubo e falsificação, essa antiga reivindicação da indústria teve sua tecnologia definida em outubro de 2010 pela Anvisa.
Criticado pelo setor produtivo, o sistema previa uma tecnologia mista, que associava o selo e um código bidimensional. Após cinco meses de embate, a Anvisa, atendendo ao governo, recuou. O uso do sistema foi suspenso até que um grupo de trabalho determinasse o formato ideal.
Com mais de seis meses de atraso, a Anvisa apresentou ontem as novas diretrizes. O documento informa que apenas embalagens secundárias ( caixas onde estão os comprimidos e a bula) devem conter mecanismos de segurança. Embalagens múltiplas, como as usadas em hospitais, terão uma sistema próprio, a ser definido.
Apesar do atraso, farmacêuticas comemoraram o novo formato. "Ele é muito efetivo e infinitamente mais barato", disse o vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo, Nelson Mussolini. Ele diz que algumas empresas já dispõem da tecnologia.
A lei criando o rastreamento, de 2009, fixava prazo de três anos para que indústrias colocassem em prática o sistema. Para o presidente executivo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, Antonio Britto, esse prazo deve ser reconsiderado.
 LÍGIA FORMENTI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Seis passos para ter pernas mais bonitas

Com alguns cuidados, séries simples de exercícios, roupas e sapatos certos dá para mostrar as pernas sem medo no verão. Veja as orientações de especialistas organizadas em seis dicas: 

HIDRATE MUITO
A pele das pernas é muito mais fácil de ficar ressecada e com rachaduras. Isso acontece porque a região tem menos glândulas sebáceas, que ajudam a controlar a oleosidade. Portanto, cuidado redobrado com a hidratação, tanto no verão quanto no inverno.
Cremes hidratantes comuns, com função umectante, podem não ser suficientes, de acordo com a dermatologista Eliandre Palermo, diretora da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Procure aqueles com ureia, ácido lático ou lactato de amônia, ativos que ajudam a recompor a barreira que impede o ressecamento da pele. Use uma vez após o banho e outra antes de dormir.
Se sua pele está muito ressecada, pode usar um óleo hidratante logo após o banho. Funciona como um condicionador de cabelo, só que na pele, recuperando a oleosidade perdida no banho. Mas atenção: não substitui o creme.

TOME CUIDADO COM A DEPILAÇÃO
Shutterstock
Hidrate a pele antes e depois de qualquer tipo de depilação
Hidrate a pele antes e depois de qualquer tipo de depilação; óleos podem ajudar a evitar inflamações
"Se você depilar com a pele ressecada, o risco de manchar ou de inflamar é muito maior do que em uma pele hidratada", diz Eliandre Palermo.
No dia anterior a depilação, passe um óleo hidratante antes de dormir. Os que têm silicone são boas opções. "Eles amaciam a pele. Fica mais fácil de o pelo sair." A dica vale para qualquer depilação, principalmente com cera.
Quem tem muito pelo encravado pode fazer uma esfoliação leve no dia anterior, depois passar creme hidratante e finalizar com o óleo. Depois de retirar os pelos, hidrate novamente.
ESFOLIE
Misture duas colheres (sopa) de açúcar, duas de mel e duas de aveia em flocos com meio copo de iogurte natural para fazer um esfoliante pouco abrasivo. A esfoliação ajuda a retirar células mortas e tira o aspecto de "pele de jacaré" das pernas muito ressecadas.
"Essa receita deixa a pele gostosa e não resseca. É bom para fazer um dia antes da depilação e para preparar a pele para um bronzeado uniforme", diz a dermatologista. Cuidado com as esfoliações muito fortes. Em consultório, procure os peelings mais leves, como o de cristal ou o tipo enzimático.

USE ROUPAS E ACESSÓRIOS AO SEU FAVOR
Alexandre Schneider/Folhapress
Modelo em desfile do estilista Alexandre Herchcovitch, na São Paulo Fashion Week, em julho deste ano
Modelo em desfile do estilista Alexandre Herchcovitch, na São Paulo Fashion Week, em junho deste ano
O melhor jeito de "alongar" as pernas é usar sapatos da cor da pele, diz a consultora de estilo Titta Aguiar. Quem tem a pele mais clara pode procurar tons de bege, pessoas mais morenas e negras devem escolher os tons "café" ou chocolate. E quanto mais o sapato ou sandália mostrar o pé, melhor.
"Cuidado com os sapatos pesados e fechados, que chamam muito a atenção e dividem a silhueta."
Para quem não quer mostrar as pernas, mas também quer dar a sensação de silhueta alongada, vale a mesma ideia: aposte em combinações com a mesma cor (calça e sapatos pretos, por exemplo).
Pernas muito musculosas podem ser disfarçadas com calças mais soltinhas que terminem abaixo da panturrilha. "Ou a pessoa tampa ou ela coloca um comprimento bem mais curto. O mesmo vale para quem tem joelhos feios --não dá para usar comprimentos médios de saias ou bermudas, que acabam chamando mais a atenção para o joelho. Ou tampa ou mostra de vez."
DISFARCE IMPERFEIÇÕES
Ficar com a pele mais bronzeada é uma boa forma de esconder manchas e cicatrizes. Os cremes bronzeadores, quando bem aplicados, dão bons resultados. A dica para aplicar corretamente é não exagerar na quantidade e evitar passar o produto nas palmas das mãos e dobras do corpo.
Os produtos de secagem rápida são melhores, porque o risco de manchar é menor. "Esfolie, hidrate e depois aplique o creme bronzeador", sugere Eliandre.
FAÇA OS EXERCÍCIOS CERTOS
Shutterstock
Exercício de agachamento lateral; um apoio, como um cabo de vassoura, pode ajudar a dar mais equilíbrio
No agachamento lateral, um apoio pode ajudar a dar mais equilíbrio; os joelhos não podem passar da ponta dos pés
Exercícios de agachamento são fáceis, podem ser feitos em casa e dão bons resultados, segundo o treinador físico Ricardo Wesley, professor da academia Cia Athletica.
Ele recomenda duas séries de 15 repetições de dois tipos de agachamento: de frente e de lado. É importante que a postura esteja correta. "O abdome tem que ficar contraído e a postura reta. Os joelhos não podem fazer movimentos de rotação nem passar das pontas dos pés."
Shutterstock
No agachamento de frente, os pés precisam ficar afastados na largura dos ombros
No agachamento de frente, os pés precisam ficar afastados na largura dos ombros, o abdome contraído e a postura reta
Para os músculos internos das coxas, o treinador físico recomenda um exercício fácil: de pé, coloque uma bola de futebol no meio das pernas, na altura do joelho, e faça o agachamento sem deixar a bola cair.
Para quem está acima do peso e quer queimar gordurinhas das pernas, o indicado é fazer exercícios aeróbicos comuns, como caminhada, corrida e bicicleta.
Os primeiros resultados aparecem, em média, após três meses de prática de atividade física regular.

 JULIANA VINES
Folha

Brasil adota diretrizes para órgãos doados para transplantes

Foram lançadas, pela primeira vez no país, diretrizes para a manutenção adequada de órgãos de potenciais doadores mortos.
O objetivo da cartilha é uniformizar os cuidados para aumentar a qualidade e a quantidade de transplantes de órgãos e diminuir as perdas da preservação incorreta dos doadores durante a espera pela retirada dos órgãos.
Segundo dados de 2010 do Registro Brasileiro de Transplantes, do total de 6.979 potenciais doadores, 1.279, ou 18,3%, foram "rejeitados" na fase de manutenção por parada cardiorrespiratória.
Boa parte dessa perda reflete cuidados inadequados, segundo Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).
Mas o número de órgãos perdidos por falta de manutenção apropriada é ainda maior, segundo Ferraz Neto.
"Mesmo entre aqueles que se tornaram doadores, há casos em que outros órgãos poderiam ter sido usados e não foram por falta de cuidados."
Paradas cardiorrespiratórias são o segundo fator que mais impede a realização de transplantes --o primeiro é a não autorização da família.
Segundo especialistas, a manutenção é feita de forma incorreta por falta de estrutura e de treinamento de profissionais de terapia intensiva.
"Às vezes, não se sabe como manter a pressão e a temperatura em alguém que já morreu. E é diferente", afirma Ferraz Neto.
O texto fala em como prevenir a arritmia cardíaca e quais são os remédios e as doses indicados para tratar hipertensão, por exemplo.
As diretrizes foram elaboradas pela Amib (Associação Brasileira de Medicina Intensiva) em parceria com a Associação Brasileira de Transplantes. Segundo Joel Andrade, médico intensivista e coordenador estadual de transplantes de Santa Catarina, faltavam dados organizados sobre o assunto no país.
"Fizemos recomendações com base na literatura mundial, mas adaptadas para a nossa realidade."
A cartilha será distribuída para cerca de 80 mil profissionais que trabalham em unidades de terapia intensiva do país, segundo Fernando Osni Machado, secretário-geral da Amib.
"Não é que a gente vá zerar a perda na manutenção, mas dá para reduzir esses números pela metade", afirma.
Mariana Versolato
Folha
MITOS
Outros fatores que impedem melhores índices de transplantes de órgãos são a falta de informações dos próprios médicos sobre morte encefálica -mais da metade das mortes cerebrais não é identificada- e o desconhecimento da população a respeito do assunto.
"Há quem acredite que morte encefálica é uma coisa inventada para se fazer transplantes. Mas o Brasil tem uma das regras mais rígidas e seguras para esse tipo de diagnóstico no mundo", afirma Joel Andrade.



Raio-x dentário pode prever fraturas ósseas

Pesquisa

Mandíbulas inferiores com uma estrutura óssea escassa podem indicar uma maior predisposição a fraturas em outras partes do corpo

Raio-X: mandíbulas inferiores com estrutura óssea escassa podem prever o risco de fraturas em outros ossos do corpo Raio-X: mandíbulas inferiores com estrutura óssea escassa podem prever o risco de fraturas em outros ossos do corpo (Thinkstock)
O raio-x dentário, usado para análise dos ossos da mandíbula, pode ajudar a prever os riscos de fraturas ósseas futuras em outras partes do corpo. A descoberta, feita por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, acaba de ser publicada nos periódicos médicos Nature Reviews Endocrinology e Bone e no jornal Wall Street Journal.
A relação entre a estrutura mandibular e a existência de fraturas já havia sido traçada por estudos anteriores. Neles, os pesquisadores descobriram que pessoas que tinham uma estrutura óssea escassa no osso trabecular (estrutura óssea interna da mandíbula) tinham mais probabilidade de já terem tido algum tipo de fratura em outra parte do corpo.
No estudo atual, no entanto, os pesquisadores foram além nessa relação. Eles demonstraram que é possível usar as imagens de raio-x dentário para investigar a estrutura óssea da mandíbula inferior e, assim, identificar quem tem maiores riscos de ter uma fratura no futuro. “Essa estrutura óssea está diretamente relacionada com riscos de fraturas futuras em outras regiões do corpo”, diz Lauren Lissner, uma das responsáveis pela pesquisa.
Dados - O levantamento tem como base o Estudo Populacional Prospectivo da Mulher em Gotemburgo, que teve início em 1968. Dado que ele está em funcionamento há mais de 40 anos, o material de pesquisa é único. O estudo inclui 731 mulheres, que foram examinadas em diversas ocasiões desde 1968, quando tinham entre 38 e 60 anos. As imagens de raio-X da mandíbula delas foram analisadas em 1968 e em 1980, e os resultados relacionados à incidência de fraturas subsequentes.
Durante os 12 primeiros anos, as fraturas foram relatadas por elas mesmas durante as consultas. Somente após 1980 foi possível usar registros médicos para identificar fraturas: um total de 222 foram encontradas durante todo o período de observação. Os resultados apontam que a estrutura óssea da mandíbula era escassa em cerca de 20% das mulheres entre 38 e 54 anos, quando os primeiros exames foram realizados. Essas mulheres tinham ainda um risco significativamente maior de fraturas. Outro dado encontrado foi que quanto mais velha a pessoa, mais forte a relação entre uma estrutura óssea escassa na mandíbula e as fraturas em outras partes do corpo.
Embora a pesquisa tenha sido conduzida em mulheres, os pesquisadores acreditam que a relação também é válida para os homens. “O raio-X dentário contém diversas informações sobre a estrutura óssea”, diz Grethe Jonasson, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Serviço Público Dentário de Västra Götaland, que deu início às pesquisas sobre fraturas. “Ao analisar essas imagens, os dentistas podem identificar pessoas que estão em risco elevado de fraturas.”

Gravidez de risco

Maternidade

Stress no início da gravidez pode diminuir proporção de meninos nascidos

Uma das hipóteses é a de que os meninos podem ser menos fortes, assim não se adaptam a um ambiente de stress no útero

Parto: stress no início da gestação reduz proporção de meninos nascidos Parto: stress no início da gestação reduz proporção de meninos nascidos (Thinkstock)
O stress entre o segundo e o terceiro meses de gravidez pode aumentar o risco de partos prematuros e reduzir a proporção de meninos nascidos. Pelo menos é o que afirma um estudo sobre o efeito da tensão causada pelo terremoto de 7,9 graus na escala Richter, que aconteceu em Tarapacá, no Chile, em 2005. A pesquisa, financiada pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA e pelo Instituto Nacional de Saúde americano, foi publicada na edição digital da revista Human Reproduction.
Estudo anteriores já haviam descoberto que o stress pode afetar a duração da gravidez. Mas, até então, nenhuma pesquisa tinha examinado o efeito do momento no qual aconteceu a tensão sobre a proporção de meninos e meninas. Para isso, as professoras Florencia Torche e Karine Kleinhaus, da Universidade de Nova York, analisaram os certificados de nascimento dos bebês nascidos no Chile entre 2004 e 2006. Elas determinaram sexo, peso, estatura e idade gestacional das mais de 600.000 crianças dadas à luz nesse período.
As pesquisadoras também observaram a idade da mãe, se ela tinha estado grávida anteriormente e em qual dos 350 condados chilenos vivia. Essas informações eram importantes para tentar explicar como o terremoto afetou as mães que estiveram mais próximas do epicentro do sismo. Conclui-se, então, que as mulheres que experimentaram o sismo de maneira mais severa durante o segundo e o terceiro meses de gravidez tiveram gestações mais curtas e um maior risco de parto prematuro (antes de 37 semanas de gravidez).
Outra tendência observada foi que os nascimentos de meninos diminuíram com relação ao de meninas. Karine Kleinhaus, professora adjunta de psiquiatria, obstetrícia e ginecologia e medicina ambiental, explicou que, normalmente, nascem mais meninos que meninas, já que a proporção costuma ser de 51% contra 49%. No entanto, seus resultados mostram uma diminuição de 5,8%, o que se traduziria em uma proporção de 45 nascimentos de meninos por cada 100 crianças.
Uma pesquisa anterior indicara que perante situações de stress as mulheres são mais propensas a abortarem fetos masculinos, já que eles são maiores que os femininos e requerem um maior esforço da mãe. Além disso, os meninos podem ser menos fortes que as meninas e não adaptar seu desenvolvimento a um ambiente de stress no útero.
(Com agência EFE)

Professores são educadores, não babás


Entrevista: Ron Clark

Autor do 2º artigo mais compartilhado no Facebook em 2011, americano diz que pais desrespeitam regras de escolas, pondo em risco o futuro dos filhos

Nathalia Goulart
Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores (Divulgação/Ron Clark Academy)
"Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade"
O segundo artigo mais compartilhado em 2011 por usuários americanos do Facebook foi escrito por um professor, Ron Clark (o primeiro trazia fotos da usina de Fukushima). Mais de 600.000 pessoas curtiram o texto na rede, escrito a pedido da rede de TV CNN e entitulado "O que os professores realmente querem dizer aos pais". O artigo descreve um cenário de guerra, travada entre pais e professores. Na visão de Clark, os pais vêm transferindo suas responsabilidades para a escola, sem, contudo, aceitar que seus filhos se submetam de fato às regras da instituição. Por isso, assim que surge a primeira nota vermelha ou uma advertência, invadem a sala de aula culpando os professores – a pretexto de preservar a reputação e o orgulho de seus filhos. "Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças", diz o professor, na entrevista concedida a VEJA.com e reproduzida a seguir. "Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas." Clark conhece sua profissão. Aos 39 anos, vinte deles dedicados à carreira, o americano já lecionou na zona rural da Carolina do Norte, nos subúrbios de Nova York e atualmente comanda uma escola modelo no estado da Geórgia que oferece treinamento a educadores. Graças à função, manteve, desde 2007, contato com cerca de 10.000 educadores de diversas partes do mundo, incluindo brasileiros.
Em seu artigo, o senhor fala de um ambiente escolar em que pais e professores não se entendem mais. O que tornou a situação insustentável, como o senhor descreve? A sociedade se transformou. Hoje, vemos pais muito jovens, temos adolescentes que se veem obrigados a criar uma criança sem ao menos estarem preparados para isso. São pessoas imaturas. Por outro lado, temos famílias abastadas, em que pais trabalham fora e são bem-sucedidos profissionalmente. Pela falta de tempo para lidar com os filhos, empurram toda a responsabilidade da educação para a escola, mas querem ditar as regras da instituição. Ou seja, eles querem que a escola eduque, mas não dão autonomia a ela.
Que tipo de comportamento dos pais irrita os professores? Acho que o ponto principal são as desculpas que os pais criam para livrar os filhos das punições que a escola prevê. Se um aluno tira nota baixa, por exemplo, ou deixa de entregar um trabalho, os pais vão à escola e descarregam todo tipo de desculpa: dizem que o filho precisava se divertir, que a escola é muito rigorosa ou que a criança está passando por um momento difícil. Ou, ainda, culpam os professores, dizendo que eles não são capazes de ensinar a matéria. Mas nunca culpam seus próprios filhos. É muito frustrante para os professores ver que os pais não querem assumir suas responsabilidades.
Problemas com notas são bastante frequentes? Sim. Certa vez tive uma aluna que estava indo mal em matemática. A mãe dela justificou-se dizendo que, na escola em que a filha estudara antes, ela só tirava boas notas, sugerindo, assim, que o problema éramos nós, os novos professores. Infelizmente, essa ideia se instalou na nossa sociedade. Se a nota é boa, o mérito é do aluno; se é baixa, o problema está com o professor. E quando as notas ruins surgem, os pais ficam furiosos com os professores. O resultado disso é que muitos profissionais estão evitando dar nota baixa para não entrar em rota de colisão com os pais, que nos Estados Unidos chegam a levar advogados para intimidar a escola.
Os pais poupam os filhos de lidar com fracassos? Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade. Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas. Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças.
Que conselho o senhor dá aos professores? É possível evitar que os pais surtem diante de notas ruins e do mau comportamento dos filhos se for construída uma relação de confiança. Em vez  de só procurar os pais quando as crianças vão mal na escola, oriento que os professores conversem com os responsáveis também quando a criança vai bem. Na minha escola, procuro conhecer os pais de todos os meus alunos. Procuro encontrá-los com frequência e envio cartas a eles com boas notícias. Assim, quando tenho que dizer que a criança não está rendendo o esperado, eles me darão credibilidade e confiarão na minha avaliação.
É possível determinar quando termina a responsabilidade dos pais e começa a da escola? As duas partes precisam trabalhar em conjunto. Os pais precisam da escola e a escola precisa do apoio da família para realizar um bom trabalho. Um conselho que sempre dou aos pais é que nunca falem mal da instituição de ensino ou do professor na frente dos filhos. Se a criança ouve os próprios pais desmerecerem seus mestres, perde o respeito por eles. O contrário também é verdadeiro. Os professores precisam respeitar os pais, porque eles são parte fundamental na educação de uma criança.
Em algumas situações a discussão sobre responsabilidades da família e da escola surge com muita força. Em casos de bullying, por exemplo, pais e professores trocam acusações. Sobre quem recai a maior parte da responsabilidade nesses casos? A minha resposta novamente é que precisamos trabalhar em conjunto. Quando o bullying acontece na escola, é obrigação dos professores intervir imediatamente. Mas muitos não agem assim porque querem evitar conflitos com os pais. E isso é muito grave. O bullying está devastando nossas crianças. Precisamos combatê-lo. Para que os professores tenham liberdade para agir, precisam do apoio dos pais. Mas você sabe o que acontece? Muitas vezes, quando os pais são chamados na escola para serem alertados de que seu filho está praticando bullying contra um colega de classe, o que ouvimos é: "Mas qual o problema disso? Tenho certeza de que outros colegas também zombam do meu filho e ele não se sente mal por isso." Mais uma vez, vemos os pais se esquivando da responsabilidade.
A que o senhor atribui o sucesso do artigo que estourou no Facebook? Eu escrevi o que todos os professores tinham vontade de dizer aos pais, mas não podiam dizer, porque isso os enfureceria. O que eu fiz foi dar voz a milhões de profissionais. Fiquei sabendo que muitas escolas imprimiram o texto e enviaram uma cópia a cada família. Na internet, pessoas de outros países também compartilharam a minha mensagem.
O senhor criou uma escola modelo, a Ron Clark Academy. Como é a relação de seus professores com os pais? Procuramos estabelecer uma relação próxima. Como eu disse, estamos constantemente em contato com os pais, nos bons e nos maus momentos. Também promovemos encontros semanalmente, nos quais ofereço aos pais a oportunidade de assistir a uma aula na escola, destinada exclusivamente a eles, para que acompanhem o que está sendo ensinado a seus filhos. Ou seja, trabalhamos muito para conquistar uma relação harmônica. Não estou dizendo que é fácil lidar com os pais. Alguns deles podem ser bem malucos.
O senhor, na sua escola, recebe professores de diversas partes dos Estados Unidos e tambem de outros países, como o Brasil. Além dos problemas de relacionamento com os pais, do que mais professores de todo o mundo reclamam? As avaliações tiram o sono dos professores. Não sei exatamente como funciona no Brasil, mas nos Estados Unidos os professores são constantemente cobrados a melhorar o desempenho de suas escolas em testes padronizados. E todo o processo educacional passa a girar em torno de algumas provas. Isso é massacrante, para os alunos e para os professores. Os professores precisam de mais diversão na sala de aula.

Câncer de mama é mais letal entre as mulheres latinas

Estudo liga mortalidade da doença à etnia. E diz: latina responde pior à químio

Câncer de mama: características étnicas aumentam riscos da mulher latina para a doença Câncer de mama: características étnicas aumentam riscos da mulher latina para a doença (Thinkstock)
As mulheres latinas têm mais chances de morrer por câncer de mama do que as demais, como as americanas, por exemplo, de acordo com um estudo apresentado nesta quarta-feira durante o simpósio da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer (AACR). Segundo Kathy B. Baumgartner, professora de epidemiologia e decana da Escola de Saúde Pública da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, o porcentual de risco para as latinas chega a ser 20% maior.
Baumgartner, que apresentou as conclusões de seu estudo durante o Simpósio do Câncer de Mama realizado esta semana em San Antonio, no Texas, pediu "uma maior consciência desta disparidade étnica para melhorar a sobrevivência das mulheres latinas com a doença".
O câncer de mama é o tipo mais comum e o segundo mais fatal em mulheres que vivem nos Estados Unidos, com taxas de incidência e sobrevivência que variam segundo a etnia, de acordo com a AACR. Estudos anteriores mostraram uma tendência de menor sobrevivência a este tipo de câncer nas mulheres latinas, aliada a fatores socioeconômicos, uma vez que muitas delas não têm acesso a tratamento adequado e a exames de detecção de alto nível. Este novo estudo, no entanto, indica uma resposta inferior das latinas à quimioterapia, o que pode acontecer por um fator genético.
Pesquisa - A pesquisadora e sua equipe realizaram entre 1992 e 1996 um estudo de saúde pública no estado do Novo México. Foram observadas 692 mulheres com câncer de mama, para examinar as diferenças de impacto entre as brancas não latinas e as latinas. Posteriormente, foi feito até 2008 um acompanhamento com 577 mulheres que desenvolveram câncer de mama invasivo, para avaliar as diferenças nas taxas de sobrevivência a longo prazo entre as brancas não latinas e as latinas que participaram do estudo.
Os resultados mostraram que as latinas tinham 20% mais chance de morrer por câncer de mama que as brancas não-latinas. Além disso, as latinas que receberam a quimioterapia tiveram probabilidade 50% maior de morrer de câncer de mama que as mulheres brancas não latinas submetidas ao mesmo tratamento. "Alguns estudos sugerem que as latinas são mais propensas a desenvolver tumores ER-negativos, que são resistentes à quimioterapia", diz Kathy.
(Com agência EFE)

“Mulheres envelhecem melhor que homens”


A afirmação é de Mirian Goldenberg, antropóloga, que acaba de publicar um livro intitulado Corpo, envelhecimento e felicidade. Mas também é o ponto de vista do psicanalista Sócrates Nolasco, autor de quatro livros sobre o universo masculino, que acha a mulher acima de 60 anos mais inquieta e mais aberta que seus companheiros sessentões. Conversei com ambos depois de assistir a uma comédia romântica para a terceira idade, com Isabella Rossellini (Mary)  e William Hurt (Adam), o casal charmoso da foto deste post. O filme, dirigido pela francesa Julie Gavras (Late Bloomers – O Amor não tem fim), estreará nos cinemas no Brasil em novembro.
Comédias românticas costumam mostrar casais de 20, 30 anos, nunca 60. É estranho, mas é assim. Cada vez mais se endeusa “o jovem”. É como se tivéssemos um “prazo de validade”, numa cultura que não valoriza a maturidade como um capital, apenas o corpo e a aparência. E essa visão atinge de maneira especial as mulheres. Sofrem mais aquelas que se deixam aprisionar por alguns papéis e querem se eternizar como se tivessem 20 ou 30 anos. Uma das questões hoje entre muitas mulheres (da classe média à elite) é exatamente como envelhecer com dignidade, sem cair no ridículo de bancar a menininha. Ou seja, é difícil generalizar sobre quem envelhece melhor em relação a gêneros, mas temos algumas pistas e podemos aprender com elas.
O filme de Julie Gavras – filha do cineasta Costa-Gavras – é mais feminino, embora fale de um casal. As mulheres riem muito de si mesmas (ou de suas mães) na plateia, porque algumas situações constrangedoras são universais. Quando Mary faz acrobacias para conseguir contornar os olhos com delineador por trás dos óculos de grau ou quando percebe que os homens não olham mais para ela porque se tornou invisível, muitas se veem na personagem, com humor e não com tristeza. Sentada num café, ao se deparar com sua imagem refletida no espelho, Mary leva um choque, como se aquela não fosse ela. Estica a face com as mãos, puxa a pele do pescoço para cima…e apela para uma écharpe salvadora.
Por causa do filme, divertido e leve, escrevi uma coluna para a ÉPOCA, Entrando nos sessenta. Para o blog, decidi fazer as mesmas perguntas, separadamente, a uma mulher, Mirian, e a um homem, Sócrates, sobre essa passagem dos 60 anos. Ambos estudam há muito essas questões.
Percebo entre amigos duas atitudes mais frequentes nessa data: os que fazem festança com som flashback até de manhã e convidam todo mundo pelas redes sociais. E há os que viajam, fogem da data e preferem ignorar “a virada”. Poucos são – no meio em que vivo – os que encaram esse aniversário com naturalidade, como qualquer outro.
Eis as visões de Mirian e Sócrates. Ambos acham que a mulher enfrenta essa nova fase da vida com menos acomodação, mais energia e mais curiosidade.
7×7 - 60 anos para a mulher, 60 anos para o homem. Quais são as principais semelhanças e as principais diferenças?
Mirian Goldenberg – Existe uma inversão: as mulheres querem aproveitar o mundo, viajar, passear, dançar, ver filmes e peças, fazer cursos… os homens querem ficar em casa, curtir a família, os filhos, netos, valorizam muito a esposa…. elas se cuidam mais, eles bebem mais…. elas vão a médicos, fazem ginástica, eles engordam, gostam do chopinho com amigos ou mesmo sozinhos. Elas envelhecem melhor, apesar do mito de que o homem envelhece melhor.
Sócrates Nolasco – Com o aumento da expectativa de vida, homens e mulheres estão podendo viver mais. O que percebo é que as mulheres se mantêm mais ativas em suas vidas do que os homens que as construíram exclusivamente em torno do trabalho. A fase após os 60 requer intimidade consigo mesmo, uma vida que se interioriza e descobre o que a juventude jamais poderia saber.
7×7 – 
 O que a mulher especialmente pode esperar da fase dos 60 aos 80 anos?
Mirian – Maior liberdade, maior felicidade, menos medo da opinião dos outros, mais descobertas… muitas me dizem “É a melhor fase da minha vida, nunca fui tão feliz, pela primeira vez na vida posso ser eu mesma”.
Sócrates - Existe algo mais triste do que envelhecer, e é permanecer criança. É tão importante para um jovem saber que a vida não começa nesta fase, quanto, na velhice, saber que a vida não termina com o envelhecimento. Envelhecer no mundo de hoje é mais difícil do que era anteriormente. A vida vazia não leva a um bom envelhecimento. Desconhecer a si mesmo é um mau prognóstico para o envelhecimento. Autonomia e independência emocional devem ser conquistadas através de uma vida rica e produtiva.
7×7O que é mais barra enfrentar nessa idade? E o que é mais prazeroso ou libertador?
Mirian - Para a mulher que se preocupa muito com a opinião dos outros, com a aparência, com o fato de ter um namorado ou marido, pode ser uma fase mais complicada, pois ela vai olhar só para a natural decadência do corpo ou para a falta de homem. Mas, para as outras,  é um momento de extrema liberdade, de descobrir novos prazeres, de ter o espaço e o tempo para si mesma, de se priorizar.
Sócrates – 
 Em cada fase da vida, existem aspectos a administrar. Uma boa dica é entender quais são as transformações físicas e emocionais do passar dos anos para saber como superá-las positivamente. A superação é o destino humano, não se pode negligenciar isso. Sentir-se velho é pior do que ter 60 ou 80 anos, e para sentir-se assim não tem idade. Poucos sabem ser velhos, pois ao envelhecer creio que devemos nos tornar mais loucos e sábios, nisto reside a paixão pela vida. Quem ama a vida a vive em liberdade, a maioria dos jovens tem medo de viver o que sente.
7×7Como se preparar para os 60 anos?
Mirian – Tendo projetos de vida que sejam prazerosos, investindo em si mesma, não sendo dependente dos homens ou dos filhos e aprendendo a não se preocupar muito com o que os outros pensam. Deixando de achar que família e filhos vão garantir a felicidade no futuro.
Sócrates – É possível e desejável se preparar, quando se envelhece é preciso ser mais ativo do que quando jovem. A melhor maneira de se preparar para a etapa seguinte da vida é vivendo a atual em profundidade e conteúdo. A juventude é cansativa, preservá-la como anos dourados é tolice. É importante saber contentar-se com o que cada fase da vida oferece para torná-la melhor.
7×7Você pretende dar uma super festa aos 60? Parece ser moda hoje em dia, embora eu tenha amigas que resolvam sumir, viajar. Tem atriz que falsifica a carteira de identidade.
Mirian – Não, nunca fiz festa de aniversário, para mim é um dia como qualquer outro, comemoro a vida nas minhas realizações cotidianas, não gosto de celebrar datas específicas…. para mim, os 60 serão apenas mais uma etapa, não necessariamente diferente de agora, que estou com 54.
Sócrates – Um escritor inglês costumava dizer que um homem é tão mais velho quanto se sente, e uma mulher é tão mais velha quanto parece (o que parece cruel). Na velhice, a morte fica mais próxima como fato. Não existe uma regra para comemorar, mas fugir de si mesmo em qualquer momento da vida não parece ser boa estratégia para quem deseja viver o último ato da comédia humana.
7×7Da mesma forma que se falava na crise dos sete anos de casamento, existe hoje uma crise do casamento aos 60 anos de idade? Por que aumentaram divórcios na terceira idade? As idades mentais entre homem e mulher continuam diferentes aos 60? Como valorizar o companheirismo nessa idade e manter o amor?
Mirian – Muitos casais se renovam depois da saída dos filhos de casa e da aposentadoria, buscam prazeres juntos, viagens, programas culturais, conversas…. Outros descobrem que sem os filhos eles não têm muito em comum, são estranhos que construíram uma família. A identidade da mulher, mesmo daquela que trabalha fora de casa, está ancorada na vida familiar, em seus papéis de dona de casa, esposa e mãe. Por isso ela se sente desobrigada de um monte de funções aos 60 anos. Já o homem, quando se aposenta, perde uma das principais fontes de construção e valorização da identidade masculina: o trabalho. Ao se retirar do mundo profissional, ele provoca um problema no espaço doméstico, antes dominado pela esposa e pelos filhos. Muitos sexagenários se frustram porque percebem que a família não deu o retorno que imaginavam e que os amigos são muito mais importantes nesta fase da vida.  Como hoje se vive muito mais, há um desejo de renovação, uma esperança de se reinventar com outra pessoa ou mesmo a sós mesmo.
Sócrates – Com a possibilidade de viver mais, aumentou o número de pessoas que querem tentar algo novo, uma fantasia, uma ilusão. Talvez, mas o que cada um espera de sua vida? Como deseja vivê-la? Na artificialidade da mentira de uma vida eternamente jovem, como se a juventude não fosse aborrecida e sem profundidade? Os prazeres migram de lugar em nossas vidas, com 10 anos são uns, com 20 e 30 outros e assim sucessivamente. Tentar manter padrões de excitabilidade sempre nos mesmos patamares exclui a possibilidade de formar parcerias solidárias, cúmplices e comprometidas. O amor se aprende desce cedo através das escolhas que fazemos, e das que optamos por não fazer. O que acrescenta, valoriza e faz crescer deve ser preservado se quisermos realmente ser felizes.

Proibição de emagrecedores imposta pela Anvisa passa a valer nesta sexta

Anfepramona, femproporex e mazindol foram proibidos em outubro.
Fabricantes e comerciantes tiveram prazo de 60 dias para retirá-los.

Do G1, em São Paulo
Entra em vigor nesta sexta-feira (9) a proibição da venda de três inibidores de apetite feitos a base de anfetamina: a anfepramona, o femproporex e o mazindol. A decisão tinha sido publicada em outubro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela passa a valer agora porque foi dado um prazo de 60 dias para a adaptação, e só agora terminou esse prazo.
Também passam a valer as restrições à venda de outra substância usada como emagrecedor: a sibutramina. Medicamentos ou fórmulas que a contenham não poderão ser receitados com dose diária acima de 15 mg/dia (quinze miligramas por dia). A Anvisa apresentou um modelo do termo de responsabilidade que deve ser preenchido pelo médico que recomendar o uso da substância.
Histórico
No Brasil, a venda e o uso da sibutramina já eram restritos desde 2010, quando o remédio foi incluído na lista de medicamentos "B2", que necessitam de receitas especiais para serem solicitados pelos médicos. Agora, a partir da decisão desta terça, médicos e pacientes terão também que assinar um termo de compromisso ao prescrever ou utilizar a substância.
Além disso, de acordo com a Anvisa, os laboratórios que fabricam ou comercializam sibutramina terão que fazer acompanhamento de eventuais efeitos colaterais e comunicar a Anvisa no caso de ocorrências.
A agência informou que as medidas serão acompanhadas por 12 meses e que, após esse período, a comercialização do produto voltará a ser discutida.
Relatório
O relatório de 700 páginas produzido pela Anvisa aponta que os benefícios da perda de peso causados pela utilização da anfepramona, do femproporex e do mazindol não superariam os riscos, tais como problemas cardíacos. O relatório diz ainda que não há dados técnicos e científicos que comprovem a eficácia e segurança destas substâncias no controle da obesidade.
Os inibidores de apetite atuam em uma região do cérebro conhecida como hipotálamo, que regula a sensação de fome e de saciedade.
Quanto à sibutramina, o relatório diz que o registro da substância cumpriu os requisitos de eficácia, “gerando desfecho clínico da perda de peso” e com “relação benefício-risco favorável”. Sendo assim, a Anvisa permitirá que a substância possa ser comercializada com algumas restrições, tais como controle na prescrição médica para minimizar riscos.
O relatório aponta que a sibutramina pode ser utilizada em pacientes obesos sem história de doença cardiovascular e que não conseguem aderir a programas de emagrecimento; com diabetes ou intolerância à glicose; dislipedêmicos; hiperuricêmicos; mulheres com ovários policísticos e pacientes com hepatite não alcoólica.
De acordo com o relatório, a Anvisa recomenda que a utilização da sibutramina seja suspensa caso o paciente não responda ao tratamento no período de quatro semanas.
Exterior
A venda de remédios para emagrecer com sibutramina foi proibida pela agência reguladora de remédios na Europa no início de 2010. A entidade alegou, na época, que trabalhos científicos apontavam o aumento do risco de problemas cardiovasculares em pacientes que usaram a sibutramina.
Conhecido como Scout, o estudo que levou a agência reguladora europeia a banir o medicamento contou com 9 mil pacientes obesos, monitorados durante 5 anos -- parte deles recebeu sibutramina e outra parte tomou uma medicação sem efeito (placebo). Todos os integrantes da pesquisa passaram por dieta e praticavam exercícios físicos.
No caso dos Estados Unidos, a agência reguladora de alimentos (FDA, na sigla em inglês) também recomendou o fim do uso do medicamento. Com isso, a Abbott, empresa responsável pela venda da sibutramina, retirou o produto do mercado. Canadá e Austrália também são países onde o comércio da droga é vetado.

Cirurgia da Coluna

Técnicas corrigem hérnias de disco quase sem cortes

Paciente pode ter alta no mesmo dia; instabilidade das vértebras também tem solução rápida

Antônio Marinho e Lilian Fernandes

RIO — Para corrigir problemas de coluna, as cirurgias minimamente invasivas são uma realidade, especialmente nos casos de hérnia de disco e instabilidade das vértebras. Os avanços são impressionantes. As técnicas percutâneas (por meio de punção) permitem recuperação em menor tempo, afirma o neurocirurgião Eduardo Barreto, coordenador do Serviço de Neurocirurgia do Norte D' Or. Hoje, as hérnias são corrigidas com métodos como discectomias (retirada do disco), praticamente sem cortes, e com anestesia local e sedação. Normalmente, a pessoa se interna de manhã evai para casa à tarde. Antes, ficava três dias ou mais no hospital. Essa nova técnica pode ser aplicada com jato de água, radiofrequência ou por meio de instrumentos especiais.
— Não vale para todos, mas é um grande avanço. Também é possível trocar o disco desgastado por outro artificial. E, quando o sistema de sustentação da coluna está danificado, existe a opção de fixar segmentos (a artrodese) por métodos pouco invasivos — explica Barreto. - Na discectomia o disco doente é retirado e também substâncias tóxicas que provocam a dor. Isso é feito com o jato de soro fisiológico sob alta pressão.
Outro exemplo de técnica minimamente invasiva é a artrodese. Ela é indicada para pessoas que apresentem instabilidade da coluna vertebral, ou seja, dores nas costas e que exames complementares mostrem movimentação anormal da coluna vertebral.
Esse problema pode ser consequência de defeitos congênitos como a má- formação da coluna vertebral, o que facilita o escorregamento da vértebra, a espondilolistese. Isto comprime as estruturas nervosas, produzindo dor e dificuldade de realizar atividades diárias. Em pessoas acima de 40 anos, pode ocorrer a espondilolistese degenerativa, devido ao desgaste excessivo ou por alterações crônicas, como má postura, vida sedentária ou outra doença, explica Barreto. Antes, a correção desse problema exigia longos períodos de internação, às vezes, mais de uma semana, além de risco de complicações:
_ A artrodese por via posterior, minimamente invasiva, representa um enorme avanço, com reabilitação mais rápida.
Nessa técnica, o médico coloca um espaçador especial com osso do próprio paciente no espaço onde ficava o disco doente. Este disco desgastado perde altura e faz com que o orifício por onde sai o nervo fique mais apertado, alem de provocar uma sobrecarga nas articulações posteriores da coluna vertebral. O espaçador deve ser implantado através de um tubo especial e, ao mesmo, tempo se coloca os parafusos para dar maior estabilidade e promover a fusão óssea com enxerto ósseo na área da cirurgia, explica o neurocirurgião.
Próteses de quadril e joelho também são implantadas com ajuda de aparelhos navegadores. Não são robôs, mas agem como um guia, mostrando aspectos não visíveis a olho nu. Equipamentos do tipo Orthopilot e Acrobot colocam as próteses de forma milimétrica e com melhor alinhamento. Assim elas se desgastam menos. A margem de erro do médico também é menor. A técnica é indicada ainda na reconstrução de ligamento cruzado anterior e correção de deformidades da tíbia.
O globo.

O avanço nas cirurgias vasculares

De varizes a problemas cardíacos

Operações feitas com cateter, como a angioplastia, chegam a substituir as de ponte de safena

Antônio Marinho e Lilian Fernandes
RIO — Atualmente, cerca de 30% das operações vasculares (incluindo angioplastias) feitas no Miguel Couto e de 30% a 40% das neurovasculares (aneurismas cerebrais e de aorta) são por videolaparoscopia. Nos últimos dois anos, este número vem crescendo. Nestas áreas da medicina, as cirurgias minimamente invasivas são realizadas com auxílio de cateter, explica Luis Alexandre Essinger, diretor-geral do hospital. Basicamente, faz-se uma punção, introduz-se um cateter, que é levado até o local da lesão, e usa-se mola, prótese ou stent para eliminá-la.
O processo começou pelas cirurgias cardíacas, nas quais, em muitos casos, a ponte de safena vem sendo substituída pela angioplastia (o desentupimento de canais através da introdução de um cateter, somente com um balão na ponta ou com balão e stent, para dilatar o vaso entupido). E chegou em seguida às demais cirurgias vasculares, como as de varizes.
No Hospital Pró-Cardíaco, são feitas cirurgias sem cortes ou com pequenas incisões nos casos de oclusão do apêndice atrial (estrutura do coração), implante percutâneo (que ocorre através da pele) da válvula aórtica e revascularização cardíaca para implante de pontes depois de infarto. Segundo o médico José Oscar Brito, chefe do Serviço de Cirurgia de Adulto do Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, dependendo da situação, é possível operar sem a necessidade de usar máquina de circulação extracorpórea.
— Já se consegue trocar válvulas e corrigir defeitos congênitos do coração, como anomalia no átrio (câmara), de forma pouco invasiva.
Também ocorreram avanços importantes no tratamento das arritmias, com a aplicação de técnicas minimamente invasivas como a ablação (a cauterização do foco da arritmia com cateter).

O Globo

Próstata

 Retirada com menos trauma e tempo de hospital

Robôs ajudam a preservar a potência sexual e diminuem risco de incontinência urinária

Antônio Marinho e Lilian Fernandes
O Globo
RIO - Na urologia os robôs têm apresentado bons resultados no tratamento de tumores de próstata. Com os braços mecânicos, médicos conseguem um melhor resultado na preservação da potência sexual, um das consequências da retirada do tumor. O risco de incontinência urinária também cai. Segundo o urologista Cassio Andreoni, da Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e do Hospital Israelita Albert Einstein, um estudo comparando 35 casos de cada uma das quatro técnicas de cirurgia de câncer de próstata (perineal, abdominal aberta, laparoscópica e robótica) mostrou que, com o robô, o paciente fica menos tempo sem dieta, internado (média de dois dias) e com sonda. E perde menos sangue.
E urologistas da Universidade da Flórida já usaram robôs para encurtar o tempo de reversão de vasectomia. Com técnicas menos invasivas, os espermatozoides voltaram mais rapidamente.

Estudo inédito

Inmetro avalia desgastes de próteses de quadril e joelho

Teste vai evitar uso de material de má qualidade e nova cirurgia de implante
O Globo

O novo equipamento do Inmetro avalia o desgaste e a qualidade de próteses de quadril e joelho Foto: Divulgação

O novo equipamento do Inmetro avalia o desgaste e a qualidade de próteses de quadril e joelho
RIO - Pessoas que precisam de implantes de próteses de quadril e joelho terão mais segurança antes de submeterem à cirurgia. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, Inmetro, está iniciando um estudo inédito para avaliar o desgaste e a qualidade desses produtos. O teste é importante porque, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a osteoartrose representa 40% de todas as doenças articulares acima de 60 anos.
O protocolo de estudo para quadril já está pronto e os testes começam ainda agora em dezembro no Laboratório de Biomateriais e Tribologia (Labit), e os técnicos devem apresentar os resultados em seis meses. Carlos Achete, Diretor da Divisão de Material do Inmetro, diz que o número de procedimentos de implantes de próteses de quadril tem aumentado em todo o mundo, principalmente com o envelhecimento da população. E um dos objetivos do estudo do Inmetro é dar proteção ao usuário.
- O equipamente simula uma pessoa andando. Queremos ver o desgaste sofrido pelas próteses durante o uso, a qualidade do material. O nosso trabalho vai ajudar a saber a durabilidade das próteses e pode ajudar a evitar casos de nova operação de pacientes - comenta Achete. - Qualquer material tem que ser regularmente e continuamente testado. E agora também as próteses de quadril e joelho. Dependendo dos resultados, podemos fazer testes com outros tipos.
Para imitar as condições de uso das próteses, o equipamento que realiza o ensaio simula os movimentos de caminhada, com carga equivalente ao peso corporal do usuário; o atrito sofrido com o uso e a temperatura corporal, explica a pesquisadora Marcia Maru, da Divisão de Metrologia dos Materais.
Na investigação, além do desgaste das próteses pelo uso, a equipe do Inmetro poderá ver se o material implantado libera partículas no corpo ou se apresentará folgas com o tempo.
- Com esse estudo pode-se evitar a distribuição de próteses com maior risco de substituição e a necessidade de uma nova cirurgia - diz.
Os próprios fabricantes de próteses estão interessados em avaliar e aprovar seus produtos, diz o Inmetro. Os ensaios são demorados e levam, em média, seis meses. Durante os testes, são realizados cinco milhões de ciclos (cada um corresponde a um segundo). A cada 500 mil ciclos (o equivalente a seis dias), o equipamento é desligado para que as peças sejam medidas e pesadas. A compra do equipamento para realização dos testes foi possível a partir de verba obtida junto à Finep, em linha de financiamento destinada à Saúde.
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Duas drogas aumentam em meses sobrevida no câncer de mama


FDA estuda aprovação de medicamentos, apresentados em congresso nos EUA
Duas novas drogas podem retardar em vários meses o avanço do câncer de mama, mesmo em estágio avançado, lançando novas opções para tratamento de mulheres com a doença. As drogas são resultado de pesquisas de laboratórios diferentes: pertuzumab, da Genentech, e everolimus, da Novartis. Em ambos os casos, ensaios clínicos comprovaram que os dois medicamentos conseguem prolongar a vida. Os resultados dos dois estudos foram publicados no The New England Journal of Medicine e apresentados, esta semana, no San Antonio Breast Cancer Symposium, nos EUA.
A droga pertuzumab foi concebida para complementar o tratamento com Herceptin, um remédio campeão de vendas do laboratório Genentech. Foi usada em 20 pacientes cujos tumores da mama têm níveis elevados de uma proteína chamado Her2. Ambos os medicamentos bloqueiam a ação da proteína, mas de maneiras diferentes.
Num ensaio clínico em estágio final envolvendo 808 pacientes, mulheres foram aleatoriamente escolhidas para receber pertuzumab, Herceptin e docetaxel nas sessões de quimioterapia. A média de sobrevida das pacientes aumentou, em média para 18,5 meses. Significativamente maior do que a sobrevida de 12,4 meses para aquelas que recebem um placebo, Herceptin e docetaxel.
_ O medicamento permite melhoria na sobrevida de cerca de seis meses _ disse o Dr. José Baselga, chefe de hematologia e oncologia do Hospital Geral de Massachusetts. _ Isso é enorme. Por qualquer critério que queremos analisar, este estudo é clinicamente muito significativo.
Dr. Baselga foi investigador principal do estudo de ambos os medicamentos, pertuzumab e everolimus. Segundo o médico, o estudo também mostrou que a adição de pertuzumab ao coquetel de quimioterapia não aumentou a disfunção cardíaca, um efeito colateral preocupante de Herceptin. O laboratório Genentech e sua empresa-mãe, Roche, já requereram a aprovação das agências governamentais para a entrada do medicamento no mercado, nos Estados Unidos e na Europa.
Nos EUA, a Food and Drug Administration revogou recentemente a aprovação de outro fármaco Genentech, o Avastin, para o tratamento de câncer de mama. A agência quer aprovar apenas medicamentos que garantam o prolongamento da vida. A Dra. Sandra J. Horning, chefe de ensaios clínicos do câncer da Genentech, disse que os resultados na progressão tumoral do pertuzumab são muito mais confiáveis do que os resultados dos primeiros estudos do Avastin, que depois teve contestados resultados da segunda fase de estudos clínicos.
No caso do medicamentos da Novartis, everolimus, trata-se de um comprimido já vendido sob o nome de Afinitor para tratar câncer de rim e alguns tumores raros. O laboratório Novartis solicitou agora aprovação do remédio também para tratamento de câncer de mama. O enasio clínico apresentado envolveu 724 mulheres em período pós-menopausa, com câncer de mama metastático. As mulheres que tomaram uma combinação de everolimus e exemestano apresentaram sobrevida de 7,4 meses, comparada com 3,2 meses para aquelas que tomaram um placebo mais exemestano. O medicamento exemestano, também conhecido pelo nome de marca Aromasin, priva os tumores de estrógeno, que pode ser o combustível de seu crescimento. O medicamento everolimus é usado para inibir a mTOR, proteína que estimula o crescimento do tumor, depois que ele se torna resistente à terapia hormonal.
_ Esta é a primeira vez que temos uma estratégia para reverter a resistência do sistema endócrino. Esta resistência sempre foi o Santo Graal da terapia para tumores endócrino-positivos _ avaliou Dr. Baselga.
O everolimus custa cerca de US$ 7,000 por mês, quando usado para o câncer renal. A droga pode ter significativos efeitos colaterais, como feridas na boca, infecções pulmonares e inflamação.
_ É preciso evitar que a terapia hormonal, que é relativamente bem tolerada pelo organismo, se torne mais próxima à quimioterapia em termos de efeitos colaterais _ avaliou o Dr. Clifford A. Hudis, chefe do serviço de medicina do câncer de mama no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center.

O Globo

A revolução da cirurgia sem cortes, bisturi ou cicatrizes



Com técnicas avançadas e ajuda de robôs, médicosagora já operam a distância
RIO — Uma revolução está em curso na medicina. Grandes cortes, cicatrizes aparentes, dores lancinantes e excesso de sangramento são situações do século passado. Cirurgiões da rede pública e privada no Brasil estão usando cada vez mais técnicas minimamente invasivas para retirar tumores e eliminar doenças do coração, da coluna, do cérebro e do aparelho digestivo, bem como resolver problemas ginecológicos e urológicos. Dependendo da queixa, graças aos novos equipamentos é possível voltar para casa no mesmo dia. O conceito inclui a robótica, em que as mãos do médico são substituídas pelas de uma máquina precisa, e operações são feitas a distância.
INOVAÇÃO: No futuro, mais intervenções sem necessidade de internação
As vantagens são enormes: com cortes minúsculos, ou sem cortes, as complicações e o pós-operatório são drasticamente reduzidos. O tempo da operação é menor e a recuperação do paciente, mais rápida. Com menos tempo de exposição ao ambiente hospitalar, diminui o risco de infecção. E o custo total da intervenção cai, considerando-se a economia com remédios e diária de hospital. Não por acaso, instituições públicas do Rio, como Instituto Nacional de Câncer, Instituto Nacional de Cardiologia, Hospital Municipal Miguel Couto e Hospital Federal de Bonsucesso já investem nelas.
OBESIDADE: Redução de estômago com menos complicações
DE VARIZES A PROBLEMAS CARDÍACOS: O salto nas cirurgias vasculares
Um dos primeiros métodos a aposentar o bisturi foi a videolaparoscopia: o médico faz dois ou três pequenos orifícios para acessar órgãos por meio de cânulas, uma delas com câmera. Hoje, já se trocam válvulas do coração, controlam-se arritmias e se fazem implantes de artéria mamária. Também hérnias e outras alterações de coluna são tratadas assim. Sem abrir a cabeça do paciente, aneurismas são extirpados ou morrem por inanição, já que o suprimento de sangue é interrompido. E, sem rasgar o abdômen, eliminam-se miomas e endometriose. Nos centros cirúrgicos, muitos médicos são auxiliados por Zeus e Da Vinci. Estes são os nomes de robôs que operam com precisão milimétrica, preservando estruturas saudáveis e reduzindo sequelas.
— Os robôs são guiados por um cirurgião bem treinado. É como ter um piloto num carro de Fómula 1. Em dez anos, a cirurgia robótica será rotina. Alguns convênios já a cobrem — diz o cirurgião-geral Vladimir Schraibman, orientador de cirurgias robóticas do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.
Para a coluna, nos casos de hérnia de disco e instabilidade das vértebras, as técnicas que usam punção permitem recuperação em menor tempo, afirma o neurocirurgião Eduardo Barreto, coordenador do Serviço de Neurocirurgia do Norte D'Or. Hoje, as hérnias são corrigidas por meio da retirada do disco doente, com anestesia local e sedação. O paciente se interna de manhã e vai para casa à tarde. Antes, ficava três dias ou mais no hospital.
— Também é possível trocar o disco desgastado por outro artificial. E, se o sistema de sustentação da coluna está danificado, corrigem-se segmentos — explica Barreto.
ANEURISMA: Técnica que revoluciona tratamento chega ao Rio
HEMORROIDA: Hospital carioca é pioneiro em cirurgia sem corte
Candidatos à cirurgia de coração não precisam sair com cicatriz no peito e penar no pós-operatório. Implantes de pontes são feitos com pequenas incisões, diz José Oscar Brito, do Instituto Nacional de Cardiologia. No Miguel Couto, cerca de 30% das operações vasculares (incluindo as angioplastias) e de 30% a 40% das neurovasculares (aneurismas cerebrais e de aorta) são por videolaparoscopia. No Hospital Pró-Cardíaco, há cirurgias sem cortes em áreas como cardiologia e proctologia. E, no Inca, vdeolaparoscopia e neuroendoscopia são usadas em intervenções colorretais, urológicas e ginecológicas e na retirada de alguns tumores cerebrais.
No sistema público, o cirurgião Luis Alexandre Essinger, diretor-geral do Miguel Couto, frisa que as novas técnicas acabam por beneficiar também quem aguarda vagas.
— Há economia em anestesia e uso de sangue e remédios. E o paciente fica menos tempo no CTI e tem alta mais rapidamente, o que reduz o risco de infecção e permite atender mais pessoas

O Globo

I R: quem tem uma fonte de renda pode ficar livre de fazer declaração


Contribuinte deve usar modelo simplificado e confirmar dados preenchidos pela Receita
BRASÍLIA - Os contribuintes com uma única fonte de renda que optarem pelo desconto declaração simplificada (desconto de até 20% sobre os rendimentos tributáveis) poderam se livrar do trabalho de fazer a declaração do Imposto de Renda em 2014 (relativo aos ganhos dos ano-calendário 2013), informou o Secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto. A medida vale para pessoas físicas.
Pelo projeto, a declaração será preenchida previamente pela Receita Federal e apresentada a esses contribuintes, que confirmariam ou não os dados contidos no documento, como os valores recebidos do empregador. Para os demais contribuintes a declaração permanecerá da forma que já é hoje, com alguns aperfeiçoamentos.
- O projeto de simplificação está em curso na Receita Federal. Existem modelos como esse em outros países. O Chile, por exemplo, tem um modelo parecido. Em breve estaremos caminhando para essa solução - disse Barreto.
Segundo o secretário, não é possível eliminar a declaração de todas as pessoas físicas, porque existem algumas informações que necessitam ser prestadas pelo próprio contribuinte, como é o caso das despesas médicas, com educação e doações.
- A administração tributária não tem previamente essas informações. É necessário que o contribuinte faça sua declaração e a transmita para a Receita.
O secretário explicou que os sistemas da Receita Federal teriam como fazer isso, mas o modelo adotado no país não permite que Fisco tenha todas as informações prévias como as despesas médicas, educação, gastos com dependente e doações.
- Por isso, agora, não há como colocar um modelo desses porque grande parte teria que alterar aquilo que seria apresentado para o contribuinte como declaração. Por enquanto, não teremos como entregar a declaração completa para o contribuinte confirmar ou não confirmar.
Para os demais contribuintes pessoas físicas, o secretário lembrou que a declaração já foi simplificada e permite, de forma fácil, que o contribuinte preencha os dados com auxílio do programa de computador específico e faça a transmissão via internet sem grandes problemas. Isso tem sido demonstrado, destacou, pelo crescente número de declarações em meio eletrônico e pela diminuição do número de retenções na malha fina.
O globo


Os homens preferem as Divas

Por Júlia Kôrte
O divertido livro “Por que os homens preferem as Divas”, é um relato de Miss Piggy, aquela porquinha fofa dos Muppets que anda super em alta em Hollywood, graças ao filme “Os Muppets” que estreou semana passada no Brasil. Na obra a personagem dá conselhos sobre a vida, o amor e as 10.000 coisas idiotas que os homens sapos (oi, Caco!) fazem. O livro é recheado de dicas e comentários engraçadinhos! Selecionei algumas delas para, quem sabe, você tornar seu sapo em príncipe.
+ Se ele simplesmente não está pronto para se comprometer, a melhor defesa é um bom ataque, então não desista de fazer ele se comprometer. Lembre-se: nunca deixe de ser ofensiva.
piggy_capa_livro
Em “Por Que os Homens Preferem as Divas” Ms Piggy dá conselhos amorosos
+ Se ele faz más escolhas, simplesmente elimine as opções dele. De agora em diante, é você quem decide.
+ Se ele é um “galinha”, troque-o por outro que seja caseiro ou então conviva com isso e aproveite a vida!
+ Se ele é “macho” demais, a solução é simples: faça-o segurar sua bolsa, nada desvaloriza mais a virilidade dele. Treinem isso, garotas!
Parte 2 – E não se esqueça de despertar a diva dentro de você (algumas coisas que toda diva deve saber!):
+ Se de início você não tiver êxito, queixe-se bem alto até que a aplaudam.
+ Nunca deixe para amanhã o que pode comprar hoje.
+ Sempre seja generosa com você mesma.
+ O amor aparece onde você menos espera. Portanto, olhe lá primeiro.
+ Luxúria é amor sem burocracia.
Gostou e quer mais? Desculpe, meninas, mas é preciso comprar o livro… Enquanto isso, por que não compartilham dicas e comportamentos de diva que todas nós temos?

EXERCÍCIOS FÍSICOS ESPORÁDICOS PODEM CAUSAR MORTE SÚBITA


Exercícios físicos esporádicos podem causar morte súbita
Os benefícios de um exercício físico só podem ser sentidos através de um esforço adequado. Malhar esporadicamente pode causar sérios riscos fatais à saúde como o infarto. Saiba como é preciso proceder e malhar direito.

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Atletas de fim de semana, atenção! Não é a toa que  especialistas recomendam a prática constante de exercícios físicos com acompanhamento de profissionais especializados. Recentemente, o Journal of the American Medical Association (JAMA) confirmou, através de uma combinação de resultados de estudos anteriores, que se exercitar de forma irregular e sem orientação causa sérios riscos à saúde. Segundo o periódico, treinos realizados de forma esporádica podem aumentar os riscos de infarto agudo do miocárdio em 3,45 vezes e de morte súbita em 4,98 vezes. Esse foi o resultado de metanálise publicada pelo periódico. De acordo com a coordenadora técnica da academia Runner, Tatiana Schneider, que atua na Unidade Águas Claras, no Distrito Federal, “os benefícios dos exercícios advêm, acima de tudo, do adequado esforço somado à frequência ideal”.
No quesito acompanhamento, o educador físico Marcus Lourenço da Runner, afirma que “é imprescindível, visto que o aluno não tem a percepção exata do esforço que faz”. “Ao extrapolar seus limites, pode adquirir lesões musculares e articulares ou enfrentar quadros mais graves, como destacou o JAMA”, explicou.

A dica para quem quer entrar em forma e trazer benefícios em longo prazo para a saúde é cumprir rigorosamente as orientações preconizadas pelas academias. Em primeiro lugar, antes de começar uma atividade, é necessário passar pela avaliação. “O aluno é submetido a um protocolo composto por diferentes checagens. Com isso, traçamos um trabalho específico, que considera sua condição física e suas preferências”, comenta Tatiana.

É essencial saber que ninguém recupera o tempo perdido da noite para o dia. Os especialistas informam que é necessário frequentar a academia ao menos três vezes por semana e realizar o programa prescrito. Nem mais e nem menos.

Check-up antes de malhar reduz risco de problemas de saúde

Cuidados para quem quer praticar esportes

Pare de se enganar e trate de malhar direito!

Iluminador nos olhos

O novo queridinho do meu nécessaire é o iluminador e, quando falo isso, a maioria das minhas amigas confessam que não sabem muito bem como usá-lo e, por isso, acabam dispensando o bendito da lista de beleza. Qual, como e onde usar são uma questões de gosto, até porque existem versões cremosas, em pó solto, compacto, líquida, em caneta etc . Cabe a você sentir o que cai melhor com o seu tipo de pele — aqui a regra é o mantra da maquiagem: experimentar, experimentar, experimentar! Ah, e dê adeus àquele mito de que iluminador só deve ser usado à noite. Bép, errado! Para acertar sempre, Sadi Consati, consultor estratégico d’O Boticário, explica que basta eleger um ponto para destacar, como olhos, por exemplo. Neles, você nem sequer precisa comprar um iluminador propriamente dito. Uma sombra clara, como as champanhes ou pérolas, cumprem muito bem a tarefa.

As sombras escuras e claras fazem dupla no look

No look, a sombra iluminadora faz dupla com uma mais escura, criando um leve dégradé.
Para copiar, siga esses simples três passos:
1. Aplique a sombra mais clara em toda a pálpebra móvel seguindo sempre de dentro para fora
2. Passe agora a mais escura na raiz dos cílios engrossando o traçado no canto externo dos olhos e esfume com os dedos ou com um pincel
3. Finalize com máscara para cílios.
Simples, não?

Máscara Para Cílios

por Sadi Consati 
A máscara para cílios é considerada um dos mais importantes itens da maquiagem. Nem pense em sair de casa sem ela! Alonga, dá volume e curva os fios, abrindo e levantando a expressão do olhar.
Hoje o mercado de cosméticos oferece uma infinidade de opções, cores, efeitos, formas de aplicar. Basta você encontrar o seu, tem que rolar uma identificação!
Cílios curvados com máscara ficam bem em todo mundo e provocam um resultado imediato na aparência.
Se ficar excesso de produto passe o pente para retirá-lo e separar os fios. Dependendo do look eu até gosto de cílios meio ‘carregados’ com efeito de máscara já velha de textura que engrossou.
Mantenha os olhos bem abertos enquanto aplica a máscara e evite piscar até que o produto esteja totalmente seco.
Para um efeito ainda mais incrível aplique também embaixo, da raiz em direção às pontas, ou colocando o aplicador na raiz e dando “tremidinhas” na horizontal.
Se passar lápis na parte inferior dos olhos acho indispensável o uso da máscara também.
Se os cílios não curvam naturalmente com a máscara porque são direcionados para baixo ou rebeldes, use o curvex. Aperte nos cílios por 20 segundos para curvá-los e em seguida aplique a máscara. Se precisar pode repetir a ‘operação’ mais de uma vez.
Aplicar o curvex depois da máscara pode quebrar os cílios e grudá-los, deixando um efeito pesado.
Curvex faz uma diferença absurda!!!
Na parte superior, primeiro aplique de cima para baixo (da raiz dos cílios em direção às pontas) em toda a extensão do fio, girando a escova. Quando você gira a escova, curva os cílios e quando você puxa, alonga. Depois venha de baixo para cima (também da raiz em direção às pontas) e finalize curvando ainda mais. Dê mais intensidade nos cantos externos e nas pontas para abrir mais o olhar.
A Máscara para Cílios sempre está na lista dos dois principais itens de maquiagem usados pelas mulheres.
Atualmente minha necessáire conta com 30 máscaras para cílios:

Então se joga e arrasa nas pestanas!

60% das mulheres sentem atração por outras mulheres

mulheres bissexualidade
Foto: Image Source/Mauricio Fuertes
Pelo menos é o que diz um estudo da Universidade de Boise, nos Estados Unidos. Das 484 moças  heterossexuais entrevistadas, 60% admitiram que já se sentiram atraídas por outra mulher em algum  momento da vida – 45% beijaram outra mulher e 50% têm fantasias sexuais constantes com outras garotas. Os autores da pesquisa disseram que o fato de as mulheres serem emocionalmente mais conectadas aumenta as chances de intimidade e romantismo umas pelas outras. Também disseram que as chances de nos sentirmos  atraída pelo sexo feminino aumenta com a idade. E aí, meninas, concordam? Vocês já se sentiram atração sexual por outras mulheres? Já foram adiante?

por Fernanda Colavitti

5 caras que você não pode pegar na festa da empresa

O blog The Frisky fez um post engraçadinho dizendo quem você pode e não pode pegar na festa da empresa. Eu acho que, sempre, é melhor nunca ficar com alguém nesse tipo de confraternização: sou a favor de evitar qualquer saia-justa ou ressaca moral. Se você não aguentar ficar sozinha, pelo menos, não caia na tentação de pegar um dos cinco homens abaixo:
Seu chefe
Nem precisa explicar o porquê, certo?
O paquera da sua colega de trabalho
Acredite: você não vai querer que ela comece a sabotar o seu trabalho.
Seu cliente gato
Vocês têm que ficar em contato o ano todo e ele pode tentar se aproveitar da sua fraqueza para conseguir vantagens nada éticas  nos negócios.
Seu colega de baia
Se a ficada não for para frente, vocês vão precisar lidar com aquele clima esquisitíssimo pós-balada.
Atenção se vc bebeu todas e não sabe a cara dele? Melhor dar um Google — vai que você  agarra sem querer uma pessoa comprometida .

Ex mulher

25% dos homens sonham com a ex


sonho erótico
Foto: ThinkerStock
Pelo menos entre os mais de dois mil que participaram de um estudo inglês (veja abaixo). A maioria dos entrevistados está  em um  novo relacionamento e feliz com a atual namorada/mulher, mas tem sonhos com a ex frequentemente. O estudo não diz extamente qual o tipo de sonho. Tenho uma amiga que surtaria se descobrisse que o namorado sonha com a ex (mesmo que o teor não seja erótico). E você, se incomodaria? Aliás, você costuma ter sonhos mais calientes com o seu ex?

 Ex-factor: One in four men still dreams about past girlfriends (while women dream about their mums)
The battle against the green-eyed monster is hard enough at the best of times.
Now though, jealous women have even more to worry about. A new study has revealed that one in four men regularly dream about their ex-girlfriends.
And the results, released today, revealed that the men in question were not necessarily pining for their exes by day. In fact, the majority reported high levels of satisfaction with their current relationship.
Sweet dreams: One in four men admit they regularly dream about their ex partners
Sweet dreams: One in four men admit they regularly dream about their ex partners
It is not just ex-partners that British men are dreaming about either. 
While romantic-minded girlfriends might allow themselves to believe they are the subject of their man's dreams, they are likely to be usurped during nighttime hours by their partner's colleagues or boss - with 26 per cent saying they dream of workmates - or even their mother-in-law.
Conversely, over a third of British women say they spend their nights dreaming about their current partner, followed closely by dreams about their parents and their children.
The Dream Study, carried out by Premier Inn, asked 2,000 Brits about their dream patterns to come up with the findings. 
It found the close friendships women tend to hold also impact on their dreams, with a third of women claiming their dreams frequently feature their friends.
What's on his mind? Men dream about past loves, while women dream about current relationships, their children and their parents
What's on his mind? Men dream about past loves, while women dream about current relationships, their children and their parents
However, it seems women are just as capable of fantasy, as 20 per cent say they frequently dream about people they have never met.
The stresses and strains of everyday life also affect the way we dream, with 31 per cent of people saying they dream about important things that are playing on their mind.
Given the current economic climate, it's unsurprising that 20 per cent of Brits dream more if they are under pressure, demonstrating that it is increasingly difficult to forget about work.
Claire Haigh, spokesperson for Premier Inn said, 'Dreams are one part of our lives that we have no control over. Even though we may not see people regularly, they can still feature regularly in our dreams.
'The research showed that we dream most often when something is playing on our minds or we are experiencing stress, so having a short break to get away from it all could help us to switch off and enjoy a good night’s sleep.'
Dream expert Davina MacKail said: 'Our dreams help us learn, grow and process our emotions. So it's no surprise we tend to have more nightmares when stressed and will dream about our problems as our dreaming mind tries to solve them for us.
'A calm, relaxing environment and a great night's sleep goes a long way to ensuring more peaceful dreams. 
Women tend to be more emotionally open within relationships and so dream about current relationship issues, whereas men tend not to explore their emotions outwardly. 
'This means they have a tendency to work issues out via their dreams - hence they dream of exes. It may illustrate emotional vulnerabilities and insecurities they are exploring within their current partner.'