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12.23.2016
As coisas boas surgirão nas dificuldades.
Quando você conseguir superar
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.
Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria:
a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga;
a superior, alivia; a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala
para quem sabe escutar!
Chico Xavier
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança
diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.
Uns queriam um carro;
outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria:
a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga;
a superior, alivia; a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala
para quem sabe escutar!
Chico Xavier
Johnn Angeli Cientista político chama atenção sobre Moro e Janot
Cientista político alerta os brasileiros sobre o juiz Moro e o Procurador Geral da República, por considerar que eles "atuam com os EUA contra o Brasil"
Luiz Alberto Moniz Bandeira, autor do importante livro “A Desordem Mundial – o espectro da total dominação”, que apresenta aos leitores informações geralmente omitidas pelos meios de comunicação conservadores, acabou de mais uma vez brindar os brasileiros com revelações sobre a Operação Lava Jato.
Moniz Bandeira, cientista político, e analista abalizado do momento atual, tanto nacional como internacional, alerta os brasileiros sobre o juiz Sérgio Moro e o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, por considerá-los que “atuam com os Estados Unidos contra o Brasil"
Conhecido também por dissecar o poderio norte-americano na desestabilização de países, Moniz Bandeira garante que Moro e Janot “avançam nos prejuízos provocados ao país e à economia nacional”.
Para o cientista político, "os prejuízos que causaram e estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África".
Numa longa entrevista, Moniz Bandeira adverte que "a delação premiada é similar a um método fascista e Isso faz lembrar a Gestapo ou os processos de Moscou, ao tempo de Stálin, com acusações fabricadas pela GPU (serviço secreto)".
Moniz Bandeira também não poupa o golpista usurpador Michel Temer, por entender que ele "não governa", mas segue apenas as coordenadas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, "representante do sistema financeiro internacional".
E, segundo ainda Moniz Bandeira, não há dúvidas quanto ao propósito do golpista Temer de “jogar o peso da crise sobre os assalariados, para atender à soi-disant, 'confiança do mercado', isto é, favorecer os rendimentos do capital financeiro, especulativo, investido no Brasil, e de uma ínfima camada da população - cerca de 46 bilionários e 10.300 multimilionários".
Os alertas de Moniz Bandeira são importantes de serem conhecidos pelo povo brasileiro, que só tem tido informações através da cobertura midiática conservadora e reflexões dos tais colunistas de sempre. Assim sendo, leitores dos jornalões e telespectadores dos telejornalões só estão formando opinião com base em um noticiário de uma fonte, o tal “samba de uma nota só”.
Com isso, movimentos que se apresentam como apologistas da luta contra a corrupção, de linha ideológica nitidamente de direita, conseguem manipular setores da opinião pública que passaram pela lavagem cerebral e saem às ruas estimulados pelos meios de comunicação eletrônicos que destacam as mobilizações, inflando-as de forma a repercutir nacionalmente e com o objetivo claro de criar um fato político.
Foi o que aconteceu no último domingo (4), quando os telejornalões noticiaram com alarde, não escondendo o estímulo dos telespectadores a participar das manifestações em defesa da Operação Lava Jato que é apresentada como a única forma de combater a corrupção, omitindo informações apresentadas pelo cientista político Moniz Bandeira.
O Senador Roberto Requião, inclusive em tom irreverente, considerou os manifestantes que imaginam estar combatendo a corrupção como “mentecaptos manipuláveis”, exatamente pelo fato de estarem se guiando por informações da mídia conservadora que omite advertências com as apresentadas pelo cientista político Moniz Bandeira.
12.22.2016
ALEPPO!!
Aleppo! Aleppo!!
Fale sobre Aleppo. Chore por eles como você chorou por Paris. Chore por eles como você chorou por Nova York. Fale sobre eles. Nosso silêncio está matando-os. São pessoas, PESSOAS. Eles não são importantes porque são árabes? Porque eles são sírios? Será que sua vida importa menos do que a vida de um francês ou um americano? Pessoas de Aleppo estão postando suas mensagens de despedida na internet como um massacre final sendo esperado para acontecer a qualquer momento em breve e estamos SILENCIOSOS. Ficamos em silêncio por mais de cinco anos. Algumas crianças em Aleppo não conhecem a vida sem guerra. Imagine viver em uma cidade de ruínas e ter que temer por sua vida a cada instante. Hospitais, igrejas, casas, restaurantes são bombardeados no cotidiano e centenas são mortos todos os dias. No entanto, estamos em silêncio. Lembre-se delas. Honre-os. Nós permitimos que um genocídio em massa acontecesse diante de nossos olhos por anos. A mídia fechou os olhos para isso. Este é um dos maiores genocídios desde o holocausto e o mundo está vendo as pessoas morrerem em silêncio. Não só morrendo mas também, sendo exterminados, retaliados e estuprados! Fale sobre Aleppo, por favor.
COPIE E COLE!!
#prayforAleppo 🙏🏼😔🇸🇾
Por: Hanan Amin Alkaram
Fale sobre Aleppo. Chore por eles como você chorou por Paris. Chore por eles como você chorou por Nova York. Fale sobre eles. Nosso silêncio está matando-os. São pessoas, PESSOAS. Eles não são importantes porque são árabes? Porque eles são sírios? Será que sua vida importa menos do que a vida de um francês ou um americano? Pessoas de Aleppo estão postando suas mensagens de despedida na internet como um massacre final sendo esperado para acontecer a qualquer momento em breve e estamos SILENCIOSOS. Ficamos em silêncio por mais de cinco anos. Algumas crianças em Aleppo não conhecem a vida sem guerra. Imagine viver em uma cidade de ruínas e ter que temer por sua vida a cada instante. Hospitais, igrejas, casas, restaurantes são bombardeados no cotidiano e centenas são mortos todos os dias. No entanto, estamos em silêncio. Lembre-se delas. Honre-os. Nós permitimos que um genocídio em massa acontecesse diante de nossos olhos por anos. A mídia fechou os olhos para isso. Este é um dos maiores genocídios desde o holocausto e o mundo está vendo as pessoas morrerem em silêncio. Não só morrendo mas também, sendo exterminados, retaliados e estuprados! Fale sobre Aleppo, por favor.
COPIE E COLE!!
#prayforAleppo 🙏🏼😔🇸🇾
Por: Hanan Amin Alkaram
12.21.2016
Câmara aprova renegociação da dívida dos estados
Por 296 votos a 12, os deputados aprovaram o projeto de lei
que prevê o alongamento da dívida por 20 anos e a suspensão do pagamento
das parcelas até o fim deste ano, com retomada gradual a partir de
2017; contrariando o governo, os deputados retiraram do
projeto contrapartidas dos estados, como o aumento da contribuição
previdenciária dos servidores, suspensão de aumentos salariais e de
realização de concursos públicos, privatização de empresas e a redução
de incentivos tributários; texto segue, agora, para sanção presidencial do golpista Temer
Depois de várias rodadas de negociações entre líderes partidários e governadores de estados endividados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, os deputados concordaram em aprovar a propostas rejeitando parte das mudanças feitas no Senado. As mudanças aprovadas pela Câmara contrariam o entendimento da área econômica do governo, que considera essencial medidas de corte de gastos e ajuste fiscal pelos estados.
Em acordo firmado na manhã de hoje (20), ficou decidido que o relator da proposta, deputado Esperidião Amin (PP-SC), retiraria do texto a maioria dos dispositivos incluídos que previam contrapartidas para os estados que assinassem a renegociação das dívidas.
Entre as medidas que foram retiradas do projeto estavam o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, suspensão de aumentos salariais e de realização de concursos públicos, privatização de empresas e a redução de incentivos tributários;
A aprovação da renegociação das dívidas ocorreu apesar da obstrução de partidos de oposição, como Rede e PSOL, contrários a impor uma moratória aos estados com problemas financeiros. Durante todo o processo de discussão, o PT tentou obstruir a votação. Ao final, no entanto, o partido votou favoravelmente à proposta.
Pelo entendimento dos líderes da base aliada e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), as contrapartidas e condicionantes às leis estaduais deverão ser analisadas e votadas pelas assembleias legislativas.
Segundo o texto aprovado, o novo prazo para pagamento da dívida dos estados com a União será de até 360 meses, contado a partir da data de celebração do contratual original. Com a renegociação, que também reduz o valor da parcela mensal a ser pagas pelos estados à União, os governadores se comprometem a desistir de eventuais ações judiciais que tenham por objeto a dívida.
Operação vale-tudo tenta salvar o golpistaTemer
GOLPISTA - MORTIÇA- GILMALA (PSDB)
É verdade que a grande maioria dos brasileiros gostaria de viver num país onde a Justiça fosse um poder transparente e isento, que atua cegamente na defesa de regras e princípios sem distinção de origem social, cor da pele e preferência política. Na prática, por mais bonito que seja, este sonho de homens e mulheres iguais perante a lei tem se revelado uma ingênua utopia de grande utilidade para embaralhar os espíritos e desarmar quem necessita reunir forçar para lutar por seus direitos. Ajuda a esconder que vivemos numa sociedade estruturalmente desigual, onde o duplo tratamento reservado aos cidadãos se expressa no abismo de renda, no acesso ao ensino e, obviamente, no exercício de direitos políticos e no tratamento recebido no Judiciário.
Convém prestar atenção nos movimentos subterrâneos que, contrariando fatos e provas cada vez mais abundantes, pretendem salvar o golpista Michel Temer e assegurar sua permanência no Planalto até 2018 -- ou pelo menos até quando for possível. Pode parecer absurdo, quando se considera o teor das delações premiadas da Odebrecht -- e estamos falando da ponta do iceberg -- somado a incompetência do governo para apontar um caminho para a recuperação do país.
Num Congresso comprado a peso de ouro pelos patrocinadores da pinguela construída por Eduardo Cunha, que ali encontram uma chance única de atendimento a seus interesses, nunca se pensou que um processo de impeachment do golpista Temer pudesse ser debatido de modo isento por aquela massa dominante de parlamentares que derrubou com um golpe parlamentar a presidenta Dilma sem sequer apontar um crime de responsabilidade configurado.
Em teoria, as chances de uma decisão de acordo com os fatos e as provas sempre foram vistas como reduzidas, mas pareciam possíveis no TSE. Ali, num ambiente de suspense em torno do relatório do ministro Herman Benjamin alimentou-se a noção de que a chapa Dilma-Temer seria cassada em conjunto, abrindo espaço para a escolha de um novo presidente da República. Pelo voto em urna, se o golpista Temer fosse afastado até 31 de dezembro. Pelo voto indireto do Congresso, se a decisão ocorresse mais tarde.
Embora a investigação da chapa Dilma-Temer seja a mais longa do tribunal em campanhas presidenciais recentes, tendo se iniciado antes mesmo da proclamação oficial do resultado eleitoral, e incluído uma densa troca de informações quase em tempo real com a Lava Jato, até agora o relator Herman Benjamin tem declarado que não foi possível chegar a uma conclusão definitiva. "Ainda faltam perícias, eventuais manifestações das partes sobre elas, avaliação da força- tarefa sobre essas manifestações, alegações finais," disse ele, em 11 de dezembro. Os argumentos do ministro podem ter sólido fundamento jurídico e representar numa postura acertada na preocupação sempre correta de proteger garantias e direitos fundamentais. Também estão de acordo com o princípio fundamental do Estado Democrático de Direito, a presunção da inocência.
Mas, no Brasil de 2016, dificilmente deixariam de causar escândalo se pudessem beneficiar aliados do Partido dos Trabalhadores, não é mesmo?
Enquanto se acreditou, erradamente, que seria possível condenar Dilma e salvar o companheiro de chapa Temer, numa repetição do que se fez no Congresso, as dúvidas sobre os fundamentos da denúncia eram tratadas como material irrelevante e inofensivo, pois não pareciam capazes de atingir o vice. Quando se compreendeu que ambos faziam parte de uma só campanha, com um só comando, a salvação de Temer passou a depender de outros argumentos. Um aliado, que havia operado um golpe de Estado, estaria sentado no banco dos réus.
Nessa situação, a dúvida que beneficia o réu é tratada com naturalidade. Óbvio. Ninguém tem pressa de mais nada e, assim, o caso só entrará em pauta depois que o Judiciário retornar do recesso de fim de ano, quando, em qualquer hipótese, já terá ocorrido a alteração fundamental no método -- direto ou indireto -- para escolha do sucessor do golpista Temer em caso de uma eventual condenação.
A outra novidade, agora, é que nem a pior alternativa do ponto de vista da preservação da democracia -- denunciar o golpista Temer fora do prazo para eleições diretas -- parece ser solução para quem tem o poder de mando sobre a República. Quando Dilma já é carta fora do baralho, Gilmar questiona a denuncia em sua essência, sinalizando que a própria acusação pode não ter fundamentos para ser levada adiante.
Se em síntese Herman Benjamin diz que é preciso investigar mais, Gilmar alega que não há uma base concreta para uma denuncia. "A simples doação por caixa 2 não significa a priori propina ou corrupção, assim como a doação supostamente legal não significa algo regular," diz Gilmar.
Muitas pessoas respeitáveis sempre consideraram que essa distinção é legítima e necessária. Antes do julgamento da AP 470, boa parte dos advogados do PT estava convencida de que seus clientes não poderiam ser condenados porque a única prova -- caixa 2 -- estava fora do Direito Penal.
Não custa lembrar, contudo, que, essa visão começou a se modificar na AP 470 e também na Lava Jato, quando contribuições de campanha passaram a ser tratadas como simples disfarce para o pagamento de propina.
Em 2012, no julgamento da AP 470, a ministra Carmen Lucia, atual presidente do STF, chegou a mostrar-se irritada com advogados de José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares que alegavam que os réus não poderiam ser condenados por caixa 2 porque isso não era considerado crime. Num voto que seria reproduzido em ambiente de êxtase por veículos que pediam duras contra réus do Partido dos Trabalhadores, Carmen Lucia disse que "alguém afirmar que houve ilícito com a tranquilidade que se fez aqui é algo inédito em minha vida profissional. É como se o ilícito fosse uma coisa normal e pudesse ser assumido tranquilidade. É como dizer 'ora, brasileiro, o ilícito é normal'. A ilegalidade não é normal. Num estado de direito, o ilícito há de ser processado e punido. Isso me causou profundo desconforto".
O debate sempre foi mais complicado do que isso. Em 2016, quando um relatório da Polícia Federal sobre a Lava Jato admitia que em determinadas investigações havia apenas "elementos indiciais" para sugerir que doações eleitorais haviam sido usadas para o pagamento de suborno, a Folha de S. Paulo fez um editorial ("Doação ou Propina") lembrando que a propria PF ressaltava "a necessidade de aprofundar as investigações."
A rigor, neste universo estamos falando de uma zona cinzenta, como dizia o filósofo tucano José Arthur Gianotti, em função de uma realidade difícil de negar. Até 2014, as campanhas eleitorais brasileiras permitiam "a organização de um toma lá-dá-cá entre candidatos e empresas, que negociam contribuições em troca de um tratamento favorável após a vitória," como escrevi no meu livro A Outra História da Lava Jato. "Pode-se lamentar mas a ideia do financiamento privado é exatamente essa. Reforçar laços -- inclusive materiais -- entre o setor privado e os governantes."
E aqui chegamos ao centro da questão que alimenta o acordão destinado a proteger o golpista Michel Temer -- a postura dos meios de comunicação, sempre importante para interferir sobre o sistema político de um país onde o sistema de partidos encontra-se esfacelado. Após uma década de campanha midiática contra os governos do PT, o Estado de S. Paulo agora faz clamores a favor da prudência nas denúncias políticas. Num editorial chamado "De vazamento em vazamento", lembra que "especialmente em momentos críticos como este," a cobertura deve ser pautada "pelo mais absoluto respeito aos fatos, aos quais só se chega após exaustiva apuração, sem açodamentos." Em alerta que se encaixa perfeitamente na crítica ao comportamento messiânico de setores do Judiciário, até agora enfeitadas por espessas camadas de glamurização, o editorial lembra que "o jornalismo de qualidade é o único antídoto realmente eficaz contra o envenamento da democracia. Ainda mais quando o veneno vem sob a forma de porção regeneradora da moral social."
Se a preservação da desigualdade e do privilégio foi um dos motivos óbvios para levantar uma parcela influente de cidadãos para derrubar um governo que se destacou por medidas que, apesar de todos os limites e imperfeições, contribuíram para diminuir a distancia entre as várias camadas da pirâmide, me parece um excesso de otimismo -- vamos usar uma expressão suave -- imaginar que esse comportamento irá mudar quando se trata de uma decisão que envolve o comando do poder de Estado, agora devolvido a classe que governa país desde o tempo em que Pedro Alvares Cabral desceu nas caravelas. Nada sugere que isso irá ocorrer.
12.20.2016
Mercadante: parecer da PGR comprova método autoritário do governo
Em comunicado após o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que considerou inconstitucional a reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer, sob o comando do ministro Mendonça Filho na Educação, por não apresentar os requisitos de relevância e urgência, o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante diz que o parecer "é mais uma confirmação do modo truculento, autoritário e intransigente com que este governo trata temas essências para o futuro do Brasil"; para Mercadante, o encaminhamento da MP, que culminou em ocupações de escolas no País todo, foi uma "forma de criar um fato político em torno do tema"; "Na realidade, uma tentativa de encobrir a incapacidade de gerir a educação brasileira, fato que a sociedade já constatou ao longo dos últimos sete meses"
20 de Dezembro de 2016 às 12:23 // Receba o 247 no Telegram
Segundo Janot, a proposta não apresenta os requisitos de relevância e urgência necessários para uma medida provisória. A medida provisória, por seu próprio rito abreviado, não é instrumento adequado para reformas estruturais em políticas públicas, "menos ainda em esfera crucial para o desenvolvimento do país, como é a educação", disse o procurador-geral.
Para Mercadante, o parecer "é mais uma confirmação do modo truculento, autoritário e intransigente com que este governo trata temas essências para o futuro do Brasil". O ex-ministro afirma que o encaminhamento da MP, que culminou em protestos de estudantes e ocupações de mais de mil escolas no País todo, foi uma "forma de criar um fato político em torno do tema" e "foi editada para desviar o foco da PEC que congela os recursos em educação pelos próximos 20 anos".
"Na realidade, uma tentativa de encobrir a incapacidade de gerir a educação brasileira, fato que a sociedade já constatou ao longo dos últimos sete meses", acrescenta. Ele admite a necessidade de se fazer mudanças no ensino brasileiro, mas reforça que "não podemos admitir o método que vem sendo utilizado por este governo para realizar a reforma. O que tem de bom na proposta deles não é novo e o que tem de novo não é bom".
Leia a íntegra:
Parecer da PGR comprova método truculento, autoritário e intransigente do governo
Ao longo desses 20 anos, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) jamais foi alterada por medida provisória, como faz o governo ilegítimo em relação à autoritária reforma do ensino médio. Os avanços educacionais trazidos pela LDB são fruto de ampla discussão e participação social.
O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, que aponta para a inconstitucionalidade da reforma do ensino médio do governo Temer, é mais uma confirmação do modo truculento, autoritário e intransigente com que este governo trata temas essências para o futuro do Brasil. Com esta ação, a PGR cumpre o papel de preservar a LDB.
É evidente que a medida provisória de reforma do ensino médio foi editada para desviar o foco da PEC que congela os recursos em educação pelos próximos 20 anos. Os impactos na educação, resultantes da PEC, são devastadores e, na prática, inviabilizam o Plano Nacional de Educação.
Quanto à medida provisória de reforma do ensino médio, não havia urgência, pré-requisito constitucional obrigatório, para edição de uma medida provisória. A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) havia encerrado um ciclo e estava avançando nas discussões em todos os estados do país.
O Ministério da Educação interrompeu deliberadamente o andamento da construção coletiva da BNCC e encaminhou a medida provisória do ensino médio como forma de criar um fato político em torno do tema. Na realidade, uma tentativa de encobrir a incapacidade de gerir a educação brasileira, fato que a sociedade brasileira já constatou ao longo dos últimos sete meses.
Vivemos um cenário de forte resistência à reforma. A medida provisória do ensino médio deflagrou um amplo processo de ocupações em escolas. Estudantes foram reprimidos com uso de força policial e outros métodos inaceitáveis em um ambiente escolar. Chegamos ao ponto do ministro da Educação tentar transformar reitores em delatores dos movimentos de resistência, papel que foi prontamente negado pelos próprios reitores.
Todo este cenário poderia ter sido evitado se a iniciativa de reforma do ensino médio tivesse sido transformada em um projeto de lei, como chegou a propor o presidente da Câmara do deputados, como forma de tornar o processo mais democrático e participativo. O ministro da Educação não aceitou a proposta do presidente da Câmara e seguiu com a tramitação da medida provisória.
É preciso abrir espaço para que estudantes e professores participem de forma efetiva dos debates em torno do tema. Há uma vasta literatura que comprova que reformas educacionais feitas de cima para baixo, de forma autoritária e sem participação da comunidade escolar, não mudam para melhor a educação.
A reforma proposta apresenta várias questões mal resolvidas como o ensino noturno e a definição dos itinerantes formativos por parte das redes de ensino, o que tira o direito de escolha dos alunos. Vários aspectos de um novo ensino médio já estavam em discussão no Congresso Nacional e nada justifica a imposição de uma reforma desta forma.
Há consenso quanto à necessidade de um novo modelo para o ensino médio, com a preservação do direito universal ao ensino e com um formato mais atrativo para os jovens, valorizando a educação tecnológica e profissional. Não podemos admitir o método que vem sendo utilizado por este governo para realizar a reforma. O que tem de bom na proposta deles não é novo e o que tem de novo não é bom.
Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação
Robertson: “Lula não receberá julgamento justo de Sérgio Moro”
Advogado australiano Geoffrey Robertson, uma das maiores
autoridades em direitos humanos no mundo e que defende Lula na Corte
Interamericana de Direitos Humanos, da ONU, cita diversas ilegalidades
cometidas pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, como a gravação da
conversa entre Lula e Dilma Rousseff e, de forma "absolutamente ilegal",
sua divulgação à imprensa, além do grampo a advogados de Lula; "Esse é
um juiz que está fora de controle", afirma, em entrevista ao portal
Justificando; "Além disso, todos merecem um julgamento imparcial e
justo. Moro e todos os procuradores da Operação Lava Jato estão acusando
Lula de ser culpado há um ano, eles não estão sendo imparciais",
acrescenta; assista um trecho
20 de Dezembro de 2016 às 12:07 //
Em entrevista ao portal Justificando, Robertson, que defende o ex-presidente Lula na Corte Interamericana de Direitos Humanos, da ONU, cita diversas ilegalidades já cometidas por Moro, como a gravação da conversa entre Lula e Dilma Rousseff e, de forma "absolutamente ilegal", sua divulgação à imprensa, além do grampo a advogados de Lula.
"Eu vim para o Brasil e não pude acreditar que esse juiz está nas capas de jornal, parecendo o Eliot Ness, o grande bastião da corrupção. Ele se coloca por aí como um grande inimigo de Lula", acrescenta. Robertson destaca a necessária distinção entre juiz investigador e juiz que julga a causa, como acontece em vários países do mundo, e lembra que, ao contrário disso, Moro investiga e julga.
Confira aqui a íntegra.
O nó da Lava Jato: caixa 1 do PT é crime, mas o caixa 2 dos outros pode não ser
As delações da Odebrecht, que revelam a corrupção de todo o
sistema político brasileiro, principalmente dos grupos que hoje estão no
poder, criam uma dificuldade adicional para o discurso oficial da
Operação Lava Jato; como as doações ao PT, do ex-tesoureiro João
Vaccari, preso em abril de 2015, foram feitas por dentro, no caixa 1,
criou-se a tese de que as doações oficiais foram propina; no entanto,
como as doações a muitos políticos do PMDB e do PSDB foram por fora, no
caixa dois, o ministro Gilmar Mendes afirmou ontem que nem sempre há
crime quando isso ocorre; a prevalecer essa tese, o Brasil terá uma
situação inusitada: as doações legais serão criminosas e as ilegais
serão lícitas
Com a passar do tempo e a chegada das delações da Odebrecht, que apontam a corrupção de todo o sistema político brasileiro, especialmente dos grupos que hoje estão no poder, como PMDB e PSDB, o discurso começou a ser adaptado. Agora, o que se diz é que o caixa dois, ou seja, o dinheiro arrecadado por fora pelos políticos, nem sempre é criminoso.
“O caixa 2 não revela per se (em si mesmo) a corrupção, então temos de tomar todo esse cuidado. A simples doação por caixa dois não significa a priori propina ou corrupção, assim como a simples doação supostamente legal não significa algo regular”, disse ontem o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (leia mais aqui), no momento em que Michel Temer e vários de seus ministros são acusados de arrecadar fortunas pelo caixa dois. Basta citar os R$ 10 milhões pedidos por Temer a Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu e os R$ 23 milhões pagos a José Serra na Suíça.
Caso a tese de Gilmar, que é também a tese do PSDB e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, prevaleça, o Brasil terá uma situação inusitada: as doações legais serão criminosas e as ilegais serão lícitas. Ou seja: o dinheiro arrecadado por dentro pelo PT será propina e o dinheiro arrecadado por fora por PMDB e PSDB será apenas um lapso contábil.
No entanto, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, diverge de Gilmar. Confira:
Atentados voltam a colocar Europa em alerta
Doze pessoas morreram e 48 ficaram feridas no ataque em feira em Berlim.
Embaixador russo foi morto na Turquia; três foram baleados em Zurique.
Do G1, em São Paulo
Corpos
de vítimas são cobertos por um plástico amarelo ao lado de destroços
após um caminhão invadir uma feira de Natal em Berlim, na Alemanha
(Foto: Pawel Kopczynki/Reuters)
Os atentados na Turquia, na Alemanha e na Suíça, na segunda-feira (19),
voltaram a colocar a Europa em alerta para novos ataques terroristas.
Várias cidades reforçaram a segurança principalmente nos mercados de
Natal.Em Berlim, 12 pessoas morreram e 48 ficaram feridas depois que um caminhão avançou sobre a feira de natal que acontecia perto da ruína da igreja Kaiser Wilhelm, bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. O ataque lembra o atentado de Nice, durante a festa da Queda da Bastilha, em julho, quando um caminhão invadiu a avenida da praia matando mais de 80 pessoas.
A polícia de Berlim irá aumentar significativamente as medidas de segurança nos próximos dias, como com a construção de barreiras, disse o chefe da polícia da cidade. Uma autoridade de Berlim também disse que os planos para a véspera de Ano Novo irão continuar, mas os passos de segurança serão revistos, segundo a Reuters.
Londres também aumentou o policiamento nas ruas e o prefeito londrino prometeu revisar todos os planos de segurança, de acordo com o Jornal Hoje.
Em Paris, o nível de vigilância está no máximo. O presidente francês, François Hollande, fez um pronunciamento para expressar sua solidariedade com o povo alemão e falar sobre o reforço na segurança. "Enfrentamos um alto nível de ameaça, mas prometemos ter uma operação de segurança em grande escala", declarou o chefe de Estado francês em uma declaração do palácio do Eliseu.
Em Bruxelas, os policiais também estão de prontidão. Do lado de fora do prédio da Comissão Europeia, as bandeiras estão a meio mastro. A solidariedade também partiu do presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que o crime contra "civis pacíficos é de um cinismo selvagem".
Um porta-voz do departamento de estado dos Estados Unidos disse nesta terça, segundo o Jornal Hoje, que não há uma ligação clara entre os atentados e que o objetivo dos grupos terroristas é espalhar o medo. Sob pressão com as ofensivas na Síria e no Iraque, eles estariam sob forte pressão para executar ataques de grande repercussão.
O departamento de estado americano tinha divulgado um alerta no mês passado sobre a possibilidade de atentados na Europa durante o período do natal e voltou a pedir que os americanos tomem cuidado e permaneçam vigilantes.
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Michelle Obama diz que não pretende concorrer à presidência dos EUA
A Oprah, primeira-dama disse que não quer prolongar sacrifícios dos filhos. 'Acho que algumas pessoas estão apenas esperançosas', avaliou.
Do G1, em São Paulo
Primeira-dama
Americana, Michelle Obama, fala durante evento de campanha da democrata
Hillary Clinton, em Manchester (Foto: Jim Cole/ AP)
Em seus momentos finais como primeira-dama, Michelle Obama
negou que poderá no futuro concorrer à presidência nos Estados Unidos,
após ver seu nome ganhar força politicamente durante a campanha que
elegeu o republicano Donald Trump à Casa Branca. Em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey
exibida na noite desta segunda-feira (19) na TV americana, ela disse
que não pretende colocar sua família por mais tempo no centro das
atenções.Os rumores de que a mulher de Barack Obama poderia seguir o exemplo de Hillary Clinton, cujo marido foi presidente entre 1993 e 2001, são sustentados pelos altos índices de popularidade de Michelle e se intensificaram após a primeira-dama assumir uma postura firme contra Trump durante a campanha.
"Acho que algumas pessoas levam a sério, mas algumas estão apenas esperançosas", avaliou. "Sou bastante direta. Se eu estivesse interessada nisso, eu diria. Não acredito em jogos."
Vidas 'de cabeça para baixo'
À apresentadora, Michelle disse que oito anos na Casa Branca já foram o bastante, e que não quer obrigar seus filhos a enfrentar ainda mais sacrifícios. "É um trabalho duro. Quando você concorre, a vida dos seus filho para", afirmou. "Na próxima família que estiver aqui [na Casa Branca], cada um - incluindo as crianças - terá sua vida virada de cabeça para baixo de uma maneira que nenhum americano realmente consegue entender."
O atual presidente dos EUA já havia dito que a mulher não tem intenções de concorrer ao cargo, em uma entrevista a um programa de rádio, em outubro. "Ela nunca se candidatará. É uma pessoa muito talentosa e brilhante, não poderia estar mais orgulhoso dela. Mas Michelle não tem a paciência nem a inclinação para ser ela própria candidata", disse.
Obama fez uma aparição surpresa no programa de Oprah durante a entrevista. Quando perguntado sobre o que o surpreendeu mais em sua mulher como primeira-dama, ele mencionou sua habilidade para o trabalho. "A maneira como ela misturou propósito e política com diversão para conseguir alcançar além de Washington foi magistral".
Os EUA articulam a Guerra Civil no Brasil para desmanchar o Estado brasileiro?
Algumas
questões importantes: interessava aos EUA uma nova nova potência em seu
"quintal"? Interessava aos EUA um país ameaçando os seus interesses na
relação SUL-SUL Global? Interessava aos EUA? Interessava aos EUA o
desenvolvimento nuclear brasileiro? São tantas perguntas, mas o que
temos são apenas respostas. E o golpe parlamentar-midiático e jurídico é
uma das respostas. Era preciso abater o voo do Brasil a qualquer preço.
E nesse sentido, é preciso esmagar o projeto de Brasil-Nação e o
caminho aponta uma guerra civil de tamanho incalculável.
O Império articula a guerra civil brasileira? A história acelera seus passos mas quem dá a direção?- Dinâmica Global
Esse texto escrito em março de 2016 já é uma previsão muito séria tirando a cortina para a possibilidade de uma guerra civil no Brasil.
O Brasil vive dias turbulentos e faz parte de um mundo controlado pelo capital financeiro e em crise. São crises na ordem econômica, ambiental, humanitária, diplomática, além da barbárie das guerras. Povos são divididos pelo acirramento das diferenças religiosas, étnicas, culturais, da língua que se fala e da origem imigrante ou regional.
Não percebem que são manipulados, jogados uns contra os outros, enquanto se disputa a nova partilha do poder político para atender a interesses econômicos particulares.
Quando as taxas de lucro médias diminuem, se a economia não cresce, enquanto as dívidas se acumulam, os recursos naturais ficam escassos e caros de se obter, quando novos assalariados baratos não são incorporados em número suficiente, é nesta conjuntura que a conciliação entre interesses contraditórios fica mais difícil. Nestes momentos já não é possível conciliar salários em crescimento, pleno emprego e direitos sociais com a concentração dos capitais. Frações entre os capitalistas, empreiteiros cartelizados, banqueiros oligopolistas e concessionários dos meios de comunicação, e de outros serviços públicos, disputam o Estado para obter maiores vantagens relativas.
A balança entre a influência dos capitais de origem estrangeira e nacional no aparato de Estado se ajusta. A participação direta do Estado no capitalismo produtivo e financeiro muda à serviço de quem dá a nova direção.
A corrupção, em seus aspectos legais e ilegais, é o resultado da busca pelo maior lucro possível na disputa entre empresários ou banqueiros. Não é a principal causa dos males daqueles que vivem do trabalho honesto e do salário, é o resultado sistêmico da organização econômica na qual muitos trabalham e poucos, cada vez menos, acumulam.
Periodicamente a corrupção é descoberta, alguns agentes são punidos, políticos expurgados ou presos, são apenas os fusíveis que quando queimados preservam o funcionamento do sistema. Os meios e as motivações para promover a corrupção ficam intocados. A propriedade das empresas corruptoras e dos bancos que lavam mais branco são preservadas. A concentração do capital, a busca pelo lucro máximo e a tendência à formação de cartéis segue seu rumo.
Os assalariados, os trabalhadores autônomos e os pequenos empresários estão assistindo à reedição do espetáculo do combate à corrupção no Brasil.
Muitos são manipulados para uma espécie de catarse coletiva e falso moralista, ou para se solidarizar à vitimização de lideranças políticas.
Os verdadeiros interesses da maioria da população ficam nublados diante da falsa polarização, na miséria da política brasileira. Cínicos declaram “Nunca houve tanta corrupção”, hipócritas retrucam “Nunca a corrupção foi tão combatida”. Aparatos jurídico-policiais e midiáticos cometem excessos, desde prisões preventivas até a delação, investigação e vazamento seletivos, violação da comunicação entre investigados e seus advogados, além dos prováveis grampos ilegais. Governa-se com a política econômica, antes condenada, do adversário derrotado.
A direção do espetáculo está sob controle do capital internacional. Na agenda política a entrega do pré-sal às multinacionais, a privatização das estatais, a menor participação do Estado no setor financeiro, a contra reforma da previdência, a abertura das licitações públicas às multinacionais da construção civil , a prioridade ao pagamento dos juros da dívida pública, o fim da valorização real do salário mínimo, a desindustrialização, o fim dos programas nuclear e espacial brasileiros, os acordos de livre comércio com EUA e Europa, além do afastamento do Brasil em relação aos BRICS e à América Latina.
Ainda na agenda, a legalização da terceirização nas atividades fins das empresas, a lei “antiterrorismo” para repressão aos movimentos sociais e a independência formal do Banco Central em relação aos governos eleitos, para legalizar sua subordinação aos banqueiros privados.
Esta agenda pode ser imposta à atual presidenta, ou ser adotada por outro que se estabeleça, caso a maioria da população permaneça alienada em relação ao que está realmente em jogo.
Democracia é um conceito abstrato, mas simpático à maioria das pessoas. Nela cabe quase tudo, desde eleições periódicas na qual escolhemos entre os pré-selecionados dos banqueiros, até a participação direta na definição do orçamento público.
A democracia real requer justiça econômica, e só será possível quando a democracia alcançar os locais de trabalho, os bairros, as escolas, os orçamentos públicos, os meios de comunicação, os processos legislativo e judicial. Democracia real é democracia cotidiana, desde a hora que acordamos até quando dormimos. Neste momento, de tanta desilusão e ameaças de retrocessos,alguém pode me criticar por estar “deslocado da realidade”. Respondo que a ilusão é acreditar que a conciliação dos interesses dos banqueiros internacionais, dos empreiteiros cartelizados e dos assalariados pode ser duradoura.
Para se construir um a sociedade harmônica e digna é preciso eliminar as causas sistêmicas da corrupção, e aumentar a participação popular para qualificar a democracia
Governo ilegítimo do Temer soube de delação da Odebrecht antes de divulgação na imprensa
O presidente golpista do Michel Temer e a cúpula de seu governo tiveram conhecimento do teor da delação de Claudio Mello Filho, ex-diretor
da Odebrecht, antes mesmo que a informação chegasse à imprensa, que
noticiou envolvimento do primeiro escalão do Palácio do Planalto que
atingia, inclusive, o chefe do Executivo. A informação é da coluna de
Mônica Bérgamo, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira (19).
De acordo com a colunista, Temer soube dias antes da divulgação sobre a citação de seu próprio nome na delação e do envolvimento de alguns de seus auxiliares diretos, dentre eles José Yunes, o então Assessor Especial da Presidência da República, que pediu demissão no dia 14. No depoimento, o ex-executivo da Odebrecht relata repasse de R$ 10 milhões para Temer e para o PMDB tendo Yunes como mediador direto.
Em tese, o conteúdo de delações é sigiloso e deveria ser de conhecimento apenas do Ministério Público Federal (MPF), dos delatores autores dos depoimentos e de seus advogados.
Na última semana, o ministro do PSDB Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, sob pretexto dos vazamentos, ser "possível" a anulação da delação da Odebrecht. O Jornal do Brasil havia antecipado dias antes a "pizza" em que poderia acabar a delação que atinge a cúpula do PSDB e do PMDB. As declarações de Mendes confirmaram o editorial.
>> Citado em delação da Odebrecht, assessor de Temer pede demissão
De acordo com a colunista, Temer soube dias antes da divulgação sobre a citação de seu próprio nome na delação e do envolvimento de alguns de seus auxiliares diretos, dentre eles José Yunes, o então Assessor Especial da Presidência da República, que pediu demissão no dia 14. No depoimento, o ex-executivo da Odebrecht relata repasse de R$ 10 milhões para Temer e para o PMDB tendo Yunes como mediador direto.
Em tese, o conteúdo de delações é sigiloso e deveria ser de conhecimento apenas do Ministério Público Federal (MPF), dos delatores autores dos depoimentos e de seus advogados.
Na última semana, o ministro do PSDB Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, sob pretexto dos vazamentos, ser "possível" a anulação da delação da Odebrecht. O Jornal do Brasil havia antecipado dias antes a "pizza" em que poderia acabar a delação que atinge a cúpula do PSDB e do PMDB. As declarações de Mendes confirmaram o editorial.
>> Citado em delação da Odebrecht, assessor de Temer pede demissão
Seu jornal digital:247
Com Temer ameaçado, Gilmar relativiza: caixa 2 nem sempre é corrupção
No mesmo dia em que veio à tona delação da Odebrecht afirmando doação de R$ 30 milhões via caixa dois para chapa que elegeu Michel Temer em 2014, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Gilmar Mendes, relativizou a prática; para Gilmar, que vai julgar ação no TSE que pode cassar Temer, o caixa dois não significa necessariamente propina ou corrupção; "A simples doação por caixa dois não significa a priori propina ou corrupção, assim como a simples doação supostamente legal não significa algo regular”, disse; para o magistrado, é preciso saber a origem do dinheiro do caixa dois no âmbito do processo contra a chapa Dilma-TemerMPs 'compradas' no Congresso renderam R$ 8,4 bi à Odebrecht
As empresas do grupo Odebrecht obtiveram benefícios de pelo menos R$ 8,4 bilhões com aprovação de duas medidas provisórias de 2006 a 2015; de acordo com delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da empreiteira, o sucesso na votação de MPs envolveu o pagamento de no mínimo R$ 16,9 milhões em propinas a congressistas e doações a campanhas eleitorais; segundo o delator, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), hoje líder do governo no Congresso, atuou ativamente no processoJanot quer fim do sigilo na delação da Odebrecht, que pode derrubar Temer
Requião sobre presente para as teles: “Por menos, governos caíram”
Moro ironiza tática da defesa de Lula e é acusado de defender testemunha
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Heráclito se diz honrado com apelido “boca mole” na lista da Odebrecht
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