4.12.2008

Dengue - Saiba como se prevenir...

Dengue - Saiba como se prevenir...



O que é dengue
Modo de transmissão
Locais onde ocorre a doença
Sintomas
O mosquito
Medidas gerais de prevenção
Perguntas mais frequentes
Links para consulta e informações


O que é dengue

É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro.

A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite.

O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação.

As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.
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Modo de transmissão

A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana.

Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros.

Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.
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Locais onde ocorre a doença

No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste.

No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue.

As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue:
- Zazibar (1823; 1870),
- Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905),
- Antilhas(1827),
- Hong Kong(1901),
- Estados Unidos (1922),
- Austrália (1925-26; 1942),
- Grécia (1927-28),
- Japão (1942-45).

Na década de 50, foi reconhecida e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica.

O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas.

O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.
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Sintomas

A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É freqüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas).

A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias.

Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez.

O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça.

Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus.
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O mosquito

O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.

A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre eles a temperatura e a oferta de alimentos.

Detalhes do ciclo de vida

OVO
Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo.

LARVA
As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado.

PUPA
A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média.

ADULTO
Macho e fêmea alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.

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Medidas gerais de prevenção

O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja.

A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos.

O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas:

- Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
• substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar acumular água nas calhas do telhado;
• não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água;
• acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa;
• tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc.

Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.

- Medidas eficazes em residências, escolas e locais de trabalho (arquivo em PDF): Clique aqui

- Medidas Individuais de Prevenção
Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações.

Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde.
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Perguntas mais frequentes

1. O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra.

2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.

Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.

Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.

O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.

3. Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.

4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.

5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?
Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica".

6. O que é dengue "hemorrágica"?
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações:

- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café

7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.

8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez?
Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.

9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue.

10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.

11. Quem teve dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.

12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.

13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.

O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.

Dengue: Prevenção, sintomas

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O que é dengue
Modo de transmissão
Locais onde ocorre a doença
Sintomas
O mosquito
Medidas gerais de prevenção
Perguntas mais frequentes
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O que é dengue

É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus (sorotipos: 1,2,3 e 4). No Brasil, circulam os tipos 1, 2 e 3. O vírus 3 está presente desde dezembro de 2000 e foi isolado em janeiro de 2001, no Rio de Janeiro.

A dengue é transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado mas também pelo Aedes albopictus. Esses mosquitos picam durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite.

O Aedes aegypti é principalmente encontrado em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil, pois as condições do meio ambiente favorecem seu o desenvolvimento e proliferação.

As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente, e a grande preocupação é que nos próximos anos a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.


Modo de transmissão

A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Esse mosquito infectado, picando uma pessoa sadia, passa o vírus da dengue e esta pessoa fica doente. A doença só acomete a população humana.

Os transmissores de dengue, principalmente o Aedes aegypti, proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações (casas, apartamentos, hotéis etc.) em qualquer coleção de água limpa (caixas d'água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão da dengue é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1200 metros.

Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos. A dengue também não é transmitida de um mosquito para outro. Quem pica é a fêmea e o faz para sugar o sangue. Os mosquitos acasalam 1 ou 2 dias após tornarem-se adultos. A partir daí, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que fornece as proteínas necessárias para o desenvolvimentos dos ovos. As fêmeas têm preferência pelo sangue humano. Elas atacam vorazmente. São ativas durante o dia, podendo picar várias pessoas diferentes, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue.


Locais onde ocorre a doença

No Brasil, a erradicação do Aedes aegypti na década de 30, levada a cabo para o controle da febre amarela, fez desaparecer também a dengue. No entanto, em 1981 a doença voltou a atingir a Região Norte (Boa Vista, Roraima). No Rio de Janeiro (Região Sudeste) ocorreram duas grandes epidemias. A primeira em 1986-87, com cerca de 90 mil casos, e segunda em 1990-91, com aproximadamente 100 mil casos confirmados. A partir de 1995, a dengue passou a ser registrada em todas as regiões do país e, em 1998, o número de casos chegou a 570.148. Em 1999 houve uma redução (210 mil casos), seguida de elevação progressiva em 2000 (240 mil casos) e em 2001 (370 mil casos). Nesse último ano, a maioria dos casos (149.207) ocorreu na região Nordeste.

No Estado de São Paulo, em 1990, começa uma grande epidemia na região de Ribeirão Preto, que se disseminou para outras regiões. Em 1995, já haviam 14 municípios envolvidos com a transmissão da dengue.

As primeiras prováveis epidemias de dengue datam do final do século XVIII. Nesta época, a doença era conhecida como "febre quebra-ossos" devido às fortes dores que causava nas juntas. Já durante os séculos XIX e XX, foram registradas diversas epidemias ao redor do mundo atribuídas à dengue:
- Zazibar (1823; 1870),
- Calcutá (1824; 1853; 1871; 1905),
- Antilhas(1827),
- Hong Kong(1901),
- Estados Unidos (1922),
- Austrália (1925-26; 1942),
- Grécia (1927-28),
- Japão (1942-45).

Na década de 50, foi reconhecida e descrita pela primeira vez uma grave manifestação clínica associada à dengue, a febre ou dengue hemorrágica. Não se sabe bem porque, mas a dengue hemorrágica se comportou como uma doença relativamente rara antes da década de 50. Isso pode ter acontecido devido aos fatores de ordem social, como a intensa urbanização e maior intercâmbio entre as diferentes regiões do planeta, que podem ter contribuído para o aumento da incidência da dengue de maneira geral possibilitando o aparecimento de grandes contingentes populacionais com experiências imunológicas com a dengue, fazendo com que assim existisse o risco da dengue hemorrágica.

O Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 78.614 casos autóctones (adquiridos no próprio Estado) de dengue, em 358 municípios, entre janeiro e outubro de 2007, com considerável expansão da doença para novas áreas. Durante todo o ano de 2006 foram registrados 50.021 casos em 254 municípios. Atualmente, temos 508 municípios infestados com o Aedes aegypti, excluindo-se apenas alguns municípios do Vale do Ribeira e do Paraíba e das Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas.

O único modo possível de evitar a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. O Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.


Sintomas

A dengue clássica é usualmente benigna. A infecção causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue produz as mesmas manifestações. A determinação do tipo do vírus da dengue que causou a infecção é irrelevante para o tratamento da pessoa doente. A dengue é uma doença que, na grande maioria dos casos (mais de 95%), causa desconforto e transtornos, mas não coloca em risco a vida das pessoas. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostração, mialgia (dor muscular, dor retro-orbitária - dor ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal. É freqüente que, 3 a 4 dias após o início da febre, ocorram manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou rubéola, e prurido ("coceira"). Também é comum que ocorram pequenos sangramentos (nariz, gengivas).

A maioria das pessoas, após quatro ou cinco dias, começa e melhorar e recupera-se por completo, gradativamente, em cerca de dez dias.

Em alguns casos (a minoria), nos três primeiros dias depois que a febre começa a ceder, pode ocorrer diminuição acentuada da pressão sangüínea. Esta queda da pressão caracteriza a forma mais grave da doença, chamada de dengue "hemorrágica". Este nome pode fazer com que se pense que sempre ocorrem sangramentos, o que não é verdadeiro. A gravidade está relacionada, principalmente, à diminuição da pressão sangüínea, que deve ser tratada rapidamente, uma vez que pode levar ao óbito. A dengue grave pode acontecer mesmo em quem tem a doença pela primeira vez.

O doente se recupera, geralmente sem nenhum tipo de problema. Além disso, fica imunizado contra o tipo de vírus (1, 2, 3 ou 4) que causou a doença. No entanto, pode adoecer novamente com os outros tipos de vírus da dengue. Em outras palavras, se a infecção foi com o tipo 2, a pessoa pode ter novamente a dengue causado pelos vírus dos tipos 1, 3 ou 4. Em uma segunda infecção, o risco da forma grave é maior, mas não é obrigatório que aconteça.

Existem diferentes teorias para explicar o surgimento da dengue hemorrágica. Alguns afirmam que ela passa a ter alta incidência em uma população já anteriormente exposta a um outro tipo de vírus da dengue. Seria a exposição seqüencial a um segundo diferente tipo de vírus, que causaria a dengue do tipo hemorrágica. Para outros, a dengue hemorrágica dependeria da maior virulência de determinadas cepas do vírus, isto é, existiriam formas virais mais agressivas do que outras. Uma última explicação seria que as formas hemorrágicas da dengue estariam mais associadas ao tipo 2 do vírus.


O mosquito

O Aedes aegypti pertence à família Culicidae, a qual apresenta duas fases ecológicas interdependentes: a aquática, que inclui três etapas de desenvolvimento - ovo, larva e pupa -, e a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.

A duração do ciclo de vida, em condições favoráveis, é de aproximadamente 10 dias, a partir da oviposição até a idade adulta. Diversos fatores influem na duração desse período, entre eles a temperatura e a oferta de alimentos.

Detalhes do ciclo de vida

OVO
Os ovos são depositados pela fêmeas acima de meio líquido à superfície da água, ficando aderidos à parede interna dos recipientes. Após a postura tem início o período de incubação, que em condições favoráveis dura 2 a 3 dias, quando estarão prontos para eclodir. A resistência à dessecação aumenta conforme os ovos ficam mais velhos, ou seja, a resistência aumenta quanto mais próximos estiverem do final de desenvolvimento embrionário. Este completo, eles podem se manter viáveis por 6 a 8 meses. A fase de ovo é a de maior resistência de seu biociclo.

LARVA
As larvas são providas de grande mobilidade e têm como função primária o crescimento. Passam a maior pare do tempo alimentando-se de substâncias orgânicas, bactérias, fungos e protozoários existentes na água. Não selecionam alimentos, o que facilita a ação dos larvicidas, bem como não toleram elevadas concentrações de matéria orgânica na água. A duração da fase larval, em condições favoráveis de temperatura (25 a 29º C) e de boa oferta de alimentos, é de 5 a 10 dias, podendo se prolongar por algumas semanas em ambiente adequado.

PUPA
A pupa não se alimenta, apenas respira e é dotada de boa mobilidade. Raramente é afetada por ação de larvicida. A duração da fase pupal, em condições favoráveis de temperatura é de 2 dias em média.

ADULTO
Macho e fêmea alimentam-se de néctar e sucos vegetais, sendo que a fêmea depois do acasalamento, necessita de sangue para a maturação dos ovos. Há uma relação direta, nos países tropicais, entre as chuvas e o aumento do número de vetores. A temperatura influi na transmissão da dengue. Raramente ocorre transmissão da dengue em temperaturas abaixo de 16º C. A transmissão ocorre preferencialmente em temperaturas superiores a 20º C. A temperatura ideal para a proliferação do Aedes aegypti estaria em torno de 30 a 32 ºC.


Medidas gerais de prevenção

O melhor método para se combater a dengue é evitando a procriação do mosquito Aedes aegypti, que é feita em ambientes úmidos em água parada, seja ela limpa ou suja.

A fêmea do mosquito deposita os ovos na parede de recipientes (caixas d'água, latas, pneus, cacos de vidro etc.) que contenham água mais ou menos limpa e esses ovos não morrem mesmo que o recipiente fique seco. Não adianta, portanto, apenas substituir a água, mesmo que isso seja feito com freqüência. Desses ovos surgem as larvas, que, depois de algum tempo vivendo na água, vão formar novos mosquitos adultos.

O combate ao mosquito deve ser feito de duas maneiras: eliminando os mosquitos adultos e, principalmente, acabando com os criadouros de larvas. Para eliminação dos criadouros é importante que sejam adotadas as seguintes medidas:

- Não se deve deixar objetos que possam acumular água expostos à chuva. Os recipientes de água devem ser cuidadosamente limpos e tampados. Não adianta apenas trocar a água, pois os ovos do mosquito ficam aderidos às paredes dos recipientes. Portanto, o que deve ser feito, em casa, escolas, creches e no trabalho, é:
• substituir a água dos vasos das plantas por terra e esvaziar o prato coletor, lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de água) para regar bromélias, duas vezes por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar acumular água nas calhas do telhado;
• não deixar expostos à chuva pneus velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos de vidro) que possam acumular água;
• acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos fechados ou latões com tampa;
• tampar cuidadosamente caixas d'água, filtros, barris, tambores, cisternas etc.

Para reduzir a população do mosquito adulto, é feita a aplicação de inseticida através do "fumacê", que deve ser empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O "fumacê" não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido, o que é indesejável, para matar os mosquitos que vão se formando. Por isso, é importante eliminar os criadouros do mosquito transmissor. Além da dengue, se estará também evitando que a febre amarela, que não ocorre nas cidades brasileiras desde 1942, volte a ser transmitida.

- Medidas eficazes em residências, escolas e locais de trabalho (arquivo em PDF): Clique aqui

- Medidas Individuais de Prevenção
Devem ser adotadas medidas de proteção contra infecções transmitidas por insetos, que são as mesmas empregadas contra a febre amarela e a malária. É importante saber que, embora a transmissão dessas doenças possa ocorrer ao ar livre, o risco maior é no interior de habitações.

Em locais de maior ocorrência dessas doenças, deve-se usar, sempre que possível, calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%). Pessoas que estiveram em uma área de risco para dengue e que apresentem febre, durante ou após a viagem, devem procurar um Serviço de Saúde.


Perguntas mais frequentes

1. O que é dengue?
É uma virose transmitida por um tipo de mosquito (Aedes aegypti) que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica de noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as mesmas manifestações. Em geral, o início é súbito com febre alta, dor de cabeça e muita dor no corpo. É comum a sensação de intenso cansaço, a falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo ou da rubéola, e prurido (coceira) no corpo. Pode ocorrer, às vezes, algum tipo de sangramento (em geral no nariz ou nas gengivas). A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra.

2. O que uma pessoa deve fazer se achar que está com dengue?
- Procurar um Serviço de Saúde logo no começo dos sintomas. Diversas doenças são muito parecidas com a dengue, e têm outro tipo de tratamento.
- Beber bastante líquido, evitando-se as bebidas com cafeína (café, chá preto). Não tomar remédios por conta própria, mesmo aqueles normalmente indicados para dor ou febre. Todos os medicamentos podem ter efeitos colaterais e alguns que podem até piorar a doença. A dengue não tem tratamento específico. Os medicamentos são empregados para atenuar as manifestações (dor, febre).
- Informar ao médico se estiver em uso de qualquer remédio. Alguns medicamentos utilizados no tratamento de outras doenças (Marevan®, Ticlid® etc.) podem aumentar o risco de sangramentos.
- Não tomar nenhum remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.) - que pode aumentar o risco de sangramento.

Os antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid ® etc) também não devem ser utilizados como antitérmicos pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.

Os remédios que tem dipirona (Novalgina®, Dorflex®, Anador® etc.) devem ser evitados, pois podem diminuir a pressão ou, às vezes, causar manchas de pele parecidas com as da dengue.

O paracetamol (Dôrico®, Tylenol® etc), mais utilizado para tratar a dor e a febre na dengue, deve ser tomado rigorosamente nas doses e no intervalo prescritos pelo médico, uma vez que em doses muito altas pode causar lesão hepática.

3. Como é feito o diagnóstico de dengue?
O diagnóstico inicial de dengue é clínico (história + e exame físico da pessoa) feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o diagnóstico clínico de dengue, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação do diagnóstico, se for desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar reativa ("positiva") a partir do quarto dia de doença.

4. É necessário esperar o resultado de exames para iniciar o tratamento?
Não. Uma vez que, excluídas clinicamente outras doenças, a dengue passa a ser o diagnóstico mais provável, os resultados de exames (que podem demorar muito) não podem retardar o início do tratamento. O tratamento da dengue é feito, na maioria das vezes, com uma solução para reidratação oral (disponível nas Unidades de Saúde), que deve ser iniciada o mais rápido possível.

5. A comprovação do diagnóstico de dengue é útil para o tratamento da pessoa doente?
Não. A comprovação sorológica do diagnóstico de dengue poderá ser útil para outras finalidades (vigilância epidemiológica, estatísticas) e é um direito do doente, mas o resultado do exame comumente estará disponível apenas após a pessoa ter melhorado, o que o torna inútil para a condução do tratamento. O exame sorológico também não permite dizer qual o tipo de vírus que causou a infecção (o que é irrelevante) e nem se a dengue é "hemorrágica".

6. O que é dengue "hemorrágica"?
Dengue "hemorrágica" é a dengue mais grave. Apesar do nome, que é impreciso, o principal perigo da dengue "hemorrágica" não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa (choque). É importante saber que outras doenças, como a meningite meningocócica, podem ser muito parecidas com a dengue, embora a pessoa fique grave muito mais rápido (logo no primeiro ou segundo dia de doença). A dengue pode se tornar mais grave apenas quando a febre começa a diminuir. O período mais perigoso está nos três primeiros dias depois que a febre começa a desaparecer. Pode aparecer qualquer uma dessas alterações:

- dor no fígado (nas costelas, do lado direito)
- tonteiras, desmaios
- pele fria e pegajosa, suor frio
- sangramentos
- fezes escuras, parecidas com borra de café

7. O que fazer se aparecer qualquer um desses sintomas?
Procurar imediatamente o Centro Municipal de Saúde ou o Hospital mais próximo.

8. A dengue "hemorrágica" só ocorre em quem tem dengue pela segunda vez?
Não. A forma grave da dengue também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez.

9. A dengue "hemorrágica" é obrigatória em que tem a doença pela segunda vez?
Não. O risco é maior do que na primeira infecção, mas a imensa maioria das pessoas que têm a doença pela segunda ou terceira vez não apresenta a forma grave da dengue.

10. Quantas vezes uma pessoa pode ter dengue?
Até quatro vezes, pois existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue (1, 2, 3 e 4). No Rio de Janeiro, até agora, existem os tipos 1, 2 e 3. Cada vez que a pessoa tem dengue por um tipo, fica permanentemente protegido contra novas infecções por aquele tipo. É por isso que só se pode ter dengue quatro vezes.

11. Quem teve dengue fica com alguma complicação?
Não. A recuperação costuma ser total. É comum que ocorra durante alguns dias uma sensação de cansaço, que desaparece completamente com o tempo.

12. Todo mundo que é picado pelo Aedes aegypti fica doente?
Não. Primeiro é preciso que o Aëdes esteja contaminado com o vírus da dengue. Além disso, cerca de metade das pessoas que são picadas pelo mosquito que tem o vírus não apresenta qualquer sintoma.

13. O que fazer para diminuir o risco de pegar dengue?
O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus da dengue é a eliminação dos transmissores. Isso é muito importante porque, além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela.

O "fumacê" é útil para matar os mosquitos adultos, mas não acaba com os ovos. Por isso, deve ser empregado apenas em períodos de epidemias com o objetivo de interromper rapidamente a transmissão. O mais importante é procurar acabar com os criadouros dos mosquitos. Qualquer coleção de água limpa e parada, inclusive em plantas que acumulam água (bromélias), pode servir de criadouro para o Aedes aegypti.

4.11.2008

Efeitos da Poluição

Poluição e doenças alérgicas


A respiração é uma função vital e consiste no fornecimento de oxigênio ao sangue e daí para as células e tecidos, trazendo no retorno o gás carbônico, que é eliminado pelo organismo. As vias respiratórias, em toda sua extensão - desde o nariz até os pulmões, constituem um trajeto nobre, onde o ar é conduzido, aquecido, umedecido e condicionado para sua chegada à parte pulmonar. Além disso, o aparelho respiratório também participa de outras inúmeras funções, como: fonação, paladar, regulação térmica e hídrica, funções metabólicas, etc. sem contar que é um importante mecanismo de defesa contra eventuais agressões que possam penetrar no organismo através do ar inalado na respiração.

Por tudo isso, o aparelho respiratório está particularmente exposto às agressões do ambiente e pode sofrer mais freqüentemente os efeitos da poluição atmosférica. Na realidade, qualquer pessoa saudável pode sentir os efeitos da poluição atmosférica, mas os alérgicos, portadores de asma ou rinite, sofrerão mais, porque essas doenças se acompanham de um processo inflamatório crônico no trato respiratório,.

É sabido que a prevalência das doenças alérgicas aumentou de forma significativa nas últimas décadas e uma das causas que contribuíram para este fenômeno é a poluição atmosférica. Os poluentes funcionam como irritantes da mucosa respiratória, permitindo maior penetração de alérgenos (substancias que causam a alergia) no organismo. Estudos científicos recentes demonstram que partículas poluentes podem atuar aumentando o poder sensibilizante dos alérgenos, agravando a doença.

Além disso, os poluentes do ar provocam ou acentuam uma inflamação na mucosa dos brônquios, que faz o indivíduo produzir mais secreção, e diminuem a ação dos mecanismos naturais para a sua eliminação. Essa secreção acumulada favorece as crises de asma e as infecções respiratórias.

Maimônides, médico que viveu no Cairo por volta de 1100 DC, em seu “Tratado de Asma”, já descrevia: “O ar da cidade é estagnado, turvo e denso; é o resultado natural de seus grandes edifícios, ruas estreitas e lixo. Ventos levam o ar para dentro das casas e muitos ficam doentes com asma, sem se aperceberem disso. A manutenção do ar limpo é a primeira regra para preservar a saúde do corpo e da alma”.

Existem vários fatores do ambiente em que vivemos que podem atuar sobre o trato respiratório, principalmente em pessoas susceptíveis, gerando doença. Agentes biológicos, condições climáticas e poluição atmosférica são alguns exemplos. Considera-se como poluição não apenas as alterações que ocorrem no ar atmosférico (poluição extradomiciliar) como também os fatores que existem dentro de nossas casas e no ambiente de trabalho (poluição intradomiciliar).


FONTES DE POLUIÇÃO DENTRO DE CASA (Intradomiciliar)

O advento do progresso, o maior conforto doméstico; aliados ao aumento da violência urbana, fazem com que as pessoas passem mais tempo em suas casas. As residências se modificaram, tornando-se menores, menos arejadas, mais devassadas, necessitando de cortinas e outros adereços como os carpetes e tapetes, resultando em melhores condições para o desenvolvimento de ácaros.

As principais fontes de poluição dentro de casa ou no ambiente de trabalho que podem causar dano ao organismo humano e provocar doenças, em especial no aparelho respiratório, são: fumaça de cigarro, gases de cozinha, lareiras, compostos voláteis contidos em produtos manufaturados: produtos de limpeza, produtos em aerossol, preservativos de madeira, pisos, tintas, solventes, colas, etc. Além disso, citam-se também fatores biológicos, como a poeira, ácaros, fungos, epitélios animais, baratas, etc.

O monóxido de carbono (CO) é um gás resultante da queima de gás de cozinha e de gasolina ou diesel. Pode ser liberado por aquecedores a gás e fogões, e ser encontrado também em garagens fechadas com veículos em funcionamento. Pode exercer ação deletéria para o organismo, e levar à morte em poucos minutos. Alguns tipos de fogão a gás geram níveis significativos de dióxido de nitrogênio, um outro gás que não é mortal, mas pode alterar a função pulmonar de asmáticos, piorando sua doença.

A inalação da fumaça do cigarro é uma grande causa de indução e/ou agravamento de doenças respiratórias, pois exerce ações danosas sobre o aparelho respiratório. Quando os pais fumam, as crianças ficam expostas à fumaça e tornam-se fumantes involuntárias. Estudos científicos comprovaram que as doenças respiratórias são mais agressivas em crianças tabagistas passivas. Especialmente, quando a mãe é fumante, seu filho tem mais chance de ter asma que os filhos de mães não-fumantes.

É consenso que se deva evitar a exposição à fumaça de cigarro na gravidez e em lactentes mas é preciso também conscientizar os pais sobre os perigos do fumo junto aos seus filhos, em qualquer idade.

Os efeitos da exposição à poluição doméstica podem surgir imediatamente ou levar anos até se manifestar e dependem de vários fatores, como idade, sensibilidade individual e doenças pré-existentes. Idosos e crianças são mais susceptíveis pois passam maior parte do tempo no domicílio, além de possuírem características imunológicas próprias que contribuirão para este fato. A poluição dentro de casa, que muitas vezes não é lembrada nem valorizada, é tão agressiva para a saúde quanto a poluição atmosférica. Se não podemos atuar na qualidade do ar das cidades, certamente é possível atuar em nossa própria casa, embora o ambiente domiciliar também dependa em parte da qualidade do ar externo.

POLUIÇÃO AMBIENTAL (extradomiciliar)

É definida como o acúmulo atmosférico de substâncias em um grau que torna o ar prejudicial a humanos, animais e plantas. De acordo com critérios internacionais, são considerados poluentes atmosféricos: Dióxido de enxofre (SO2), Dióxido de nitrogênio (NO2), Ozônio (O3), Chumbo, Monóxido de carbono (CO), além de material particulado que fica em suspensão no ar. Podem causar problemas de saúde mesmo quando em faixas adequadas de concentração. Em regiões industrializadas, ou com grande tráfego de veículos, a situação é pior.


As principais causas de poluição ambiental são: tráfego intenso de veículos motorizados e fábricas industriais. Os primeiros, pela combustão de gasolina, diesel, álcool, emissão de Carter, pneus, emissão evaporativa etc. As fábricas também queimam combustíveis derivados do petróleo, emitindo fumaças poluentes por suas chaminés. A queima de resíduos a céu aberto é outro importante foco de poluição atmosférica. Todos esses produtos da queima de combustíveis são ricos em materiais particulados e gases poluentes: dióxido sulfúrico, dióxido de nitrogênio - que contribui para gerar o ozônio - monóxido de carbono e gás carbônico.

Diversos estudos médicos procuram correlacionar o efeito dos poluentes atmosféricos, comparando as flutuações de suas medidas com as taxas de atendimento de pacientes por problemas respiratórios em locais de emergência e hospitais. Está comprovado que as alterações nas concentrações dos poluentes podem provocar doenças respiratórias em pessoas susceptíveis. Nos dias de poluição mais intensa, registram-se maior quantidade de crises de asma em serviços de emergência.

Sabe-se que os alérgicos, quando entram em contato com a poluição atmosférica, amplificam a reação alérgica, aumentam a hiperreatividade dos brônquios, ou seja, reagem com mais facilidade às infecções virais e aos alérgenos, como os ácaros.

A rinite alérgica também pode piorar com a poluição, cursando com obstrução nasal intensa e mais secreção. Ao respirar com a boca aberta, pode haver uma piora do quadro asmático pela inalação do ar seco, frio e poluído. Como exemplo seria a realização de exercícios físicos intensos (corrida, ciclismo, etc) em áreas poluídas.

Em alguns locais no Brasil, persiste o costume de atear fogo na vegetação seca de terrenos baldios, de praças não urbanizadas e nos resíduos vegetais resultantes da poda de árvores e capina. As cidades e regiões localizadas próximas à plantações de cana de açúcar sofrem com a queima da palha, o que gera uma combustão rápida de um volume enorme de matéria orgânica. Um agravante é que esta queima costuma ser feita nos períodos que coincidem com seca e temperaturas mais baixas, sabidamente prejudiciais ao sistema respiratório. Em outras palavras, às condições atmosféricas naturalmente desfavoráveis, somam-se estas queimadas em canaviais, como causa importante no desencadeamento e agravamento das doenças respiratórias.

Efeitos da poluição

- AGUDOS OU IMEDIATOS: irritação dos olhos, nariz e garganta, cefaléia, tonteira e fadiga, podendo se confundir com resfriados e dificultar o seu reconhecimento. Crises de asma nos alérgicos e piora dos sintomas de bronquite crônica nos fumantes.
Algumas vezes o tratamento se restringe a eliminar (se possível), a exposição à fonte poluidora.
- CRÔNICOS OU TARDIOS: são mais graves e se manifestam lentamente, alterando progressivamente as defesas do organismo, gerando ou agravando doenças relacionadas direta ou indiretamente, com a poluição ambiental. Pode haver uma piora progressiva das doenças respiratórias, do tipo da asma, bem como um aumento do número de pessoas com alergia respiratória (asma ou rinite) nas áreas com o ar mais poluído.


Qual seria então a solução?

O ponto principal é a prevenção: cabe às autoridades, que levem o tema a sério, instituindo leis mais atuantes e trabalhando efetivamente para combater o problema. Aos médicos, cabe orientar e informar os aspectos nocivos da poluição para a saúde de todos, mas em especial às crianças e idosos, vítimas frágeis e mais predispostas a problemas respiratórios. A todos nós, em geral, cabe participar das lutas por mudanças na legislação ambiental, fiscalização das fontes poluidoras, etc. Mas também, colocar em prática medidas ao nosso alcance, como regular melhor o motor do carro, evitar o tabagismo e outras, que vistas individualmente podem ser pequenas, mas que somadas uma a uma, poderão resultar em ganhos para todos.

Fonte: Blog da Alergia

FDG-PET detecta recidiva de câncer colorretal precocemente

FDG-PET detecta recidiva de câncer colorretal precocemente

De acordo com pesquisadores franceses, o uso de tomografia com emissão de pósitron com 18-fluorodeoxiglicose (FDG-PET) é um método prático para a detecção precoce de recorrência de câncer colorretal.

Dr. Iradj Sobhani disse à Reuters Health que o estudo mostrou que novos métodos de imagem permitem a detecção precoce de recorrência de tumores colônicos ou retais após tratamento. Essa técnica é baseada em uma observação simples: células tumorais precisam de mais açúcar do que as células normais.

No volume de março do British Journal of Cancer, Dr. Sobhani, da University of Paris, e colaboradores notaram que a maioria dos estudos de FDG-PET mostrava sua utilidade no diagnóstico inicial de pacientes com câncer colorretal que eram submetidos à abordagem convencional.

Os investigadores estudaram, então, prospectivamente 130 pacientes que foram submetidos à cirurgia curativa e foram randomizados em um acompanhamento convencional com raios-X, tomografia computadorizada, além de outros procedimentos, com e sem FDG-PET, aos 9 e 15 meses.

De 125 pacientes, 23 apresentaram recorrência pelo FDG-PET e 21 pelo mecanismo convencional. Apesar de não haver diferença significante, FDG-PET detectou os tumores após 12,1 meses, em média, comparado a 15,4 meses do grupo convencional.

Foi factível a cirurgia curativa em dez pacientes do grupo PET (43,5%) contra apenas dois do grupo convencional (9,5%).

Dr. Sobhani avalia agora se realizar FDG-PET sistematicamente a cada 6 meses após cirurgia curativa de câncer de cólon é custo–eficaz.

Risco cardiovascular em diabéticos é similar ao risco em não-diabéticos com infarto do miocárdio prévio

Risco cardiovascular em diabéticos é similar ao risco em não-diabéticos com infarto do miocárdio prévio


Segundo pesquisadores dinamarqueses, os pacientes diabéticos dependentes de controle glicêmico são semelhantes aos não-diabéticos com história de infarto do miocárdio.

Com base nesse achado, a autora, Dra. Tina Ken Schramm, e colaboradores concluíram que as necessidades de controle de glicose deveriam sugerir tratamento profilático intensivo para doenças cardiovasculares.

Esses resultados, que apareceram no volume de 15 de abril do Circulation, são de um estudo baseado em uma população de 3,3 milhões de residentes na Dinamarca com pelo menos 30 anos de idade. Do total, 2,2% apresentava diabetes e 2,4% apresentava infarto agudo do miocárdio prévio.

Comparados com homens sem diabetes ou infarto agudo do miocárdio prévio, aqueles com somente diabetes, ou aqueles com somente infarto do miocárdio foram 2,32 e 2,48 vezes mais prováveis, respectivamente, a apresentar o desfecho composto de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte cardiovascular. Os hazards ratios [HR] correspondentes, em mulheres, foram 2,48 e 2,71.

Não houve diferença nos riscos baseados no tipo de diabetes. No entanto, enquanto diabéticos podem apresentar risco cardiovascular no mesmo nível de não-diabéticos com infarto agudo do miocárdio prévio, quando sofrem um infarto, eles são duas vezes mais propensos a morrer do que os não-diabéticos, declarou Dra. Schramm.

Os pacientes diabéticos dependentes de controle glicêmico devem ser tratados com antiagregantes plaquetários, estatinas e outras medicações que previnam eventos cardiovasculares, concluem os autores.

Amostras grátis de medicações podem gerar custos maiores na prescrição

Amostras grátis de medicações podem gerar custos maiores na prescrição
Publicado em 01/04/2008 Nova York – De acordo com um estudo longitudinal conduzido nos EUA, os custos não reembolsáveis das prescrições aumentam quando pacientes recebem amostras de medicações.

“Os médicos não devem inferir que só porque um paciente recebe amostras grátis ele não se preocupa com os custos da prescrição”, argumenta o autor Dr. G. Caleb Alexander da University of Chicago. As amostras podem funcionar, em alguns casos, como um alívio econômico para os pacientes e, em outros, como uma economia desnecessária.

Para avaliar o impacto das amostras grátis, os autores analisaram o componente doméstico do Medical Expenditure Panel Survey, de 2002 a 2004, conduzido pela Agency for Healthcare Research and Quality. Esse estudo de coorte incluiu 5.709 pacientes que usavam medicações prescritas, mas que não receberam amostras grátis por 6 meses.

Quatorze porcento dos pacientes (n=136) recebeu pelo menos uma amostra grátis durante o período de análise. O odds ratio de receber a amostra decaiu com a idade e o aumento no preço. A prevalência de doenças crônicas foi maior entre aqueles que receberam amostras.

Antes das amostras serem dadas, as despesas não diferiram significativamente para cada grupo. Contudo, a média de despesas não reembolsáveis pulou de $178 para $244 quando um grupo recebeu as amostras (p<0,001) e permaneceu alta em $212 depois que as amostras foram dadas.

Há muitas estratégias que os médicos e pacientes podem usar para reduzir os custos da prescrição, e o uso de amostras grátis é, provavelmente, menos efetivo, a longo prazo, do que outros métodos, como o uso de genéricos e a descontinuação de medicações supérfluas. É um desafio para médicos e pacientes descobrirem um caminho comum nessa questão.

Tamoxifen parece promissor como agente antimaníaco em transtornos bipolares

Tamoxifen parece promissor como agente antimaníaco em transtornos bipolares
Publicado em 02/04/2008

Novas pesquisas mostram que a droga usada em câncer de mama, tamoxifen, apresenta um efeito antimaníaco similar ao do lítio que foi bem tolerado tanto em homens como em mulheres com transtorno bipolar.

O estudo observou que 48% dos pacientes que fizeram uso de tamoxifen, um modulador seletivo dos receptores estrogênicos, apresentaram 50% de melhora nos sinais de mania, após 21 dias, em comparação a 5% dos pacientes que receberam placebo.

Pesquisas prévias sugerem que o tamoxifen corrige a atividade anormal da proteína C quinase no cérebro. A ativação excessiva da proteína C quinase no cérebro pode quebrar a regulação comportamental pré-frontal, possivelmente contribuindo para dificultar o julgamento, a impulsividade e outras características do distúrbio bipolar, principalmente, durante a mania.

Dr. Aysegul Yildiz, professor adjunto de psiquiatria da Dokuz Eylül University, em Izmir, Turquia, destacou ser esse o primeiro estudo “prova–de-conceito” do papel da proteína C quinase no desenvolvimento e tratamento da mania, com um desenho e com poder estatístico adequados. O estudo foi importante na compreensão da fisiopatologia do transtorno bipolar, que afeta milhões de pessoas em todo mundo. O artigo foi publicado no volume de março do Archives of General Psychiatry.

O estudo randomizado, duplo-cego de três semanas incluiu pacientes com transtorno bipolar de 18 a 60 anos que foram admitidos no Dokuz Eylül University Medical Center. A maior parte dos pacientes admitidos no estudo foi referida por dificuldade terapêutica. O escore inicial do Young Mania Rating Scale (YMRS) era, em média, de 38 em uma escala máxima de 60.

Após três semanas, o índice de resposta, definido como uma redução de 50% ou mais no escore YMRS inicial, foi de 48% (14 de 29) para o tamoxifen e de 5% (1 de 21) para o placebo.

O autor, contudo, relata que, apesar de seguro e efetivo para tratamento de curta duração, o uso prolongado de tamoxifen não é recomendado devido a seus efeitos colaterais como plaquetopenia.

Em um editorial que acompanha o artigo, Dr. Mauricio Tohen, do Lilly Research Laboratories, comenta que a piora dos pacientes com placebo poderia ser devido a apenas um centro focado no estudo. Ele diz que o estudo não pode ser generalizado.

Peptídeo C5A do vírus da hepatite C tem potente atividade antiviral contra HCV e HIV

Peptídeo C5A do vírus da hepatite C tem potente atividade antiviral contra HCV e HIV

Publicado em 04/02/2008Nova York – De acordo com uma recente pesquisa, um peptídeo sintético derivado de uma proteína do vírus da hepatite C (HCV), chamado C5A, tem um modo único de ação viricida que separa as partículas HIV e HCV não infecciosas.

Dr. Francis V. Chisari, do Scripps Research Institute, em La Jolla, Califórnia, e colaboradores relataram no PNAS Early Edition em 1º abril que o C5A parece representar o protótipo de uma nova geração de agentes antivirais que promovem a prevenção e o tratamento do HIV.

C5A é um peptídeo em alfa-hélice com regiões hidrofílicas e lipofílicas que derivam da membrana do HCV. Os autores acreditam que o peptídeo C5A é viricida para HCV e HIV por inserir sua estrutura dentro das camadas lipídicas que envelopam ambos os vírus causando uma torção, destruindo-as e tornando os HCV e HIV não infecciosos.

Eles verificaram que o C5A previne a infecção de macrófagos, células dendríticas e linfócitos T (CD4), bloqueando a transmissão pelas células dendríticas e a transmigração através das células epiteliais genitais.

Destruindo HIV e HCV fora das células, o C5A pode prevenir a difusão viral para células não infectadas. Além disso, por atingir a membrana lipídica viral, diferente dos outros tratamentos, o C5A pode ser usado em combinação com drogas convencionais para prevenir a difusão dos vírus que são resistentes às drogas. Como destrói os vírus ao contato, o C5A possui também uma capacidade única, microbicida de prevenir a transmissão sexual do HIV e HCV.

Farmanguinhos recebe visita da Comissão da INITAID para as Doenças Negligenciáveis



Antonio Brandão Jorge Bermudez Roberto Camilo e Comissão Unaids
Visita à Planta de Farmanguinhos

Farmanguinhos recebe visita da Comissão da INITAID para as Doenças Negligenciáveis
Farmanguinhos recebeu, no dia 4 de abril, a visita de membros do Conselho Executivo da Central Internacional de Compra de Medicamentos (Unitaid) .
A Unitaid é uma organização internacional, criada em 2006, que financia o tratamento e o diagnóstico da Aids, tuberculose e malária, além de garantir que sejam colocados no mercado medicamentos para as doenças negligenciadas especialmente no desenvolvimento e na redução de preços para estes medicamentos.
O grupo, composto por 13 pessoas representando vários paises veio coordenado pelo médico brasileiro e representante do Brasil na OMS Dr. Jorge Bermudez, e foi recebido, Roberto Camilo vice-diretor e Antonio Celso Brandão Gerente da Qualidade de Farmanguinhos, nesta ocasião foi feita uma apresentação sobre as atividades realizadas pela Unidade.
Em seguida todos foram  conhecer as instalações do Complexo Tecnológico de Medicamentos, onde puderam ver planta de produção da fábrica e obter maiores informações sobre os medicamentos de combate à Aids, tuberculose e malária produzidos em Farmanguinhos.


Antonio Brandão e Jorge Bermudez: visita ao Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) em Jacarepaguá (RJ) - Farmanguinhos 

Clique para assistir o Vídeo: 
Farmanguinhos em vídeo

4.10.2008

ATENÇÃO..... O SEU EMPREGO PODE ESTAR AQUI

10/04/2008

ENGENHEIRO DE MINAS

A MSA Consultoria de RH está assessorando uma Mineradora multinacional de grande porte para o cargo de Engenheiro de Minas. Cargo: Engenheiro de Minas. Local : Pará. Experiência necessária: Experiência em planejamento de lavra; Conhecimento de softwares de planejamento de lavra (GEMCOM, Whitte, Datamine ou similares). Atividades, responsabilidades e desafios do cargo: Elaboração de planos de lavra de longo prazo (Plurianual, quinquenal e anual); Dimensionamento de equipamentos de mina; Elaboração de relatórios técnicos. Idioma: Inglês intermediário. Disponibilidade para residir no interior do Pará. Os interessados enviar CV para: fernanda.rodrigues@msarh.com.br


GEÓLOGO PLENO

A MSA Consultoria de RH está assessorando uma Mineradora multinacional de grande porte para o cargo de Geólogo Pleno. Cargo: Geólogo Pleno. Local : Pará. Experiência necessária: Ter experiência em avaliação de recursos. Experiência em amostragem e QAQC, estatística, geoestatística aplicada, morfologia de depósitos de cobre, conhecimento de sofwares tais como: GEMCOM, SAGE e ISATIS. Atividades, responsabilidades e desafios do cargo: Avaliação de recursos e reservas minerais de cobre, QAQC (controle de qualidade de amostragem e análise química), banco de dados, modelamento geológico, modelo de blocos, avaliação geoestatística (variograma, krigagem, simulação geoestatística), classificação de recursos, reconciliação de tonelagens e teores e certificação dos recursos e reservas frente a auditorias. Idioma: Inglês intermediário. Disponibilidade para residir no interior do Pará. Os interessados enviar CV para: fernanda.rodrigues@msarh.com.br


FARMÁCIA OU QUIMICA

INDÚSTRIA SEDIADA NO RIO DE JANEIRO BUSCA CANDIDATOS COM O SEGUINTE PERFIL: Formação em Farmácia ou Quimica; Conhecimento ds principais técnicas analíticas instrumentais tais como: Potenciometria, espectrofotometria, cromatografia liquida, uso de balanças analíticas. Experiencia em preparo de soluções analíticas, métodos volumétricos e graviométricos de análise. Pacote Office e Inglês técnico. A instituição oferece salário compatível com mercado, Vale Transporte, Ticket Refeição e Assistência Médica Amil. Os currículos deverão ser encaminhados para o endereço eletrônico cadastrodecandidato@gmail.com , mencionando no assunto o cargo: FARMACEUTICO OU QUIMICO



SUPERVISOR (A) VALIDAÇÃO E GMP

Indústria Multinacional Farmacéutica contrata, sendo imprescindível ter disponibilidade para residir na cidade de Campos dos Goytacazes / RJ. OS CV'S DEVERÃO SER ENVIADOS ATÉ 04/04/08 PARA PAULO RODRIGUES: p.rodrigues@jointbusiness.com.br. Formação Superior em Farmácia, Química e Engenharia. Conhecimentos em: Qualificação de equipamentos / utilidades; Validação de Processos; Validação de Limpeza; Injetaveis (imprescindível); Em BPF/GMP e processos produtivos.



ANALISTA DE VALIDAÇÃO PLENO

Indústria Multinacional Farmacéutica contrata, sendo imprescindível ter disponibilidade para residir na cidade de Campos dos Goytacazes / RJ. OS CV'S DEVERÃO SER ENVIADOS ATÉ 04/04/08 PARA PAULO RODRIGUES: p.rodrigues@jointbusiness.com.br. Formação superior em Farmácia, Química e Engenharia. Conhecimentos em: Plano Mestre de Validação (PMV). Qualificação de equipamentos / utilidades; Validação de Processos; Validação de Limpeza; Desejável em injetaveis; Em BPF/GMP e processos produtivos.



ANALISTA DA GARANTIA DE QUALIDADE

Indústria Multinacional Farmacéutica contrata, sendo imprescindível ter disponibilidade para residir na cidade de Campos dos Goytacazes / RJ. OS CV'S DEVERÃO SER ENVIADOS ATÉ 04/04/08 PARA PAULO RODRIGUES: p.rodrigues@jointbusiness.com.br. Formação superior em Farmácia. Inglês Fluente. Conhecimentos em: Específica em qualificação de equipamentos de produção, sistemas de tratamento de água e de ar. Procedimentos da Garantia em elaboração de POPs. Manuseio de equipamentos de controles como: contadores de partículas, não viáveis, data-loggers, anemômetros; Técnicas de amostragens e validações de limpeza. Conhecimentos de injetaveis.


ANALISTA DE ASSUNTOS REGULATÓRIOS

Vaga aberta no RJ para analista de assuntos regulatórios com experiência (mesmo que estágio) em rotina de assuntos regulatórios de medicamentos (peticionamento online, montagem de dossiês, organização e acompanhamento do calendário de petições, etc. Favor enviar currículos para ana.farm@yahoo.com.br com pretensão salarial.

SUPERVISOR DE MECÂNICA

HR Oil, a Divisão de RH da Empresa G-Comex, recruta para seu Cliente, Empresa Multinacional do ramo de Petróleo o seguinte perfil: Formação: Engenheiro Mecânico, Técnico Mecânico ou ter mais de 10 anos de experiência. Conhecimento em motores diesel 2 e 4 tempos, equipamentos mecânicos, manutenções, reparos revisões, comissionamento. Saber inspecionar componentes, medir, analisar. Fazer relatórios. Bom nível de Inglês (que saiba se comunicar BEM). Candidatos interessados e no perfil acima, favor encaminhar CV em Português e Inglês para hroil@hroil.com.br até o Dia 11 de Abril - informando a pretensão salarial e o cargo que está se candidatando no título do e-mail. Caso não esteja no Perfil, porém deseja deixar seu Curriculum conosco, cadastre-se no Site - www.hroil.com.br - não panflete seu CV, é ruim para você, acredite!



SUPERVISOR DE INSPEÇÃO

HR Oil, a Divisão de RH da Empresa G-Comex, recruta para seu Cliente, Empresa Multinacional do ramo de Petróleo o seguinte perfil: Supervisor de Inspeção para o RJ. Supervisionar as atividades de sua equipe, compreendendo: Definir a abrangência dos serviços de inspeção para cada fornecimento. Participar da seleção, coordenação e supervisão de empresas de inspeção (Agências) subcontratadas. Preparar estimativas de homens-hora e custos de atividades de inspeção para propostas. Verificar e aprovar os PITs - Planos de Inspeção e Testes para cada fornecimento. Assegurar que os documentos contratuais, incluindo seus anexos, desenhos, especificações e Normas, sejam transferidos aos Inspetores/Agências em sua última versão e em tempo hábil, assegurando seu pleno entendimento por parte dos mesmos. Pré-requisito: conhecer as técnicas e especificações da Petrobras, ter experiência em: óleo e gás, projetos de plataforma, experiência mínima de 5 anos em coordenação e contato direto com fornecedores, clientes e funcionários dos projetos. Será responsável por uma equipe de 4 pessoas. Cursos e conhecimentos sólidos na área de Suprimentos, especialmente Supply Chain, Oracle Finance, epc-business, PDB, VDB, Marian. Habilidades em Negociação e Liderança. Inglês Fluente (imprescindível). Benefícios: Plano de saúde Bradesco (Top) - extensivo a dependentes diretos (esposa e filhos). Plano odontológico - extensivo a dependentes diretos (esposa e filhos). Ticket de refeição. Plano de previdência complementar privada. Programa de Bônus: em torno de 0,9 a 3,4 salários, está condicionado ao atingimento de metas da Empresa, da Diretoria e do Funcionário; 14º salário, condicionado apenas ao atingimento das metas de lucro daEmpresa; Vale transporte. Seguro de vida. Candidatos interessados e no perfil acima, favor encaminhar CV em Português e Inglês para hroil@hroil.com.br até o Dia 18 de Abril - informando a pretensão salarial e o cargo que está se candidatando no título do e-mail. Caso não esteja no Perfil, porém deseja deixar seu Curriculum conosco, cadastre-se no Site - www.hroil.com.br - não panflete seu CV, é ruim para você, acredite!

CIÊNCIAS CONTÁBEIS


Recrutamos profissionais para atuar na área CONTÁBIL em empresa de grande porte (Telecom), Requisitos desejáveis: Formação Acadêmica: SUPERIOR CIÊNCIAS CONTÁBEIS, desejável pós-graduação e CRC. Sólidos conhecimentos contábeis das transações de faturamento e impostos relacionados ( ICMS, ISS, PIS Cofins, Fust, Funttel). Contas a Receber. Controles gerenciais de pontos críticos (processo de contas a receber e faturamento) Variações Patrimoniais e de Resultados (Contas a receber, faturamento e tributos relacionados a receita). Redesenho de processos contábeis. Notas explicativas de Balanço. Domínio em Excel e Access. Powerpoint . Usuário SAP. Os candidatos interessados deverão encaminhar currículo, o mais breve possível para vagas@astem.com.br , informando no assunto ANALISTA CONTABIL, com pretensão salarial. Currículos fora do perfil e sem pretensão salarial serão descartados

ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGEM PLENO

Assessorando nosso cliente, empresa Multinacional de Grande Porte, recrutamos para o Rio de Janeiro: Local: Pavuna. Requisitos: Superior completo em Engenharia, Desenho Industrial ou afins; Domínio de Autocad. Mínimo de 02 anos de experiência na área de Engenharia de Embalagem ou área relacionada. IMPRESCINDÍVEL Inglês ou Francês Fluente. Sólidos conhecimentos do Pacote Office. Atividades: Desenvolver estudos e projetos de Produto Final ou de Artigos de Acondicionamento dos lançamentos propostos pelo Marketing, idealizando-os de acordo com as especificações do projeto original, buscando se assegurar da viabilidade técnica e financeira; Construir propostas concebendo o máximo de itens nacionalizados (cartucho, bula, frasco, etc.), encaminhando-os para aprovação da área de Marketing, tendo como objetivo reduzir custos e prazos que impactem no processo de produção; Acompanhar junto aos fornecedores a fase de teste final do produto, avaliando-os tecnicamente, buscando certificar-se do cumprimento das especificações e recomendações feitas; Acompanhar a fase de testes, simulando situações diversas, a fim de verificar a compatibilidade do molho com os AC´s desenvolvidos e validando-os tecnicamente; Desenvolver as especificações do produto final, detalhando todos seus itens como: peso, tamanho, rótulo, etc., informações que serão pertinentes as demais áreas da produção, bem como manter um histórico do produto; Participar de reuniões periódicas com o Marketing, inteirando-se dos lançamentos e projetos de melhoria dos produtos acabados, visando atender as exigências técnicas, financeiras e de mercado; Traduzir toda a documentação técnica original com as especificações dos produtos; Cumprir as normas de qualidade, segurança, meio ambiente e higiene industrial. Os candidatos interessados deverão encaminhar seu CV COM PRETENSÃO SALARIAL para simtalentosconsultoria@yahoo.com.br, mencionando no campo assunto o nome da vaga.

ANALISTA DE PESQUISA

Indústria Farmacêutica localizada no Rio de Janeiro (FAR-Manguinhos/FIOCRUZ) está abrindo processo seletivo para o cargo
de ANALISTA DE PESQUISA. Perfil: Formação superior completa em Farmácia ou Química; Imprescindível experiência em HPLC; Desejável experiência em desenvolvimento de metodologias analíticas. Benefícios: VT + VR (R$11,00) + Plano de Saúde + Plano Odontológico + Salário compatível com a função. Os interessados deverão enviar currículo para carlosbrasil@far.fiocruz.br, mencionando no assunto: Analista de Pesquisa - Candidato(a).


ENGENHARIA ELÉTRICA OU MECÂNICA

A MSA Consultoria em Recursos Humanos está assessorando uma multinacional, líder mundial em aluguel de energia e controle de temperatura, que se utiliza de tecnologia de ponta para desenvolver projetos e produção de energia, a procura de um Engenheiro de Serviço de Campo. Perfil técnico voltado para serviços, com aptidão para exercer as seguintes atividades: Garantia da eficácia de projetos e serviços, através de testes e manutenção necessárias; Providenciar a redução do tempo que os equipamentos ficam sem uso para reparos; Responsável pela manutenção de geradores a diesel e sistemas auxiliares; Capaz de exercer as seguintes atividades: Garantir que todo o equipamento esteja pronto para locação; Garantir que relatórios de trabalho realizado estejam aprovados pelo cliente localmente; Assegurar resposta imediata aos requerimentos dos clientes; Visita a clientes; Apoio a profissionais do campo. Total mobilidade geográfica, e disponibilidade de horário para viagens. Local de trabalho: 1 vaga para Macaé e 1 vaga para Campinas. Os interessados deverão encaminhar CV para: bruna.ferreira@msarh.com.br, com o assunto Engenheiro de Campo.


AUXILIAR DE QUALIDADE

Indústria Farmacêutica de pequeno porte localizada no RJ contrata auxiliar de qualidade para trabalhar como auxiliar em: emissão e controle de legislações, montagem de dossiês para registro de produtos, responder à exigências à ANVISA, documentação técnica e auxiliar na Garantia da Qualidade. A empresa localiza-se na zona norte do RJ. Horário de trabalho: 8:00 - 17:00h com intervalo de 1h. Vale transporte e refeição. Aos interessados, enviar cv para samanthabrigo@gmail.com


ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Formação Superior (Terceiro Grau) com Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Sólida experiência em gestão de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente (desejável) em Empresa de grande porte. Desejável curso de Extensão em Gestão de SMS com ênfase nas normas ISO e OHSAS. Domínio do idioma inglês (falado e escrito). O profissional será responsável pelo controle e implementação dos procedimentos de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, com foco na prevenção de incidentes e acidentes do trabalho e/ou ambientais. Manter a Empresa em conformidade com os procedimentos internos, da corporação e todas as exigências legais. A empresa oferece amplos benefícios e oportunidades de desenvolvimento profissional. Os interessados deverão encaminhar currículos até 11/4/2008, para o e-mail selecaorh@fmcti.com, informando o título do cargo no campo assunto.


ASSISTENTE DE P&D

Indústria farmacêutica contrata: Experiência com desenvolvimento de produtos. Imprescidível experiência com desenvolvimento de cosméticos, maquiagem. Coloração de batom, gloss. Desejável ser técnico em química. Salário + Benefícios. Local de Trabalho: Bonsucesso. OS INTERESSADOS DEVERÃO ENCAMINHAR CVS PARA moniquegoering@gmail.com, FAVOR COLOCAR NO CAMPO ASSUNTO O NOME DA VAGA EM QUESTÃO.


FARMACÊUTICA

Dermage farmácia de manipulação e indústria de cosméticos contrata: Imprescindível experiência anterior em farmácia de manipulação, gerenciamento de toda loja. Superior completo. Salário + Bonificação. AS INTERESSADAS DEVERÃO ENCAMINHAR CVS PARA curriculo@dermage.com.br, FAVOR COLOCAR NO CAMPO ASSUNTO O NOME DA VAGA EM QUESTÃO.

ANALISTA DE PCP

Indústria de equipamentos de Ramo de Petróleo Contrata: Analista de PCP - Engenheiro Mecânico com pós-graduação/ Mestrado em Engenharia de Produção ou engenheiro de Produção com vivência em indústrias de usinagem. Conhecimentos em MRP I e MRP II, árvore de materiais, roteiro de produtos, capacidade finita. Preferencialmente advindo de ambiente de Usinagem, montagem de peças pesadas e Produtos ligados a Petróleo. Exigem-se bons conhecimentos em informática. Desejável: Inglês Técnico. Interessados ligar para 78247808 ou enviar o Curriculum Vitae para rhchancerh@yahoo.com.br


VAGAS

UTC engenharia está com vagas para um novo contrato com a Petrobras/UN-RIO,que acabou de iniciar e será de 5 anos. Este contrato é para a manutenção das plataformas P-34, P-53 e PRA-1 e a UTC irá executar os projetos nas instalações da base de Niterói, que fica na avenida do contorno próximo à ponte Rio-Niterói. Solicito a sua ajuda para divulgação das vagas disponíveis e indicação de profissionais que estejam interessados em novas oportunidades. Cito abaixo as vagas disponíveis para profissionais com experiência em projetos industriais petroquímico ou offshore. Somente com experiência Sr. Engenheiros Químicos- (Projeto Básico)R$ 7500,00 CLT =BENEFICIOS, Engenheiros Civis - (Cálculo estrutural) R$ 6500,00 CLT =BENEFICIOS, Engenheiros Mecânicos (Cálculo estrutural ou projetos de equipamentos) R$ 9500,00 CLT =BENEFICIOS, Projetistas de instrumentação. (Projeto de detalhamento)R$ 8500,00 CLT =BENEFICIOS, Projetistas de tubulação. (Projeto de detalhamento)R$ 6500,00 CLT =BENEFICIOS. Projetistas de estrutura. (Projeto de detalhamento)R$ 7500,00 CLT =BENEFICIOS. Projetistas de elétrica. (Projeto de detalhamento) R$ 8500,00 CLT =BENEFICIOS. Administrador de PDS. R$ 10.500,00 CLT = BENEFICIOS. Modeladores de PDS. R$ 11.500,00 CLT BENEFICIOS. Técnico de Qualidade. R$ 5500,00 CLT =BENEFICIOS. Técnico de Planejamento. R$ 12.500,00 CLT BENEFICIOS. Você pode enviar os currículos, de preferência com pretensão salarial para o e-mail: luis.barreto@utc.com.br

4.09.2008

Assistência Farmacêutica e o Papel do Farmacêutico

Assistência Farmacêutica e o Papel do Farmacêutico

Mais do que informar sobre o uso correto de medicamentos, o farmacêutico tem o importante papel de formar o cidadão sobre todas as questões que envolvem a saúde: desde o perigo da automedicação até os cuidados que devem ser tomados para a eficácia do tratamento.
Através da prática da Assistência Farmacêutica, você e sua família têm acesso total aos conhecimentos do farmacêutico. Assistência Farmacêutica Integral é isso: garantia de que seu tratamento será eficiente.
É importante lembrar: um medicamento utilizado
de forma incorreta ameaça a sua saúde e põe a sua vida em risco.

Medicação consciente
Você sabia que o maior índice de intoxicações humanas registradas no país tem origem com o uso indevido de medicamentos? Por isso, é importante estar atento à utilização correta de medicamentos, através da consulta médica e orientação do farmacêutico - responsável pela qualidade do tratamento.
- Procure seu médico para promover o diagnóstico da doença e propor a melhor forma de tratamento;
- Para tratamentos medicamentosos, a orientação e o acompanhamento devem ser feitos pelo Farmacêutico: único capacitado para dispensar e manipular medicamentos.

Fique atento
- Vá somente a farmácias/drogarias com farmacêutico efetivamente presente. A presença do farmacêutico durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento e assegurado por lei (Lei 5.991/73 válida em todo o país);
- Não interrompa o tratamento sem orientação médica;
- Use somente a quantidade de medicamento indicado - nem mais nem menos;
- NÃO se automedique nem misture medicamentos. Isso põe em risco sua saúde e pode causar complicações como alergias, intoxicações entre outros problemas que podem provocar até a morte. A automedicação é uma das maiores preocupações dos profissionais de saúde e, principalmente do farmacêutico;
- Sugira ao médico que prescreva um medicamento genérico (aprovado pelo Ministério da Saúde - Lei 6.797/99). O genérico é mais barato e tem a mesma qualidade dos medicamentos de marca.
- Como um estabelecimento sanitário, a farmácia é fiscalizada pelos CRFs e pela Vigilância Sanitária.


Farmacêutico não trabalha só na farmácia, sabia?
O farmacêutico é um profissional e tanto e está bem próximo de nós. Desde as farmácias, até as indústrias que fazem Cosméticos, Agricultura, Alimentação, Laboratórios, Postos de Saúde, Hospitais, Prevenção de Pragas e até mesmo na distribuição e transporte das cargas de medicamentos. Tudo isso é feito pelo farmacêutico!

Desconfie
Farmácia não é um local de comércio. Produtos que não sejam de saúde ou higiene pessoal não devem ser vendidos ali.
Sendo a farmácia o único local autorizado legalmente a vender medicamentos, camelôs, ambulantes, feiras, vendedores de ervas, bancas de revistas, academias, bares, sorveterias, clubes, motoboys, tele-táxi entre outros não devem praticar venda ou orientar quanto ao uso de medicamentos.

Sua Saúde agradece
Assistência Farmacêutica Integral é um direito fundamental de todos. Por isso exija sempre a presença do farmacêutico em farmácias e drogarias em tempo em integral. Assim você preserva sua saúde e garante um tratamento eficaz, melhorando sua qualidade de vida.


Farmacêutico

Uma das mais antigas e fascinantes profissões, a Farmácia tem como legado a cura e a melhoria da qualidade de vida da população.
Há mais de dois mil anos essa atuação deixou de ser intuitiva e, com os avanços da ciência e tecnologia as práticas do passado foram confirmadas e tomaram consistência.
O farmacêutico, profissional de nível superior, tem sua prática permeada pela ética e é essencial para você e para a sociedade, pois é a sua garantia de receber toda a informação necessária para um resultado eficaz de tratamento, além do acompanhamento terapêutico.


O Farmacêutico pode fazer muito por você e sua saúde
Conhecedor das fórmulas, detentor da sabedoria das misturas curativas e sintetizador de substâncias, o farmacêutico é o único capaz de dar o direcionamento correto diante do tratamento solicitado por médicos, dentistas e demais profissionais de saúde habilitados para prescrever.


Confira as áreas de atuação do farmacêuitico

Indústria Farmacêutica, Cosmética, Fitoterápicos e Alimentos
O farmacêutico aqui é diretamente responsável pela pesquisa, produção, desenvolvimento e controle da qualidade. Fatores que deverão comprovar a eficácia do medicamento ou produto. É na indústria também que se encontram os farmacêuticos que desenvolvem tecnologia para o controle de pragas e alimentos (agricultura).

Análises Clínicas e Toxicológicas
Os exames clínicos laboratoriais (sangue, fezes, urina entre outros), são solicitados pelo médico para um melhor diagnóstico e realizados pelo farmacêutico. Também exames toxicológicos para atletas e animais (antidoping) e controle da poluição ambiental contam com a participação do profissional de farmácia.

Farmácias
Seja com os medicamentos industrializados, com a manipulação alopática ou homeopática ou até mesmo na área hospitalar, o farmacêutico tem como responsabilidade a prestação da assistência e atenção farmacêutica.

Educação
Nas instituições de ensino superior o farmacêutico pode atuar como coordenador de cursos de farmácia e/ou docente das disciplinas existentes nos currículos de cursos de farmácia. Existem profissionais que atuam também como professores no Ensino Médio.

Pesquisa Científica
Atualmente muitos farmacêuticos agregam valor ao projeto "Genoma Humano" que revelou o conjunto de genes do ser humano. Os resultados desse projeto deverão propiciar o desenvolvimento de medicamentos genéticos (com substância à base de DNA)

Distribuição e Transporte
O farmacêutico nesta área oferece suporte técnico que garante o modo correto de recebimento de medicamentos vindo de outros locais inclusive outros países. Práticas como o gerenciamento de estoques, formas de distribuição e atendimento ao cliente estando atento para aspectos de lote, validade, transporte e armazenamento.

Saúde Pública e Vigilância Sanitária
Todas as ações que envolvem o farmacêutico em cada uma das áreas citadas exige-se a vigilância sanitária no que se refere ao controle de qualidade de atendimento, higiene, práticas específicas entre outras normas que garantem uma assistência farmacêutica eficaz.

Não se engane:
Assistência Farmacêutica é a
garantia de saúde na orientação terapêutica

Somente o farmacêutico é legalmente preparado para atender à população, esclarecer dúvidas quanto ao tratamento e acompanhá-la.
A população pode e deve cobrar o atendimento e a orientação do farmacêutico nos locais onde ele atua.
O farmacêutico sabe o que faz bem para a sua saúde. Faça questão de sua presença.
Para ajudar os usuários a identificar os estabelecimentos que contam com a presença do farmacêutico em todo seu horário de funcionamento.

Fonte: CRF-SP

A Atenção Farmacêutica

Consiste na provisão responsável da farmacoterapia com o propósito de alcançar resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente. Busca, encontrar e resolver de maneira sistematizada e documentada todos os problemas relacionados com os medicamentos que apareçam no transcorrer do tratamento do paciente. Além disso, compreende a realização do acompanhamento farmacológico do paciente, com dois objetivos principais:

1.Responsabilizar-se com o paciente para que o medicamento prescrito pelo médico tenha o efeito desejado.

2.Estar atento para que ao longo do tratamento as reações adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis, e no caso de surgirem, que se possa resolvê-las imediatamente.

Enfim, é um conceito de prática profissional em que o paciente é o mais importante beneficiado das ações do farmacêutico. A atenção farmacêutica, mais proativa, rejeita uma terapêutica de sistemas, busca a qualidade de vida, e demanda que o farmacêutico seja um generalista.
Ela é um pacto social pelo atendimento e que necessita ter uma base filosófica sedimentada no mundo todo, porque sua prática está assentada nessa filosofia.

O exercício profissional do farmacêutico passa hoje pela concepção clínica de sua atividade, sua integração e colaboração com o restante da equipe de saúde e o cuidado direto com o paciente; o que então vem a ser chamado de cuidado, assistência ou Atenção Farmacêutica.

A Atenção Farmacêutica constitui uma nova filosofia de exercício profissional farmacêutico. Não existe porém, uma concepção concreta da prática de tal conceito. Isso então permite a cada farmacêutico uma certa flexibilidade para adaptar a provisão da Atenção Farmacêutica à sua realidade, seus próprios recursos e habilidades, procurando sempre uma farmacoterapia racional, segura e custo-efetiva para o cuidado do paciente. Além disso, a variabilidade enorme de patologias, unido à ampla disponibilidade terapêutica, oferece múltiplas possibilidades de abordagem e resolução de um mesmo caso.

O que se deve ter em mente quanto a este modo de exercício profissional, é que a qualidade dos resultados se mede diretamente pela melhora da qualidade de vida oferecida ao paciente. E essa melhora deve ser obtida pela otimização da terapia medicamentosa e resolução dos problemas relacionados aos medicamentos.

O que se propõe não é o exercício do diagnóstico ou da prescrição de medicamentos considerados de responsabilidade médica, mas a garantia de que esses medicamentos venham a ser úteis na solução ou alívio dos problemas do paciente.

Fases do processo de Atenção Farmacêutica:

· Estabelecer a relação farmacêutico-paciente;

· Recolher, sintetizar e analisar a informação relevante;

· Listar e classificar os problemas relatados pelo paciente e identificados na anamnese;

· Estabelecer o resultado farmacoterapêutico desejado para cada problema relacionado com o medicamento;

· Determinar as alternativas terapêuticas disponíveis;

· Eleger a melhor solução farmacoterapêutica e individualizar o regime posológico;

· Desenvolver um plano de monitorização terapêutica;

· Iniciar o tratamento individualizado e o plano de monitorização;

· Realizar o seguimento para medir o resultado.

" A Atenção Farmacêutica previne e soluciona problemas relacionados com medicamentos, se posta em prática constitui a grande esperança de dar sentido a nossa profissão"

Fonte: Peretta, M D & Ciccia G N (1998)

Incompatibilidades e interações farmacêuticas das Drogas Citostáticas

O objetivo deste manual é prevenir e/ou minimizar os riscos envolvidos no manuseio das drogas citostáticas.
Este manual aborda as interações farmacêuticas que tendem a afetar adversamente a atividade das drogas antineoplásicas incluindo as incompatibilidades com soluções de infusão, interações in vitro, entre outras, assim como os principais riscos a que os membros da equipe de enfermagem estão expostos, quando do manuseio das soluções prontas para o uso em pacientes.
Esse último aspecto em particular tem sido tema de discussões controvertidas nos últimos anos, mas ainda não pôde ser resolvido definitivamente.
Por essa razão, o presente manual tem por objetivo apresentar uma revisão estruturada, embora ela não seja inerentemente exaustiva, dos conceitos correntes e diretrizes práticas para a equipe médica cuja rotina cotidiana envolve as drogas citostáticas. Obviamente, todo membro da equipe de enfermagem em uma enfermaria oncológica necessita manter-se a par dos novos desenvolvimentos e obter as informações necessárias para si.

INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS (ARMAZENAMENTO,RECONSTITUIÇÃO,INCOMPATIBILIDADE, ESTABILIDADE)

As drogas citostáticas são uma classe muito diversificada de drogas. Quimicamente, o espectro varia de substâncias inorgânicas (cisplatina) a compostos orgânicos e proteínas (asparaginase). Por essa razão, é difícil fazer afirmações genéricas que possam ser aplicadas a todas as drogas citostáticas. Os agentes alquilantes, por um lado, caracterizam-se por um nível elevado de reatividade, enquanto outras drogas antitumorais possuem propriedades físico-químicas incomuns, como tendência à coagulação, exigindo solubilizantes para permanecer estável. Como um protocolo quimioterápico eficaz envolve tipicamente o uso concomitante de duas ou mais drogas antineoplásicas, certamente devem ocorrer numerosas reações químico farmacêuticas. Como a margem de segurança dos agentes citostáticos geralmente é estreita, deve-se evitar a superdosagem a qualquer preço. Por outro lado, a redução posológica, que pode resultar da inativação, pode comprometer a eficácia terapêutica de uma droga antineoplásica em particular.

O tratamento medicamentoso antineoplásico seguro e confiável inicia-se com o armazenamento apropriado das drogas usadas. O prazo de validade e a temperatura de armazenamento merecem atenção. Embora alguns produtos precisem ser refrigerados, outros estão sujeitos à cristalização, quando a temperatura de armazenamento é muito baixa. Quando da reconstituição do produto, é preciso seguir rigorosamente as instruções do fabricante.


RECOMENDAÇÕES FARMACÊUTICAS GERAIS PARA O MANUSEIO DAS DROGAS CITOSTÁTICAS


1 Seguir rigorosamente as recomendações do fabricante (para o armazenamento,reconstituição e administração).

2.Administrar as drogas citostáticas por injeção intravenosa em "bolus’ sempre que isso for clinicamente bem fundamentado e aceitável.

3.Usar apenas soluções de infusão recomendadas explicitamente pelo fabricante (tipicamente, soro fisiológico e glicose) para evitar incompatibilidades.

4.NÃO misturar várias drogas em uma seringa ou em uma infusão. Fornecer várias infusões concomitantes, sempre que isso for apropriado.

5.Assegurar que as soluções de infusão estejam bem misturadas e excluir apresença de turvação, precipitação e alterações de cor durante as infusões.

6.Preparar as soluções, quando necessário, e utilizá-las imediatamente depois da reconstituição.

7.Rotular cuidadosamente as infusões, incluindo as instruções de armazenamento, duração da infusão e/ou data de estabilidade.

8.Quando houver dúvida, verificar o problema com o farmacêutico do hospital.


RISCOS PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM E TÉCNICOS FARMACÊUTICOS QUE MANUSEIAM DROGAS CITOSTÁTICAS

Embora tenha sido aceito no passado que o potencial das doses citotóxicas das drogas antineoplásicas de causar complicações tardias fosse limitado essencialmente a pacientes curados de cânceres, houve recentemente relatos alarmantes de que a equipe envolvida na produção e preparação de agentes antitumorais também pode estar exposta a risco. Em particular, houveram relatos de que alterações da informação genética de uma célula tenham um papel no desenvolvimento de carcinomas. Além disso, afirma-se que profissionais que manuseiam drogas
citostáticas sofreram lesão hepática e tiveram abortos espontâneos em consequência de sua exposição ocupacional aos agentes antineoplásicos.

Por mais controvertidos que os relatos disponíveis possam ser, deve-se ter extrema cautela, quando do manuseio de drogas citostáticas. Até que haja evidências conclusivas do contrário, todas as precauções disponíveis devem ser tomadas, quando do manuseio de substâncias mutagênicas, teratogênicas e carcinogênicas, assim como drogas que podem causar irritação da pele e mucosa. Essa advertência refere-se não apenas à preparação de drogas antineoplásicas prontas para uso, mas também ao manuseio dos excrementos, que podem conter concentrações consideráveis dos compostos que oferecem risco.



MANUSEIO SEGURO DAS DROGAS CITOSTÁTICAS NA PRÁTICA DIÁRIA

Embora o tratamento citostático costumasse não ser controlado na ausência de quaisquer medidas de precaução, em particular no passado, foram aprovadas leis em vários países após o surgimento de relatos sobre os efeitos adversos dos agentes antineoplásícos nos trabalhadores da área de saúde, responsáveis pelo manuseio dessas drogas. Outros governos divulgaram diretrizes sobre os O procedimentos de manuseio das drogas citostáticas que são considerados "legalmente obrigatórios. Ainda que os sistemas de fluxo de ar laminar de classe II (Padrão Alemão DIN 12950) forneçam o nível de segurança mais elevado, d esses locais de trabalho de segurança elevada (que tornam o manuseio das drogas c antineoplásicas relativamente conveniente), podem ser muito caros de serem c instalados em todos os locais em que as drogas citostáticas são manuseadas. Por essa razão, e essencial tomar todas as precauções de segurança (a despeito de quão incômodas elas possam ser) em todos os locais de trabalho que não dispõem de sistemas de segurança elevada.

A seguir, é apresentado um procedimento que reflete as recomendações das principais seguradoras. Além disso, devemos fornecer recomendações específicas para as instituições onde os agentes antineoplásicos são manuseados rotineiramente e para aquelas onde as drogas citostáticas são usadas apenas ocasionalmente.

1.Pessoal autorizado a manusear drogas citostáticas

Ninguém deve ser autorizado a manusear drogas antineoplásicas, sem ter sido treinado nos seguintes tópicos:

• O modo de ação das drogas citotóxicas e os riscos potenciais envolvidos no manuseio dessas drogas;

• Como manusear os agentes antineoplásicos adequadamente;

• Como controlar os riscos potenciais associados com o manuseio dos agentes citostáticos;

• Como descartar adequadamente o material contaminado e como descontaminar o equipamento;

• Exames médicos preventivos para a equipe sujeita à exposição ocupacional às drogas potencialmente prejudiciais.

2-Indivíduos que estão legalmente proibidos de manusear as drogas citostáticas

Os seguintes indivíduos não devem manusear os agentes citostáticos, nem excrementos de pacientes que recebem o tratamento antineoplásico:

• Gestantes, lactantes, menores e estudantes de enfermagem em seus primeiros semestres de treinamento;

• Equipe exposta a raios-X (fator de risco adicional)

3- Instrução e treinamento

Os agentes citostáticos habitualmente devem ser manuseados apenas pela equipe permanente bem treinada.
Esses trabalhadores devem ser treinados nos seguintes tópicos: riscos associados com seu trabalho, precauções de segurança que devem ser tomadas para minimizar esses riscos e necessidade de supervisão médica.

Devem ser ministradas aulas sobre esses aspectos em intervalos regulares (pelo menos, uma vez por ano).

Além disso, o pessoal encarregado da limpeza de áreas contaminadas e descarte de material citotóxico, assim como técnicos de laboratório que podem entrar em contato com agentes antineoplásicos, devem ser treinados no que se refere a quaisquer riscos associados com o seu trabalho.

4- Precauções de segurança

4.1- Equipamentos de proteção



Roupas protetoras adequadas devem ser usadas, sempre que se estiver manuseando agentes citostáticos. O empregador é responsável pelo fornecimento de roupas protetoras adequadas para os empregados. Por outro lado, os empregados têm o dever de usar essas roupas.

• Use um avental com mangas compridas e punhos justos (de malha ou elástico) e fechado na frente.

• Use luvas impermeáveis e descartáveis, sempre que manusear os agentes citostáticos. Como nenhum material pode garantir segurança absoluta, você pode utilizar luvas de latex ou PVC, desde que elas sejam suficientemente grossas: Ë possível usar luvas de algodão sob as luvas protetoras, para reduzir a transpiração e tornar o trabalho mais confortável.

• O uso de luvas duplas é sustentado por pesquisas que indicam que muitos materiais de luvas variam em relação à permeabilidade mesmo dentro de um lote específico.

• Use um avental e luvas de proteção, sempre que estiver manuseando drogas citostáticas, especialmente quando estiver preparando soluções para injeção ou quando aspirar o líquido para dentro da seringa, descartar instrumentos contaminados e lixo citotóxico e administrar a droga. Nunca utilize equipamento protetor fora da área de trabalho.

• O profissional deve usar um capote protetor descartável feito de material pouco permeável fabricado com a frente resistente, mangas compridas e punho justo quando preparar medicamentos de risco. Peças do vestuário laváveis são imediatamente penetradas por líquidos e por isso provêem pouca, se alguma, proteção. Além disso, vestuários laváveis requerem lavanderia e assim expõem potencialmente outros funcionários à contaminação.

• Quando se usam luvas duplas, a luva interna deve ficar sob o punho do capote e a externa sobre ele. A interface luva-capote deve ser tal que nenhuma pele do braço ou punho seja exposta.

•O uso do óculos de proteção deve impedir a contaminação por gotículas tanto frontalmente, como lateralmente, sem reduzir indevidamente o campo visual.

•Utilize uma máscara protetora, sempre que houver risco de inspiração ou aspiração de gotículas e partículas. Pyy e col. (22) demonstraram que o manuseio de agentes citostáticos fora do local de trabalho pode resultar em concentrações significativas da droga no ambiente).

•Você deve usar pelo menos uma máscara de filtração de matéria particulada fina de classe P2 (padrão alemão DIN 58654 FHM). Os estudos realizados por Korn e Ndhlovu2 indicam que as máscaras cirúrgicas não fornecem uma proteção adequada contra a contaminação por aerossol.

4.2- Procedimento de preparação

•Escove cuidadosamente as mãos depois de utilizar as luvas protetoras.

•Evite perfurar as luvas a qualquer custo.

•Devem ser usadas apenas seringas e dispositivos de injeção com dispositivo Luer. Outros aparelhos devem ser considerados inapropriados.

•Cubra a bancada de trabalho com papel absorvente, sobre um filme plástico, sempre que manusear agentes citotóxicos. Troque-os, sempre que ocorrer derramamentos significativos.

•Evite derramamento e o escape de aerossol, quando reconstituir drogas antineoplásicas.

•Quando abrir as ampolas, segure-as o mais distante possível da face. Antes de abrir uma ampola, assegure-se que não haja líquido na sua extremidade superior. Use um "swab" para segurar a ampola abrindo-a imediatamente abaixo do gargalo, prevenindo assim lesões em consequência das bordas cortantes e contaminação da pele devido a derramamentos.

•Trabalhe em um sistema fechado (sistema de infusão fechado Minispike, por exemplo) para reconstituir os agentes citostáticos a partir de pós secos ou concentrados. O recipiente com a droga citostática deve ser conectado em último lugar.

•Evite vácuo parcial ou pressão excessiva em ampolas, frascos e seringas. O uso de uma agulha provida de filtro pode ser útil.

•O uso de um homogeneizador pode acelerar a reconstituição.

•Assegure-se de ter aspirado uma quantidade suficiente da droga para dentro da seringa, antes de remover a agulha da tampa do frasco, para evitar ter de perfurar a rolha uma segunda vez.

•Despreze a solução da droga e o ar em excesso aspirado para dentro da seringa, ejetando-os lentamente em um "swab" estéril suficientemente grande, colocado ao redor da agulha, que deve ser mantida na posição vertical.
Essa abordagem absorve eficazmente a solução da droga citostática em excesso e impede a formação de aerossol. Quando aspirar a solução de dentro do frasco com uma agulha, envolva o "swab" embebido em álcool ao redor do local de coleta para absorver quaisquer gotículas que possam ser derramadas durante o processo.

•Rotule imediatamente as seringas e as infusões prontas para uso, indicando claramente o nome e a dose da droga. Além disso, o nome do paciente e a hora exata da preparação também devem ser registrados.

PRECAUÇÕES ADICIONAIS PARA AS ENFERMARIAS ONCOLÓGICAS HOSPITALARES E OUTROS ONCOLÓGICOS (INCLUINDO ESPECIALISTAS EM CÂNCER NA PRÁTICA PRIVADA)

Recomenda-se o uso do sistema de fluxo de ar laminar de classe 11 (Padrão alemão DIN 12950) [testado individualmente por um instituto autorizado, se possível] em todos os locais em que forem preparadas grandes quantidades de drogas antineoplásicas (por exemplo, enfermarias oncológicas em hospitais, departamentos ambulatoriais e consultórios médicos na prática privada que se especializam na assistência a pacientes oncológicos). Essa sala especial de biossegurança deve localizar-se em uma sala separada, para evitar que a equipe responsável pelo manuseio das drogas citostáticas seja perturbada.

Quando conectar o sistema de biossegurança, assegure-se que o fluxo de ar se dirija verticalmente para baixo e que o ar ejetado seja ventilado diretamente para fora.

• O fluxo de ar dirigido verticalmente para baixo requer o uso de técnicas assépticas especificas e preocupações de segurança.

•A operação contínua do ventilador de circulação do ar da sala especial de biossegurança é essencial (24 horas por dia, 7 dias por semana).

•A sala especial de biossegurança deve ser inspecionada por um técnico qualificado (uma vez por ano), e sempre que for transferida de local. E recomendável um contrato de assistência a longo prazo com o fornecedor.

O contrato de assistência deve incluir também o descarte correto dos filtros usados pela empresa que presta a assistência.

• A bancada de trabalho pode ser recoberta com papel absorvente, antes do manuseio de drogas citostáticas.

• As drogas só devem ser preparadas atrás da janela de segurança.

• A sala especial de biossegurança deve incluir um recipiente que impeça o derramamento quando do descarte do excesso da solução da droga. Pode se utilizar a inativação química, se possível.

• Utilize folhas de celulose ou material absorvente equivalente para remover derramamentos e outras contaminações com drogas citotóxicas das bancadas de trabalho. Enxague-as, em seguida, com água.

•Quando tiver terminado uma tarefa, limpe cuidadosamente toda a bancada e a parte interna do local de trabalho com sabão ou solução de soda. Em seguida enxague com álcool a 70%.

•A preparação das drogas citostátícas assistida por EDP facilita o planejamento e a monitorização dos procedimentos, sempre que frequentemente forem manuseadas grandes quantidades de agentes antineoplásicos.

AS ENFERMARIAS QUE MANUSEIAM RARAMENTE OU OCASIONALMENTE DROGAS CITOSTÁTICAS PODEM ACHAR ÚTEIS AS SEGUINTES RECOMENDAÇÕES:

•As drogas antineoplásicas devem ser preparadas em um departamento com uma sala especial de biossegurança na farmácia do hospital.

•Se você não tiver acesso a uma sala especial de biossegurança, quando estiver manuseando drogas citostáticas, use uma máscara facial que filtre matéria particulada fina e óculos de proteção, além do avental de mangas compridas e luvas, para preparar as drogas antineoplásicas. As máscaras cirúrgicas não fornecem uma proteção adequada, de acordo com os conhecimentos atuais.

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA A SEREM TOMADAS COM DROGAS ANTINEOPLÁSICAS INJETÁVEIS:

•Use luvas descartáveis, quando administrar drogas citostáticas injetáveis Use seringas e dispositivos de injeção com dispositivo de Luer, porque apenas eles podem prevenir a ruptura das conexões de modo confiável.

•Utilize catéteres de bebês apenas. Agulhas rígidas são inadequadas e tendem a causar lesão nas veias do paciente.

•Deve-se ter um cuidado especial no inicio da aplicação e quando a seringa for trocada. A inserção da seringa deve ser feita com auxílio de um swab estéril, que será removido em seguida.

DESCARTE E DESCONTAMINAÇÃO DE DROGAS CITOTÓXICAS

Ainda existe controvérsia sobre os biorriscos reais das drogas citostáticas e, conseqüentemente, sobre a melhor e mais segura maneira de descartar esses dejetos. As recomendações que se seguem não são, consequentemente, obrigatórias.

•Os materiais contaminados devem ser embalados com segurança para seu transporte para o local de descontaminação. Essa é melhor obtida através da incineração a 800-1.200ºC.

•Para proteger os profissionais encarregados da descontaminação, as ampolas contaminadas devem ser colocadas, de modo seguro, em um recipiente de descarte fechado que seja apropriado para transporte para o local de descarte.

• Deve-se ter um cuidado especial, quando do descarte de resíduos de drogas citostáticas

SITUAÇÕES PARTICULARES DE MANUSEIO

•A pele contaminada com uma solução de droga citostática deve ser lavada imediatamente com bastante água.
Em seguida, ela deve ser lavada com sabão. As mucosas devem ser lavadas apenas com água em abundância. Se uma droga antineoplásica entrar em contato com os olhos, lave-os com água ou soro fisiológico em abundância, procure imediatamente o oftalmologista e entre em contato com o médico de sua instituição ou empresa.

•Nunca se deve deixar que as drogas citostáticas derramadas na enfermaria (solução reconstituída, pó seco, etc.) sejam removidas pelos funcionários da limpeza. Pelo contrário, esses derramamentos devem ser removidos apenas pela equipe paramédica treinada. Use seu equipamento de proteção pessoal (avental, luvas, máscara) para essa tarefa. Quando remover vidro quebrado contaminado, use um segundo par de luvas (sobre o par que você sempre usa, quando do manuseio de drogas antineoplásicas) para maior proteção contra lesões. Toalhas descartáveis secas ou úmidas, folhas de celulose e grânulos absorventes são adequados para remover material contaminado do chão. Quando houver derramamento de pó seco, evite levantar poeira, para não contaminar a bancada de trabalho ou a sala especial de biossegurança.

•Os dejetos dos pacientes tratados com antineoplásicos, em particular a urina, devem ser considerados como materiais de risco. Evite o contato com a pele. Use luvas protetoras, sempre que manusear materiais potencialmente perigosos.

RECOMENDAÇÕES PARA A EQUIPE DE APOIO

•Toda a equipe deve ser informada e treinada especificamente no manuseio apropriado de drogas antineoplásicas.

•O número de indivíduos que manuseiam drogas citostáticas deve ser o menor possível.

•O acesso aos locais onde as drogas antineoplásicas estão sendo manuseadas deve ser limitado a um núcleo mínimo da equipe autorizada.

•São necessárias revisões regulares da equipe que manuseia drogas antineoplásicas para assegurar a boa prática de manuseio.

•Os membros da equipe que apresentarem sintomas que sabida ou presumidamente são efeitos colaterais das drogas manuseadas, devem procurar o médico responsável de sua instituição ou empresa.

• As faltas ao trabalho por doença devem ser documentadas e o empregado deve ser encaminhado para avaliação.

Devem ser usados recipientes especiais para agulhas descartáveis (para detalhes, ver as diretrizes publicadas pelas associações comerciais, órgãos governamentais, etc.)

•Os nomes dos membros da equipe que manuseiam drogas citostáticas, juntamente com o tempo e duração da exposição, devem ser registrados em um livro separado.

Os responsáveis pela atribuição das tarefas aos membros da equipe terão de assegurar o cumprimento das medidas dos requisitos de saúde ocupacional exame inicial antes de assumir o emprego e exames de seguimento a intervalos no que se refere às diretrizes das associações comerciais respectivas. O empregador deve assegurar que os exames necessários sejam completados de fato.

COMO ADMINISTRAR DROGAS CITOSTÁTICAS / O QUE FAZER EM CASO DE EXTRAVASAMENTO

As drogas citostáticas podem causar necrose, quando em contato com células e tecidos vivos. Embora a necrose seja o efeito terapêutico que se deseja obter nas células malignas, a morte das células saudáveis produz tipicamente reações significativas. O extravasamento local que pode ocorrer inadvertidamente em várias circunstâncias, está associado com o risco de necrose tecidual extensa da pele e tecido subcutâneo.

Para evitar extra vasamento, proceda como se segue, quando da administração de drogas antineoplásicas.

•Reconstitua a droga, usando a quantidade correta de solvente apropriado para evitar concentrações demasiadamente elevadas do principio ativo.

•Para infusões, utilize, em ordem de preferência, as seguintes veias: antebraço, dorso da mão, punho, região cubital.

•Para venopunção, utilize um cateter de bebê, se possível. Evite a punção repetida da mesma veia.

•Fixe suavemente o cateter da agulha do ‘butterfly" com esparadrapo ou similar. Assegure-se de que o esparadrapo não recobriu o local da injeção.

•Injete 5 ml de soro fisiológico e aspire uma quantidade de sangue, para verificar a integridade do local da injeção.
Observe extravasamentos.

•Se ocorrer extravasamento de soro fisiológico, utilize uma outra veia para punção (uma veia no braço contralateral ou uma veia lateral ou proximal á veia puncionada inicialmente no mesmo braço). A injeção em uma veia distal á veia original deve ser evitada em virtude do risco de extravasamento adicional ao redor do primeiro
local de punção.

•As drogas citostáticas sempre devem ser injetadas lentamente. Verifique repetidamente a posição correta da agulha, aspirando sangue. Pergunte repetidamente ao paciente, se ele está sentindo dor ou uma sensação de queimação no local da punção.

•Pode ser útil injetar 5-10 ml de soro fisiológico, depois da administração da droga antineoplásica para ‘lavar o sistema de injeção e a veia.

• Os pacientes que necessitam de injeções de várias drogas citostáticas em série, sempre devem receber a droga não-irritante em primeiro lugar.

• No caso de extravasamento de agentes antineoplásicos localmente tóxicos, institua imediatamente o tratamento apropriado, que tipicamente consistirá na administração de antídotos específicos, se houver algum. Se não forem conhecidos antidotos específicos para uma droga antineoplásica em particular, proceda como se segue:

• Interrompa imediatamente a injeção, mas não remova a agulha ainda. Aspire 3 a 5 ml de sangue através da agulha que ainda está no local, para remover o máximo de droga citostática possível. Além disso, tente remover o máximo de solução citostática possível do tecido subcutâneo adjacente.

Depois disso, faça a instilação tópica de um antídoto ou um corticosteróide para reduzir as reações inflamatórias.
Em seguida, retire a agulha do "butterfly". A possível reação tóxica local ocasional ao extravasamento de uma droga antineoplásica também pode ser controlada com o uso de compressas quentes ou frias. A lesão necrótica extensa pode requerer intervenção cirúrgica.

FONTE: DROGAS CITOSTÁTICAS-EUROFARMA