8.08.2015

Dilma confirma indicação de Janot para novo mandato à frente da PGR

Atual procurador-geral foi o mais votado no Ministério Público Federal.
Para Cardozo, presidente respeita autonomia do órgão com a escolha.

Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff deverá enviar na próxima segunda-feira (10) ao Senado a indicação do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para um novo mandato à frente do Ministério Público, informou neste sábado (8) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A recondução de Janot depende agora de sua aprovação por ao menos 41 dos 81 senadores da Casa. Antes, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deverá marcar uma sabatina com o indicado, antes de submeter seu nome ao plenário.

A presidente se reuniu nesta manhã com Cardozo e com o próprio Janot, no Palácio da Alvorada, para comunicar sua decisão. Há dois anos no cargo, Janot foi o mais votado numa consulta interna realizada entre membros do Ministério Público Federal para permanecer no cargo até 2017.

Em entrevista após a reunião, José Eduardo Cardozo afirmou que a escolha de Dilma reflete respeito pela autonomia do Ministério Público.

"O governo pensa que o Ministério Público deve atuar com autonomia. Pensa que a Constituição Federal garantiu a liberdade investigatória àqueles que devem atuar nesta área. É evidente que não podemos jamais condenar pessoas sem que seja assegurado o direito ao contraditório e ampla defesa, também estabelecidos na Constituição. Mas as instituições do Brasil, na medida em que a Constituição estabelece essas prerrogativas, devem funcionar e funcionar com eficiência e autonomia, é o que está assegurado na Constituição Federal", disse.
A votação foi realizada na última quarta (5) pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Janot obteve 799 votos, ficando à frente dos outros candidatos, os subprocuradores-gerais Mario Bonsaglia (que obteve 462 votos), Raquel Elias Ferreira Dodge (402 votos) e Carlos Frederico Santos (217).
Apoio de Renan
  Dilma ouviu da base governista a promessa de que a indicação será aprovada pela Casa, inclusive com o apoio do PMDB do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

Renan é um dos 48 políticos investigados pelo procurador-geral na Operação Lava Jato. Em março, o peemedebista criticou publicamente o chefe do Ministério Público por não tê-lo ouvido antes de solicitar abertura de inquérito para investigá-lo.
A expectativa em Brasília é que Janot apresentará nas próximas semanas, ao Supremo Tribunal Federal, as denúncias de políticos com foro privilegiado suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Entre os denunciados podem estar senadores que irão decidir se Janot poderá ser reconduzido ao cargo.
Dilma Rousseff cumprimenta Rodrigo Janot durante cerimônia de posse de seu primeiro mandato à frente da PGR, sem setembro de 2013 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma Rousseff cumprimenta Rodrigo Janot durante cerimônia de posse de seu primeiro mandato à frente da PGR, sem setembro de 2013 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Colesterol alto é risco também para as crianças

Pais devem ficar atentos à alimentação dos filhos, evitando salgadinhos e fast food já que taxa irregular provoca doenças

O Dia
Rio - Colesterol alto costuma ser associado a adultos obesos. Porém, o mal pode atingir as crianças. E com a volta às aulas é preciso tomar cuidado, por exemplo, com o que elas levam para lanchar, principalmente produtos industrializados. Para conscientizar a população sobre esse problema, é celebrado hoje o Dia Nacional do Controle do Colesterol.  Remédios são importantes, mas têm efeitos colaterais.
O corpo humano reúne dois tipos dessa substância: o “bom” (HBL) e o “ruim” (LDL), o qual pode provocar doenças cardiovasculares e cerebrais. Diferentemente do HBL, o LDL acumula gordura nas artérias, aumentando os riscos de infarto e acidente vascular cerebral, por exemplo. O ideal é que o colesterol, em adultos, fique menor que 200 mg/dl, e em crianças, menos de 110 mg/dl. “O alto colesterol ruim torna-se um perigo maior por não apresentar sintomas imediatamente. Os pacientes devem medir suas taxas regularmente, para evitar males maiores”, alerta a presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Olga Souza.
Pequenos devem evitar comidas industrializadas, como hambúrgueres, que aumentam os riscos
Foto:  Reprodução
Entre os grupos de risco estão obesos, hipertensos e diabéticos, o que também inclui crianças. Segundo recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15% dos pequenos com idade entre 5 e 9 anos são obesos. A cardiologista explica que o aumento de peso nessa faixa etária ocorre pela má alimentação. Por isso, ela sugere que se incluam frutas, verduras e legumes no cardápio dos filhos.
“As crianças precisam evitar salgadinhos e fast food. Quanto mais se tem colesterol alto, mais precocemente fica sujeito a doenças.” Apesar de a obesidade ser um dos principais fatores do aumento do colesterol, a genética pode contribuir para o surgimento desse problema. “É importante conciliar atividade física com a alimentação, sobretudo quem tem histórico familiar da doença”, sugere Olga.
Remédios são opção de tratamento
O alto colesterol tem sido um fator preocupante na saúde da população no país. Os dados mais recentes disponíveis, da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), mostram que 18,4 milhões de brasileiros, acima de 18 anos, estão com taxas elevadas dessa substância. Além da mudança alimentar e da prática de exercícios físicos, a cardiologista Olga de Souza afirma que as pessoas, em casos mais graves, devem tomar remédios.

“Os medicamentos para abaixar o colesterol costumam ser contraindicados para quem tem doenças no fígado, já que o fármaco é metabolizado neste órgão. Em casos extremos, o remédio pode ainda pode dar dores no corpo como efeito colateral”, explica a especialista.

Em editorial surpreendente, Globo acusa PSDB de inconsequente e pede esforço pela governabilidade de Dilma.




Também causou espanto a edição do Jornal Nacional desta sexta-feira. O que teria levado a família Marinho a cravar posição contra o impeachment da presidente e chamar de irresponsáveis os que querem tirá-la do cargo para o qual foi eleita até 2018?

globo editorial jornal nacional dilma
O Jornal Nacional da noite desta sexta-feira causou estranheza: longa sonora favorável à Dilma, crítica à Eduardo Cunha e matéria sobre o aeroporto de Claudio, de Aécio Neves
Em editorial publicado nesta sexta-feira (7), O Globo surpreendeu os observadores da política nacional e cravou posição contra o impeachment de Dilma Rousseff. O texto Manipulação do Congresso Ultrapassa Limites, que chama o PSDB de ‘inconsequente’, também faz críticas às ‘manipulações’ do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Também causou estranheza a edição do Jornal Nacional desta noite. O telejornal de maior audiência da televisão brasileira dedicou mais de 3 minutos veiculando sonoras de Dilma Rousseff rebatendo críticas durante um discurso e sendo aplaudida por populares. (Vídeo do JN aqui)
Além disso, o jornal mostrou um protesto que reuniu centenas de manifestantes contra o ataque a bomba que atingiu o Instituto Lula na última semana. (Vídeo do JN aqui)
Houve, ainda, matéria a respeito do aeroporto de Claudio, de Aécio Neves, e críticas ao suposto atropelo de Eduardo Cunha por colocar em votação a aprovação das contas dos ex-presidentes Itamar, FHC e Lula. (Vídeo do JN aqui)
Leia abaixo trechos do editorial de O Globo:
“Há momentos nas crises que impõem a avaliação da importância do que está em jogo. Os fatos das últimas semanas e, em especial, de quarta-feira, com as evidências do desmoronamento da já fissurada base parlamentar do governo, indicam que se chegou a uma bifurcação: vale mais o destino de políticos proeminentes ou a estabilidade institucional do país?
Mesmo o mais ingênuo baixo-clero entende que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), age de forma assumida como oposição ao governo Dilma na tentativa de demonstrar força para escapar de ser denunciado ao Supremo, condenado e perder o mandato, por envolvimento nas traficâncias financeiras desvendadas pela Lava-Jato. Daí, trabalhar pela aprovação de “pautas-bomba”, destinadas a explodir o Orçamento e, em consequência, queira ou não, desestabilizar de vez a própria economia brasileira.
A Câmara retomou as votações na quarta, com mais uma aprovação irresponsável, da PEC 443, que vincula os salários da Advocacia-Geral da União, delegados civis e federais a 90,25% da remuneração dos ministros do Supremo. Espeta-se uma conta adicional de R$ 2,4 bilhões, por ano, nas costas do contribuinte. Reafirma-se a estratégia suicida de encurralar Dilma, por meio da explosão do Orçamento, e isso numa fase crítica de ajuste fiscal. É uma clássica marcha da insensatez.
[…]
Até há pouco, o presidente do Senado, o também peemedebista Renan Calheiros (AL), igualmente investigado na Lava-Jato, agia na mesma direção, sempre com o apoio jovial e inconsequente dos tucanos. Porém, na terça, antes de almoço com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Renan declarou não ser governista, mas também não atuar como oposicionista, seguindo o presidente da Câmara, e descartou a aprovação desses projetos-bomba pelo Congresso. Um gesto de sensatez.
Se a conjuntura já é muito ruim, a situação piora com o deputado Eduardo Cunha manipulando com habilidade o Legislativo na sua guerra particular contra Dilma e petistas. Equivale ao uso de arma nuclear em briga de rua, e com a conivência de todos os partidos, inclusive os da oposição.
É preciso entender que a crise política, enquanto corrói a capacidade de governar do Planalto, turbina a crise econômica, por degradar as expectativas e paralisar o Executivo. Dessa forma, a nota de risco do Brasil irá mesmo para abaixo do “grau de investimento”, com todas as implicações previsíveis: redução de investimentos externos, diretos e para aplicações financeiras; portanto, maiores desvalorizações cambiais, cujo resultado será novo choque de inflação. Logo, a recessão tenderá a ser mais longa, bem como, em decorrência, o ciclo de desemprego e queda de renda.
Tudo isso deveria aproximar os políticos responsáveis de todos os partidos para dar condições de governabilidade ao Planalto.”

Policia mata o Playboy (olha, esse playboy não é aquele canditado)

Traficante mais procurado do Rio, Playboy é morto em ação conjunta

Celso Pinheiro Pimenta estava na casa da namorada no Morro da Pedreira

Guilherme Santos e Maria Inez Magalhães


Rio - O traficante mais procurado do Rio foi morto, neste sábado, em uma ação conjunta de três forças. Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como Playboy, foi baleado enquanto estava na casa de sua namorada, no Morro da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio. A operação que resultou na morte do bandido foi uma parceria entre a Polícia Federal, a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar. O Disque-Denúncia oferecia uma recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o paradeiro de Playboy.







Playboy foi morto durante ação no Morro da Pedreira
Foto:  Divulgação

Cerca de 80 policiais e um helicóptero participaram da ação. O traficante foi baleado no abdômen e socorrido ainda com vida, sendo levado para o Hospital Federal de Bonsucesso. De acordo com assessoria do hospital, o blindado que transportava Playboy chegou por volta das 13h30 na unidade, mas o traficante já chegou morto ao local. O corpo seguiu para o Instituto Médico Legal (IML).

No Morro da Pedreira, há intensa movimentação de viaturas do 41º BPM (Irajá). O clima é tenso na região.

Ações ousadas e pedido de cessar fogo







Disque-denúncia oferecia recompensa de 50 mil por informações de palyboy
Foto:  Divulgação



Condenado a 15 anos e oito meses de prisão por tráfico, roubo e homicídio qualificado, Playboy era conhecido pelas ações ousadas, que desafiavam a polícia. Uma delas foi invadir um complexo esportivo e ostentar armas em uma piscina no local. No dia 31 de dezembro, o bando do traficante foi acusado de roubar 193 motos de um galpão terceirizado do Detro, na Fazenda Botafogo. No entanto, recentemente, o traficante vinha sofrendo duros golpes.

Em maio, um homem de confiança de Playboy foi preso. Ênio Costa de Oliveira, conhecido como Rei Eco, gerenciava o tráfico na Favela da Lagartixa, dentro do Complexo da Pedreira. Em junho, a voz do bandido foi ouvida em áudios espalhados em grupos do WhatsApp.

Traficantes de facções rivais tentaram fazer um acordo para cessar fogo na região. Na conversa, Playboy ordena que o chefes da facção rival CV, Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu, e Claudio José de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira, parem de trocar tiros de longe para não atingir moradores.
"Não estou pedindo trégua pra ninguém, não. Vocês são de uma facção, eu sou de outra. É guerra de sangue. Mas estou aqui para não chamar mais atenção da mídia, pro morador ficar tranquilo, pra criança poder brincar. A gente quer colocar uns pula-pula para as nossas crianças poderem brincar e não dá", avisa ele. O áudio foi analisado por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD).
Os tiros de longe a que Playboy se refere é sobre o episódio do ataque de pelo menos 50 bandidos do CV fortemente armados a um caminhão que transportava bebidas na Avenida Brasil, na altura da Fazenda Botafogo, na tarde de 25 de maio. Ao interceptarem o veículo, os criminosos mandaram que o motorista seguisse um comboio para a comunidade da Quitanda, que faz parte do domínio da região onde Playboy atua. Houve uma intensa troca de tiros e pelo menos três mortos e três baleados. A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do local teve que ser fechada.
Durante a conversa, além de se mostrar "preocupado" com a repercussão na mídia, o traficante enfatiza que a trégua é só por conta dos moradores e que a guerra entre os bandidos continua. "Estou aqui para chegar a um denominador comum com esse bagulho de tiros de longe. Se não quiser parar, tá beleza, muita gente vai ser prejudicada. Eu não estou dando papo de comédia não, eu estou dando papo preocupado com morador, pra parar de dar tiro de longe. Fica na de vocês aí".
Fu da Mineira comenta a situação: “O papo de tiro já era pra ter acabado há um tempão, mas não vai ficar assim não porque eles querem descarregar fuzil na nossa cara”, explica o criminoso.
Claudinho também participa da conversa e se preocupa em relação ao domínio de território. “Com certeza, com isso tudo que tá acontecendo, quem diminui nosso espaço é nós mesmo, porque se você tem controle aí, nós também tenta ter daqui.”
Além de debaterem o assunto sobre os moradores, as ameaças entre eles são constantes e um dos traficantes fala até em respeito de hierarquia do tráfico: "Tu não serve nem para ser bandido, tu não sabe respeitar a hierarquia", fala Playboy para um traficante que debocha da conversa.

8.07.2015

Dilma busca apoio de líderes do PIB contra crise


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Governo quer reunir a elite empresarial do Brasil, como Rubens Ometto, da Cosan, Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, Jorge Gerdau, da Gerdau, e Abílio Diniz, da BRF, nos moldes do encontro com os governadores, ocorrido na semana passada, em Brasília; ao refazer as pontes com o capital, presidente Dilma Rousseff espera obter um reforço para influenciar o Congresso contra a aprovação de projetos com forte impacto fiscal; em discurso aos 27 governadores, Dilma reforçou a importância da cooperação para a retomada do crescimento: "Não nego as dificuldades, mas imagino que temos todas as condições de superar as dificuldades e enfrentar desafios. Queremos construir bases estruturais para um novo ciclo de desenvolvimento" 

Lula pode ser ministro da Dilma (segundo o Gerson Camarotti)

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Ex-presidente pode ser nomeado ministro das Relações Exteriores ou da Defesa, na reforma ministerial que vem sendo planejada pela presidenta Dilma Rousseff; com isso, ele usaria seu prestígio internacional para assumir a função de conciliador, passando a atuar em defesa de empresas brasileiras no exterior; um benefício colateral seria o foro privilegiado, uma vez que petistas temem que a força-tarefa da Operação Lava Jato, comandada pelo juiz coxinha Sergio Moro, esteja planejando a prisão do ex-presidente (avisando ao Camarotti: esse juiz não poderá prender o ex-presidente Lula, somente o STF poderá faze-lo)  ; informação foi antecipada pelo jornalista coxinha da Globo  Gerson Camarotti, do portal G1

Católicos e evangélicos preparam passeata contra família homossexual

Evento vai na contramão da história. Movimento LGBT reage

Gabriel Sabóia
Rio - Uma marcha na contramão do Vaticano. No mesmo ano em que um Papa, pela primeira vez, flexibiliza o discurso e pede igualdade no tratamento dado aos homossexuais, o vicariato de São Gonçalo realizará, amanhã, a Caminhada pela Família. O evento também contará com a participação de representantes de 30 igrejas evangélicas. Um dos líderes do movimento, o padre André Luis Siqueira, pároco da Igreja de São Gonçalo do Amarante, admite que militará contra a “identidade de gênero nas escolas do município e as propostas diferentes de família”. Oito vereadores do município apoiam o manifesto.
Idealizador do evento, o padre conta que a ideia surgiu quando a Câmara de Vereadores do município iniciou um debate sobre ideologia de gênero, no mês de junho, em sessão extraordinária. A votação poderia garantir aos estudantes a escolha do gênero em que seriam tratados. Sob protesto de várias correntes religiosas, o plano foi rejeitado por unanimidade dos vereadores: o placar marcou 24 a 0.
Padre André Luis, de São Gonçalo, defende a família heterossexual e acha que uniões do mesmo sexo prejudicam crianças. Ele organiza passeata com 30 igrejas evangélicas
Foto:  Divulgação
“Nós, cristãos (imensa maioria em São Gonçalo), consideramos a proposta gravemente danosa à educação de nossas crianças”, diz por e-mail o padre, que encontra-se em retiro espiritual. Ele diz que o evento teve a adesão de outras 30 igrejas evangélicas, convidadas pelo pastor Samuel Brito, líder da Igreja Fé para Todos. O grupo não descarta qualquer corrente religiosa. “Aceitamos as adesões de pessoas de quaisquer religiões que também acreditem nos mesmos princípios”, completa.
A ideia revoltou ativistas de direitos LGBT. “Eles vão fazer uma marcha pra privar as pessoas de direitos. Eles acham que estão fazendo uma marcha pra defender a família mas, na verdade, é o contrário, é uma marcha para restringir direitos em uma sociedade machista patriarcal”, afirmou Indianara Alves Siqueira, presidente do coletivo Transrevolução, que atua em favor dos direitos de travestis e transexuais. "Essa marcha é desumana", definiu. 
Cartaz separa crianças por sexo e critica família gay. Material foi preparado pela Igreja de São Gonçalo
Foto:  Reprodução
Apesar de rejeitar a acusação de homofobia e intolerância, os mais de 100 mil cartazes e panfletos entregues na Matriz de São Gonçalo, além de busdoors e outdoors, convocam o público com uma imagem de família bastante ortodoxa: pai e mãe olham candidamente para um bebezinho. Em outro panfleto, crianças aparecem separadas por sexo, sob a frase: “Sou católico e digo: NÃO para a ideologia de gênero”.
Um dos oito parlamentares confirmados no evento é o petista Marlos Costa, membro da Comissão de Educação e Cultura de São Gonçalo. Ele diz que rechaça qualquer preconceito mas não nega a presença na marcha. “A família é a base da vida social. A importância do núcleo familiar é menosprezado por muitos segmentos da sociedade atual”, diz.
O vereador garante que o evento marca o início da Semana Nacional da Família, evento criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que será aberta no domingo, dia 9. Por telefone, a CNBB não confirmou o reconhecimento da caminhada.
Papa Francisco faz História
No dia 18 de fevereiro, em momento considerado épico por lideranças católicas e dos direitos dos homossexuais, o Papa Francisco recebeu gays nos assentos especiais da audiência geral semanal com Sumo Pontífice.
Em 2013, logo após a Jornada Mundial da Juventude, no voo que ia do Rio de Janeiro para Roma, na Itália, ao ser questionado quanto à aceitação da união homossexual, o Santo Padre respondeu. “Quem sou eu para condená-los?”.
Em outro ato considerado progressista, o Papa elogiou divorciados que decidem se casar novamente. “Essas pessoas não são excomungadas e não devem ser tratadas como tal. Elas são sempre parte da Igreja, que não tem portas fechadas para ninguém”, afirmou ele, desmontando um velho preconceito da Igreja contra o divórcio. Em outra oportunidade, o Papa admitiu a possibilidade remota de padres casados.
‘Eles não nos representam’
Membro do Conselho Estadual LGBT e diretor do Grupo Arco Íris, Júlio Moreira lamenta que o evento de São Gonçalo venha na contramão dos esforços do Papa Francisco pela aceitação de homossexuais e pelo acolhimento das diferenças dentro da fé católica.
“Existe uma pastoral LGBT na igreja, com eles sim, nós dialogaríamos. Nosso posicionamento é ideológico”, afirma ele, que rechaça qualquer embate em repúdio ao evento de amanhã. “Eles não representam a Igreja. Faremos nosso papel de continuar militando pacificamente, de forma inteligente. Eles deveriam respeitar a harmonia familiar, mas democracia é isso mesmo”, completa.
A votação que derrubou a ideologia de gênero em São Gonçalo ocorreu em sessão extraordinária por solicitação do Prefeito Neilton Mulin (PR). O projeto do Plano é de autoria do Poder Executivo. Na ocasião, 24 dos 27 parlamentares votaram contra. Três vereadores faltaram à sessão.
Mas nem tudo está perdido para o favoráveis à ideologia de gênero: as emendas aprovadas serão submetidas à analise do Poder Executivo que poderá sancioná-las junto com o projeto aprovado ou vetá-las. Caso sejam vetadas, retornam à analise dos vereadores que podem derrubar os vetos. No último mês de junho, a Alerj aprovou lei punindo estabelecimentos públicos e privados que agirem com discriminação contra LGBTs, mas excluiu as igrejas da medida.


Colaborou Felipe Martins

Saiba como superar o fim de uma relação


Toda relação contribui para construir a história de vida. Foto: Terra Toda relação contribui para construir a história de vida Foto: Terra




Quando se vive um amor, a última coisa que vem à cabeça é o fim da relação. Entretanto, o dia do término pode chegar porque, assim como a vida, o relacionamento apresenta seu ciclo natural com começo, meio e fim.

» Dez coisas que podem fazer sua relação ir por água abaixo

E se este momento acontecer, não há razão para se desesperar. Basta encarar a situação e retirar dela experiências positivas que contribuam com o seu amadurecimento emocional.

Algumas mulheres se perguntam qual é a hora de colocar o ponto final no relacionamento. A psicóloga da Unifesp, Mara Pusch, afirma que o fim ocorre quando o namoro ou casamento deixa de ser saudável. "Quando uma relação acaba, na verdade, os dois sabem. Mas, um é mais corajoso para tomar a iniciativa de terminar", acredita.

A também psicóloga Sueli Castillo compartilha da mesma opinião. "Arrastar uma situação em nome de um amor onde não existe reciprocidade acaba desgastando e destruindo o que poderia ser uma lembrança positiva do que aconteceu em sua história de vida", diz. "Se apenas um ama não existe mais a relação", completa.

E se ele decidiu tomar a iniciativa do término não há motivos para acreditar que seu mundo desabou. É claro que, em um primeiro momento, é aconselhável afogar as mágoas e chorar para amenizar a angústia. O segundo passo para dar a volta por cima é retomar a vida social, reencontrar os amigos e fazer atividades prazerosas.

Passada a fase da fossa, é hora de contabilizar os ganhos e as perdas de tudo isso. "O ideal é não levar como uma ferida por muito tempo e não encarar como uma tragédia. O mais importante é refletir para analisar as responsabilidades de cada um na relação", diz Mara. Sueli Castillo, por sua vez, ressalta ser fundamental o autoconhecimento para poder superar a crise de uma forma menos dolorida.

Uma tática para se recuperar mais rápido é afastar-se do parceiro, fazendo valer a máxima "o que os olhos não vêem o coração não sente". E, apesar de muitas mulheres desejarem, é impossível riscá-lo da sua vida. "Esquecê-lo definitivamente é quase impossível, mas ter a convicção de que ele já pertence ao passado e como tal não volta é essencial", afirma Sueli. Já Mara aconselha a mulher a se dar conta de que no momento aquele tipo de relação acabou, não significando que futuramente ambos não possam voltar a se relacionar, até mesmo como amigos.

A psicóloga Mara Pusch alerta para não cometer o erro de entrar em um novo relacionamento só por entrar e tomar o cuidado de não procurar alguém apenas por auto-afirmação. Não leve seus medos de relações anteriores para um novo namoro, pois cada pessoa é um ser único que, certamente, contribuirá para construir sua vida.

Portanto, levante a cabeça, ponha sua melhor roupa e sinta-se bonita. Aproveite os benefícios que só a solteirice pode trazer, como desfrutar de total liberdade de escolha e fazer o que bem quiser sem ter de dar satisfação a alguém.

Dando a volta por cima
Quem nunca viveu um grande amor que atire a primeira pedra. Aliás, aquelas histórias de romances complicados de novela também existem na vida real.

A jornalista Hérika Dias, 24 anos, teve um amor que a marcou pelo resto de sua vida. O namoro de faculdade teve seus altos e baixos. Inicialmente, eles pareciam viver um amor de conto de fadas, porém, a separação foi bastante dolorosa para ela. "O término não foi amigável. Houve até agressão", conta Hérika.

Hérika caiu em depressão e até se afastou por seis meses da faculdade. Alguns fatores foram essenciais para que o ex passasse a ser um personagem do passado, como o apoio de amigos e familiares. "Eu estava super mal e não via perspectiva de melhora. Até que eu senti Deus. E como forma de agradecimento a minha recuperação, resolvi me batizar no catolicismo", afirma.

Apesar de o namoro ter se tornado águas passadas, ele lhe trouxe uma lição de vida. "Cresci achando que homem não prestava, até que passei a acreditar cegamente nele. Hoje, já não acredito mais nas pessoas; acho que ele tirou esta minha inocência", diz Hérika. Ela não guarda mágoas e até reconhece o valor da relação. "Tenho certeza de que foi amor e de que jamais outro namoro chegará perto da intensidade desse", afirma.

A estudante Mariana Oliveira, 24 anos, é prova de que qualquer relacionamento serve para compor a história de vida. Aos 20 anos, Mariana conheceu aquele que parecia ser seu amor eterno. Contudo, ela não imaginaria que o repentino término de seu namoro seria motivado pelo reatamento do noivado do ex com a namorada anterior.

Triste e deprimida, Mariana resolveu não procurá-lo mais. Até que foi surpreendida com o pedido de volta do ex. O que ela não contava é que, neste momento, ele continuava noivo da outra.

Após término definitivo, a estudante diz que embora toda a situação tenha feito muito mal a ela, foi a melhor coisa que já lhe aconteceu. "A mulher em que eu me transformei, a maturidade que eu alcancei e o valor que eu passei a dar para às pessoas que se aproximaram de mim depois disso foi o melhor que podia me acontecer. Dei a volta por cima, estou bem pessoalmente e profissionalmente", finaliza
 
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Serviço:
Associação Paulista de Terapia Familiar
Site: http://www.aptf.org.br

Instituto de Psicologia da USP
http://www.ip.usp.br/servico_atendimento.htm

Mara Pusch - psicóloga
Tel.: (11) 3817-5615

Sueli Castillo - psicóloga
Email: suelicastillo@terra.com.br

5 conselhos para quem está apaixonada pelo melhor amigo

Descubra como virar o jogo e tente sair do zero a zero.


paquera
Ryan Roberts/Studio D

1. Pense na diferença entre amizade e affair

Se você acredita que o relacionamento ideal é o resultado da união de uma boa amizade + sexo, tende a procurar caras com interesses em comum para se sentir atraída. Se ele vê uma diferença entre as relações, vai esperar atitudes mais específicas de alguém que tem segundas intenções. Antes de se declarar, pense: a) O que o boy procura em uma namorada e se você está disposta; b) Se não está atraída por um relacionamento em que mesmo o cara não correspondendo você continua sonhando. Se depois da avaliação ainda quiser mudar o status para "em um relacionamento sério", vá em frente!

2. Abandone o esteriótipo #boamenina

Ser fofa e evitar deixar os outros desconfortáveis é um gesto admirável - desde que não impeça a exposição de suas próprias vontades e emoções. Se colocar em segundo plano só piora a situação e causa angústia. Se calar para não forçar a barra ou "estragar" a amizade é igual a colocar os sentimentos das outras pessoas como prioridade (em vez de encontrar um equilíbrio), e inconscientemente dizer que os seus não importam. E eles importam muito! Não se esqueça disso.

3. Seja menos presente

Se distancie um pouco e não se esforce tanto. Ok, você continua a atender as ligações e até a sair quando ele te convidar, mas sem se desdobrar para isso só porque foi "ele" quem chamou. Se o boy realmente gostar de você, sua falta vai fazê-lo sentir saudade. "Há aquela história que só valorizamos quando não temos, mas, se você se afastar totalmente, há o risco de ele nem perceber", diz o psicólogo Aurelio Melo, de São Paulo. O melhor é dosar a presença. Não suma geral, mas também não esteja lá o tempo todo.

4. Quebre a barreira do toque

Isso não significa que você tenha que chamar o boy para sair e já acariciar a perna dele na mesa do bar, ok? O contato deve ser mais sutil, porém impactante. Vale dar um abraço mais apertado, sabe? O toque mostra quanto você considera o gato atraente. Mas, se ele for do tipo que acha que toda forma de amor não passa de carinho entre amigos, pule para o nível a seguir.

5. Fale abertamente o que sente

Muitas vezes, homens precisam de algo mais direto. Não há fórmula certa para abrir o coração e é normal bater aquele #medinho na hora de soltar o verbo. Mas lembre-se: mais difícil do que se declarar é guardar esse sentimento para você. "Não falar o que sente causa muita angústia", diz Aurelio Melo. 

Escrito por
Nathalia Ruiz (colaboradora) Editado por
Caroline Marino (colaboradora) Atualizado em 16/06/2015 em
Cosmopolitan Brasil

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8.06.2015

Situações chatas e frequentes nas redes sociais e como lidar, a pedra do seu signo e penteados para modelos de chapéu

Rompendo com o isolamento do governo Dilma

Luiz Inácio Lula da Silva

Em reunião com deputados e dirigentes petistas, Lula falou sobre a situação econômica do país durante o Mensalão e afirmou que nem um milagre nas finanças do governo pode salvar a gestão de Dilma dos efeitos da Lava Jato
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou na quarta-feira, 5, em reunião com deputados estaduais e dirigentes petistas, em São Paulo, que, ao contrário do escândalo do mensalão, em 2005, quando o bom desempenho da economia ajudou o PT a superar a tempestade e vencer a eleição do ano seguinte, os efeitos da Operação Lava Jato não poderiam ser suplantados nem por uma repentina e milagrosa melhora das finanças sob a gestão Dilma Rousseff.
Lula se reuniu na quarta-feira com os 14 deputados estaduais do PT de São Paulo e os presidentes nacional e estadual do partido, Rui Falcão e Emídio de Souza, na sede do Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.

Lula não citou nominalmente em momento algum o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso na segunda-feira pela Lava Jato sob suspeita de receber dinheiro desviado da Petrobras.
Os dois não se encontram pessoalmente desde antes da primeira prisão de Dirceu, pela condenação no processo do mensalão, em novembro de 2013.
A fala de Lula, no entanto, foi interpretada como uma referência à prisão do ex-ministro. Participantes notaram diferenças em relação ao discurso de Lula antes da prisão do ex-ministro, quando o ex-presidente dizia que, se Dilma e a economia saíssem da crise, levantariam o PT.
Agora, ao contrário de 2005, Lula avalia que a economia pode reerguer o governo, mas não é suficiente para salvar o PT. O enriquecimento pessoal de envolvidos na Lava Jato diferencia o partido das demais legendas e o PT precisa de uma nova "narrativa" para explicar as denúncias.
Ainda segundo relatos, Lula chegou a dizer que confia nos companheiros presos, fez a ressalva de que é preciso provar as suspeitas de enriquecimento pessoal e reclamou várias vezes dos "vazamentos seletivos" contra o PT.
Para o ex-presidente, diferentemente do mensalão, quando o até então insuspeito PT foi jogado na vala comum dos partidos que praticam caixa 2 eleitoral, a Lava Jato diferencia a sigla das demais legendas.
"Não entendo como pode o dinheiro da mesma empresa ser sujo para o PT e limpo para outros partidos. É como se tivessem dois caixas. Um para o PT e outro para o PSDB", disse Lula.
Segundo participantes, Lula ouviu atentamente avaliações e sugestões de cada um dos convidados durante mais de uma hora e só então falou, por aproximadamente 20 minutos. "Ele está claramente em processo de consulta.
Apesar do tom "duro e cru" adotado em sua avaliação, nas palavras de um dos convidados, o ex-presidente também apontou sinais otimistas.
Economia
Para o ex-presidente, a recuperação da economia é uma "certeza absoluta" e pode ocorrer antes do que foi previsto inicialmente pelo próprio governo, a depender das condições internacionais.
A recuperação da economia seria suficiente para afastar as ameaças imediatas contra Dilma - Lula.
Lula também fez uma análise positiva sobre o comportamento da presidenta Dilma Rousseff diante da crise. Segundo ele, a presidenta passou a dar mais atenção aos políticos, se abrindo ao diálogo e rompendo o isolamento que marcou o primeiro mandato dela. 

Câmara aprova texto-base de 'pauta-bomba' que dá aumento para AGU. O país que quebre


PEC vincula remuneração de carreiras a 90% do salário de ministro do STF.
Texto foi aprovado em 1º turno e ainda depende da votação de destaques.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília 
Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (5), em primeiro turno,
 o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula os
 salários das carreiras da Advocacia-Geral da União e de delegados civis
 e federais a 90,25% do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Também estão incluídos procuradores de estado e de municípios
com mais de 500 mil habitantes.
A aprovação ocorreu com 445 votos favoráveis, 16 contrários e
 6 abstenções. Por elevar os gastos públicos tanto da União
 quanto de estados e municípios, essa PEC é considerada uma
das "pautas-bomba” que preocupam o governo e que podem
prejudicar o esforço de ajuste fiscal.
Atualmente o salário dos ministros do STF, que representa
o teto do funcionalismo público, é de R$ 33,7 mil. Com a
vinculação em 90,25%, a remuneração das carreiras citadas
na proposta de emenda à Constituição passará a ser de
R$ 30,4 mil, valor próximo ao da presidente da República – R$ 30,9 mil.
Segundo o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa,
o impacto da PEC será de R$ 2,4 bilhões nas contas públicas.
 Após uma reunião com líderes da Câmara no gabinete do
vice-presidente Michel Temer, nesta quarta, Barbosa fez um
 apelo por meio do microblog Twitter para que os deputados
 rejeitassem a proposta que víncula salários de advogados da
União e delegados aos vencimentos de ministros do STF.
“Somos contra vincular os salários ao teto da remuneração
 do #Judiciário, mas estamos negociando. [...] O custo da #PEC443,
que por enquanto só atinge advogados públicos e delegados,
 é de R$ 2,4 bi ano", escreveu o titular do Planejamento no Twitter.
Os deputados ainda precisam votar propostas de alteração ao texto, o
que deve ocorrer na próxima terça (10),  antes da análise em segundo turno
 – o que ainda não tem data para
 ocorrer. O presidente da Câmara,
 Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse
que, antes de submeter o texto ao
segundo turno, vai aguardar a
 aprovação no Congresso de
outra PEC,
 que determina que todo novo
 encargo ou prestação de serviço
 transferido para os estados e municípios deverá ter a previsão de repasse correspondente.
A intenção é evitar que o aumento salarial para procuradores de estado e
 municípios e para delegados civis provoque prejuízos às contas estaduais
 e municipais. A aprovação da proposta de vinculação salarial ao teto
 do funcionalismo público ocorre uma semana depois de a presidente
 Dilma Rousseff fazer uma ampla reunião com governadores para pedi
r apoio contra as “pautas-bomba”
no Congresso Nacional.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), classificou a votação da proposta de “duro golpe no equilíbrio das contas”.

“A responsabilidade é do Congresso Nacional, que não atendeu ao apelo
do governo de estabelecer um processo de diálogo. Queríamos uma
solução adequada para não atingir o pacto fiscal. O governo é contra,
mas se rende ao desejo da maioria. Há um desejo no plenário de votar
 a PEC e esse plenário assume a responsabilidade [do impacto nas
 contas públicas] com a União e os entes federados”,
 disse o petista.

Apesar do impacto nas contas públicas, até mesmo o líder do PT,
Sibá Machado (AC), orientou a bancada do partido a votar a favor
da PEC. Ele destacou, porém, que trabalhará, até a votação em
 segundo turno, por mudanças no texto que aliviem os gastos.
 A ideia do partido é manter a vinculação salarial somente para a AGU.
“Com relação à AGU, eu fiz todo um esforço para colaborar numa
negociação imediata. Sem demérito das demais categorias, mas elas
estavam numa condição melhor. É bom que fique claro que haverá
um segundo turno. Vamos encaminhar o voto sim nessa matéria,

 para que possamos encontrar uma solução a essa negociação
até a votação em segundo turno”, disse.
O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defendeu a aprovação

 da proposta, dizendo que a equiparação é “justa”. “As carreiras
 jurídicas têm que ter isonomia para que funcionem bem.”
A oposição também defendeu PEC. O líder do Solidariedade,
 Arthur Maia (BA), argumentou que os  advogados públicos,
delegados e procuradores não podem “pagar a conta” da crise
 econômica.
“Essa PEC tem origem no ano de 2009. De lá para cá houve tempo
 suficiente para que o presidente Lula fizesse um acordo para 
satisfazer essas categorias. A presidente Dilma também teve 
oportunidade e também não fez. Agora o discurso do líder do governo
 é que aprovar a PEC é irresponsabilidade. Essa crise é promovida pela irresponsabilidade da presidente Dilma, que quebrou o 
Brasil para se reeleger”, disse..