Ainda hoje não lidamos de
maneira clara com seu papel na relação com os pacientes. Não temos
dúvida que ele veio para facilitar a ajudar em uma série de
circunstâncias. Hoje pode-se enviar uma foto de Miami para seu
dermatologista de uma reação alérgica do seu filho, resolver a alergia
pelo aplicativo e com isso continuar a viagem sem problemas. Mas e a
responsabilidade da mãe e do médico caso aquela mancha fosse o pródromo
de algo mais grave, que se detectado precocemente poderia já estar
resolvido? E a responsabilidade da conduta médica? Quando diferenciar se
algo é simples que pode ser resolvido a distância com seu cliente?
Estes são apenas uma pequena parcela de todos os desafios e situações
que vieram com o uso do whatsapp na comunicação entre médico e paciente.
A ferramenta é útil e veio para ficar. Eu
uso com meus pacientes, mas me pego inúmeras vezes questionando se não
deveria priorizar a resolução daquele problema ao vivo.
Recentemente tive um cliente que me enviou uma mensagem a meia noite e
meia de uma quinta-feira, apenas para confirmar o agendamento de uma
cirurgia que seria realizada 35 dias depois. Naquele momento eu
respondi, disse que estava tarde e que resolveríamos isso no dia
seguinte com minha secretária. Ele no mesmo ato pediu desculpas e alegou
que achava que eu veria a mensagem apenas no dia seguinte cedo. Minha
resposta final foi educadamente: é que meu celular vibra no criado mudo e
eu acho que pode ser algo urgente.
*Autor: Dr. Conrado Alvarenga,
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