A mãe de gêmeos estava mentindo para a assistência pública no condado de Passaic, em New Jersey, nos Estados Unidos, quando fez uma afirmação aparentemente consensual de que um homem era responsável por seus filhos. Mas a verdade não era simples assim.
Em uma decisão incomum no Superior Tribunal de Justiça de New Jersey, o juiz Sohail Mohammed descobriu que o óvulo e o espermatozoide criaram uma raridade médica, segundo uma reportagem do The New Jersey Law Journal.
O homem que, conforme a mulher, era o pai de seus gêmeos, foi considerado progenitor de apenas uma das crianças. O outro, o parecer judicial revelou, foi concebido em um encontro que ocorreu na mesma semana da relação sexual com o sujeito que dizia ser o pai. Ele, originalmente descrito como o responsável pelos gêmeos, identificado nos documentos da Justiça por AS, terá de pagar pensão alimentícia só para a criança que o teste de DNA mostrou que é sua.
Em uma decisão incomum no Superior Tribunal de Justiça de New Jersey, o juiz Sohail Mohammed descobriu que o óvulo e o espermatozoide criaram uma raridade médica, segundo uma reportagem do The New Jersey Law Journal.
O homem que, conforme a mulher, era o pai de seus gêmeos, foi considerado progenitor de apenas uma das crianças. O outro, o parecer judicial revelou, foi concebido em um encontro que ocorreu na mesma semana da relação sexual com o sujeito que dizia ser o pai. Ele, originalmente descrito como o responsável pelos gêmeos, identificado nos documentos da Justiça por AS, terá de pagar pensão alimentícia só para a criança que o teste de DNA mostrou que é sua.
Paternidade
O caso tomou forma quando a mãe, nomeada apenas como TM, disse ao Conselho de Serviços Sociais do condado de Passaic no decurso da aplicação de benefícios que AS, o parceiro romântico, era progenitor dos gêmeos. O órgão apresentou pedido para estabelecer paternidade e forçar o pai a pagar pensão às crianças, nascidas em janeiro de 2013.
Mas a afirmação da mulher lentamente se desfez. Ela revelou em depoimento que teve relações sexuais com um segundo homem não identificado poucos dias depois de ser fertilizada pelo primeiro amante, considerado por ela como seu parceiro romântico. Foi ordenado um teste de paternidade. Quando as análises voltaram, em novembro de 2014, um episódio que era para ser absolutamente rotineiro se tornou uma curiosidade destinada a estar em manuais legais.
O magistrado aceitou os resultados após o depoimento do diretor do laboratório da Divisão de Testes de Identidade da Corporation of America, Hans Karl-Wurzinger. O especialista, que publicou estudo dizendo que um em cada 13 mil casos de paternidade relatados envolvem gêmeos com pais separados, testemunhou que esse foi um episódio raro: os gêmeos foram fertilizados por pais diferentes durante o mesmo ciclo menstrual.
A ginecologista e obstetra do Lenox Hill Hospital, em Nova York, Jennifer Wu, definiu o caso com superfecundação, um fenômeno eventual classicamente ilustrado em livros de medicina com gêmeos de cores diferentes, um preto e outro branco.
O caso tomou forma quando a mãe, nomeada apenas como TM, disse ao Conselho de Serviços Sociais do condado de Passaic no decurso da aplicação de benefícios que AS, o parceiro romântico, era progenitor dos gêmeos. O órgão apresentou pedido para estabelecer paternidade e forçar o pai a pagar pensão às crianças, nascidas em janeiro de 2013.
Mas a afirmação da mulher lentamente se desfez. Ela revelou em depoimento que teve relações sexuais com um segundo homem não identificado poucos dias depois de ser fertilizada pelo primeiro amante, considerado por ela como seu parceiro romântico. Foi ordenado um teste de paternidade. Quando as análises voltaram, em novembro de 2014, um episódio que era para ser absolutamente rotineiro se tornou uma curiosidade destinada a estar em manuais legais.
O magistrado aceitou os resultados após o depoimento do diretor do laboratório da Divisão de Testes de Identidade da Corporation of America, Hans Karl-Wurzinger. O especialista, que publicou estudo dizendo que um em cada 13 mil casos de paternidade relatados envolvem gêmeos com pais separados, testemunhou que esse foi um episódio raro: os gêmeos foram fertilizados por pais diferentes durante o mesmo ciclo menstrual.
A ginecologista e obstetra do Lenox Hill Hospital, em Nova York, Jennifer Wu, definiu o caso com superfecundação, um fenômeno eventual classicamente ilustrado em livros de medicina com gêmeos de cores diferentes, um preto e outro branco.
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Um espermatozoide pode ser viável por cinco dias, afirmou Jennifer. Então, se a mãe fez sexo com um dos homens, ovulou, e, em seguida, manteve com outro sujeito, ambas em um período de menos de sete dias, os espermas dos parceiros poderiam ter fertilizado dois óvulos diferentes.
Um espermatozoide pode ser viável por cinco dias, afirmou Jennifer. Então, se a mãe fez sexo com um dos homens, ovulou, e, em seguida, manteve com outro sujeito, ambas em um período de menos de sete dias, os espermas dos parceiros poderiam ter fertilizado dois óvulos diferentes.